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Plano de Aprendizagem de Extensão

 Código e nome da disciplina


DGT0043 – DIREITOS HUMANOS

 Natureza
Extensão

 Carga horária semestral


66h

 Carga horária semanal


3 horas de Extensão

 Perfil docente

O docente deve ser graduado em Direito e possuir Pós-graduação Lato Sensu


(especialização), embora seja desejável a Pós-graduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou
Doutorado) na área do curso ou áreas afins. É desejável que o docente possua
experiência na área de Direitos Humanos, além de competências teóricas e práticas,
habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de interação e
influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo
de ensino-aprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o
conhecimento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos que a disciplina faz parte na Matriz
Curricular.
É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a
educação por competências, em especial a metodologia de aprendizagem por projetos,
além de ferramentas digitais que tornem a sala de aula mais interativa. Para tanto,
deve demonstrar capacidade de transformar o discente em protagonista na sala de
aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino baseado em
casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na
articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também,
indispensável que o docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre
 Área Temática
Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece
as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a
área temática priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça.

 Linha Eixo de Extensão e Pesquisa

Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Democracia,


Direitos Humanos e Gestão Pública.

 Competências a serem trabalhadas


Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências
gerais e específicas desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em
consonância com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as
competências que serão trabalhadas neste componente serão prioritariamente:

flexibilidade cognitiva, autonomia do aprendizado, centrado na resolução de


problemas, na resiliência, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade
de conduzir projetos de forma dinâmica e encontrar caminhos para aprender
em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas;
compreensão, interpretação e aplicação do Direito de forma sistemática e
geral, com percepção crítica e humanística, articulando-o com a Filosofia,
Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia, valorando os elementos sociais
e promovendo a cidadania.

 Ementa

Fundamentação histórica dos Direitos Humanos. A justiça e o grupo de vulneráveis. Sistem


as de proteção internacional dos Direitos Humanos. Teoria dos Direitos Humanos.
 Objetivos
- Utilizar os instrumentos internacionais, pautados na sua fundamentação
ética-histórica, para promover a defesa das vítimas de grave violações de
Direitos Humanos;

- Definir políticas públicas que estimulem a educação, o envolvimento e a


participação das pessoas, baseando-se no primado da dignidade humana, a
fim de elevar a sociedade brasileira aos mais altos padrões de promoção e
proteção dos Direitos Humanos perante a comunidade internacional;

- Desenvolver soluções para casos concretos, com base na jurisprudência dos


sistemas regionais e no diálogo entre as cortes, para incrementar o repertório
de decisões protetivas;

- Debater decisões de Cortes e organismos internacionais, avaliando os


principais casos julgados na sua história e efetividade, para ampliar a proteção
das vítimas de graves violações de Direitos Humanos;

- Julgar o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos


compromissos internacionais, estimando as necessidades de efetivação dos
Direitos Humanos, para aperfeiçoar a proteção da dignidade da pessoa
humana;

- Elaborar estratégias técnicas para aplicação dos Direitos Humanos, com base
nos normas nacionais e internacionais de garantias de direitos fundamentais,
para intervir na comunidade gerando impacto social relevante;

⓫ Objetivos sociocomunitários
- Traçar estratégias de efetivação dos Direitos Humanos, considerando as necessidades da
população local e os conhecimentos técnicos inerentes ao componente curricular, para
impulsionar a transformação social do entorno;

- Diagnosticar violações de Direitos Humanos vivenciadas pelo público participante,


utilizando as ferramentas metodológicas definidas pelo docente, para produzir o
levantamento da realidade social tratada;

- Confrontar os conhecimentos técnicos à luz dos saberes locais, dialogando e


estabelecendo trocas com a comunidade e/ou público trabalhado, para propiciar uma
melhor interação entre a universidade e sociedade;

- Produzir proposta de educomunicação, baseada nos princípios e diretrizes de Direitos


Humanos, para promover educação para cidadania, sustentabilidade e difusão de direitos;
⓬ Descrição do público envolvido

O público externo à IES e implicado na ação proposta pode ser composto por: Comunidades
indígenas, quilombolas, igrejas, terreiros de cultos africanos, organizações sociais/terceiro
setor, associações de bairros, escolas, coletivos sociais, dentre outros.

⓭ Justificativa

De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18


de dezembro de 2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a
matriz curricular e à organização de pesquisa, promove, em um processo
interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da aprendizagem por
projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes
setores da sociedade brasileira e internacional.
Esse componente na formação do aluno justifica-se pela importância de promover
a atuação da comunidade acadêmica, orientada pelas demandas
sociocomunitárias do território/região onde se encontra a IES, para o
enfrentamento das questões da sociedade brasileira, inclusive por meio do
desenvolvimento econômico, social e cultural.
No curso de Direito, na disciplina Direitos Humanos, a extensão se justifica na
medida em que uma parcela significativa da população é excluída do gozo de
Direitos Humanos de forma reiterada, ademais, outro problema significativo na
sociedade brasileira é desconhecimento dos Direitos básicos assegurados a todos
os cidadãos. De acordo com os dados fornecidos pela Pesquisa Síntese dos
Indicadores Sociais do IBGE 2017 e 2018, cerca de 65% da população do Brasil não
têm pelo menos um dos seguintes direitos assegurados: à proteção social, à
moradia digna, à educação, à internet e ao saneamento básico.
Apesar do grande desconhecimento por parte da população, os Direitos Humanos
perpassam todas as esferas da convivência social, tanto em um âmbito global,
quanto local, estando presente nas interações comunitárias, coletivas e ainda na
existência individual, sendo elemento imprescindível para a democracia e para o
próprio progresso da humanidade. Neste sentido, a educação em Direitos
Humanos, especialmente através da Educomunicação, mostra-se como
estratégica e metodologia adequada, haja vista que mobiliza conjuntos articulados
de ações educacionais para o diálogo social, através da utilização das tecnologias
da informação, especialmente as mídias, como mecanismo para promover o
conhecimento de direitos pela população, e ainda como eficaz meio para
disseminação de uma cultura de Direitos Humanos.
⓮Procedimentos de ensino-aprendizagem
O componente curricular de Direitos Humanos adotará a metodologia de aprendizagem
baseada em projetos orientados por problemas/demandas reais, alternando-se com
momentos de aprofundamento teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de
atividade de extensão dos componentes curriculares relativos aos Direitos Humanos
consiste em elaborar e implementar um projeto de educomunicação usando um dos
três tipos de linguagem do audiovisual (verbal, sonora e/ou visual) que proporcione
educação em Direitos Humanos. São admitidas quaisquer alternativas metodológicas
que envolvam ferramentas do audiovisual, criando produtos como: desenvolvimento de
podcasts; curtas-metragens; minidocumentários; imagens fotográficas. Os materiais
produzidos podem ser publicizados em redes sociais ou sites e podem ser considerados
como produção técnica tanto dos estudantes quanto do docente, possibilitando ainda a
apresentação em concursos acadêmicos como, por exemplo, o Circuito Tela Verde do
Governo Federal.
Sugere-se trabalhar nos projetos com eixo temático do componente curricular com alto
potencial extensionista, tais como: igualdade racial; diálogo interreligioso;
multiculturalidade; sustentabilidade ambiental; equidade de gênero; etnocentrismo;
redução das desigualdades; grupos vulneráveis (idosos; crianças; pessoas com
deficiência); dentre outros com aderência temática.
O desenvolvimento do projeto deve seguir as seguintes etapas:
a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos;
b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de
materiais) compartilhados com os alunos;
c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização
de levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes a
Direitos Humanos). Vide Roteiro de Extensão I – Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4;
d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I –
Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4);
e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, construir
referencial teórico de Direitos Humanos que subsidie a proposição de ações/elaboração
de plano de trabalho (vide Roteiro de Extensão I – Diagnóstico e Teorização, item 5);
f) Elaboração de Plano de Trabalho (indicando as ações, objetivos/metas, atores, papéis
e atribuições, processos/indicadores de avaliação – inclusive como serão
avaliados/demonstrados os resultados alcançados (vide Roteiro de Extensão II –
Planejamento para Desenvolvimento do Projeto);
g) Desenvolvimento das ações de Educomunicação planejadas (podcasts ou
minidocumentários ou curtas-metragens ou exposição fotográfica, dentre outros)
h) Apresentação/exibição dos produtos desenvolvidos perante a comunidade impactada;
i) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) – vide Roteiro
de Extensão III – Encerramento – itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a
avaliação pelos públicos envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações
desenvolvidas.
j) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado,
apresentando os objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos
utilizados, devidamente evidenciados em relação ao público participante.
⓯ Temas de Aprendizagem

1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS


1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS

2. TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS


2.1 TEORIAS E CLASSIFICAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
2.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA TEORIA DO STATUS
2.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

3. SISTEMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS


3.1 PAPEL DA ONU
3.2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
3.3 TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

4. A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS


4.1 GRUPO VULNERÁVEL E PROTEÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS
4.2 DISCUSSÕES DE GÊNERO
4.3 PROTEÇÃO AO IDOSO
⓰ Procedimentos de Avaliação

O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim


do semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências
desenvolvidas durante o componente curricular, bem os resultados dos projetos
extensionistas. As avaliações poderão ser realizadas por meio de diversas atividades,
definidas de acordo com o perfil do componente de extensão trabalhado no âmbito da
disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da NF não
poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente curricular
DIREITOS HUMANOS será composta da soma das notas das seguintes etapas

1. Pesquisa exploratória e referencial teórico – entrega física com data a ser


determinada pelo professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir
até dois pontos) (vide roteiro – I- Diagnóstico e Teorização).
2. Plano de trabalho – entrega física com data a ser determinada pelo professor e
já informada no início do semestre – 1,0 (atribuir até um ponto) (Vide Roteiro II
- Planejamento para o Desenvolvimento do Projeto).
3. Entrega coletiva e individual: relatório final (3,0) (atribuir até três pontos) e
relato de experiência (2,0) (atribuir até dois pontos). Essa etapa soma cinco
pontos (Roteiro de Extensão – III Encerramento do Projeto).
4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados – com data a ser
determinada pelo professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir
até dois pontos).

Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a


pertinência temática da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de
aprendizagem do componente curricular; a articulação do conhecimento técnico e
aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade proposta. Ademais, o
docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo;
engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar
soluções criativas para problemas.

Para aprovação na disciplina, o aluno deverá:


atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF);
frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
⓱Bibliografia Básica

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 17 ed. São Pau
lo: Saraiva Educação, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600274/cfi/4!/
4/4@0.00:0.00

RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553616633/cfi/3!/
4/4@0.00:16.3

SILVA, Fernanda Duarte Lopes Lucas da; FILHO, Rafael Mario Iorio; SILVA, Ronaldo Lucas.
Direitos Humanos. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
Disponível em: http://repositorio.novatech.net.br/site/index.html#/objeto/detalhes/
8FE502088475 4065AA3D7F0DC0F70A37

⓲ Bibliografia Complementar

BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI.
Porto Alegre: Penso, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent

COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 12 ed. São Paulo:
Saraiva, 2019.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553607884/cfi/0!/
4/4@0.00:68.6

GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: curso elementar. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547213664/recent

MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530982843/cfi/6/10!/
4/22/2@0:29.3

MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna.
Curricularização da Extensão Universitária. 2ª edição: Rio de Janeiro: Processo, 2022. Disponível em:
Leitor - Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br)

PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional: estudo comparativo dos sistemas
interamericano, europeu e africano. 9 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610198/cfi/4!/4/4@0.00:5.17

RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 6 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2019.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553612567/cfi/3!/
4/2@100:0.00

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