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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSCÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS –

CURSO DE DIREITO

Projeto de Extensão

Título:

CLÍNICA DE DIREITOS HUMANOS DO CURSO DE DIREITO/PALMAS

Início Previsto: 01/08/2023


Término previsto: 01/08/2025
Palavras-Chave: Educação em Direitos Humanos dignidade humana. promoção dos
direitos humanos vulnerabilidades direito antidiscriminatório
Abrangência: Local
Unidade Geral
Unidade de Origem: Palmas
Pertence a algum Programa de Extensão: Não
Local de realização:
Tipo de território: Urbano
Cidade: Palmas/TO
Descrição do local: cidade de palmas e entorno

CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO
Grande Área de Conhecimento do CNPQ:
Ciências sociais aplicadas
Áreas Secundárias:
Direito

Principal área temática da Extensão:


Direito Humanos e Justiça

Área Temática Secundária:


Educação

Av. NS 15, 109 Norte BALA II, Sala 14 | 77001-090 | Palmas/TO - (63) 3229 4524|
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CURSO DE DIREITO

Linha de Extensão:

Direitos Individuais e Coletivos

Carga horária total da ação:


630 horas

Público Estimado:
500
Possui Polo EAD?
Não

Estimativa
Descreva a quantidade de pessoas envolvidas no projeto, que vão desde o público
beneficiário; dos que participaram da construção da proposta; da quantidade de pessoas
que serão envolvidas diretamente; e quantidade de pessoas que serão envolvidas
indiretamente)

Quantidade de Docentes: 6
Técnicos Administrativos (quantidade): 1
Graduação (quantidade): 8
Pós-Graduação (quantidade): 0
Comunidade Externa (quantidade): 500
Ação a ser creditada: Sim
Total de vagas: 60
Periodicidade: Bianual

Parcerias:
Centro de Direitos Humanos de Palmas
Associação Estadual de Direitos Humanos no Tocantins

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Participantes:
Gleidy Braga Ribeiro Coordenadora Geral
Cristiane Roque de Almeida
Coordenadora Adjunto

Professores
Gustavo Henrique de Souza Viela
Neide Aparecida Ribero
Naima Worm
Ana Lúcia pereira
Gustavo Paschoal Teixeira de Castro Oliveira

Discente
Daniel Gonçalves da Silva
Luis Gustavo Gonçalves Barreira
José Carlos Alves Moreira
Maria Gabriella Rodrigues de Souza
Guilherme Sousa do Couto
Sara Matias Ferrari Pereira
Juliana de Oliveira Pontes
Felipe Souza Milhomem

Articulado com política pública?


Sim

Digite a Política Pública:


Direitos Humanos; Educação; Sistema Penitenciário; Segurança Pública; Mulheres;
Étnico Racial; Prestação Jurisdicional; Meio Ambiente; Política Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional

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Articulado com a pesquisa?


Não

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL:


• Educação de Qualidade
• Igualdade de Gênero
• Redução das Desigualdades

ARTICULAÇÃO COM ENSINO?


Sim

DESCRIÇÃO ENSINO*

Disciplinas de Prática Jurídica I a IV; Extensão Jurídica I a IV; Disciplinas de


Seminários Interdisciplinares I a III; Introdução à prática extensionista; Direitos
Humanos e Fundamentais; Sociologia e Antropologia.

ESTA AÇÃO TEM PRODUTOS ACADÊMICOS?


Sim

Produtos Acadêmicos:
Artigo completo;
Manual;
Oficina;
Relato de experiência
Relatório Técnico

INFRAESTRUTURA FÍSICA E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS (CASO


NECESSITE).

A infraestrutura a ser utilizada consiste em salas de aula, o laboratório do Núcleo de


Prática Jurídica, o auditório, todos devidamente agendados com antecedência, por serem
de uso comum do curso.

EXISTE EXECUÇÃO FINANCEIRA? Não

Descrição do Projeto:

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JUSTIFICATIVA

A Clínica de Direitos Humanos do Curso de Direito da UFT, Campus de Palmas, é um


projeto de extensão interdisciplinar, cujo principal objetivo é promover a Educação em
Direitos Humanos - EDH através da extensão jurídica, por meio de ações formativas e
colaborativas entre saberes acadêmicos e grupos da sociedade civil, visando a promoção
dos direitos humanos. Entende-se que educar em Direitos Humanos, conforme nos ensina
Rayo (2003), é desenvolver por meio de metodologias a capacidade de fomentar nas
pessoas qualidades, atitudes e capacidades que levem a questionar criticamente os
problemas mundiais, resolver conflitos de maneira pacífica, e, por fim, desenvolver o
senso da responsabilidade social e da solidariedade com os grupos mais desfavorecidos.
Para tanto, as metodologias educativas devem oportunizar espaços participativos,
diálogos abertos, sobre os temas que devem ser abordados de forma multidisciplinar e
interseccional, considerando os marcadores sociais das diferenças (CRENSHAW, 2002),
tais como gênero, raça, etnia, classe, religião etc. Isto significa que a metodologia deve
permitir que os alunos descubram, investiguem e conheçam iniciativas de respostas
positivas aos problemas em direitos humanos levantados.

Já em relação aos Direitos Humanos, compreende-se, conforme nos ensina Ramos (2022,
p.19), como sendo "um conjunto de direitos considerado indispensável para uma vida
humana pautada na liberdade, igualdade e dignidade". Assim, os Direitos Humanos são
os direitos essenciais e indispensáveis à vida digna, e são alcançados com a garantia do
mínimo existencial, sendo imprescindível assegurar o direito geral de liberdade e os
direitos sociais básicos, tais como o direito à educação, o direito à saúde, o direito à
previdência e assistência social, o direito à moradia, o direito à alimentação, ao trabalho,
entre outros.

No âmbito normativo, considerando a ordem jurídica internacional, têm-se no âmbito


global tratados e demais normas internacionais, as quais destacamos: a) a Declaração
Universal de Direitos Humanos (1948); b) o Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos (1966) e, c) o Pacto Internacional dos Direitos Econômico, Social e Cultural

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(1966). Já no âmbito regional, considerando os Estados da América Latina, sem dúvida,


é o Pacto de San José da Costa Rica, o mais importante documento.

Importante acrescentar três convenções internacionais que contribuem para a promoção


de uma educação antirracista, a saber: a Convenção da ONU sobre a Eliminação de todas
as Formas de Discriminação Racial (1966) – Ratificada pelo Brasil. Promulgada pelo
Decreto n° 65.810, de 8 de Dezembro de 1969; a Convenção da ONU sobre a Eliminação
de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (1979) - Ratificada pelo Brasil.
Promulgada pelo Decreto Legislativo n° 26, de 22 de Junho de 1964 e a Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – OEA
(1994) – Ratificada pelo Brasil. Promulgada pelo Decreto n° 1.973, de 1° de Agosto de
1996.

No Brasil, considerando o nosso ordenamento jurídico, é a Constituição Federal de 1988


o principal instrumento jurídico garantidor dos Direitos Humanos, adotando o princípio
da dignidade humana como fundamento da própria República Federativa Brasileira. É
sob o amparo legal da Constituição, que os poderes constituídos buscam, por meio da
construção de uma agenda pública, assegurar aos indivíduos os direitos civis, políticos,
econômicos, sociais, entre outros.

No entanto, pelos dados e indicadores sociais divulgados constantemente, por institutos


governamentais, tais como IBGE, IPEA, é sabido que milhões de pessoas em nosso país
não possuem acesso a direitos básicos, portanto, não possuem o mínimo existencial para
uma vida digna. De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança
alimentar e Nutricional, em relação ao direito humano à alimentação adequada,
atualmente, (2021-2022), 125,2 milhões de pessoas estão em situação de Insegurança
Alimentar e mais de 33 milhões em situação de fome, expressa pela IA grave. A pesquisa
apontou ainda que na região Norte (45,2%) e Nordeste (38,4%) menos da metade dos
domicílios dessas regiões tinham acesso pleno e regular aos alimentos. (Rede
PENSSAN.VIGISAN, 2022, p. 39)

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Sem dúvida, a questão da pobreza e da extrema pobreza se ampliou em função da


pandemia do COVID-19. Isto porque ocorreram em todo mundo diversos impactos em
diferentes setores da sociedade, principalmente no mercado de trabalho. As medidas
restritivas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para contenção da
proliferação do vírus, como isolamento social, embora necessárias, resultaram em
fechamento de empresas, redução da atividade econômica e, por consequência, aumento
do desemprego e do subemprego, resultando no surgimento de fenômenos como a
uberização e a pejotização.

No Brasil o cenário não foi diferente. Hecksher (2020), em estudo realizado a partir dos
dados da PNAD Contínua (IBGE), evidencia que o país vivencia momentos consecutivos
de encolhimento do mercado de trabalho brasileiro e que tal conjuntura será longa e
deixará cicatrizes no país, dificultando o retorno a níveis de emprego aceitáveis pré-
pandemia.

Essa situação é preocupante, tendo em vista que o desemprego e o subemprego são fatores
que contribuem significativamente para a insegurança e a violência urbana. Embora não
sejam os únicos fatores, é sabido que a falta de oportunidade de trabalho pode contribuir
com o aumento da criminalidade.

Assim, a Clínica de Direitos Humanos tem um significado importante, pois se propõe a


ser um espaço de problematização, análise e proposições de estratégias para enfrentar as
diversas violações de direitos humanos, potencializadas em função da pandemia do
COVID-19. A CDH se propõe a ser um espaço educacional inovador, uma vez que busca,
conforme nos ensina Lapa (2014), proporcionar uma educação clínica dentro da
universidade, que rompa com os métodos tradicionais, que ensinam o aluno de Direito
a memorização de códigos, leis e precedentes jurisprudenciais. Para tanto, a clínica
jurídica a partir de casos reais ou ainda simulados preparará os estudantes para uma
formação prática, desenvolvendo neles habilidades e destrezas argumentativas para
proposição de soluções.

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A autora nos explica, ainda, que o termo clínicas nos cursos jurídicos surgiu no início do
século XX, inspirado pelas clínicas médicas existentes nas faculdades de Medicina dos
Estados Unidos, que tinham como objetivo promover uma educação prática aos
estudantes antes que eles se formassem. Ou seja, a educação clínica surge como reação à
educação tradicional, que pouco abria espaço para a prática. Com o tempo, se consolidou
como método educacional, no século XXI, mas, infelizmente, com presença secundária
nos cursos jurídicos, uma vez que não são incluídas como disciplinas fundamentais do
currículo do Direito. Permanecendo, a dicotomia entre teoria e a prática jurídica, o que
sem dúvida, dificulta a formação dos estudantes para a arte da advocacia na prática.

É nesse contexto que surge a clínica de Direitos Humanos como forma de preparar o
estudante de Direito para um mundo internacionalizado, que comporta atendimento
jurídicos, tais como litígio, assistência jurídica, advocacia legislativa, mas,
principalmente, atendimentos não jurídicos, como educação em comunidades,
investigação e elaboração de relatórios. Assim, tem-se a intervenção jurídica em tribunais,
mas, principalmente, na imprensa, nas ruas, em espaços governamentais, conferências
etc. Em síntese, a advocacia em Direitos Humanos vai envolver litígio, monitoramento,
elaboração de relatórios, desenho de políticas e legislações, organização e lobbying
(LAPA, 2014).

A CDH da UFT visa contribuir com a promoção de intervenções que se voltem à


promoção do acesso à justiça e colaborem com a garantia de direitos por meio da
construção de políticas públicas promotoras da democracia, da cidadania e das condições
dignas de vida, colaborando com a superação dos racismos, das desigualdades, alinhando-
se aos movimentos de lutas por direitos.

Criada com a intenção de aglutinar ações relacionadas à extensão jurídica, com a CDH
busca-se, por meio do diálogo e das parcerias externas e internas, a estruturação de um
projeto atuante na região central do Estado do Tocantins, no escopo de cada ação
específica promovida, sempre em articulação com as dimensões de ensino, pesquisa e

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prática jurídica como estágio curricular, presentes na sólida formação acadêmica


realizada no âmbito curso de Direito da UFT.

O foco principal é promover estratégias de aprendizagem ativa que conjuguem a


aplicação do conhecimento jurídico com uma perspectiva crítica de sociedade, com a
intuito de promoção de uma educação humanizada na qual se considerem as influências
sociais, culturais e econômicas nos casos em análise, com ênfase para as populações
vulneráveis e marginalizadas.

Nesse sentido, parte-se do estudo fundamentado de casos jurídicos, por meio das
atividades de ensino e pesquisa, para ações interventivas - de litigância ou não - tendo-se
como possibilidade a execução de atividades diversificadas em prol da educação em
Direitos Humanos.

OBJETIVO GERAL

Promover a Educação em Direitos Humanos - EDH por meio de ações formativas e


colaborativas entre saberes acadêmicos e dos demais grupos da sociedade civil, visando
a promoção dos direitos humanos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Realizar atividades de formação com estudantes, a partir da extensão jurídica;

- Manter diálogo e construir ações em conjunto com movimentos da sociedade civil


organizada no escopo do projeto;

- Promover estratégias de aprendizagem ativa que conjuguem a aplicação do


conhecimento jurídico com uma perspectiva crítica de sociedade;

- Contribuir com a promoção de intervenções que se voltem à promoção do acesso à


justiça e colaborem com a garantia dos direitos humanos;

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- Solucionar diversos problemas jurídicos enfrentados por grupos raciais subalternizados,


fortalecendo a justiça racial e apontando caminhos para que instituições públicas e
privadas do Estado do Tocantins, possam diminuir as disparidades raciais em nosso meio;

-Atuar em questões de direitos humanos relevantes para a região central do Estado do


Tocantins.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Com foco na Educação em Direitos Humanos, busca-se, por meio da CDH integrar
saberes acadêmicos com não acadêmicos em prol de uma formação humanística do nosso
alunado no que diz respeito ao tema. Para tanto, interessa a integração com outras
disciplinas do eixo integrador do curso, como Introdução à prática extensionista e
Seminários Interdisciplinares I, II, e III. No entanto, também é observada a interface com
disciplinas de conteúdo mais básico e inicial, como Direitos Humanos e fundamentais, e
Sociologia e Antropologia, bem como também com disciplinas mais do final do curso,
como a prática jurídica como estágio. No processo de amadurecimento e
desenvolvimento do projeto, a integração com outros cursos e áreas será buscada, com o
fim de promover de forma mais robusta a interdisciplinaridade acadêmica.

Inicialmente queremos conhecer melhor a realidade e a dinâmica dos direitos humanos


na região central do Estado, partindo de Palmas, realizando estudos a partir dos casos
atendidos pelo NPJ, seja pelo seu Escritório Modelo ou por meio dos projetos especiais
estabelecidos via convênios/parcerias. Assim, a proposta é partir da análise dos casos
jurídicos, sua “dissecação” por meio de estudos e análises e a partir deles elaborar planos
de intervenção sobre necessidades ali aventadas e pautadas por estratégias de educação
ativas, que permitam o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo por nossos
estudantes.

A partir da formação em EDH teremos a análise dos casos e as consequentes ações de


extensão/intervenção jurídicas, que visam a aproximação com as situações concretas de

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violação de direitos humanos, o contato com as vítimas das violações, quando possível, e
futuros desdobramentos.

Incluem-se nisso a possibilidade de elaboração e disseminação de informações a vítimas


de violações de direitos humanos sobre como acessar os seus direitos, bem como outros
produtos possíveis a partir dos casos concretos e dos relatórios realizados no âmbito de
cada ação específica.

Com isso, pretende-se preparar o alunado para aprender a advogar em foros jurídicos e
não jurídicos, isso inclui prepará-lo para dialogar com os movimentos sociais, sindicais e
culturais, com a população negra, as comunidades indígenas ou
quilombolas, LGBTQIA+ etc. Além disso, aprender a lidar com a imprensa, a participar
ativamente de conferências, seminários, assembleias, e outros, com capacidade de
comunicação e assertividade na proposição de possíveis soluções para problemas reais.

Quanto à integração com os saberes não acadêmicos ou populares, a maioria das clínicas
desse tipo atuam por meio de projetos específicos de extensão que abordam situações de
violação de direitos humanos ao passo que incentivam estudos e pesquisas sobre as
situações, com o fim de formar os estudantes para atuarem nessa seara. Nessa mesma
linha e em conformidade com a vocação da nossa equipe docente, bem como com as
demandas locais, inicialmente trazemos aqui um projeto com possibilidades formativas a
partir de um olhar voltado à formação sobre mulheres, família, domicílios e
vulnerabilidade, com um plano de ação de extensão que relaciona teoria e prática, e esteja
voltado para o diálogo entre saberes acadêmicos e populares, na perspectiva da
interdisciplinaridade.

Outro aspecto sobre a atuação da Clínica de Direitos Humanos que merece destaque são
as ações junto ao Sistema Penitenciário do Tocantins, por meio de atividades vinculadas
à remição pela leitura (RPL) a partir da atuação supervisionada do Conselho da
Comunidade na Execução Penal. Busca-se, com ações e práticas interdisciplinares,

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proporcionar à comunidade acadêmica contatos e experiências com demandas sociais de


vulnerabilidade, com vistas à adoção de práticas de promoção da defesa dos direitos
humanos.

A remição pela leitura (RPL) tem por finalidade proporcionar aos acadêmicos do Curso
de Direito da Universidade Federal do Tocantins (UFT) práticas jurídicas e educacionais
junto aos reeducandos da Unidade Penal de Palmas (UPP). Os discentes auxiliarão os
recuperandos no seguinte procedimento: a cada leitura mensal de uma obra literária,
clássica, científica ou filosófica (dentre outras) o preso poderá quitar parte de sua pena,
por meio do abatimento do tempo total de condenação. De acordo com a Resolução Nº
391 de 10/05/2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pessoa que se encontra em
privação de liberdade terá o prazo de 21 a 30 dias para realização de leitura, apresentando,
em 10 dias após tal período, relatório a respeito da obra (art. 5º, IV). Cada obra lida,
devidamente comprovada por meio de relatório, corresponderá a 4 dias de remição,
“limitando-se, no prazo de 12 (doze) meses, a até 12 (doze) obras efetivamente lidas e
avaliadas e assegurando-se a possibilidade de remir até 48 (quarenta e oito) dias a cada
período de 12 (doze) meses” (art. 5º, V). Os acadêmicos do Curso de Direito
acompanharão todo este procedimento, devidamente supervisionados por docente do
colegiado do Curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins.

Frise-se, também, que tal atividade extensionista - bem como também outras vinculadas
à Clínica de Direitos Humanos, poderão ser desenvolvidas em parceria com o Programa
de Pós-Graduação em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (PPGPJDH) da
Universidade Federal do Tocantins, coordenado em parceria com a Escola Superior da
Magistratura Tocantinense (ESMAT), vinculada ao Poder Judiciário do Estado do
Tocantins. O referido programa possui, dentre os projetos de pesquisa desenvolvidos, os
intitulados “Sistema Penal, Violência e Direitos Humanos” e “Educação em Direitos

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Humanos”. Vislumbra-se, portanto, possibilidades de integração entre alunos da


graduação e do programa de pós-graduação supracitado.

A Clínica abarca também as atividades relacionadas à participação da UFT na REDE DE


ATENDIMENTO E APOIO A VÍTIMAS DE CRIMES VIOLENTOS, por meio da
participação do Curso de Direito no Núcleo de Atendimento e Apoio a Vítimas de Crimes
Violentos - NAVIT.

A rede está organizada a partir da atuação do Ministério Público do Estado do Tocantins,


por meio do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, Cidadania, Direitos Humanos
e Mulher (Caoccid). A atuação da UFT se dá através de ACORDO DE COOPERAÇÃO
TÉCNICA E OPERACIONAL N. 024/2022. Constitui objeto do acordo a união de
esforços para a criação de Rede de Atendimento e Apoio a Vítimas de Crimes Violentos,
buscando oferecer atendimento multidisciplinar (psicossocial e jurídico) por meio de uma
equipe técnica especializada em receber, atender, informar, orientar e incluir vítimas de
crimes violentos, notadamente aqueles decorrentes de violência policial, por crimes
patrimoniais, doméstica e sexual.

Como parte interessada, à Universidade, cabe: a) Participar do planejamento das ações a


serem desenvolvidas e implementadas pela rede; b. Disponibilizar, dentre o seu corpo
técnico, profissional especializado para o planejamento, execução e coordenação de
atividades operacionais relacionadas ao fluxo de atendimento a ser adotado no
atendimento e orientação à vítima de crimes violentos, às suas expensas; c. Disponibilizar
espaço físico adequado para a realização das atividades do projeto.

A partir do exposto, estabelecemos as atividades abaixo listadas como prioritárias para os


quatro semestes que envolvem o projeto:

2023-2:

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• Produzir 01 relatório com análise dos casos de violação de direitos humanos


atendidos pelo Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito/Palmas.

• Produzir 01 relatório com proposta de intervenção não litigiosa para cada caso de
violação judicializado ou não pelo Núcleo de Prática Jurídica do Curso de
Direito/Palmas.
• Realizar roda de conversa sobre os direitos das mulheres e sobre a importância da
consensualidade no cuidado com os filhos.
• Estudar os instrumentos normativos que estabelecem o direito à remição de pena
pela leitura.

• Participar do Congresso Internacional de Direitos Humanos realizado pelo


Programa de Pós-Graduação em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos
ESMAT/UFT.
• Estabelecer relações institucionais/parcerias para a realização de práticas sociais
educativas que visem a remição pela leitura em unidades prisionais.
• Acompanhar a atuação do Conselho da Comunidade na Execução penal.
• Realizar campanhas de doação de livros literários e científicos para atividades de
remição pela leitura.
• Participar das ações do Núcleo de Atendimento e Apoio às Vítimas de Crimes
Violentos (MPE - Caoccid), e realizar os atendimentos direcionados pelo órgão
parceiro.
• Promover reflexões sobre o caráter histórico, sociológico e filosófico das relações
raciais na sociedade brasileira, que permita ao alunado identificar as disparidades
raciais como fator determinante da injustiça racial, que afeta diretamente os
problemas jurídicos que envolvem os grupos raciais subalternizados.

2024-1:

• Realizar oficinas de educação e comunicação em direitos humanos, preparando


os discentes para entrevistas, participação em conferências, seminários e reuniões
governamentais, bem como para o uso de meios de comunicação e tecnologia, tais

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como cameras, gravadores de áudio, projetores, telas ou monitores, entre outros


recursos.
• Desenvolver com a participação dos discentes 5 campanhas, a partir dos casos
atendidos no Núcleo de Prática Jurídica de combate à violência e ao racismo, de
preservação da memória e história dos movimentos sociais, de povos e
comunidades tradicionais, entre outros.
• Desenvolver debates teóricos sobre vulnerabilidade, (in)visibilidade e
naturalização da desigualdade social.
• Promover reflexões sobre o caráter histórico, sociológico e filosófico das relações
raciais na sociedade brasileira, que permita ao alunado identificar as disparidades
raciais como fator determinante da injustiça racial, que afeta diretamente os
problemas jurídicos que envolvem os grupos raciais subalternizados.
• Estabelecer relações institucionais/parcerias para a realização de práticas sociais
educativas que visem a remição pela leitura em unidades prisionais.
• Realizar campanhas de doação de livros literários e científicos para atividades de
remição pela leitura.
• Realizar atividades de práticas sociais educativas que visem a remição pela leitura
em unidades prisionais, a partir de atuação supervisionada pelo Conselho da
Comunidade na Execução Penal.
• Acompanhar a atuação do Conselho da Comunidade na Execução penal.
• Participar das ações do Núcleo de Atendimento e Apoio às Vítimas de Crimes
Violentos (MPE - Caoccid), e realizar os atendimentos direcionados pelo órgão
parceiro.

2024-2:

• Realizar oficinas/roda de conversa/minicursos nas comunidades em Palmas, em


parceria com os movimentos sociais, em especial com o movimento hip-hop, uma
vez que ele permite a expressão artística e cultural como estratégia de difusão dos
Direitos Humanos.

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• Desenvolver debates sobre violência doméstica e familiar; direitos sexuais e


reprodutivos; autonomia econômica das mulheres, participação das mulheres nos
espaços de poder, e outros temas correlatos.
• Participar do Congresso do Congresso Internacional de Direitos Humanos
realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Prestação Jurisdicional e Direitos
Humanos ESMAT/UFT.

• Desenvolver debates teóricos sobre vulnerabilidade, (in)visibilidade e


naturalização da desigualdade social.
• Promover reflexões sobre o caráter histórico, sociológico e filosófico das relações
raciais na sociedade brasileira, que permita ao alunado identificar as disparidades
raciais como fator determinante da injustiça racial, que afeta diretamente os
problemas jurídicos que envolvem os grupos raciais subalternizados.
• Realizar campanhas de doação de livros literários e científicos para atividades de
remição pela leitura.
• Realizar atividades de práticas sociais educativas que visem a remição pela leitura
em unidades prisionais, a partir de atuação supervisionada pelo Conselho da
Comunidade na Execução Penal.
• Acompanhar a atuação do Conselho da Comunidade na Execução penal.
• Participar das ações do Núcleo de Atendimento e Apoio às Vítimas de Crimes
Violentos (MPE - Caoccid), e realizar os atendimentos direcionados pelo órgão
parceiro.

2025-1:

• Realizar campanhas de doação de livros literários e científicos para atividades de


remição pela leitura.
• Realizar atividades de práticas sociais educativas que visem a remição pela leitura
em unidades prisionais, a partir de atuação supervisionada pelo Conselho da
Comunidade na Execução Penal.
• Acompanhar a atuação do Conselho da Comunidade na Execução penal.

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• Desenvolver debates teóricos sobre vulnerabilidade, (in)visibilidade e


naturalização da desigualdade social.
• Promover reflexões sobre o caráter histórico, sociológico e filosófico das relações
raciais na sociedade brasileira, que permita ao alunado identificar as disparidades
raciais como fator determinante da injustiça racial, que afeta diretamente os
problemas jurídicos que envolvem os grupos raciais subalternizados.
• Participar das ações do Núcleo de Atendimento e Apoio às Vítimas de Crimes
Violentos (MPE - Caoccid), e realizar os atendimentos direcionados pelo órgão
parceiro.
• Desenvolver debates sobre violência doméstica e familiar; direitos sexuais e
reprodutivos; autonomia econômica das mulheres, participação das mulheres nos
espaços de poder, e outros temas correlatos.
• Realizar oficinas de educação e comunicação em direitos humanos, preparando
os discentes para entrevistas, participação em conferências, seminários e reuniões
governamentais, bem como para o uso de meios de comunicação e tecnologia, tais
como cameras, gravadores de áudio, projetores, telas ou monitores, entre outros
recursos.

RELAÇÃO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

A CDH aglutina importantes ações dos componentes curriculares de extensão - CCEx do


Curso de Direito, como Introdução à prática extensionista, Seminários Interdisciplinares
I, II, e III e do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), ao buscar a promoção da Educação em
Direitos Humanos associando os saberes jurídicos com a leitura crítica da realidade, por
meio de ações de intervenção fundamentadas e que partem dos estudos e pesquisas dos
casos jurídicos concretos.

Com isso, espera-se que a CDH, como um espaço de formação, possa integrar docentes
e discentes, envolvendo-os em estratégias ativas de aprendizagem cujo fim primordial é
a integração dos saberes acadêmicos com os não acadêmicos, em busca da compreensão

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das necessidades da sociedade no que se refere à promoção de direitos humanos e acesso


à justiça para sua garantia.

A Prática Jurídica contextualizada, em interface com a extensão jurídica como dimensão


primordial da formação jurídica visa, nesse caso, aprimorar o exercício jurídico, formar
profissionais críticos, reflexivos e autônomos, que possam protagonizar na defesa de
causas afetas a esse campo.

Busca-se aprimorar o conhecimento jurídico prático e o fortalecimento dos estudos


teóricos a partir dos casos práticos estudados, por meio da seleção de textos, realização
de pesquisas e, consequente orientação para as intervenções sociais.

Desta forma, a CDH será um espaço para preparação do discente de Direito para uma
melhor comunicação com a sociedade real e concreta, compreendendo que existe um
extenso catálogo de Direitos Humanos, que abrangem dos direitos civis e políticos,
direitos econômicos, sociais, culturais, ambientais, sexuais e reprodutivos, dentre outros.

A CDH, por comportar uma abordagem litigiosa, mas não somente, deve oportunizar o
estudante a utilizar os recursos tecnológicos e de comunicação a sua disposição, o que
implica prepará-lo para o uso, por exemplo, de câmeras, gravadores e filmadoras durante
a sua atuação.

Além disso, ele deve participar ativamente de todas as fases das atividades da clínica. Isso
significa, desde a seleção dos assuntos a serem trabalhados, a elaboração dos planos de
trabalho, dos relatórios, das visitas à comunidade, da escrita de peças processuais, etc.

O primeiro impacto desse trabalho formativo é na própria formação do discente, que passa
a ter uma educação alinhada entre a teoria e a prática jurídica, podendo experimentar
ainda na faculdade o que é advocacia. Isto porque a metodologia da clínica jurídica
permite o contato com situações concretas e a proposições de soluções por parte dos
alunos, que ao irem a campo, terão contato com públicos vulneráveis e acompanharão
durante parte do curso os impactos de suas ações na vida dessas pessoas.

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Além disso, eles perceberão que a intervenção jurídica por meio de litígio é apenas uma
possibilidade, sendo possível a resolução criativa do problema por outros métodos não
judiciais. Isso, certamente traz efeitos positivos na vida do estudante, colaborando com
sua formação pessoal e profissional. Também, o atendimento aos públicos vulneráveis,
ainda que seja individualizado, pode provocar um debate na sociedade e alcançar um
número maior de pessoas, provocando mudanças jurídicas, sociais e estruturais para
assegurar o direito humano violado, por meio de políticas públicas. O próprio
envolvimento com a comunidade local propiciará um contato direto, dialogado e
compartilhado em relação às mudanças que se deseja alcançar.

Como o tema Direitos Humanos é um tema multidisciplinar, transversal e


interseccionado, permite também o diálogo para dentro da universidade, potencializado
às ações na comunidade. É possível ampliar os resultados se houver a articulação entre
práticas formativas na graduação e dela com a pós-graduação, fazendo interagir o estágio
curricular ou extracurricular com disciplinas práticas e teóricas, com a participação de
grupos e projetos de pesquisa. Dando sentido ao tripé da educação superior: ensino -
pesquisa-extensão.

IMPACTO

• Impacto Social; • Impacto cultural; • Impacto educacional

AVALIAÇÃO DA AÇÃO

Avaliação da Equipe

O discente será avaliado de forma processual e formativa ao apresentar postura


comprometida, ética e responsável nas diversas atividades e ações que englobam essa
proposta. Assim como, os docentes principalmente em relação a disponibilidade de

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tempo e o envolvimento na realização das atividades. Para tanto, serão realizadas reuniões
periódicas de equipe para avaliação da execução do projeto.

Além disso, pode-se aplicar questionário a toda equipe de trabalho, bem como aos
beneficiários, solicitando avaliação quanto a participação dos docentes e discentes na
execução do projeto.

Complementarmente, poderão ser utilizadas as avaliações diagnósticas e somativas.

AVALIAÇÃO BENEFICIÁRIOS

Os beneficiários da Clínica de Direitos Humanos (CDH) avaliarão o projeto por meio de


questionários, entrevistas, bem como por meio de coleta de depoimentos e relatos de
experiências. Busca-se a partir desses instrumentos mensurar o nível de satisfação dos
beneficiários com os atendimentos recebidos, à qualidade dos serviços prestados e os
impactos da CDH em suas vidas. Assim, a equipe terá um retorno em relação aos pontos
fortes e fracos do projeto, podendo ajustá-lo sempre que for necessário.

RESULTADOS ESPERADOS*

Por meio das estratégias de aprendizagem ativa que conjuguem a aplicação do


conhecimento jurídico com uma perspectiva crítica de sociedade, espera-se promover a
Educação em Direitos Humanos - EDH.

Por meio da extensão jurídica, com ações formativas e colaborativas entre saberes
acadêmicos e grupos da sociedade civil, visando a promoção dos direitos humanos. Com
este fim específico, visa contribuir com a promoção de intervenções que se voltem à
promoção do acesso à justiça e colaborem com a garantia de direitos por meio da
construção de políticas públicas promotoras da democracia, da cidadania e das condições
dignas de vida, colaborando com a superação das desigualdades, das disparidades raciais
alinhando-se aos movimentos de lutas por direitos.

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Em síntese, espera-se contribuir como perfil profissional egresso, formando para


autonomia, para o protagonismo no meio jurídico e para posturas críticas e reflexivas
frente a casos que envolvam pessoas vulneráveis e marginalizadas.

Referências Bibliográficas:

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discriminação racial relativos ao gênero. Revista estudos feministas, v. 10, p. 171-188,
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HECKSHER, Marcos. Cinco meses de perdas de empregos e simulação de um


incentivo a contratações. Nota Técnica nº 87, DISOC/IPEA, ago/2020. Disponível em:
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LAPA, Fernanda Brandão. Clínica de Direitos Humanos: Uma alternativa de


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MOREIRA, A. J. Pensando como um negro: ensaio de hermenêutica jurídica. 1. ed.


São Paulo: Contracorrente, 2019. v. 1. 312 p.
MOREIRA, A. J. Tratado de direito antidiscriminatório. São Paulo: Contracorrente,
2020.
MOREIRA, A. J.; ALMEIDA, Philippe Oliveira de; CORBO, Wallace. Manual de
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RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 9. ed. São Paulo: Saraiva,
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RAYO, José T. Educação em direitos humanos: rumo a uma perspectiva global. 2º


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Rede PENSSAN.VIGISAN – II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no


Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Disponível em: <
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SILVA JR, Hédio. Anti-racismo: coletânea de leis brasileiras (federais, estaduais,


municipais). São Paulo: Oliveira Mendes, 1998.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS. Resolução nº 70, de 07 de dezembro


de 2022 - CONSEPE/UFT. Dispõe sobre a atualização do Projeto Pedagógico do
Curso (PPC) de Bacharelado em Direito, Câmpus de Palmas. Palmas, 2022.
Disponível em: https://docs.uft.edu.br/share/s/XTFJQIg9SzeBUR4yJCd0rQ Acesso em:
12 de maio de 2023.

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