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Resumo
Abstract
The jesuit`s schools found in your properties instruments for maintenance alternatives
at particulars`s donations and at support of Society of Jesus in Europe. Situated next
conjuncture, the Jesuit School of Rio de Janeiro, as other schools in this Religious Order,
acquired several properties over the years. The more expressive was farm of Santa Cruz,
whose origin refers to donations of lands by Marquesa Ferreira and by your daughter
Catarina, in the sixteen century. Gradually, the Jesuits acquired more lands, increasing this
propertie which had a remarkable infrastructure, as well as a farming and livestock much
developed. Intending to place the economic importance this farm next term, exactly, your
situation up against other properties in the region of Rio de Janeiro city, through compared
aspects with lands neighborings, and using the sources, some books about this farm.
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Graduando em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora e bolsista de Iniciação Científica pela mesma
instituição. O presente trabalho é fruto do projeto de pesquisa intitulado Unidades de produção jesuíticas,
séculos XVI-XVIII.
Cristóvão Monteiro, ouvidor-mor do Rio de Janeiro e morador de São Vicente, casado
com Marquesa Ferreira e pai de dois filhos, recebeu uma sesmaria de terras que ia de
Sapiaguara a Guaratiba. Com Cristóvão e um dos filhos do casal mortos, Marquesa resolveu
dividir as terras de Guaratiba e Guarapiranga em duas partes iguais. Doou uma parte à filha
Catarina, e outra à Companhia de Jesus. Catarina, no entanto, também cedeu sua parte à
Ordem de Santo Inácio: esta foi a gênese da fazenda de Santa Cruz. A posse se deu no ano de
1589 e, a partir de então, essas terras jesuíticas passariam por algumas aquisições,
aumentando sua capacidade produtiva. Com dez léguas quadradas em seu auge produtivo, a
fazenda era considerada a mais importante propriedade inaciana do sul do Brasil. No século
XVII, os jesuítas compraram um terreno vizinho, contíguo a Guaratiba, dos herdeiros de
Manuel Veloso de Espinho e, mais tarde, no mesmo século, adquiriram terras de Tomé
Correia de Alvarenga. (LEITE, 1938: 420-2; LEITE, 1945: 54).
Durante os 170 anos durante os quais pertenceu aos jesuítas, Santa Cruz propiciou a
manutenção dos religiosos e do projeto missionário na cidade do Rio de Janeiro. Como a
infraestrutura e os recursos da região limitavam os fluxos de mercadorias e pessoas, a
propriedade inaciana atuou com pertinência, fornecendo suas pontes, estradas, além das
diversas oficinas. A mão de obra utilizada era substancialmente escrava, e os loiolanos
optaram por desenvolver o sistema de reprodução endógena, aliado às regalias para com os
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A ponte foi tombada pelo Patrimônio Histórico em 5/04/1938. Ver: http://www.iphan.gov.br/ans/inicial.htm
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cativos, uma forma de investimento e de controle social inseridos em um contexto de
organização estrutural característico da Companhia de Jesus, tendo como exemplo a condução
das atividades administrativas, na qual padres com formação específica para o cargo exercido
anotavam em livros os débitos e créditos referentes aos bens materiais da Ordem, fato que não
se verificava em muitas propriedades do período. Cumpre salientar que esse sistema
continuou com a administração real Portuguesa sobre o Brasil, iniciada após a expulsão dos
Padres em 1759 (ENGEMANN, 2002: 79; ASSUNÇÃO, 2004: 294).
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Bibliografia
ASSUNÇÃO, Paulo de. Negócios Jesuíticos: o cotidiano da administração dos bens divinos.
São Paulo: EDUSP, 2004.
CATÃO, Leandro Pena. O Império Jesuítico: um olhar sobre a evolução patrimonial da
Ordem na América Portuguesa. In.: Sacrílegas Palavras: Inconfidência e presença jesuítica
nas Minas Gerais durante o período pombalino. Tese de Doutorado apresentada ao Programa
de Pós-Graduação do Departamento de História da UFMG. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
ENGEMANN, Carlos. Demografia e relações sociais entre a escravaria da Real Fazenda de
Santa Cruz (1790-1820). Rio de Janeiro: UFRJ, 2002 (Dissertação de Mestrado em História
Social).
LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto
Nacional do Livro, 1938-1945.
MARIZ, Vasco. A Música no Rio de Janeiro no tempo de D. João VI. Rio de Janeiro: Casa da
Palavra, 2008.