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Catarina Rosário Joaquim Jorge


Esperança Carlos Mário Domingos
Eunice Lucas Filipe
João Francisco Chacuda
José Manuel Tomas Ginja
Maria Olinda Gusmão Domingos Leite

Actos administrativos

Universidade Pungue

Manica

2021
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Catarina Rosário Joaquim Jorge


Esperança Carlos Mário Domingos
Eunice Lucas Filipe
João Francisco Chacuda
José Manuel Tomas Ginja
Maria Olinda Gusmão Domingos Leite

Actos administrativos

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira de


Direitos administrativos a ser entregue no
departamento de ciências sociais, curso de Gestão
de Recursos Humanos, 2º ano, 1º semestre, sob a
orientação de Bartolomeu Luís Goba

Universidade Pungue

Manica

2021
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Índice
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Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Direito Administrativo, com


o objectivo de falar sucintamente sobre o tema “O Acto Administrativo: conceito,
estrutura, objecto e conteúdo”.

Desta maneira numa primeira parte fala se sobre o conceito de Acto


Administrativo, mencionando a sua evolução, os seus tipos e os seus elementos. Depois,
num segundo capítulo, explica se sucintamente a estrutura do Acto Administrativo.
Numa terceira parte passo a falar do objeto e conteúdo do Acto Administrativo. Por fim,
faz se uma conclusão do trabalho realizado.
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1. Objetivo
1.1. Objetivos geral
 Estudar o actos de administrativos;

1.2. Objetivos especifico


 Dar conceito de actos administrativos;
 Identificar os tipos de actos administrativos ou sua classificação;
 Conhecer a importância ou papel da mesma dentro de uma empresa;

2. Metodologia

Para obtenção deste trabalho de caracter cientifico, houve leitura de obras científicas, que
constituíram a fonte de extração de conhecimento em torno do tema estrutura de um sistema
de recompensa, não so, alguns sites web ajudaram bastante para a recolha, compilação e
organização dos dados e finalmente obtenção deste documento de importância académica.
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3. Fundamento teórico
3.1. Actos administrativos
3.1.1. Conceito de actos administrativos

Um ato administrativo é o ato jurídico que concretiza o exercício da função administrativa


do Estado. Como todo ato jurídico, constitui, modifica, suspende, revoga situações jurídicas.
Em geral, os autores adotam o conceito restrito de ato administrativo, restringindo o uso do
conceito aos atos jurídicos individuais e concretos que realizam a função administrativa do
Estado. O ato administrativo é a forma jurídica básica estudada pelo direito administrativo.

Para José dos Santos Carvalho Filho, o ato administrativo é a exteriorização da vontade de


agentes da Administração Pública ou de seus delegatários que, sob regime de direito público,
visa à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.

Segundo o Professor Hely Lopes Meirelles, " o ato administrativo é toda manifestação


unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim
imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos seus administrados ou a si própria."

Já para Celso Antônio Bandeira de Mello, o Ato administrativo é a "declaração do Estado (ou


de quem lhe faça as vezes - como, por exemplo, um concessionário de serviço público), no
exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas
complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, sujeitas a controle de legitimidade por
órgão judicial."

Por fim, Mauro Sérgio dos Santos define ato administrativo como sendo "a manifestação
unilateral de vontade da Administração Pública que, por meio da atuação de seus agentes,
cria, modifica ou extingue relações jurídicas para os administrados ou para si própria, sempre
visando o interesse público".[5]

Condições de existência

 A administração pública deve usar de sua supremacia de poder público para a


execução do ato administrativo. Todo ato administrativo é ato jurídico de direito público.
Há atos da Administração que não são atos administrativos em sentido estrito, pois a
Administração também pode praticar atos de direito privado. Os atos de direito privado
praticados pela Administração estão na categoria dos atos da administração, mas não na
categoria dos atos administrativos.
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 Mantenha manifestação de vontade apta;


 Provenha de agente competente, com finalidade pública e revestido na forma legal;

Elementos ou Requisitos dos atos administrativos

Dizem respeito aos requisitos para a validade de um ato administrativo:

 Competência: Conjunto de poderes que a lei confere aos agentes públicos para que
exerçam suas funções com eficiência e assim assegurem o interesse público. A
competência é um poder-dever, é uma série de poderes, que o ordenamento outorga aos
agentes públicos para que eles possam cumprir a contento seu dever de atingir da melhor
forma possível o interesse público. Nenhum ato será válido se não for executado por
autoridade legalmente competente. É requisito de ordem pública, ou seja, não pode ser
derrogado pelos interessados nem pela administração. Pode, no entanto, ser delegada
(transferência de funções de um sujeito, normalmente para outro hierarquicamente
inferior) e avocada (órgão superior atrai para si a competência para cumprir determinado
ato atribuído a outro inferior). Se a competência for, legalmente, exclusiva de certo órgão
ou agente, não poderá ser delegada ou avocada.

Características da competência:

1. A mais importante de todas as característica desse requisito é a irrenunciabilidade, que


tem caráter relativo, e o que a relativiza são os institutos da delegação e avocação.
2. Inderrogabilidade: A competência não pode ser derrogada, isto é, a modificação de seu
conteúdo ou titularidade não pode ser operada por mero acordo de vontades entre
particulares e/ou agentes públicos. Trata-se de uma característica de caráter absoluto.
3. Improrrogabilidade: Veda-se aos agentes públicos que atuem além da lei, ou seja,
além das competências previstas em lei. Tem caráter relativo, pois se refere ao
exercício da competência (passível de transferência através delegação e avocação) e
não à sua titularidade.
4. Imprescritibilidade: As competências devem ser exercidas a qualquer tempo. O agente
público é obrigado a exercer suas competências a qualquer tempo, salvo nas hipóteses
a que a lei estabelece prazos da administração.
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 Finalidade: Deve sempre ser o interesse público. É o objetivo que a administração


pretende alcançar com a prática do ato administrativo, sendo aquela que a lei institui
explícita ou implicitamente, não sendo cabível que o administrador a substitua por outra.
A finalidade deve ser sempre o interesse público e a finalidade específica prevista em lei
para aquele ato da administração. É nulo qualquer ato praticado visando exclusivamente
ao interesse privado, no entanto é válido o ato visando ao interesse privado (desde que,
cumulativamente, ele vise também ao interesse público).

 Forma: É o revestimento exteriorizador do ato administrativo. Todo ato


administrativo é, em princípio, formal. Em sentido amplo, a forma é o procedimento
previsto em lei para a prática do ato administrativo. Em sentido estrito, refere-se ao
conjunto de requisitos formais que devem estar presentes no ato administrativo.

 Motivo: É a situação de direito ou de fato que autoriza ou determina a realização do


ato administrativo, podendo ser expresso em lei (atos vinculados) ou advir do critério do
administrador (ato discricionário)[6]. Difere da motivação, que é a exposição dos motivos.

 Objeto ou conteúdo: É o efeito jurídico imediato que o ato deve produzir. Por
exemplo, o ato administrativo de demissão produz o desligamento do servidor público.

Teoria dos motivos determinantes

Segundo essa teoria, o motivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade
com a situação de fato que gerou a manifestação de vontade. Assim sendo, se o interessado
comprovar que inexiste a realidade fática mencionada no ato como determinante da vontade,
estará ele irremediavelmente inquinado de vício de legalidade. É de ressaltar que sempre que
o motivo for discricionário o objeto também será.

Ou seja, quando o motivo for discricionário não há necessidade de motivação, agora se a


administração o fizer, esta motivação valerá para todos os efeitos.

Exemplo: Se a administração exonerar um servidor alegando falta de verba e logo em seguida


contratar novo pessoal, esse ato será nulo por falta de motivo.

Mérito

O conceito de mérito do ato administrativo — empregado entre os administrativistas


brasileiros por influência da doutrina italiana[7] — traduz-se na valoração dos motivos e na
escolha do objeto desse ato, tarefas que podem ser expressamente atribuídas pela lei ao agente
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que realizar determinados atos nela previstos. A conveniência, oportunidade e justiça do ato
administrativo somente podem ser objeto de juízo da Administração Pública quando o ato a
ser praticado for caracterizado em lei como discricionário.

O mérito administrativo, segundo Mauro Sérgio dos Santos, "é o juízo de valor efetuado pelo
administrador público sobre a melhor maneira (conveniência) e o melhor momento
(oportunidade) para a prática do ato, de modo a satisfazer adequadamente o interesse público
primário".

Os atos administrativos podem ser classificados em discricionários ou vinculados. Os atos


discricionários são atos realizados mediante critérios de oportunidade, conveniência, justiça e
equidade, implicando maior liberdade de atuação da Administração. Em análise, sob o ângulo
dos requisitos do ato administrativo, competência, finalidade e forma sempre vinculam o
administrador, mesmo nos atos discricionários. Assim, apenas motivo e objeto tornam-se mais
abertos para a livre decisão do administrador no caso de um ato discricionário.

Os atos administrativos vinculados, ao seu turno, possuem todos os seus requisitos definidos
em lei, de modo que não está presente nesses atos o conceito de mérito. Nos atos vinculados,
o administrador não tem liberdade de atuação e está rigidamente atrelado ao que dispõe a lei.

A doutrina jurídica brasileira frisa a diferença entre discricionariedade e arbitrariedade.


Mesmo nos atos discricionários, a liberdade de decisão da Administração Pública fica
limitada pelas balizas da legislação. Se a apreciação subjetiva do administrador não se ativer
aos limites permitidos em lei, tornar-se-á um juízo arbitrário e passível de questionamento.

Atributos ou características da administração

Presunção de legitimidade: Decorrente do princípio da legalidade da administração, o que


faz esta presunção ser inerente ao nascimento do ato administrativo, ou seja, todos os atos
nascem com ela. Tal pressuposto faz com que o ônus da prova em questão de invalidade do
ato administrativo se transfira para quem a invoca, fazendo que o ato seja de imediata
execução, mesmo arguido de vícios que o invalidem.

Auto-executoriedade: torna possível que a administração execute de imediato o ato


administrativo, independentemente de ordem judicial. Existem duas exceções para a não auto-
executoriedade, sendo que umas delas é que tem que haver o processo de execução.
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Imperatividade ou Coercibilidade: impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução


do ato administrativo, decorrendo da própria existência do ato, independentemente da
declaração de validade ou invalidade daquele.

Exigibilidade: coerção indireta, no Direito administrativo corresponde à multa.

Tipicidade: O ato administrativo deve corresponder a tipos previamente definidos pela lei
para produzir os efeitos desejados. Assim, para cada caso, há a previsão de uso de certo tipo
de ato em espécie. A esse atributo denomina-se tipicidade. A lei deve sempre estabelecer os
tipos de atos e suas consequências, garantindo ao particular que a Administração Pública não
fará uso de atos inominados, impondo obrigações da forma não prevista na lei. Por igual
motivo, busca impedir a existência de atos totalmente discricionários, pois eles sempre
deverão obediência aos contornos estipulados em lei, contudo a tipicidade está presente
somente nos atos administrativos unilaterais.

Procedimento administrativo

É a sucessão ordenada de operações que propiciam a formação de um ato final objetivado pela
administração pública. Constitui-se de atos intermediários, preparatórios e autônomos, porém,
sempre interligados, de maneira tal que a sua conjugação dá conteúdo e forma ao ato
principal.

Classificação do actos administrativo

Quanto à supremacia do poder público

o Atos de império: atos pelos quais o poder público age de forma imperativa


sobre os administrados, impondo-lhes obrigações, por exemplo. Exemplos de atos de
império: a desapropriação e a interdição de atividades.
o Atos de expediente: são aqueles destinados a dar andamento aos processos e
papéis que tramitam no interior das repartições.
o Atos de gestão: (praticados sob o regime de direito privado. Ex: contratos de
locação em que a Administração é locatária) não são atos administrativos, mas são
atos da Administração. Para os autores que consideram o ato administrativo de forma
ampla(qualquer ato que seja da administração como sendo administrativo), os atos de
gestão são atos administrativos.
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Quanto à natureza do ato

o Atos-regra: traçam regras gerais (regulamentos).


o Atos subjetivos: referem-se a situações concretas, de sujeito determinado.
o Atos-condição: são os que permitem que o administrado escolha se irá
submeter-se à regulamentação do poder público, ou seja, somente surte efeitos caso
determinada condição se cumpra.

Quanto aos destinatários

o Gerais: atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situação.


o Individuais: produzem efeito jurídico no caso concreto. Ato com sujeito
identificável.

Quanto ao regramento

o Atos vinculados: possuem todos seus elementos determinados em lei, não


existindo possibilidade de apreciação por parte do administrador quanto à
oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador apenas a verificação da
existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato. Caso todos os
elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a praticar o ato
administrativo; caso contrário, ele estará proibido da prática do ato.
o Atos discricionários: o administrador pode decidir sobre o motivo e sobre o
objeto do ato, devendo pautar suas escolhas de acordo com as razões de oportunidade
e conveniência.[6] A discricionariedade é sempre concedida por lei e deve sempre estar
em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder judiciário não pode avaliar
as razões de conveniência e oportunidade (mérito), apenas a legalidade, a
competência e a forma (exteriorização) do ato.

 Quanto à formação
o Atos simples: resultam da manifestação de apenas uma vontade dentro de um
órgão público.
o Atos compostos: resultam da manifestação de um órgão, com aprovação de
outro órgão. Dois atos; um primário e outro secundário, sendo que este ratificará
aquele.
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o Atos complexos: um só ato, com manifestação de vontade de dois ou mais


órgãos (vários órgãos).

Quanto aos efeitos

o Constitutivo: gera uma nova situação jurídica aos destinatários. Pode ser


outorgado um novo direito, como permissão de uso de bem público, ou impondo uma
obrigação, como cumprir um período de suspensão.
o Declaratório: simplesmente afirma ou declara uma situação já existente, seja
de fato ou de direito. Não cria, transfere ou extingue a situação existente, apenas a
reconhece. Também é dito enunciativo. É o caso da expedição de uma certidão de
tempo de serviço.
o Modificativo: altera a situação já existente, sem que seja extinta, não retirando
direitos ou obrigações. A alteração do horário de atendimento da repartição é exemplo
desse tipo de ato.
o Extintivo: pode também ser chamado desconstitutivo, que é o ato que põe
termo a um direito ou dever existentes. Cite-se a demissão do servidor público.

Quanto à abrangência dos efeitos

o Internos: destinados a produzir seus efeitos no âmbito interno da


Administração Pública, não atingindo terceiros, como as circulares e pareceres.
o Externos: tem como destinatárias pessoas além da Administração Pública, e,
portanto, necessitam de publicidade para que produzam adequadamente seus efeitos.
São exemplos, a fixação do horário de atendimento e a ocupação de bem privado pela
Administração Pública.

Quanto à validade

o Válido: é o que atende a todos os requisitos legais: competência, finalidade,


forma, motivo e objeto. Pode estar perfeito, pronto para produzir seus efeitos ou estar
pendente de evento futuro.
o Nulo: é o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não pode ser
corrigido. Não produz qualquer efeito entre as partes. No entanto, em face dos
atributos dos atos administrativos, ele deve ser observado até que haja decisão, seja
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administrativa, seja judicial, declarando sua nulidade, que terá efeito retroativo, desde
o início, entre as partes. Por outro lado, deverão ser respeitados os direitos de terceiros
de boa-fé que tenham sido atingidos pelo ato nulo. Cite-se a nomeação de um
candidato que não tenha nível superior para um cargo que o exija. A partir do
reconhecimento do erro, o ato é anulado desde sua origem. Porém, as ações legais
eventualmente praticadas por ele durante o período em que atuou permanecerão
válidas.
o Anulável: é o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados,
convalidados. Ressalte-se que, se mantido o defeito, o ato será nulo; se corrigido,
poderá ser "salvo" e passar a válido. Atente-se que nem todos os defeitos são
sanáveis, mas sim aqueles expressamente previstos em lei e analisados no item
seguinte.
o Inexistente: é aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo,
manifestação de vontade da Administração Pública. São produzidos por alguém que
se faz passar por agente público, sem sê-lo, ou que contém um objeto juridicamente
impossível. Exemplo do primeiro caso é a multa emitida por falso policial; do
segundo, a ordem para matar alguém.

Quanto à executabilidade

o Perfeito: é aquele que completou seu processo de formação, estando apto a


produzir seus efeitos. Perfeição não se confunde com validade. Esta é a adequação do
ato à lei; a perfeição refere-se às etapas de sua formação.
o Imperfeito: não completou seu processo de formação, portanto, não está apto a
produzir seus efeitos, faltando, por exemplo, a homologação, publicação, ou outro
requisito apontado pela lei.
o Pendente: para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou termo, mas já
completou seu ciclo de formação, estando apenas aguardando o implemento desse
acessório, por isso não se confunde com o imperfeito. Condição é evento futuro e
incerto, como o casamento. Termo é evento futuro e certo, como uma data específica.
o Consumado: é o ato que já produziu todos os seus efeitos, nada mais havendo
para realizar. Exemplifique-se com a exoneração ou a concessão de licença para doar
sangue.

Espécies de ato administrativo


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Segundo Hely Lopes Meirelles, podemos agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos:

 Atos normativos: são aqueles que contém um comando geral do Executivo visando
ao cumprimento de uma lei. Podem apresentar-se com a característica de generalidade e
abstração (decreto geral que regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção
(decreto de nomeação de um servidor). Segundo Márcio Fernando Elias Rosa são
exemplos: regulamento, decreto, regimento e resolução.
 Atos ordinatórios: são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração
e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é, podem ser
expedidos por chefes de serviços aos seus subordinados. Logo, não obrigam aos
particulares. Segundo Rosa, são exemplos: instruções, avisos, ofícios, portarias, ordens de
serviço ou memorandos.
 Ato negociais: são todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da
Administração, apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa
faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público. De
acordo com Rosa, são exemplos: licença, autorização e permissão.
 Atos enunciativos: são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou
a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de
registros, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao
motivo e ao conteúdo. Segundo Rosa, são exemplos: certidões, atestados e pareceres.
 Atos punitivos: são aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela
Administração, visando punir as infrações administrativas e condutas irregulares de
servidores ou de particulares perante a Administração. Segundo Rosa, são exemplos:
multa administrativa, interdição administrativa, destruição de coisas e afastamento
temporário de cargo ou função pública.

Extinção dos atos administrativos

Extinção natural  (extingue-se pelo natural cumprimento do ato) ou por retirada do ato na


classificação abaixo.

Revogação: em virtude de a administração não mais julgar oportuno e conveniente o ato


administrativo, pode aquela revogá-lo motivadamente e garantindo a ampla defesa dos
interessados, fazendo cessar seus efeitos a partir do momento da revogação. Assim, todos os
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efeitos surgidos enquanto o ato permaneceu válido também o são. A revogação é prerrogativa
da administração, não podendo ser invocada por meio judicial.

Anulação ou invalidação: se um ato administrativo possuir vícios insanáveis, deve a


administração anulá-lo de ofício ou por provocação de terceiro. Também o judiciário pode
anular tal ato. A anulação age retroativamente, ou seja, todos os efeitos provocados pelo ato
anulado também são nulos.

Cassação: extingue-se o ato administrativo quando seu beneficiário descumpre as condições


que permitiam a manutenção do ato e seus efeitos.

Caducidade ou decaimento: ocorre a retirada de um ato administrativo se advir legislação


que impeça a permanência da situação anteriormente consentida, ou seja, o ato perde seus
efeitos jurídicos em virtude de norma superveniente contrária àquela que respaldava a prática
do ato. Quanto à nomenclatura desta extinção em razão de proibição da atividade antes
permitida, os juristas utilizam os termos caducidade (Celso Antônio Bandeira de Mello ou
decaimento (Antônio Carlos Cintra do Amaral, Fábio Mauro de Medeiros Márcio
Camarosano, Régis de Oliveira e Silvio Luiz Ferreira da Rocha).

Contraposição: emissão de ato administrativo, com fundamento em competência diversa da


que gerou o ato anterior, mas cujos efeitos são contrapostos ao dele]

Convalidação: não é espécie de extinção, mas sim o processo de que se vale a administração
para aproveitar atos administrativos com vícios sanáveis, de modo a confirmá-los no todo ou
em parte. Convalidam-se tais atos pelos seguintes modos:

 Retificação: a autoridade que praticou o ato ou seu superior hierárquico


decide sanar o ato inválido anteriormente praticado, suprindo a
ilegalidade que o vicia;
 Reforma ou conversão: o novo ato suprime a parte inválida do anterior,
mantendo sua parte válida.

Observações

Os temas fundamentais envolvidos nos estudos dos atos administrativos são:

 anulação, convalidação e revogação dos atos administrativos


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 discricionariedade e vinculação na edição de atos


 pressupostos e elementos administrativos.

Os atos administrativos são estudados no direito administrativo, que se encarta também na


disciplina direito do estado.

3.1.2. A
3.1.3. A
3.2. B
3.3. B
3.4. B
3.5.

4. Conclusão

Contudo, a centralização e a autoridade são factores muito importantes na organização


empresarial, pois definem o desempenho da mesma por meio de um bom líder é capaz de
influenciar positivamente as pessoas, motivando, inspirando e estimulando a equipe a se
comprometer com o trabalho e a alcançar bons resultados. Isso quer dizer que os líderes são
essenciais para o sucesso ou para o fracasso de uma organização.

Sendo eles considerados peças-chave da instituição, uma vez que atuam diretamente com os
colaboradores, promovendo o engajamento individual e de sua equipe como um todo,
mantendo-a coesa e firme em seus objetivos. E finalmente tem o papel de manter o seu time
alinhado com a missão, os valores e a visão da empresa. Ele é capaz de disseminar a estratégia
e os objetivos da organização entre todos os colaboradores, fazendo com que eles enxerguem
a própria função como parte de um propósito maior.
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5. Referências bibliográficas

Direito Administrativo. «Ato Administrativo». Tudo sobre Concursos. Consultado em 25 de


setembro de 2017

"Informativo - Ato administrativo" - Fundação Getúlio Vargas (Acessado em 07 de abril de


2013)

Roberto Wagner Lima Nogueira. «Noções introdutórias acerca do ato administrativo». Jus -


Artigo. Consultado em 25 de setembro de 2017

Renata da Silva Carvalho. «Conceitos de atos administrativos». Dom total. Consultado em 25


de setembro de 2017
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↑SANTOS, Mauro Sérgio dos (2016). CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO.


Salvador: JusPodivm. p. 200

FRANÇA, Vladimir da Rocha. Vinculação e discricionariedade nos atos administrativos. Jus


Navigandi, Teresina, ano 6, n. 49, 1 fev. 2001. Acessado em 10 de abril de 2012.

Di Pietro, Maria Sylvia Zanella (2003). Direito Administrativo 16ª ed. São Paulo: Atlas.


p. 210. 727 páginas. ISBN 85-224-3596-0

SANTOS, Mauro Sérgio dos (2016). CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. Salvador:


JusPodivm. p. 215

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 26. ed. rev. e
atual. até a emenda constitucional 57, de 5.7.2008. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 440.

CINTRA DO AMARAL, Antonio Carlos. Teoria do Ato Administrativo. Belo Horizonte:


Editora Fórum, 2008, p. 85.

MEDEIROS, Fábio Mauro de. Extinção do Ato Administrativo em Razão da Mudança de Lei
– Decaimento, Belo Horizonte: Ed. Fórum, 2009, p. 110.

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