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1. RESPONSÁVEIS
2. EQUIPE EXECUTORA
3. PERÍODO DE EXECUÇÃO
5. INTRODUÇÃO
citar alguns exemplos. Apesar das pessoas chocarem-se mais com a violência, a
coisificação das relações - ou seja, o fato de dar mais valor às coisas do que às
pessoas (BUTTURE, 2012 apud BRASIL, 2013) - ainda existe, e o fundamentalismo
de crenças e opiniões ainda produz muita violência.
Ao pensar nas estratégias para lidar com isso e efetivar as ações no âmbito dos
direitos humanos, ressalta-se que a Declaração Universal dos Direitos Humanos
prevê que os países trabalhem na educação do seu povo para a afirmação e
consolidação desses direitos. Destaca-se que, para tanto, é necessário que os valores
morais sejam trabalhados desde cedo nas crianças.
O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) explica que
atualmente, ao se falar em direitos humanos, fala-se em conceitos como os de
cidadania democrática, ativa e planetária:
6. JUSTIFICATIVA
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Falar em direitos humanos tem se mostrado como uma necessidade cada vez
mais eminente em nossa sociedade, pois constantemente é possível se deparar com
situações graves que infringem esses direitos. Essas situações ocorrem em todos os
contextos sociais, econômicos e geográficos, o que indica a importância da ampliação
do debate sobre o tema, em especial, com as crianças e adolescentes: a geração que
tem o poder de produzir mudanças daqui para frente.
Falar em direitos humanos é falar em justiça social, em senso de humanidade,
em respeito ao próximo, em convivência em comunidade. Significa identificar nossos
próprios direitos, mas também reconhecer em que ponto eles se chocam com os
direitos do outro e estabelecer os limites. Denota saber onde deve-se buscá-los e
onde é possível reivindicá-los quando não forem atendidos.
Contudo, sabe-se que nem todas as informações são acessíveis para todos os
cidadãos. A mídia e as redes sociais bombardeiam a população diariamente com
informações contrárias, distorcidas, imparciais e muitas vezes preconceituosas,
propiciando enxurradas de debates entre grupos opostos com opiniões antagônicas
que frequentemente terminam em ofensas e quase nunca em consensos. Em meio a
tudo isso, muitas pessoas se perdem: não sabem em quem acreditar, não sabem que
posição assumir (nem mesmo sabem se é preciso ou não assumir uma posição), não
sabem como agir e não sabem quem respeitar. E quem perde somos todos nós.
Em meio a tudo isso, faz-se necessário falar. É preciso promover a discussão,
a reflexão, a flexibilização de pensamentos, num processo de transformação de uma
cultura de violência para uma verdadeira Cultura de Paz. As pessoas precisam
aprender a diferenciar a liberdade de expressão do direito de ofender, o direito de ir e
vir com o de ocupar espaços alheios por direito e, principalmente, a
complementaridade entre respeitar e (para) ser respeitado. Por isso, este projeto tem
a pretensão de levar os direitos humanos para serem pensados no local em que o
conhecimento e as opiniões de formam e se aprimoram rotineiramente: nas escolas.
Nesse sentido é que foi pensado o projeto “Educação em Direitos Humanos:
por uma cultura de paz nas escolas”. Resultante do projeto piloto “Defensoria Pública
e Direitos Humanos nas Escolas”, que iniciou as atividades em 2016 com duas turmas
de 9º anos do ensino fundamental, o projeto uniu trabalhos semelhantes
desenvolvidos pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e
anexos de Ponta Grossa (através do Projeto “Maria nos Bairros”) e pelo Núcleo de
Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivências da
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8. OBJETIVOS:
8.1. Geral
Propiciar educação em direitos humanos.
8.2. Específicos
i. Estimular a reflexão sobre direitos e deveres;
ii. Reconhecer e efetivar a cidadania;
iii. Refletir sobre suas ações na convivência social;
iv. Respeitar as diferenças em suas diferentes dimensões;
v. Comprometer-se com a construção da cultura de paz na comunidade.
9. METODOLOGIA
forma de grupos de estudo – metodologia que foi aprovada pelo Núcleo Regional de
Educação por possibilitar compatibilização com as atividades dos professores e
equipe pedagógica.
Quanto a intervenção com os pais, serão aproveitados os espaços de reunião
escolar bimestral para, na forma de palestra, realizar exposição com a temática de
direitos humanos, com duração máxima de uma hora. Fundamentalmente, a intenção
é mobilizar as famílias para o entendimento dos Direitos Humanos e a Cultura de Paz
como estratégias cotidianas que podem ser aplicadas para favorecer a qualidade das
relações no ambiente familiar.
Enfatiza-se que a qualidade das convivências familiares é fundamental para a
prevenção e minimização de atitudes violentas e para a promoção de uma cultura de
não-violência. Assim, as palestras serão tratadas da forma de “rodas de conversa”,
com diálogo aberto entre os palestrantes e as famílias, versando temas do cotidiano
com foco mais relacionado à direitos e deveres infanto-juvenis e o papel dos
pais/responsáveis e da escola, bem como sobre a Rede de Proteção e os respectivos
serviços disponibilizados pelas instituições que a compõem, numa perspectiva de
informação e garantia de direitos.
9.1 Etapas
i. Apresentação do projeto para a direção dos colégios selecionados, para
discussão da proposta e sugestões;
ii. Análise dos temas propostos e definição de abordagens relacionadas ao
tema “direitos humanos”;
iii. Articulação em reuniões com os estabelecimentos parceiros para a
construção da metodologia de trabalho;
iv. Exposição da proposta para autorização junto ao Núcleo Regional de
Educação;
v. Planejamento das ações nos três eixos de atuação (alunos, pais e
professores);
vi. Organização do cronograma de acordo com a disponibilidade da escola;
vii. Seleção e capacitação de trabalhadores voluntários;
viii. Execução das atividades;
ix. Avaliação das intervenções realizadas.
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10. CRONOGRAMA
2016
M J J A S O N D
ATIVIDADES A U U G E U O E
I N L O T T V Z
Apresentação do projeto para a direção do Colégio Becker e
x
Silva.
Análise dos temas e definição de abordagens. x
Execução das atividades x x
Avaliação. x
2017
F M A M J J A S O N D
ATIVIDADES E A B A U U G E U O E
V R R I N L O T T V Z
Reuniões de planejamento entre a equipe executora. x x x
Apresentação do projeto para a direção dos colégios. x
Reuniões com os estabelecimentos parceiros. x x x
Autorização junto ao Núcleo Regional de Educação. x
Planejamento das ações nos três eixos de atuação. x x
Execução das atividades x x x x x x x x x
Avaliação. x
2018
J F M A M J J A S O N D
ATIVIDADES A E A B A U U G E U O E
N V R R I N L O T T V Z
Reuniões de planejamento entre a equipe executora. x x
Reuniões com os estabelecimentos parceiros. x
Seleção e capacitação de trabalhadores voluntários x x
Execução das atividades x x x x x x x x x
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Avaliação. x
11. RECURSOS
11.1 Humanos
i. Equipe técnica da Defensoria Pública (assistentes sociais e psicóloga);
ii. Equipe técnica do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher e anexos de Ponta Grossa (assistente social e estagiários de
Serviço Social);
iii. Professores (Universidade Estadual de Ponta Grossa e profissional
autônomo);
iv. Trabalhadores voluntários.
11.2 Materiais
500 folhas A4, 20 canetas coloridas, 20 canetas esferográficas (tinta azul ou
preta), 10 cartolinas, barbante, bola de isopor, tesouras, dentre outros, custeados pelo
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e anexos de Ponta Grossa
e pela Defensoria Pública, além de recursos audiovisuais (multimídia para a
transmissão de vídeo e apresentação em slides) disponibilizados pelos colégios
parceiros.
11.3 Físicos
Sala de aula com capacidade para 30 pessoas nos colégios parceiros.
12. REFERÊNCIAS
PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker - São Paulo:
Palas Athena, 2010. Título original: “The little book of circle”.