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A Identidade Bíblica de Família “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão

trabalham os que a edificam; se o SENHOR não proteger a cidade, em vão vigia a


sentinela” (Sl 127.1)
Vivemos dias em que a família tem sido fortemente atacada, e podemos
entender a razão. Quando olhamos para as Escrituras, vemos que a intervenção de
Deus para trazer salvação por meio da encarnação do Filho tem como ponto de
partida o nascimento de um profeta: João Batista. Isso não é por acaso.
A história do profeta João Batista, que veio preparar o caminho do Senhor (Jo
3.28; Is 40.3), inicia-se com seus pais (Zacarias e Isabel), ou seja, com um casal,
uma família. Ninguém surge do nada. É na estrutura de uma família que nascem
pessoas para serem usadas por Deus. Ele planejou nossa vida assim.
A história da humanidade começou com a criação de um homem e de uma
mulher, a instituição de um casamento, a criação de uma família e o surgimento de
filhos: Caim, Abel e Sete (Gn 1-4).
A história de libertação do povo do Egito, narrada em Êxodo, inicia-se com a
descrição do nascimento de Moisés. As Escrituras declaram: “Um homem da
linhagem de Levi casou-se com uma descendente de Levi. A mulher engravidou e
deu à luz um filho. Vendo que era bonito, escondeu-o durante três meses” (Êx
2.1,2). Moisés, o libertador, nasceu de um pai e uma mãe, nasceu em uma família.
Não é por acaso que o primeiro milagre de Jesus foi realizado em um
casamento (Jo 2.1-12). É como uma “pista” de Deus, para nós, de que o primeiro
milagre que Ele quer fazer é em nossa casa, em nossa família, em nosso
casamento. Mais do que um sinal, Ele está apontando para seu modo de agir:
trazer salvação por meio da família.
A família está no plano de salvação de Deus. Famílias edificadas é o plano de
Deus.
Por isso, saber reconhecer a identidade bíblica de família, transmitir
intencionalmente essa identidade e vigiar os ataques contra ela é fundamental para
desenvolvermos famílias sólidas e fortes em um tempo fluido e fragilizado.
Nunca houve tanta enfermidade emocional. A raiz de boa parte dessa
situação está na desestruturação familiar. Esse mal tem ocorrido desde o momento
em que o ser humano decidiu abandonar a identidade de família estabelecida pelo
Criador para inventar suas próprias construções familiares. Essa decisão sempre
gerou morte.
Nossa identidade não é definida por aquilo que pensamos ou sentimos ser.
Somente o fabricante tem as condições necessárias para definir o que ele mesmo
criou. Somente Deus pode definir a identidade de cada ser da criação. Não é
diferente com a identidade de família. Deus, o Criador, estabeleceu claramente nas
Escrituras os princípios dessa identidade.
O Salmo 127 revela-nos que o fundamento da edificação de nossa casa é
Deus. Se Ele não a edificar, todo trabalho de edificação que realizarmos será em
vão. Champlim, comentarista bíblico, declara que esse salmo enfatiza “a
importância e o valor da unidade familiar” e que Deus “edifica lares, clãs e casas,
no interior do país e nas cidades”. - Vivemos um tempo em que os conceitos que
eram naturais para nós já não são reconhecidos pela nova geração. É nossa
responsabilidade, portanto, reafirmá-los. O óbvio precisa ser dito.

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