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COLÉGIO PITRUCA PATRIOTA


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TRABALHO DE HISTÓRIA

PANORAMA GERAL DA HISTÓRIA UNIVERSAL (HISTÓRIA DA 9ª CLASSE)

Líder: Ariel Isabela Mendes de Carvalho do Amaral


Secretaria: Hythiandra Priscila João Teixeira
Fiscalizadores: Bruno Djamel da Silveira Abrantes e Clésio Jaweth dos Santos João

Disciplina: História
Professor: Francisco Cadete
Prova do Professor

Luanda, Maio de 2023

COLÉGIO PITRUCA PATRIOTA

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TRABALHO DE HISTÓRIA

PANORAMA GERAL DA HISTÓRIA UNIVERSAL (HISTÓRIA DA 9ª CLASSE)

Líder: Ariel Isabela Mendes de Carvalho do Amaral


Secretaria: Hythiandra Priscila João Teixeira
Fiscalizadores: Bruno Djamel da Silveira Abrantes e
Clésio Jaweth dos Santos João

Data de Entrega: 3 de Junho de 2023

Trabalho apresentado como


Prova do Professor do 3ª trimestre

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Luanda, Maio de 2023


ÍNDICE
Dedicatória....................................................................................................................I
Agradecimento..............................................................................................................II
Resumo..............................................................................................................….....III
Introdução......................................................................................................................1
CAPÍTULO 1-A OCUPAÇÃO COLONIAL EM ÁFRICA.........................................2
1.1. Panorâmica Geral e Características das Sociedades Africanas Nas Vésperas da
Ocupação.......................................................................................................................2
1.2. Factores da Expansão Europeia..............................................................................3
1.3.O Processo de Abulição do Tráfico de Escravos.....................................................3
1.4.A Política Colonial Portuguesa................................................................................3
1.5. As Explorações Geográficas em África e a Ocupação Efetiva...............................4
1.6.A Conferência da Berlim e suas Consequências......................................................4
CAPÍTULO 2-A 1ª GUERRA MUNDIAL...................................................................5
2.1-Os Factores de Desencadeamento...........................................................................6
2.2.O Estopim do Início da Primeira Guerra e o Inicio dos Confrontos.......................0
2.3.A Conferência de Paz ou o Tratado de Versalhes...................................................0
2.4.O Reforço da Exploração Colonial e o Movimento Anticolonial em África..........0
2.5.A Prosperidade Americana......................................................................................0
CAPÍTULO 3-O MUNDO ENTRE DUAS GUERRAS...............................................0
3.1.A Revolução Russa de 1917....................................................................................0
3.2.A Grande Depressão (Crise Económica de 1929-1933) .........................................0
3.3. Os Países de Regime Totalitário "Ditadura na Europa".........................................0
CAPÍTULO 4-QUADRO GERAL................................................................................0
CAPÍTULO 5-A GUERRA FRIA.................................................................................0
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5.1. Conceito, Causa e Início.........................................................................................0


5.2.A Criação de dois Grandes Blocos Político-militares: NATO e o Pacto de
Varsóvia.........................................................................................................................0
5.2.1.A Corrida aos Armamentos, a Coexistência Pacífica e o Equilíbrio do Terror…0
5.3.O Movimento dos Não Alinhados...........................................................................0
5.4.A Desintegração do Bloco Soviético:Causas e Consequências..............................0
CAPÍTULO 6-A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA E DA ÁFRICA...........................0
6.1.O Nacionalismo Anticolonial: Origens, Formas e Avaliação.............................0
6.1.1. Angola: Da Independência à Guerra Civil (1975-2002) ................................0
6.2.A Conferência de Bandung.................................................................................0
6.3.D Descolonização da Ásia e da Oceânia.............................................................0
Conclusão..................................................................................................................0
Bibliografia................................................................................................................0

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DEDICATÓRIA
Este trabalho é todo dedicado aos nossos pais, pois é graças ao seu esforço que hoje podemos
concluir este trabalho.
Dedicamos este trabalho a Deus, sem ele eu não teríamos capacidade para desenvolver este
trabalho.
Dedicamos este trabalho ao nosso professor Francisco Cadete.
Foi pensando nas pessoas que executamos este projeto, por isso dedico este trabalho a todos
aqueles a quem esta pesquisa possa ajudar de alguma forma.

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AGRADECIMENTO
Agradecemos, primeiramente à Deus, que nos deu energia e benefícios para concluir todo
esse trabalho.
Ao professor Francisco Cadete pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar
um melhor desempenho no nosso trabalho.
A todos que participaram, direta ou indiretamente do desenvolvimento deste trabalho de
pesquisa, enriquecendo o meu processo de aprendizado.
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RESUMO
Capítulo 1-A Ocupação Colonial de África
A ocupação colonial de África foi o processo de ocupação territorial, exploração econômica e
domínio político do continente africano por potências europeias que teve início no século XV
e estendeu-se até a metade do século XX. A primeira fase do colonialismo africano surge da
necessidade de encontrar rotas alternativas para o comércio com as Índias Orientais e de
controlar as rotas comerciais do Mediterrâneo. A segunda fase do colonialismo africano surge
da necessidade de encontrar matérias-primas para a Revolução Industrial e de expandir o
mercado consumidor.
Portugal foi um dos países europeus que colonizou África. A colonização portuguesa de
África foi o resultado dos descobrimentos e começou com a ocupação das Ilhas Canárias
ainda no princípio do século XIV. A primeira ocupação dos portugueses na África foi a
conquista de Ceuta em 1415.
As esferas das sociedades africanas eram caracterizadas por: Social, Política e Económica.
Nós eramos organizados mesmo antecedendo a invasão europeia de forma que tínhamos
impérios e reinos, os reinos e impérios dados são: Império do Gana, Mali, Songhai,
Monomotapa, Reino Aksum, Reino Moroé, Do Kongo, Fon e Ifé.s.
Capítulo 2- A 1ª Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial começou em 28 de julho de 1914 e terminou em 11 de novembro
de 1918, e os principais cenários de guerra ocorreram no continente europeu foi resultado de
inúmeros fatores, como a rivalidade econômica, ressentimentos por acontecimentos passados
e questões nacionalistas teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco
Ferdinando e sua esposa, Sofia, em Sarajevo, na Bósnia, em junho de 1914.
Também três Impérios desapareceram - Alemão, Austro-Húngaro e Turco-Otomano - dando
origem a novos países surgiram.
A PGM teve 3 fases:
1ª fase: Guerras de movimentos, O ponto crucial desta fase foi o plano Schliffen elaborado
pelo general Alfred Von Schliffen;
2ª fase: Guerras de posições ou das tricheiras, foi a fase mais mortífera da guerra devido ao
uso de armas letais como: Minas, Metralhadoras, gás tóxicos, Redes de arame, canhões de
longo alcance e etc.;
3ª fase: Guerra de movimento, esta fase foi marcada pela desistência da Rússia;

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Capítulo 3-O Mundo Entre Duas Guerras


O período entre guerras durou de 11 de novembro de 1918 à 1 de setembro de 1939 (20 anos,
9 meses e 21 dias), abrange desde o fim da Primeira Guerra Mundial até o início da Segunda
Guerra Mundial. O período entre guerras foi relativamente curto, mas apresentou muitas
mudanças sociais, políticas e econômicas significativas em todo o mundo.
Surgimento do Fascismo e do Nazismo
Nazismo (Alemanha): líder Adolf Hitler
Fascismo (Itália): líder Mussolini
Princípios:
-Totalitarismo
- Nacionalismo
- Militarismo
- Culto à força física
- Propaganda
Capítulo 4-A Segunda Guerra Mundial E A África
Após a Primeira Guerra Mundial e Crise de 1929 as sociedades estavam cada vez mais
temerosas, pois passaram por profundas mudanças bruscas. A percepção de instabilidade era
cada vez mais marcante entre os indivíduos. Tal contexto favoreceu a ascensão de
movimentos totalitários e ditatoriais em diversos pontos da Europa.
Diante desse cenário, a Segunda Guerra Mundial aparece como um estopim de movimentos
de revanche contra os eventos antecedentes, ufanismo, expansionismo e fortalecimento de
ideais étnicos, como se um povo fosse superior a outro.
Capítulo 5-A Guerra Fria
Guerra Fria foi um período de tensão geopolítica entre a União Soviética e os Estados Unidos
e seus respetivos aliados, o Bloco Oriental e o Bloco Ocidental, após a Segunda Guerra
Mundial. Considera-se geralmente que o período abrange a Doutrina Truman de 1947 até a
dissolução da União Soviética em 1991. O termo "fria" é usado porque não houve combates
em larga escala diretamente entre as duas superpotências, mas cada uma delas apoiou grandes
conflitos regionais conhecidos como guerras por procuração.
O conflito foi baseado em torno da luta ideológica e geopolítica pela influência global das
duas potências, após sua aliança temporária e vitória contra a Alemanha nazista em 1945. A
doutrina da destruição mutuamente assegurada (MAD) desencorajou um ataque nuclear
preventivo de ambos os lados.
Capítulo 6-A Descolonização Da Ásia E Da África
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A descolonização da África e Ásia foi o processo histórico que marcou o fim do domínio
colonial europeu sobre esses continentes, a partir do final da Segunda Guerra Mundial.
As principais causas da descolonização foram à luta pela independência e autodeterminação
dos povos colonizados, a pressão internacional pela igualdade de direitos e a crise econômica
e política que afetou as potências colonizadoras após a Segunda Guerra Mundial.
Os movimentos de libertação nacional foram fundamentais na descolonização, pois
representaram a mobilização política e social dos povos colonizados em busca da
independência e da soberania nacional.
As principais consequências políticas da descolonização foram o surgimento de novos
Estados nacionais independentes, a redefinição das fronteiras territoriais, a formação de
alianças regionais e internacionais, além da instabilidade política em alguns países.

Introdução
A história, como todas as outras áreas do conhecimento, passou e passa
constantemente por mudanças do ponto de vista de sua epistemologia. A história universal,
que foi durante pelo menos os últimos dois séculos uma maneira de pensar a história comum
entre os historiadores europeus, passou a ser fortemente questionada a partir do final do
século XIX devido à sua pretensão universalista e eurocêntrica.
O presente trabalho surge como uma tentativa de aproximação e de compreensão de
algumas dessas mudanças na recente
Neste Trabalho falamos sobre a história da 9a classe e a explicação dela, temos como
objectivo comunicar a história da humanidade até um certo período de forma breve e
Direta.
É um trabalho que serve para guiar os seus membros e disponibilizar a informação
resumida ao leitor.

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CAPÍTULO 1- A OCUPAÇÃO COLONIAL DE ÁFRICA


Pode dizer-se que a colonização recente da África se iniciou com os descobrimentos e com a
ocupação das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV.
O processo de ocupação territorial, exploração económica e domínio político do continente
africano por potências europeias tem início no século XV e estende-se até a metade do século
XX. Ligada à expansão marítima europeia, a primeira fase do colonialismo africano surge da
necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e
consumidores.
o século XIV, exploradores europeus invadiram a África. Através de trocas com alguns
chefes locais, os europeus foram capazes de sequestrar milhões de africanos e de os exportar
para vários pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como a escravidão.
No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo industrial, começa o
neocolonialismo no continente africano. As potências europeias desenvolveram uma "corrida
à África" massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas colônias. Entre
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outras características, é marcado pelo aparecimento de novas potências concorrentes, como a


Alemanha, a Bélgica e a Itália.
A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios africanos
intensifica-se. A partilha da África tem início, de facto, com a Conferência de Berlim (1884),
que institui normas para a ocupação, onde as potências coloniais negociaram a divisão da
África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por outras potências. Os únicos países
africanos que não foram colônias foram a Etiópia (que apenas foi brevemente invadida pela
Itália, durante a Segunda Guerra Mundial) e a Libéria, que tinha sido recentemente formada
por escravos libertos dos Estados Unidos da América. No início da Primeira Guerra Mundial,
90% das terras já estavam sob domínio da Europa. A partilha é feita de maneira arbitrária,
não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para
muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos
inimigas foram unidas. No fim do século XIX, início do XX, muitos países europeus foram
até a África em busca das riquezas presentes no continente.
1.1. Panorâmica Geral e Característica Das Sociedades Africanas Nas Vésperas Da
Ocupação
A África é o lar de uma rica tapeçaria de culturas, línguas e tradições. O continente é
habitado por numerosos grupos étnicos, cada um com seus costumes, línguas e estruturas
sociais distintas. Essa diversidade se reflete em vários aspetos das sociedades africanas,
incluindo práticas religiosas, formas de arte, tradições orais e organização social.
As sociedades africanas têm sido historicamente organizadas de diferentes maneiras, desde
pequenas comunidades de caçadores-coletores até sociedades agrícolas complexas e reinos.
Estas estruturas sociais muitas vezes giravam em torno de laços de parentesco, com a família
e as redes familiares alargadas a desempenharem um papel significativo na organização
social e na identidade.
Antes da introdução dos sistemas de escrita, muitas sociedades africanas dependiam da
tradição oral para transmitir sua história, lendas e conhecimentos culturais de uma geração
para outra. Griots, ou historiadores orais, ocupavam uma posição estimada nas sociedades,
pois eram responsáveis por preservar e transmitir essas histórias através da narração de
histórias, música e poesia.
As sociedades africanas tinham estruturas políticas diversas, desde sociedades apátridas com
poder descentralizado até reinos e impérios centralizados. Algumas sociedades tinham
processos de tomada de decisão democráticos ou baseados em consenso, enquanto outras
tinham sistemas hierárquicos com reis, chefes ou conselhos de anciãos.
1.2. Factores Da Expansão Europeia;
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Os principais fatores da expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI são:


Busca por mercadores consumidores para os produtos manufaturados europeus
(principalmente de Portugal e Espanha).
- Procura por riquezas (metais preciosos como ouro e prata) para cunhagem de moedas. Essa
era uma necessidade das coroas de Portugal e Espanha.
- Aliança bem-sucedida entre o governo monárquico de Portugal e Espanha e a burguesia
(classe social em ascensão econômica e social). Enquanto o Estado promoveu as navegações,
a burguesia entrou com o financiamento.
- Desenvolvimento de técnicas de navegação, principalmente na Escola de Sagres em
Portugal.
- Centralização do poder político pelas monarquias nacionais.
- Busca de regiões produtoras, ou com capacidade de produzir, gêneros agrícolas para
abastecer o mercado consumidor europeu. Nesse contexto que Portugal buscou desenvolver a
produção de açúcar no Brasil.
1.3. O Processo De Abolição Do Tráfico De Escravos;
A abolição da escravatura em África foi um processo complexo e variou de país para país.
Alguns países africanos aboliram a escravidão antes dos europeus, enquanto outros foram
forçados a abolir a escravidão por pressão dos países europeus. Por exemplo, Gana, Serra
Leoa, Nigéria e Etiópia tiveram a abolição decretada por países europeus entre 1890 e 1936.
A abolição da escravatura na África Oriental foi influenciada pela revolta de escravos no
Haiti e na República Dominicana em 1791. Essa revolta foi decisiva para a abolição do
comércio transatlântico de escravos, a escravidão e o colonialismo em África.
A Inglaterra proibiu o tráfico de seres humanos escravizados em 1807 no Atlântico Norte,
uma medida que atingia as colônias do Caribe e o sul dos Estados Unidos. Mais tarde,
pressionou tanto Dom João VI como Dom Pedro I para abolir o comércio de escravos entre a
África e o Brasil.
1.4. A Política Colonial Portuguesa;
É objetivo deste artigo analisar, de forma sucinta, a política colonial portuguesa, entre 1870 e
1955, com particular incidência no período em que pontificaram no ministério dos Negócios
Estrangeiros e da Marinha e Ultramar João de Andrade Corvo, Barbosa du Bocage e António
Enes, e que se caracterizou por alguma tensão e conflitualidade no âmbito das relações luso-
britânicas, no último quartel do século XIX.

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São igualmente focadas as linhas de força da política colonial do Estado Novo e a defesa
intransigente por parte de Salazar dos territórios ultramarinos portugueses da Ásia e da
África, quando particularmente confrontado com uma conjuntura internacional que legitima
uma nova política - o não-alinhamento - saída da Conferência de Bandung, de Abril de 1955.
O governo português é então alvo de uma estratégia de confronto por parte dos países afro-
asiáticos, baseada na poética de auto -determinação dos povos e que beneficia do
agravamento das relações entre os Estados Unidos e a União Soviética nos primeiros anos da
Guerra Fria.
A sociedade naquele tempo estava dividida em 2 grupos:
Os Indígenas: Eram maioritariamente pretos e mestiços considerados atrasados por
continuarem a manter-se na cultura africana e não pretendiam abandoná-la, estes não
ocupavam nenhum tipo de cargo social;
Os Assimilados: Os Negros e mestiços que aceitavam perder os elementos da cultura africana
e seguir a europeia, como por exemplo: Saber ler, escrever e falar bem o português, seguir a
religião católica e etc. Estes ocupavam Cargos sociais.
1.5. As Explorações Geográficas Em África E A Ocupação Efetiva;
A ocupação efetiva e exploração colonial do continente africano começou no século XV e
estendeu-se até a metade do século XX. A dominação colonial europeia limitava-se apenas às
zonas costeiras africanas até a primeira metade do século XIX. A evolução capitalista, através
da revolução Industrial na Europa, iniciada pela Inglaterra, tornou inevitável a divisão do
continente africano entre as grandes potências europeias.
As explorações geográficas em África começaram no século XV com os exploradores vindos
da Europa que chegaram primeiro ao litoral da África Ocidental. O estímulo dado a essa
exploração foi uma forma de buscar novos caminhos para as Índias, após o comércio ser
fechado por parte dos turcos no leste do Mar Mediterrâneo. O processo de ocupação
territorial, exploração econômica e domínio político do continente africano por potências
europeias tem início no século XV e estende-se até a metade do século XX. A colonização do
território africano era predominante de exploração e não de povoamento. Essas potências
fizeram uma reorganização geográfica política voltada para o mercado metropolitano unindo
e separando economias, sociedades e povos.
A ocupação efetiva da África foi um processo que ocorreu após a Conferência de Berlim em
1884-1885. Esse processo foi uma forma de definir as regras para a partilha do continente
africano entre as potências europeias. A ocupação efetiva consistia na presença física e
controle político e administrativo do território. De 1880 a 1914, quase todos os territórios
africanos (90%) tornaram-se colônias de países europeus.
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1.6. A Conferência De Berlim E Suas Consequências


A Conferência de Berlim foi realizada entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, na
Alemanha. Presidida pelo chanceler do Império Alemão Otto von Bismarck, o evento durou
três meses e todas as negociações eram secretas, como era habitual naqueles tempos.
Estiveram presentes as nações imperialistas do século XIX: Estados Unidos, Rússia, Grã-
Bretanha, Dinamarca, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Itália, Império Alemão,
Suécia, Noruega, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano.
Oficialmente, a reunião serviria para garantir a livre circulação e comércio na bacia do Congo
e no rio Níger; e o compromisso de lutar pelo fim da escravidão no continente.
Contudo, a ideia era resolver conflitos que estavam surgindo entre alguns países pelas
possessões africanas e dividir amistosamente os territórios conquistados entre as potências
mundiais.
Todos tinham interesse em adquirir a maior parte de territórios, visto que a África é um
continente rico em matérias-primas.
Embora os objetivos tenham sido alcançados, a Conferência de Berlim, gerou diversos atritos
entre os países participantes.
Como consequência, o território africano foi dividido entre os países integrantes da
Conferência de Berlim:
 Grã-Bretanha: suas colônias atravessavam todo o continente e ocupou terras desde o
Norte com o Egito até o Sul, com a África do Sul;
 França: ocupou basicamente o norte da África, a costa ocidental e ilhas no Oceano
Índico,
 Portugal: manteve suas colônias como Cabo Verde, são Tomé e Príncipe, Guiné, e as
regiões de Angola e Moçambique;
 Espanha: continuou com suas colônias no norte da África e na costa ocidental
africana;
 Alemanha: conseguiu território na costa Atlântica, atuais Camarões e Namíbia e na
costa Índica, a Tanzânia;
 Itália: invadiu a Somália e Eriteia. Tentou se estabelecer na Etiópia, mas foi
derrotada;
 Bélgica: ocupou o centro do continente, na área correspondente ao Congo e Ruanda.
Por sua vez, a liberdade comercial na bacia do Congo e no rio Níger foi garantida; assim
como a proibição da escravidão e do tráfico de seres humanos

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A Conferência de Berlim foi uma vitória diplomática do chanceler Bismarck. Com a reunião,
ele demonstrava que o Império Alemão não podia ser mais ignorado e era tão importante
quanto o Reino Unido e a França.
Igualmente, não solucionou os litígios de fronteiras disputados pelas potências imperialistas
na África e levariam à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
O conflito foi travado entre dois grandes blocos: Alemanha, Áustria e Itália (formavam a
Tríplice Aliança), e França, Inglaterra e Rússia (formavam a Tríplice Entente).

CAPÍTULO 2- A 1ª GUERRA MUNDIAL


A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra ou Guerra das Guerras,
até o início da Segunda Guerra Mundial) foi um conflito bélico global centrado na Europa,
que começou em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918. A guerra
envolveu as grandes potências de todo o mundo, que se organizaram em duas alianças
opostas: tríplice aliança: em 1882 entre a Alemanha, Itália e o Império Austro-húngaro, e a
tríplice entente: celebrada em 1904 entre a Inglaterra e a França, mas tarde em 1914 com a
Rússia. Originalmente a Tríplice Aliança era formada pela Alemanha, Áustria-Hungria e a
Itália; mas como a Áustria-Hungria tinha tomado a ofensiva, violando o acordo, a Itália não
entrou na guerra pela Tríplice Aliança. Estas alianças reorganizaram-se (a Itália lutou pelos
Aliados) e expandiram-se com mais nações que entraram na guerra.
Em última análise, mais de setenta milhões de militares, incluindo sessenta milhões de
europeus, foram mobilizados em uma das maiores guerras da história. Mais de nove milhões
de combatentes foram mortos, em grande parte por causa de avanços tecnológicos que
determinaram um crescimento enorme na letalidade de armas, mas sem melhorias
correspondentes em proteção ou mobilidade. Foi o sexto conflito mais mortal na história da
humanidade e que posteriormente abriu caminho para várias mudanças políticas, como
revoluções em muitas das nações envolvidas.
Entre as causas da guerra incluem-se as políticas imperialistas estrangeiras das grandes
potências da Europa, como o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro, o Império
Otomano, o Império Russo, o Império Britânico, a Terceira República Francesa e a Itália. Em
28 de junho de 1914, o assassinato do arquiduque Francisco Fernando da Áustria, o herdeiro
do trono da Áustria-Hungria, pelo nacionalista iugoslavo Gavrilo Príncipe, em Sarajevo, na
Bósnia, foi o gatilho imediato da guerra, o que resultou em um ultimato da Áustria-Hungria
contra o Reino da Sérvia.
O tratado de. Brest-Litovisk assinado como russo Vladmir Lemine, deu aos alemães um
fôlego de vida. Porém essa circunstância não foi suficiente para evitar a derrota dos alemães
que viram o armistício assinado a 11 de Novembro de 1918.

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2.1. Os Factores De Desencadeamento


A Primeira Guerra Mundial decorreu, antes de tudo, das tensões advindas das disputas por
áreas coloniais. Dos vários fatores que desencadearam o conflito destacam -se o revanchismo
francês, a Questão Alsácia-Lorena e a Questão Balcânica. A Alemanha, apos a unificação
política, passou a reivindicar áreas coloniais e a contestar a hegemonia internacional inglesa,
favorecendo a formação de blocos antagônicos. Constituíram-se, assim, a Tríplice Aliança
(Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, Rússia e França). Os
blocos rivalizavam -se política e militarmente, até que em 1914 surgiu o motivo da eclosão da
Guerra: o assassinato do herdeiro do trono Áustria-Húngaro (Francisco Ferdinando) em
Sarajevo (Bósnia) conflito iniciou -se como uma guerra de movimento para depois se
transformar em uma guerra de trincheiras.
2.2.O estopim do início da Primeira Guerra e O início dos confrontos
No começo do século XX existiam vários conflitos de interesses políticos e econômicos
envolvendo as grandes potências europeias. Qualquer evento mais sério poderia levar o
continente europeu a um conflito bélico. E foi o que aconteceu no final de julho de 1914.
Vale ressaltar que a palavra estopim, neste contexto, possui o significado de um fato que gera
vários outros acontecimentos.
O estopim da Primeira Guerra Mundial aconteceu em 28 de junho de 1914, quando o
arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, e sua esposa, Sophie, foram
assassinados enquanto desfilavam pelas ruas da cidade de Sarajevo, na Bósnia. Naquela
época, o território era dominado pelos austríacos e vários grupos clandestinos surgiram para
lutar em favor da independência. Um desses grupos era o “Mão Negra”, do qual Gravilo
Princip, autor dos disparos que mataram Ferdinando e Sophie, fazia parte. Esse grupo tinha
ligação com a Sérvia. Logo após o atentado, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à
Sérvia, e o que era para ser uma guerra punitiva se tornou uma guerra mundial. A Alemanha,
aliada dos austríacos, ofereceu apoiou militar. Por sua vez, a Sérvia era aliada da Rússia e da
França, que ficaram do lado dos sérvios.

2.3-A conferência de paz ou tratado de versalhes de 1919


Tratado de Paz de Versalhes, assinado em 28 de Junho 1919 por Alemanha e os Aliados, no
Palácio de Versalhes.
Um documento de tamanho considerável, o tratado apresentado cerca de 440 artigos, com a
adição de vários anexos.

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Iniciada no início de 1919 e concluído em abril, depois de vários meses de duras negociações,
foi apresentado para a Alemanha, para apreciação em 7 de maio de 1919.
O governo alemão deu três semanas para aceitar os termos do tratado (que não tinha visto
antes da entrega). Sua reação inicial foi uma longa lista de queixas, a maioria dos quais foram
simplesmente ignorados.
O tratado foi percebido por muitos como demasiado grande a saída de US Presidente Wilson
Catorze Pontos; e pelos britânicos como muito dura no tratamento da Alemanha.
Controverso ainda hoje, muitas vezes é argumentado que os termos punitivos do tratado
apoiou a ascensão do nazismo e do Terceiro Reich em 1930 na Alemanha, que por sua vez
levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial.
O Tratado de Versalhes privou a Alemanha de cerca de 13,5% do seu território 1.914 (cerca
de sete milhões de pessoas) e todas as suas possessões ultramarinas. Alsácia-Lorena foi
devolvida à França e Bélgica foi ampliado, a leste com a adição de áreas de fronteira
anteriormente alemães de Eupen e Malmedy.
O tratado de Versalhes estabelecia que a Alemanha era obrigada a:
Restituir a Alsácia e a Lorena à França; – ceder as minas de carvão do Sarre à França por um
prazo de 15 anos
Ceder suas colônias, submarinos e navios mercantes à Inglaterra, França e Bélgica
Pagar aos vencedores, a título de indenização, a fabulosa quantia de 33 bilhões de dólares
Reduzir seu poderio bélico, ficando proibida de possuir força aérea, de fabricar armas e de ter
um exército superior a 100 mil homens.
Acordo internacional que determina os termos de paz na Europa depois da I Guerra Mundial.
Trata também do estatuto da Liga das Nações, associação fundada para manter a paz mundial.
Pressionada por um embargo naval, a Alemanha é obrigada a ratificar o tratado.
Perde todas as suas colônias na África e na Ásia. Entrega a Alsácia e a Lorena à França e o
Porto de Dantzig, à Polônia.

2.4. O reforço da exploração colonial e o movimento anticolonial em África


O reforço da exploração colonial em África foi uma consequência do crescimento das
necessidades produtivas e dos conflitos entre as nações industrializadas europeias. Isso levou
tanto à expansão da extração de matérias-primas, muitas vezes com custos humanos

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intoleráveis, quanto ao uso da população nativa como “bucha de canhão” em disputas


internacionais.
O movimento anticolonial em África foi um movimento político que surgiu na África durante
o século XX. O objetivo principal do movimento era acabar com o colonialismo na África e
garantir a independência dos países africanos. O movimento anticolonial foi liderado por
líderes africanos como Kwame Nkrumah, Jomo Kenyatta e Julius Nyerere.
A situação cada vez mais crítica dos países do continente, que eram tratados como
"inferiores" por suas "metrópoles coloniais", associado com o avanço das ideologias
nacionalistas e pan-africanistas, fez com que movimentos políticos organizados, tanto de
natureza civil quanto de natureza militar, se espalhassem pelo continente, de modo que já a
partir da década de 1950 começam a surgir as primeiras nações independentes do continente.
2.5. A Prosperidade Americana
O pânico gerado com o desastre da Bolsa de Nova Iorque precedeu a depressão económica,
que primeiro se fez sentir nos Estados Unidos para depois, nos anos 30, se espalhar a toda
Europa e ao resto do Mundo.
Após o desaire de 1929 os bancos americanos procuraram socorrer-se no estrangeiro, para
fazer face a uma situação que se viu agravada devido à impossibilidade de os credores
endividados com o crash da bolsa pagarem as suas dívidas. Entretanto, aqueles que tinham
algum dinheiro no banco rapidamente o levantaram. Sem dinheiro para pagarem aos
depositantes muitos bancos faliram; em 1932 a maior parte das instituições bancárias estavam
fechadas.
Isto traduzir-se-ia na escassez de dinheiro para investir em setores produtivos como a
indústria e a agricultura.
Nos Estados Unidos muitas fábricas fecharam as portas, o desemprego aumentou em flecha e
os preços dos produtos caíram. Apesar da tomada de medidas de emergência para conceder
crédito a particulares e a corporações, a depressão económica piorou bastante durante o
último período da administração do Presidente Hoover.
Em 1932 multiplicavam-se os casos de bancos falidos, fábricas fechadas, quintas e casas
hipotecadas; cerca de um milhão de americanos perdiam os seus empregos. Na campanha
presidencial de 1932, Franklin D. Roosevelt, o futuro presidente americano, candidato pelo
Partido Democrata, era questionado acerca da Proibição e da crise económica. O programa
eleitoralista dos democratas propunha a rejeição da 18.ª Emenda à Constituição e prometia o
New Deal, ou seja, a recuperação da grave crise que o país atravessava. Os democratas
acabaram por vencer os republicanos por uma larga margem de votos.
A confiança foi restaurada nos Estados Unidos e o mercado começou a acordar da depressão,
com a eleição de Roosevelt e a introdução do New Dealem 1932.
Entre 1920 e 1932 as relações diplomáticas dos Estados Unidos com outros países, durante as

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administrações de Harding, Coolidge e Hoover, eram dominadas pelo problema das dívidas
de guerra, pelas indemnizações a cargo da Alemanha e pelas tentativas por parte dos Estados
Unidos em obterem uma cooperação internacional para a manutenção da paz no Mundo.
Durante a Primeira Guerra Mundial e mesmo algum tempo depois, o governo norte-
americano emprestou um total de 10 mil milhões de dólares aos Aliados; em 1922 esta
quantia era acrescida da taxa de juro perfazendo mais 11 mil milhões.

CAPÍTULO 3-O MUNDO ENTRE AS DUAS GUERRAS


É denominado período entre guerras a fase da história do século XX que vai do final da
Primeira Guerra Mundial até o início da Segunda Guerra Mundial, ou seja, entre 1918 a 1939.
A época é marcada por vários acontecimentos de importância que contribuíram para delinear
a geopolítica internacional nas décadas seguintes.
Logo a seguir ao fim do primeiro conflito, o que se observa são importantes mudanças
políticas e de rearranjos territoriais na Europa, África e Ásia. As Potências Centrais,
Alemanha, Áustria-Hungria e Império Turco-Otomano pagarão preços altíssimos pela derrota
na guerra. A Áustria-Hungria, uma potência na Europa Central há séculos, deixa de existir,
fragmentando-se em várias novas nações, com importância diminuta no cenário político
mundial. Caso similar ocorre com o Império Turco-Otomano, que antes da guerra já se
encontrava em crise, mas, com a derrota, irá perder todos os seus territórios: o Egito passará
formalmente ao controle britânico, Síria, Líbano, Palestina e Iraque passarão a ser
administrados por meio de mandatos da Liga das Nações pelos vitoriosos na guerra, França e
Reino Unido. O que restou do antigo território Otomano, a atual Turquia, sofrerá uma intensa
onda de reformas, dando origem a um estado moderno, secular, que pouco lembra o antigo
Império Turco-Otomano.
Mas, sem dúvida, as piores consequências da guerra caíram sobre a Alemanha, que perdeu
todas as suas colônias na África, Ásia e Oceânia, foi forçada a pagar uma indenização brutal
em bens e dinheiro (que nunca foi quitada) e que arruinou a economia do país, indo
desembocar em uma hiperinflação poucas vezes vista.
A crise econômica que devastou a Alemanha iria ressoar através da Europa e chegar aos
Estados Unidos em 1929, fazendo enormes estragos neste país, em especial no seu auge, em
1932. Conscientes de que a Alemanha, um importante elemento no arranjo da economia
mundial não poderia ser eternamente relegado a um plano inferior devido às dívidas de
guerra, as potências mundiais passam a tratar de modo mais condescendente o país,
procurando reinseri-lo dentro da esfera das grandes economias da época.
3.1. A Revolução Russa de 1917

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A Revolução Russa de 1917 consistiu em dois levantes populares: o primeiro ocorrido em


fevereiro, contra o governo do czar Nicolau II, e o segundo, em outubro.
A Revolução compreendeu duas fases distintas:
• A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a
monarquia do Czar Nicolau II, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar
uma república de cunho liberal;
• A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o
Partido Bolchevique derrubou o Governo Provisório apoiado pelos partidos socialistas
moderados e impôs o governo socialista soviético.
a Rússia, durante o século XIX, a falta de liberdade era quase absoluta.
No campo, reinava uma forte tensão social devido à grande concentração de terras na mão da
nobreza. A Rússia foi o último país a abolir a servidão, em 1861, e em muitos lugares
continuava-se com o sistema de produção feudal.
A reforma agrária promovida pelo czar Alexandre II (1855-1881) pouco adiantou para aliviar
as tensões no campo. O regime czarista reprimia a oposição e a Ochrana, polícia política,
controlava o ensino, a imprensa e os tribunais.
No governo do czar Nicolau II (1894-1917), a Rússia acelerou seu processo de
industrialização aliada ao capital estrangeiro. Os operários concentraram-se em grandes
centros como Moscou e São Petersburgo.
O Partido Operário Social-Democrata Russo era crítico com a política do país. Porém, havia
divergências em como solucionar os problemas da Rússia. Isto acabou por dividi-lo em duas
correntes:
Bolcheviques (maioria, em russo), liderados por Lenin, defendiam a ideia revolucionária da
luta armada para chegar ao poder.
Mencheviques (minoria, em russo), liderados por Plekhanov, defendiam a ideia evolucionista
de se conquistar o poder através de vias normais e pacíficas como, por exemplo, as eleições.
3.2. A Grande Depressão (Crise Económica Internacional De 1929-1933)
A Grande Depressão, também conhecida como Crise de 1929, foi a maior crise financeira da
história dos Estados Unidos, que teve início em 1929 e persistiu ao longo da década de 1930,
terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial.
O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas
a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano,
causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando
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valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Exchange, caíram
drasticamente, e tornou-se notícia em todo o mundo com o crash da bolsa (conhecido como
Terça-Feira Negra).
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como
sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram
duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Países Baixos, Austrália,
França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco
industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o
café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de
industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que, tratando-se
de uma economia socialista, estava econômica e politicamente fechada para novas
tecnologias. Entre 1929 e 1932, o PIB mundial caiu em cerca de 15%. Em comparação, o PIB
mundial caiu em menos de 1% entre 2008 e 2009 durante a Grande Recessão.
Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933.
Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas
conhecidas como New Deal. Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente
por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schacht na Alemanha foram, três anos mais
tarde, racionalizadas por John Maynard Keynesem sua obra clássica.

3.3. Os Países De Regime Totalitário “Ditadura Na Europa”


O Regime Totalitário na Europa ocorreu em diferentes países, diferentes momentos, sob
específicos contextos. O totalitarismo é um regime baseado em um Estado centralizador,
impositivo, autoritário e antidemocrático.
Os regimes totalitários tomaram a Europa após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O
objetivo era uma “vida nova”, após a população perder a esperança nos governos vigentes.
A crise do capitalismo e do liberalismo, que se espalhavam como conceito à época, era o que
regimes totalitários esperavam para ascender.
Características do Regime Totalitário na Europa
O Regime Totalitário na Europa foi uma resposta conservadora à democracia liberal da
época. Em ascendência, o liberalismo político-económico passou a ser visto com outros olhos
pela sociedade.
As perdas na Primeira Guerra Mundial incentivaram uma nova forma de política. Uma visão
mais dura, de governos mais fortes, que demonstrariam eficiência na reconstrução das
nações.
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Assim, entre outras, as principais características de um regime totalitário eram:


• Centralização do Governo sem partidos de oposição;
• Nacionalismo sectário;
• Política antiliberal;
• Organizações militares junto ao poder;
• Jovens em iniciação militar desde cedo;
• Culto ao líder e ao partido;
• Necessidade de se sobrepor a outras nações por meio do expansionismo;
Os cidadãos seguiriam a ideologia de seu chefe maior, que teria como objetivo restaurar a
política do país.
Os ideais do totalitarismo foram muito utilizados pela direita política. No entanto, Josef
Stalin, na antiga União Soviética, utilizou de preceitos de Lênin (o comunismo) para
implantar seu regime.

4- Quadro Geral
O plano Marshall
O Plano Marshall foi um programa de ajuda econômica dos EUA aos países da Europa
Ocidental com o objetivo de reconstruí-los após a 2ª Guerra Mundial.
Os objetivos desse plano eram: manter o domínio dos Estados Unidos sobre a Europa
obtendo o apoio dos países beneficiados; e evitar o avanço da influência soviética sobre o
Ocidente.
A implantação do plano ocorreu entre os anos de 1948 e 1951, durante o governo Truman,
seguindo as orientações do seu idealizador, o general George Marshal, secretário de Estado.
As consequências do plano foram a aproximação dos países europeus ocidentais dos Estados
Unidos bem como a sua abertura econômica para os produtos norte-americanos.
África na Segunda Guerra Mundial
A participação dos africanos na Segunda Guerra Mundial significou para países europeus
como a França e colônias europeias na Africana como Etiópia a chance de libertar-se da
dominação e do racismo dos colonizadores.

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A crise econômica mundial e a África


Ocorreram na África mudanças significativas iniciadas em 1929, se prologando pela década
de 1930 e consolidadas na efervescência da Segunda Guerra Mundial no mundo e no
continente africano.
A crise econômica de 29 deixou um rastro de destruição e a luta pelo poder ocupando o
centro da causa. Ela estremeceu as bases do sistema de produção dos países capitalistas,
gerando o subconsumo, mexeu com a Bolsa de Valores de Nova York, e exacerbou os
nacionalismos com a fracassada tentativa em junho de 1933, para pensar numa saída na
Conferência Econômica Internacional de Londres, discutindo as possibilidades de
entendimento e cooperação para driblar a crise geral.
Os bombardeios em Hiroshima e Nagazaki e o fim definitivo da Segunda Guerra Mundial
Em 6 de agosto de 1945, um “superbomber” B-29 lançou uma bomba de urânio sobre
Hiroshima na tentativa de forçar a rendição incondicional do Japão. Três dias depois, os
Estados Unidos lançaram uma bomba de plutônio, idêntica à bomba do teste Trinity, sobre
Nagasaki. Os ataques dizimaram as duas cidades e mataram ou feriram pelo menos 200 mil
civis.
CAPÍTULO 5-A GUERRA FRIA
Guerra fria é um estado de conflito entre nações que não envolve uma ação militar direta,
mas é exercida principalmente através de ações econômicas e políticas, propaganda, atos de
espionagem ou de guerras por procuração travadas pelos substitutos.
A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial e existe um debate acirrado
entre os historiadores a respeito de como foi iniciado esse conflito político-ideológico. De
toda forma, existe um certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o
discurso realizado pelo presidente americano, Harry Truman, em 1947.
Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o presidente
americano solicitava verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar para evitar o
avanço do comunismo na Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA liderar a luta
contra o avanço do comunismo no continente europeu.
Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como Doutrina Truman, que consistiu no
conjunto de medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do comunismo. A primeira
ação tomada por essa doutrina foi o Plano Marshall, plano de recuperação econômica da
Europa com o qual os americanos forneceriam grandes somas de dinheiro para os países
interessados.

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A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência
expansionista e que procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do
comunismo. Os americanos sabiam que os problemas econômicos da Europa no pós-guerra
eram um campo fértil para o crescimento da ideologia comunista lá.
5.1. Conceito, Causas E Início
A Guerra Fria foi um período marcado por um conflito político-ideológico travado entre
Estados Unidos e a ex-União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. Esse período polarizou o
mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao capitalismo e outro alinhado ao comunismo.
O termo “guerra fria" foi atribuído ao período pela primeira vez em 1945, pelo escritor
britânico George Orwell, autor de 1984. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, marcada
pelo bombardeamento das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, o escritor usou o
termo em um ensaio prevendo que isso desencorajaria uma guerra aberta entre grandes
potências, criando, em vez disso, “um permanente estado de 'guerra fria'"
A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial e existe um debate acirrado
entre os historiadores a respeito de como foi iniciado esse conflito político-ideológico. De
toda forma, existe um certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o
discurso realizado pelo presidente americano, Harry Truman, em 1947.
Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o presidente
americano solicitava verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar para evitar o
avanço do comunismo na Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA liderar a luta
contra o avanço do comunismo no continente europeu.

5.2. A criação de dois Grandes blocos político-militares: NATO e o Pacto


de Varsóvia
A NATO e o Pacto de Varsóvia nunca travaram um conflito militar direto, mas
fizeram o mundo refém de suas trocas de ameaças por mais de três décadas.
Abastecidas pela obcecada corrida armamentista da Guerra Fria, as duas organizações
simbolizaram o perigo mais imediato de uma guerra entre Estados Unidos e União
Soviética.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) surgiu primeiro, em 1949,
para lutar contra a expansão do comunismo e retaliar qualquer ataque soviético contra
seus países-membros. A resposta da URSS veio em 1955 com o Pacto de Varsóvia,
apoiado pelos países do bloco socialista e criado nos mesmos moldes da rival.

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Com o tempo, porém, o papel das duas alianças militares desviou-se da proposta
original. O Pacto de Varsóvia voltou-se para a repressão dos governos contrários ao
regime socialista e das eventuais insurreições dos países integrantes.

Tornou-se uma ferramenta de controle da URSS sobre seus territórios de influência e


extinguiu-se em 1990, logo após a implosão do império soviético.
A NATO, por sua vez, ampliou sua atuação: fixou-se nas trocas militares de técnicas
de segurança com a Europa, nas intervenções de conflitos e até no combate ao
narcotráfico. Hoje, agrupa também países do ex-bloco socialista que fizeram parte do
Pacto de Varsóvia, como a Romênia e a Bulgária.
5.2.1 - A corrida aos armamentos, a coexistência pacífica e o equilíbrio do
terror
A corrida aos armamentos foi um período de intensa competição entre as superpotências dos
Estados Unidos e da União Soviética durante a Guerra Fria. A coexistência pacífica foi uma
política adotada pela União Soviética e pelos Estados Unidos para evitar conflitos diretos
entre as duas superpotências. O equilíbrio do terror é uma teoria elaborada na época da
Guerra Fria que se refere à situação em que ambas as superpotências possuem armas
nucleares suficientes para destruir a outra, o que impede qualquer uma delas de atacar a outra
sem sofrer uma retaliação devastadora.
Corrida armamentista ou corrida bélica é a denominação da prática de nações rivais de
acumular e melhorar o desempenho e a quantidade de armas em tempos de paz.
Coexistência pacífica, foi um termo de política internacional, criado pelo líder soviético
Nikita Khrushchev, para se referir às relações que manteriam a União Soviética e os Estados
Unidos na chamada Guerra Fria, geralmente aceitas como política soviética, no período de
1955 a 1962 a partir do ponto de vista ocidental, e de 1955 a 1984 a partir do ponto de vista
soviético.
O equilíbrio do terror é uma teoria elaborada na época da chamada Guerra Fria, quando a
União Soviética e seus aliados do Pacto de Varsóvia por um lado, e os Estados Unidos da
América e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO) por
outro, entraram numa corrida ao armamento de tal modo perigoso que nenhuma das eventuais
partes beligerantes podia esperar vencer um hipotético conflito armado.
5.3. O Movimento dos Não-Alinhados

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Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) é um fórum de 120 países que não estão
formalmente alinhados ao lado ou contra qualquer grande bloco de poder internacional.
O movimento se originou no rescaldo da Guerra da Coreia, como um esforço de alguns países
para contrabalançar a rápida bipolarização do mundo durante esse período, em que duas
grandes potências, Estados Unidos e União Soviética, formaram blocos e embarcaram em
uma política para puxar o resto do mundo em suas órbitas. Um deles era o bloco comunista
pró-soviético, cuja aliança mais conhecida era o Pacto de Varsóvia, e o outro o grupo
capitalista pró-estadunidense de países, muitos dos quais pertenciam à OTAN. Em 1961, com
base nos princípios acordados na Conferência de Bandung de 1955, o Movimento Não
Alinhado foi formalmente estabelecido em Belgrado, Iugoslávia, por iniciativa do presidente
iugoslavo Josip Broz Tito, do primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru, do presidente
egípcio Gamal Abdel Nasser, do presidente ganense Kwame Nkrumah e do presidente
indonésio Sukarno.Isso levou à primeira Conferência de Chefes de Estado ou Governos de
Países Não Alinhados O não alinhamento não representava uma atitude de neutralidade, pois
distinguia-se dela na medida em que implica uma participação ativa nos assuntos
internacionais. Os países do Movimento Não Alinhado representam quase dois terços dos
membros das Nações Unidas e abrigam 55% da população mundial.

5.4. A desintegração do bloco soviético: Causas e consequências


A desintegração do bloco soviético é a dissolução e colapso dos Estados socialistas que
estavam alinhados com a União Soviética durante a Guerra Fria. Este processo decorreu
principalmente entre 1989 e 1991 e teve causas e consequências de longo alcance.
As economias de planejamento central dos países do bloco soviético enfrentaram desafios
económicos significativos, incluindo ineficiência, falta de inovação e incapacidade de
competir globalmente. Estas questões levaram ao declínio dos padrões de vida, à escassez de
bens e ao descontentamento generalizado entre as populações.
Muitos dos países tinham identidades étnicas distintas e aspirações nacionalistas de longa
data. À medida que as garras da União Soviética enfraqueceram, os movimentos nacionalistas
ganharam força, exigindo maior autonomia ou independência absoluta.
Em 25 de dezembro de 1991, Mikhail Gorbachev renunciou formalmente ao cargo de
presidente da União Soviética (URSS). No dia seguinte, em 26 de dezembro, o Parlamento do
país — o Soviete Supremo — reconheceu formalmente a independência de 15 novos Estados,
encerrando assim a existência da União Soviética.
Gorbachev havia chegado ao poder em 1985, aos 54 anos. Ele iniciou uma série de reformas
para dar um novo fôlego ao país, que estava estagnado.

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A dissolução do bloco soviético levou ao surgimento de novos países independentes na


Europa Oriental como Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, etc. Estes
países prosseguiram os seus próprios sistemas políticos e prosseguiram reformas económicas
com diferentes graus de sucesso.
CAPÍTULO 6-A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA E A ÁFRICA
No final do século XIX, as potências europeias estavam em busca de novos mercados e
matérias-primas para sustentar o seu desenvolvimento industrial. Eles encontraram na África
e Ásia uma grande oportunidade para explorar esses recursos. Assim, iniciaram uma corrida
desenfreada pela conquista desses territórios.
Os europeus utilizaram de diversas estratégias para dominar esses continentes, como a
imposição de tratados desiguais, a utilização da força militar e a manipulação das elites
locais. Dessa forma, eles conseguiram estabelecer colônias nessas regiões por mais de um
século.
Após anos de exploração e opressão, os povos africanos e asiáticos começaram a se mobilizar
em busca da sua independência. Esse processo foi marcado por lutas anticoloniais e
movimentos de resistência que buscavam a libertação desses territórios.
Os primeiros movimentos de independência surgiram na Índia, liderados por Mahatma
Gandhi. Ele utilizou a estratégia da não-violência para mobilizar a população indiana contra o
domínio britânico. Esse movimento inspirou outros países a lutar pela sua independência.
Na África, o processo de independência foi mais complexo. Muitos países africanos foram
divididos artificialmente pelas potências europeias, o que gerou conflitos internos e dificultou
a união dos povos africanos. Mesmo assim, vários países conseguiram se libertar do domínio
europeu, como Gana, Argélia e Angola.
6.1. O nacionalismo anticolonial: origens, formas e avaliação
O nacionalismo anticolonial refere-se a um movimento político e ideológico que
surgiu no contexto do colonialismo europeu e visava resistir e derrubar o domínio
colonial. Pode ser entendida como uma resposta à subjugação e exploração vivida
pelos povos colonizados, que procuraram recuperar a sua independência política,
cultural e económica.
Surgiu durante o final do século 19 e início do século 20, quando as potências
europeias estabeleceram extensos impérios coloniais em toda a África, Ásia e Oriente
Médio. A opressão e a exploração sofridas pelos povos colonizados tornaram-se um
catalisador para a ascensão de movimentos nacionalistas
O nacionalismo anticolonial inspirou-se numa série de correntes intelectuais,
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incluindo o pensamento anti-imperialista, os ideais iluministas, as ideias socialistas e


os movimentos religiosos. Pensadores como Frantz Fanon, Mahatma Gandhi, Kwame
Nkrumah e Ho Chi Minh forneceram estruturas intelectuais que moldaram o
nacionalismo anticolonial.
6.1.1. Angola: Da Independência À Guerra Civil (1975-2002)
A proclamação de Independência de Angola deu-se no dia 11 de Novembro de 1975, quando
o então primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, proclamou a independência de
Angola, de jure e de facto de Portugal.
Pouco antes da proclamação de independência o controle de Angola estava dividido pelos
três maiores grupos nacionalistas — União Nacional para a Independência Total de Angola
(UNITA), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA) —, pelo que a independência foi proclamada unilateralmente,
pelos três movimentos.
O MPLA, que acabara de garantir o controle de Luanda, proclamou a Independência da
República Popular de Angola (RPA) às 23h de 11 de novembro de 1975 no Largo da
Independência, pela voz de Agostinho Neto dizendo, "diante de África e do mundo proclamo
a Independência de Angola”, culminando assim o périplo independentista, iniciado no dia 4
de fevereiro de 1961, com a luta de libertação nacional, estabelecendo o governo em Luanda.
Coube a Lúcio Lara, o presidente do Conselho Revolucionário do Povo investir Neto no
cargo de Presidente da República Popular de Angola no dia 12 de novembro de 1975, quando
era cerca de meio-dia, numa cerimónia que teve lugar na Câmara Municipal de Luanda. Foi
investido no dia 12 com efeitos retroativos ao dia 11, dado que já era o líder do processo
revolucionário de independência.

6.2. Conferência de Bandung


A Conferência de Bandung foi uma reunião de 29 países asiáticos e africanos em Bandung
(Indonésia), entre 18 e 24 de Abril de 1955, com o objetivo de mapear o futuro de uma nova
força política global (Terceiro Mundo), visando a promoção da cooperação econômica e
cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou
neocolonialismo, por parte dos Estados Unidos e da União Soviética.
Participantes

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Grande parte dos países participantes experimentaram a amarga colonização e o domínio


econômico, político e social.
São eles: Afeganistão, Birmânia, Camboja, Ceilão, República Popular da China, Filipinas,
Índia, Indonésia, Japão, Laos, Nepal, Paquistão, República Democrática do Vietnã, Vietnã do
Sul e Tailândia, totalizando 15 da Ásia; Arábia Saudita, Iêmen, Irã, Iraque, Jordânia, Líbano,
Sírio e Turquia, totalizando oito do Oriente Médio; Costa do Ouro –atualmente Gana–,
Etiópia, Egito, Líbia, Libéria e Sudão, totalizando apenas seis da África (isso está relacionado
ao fato de que muitos desses países eram colônia da Europa).
Os dez princípios da Conferencia de Bandung:
• Respeito aos direitos fundamentais;
• Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações;
• Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas;
• Não intervenção e não ingerência nos assuntos internos de outros países
(autodeterminação dos povos);
• Respeito pelo direito de cada nação defender-se individual e coletivamente;
• Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada para servir aos
interesses particulares das superpotências;
• Abstenção de todo ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a
integridade territorial ou a independência política de outro país;
• Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos (negociações e
conciliações, arbitradas por tribunais internacionais);
• Estímulo aos interesses mútuos de cooperação;
• Respeito pela justiça e obrigações internacionais.

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6.3. A descolonização da Ásia e da Oceânia


A descolonização da Ásia e da Oceânia se deu logo após a Segunda Guerra Mundial, que
enfraqueceu os países participantes, que ficaram sem recursos suficientes para manter suas
colônias, tanto na África quanto na Ásia. Outro fator importante foi a desobediência civil na
Índia, influenciada por um dos maiores líderes pacifistas do mundo, Mahatma Gandhi. Os
indianos deixaram de pagar impostos à coroa inglesa e deixaram de cumprir suas obrigações
para com a metrópole. Assim, venceram a Inglaterra pelo cansaço.
Cronologia da descolonização da Ásia e Oceânia
• 1901 (01 de Janeiro) - Independência da Austrália (do Reino Unido)
• 1907 (26 de Setembro) - Independência da Nova Zelândia (do Reino Unido)
• 1919 (19 de Agosto) - Independência do Afeganistão (do Reino Unido
• 1945 (17 de Agosto) - Declaração da independência da Indonésia (apenas reconhecida
a 27 de Dezembro de 1949 pelos Países Baixos)
• 1945 (2 de Setembro) - Declaração da independência do Vietname (apenas
reconhecida pela França em 1954, depois de uma guerra de libertação)
• 1946 - Independência das Filipinas (dos EUA, mas já tinha declarado a independência
da Espanha a 12 de Junho de 1898)
• 1947 (14 de Agosto) - Independência do Paquistão (do Reino Unido)
• 1947 (15 de Agosto) - Independência da Índia (do Reino Unido)
• 1948 (4 de Janeiro) - Independência do Myanmar (do Reino Unido)
• 1949 (19 de Julho) - Independência do Laos (da França)
• 1953 (9 de Novembro) - Independência do Camboja (da França)
• 1957 (31 de Agosto) - Independência da Malásia (do Reino Unido)
• 1959 - Autonomia da colónia de Singapura (pelo Reino Unido)
• 1968 - Independência do Nauru (da Austrália)
• 1975 (28 de Novembro) - Independência de Timor-Leste (de Portugal)
• 1978 - Independência do Tuvalu (do Reino Unido)
• 1979 - Independência do Kiribati (do Reino Unido)
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• 1984 (1 de Janeiro) - Independência do Brunei (do Reino Unido)


• 1986 - Independência dos Estados Federados da Micronésia (dos EUA)
• 1986 - Independência do Ilhas Marshall (dos EUA)
• 1994 - Independência da República de Palau (dos EUA)
• 2002 (20 de Maio) - Independência de Timor-Leste (da Indonésia)

CONCLUSÃO
A colonização da África pelos europeus remonta ao século XV, quando Portugal dominou os
primeiros territórios na costa atlântica do continente. Na busca por uma rota para as Índias, os
portugueses encontraram ali grande oportunidade de atender a seus anseios mercantilistas.
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito bélico global centrado na Europa que começou
em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918. O conflito foi resultado dos
atritos permanentes provocados pelo imperialismo entre as grandes potências europeias. Os
principais cenários de guerra ocorreram no continente europeu. A guerra foi um dos conflitos
mais mortais da história, com um número estimado de mortos entre 15 e 19 milhões de
pessoas.
O período entre guerras corresponde ao intervalo de tempo entre o fim da Primeira Guerra
Mundial em 1918 e o início da Segunda Guerra Mundial em 1939. Esse período foi marcado
por mudanças geopolíticas significativas, como a transferência do centro mundial da Europa
para os Estados Unidos. Além disso, houve muitas mudanças sociais, políticas e econômicas
em todo o mundo.
A Segunda Guerra Mundial teve um impacto significativo na África. A declaração da França
e da Grã-Bretanha contra a Alemanha significou o recrutamento de milhares de soldados e
operários africanos no continente. Assim, africanos tanto do Norte como do Sul do Saara
lutaram contra as tropas alemãs e italianas, seja no próprio continente africano ou mesmo na
Europa. A participação da África na Segunda Guerra Mundial deve ser apreciada sob a ótica
da escolha entre vários demônios.
A Guerra Fria foi um período de tensão geopolítica entre a União Soviética e os Estados
Unidos e seus respetivos aliados, o Bloco Oriental e o Bloco Ocidental, após a Segunda
Guerra Mundial. Considera-se geralmente que o período abrange a Doutrina Truman de 1947
até a dissolução da União Soviética em 1991.Durante esse período, houve uma corrida
armamentista entre as duas superpotências e seus aliados, bem como conflitos indiretos em
todo o mundo.
A descolonização da África e da Ásia foi um processo histórico que ocorreu após a Segunda
Guerra Mundial. Os países europeus que colonizaram essas regiões perderam poder e
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influência após a guerra. Os movimentos de independência ganharam força, liderados por


líderes como Nelson Mandela, Mahatma Gandhi e Ho Chi Minh.

BIBLIOGRAFIA
Livro
História da 9ª Classe (2022) Factores do Desencadeamento da Primeira Guerra Mundial

Páginas da Internet
Toda Matéria: A Conferência de Berlim; Revolução Russa de 1917
Rabisco- Descolonização da Ásia e da África
Wikipédia- O Movimento dos Não Alinhados
A Descolonização da Ásia e da Oceânia

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