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PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

COORDENAÇÃO PAROQUIAL DE CATEQUESE

Roteiro para catequese

2ª fase - Pessoa Humana


Tempo de Aprofundamento da Fé
Tempo do Chamado

36º Encontro (Semana de 12/11/2023 a 18/11/2023)

Tema: A Sagrada Família de Nazaré - Mt 1, 18-25; Lc 2, 1-7; Lc 2, 41-52

Estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo
estejam conosco.
A
C Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
O Agora, vamos com fé invocar a presença do Espírito Santo:
L
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso
H
Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
I
Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei
D
que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua
A
consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Sugestão de canto: Oração pela Família (Padre Zezinho)

A Sagrada família de Nazaré leva-nos a meditar a família de Jesus e, nela


a nossa família e todas as famílias cristãs Deus quis manifestar-se aos
homens numa família humana. Ele quis nascer numa família, para mostrar
a importância de um lar cristão na formação do ser humano em todas as
suas potencialidades e dimensões.
O Messias quis começar a sua missão salvífica no seio de uma família simples, onde o lar foi a
primeira realidade humana que Jesus santifica com a sua presença.
A Sagrada Família é proposta pela Igreja como modelo de todas as famílias cristãs, pois nela
Deus está sempre no centro de suas decisões e ocupa sempre o primeiro lugar e tudo. A família
é antes de tudo uma grande escola de virtudes humanas e teologais e o primeiro lugar de
encontro com Deus.
Por isso, a família é chamada de Igreja doméstica, onde as crianças devem aprender os
princípios básicos da fé na experiência concreta do dia a dia e lugar onde os esposos buscam
a sua santificação e a realização plena de sua vocação matrimonial. A família como célula mãe
da sociedade, é a principal escola de todas as virtudes sociais, pois é nela que se aprende e
vive a obediência, a fraternidade e o sentido de responsabilidade. Quando a família vai bem,
toda a sociedade prospera.
O Evangelho de Mateus 2,13-15.19-23 relata a condição de refugiados vivida pela Sagrada
Família e como nos dias atuais, muitas famílias sofrem ainda com esta realidade. São muitas
as famílias que ainda hoje deixam sua casa, sua terra, sua gente e fogem da fome, da guerra,
de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as próprias
famílias. Tornando-se homem, Jesus com a sua família, experimenta em seu próprio ser, todas
as dores e os sofrimentos, os dramas e as esperanças que acompanham a vida de uma família.
A Sagrada família nos mostra a importância da família unida nos tempos difíceis de crise e
instabilidades, aprofundando e apoiando-se no amor familiar, examinando a situação do
próprio lar e buscando soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais
unidos, dialogando mais, colaborando uns com os outros na resolução dos problemas.
Tornando-se homem, Jesus com a sua família, experimenta em seu próprio ser todas as dores
e os sofrimentos, os dramas e as esperanças que acompanham a vida de uma família, buscando
cada vez mais a vivencia da fé em família por meio da oração e da escuta atenta e amorosa da
Palavra de Deus.

A família como célula mãe da sociedade é a principal escola de todas as virtudes sociais.
Uma leitura bíblica muito conhecida nessa solenidade é a de Colossenses 3,12-21, onde Paulo
nos convida a nos vestir das seguintes virtudes: misericórdia, bondade, mansidão, paciência,
tolerância e perdão recíproco, tudo muito bem alinhado com a caridade. Essas são as virtudes
que sempre encontramos na Sagrada Família e que são necessárias para se viver em
V comunidade e na vida conjugal. Paulo ainda insiste na necessidade de se viver a oração em
E comum, o diálogo e o aconselhamento recíproco e que ambos, marido e mulher estejam prontos
R para estar a serviço um do outro.
As últimas recomendações desse texto para nós, é que os filhos obedeçam a seus pais e que
os pais não irritem seus filhos com atitudes egoístas e mesquinhas.

A leitura do Eclesiástico 3,3-7.14-17a é um convite a honrar os nossos pais principalmente na


velhice, procurando ampará-los e dando todo suporte necessário nesse período. Honrar alguém
significa dizer que essa pessoa tem um peso muito grande na minha vida, um valor incalculável.
Além do mais, essa atitude agrada a Deus o amor dos filhos para com os pais onde vai
transparecer nas numerosas promessas de bênçãos feitas àqueles que cuidam de seus pais:
acumularão tesouros diante de Deus, quando rezarem seus pedidos serão atendidos, terão vida
longa e seus filhos serão exemplares e se tiverem cometido alguma falta receberão o perdão de
seus pecados.

O modelo da Sagrada família de Nazaré, é um convite para olharmos as nossas atitudes


quanto a nossa família e nos perguntarmos se estamos vivendo de forma virtuosa dentro
do nosso lar.
A exemplo de José e Maria, os pais são chamados a desempenharem bem a missão que Deus
lhes confiou. Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, no nº 2.223, “os pais são os primeiros
responsáveis pela educação dos filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro
lugar pela criação de um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço
desinteressado são a regra. O lar é um lugar adequado para a educação das virtudes. Esta
requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si.”

José nos incentiva a ouvir a Palavra de Deus. Ele acolheu Maria e o Menino.
Atentos vamos ouvir o que nos fala o Evangelho segundo Mateus 1,18-25.
O sim de José
O evangelista começa nos apresentando um jovem casal judeu,
comprometidos em casamento; o que, para nós, seria relativo a um
noivado. Porém, o inusitado, o impensável, acontece na vida dos dois:
Maria fica grávida pela ação do Espírito Santo (v.18). Como foi que isso
aconteceu? Mateus, ao contrário de Lucas (Lc 1,26-38), não nos dá
detalhes. O foco de Mateus está em José. Mateus desloca o protagonismo dessa história para
o homem que assumirá a paternidade de Jesus.
Mateus dedica 17 versículos à genealogia humana de Jesus, de Abraão a José. E relata a
genealogia divina de Jesus em um único versículo. Maria “achou-se grávida do Espírito Santo”.
Ouvimos muitas vezes dizer que o divino se fez humano no útero de Maria. Resumimos Maria
apenas ao útero. Porém, o divino se fez humano no corpo de Maria.
Todo o acontecimento da concepção é resumido em uma única expressão: o que foi gerado em
Maria é obra do Espírito Santo; ou seja, puro dom de Deus. É a primeira vez que aparece, no
relato de Mateus, a filiação divina do Messias. Jesus é, como demonstra a genealogia, filho de
Davi e filho de Abraão (Mt 1,1), mas ele é principalmente o Filho de Deus.
Costumamos nos referir a José como pai adotivo. Pai é pai. Ponto. Sempre delegamos a José
um papel de menor importância no plano salvífico. Do mesmo modo que a nossa sociedade
I delega um papel secundário ao pai, todas as responsabilidades recaem quase exclusivamente
L sobre as mães. José vem nos falar (mesmo quando no texto ele não tem fala) sobre paternidade,
U sobre como ser pai.
M Vamos pensar um pouco na questão da gravidez de Maria pela ótica de José, dentro de uma
I sociedade patriarcal, de uma cidade pequena do interior: Maria aparece grávida antes do
N casamento, uma jovem solteira grávida!!!! Temos duas questões: ou ele engravidou a jovem e
A desonrou a casa do pai de Maria e fica com sua moral questionada, ou assume um filho ilegítimo
R fruto de uma traição de Maria. Para a sociedade do seu tempo, nenhuma das opções era bem-
aceita.
O versículo 19 nos diz: “e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em
segredo”. José sabia que se ele denunciasse Maria, ela seria apedrejada, seria morta. Ele já
estava decidido quando o anjo do senhor intervém. No texto, não há falas de José, somente as
dúvidas, os pensamentos e as ações dele. Porém, assim como a anjo apareceu a Maria, assim
também foi com José. E o projeto do Reino aconteceu porque José também disse sim ao anjo
do senhor. E a partir desse sim, José assume todos os riscos junto com Maria.
Com José, a profecia que o Messias seria da casa de Davi (Jo 7,42) se cumpre. Pois, toda a
genealogia humana de Jesus, descrita em Mateus (1,1-17), é a genealogia de José. No v.
21, o anjo diz a José que Maria dará à luz um filho e ele o chamará com o nome Jesus, que
significa “Deus salva”. Ao nome próprio do menino, Mateus acrescenta outro nome, de natureza
simbólica: ele será chamado Emanuel, que significa “Deus conosco” (v. 23 – Is 7,14; 8,10). Deste
modo, o “Deus que salva” rompe as barreiras da transcendência para, mesmo sem deixar de
ser o “totalmente Outro”, fazer-se o “Deus conosco”, gente como a gente, um de nós, na
pequenez de uma criança.
Mais importante que Deus salvar é a gente ter a certeza que, com o nascimento de Jesus, Deus
reafirma mais uma vez que Ele está conosco, em nosso meio.

Para conversar:
Reconhecer a importância da família para a nossa formação.
Reconhecer a família no Plano de Deus.
Pessoas participam de uma comunidade familiar e nela crescem e se educam.
Jesus também nasceu numa família.
Levar o catequizando a perceber como as outras pessoas que vivem com ele são importantes.
E por isso devem ter atitudes de respeito, fraternidade, amizade.
Deveres dos pais e dos filhos

Tua Família (Anjos de Resgate)


• Colocar para tocar a música “Tua família” (anjos de Resgate), pedir para fecharem os
olhos e abaixarem a cabeça e o catequista vai falando, pedindo para eles refletirem.
• Eu tenho sido um bom filho?
• Demonstro meu amor para minha família?
• Consigo perdoá-los do fundo do coração?
• Procuro ser paciente com os meus pais, apesar de eles não serem comigo?
• Entendo que minha família não é perfeita e tem suas limitações e pecados?
• Vou procurar colocar Deus dentro da minha Família?
• Convido sempre que puder minha família para participar da Santa Missa comigo, mesmo
que o meu convite seja recusado?

Jesus viveu também em uma família que nos ensina o que é amor, união, respeito, obediência
a Deus, e etc...

Senhor, vós sois nosso auxilio e salvação. Ouvi as nossas preces que vos apresentamos com
fé e esperança. Dai-nos a vossa graça para vivermos pessoal, comunitariamente e em nossas
famílias os valores do evangelho revelado por Jesus Cristo. Rezemos juntos: Senhor, Escutai
C
nossa prece.
E
• Senhor, Pai querido, olhai para a Igreja, família dos filhos e filhas de Deus, para que seja
L
no mundo presença do amor da Família Divina, a Santíssima Trindade, rezemos.
E
• Senhor, que a Sagrada Família de Nazaré inspire todas as nossas famílias no respeito
B
mútuo, no cuidado e no amor. Que o marido seja fiel à sua esposa e vice-versa e os
R
filhos obedientes aos seus pais, rezemos.
A
• Senhor, lembramos das famílias que passam por dificuldades matérias e existenciais.
R
Apresentamos a elas a fraternidade de nossas orações e a presença pessoal e da
comunidade para que possam superar estes momentos de tensões, rezemos. .
• Senhor, que todas as famílias sejam abençoadas pela Sagrada Família, rezemos.

Chegando ao final de mais um encontro de catequese, vamos nos comprometer junto a Deus
com toda pureza de nosso coração, assumindo nossos compromissos. Buscar a graça de Deus
em todas as circunstâncias é o meio maior que temos para a santidade.
A
G ✓ Participar da Santa Missa ou celebração da Palavra no sábado na comunidade ou no
I domingo na Catedral;
R ✓ Separar o devido tempo para entrar em comunhão e oração com Deus, buscando a força
para buscar a santidade;
✓ Confeccionar um cartaz com fotos de famílias e escrever frases relacionadas ao tema.
Oração Final: Pedir para cada catequizando elevar as mãos em direção à sua casa, pedindo à
Deus as bênçãos para a sua família. Fazer uma oração espontânea e encerrar com um trecho
D
da música do Padre Zezinho (Abençoa Senhor as famílias amém, abençoa Senhor a minha
E
também!)
S
P
Que possamos viver no amor e união como a Sagrada Família, que nossa família seja santa!
E
Sagrada Família de Nazaré, a nossa família vossa é!
D
A paz do Senhor esteja contigo! Que a Sagrada Família seja exemplo para cada um de nós!
I
D Estivemos reunidos e continuaremos unidos, em nome do Pai, do Filho e doEspírito
A Santo. Amém

• Prepare um altar bem bonito com flores, a Bíblia, vela, uma imagem da Sagrada Família e inicie o encontro
com muita alegria e cânticos que falem da família.
• Conversar sempre ensinando aos catequizandos, que ao passarem na frente do altar
devem fazer REVERÊNCIA, isto é, inclinar-se; havendo o Sacrário (Jesus Eucarístico),
devem fazer GENUFLEXÃO, que é o ato de tocar o solo com o joelho direito, mantendo
o esquerdo dobrado. Esse gesto litúrgico simboliza a adoração a Deus.

Sugestões de atividades:

✓ Confeccionar um cartaz com fotos de famílias e escrever frases relacionadas ao tema.

Encenação (Lc 1, 5-47.; Mt 1,18-25)

Personagens: Narrador, Zacarias, Isabel, Anjo, Maria e José

Seria interessante se os catequistas participassem e alguns catequizandos também, seria


uma encenação simples que até pode ter o texto próximo, apenas para ser lúdico e mais
divertido.

Teatro (texto)

Narrador: Nos tempos de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote por nome Zacarias, da
classe de Abias; sua mulher, descendente de Aarão, chamava-se Isabel. Ambos eram justos diante
de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Mas
não tinham filho, porque Isabel era estéril e ambos de idade avançada. Ora, exercendo Zacarias
diante de Deus as funções de sacerdote, na ordem da sua classe, couberam-lhe por sorte, segundo
o costume em uso entre os sacerdotes, entrar no santuário do Senhor e aí oferecer o perfume.
Todo o povo estava de fora, à hora da oferenda do perfume. Apareceu-lhe então um anjo do
Senhor, em pé, à direita do altar do perfume. Vendo-o, Zacarias ficou perturbado, e o temor
assaltou-o. Mas o anjo disse-lhe:
Anjo: Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e
chamá-lo-ás João. Ele será para ti motivo de gozo e alegria, e muitos se alegrarão com o seu
nascimento; porque será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem cerveja, e desde o
ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo; ele converterá muitos dos filhos de Israel ao
Senhor, seu Deus, e irá adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os
corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um
povo bem disposto.
Narrador: Zacarias perguntou ao anjo:
Zacarias: Donde terei certeza disto? Pois sou velho e minha mulher é de idade avançada.
Narrador: O anjo respondeu-lhe:
Anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para te falar e te trazer esta feliz
nova. Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que estas coisas acontecerem, visto
que não deste crédito às minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo.
Narrador: No entanto, o povo estava esperando Zacarias; e admirava-se de ele se demorar tanto
tempo no santuário. Ao sair, não lhes podia falar, e compreenderam que tivera no santuário uma
visão. Ele lhes explicava isto por acenos; e permaneceu mudo. Decorridos os dias do seu ministério,
retirou-se para sua casa. Algum tempo depois Isabel, sua mulher, concebeu; e por cinco meses se
ocultava, dizendo:
Isabel: Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar o meu
opróbrio dentre os homens.
Narrador. No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada
Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o
nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe:
Anjo: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.
Narrador: Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante
saudação. O anjo disse-lhe:
Anjo: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz
um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o
Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu
reino não terá fim.
Narrador: Maria perguntou ao anjo:
Maria: Como se fará isso, pois não conheço homem?
Narrador: Respondeu-lhe o anjo:
Anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por
isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até
ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque
a Deus nenhuma coisa é impossível.
Narrador: Então disse Maria:
Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.
Narrador: E o anjo afastou-se dela. Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às
montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito
Santo. E exclamou em alta voz:
Isabel: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. De onde me vem esta
honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos
meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste,
pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!
Narrador: E Maria disse:
Maria: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador
Narrador: Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de
coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era
homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim
pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse:
Anjo: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem
do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu
povo de seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo
profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7, 14), que
significa: Deus conosco.
Narrador: Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua
casa sua esposa. E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o
nome de Jesus.

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