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ESTUDOS BÍBLICOS PARA ESCOLA SABATINA

O CHAMADO DE DEUS
PARA A COMUNIDADE
CRISTÃ

Tradução
Jonas Sommer

Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira


Curitiba
2008
As Lições Bíblicas e Leituras estão baseadas nas Lições Bíblicas
Internacionais para o Ensino Cristão, (International Bible Lessons
for Christian Education) copyright © 2005.

“The Helping Hand” é publicado trimestralmente pela:


Seventh Day Baptist Board of Christian Education, inc.
P. O. Box 115, Alfred Station
New York, 14803-0115.

Publicado no Brasil com a Devida Autorização e com Todos os


Direitos Reservados Pela:
Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
Caixa Postal 565 - 80.0001-970 - Curitiba/PR
e-mail: secretaria@cbsdb.com.br / www.cbsdb.com.br

Revisão de Texto:
Dc. Marlene de Oliveira Garcia
Vanise Macedo Maria.

Revisão Teológica:
Pr. Jonas Sommer

Capa:
Adoro esse Design

Diagramação:
Jonas Sommer

Impressão:
Gráfica e Editora Viena

Tiragem:
1.300 exemplares

Todas as citações bíblicas, salvo outra indicação, foram extraídas


da Versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida,
publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil (©1999)

Título original em inglês deste volume:


“God’s Call to the Christian Community”

Quando houver diferenças entre a versão em inglês e em


português da The Helping Hand, a versão em inglês representa a
língua original do autor.
SUMÁRIO

Página do editor................................................................07
O CHAMADO DE DEUS
PARA A COMUNIDADE CRISTÃ

UNIDADE I – O CHAMADO DE DEUS NO ADVENTO E DEPOIS


1. Chamados a crer............................................................. 09
2. Chamados a ser um receptáculo..................................19
3. Chamados a proclamar................................................29
4. Chamados a exultar......................................................39
5. Chamados a testemunhar.............................................49

UNIDADE II – A COMPREENSÃO DA INSTRUÇÃO DIVINA


6. Inspirados a interrogar.................................................59
7. Inspirados a amar.........................................................69
8. Inspirados a orar............ ................................................79
9. Inspirados a confiar......................................................89

UNIDADE III – DEUS CONVOCA-NOS A RESPONDER


10. Convocados ao trabalho..............................................101
11. Convocados ao arrependendimento.............................111
12. Convocados à humildade...........................................121
13. Convocados ao discípulado.........................................131
Colaboradores..................................................................141
Obras Citadas e Versões Bíblicas.......................................142

Eric Davis
Editor
6
PÁGINA DO EDITOR
O Chamado de Deus para a Comunidade Cristã
Nosso estudo deste trimestre olha as várias passagens
do Evangelho de Lucas. Esses textos escolhidos apresen-
tam, direta ou indiretamente, a maneira como Deus chama
a comunidade de fé para viver pelo motivo pelo qual fora
criada.
As “Meditações bíblicas diárias” foram escritas por
Paula Davis de Appleton, em Wisconsin. Ela foi colunista
recente da revista “Sabbath Recorder1”, escrevendo no tópico
‘Incluir jovens adultos na comunidade da Igreja’. Os
devocionais selecionados lembram-nos da responsabilida-
de que todos temos não só em relação a outros crentes, como
também de viver visivelmente o Evangelho para os não-cren-
tes.
Todas os comentários do “Entendendo e vivendo”
foram escritas pelo Capelão do Exército dos Estados Uni-
dos (CPT), Jerry Johnson, enquanto ele servia na 10º Divisão
de Montanhas (US 10th Mountain Division), no Afeganistão.
Seu ponto de vista mostra que a comunidade cristã é mundi-
al. Nossa necessidade de uma comunidade torna-se mais apa-
rente quando somos colocados em solitários e isolados lu-
gares do mundo.
A unidade I, “O Chamado de Deus no Advento e
depois”, explora como o chamado divino foi recebido por
Isabel, Zacarias, Maria (mãe de Jesus) e Jesus. A unidade II,
“A compreensão da instrução de Deus”, tem como foco a
inspiração que vem até nós por intermédio do chamado de
Deus. Porque fomos chamados a sermos parceiros de Deus,
7
nós podemos encontrar inspiração para aprender, para amar,
para orar e para acreditar. A unidade seguinte, “Deus con-
voca-nos a responder”, considera nossa cooperação com
Deus por respondermos ao chamado de trabalhar pela ex-
pansão da comunidade de fé. Além disso, mostra que deve-
mos nos arrepender quando falhamos ou faltamos. É preci-
so servir a Deus com humildade, tornando-nos discípulos
dedicados.
Que você e sua comunidade de fé sejam abençoados e
enriquecidos ao lerem estas passagens e ao estudarem estas
lições.

1
ASabbath Recorder é uma revista bimestral publicada pela
Conferência Batista do Sétimo Dia Americana. Seu primeiro exemplar
foi publicado em 1.844.
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CHAMADOS A CRER
Lucas 1.8-23
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 66.1-4


Nosso Grande Deus criou todo o céu e a terra e, ainda
assim, ele olha por nós como sua melhor criação. Ele ama-nos
muito mais do que possamos imaginar, ou que merecemos! E
deseja que nos dirijamos a ele, pedindo-lhe os desejos de nos-
so coração, adorando-o e dando nossas vidas completamente
a ele. Não nos pede que façamos sacrifícios por ele; por isso,
enviou seu único filho para fazer o último e definitivo sacrifí-
cio por nós e por todos os pecados que cometemos. Jesus abriu
as portas para ficarmos diante do trono de Deus sem mancha,
limpos e santos diante de seus olhos.
Vamos fazer um esforço, a cada dia desta semana, para
glorificarmos seu nome e não deixarmos de notar os impressi-
onantes feitos que ele conseguiu em nós, por meio de nós e
apesar de nós!
Segunda-feira, Lucas 1.5-7
É tão fácil olhar para nossas vidas e ver as bênçãos ob-
tidas por acreditarmos em Deus serem afastadas! Perdemos
tempo lamentando nossa compreendida perda ao invés de es-
tarmos nos encantando nele. O dicionário define “deleite”
como “ter imenso prazer”. Uma coisa maravilhosa acontece
ao olharmos menos para nosso interior e encontramos grande
prazer em Deus. O que antes vimos como desconhecidos de-
sejos de nosso coração desaparece quando o desejo dele tor-
na-se o nosso, e nós preparamos nosso coração para as bên-
çãos que Deus quer nos dar. Elas são maiores do que qualquer
coisa que pudéssemos ter imaginado estando distantes dele!
9
Lição 01 Sábado, 04 de Outubro de 2008.
Terça-feira, Lucas 1.8-13
Eu acho muito interessante que as Escrituras digam-
nos que Zacarias “foi escolhido por sorte (...) para ir ao templo
do Senhor e para queimar incenso.” Deus, obviamente, colo-
cou sua mão no resultado dessa sorte para garantir que Zacarias
estivesse no lugar onde o anjo do Senhor pudesse aparecer
com uma mensagem divina muito importante.
Deus coloca sua mão nos lugares a que nós “iremos”
também. Fomos criados com a habilidade de tomar decisões
que influenciam nossos passos na vida; e a mão divina tam-
bém nos guia. Quando estamos servindo como seus servos,
seja em um ministério formal na Igreja, seja tirando o lixo de
casa, seja lendo uma história para um de nossos filhos, o Se-
nhor pode tornar esses momentos divinos compromissos e pode
falar a nós. Ele nem sempre usa anjos como mensageiros; e nós
nem sempre reconhecemos imediatamente sua mensagem.
Contudo, temos de estar abertos a elas ao longo de todo o dia.
Quarta-feira, Lucas 1.14-17
Deus usará cada um de nós como um receptáculo da
restauração se o deixarmos assim fazer. Tendo filhos ou não, o
Senhor planejou um legado para cada um de nós deixar. Nossa
obediência e abertura às instruções divinas determinarão o
quanto desse legado tornar-se-á realidade. Com os corações
abertos e com espíritos humildes, devemos lutar por uma obe-
diência diária. Deus vai nos usar para deixarmos essa herança
de restauração e ajudará no preparo das pessoas para a segun-
da vinda de nosso Senhor.

Quinta-feira, Lucas 1.18-23


A falta de fé inicial de Zacarias não o manteve, nem sua
esposa, longe da bênção final que Deus tinha determinado
conceder a eles. E também não o impediu de usar o casal para
completar a missão de mandar um homem para preparar os
caminhos do ministério de Jesus na terra. O Senhor ainda cum-
priu seus propósitos usando seus receptáculos planejados. To-
10
CHAMADOS A CRER

davia, com mais fé, a experiência poderia ter sido ainda maior
do que uma bênção para Zacarias e para Isabel.
Sexta-feira, Lucas 1.24-25
Deus oferece a mesma restauração a cada um de nós,
apesar da vergonha que carregamos de um dia para o outro.
Quando Jesus fez seu sacrifício final de deixar seu trono no
Céu e vir para a terra, a fim de viver uma vida sem pecado
para absorver toda a punição da humanidade, ele abriu as
portas à restauração. Esta, antes, só poderia ser dada por
meio de sacrifício e com as bênçãos de um ministro.
Apesar de toda a bagagem que carrega durante cada
um de seus dias, como hoje, tire um momento para exami-
nar isso à luz das Escrituras. Se o perdão pelos pecados é
pedido, arrependa-se; depois, deixe a bagagem aos pés da
cruz de Jesus. Ele anseia por restaurar cada um de nós, por
levar embora nossa desgraça e por mostrar seus favores em
nossas vidas.
Sábado, Salmo 66.16-20
Deus não apenas nos ouve quando falamos com ele
durante as orações; ele presta atenção a elas! O mais bonito
é que o Senhor escuta nossos corações, e não apenas nossas
vozes. Pede-nos somente para humilharmos os corações di-
ante dele e para confessarmos qualquer pecado; devemos ir
a ele por intermédio do sangue purificador de Jesus. Ainda
que não tenhamos as palavras para falar o que está em nosso
interior, ele ouve-nos. Até quando não sabemos o que que-
remos, ele sabe. Deus ouve nosso choro de arrependimen-
to, escuta nossos corações e nunca nos rejeita.

11
Lição 01 Sábado, 04 de Outubro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
1.8-23 Cap. 1 66.1-20

Verso áureo
E eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em
que estas coisas aconteçam; porquanto não creste nas minhas
palavras, que a seu tempo hão de cumprir-se.(Lucas 1.20)

Núcleo da lição
As pessoas acham difícil acreditar que um milagre possa
acontecer a elas. Que prova temos de que eles acontecem
em nossas vidas? Deus prometeu a Isabel e a Zacarias um
milagre, e ele cumpriu a promessa.

Perguntas para o estudo do texto


1. De qual atividade Zacarias estava participando quando
o anjo do Senhor apareceu? Que mensagem Deus tinha
para ele?

2. Como Zacarias respondeu ao que lhe foi dito? Qual a


conseqüência de sua resposta?

12
CHAMADOS A CRER

3. Quem é Gabriel? Quantas vezes ele aparece nas Escritu-


ras? Que outras mensagens trouxe?

4. Como Isabel respondeu à mensagem do anjo? Em que


sentido sua resposta foi diferente da de seu marido?

5. Que perguntas esta passagem levanta acerca da cultura


bíblica das manifestações físicas dos favores e das desa-
provações de Deus?

6. Achamos difícil acreditar que Deus possa operar mila-


gres em nossas vidas? Por quê? Quais as possíveis conse-
qüências, hoje, da nossa expectativa para o trabalho
miraculoso de Deus?

13
Lição 01 Sábado, 04 de Outubro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

MILAGRES TENDEM A SURPREENDER


Em nosso dia, freqüentemente temos dificuldade de
acreditar que milagres podem acontecer. Talvez uma razão
da descrença seja o desejo de sermos auto-suficientes; isso
faz com que queiramos levar o crédito por tudo de positivo
que acontece em nossas vidas. A sociedade moderna tende a
governar as pessoas para que sejam orgulhosas; normalmente
as ensina a serem o centro do universo. Os avanços
tecnológicos conduzem a um sentimento de invencibilidade.
Essa abordagem afastou muitos cristãos da antecipação do
sobrenatural. A falta de confiança de Zacarias serve como
um lembrete: nós podemos também ser moralmente ínte-
gros, mas ainda sermos insuficientes na fé no que concerne
às promessas de Deus!

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Zacarias estava ocupado servindo como sacerdote.
Craig Keener observa que na época de Zacarias deveriam
haver cerca de “vinte e quatro ‘turnos’, ou seja equipes, de
sacerdotes (1 Crônicas 24, 7-18, especialmente o V. 10). Cada
sacerdote servia a Deus no templo durante duas semanas
não-consecutivas por ano.
Os sacerdotes podiam se casar com qualquer israelen-
se pura, mas eles sempre preferiam as filhas de sacerdotes
“filhas de Arão” ( Exposição de Lucas 1.5-25). Dois outros
itens interessantes valem a pena serem salientados. Em pri-
meiro lugar, eles eram “justos” e cuidadosamente honravam
os Dez Mandamentos de Deus. Termos similares foram usa-
dos para descrever Noé (Gênesis 6.9), Abraão (Gênesis 17.1)
e Jó (Jó 1.1), no Antigo Testamento. Além disso, João não é
a única criança milagrosamente nascida de uma mulher con-
14
CHAMADOS A CRER

siderada estéril. No Antigo Testamento, encontramos Isaac,


Sansão e Samuel na mesma categoria. Isabel é descrita da
mesma maneira de Sara, no Livro do Gênesis 11.30, 16.1 e
17.7.
O poder de Deus pode ser visto de três maneiras. Pri-
meiramente, como Zuck e Walvoord observam: Zacarias
foi escolhido por sorteio para ser o sacerdote que ofereceria
incenso. Por causa de um grande número de sacerdotes (mais
que 18.000), isso poderia ser a única vez, na vida de Zacarias,
em que teria permissão para realizar tal tarefa. Como em
qualquer lugar nas Escrituras (por exemplo, em Ester 3.7), a
soberania divina é ressaltada mesmo em episódios em que
parece acaso, como, por exemplo, num sorteio. (Exposição
em Lucas 1.8-9).
Cerca de 50 sacerdotes desempenhavam essa função
a cada dia, com quatro sorteios feitos para distribuir as fun-
ções das 24 horas. O que fosse escolhido para oferecer in-
censo tinha a honra maior.
Zacarias estava de fato orando por toda a nação quan-
do, de repente, um anjo veio até ele. Gabriel deu-lhe a notí-
cia pela qual pedira, algo que poderia ser uma mensagem de
alegria. O poder de Deus foi manifestado por meio de
Gabriel, na forma de um filho prometido. O anjo tinha fala-
do as palavras de instrução a Daniel também (Daniel 8.16 –
9.21). Dissera tanto com a autoridade como com a presença
de Deus (v. 19). Eles deveriam dar o nome ao filho de João,
que significa “Deus é bondoso”. Ele seria um grande ho-
mem de Deus, sujeito às restrições do nazireado ao álcool,
cheio do Espírito Santo no ventre de Isabel, pregando a
mensagem de arrependimento que levaria Israel de volta a
Deus; um precursor no espírito de Elias que prepararia o
povo para o Senhor. Que notícia maravilhosa!
Zacarias respondeu de forma bastante semelhante a que
muitos de nós responderíamos se confrontados com o so-
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Lição 01 Sábado, 04 de Outubro de 2008.

brenatural. Ele tinha medo (v.12) e dúvida (v.18). Em rela-


ção ao medo, Mills observa: o medo de Zacarias ao ver o
anjo fora maior do que apenas o temor pelo sobrenatural;
foi medo do julgamento divino e da morte. A ciência judai-
ca que estuda os anjos considerava o lado esquerdo como o
lugar para um anjo, e somente Deus usava o direito. Então,
essas tradições sugeriam a Zacarias que ele estava vendo Deus.
Já que nenhum homem pôde vê-lo e viver (Êxodo 33,20),
ele ficou apavorado! (ibid).
Com respeito à sua dúvida, Henry e Richard Blackaby
notam que Zacarias fora um homem justo. Ele orava por
uma criança embora o relógio biológico de sua esposa tives-
se, há muito, deixado para trás o tempo de conceber uma.
Ainda assim, quando o anjo Gabriel revelou a resposta divi-
na, que Isabel conceberia um filho, Zacarias não acreditou.
E, por não acreditar, o Senhor deixou-o mudo até o dia do
nascimento de João (Lucas 1.19-20) (Hearing God’s Voice [Ou-
vindo a voz de Deus] pp. 44-45).
A “punição” de Zacarias também serviu como uma
terceira demonstração do poder de Deus. Essa profecia
poderia ser confirmada por um sinal externo que todos pu-
dessem ver. As vezes em que ele tentava falar, durante os
nove meses, serviam a dois propósitos: mostrar que há con-
seqüências por não se acreditar e evidenciar que a palavra
divina é verdadeira.
Depois que ele voltou para casa, Isabel ficou grávida.
Contudo, a reação da mulher pela notícia foi bem diferente.
Ela escolheu refletir calmamente por cinco meses sobre o
favor que Deus tinha lhe concedido, tirando quaisquer cen-
suras social e econômica a que fora submetida por causa de
seu estado. Há momentos em que a solidão feliz é o melhor
método de celebrar a benevolência de Deus e para dar-lhe o
crédito merecido. Lembre que a resposta dela foi semelhan-
te à de Raquel, em Gênesis 30.23. O tempo para glorificar
16
CHAMADOS A CRER

Deus viria mais tarde.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Existem muitas pessoas que aceitaram Cristo como seu


Senhor e Salvador. Na vida de moral íntegra, ainda as-
sim, falta a antecipação ao sobrenatural. Você age por
impulso?

2. Não há garantia de que você reconhecerá a voz de Deus


quando ele estiver falando com você, mesmo que você
seja íntegro. Henry e Richard Blackaby argumentam que
o Espírito Santo é a presença viva de Deus em nossas
vidas, e que ele fala por intermédio da Palavra, da ora-
ção, das pessoas e das circunstâncias (ver Experimentando
Deus e Ouvindo a voz de Deus – Experiencing God and Hearing
God’s Voice). Você é sensível?

3. Medo e dúvida são reações freqüentes quando somos con-


frontados com a mensagem e com a boa nova de Deus,
assim como com a ruim. Tenha coragem! Muitos santos
da Escritura, da História e os de todos os dias têm caído
na fé esperada. Apenas se lembre de que Deus fala, e ele
realiza milagres em nossas vidas. Você está animado com
a mensagem divina?

17
Lição 01 Sábado, 04 de Outubro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição

1. Considerar o presente miraculoso de Deus para Isabel e


para Zacarias.

2. Refletir sobre a diferença entre as respostas de Isabel e


de Zacarias.

3. Encorajar os participantes a identificarem e a proclama-


rem os milagres recebidos da mão de Deus.

Atividade pedagógica
Convide membros da classe para contarem suas ex-
periências de ações milagrosas de Deus nas suas vidas pes-
soais, assim como na comunidade de fé.

Olhando adiante
O chamado de Maria serve como exemplo ao
nosso chamado para a importância e para o
propósito.

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CHAMADOS A SER UM
RECEPTÁCULO
Lucas 1.26-38
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 40.1-5


Às vezes, é mais difícil esperar pacientemente pelo Se-
nhor e colocar nossa confiança integralmente nele que de-
positar a confiança nos homens e nas mulheres à nossa volta.
Deus tem-nos dado muitos homens e mulheres de exem-
plos, para nos darem assistência em nossa fé e para nos en-
corajarem. Mas essas pessoas não são suficientes, e nossa
confiança não deve estar nelas. Deus é nosso único alicerce!
Ele ouve-nos quando choramos e vai se voltar para nós em
socorro. A seu tempo, seremos içados do sofrimento de
nossos problemas e; mais uma vez seremos capazes de
rejubilarmo-nos nele.

Segunda-feira, Lucas 1.26-29


Como Maria, nós podemos ficar temerosos ao sentir-
mos Deus dizendo que ele quer nos usar como seu receptá-
culo. Quando cremos, que ele está falando conosco; nossa
primeira reação pode ser inconstante e temerosa. Para que
Deus usaria alguém como nós? Pode ser amedrontador olhar-
mos nossas próprias forças e habilidades. Não temos muito
a oferecer em nossa própria força. Há coisas em sua vida
que Deus chama-o a fazer, mas você está amedrontado, não
sabe o que isso significará para você, não é? O Senhor está
com você! Confie nele e em suas palavras.
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Lição 02 Sábado, 11 de Outubro de 2008.

Terça-feira, Lucas 1.30-33


A mensagem que Gabriel deu a Maria foi maior do
que qualquer outra levada por um anjo até aqueles dias. Foi a
última mensagem divina cumprindo a promessa feita a seu
povo, nos dias do Antigo Testamento. A mensagem do
Messias que estava chegando tinha sido profetizada por mi-
lhares de anos, por muitas gerações, e agora chegava ao cum-
primento, vinda de uma adolescente! Os padrões de Deus
são tão diferentes dos nossos... Ele escolhe as pessoas como
seus receptáculos pelo que vê em cada uma delas; não por
aquilo que elas vêem em si mesmas, ou pelo que os outros ao
redor vêem.

Quarta-feira, Lucas 1.34-35


Maria faz-me lembrar um pouco de mim mesma nes-
ta passagem. Sua primeira pergunta a Gabriel é: “Como pode
ser isto?”. Ela desejava entender o que iria acontecer, não
apenas aceitar que as coisas estivessem bem se Deus assim o
dissesse. Sendo humanos, a maioria de nós não é preparada
para crer cegamente. Temos tantos recursos em nossas im-
pressões digitais para nos ajudarem a entendermos as coisas
que acontecem ao nosso redor...
Quando Deus apresenta alguma coisa para nós com
as quais não temos experiência, queremos entender antes de
nos oferecermos como um receptáculo a ser usado por ele.
Pensamos que ele está nos dizendo algo e vamos para a
“Internet” para pesquisarmos ou para confirmarmos com
nosso pastor e/ou mentor espiritual. Queremos todos os
fatos e os números antes de assumirmos o desafio, mesmo
de Deus. Maria ouviu e começou a se abrir para Deus. Você
faria o mesmo?
Quinta-feira, Lucas 1.36-38
A submissão de Maria é bonita. Embora ainda não ti-
20
CHAMADOS A SER UM RECEPTÁCULO

vesse respostas, e ela provavelmente gostaria de tê-las, diz:


“Cumpra-se em mim segundo a tua palavra”.
Quando o Senhor escolhe-nos como receptáculos, nem
sempre nos dá as respostas que gostaríamos de ter. Ele quer
que nós percebamos que nada é impossível para ele e, não
obstante quais sejam nossas circunstâncias terrenas, Deus já
descobriu algo para nós. A próxima vez que o sentir chamando
para uma missão, pequena ou grande, tente responder-lhe como
Maria. Permita-se ser seu servo e seja usado de todas as ma-
neiras escolhidas por ele.

Sexta-feira, Lucas 1.39-45


Embora Gabriel tenha dito a Maria que Isabel também
estava milagrosamente grávida, ela deve ter sido encorajada
quando Isabel proclamou Maria ser abençoada. Deus sabia que
ela precisava de alguém na terra para encorajá-la e para orientá-
la nos meses seguintes, durante a gravidez. Deus providenciou
isso na forma de Isabel.
E ele proporciona a cada um de nós os mentores e os
animadores em nossa caminhada de fé. Embora não devêsse-
mos depender deles para interpretar a direção de Deus para
nós, eles estão lá para caminharem ao nosso lado, encorajan-
do-nos e orientando-nos durante nossa caminhada.

Sábado, Lucas 1.46-56


A resposta de Maria à proclamação de Isabel quanto ao
que aquela recebera é uma canção de agradecimento e de ale-
gria a Deus. Maria vê o quanto Deus fez por ela. E proclama
seu agradecimento, reconhece sua graça e misericórdia àque-
les que ele ama. Reconhece que Deus eleva sua humildade,
mas derruba governantes arrogantes de seus tronos. Ela louva
sua grandeza e suas obras prodigiosas. Quando Deus escolhe
nos usar como receptáculos, nós devemos ter a mesma respos-
ta para ele. Que nós possamos louvá-lo por tudo que é e por
continuarmos sendo humildes sob sua mão poderosa.
21
Lição 02 Sábado, 11 de Outubro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
1.26-38 Cap. 1 40.1-5

Verso áureo
“Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cum-
pra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se
dela.” (Lucas 1.38)

Núcleo da lição
Nós queremos saber se somos significantes para al-
guém, e que nossas vidas significam alguma coisa. Como
Deus endereça essas necessidades chamando-nos a servir?
Maria é um exemplo de como Deus pode nos chamar à
significância e ao propósito.

Perguntas para o estudo do texto


1. Aonde o anjo Gabriel vai? Onde já o vimos antes? Com
quem ele fala? Como ele começa sua mensagem? Qual é
essa mensagem?

2. Como é recebida a mensagem? Qual é a resposta imedia-


ta? Qual é a conseqüência, a longo prazo, de se obedecer
à mensagem?

22
CHAMADOS A SER UM RECEPTÁCULO

3. À medida que você lê esta passagem, que méritos são


estabelecidos para alguém que está para ser chamado aos
propósitos de Deus? O que significa, na cultura bíblica,
ser “favorecido por Deus?”

4. As mulheres, na cultura bíblica, muitas vezes, são vistas


como inferiores. Ainda assim, Deus escolhe uma delas
para ser a serva favorecida. Por que isso é relevante?

5. Como este texto é um lembrete da iniciativa da graça


divina? Como Deus iniciou a graça em sua vida?

6. Qual sua importância e o propósito no Reino de Deus?


Como você lidará com o chamado em sua vida?

23
Lição 02 Sábado, 11 de Outubro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

UMA VISÃO MELHOR DE MARIA


Eu confesso que, à proporção que eu crescia nos muito
conservadores estabelecimentos batistas dos anos 80 e 90,
apenas mantinha um respeito nominal ao lugar de Maria na
Igreja. Parte disso era uma resposta ao ensinamento crítico de
doutrinas católicas. O restante era provavelmente baseado
numa ignorância intencional. Desde 2004, quando entrei na
Capelania do Exército, desenvolvi uma visão muito maior de
Maria como resultado de minha interação com outras pessoas.
O historiador da igreja, Timothy George, oferece uma pers-
pectiva balanceada de acordo com os reformados.
“Devemos lembrar que ela foi chamada de “bem-
aventurada” pelo anjo Gabriel. Creio que Maria creu
puramente no Evangelho pregado por seu filho Jesus, e
foi justificada por sua fé. Infelizmente no decorrer dos
anos muitos ensinaram a veneração a Maria, o que
não é bíblico. Penso que devemos ter uma visão mais
positiva de Maria, na medida em que é realmente
bíblica, ou seja como uma mulher que foi agraciada
por Deus e que se deixou ser usada como um
instrumento nas mãos divinas para abençoar o mundo
inteiro.” (Entrevista com a CristianityToday.com, 01
de julho de 2004)

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Gabriel teve uma outra missão depois da sua mensa-
gem a Zacarias, cerca de seis meses antes. Deus enviou-o a
uma pequena e insignificante vila, com menos de 2000 pes-
soas, para falar a uma virgem, noiva de José, descendente de
Davi. M.S. Mills dá uma boa informação adicional sobre
esse episódio que eu sintetizo a seguir:
24
CHAMADOS A SER UM RECEPTÁCULO

O noivado judaico envolvia um contrato legal que tinha


a força de um casamento; era mais próximo ao nosso
conceito de casamento do que o de noivado. Se o noivo
morresse, a noiva tornar-se-ia viúva e beneficiar-se-ia
do costume de um casamento levirato. Caso fosse infiel,
seria divorciada como adúltera; e o noivado somente
poderia terminar por procedimentos de divórcio. Em
outras palavras, a mulher tinha todas as obrigações
legais de uma esposa, mas o casamento só era
considerado como tal depois da cerimônia que,
tradicionalmente, acontecia um ano depois do noivado.
(Exposição em Lucas 1.26-38).
Maria tinha, provavelmente, treze ou quatorze anos
e ainda morava com seus pais durante essa época. E man-
tinha sua virtude e pureza sexual, ambos os princípios
importantes de acordo com Deuteronômio 22.13-21.
Mateus 1.19 indica que José encarou um dilema; e Maria
também porque, no momento melhor, seu casamento ter-
minou. E, durante o pior, ela poderia ser apedrejada até
a morte. Eu, pessoalmente, durante uma conversa com
um homem no Afeganistão, na província em que estava
arregimentado, em 2006, descobri que o apedrejamento
ainda é realizado, nos dias de hoje, no Afeganistão. Isso
deveria ser uma perspectiva terrível para Maria, naquela
época.
O anjo transmitiu-lhe muitas informações impor-
tantes. Maria foi uma “favorecida”, aquela que recebeu o
favor de Deus. O Senhor estava também com ela; assim,
não havia razão para ter medo. Além do mais, o filho que
colocaria no mundo teria o nome de Jesus, “chamado o
Filho do Deus Altíssimo”, e “Deus lhe dará o trono de
seu pai Davi” para reinar para sempre. A confirmação
está no fato de que o Espírito Santo viria sobre ela com o
25
Lição 02 Sábado, 11 de Outubro de 2008.

poder ofuscante da presença do Altíssimo para que esse


filho pudesse ser chamado de “Criança Santa”. Além do
mais, a gravidez de sua parenta Isabel provava que “nada
é impossível com Deus.” Que mensagem convincente!
Não há dúvida de que esse é o nascimento virginal.
Mills observa que a palavra grega “parthenos”, usada no
versículo 27, inequívoca e não ambiguamente, significa
“virgem”. Mais adiante, no versículo 35, afirma que o fi-
lho de Maria seria o filho de Deus (isto é, Deus é seu Pai),
e que a concepção seria pelo Espírito Santo. Não pode
haver dúvida de que o Novo Testamento determina-o
como um nascimento virginal. (ibid)
A resposta inicial de Maria pode ser descrita como
perplexa e enigmática, o que seria natural. Sua segunda
frase não é de descrença, mas um pedido de esclareci-
mento; afinal, ela era tanto mulher quanto virgem. Maria
não tinha status; por isso, essa revelação é certamente uma
surpresa. Kathleen Morris resume essa questão
relembrando o que Maria disse: “Como pode ser isto?”.
Eis uma resposta mais simples do que a de Zacarias, e
também mais profunda. Ela não perde sua voz, mas a
encontra. Como muitos profetas, ela afirma-se ante Deus
dizendo: “Aqui estou.” Não há arrogância; percebemos
apenas medo e assombro. Maria continua - como nós
devemos fazer em vida – consentindo, sem saber muito
sobre o que acarretará ou aonde a levará (Amazing Grace,
citado em A encarnação: uma antologia (The incarnation:
An Anthology), pp. 24-25).
Sua terceira resposta é similar à de Isaías, na qual
humildemente se submete ao chamado de Deus. Maria
tinha feito honestamente perguntas na fé. O Senhor diag-
nosticou seu coração como estando perto dele. Ela foi
fiel.
26
CHAMADOS A SER UM RECEPTÁCULO

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Nossa significância e propósito de vida não são determi-


nados pelo status social ou pelo econômico. Deus pode e
usa as pessoas de todas as condições para servirem a seus
propósitos eternos. Muitas delas acreditam numa menti-
ra, a de que temos de nos encaixar em certos moldes para
sermos aceitáveis. Siga o princípio de 1 Samuel (16,7) e
preocupe-se antes com o coração do que com a aparên-
cia externa.
2. Há uma diferença entre a fé que faz perguntas e a falta
de fé que procura provas. Algumas vezes, isso é um ex-
celente caminho, com nossa atitude de coração determi-
nando de qual lado nosso medo e as dúvidas humanas
nos levam a cair. Henry e Richard Blackaby afirmam que
Deus fala exclusiva, particular, progressiva, consistente,
fiel, inequívoca e diagnosticamente (Ouvindo a voz de Deus
(Hearing God’s Voice), p. 45). E nós nem sempre entende-
mos. Deixe o Espírito Santo trabalhar.
3. Não há nada verdadeiramente impossível para o nosso
Deus. E cada um de nós pode identificá-lo em nossas
próprias vidas. Desenvolva a fé da Carta aos Hebreus
11, mentalmente.
4. Deus espera humilde submissão e obediência a seu dese-
jo. Maria é a figura perfeita daquilo que Jesus descreve
em Mateus 20.25-28: uma pessoa desejando ser grande
sendo um servo, e não sendo servido. O primeiro será o
último, e o último será o primeiro; eis um paradoxo da
nossa cultura moderna do egocentrismo e do egoísmo.

27
Lição 02 Sábado, 11 de Outubro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Reveja a narrativa poderosa na qual Maria é chamada
para ser a Mãe do Filho de Deus.
2. Ajude os participantes a reconhecerem a significância e
o papel deles no Reino de Deus.
3. Encoraje os participantes a responderem como Maria,
dizendo “sim” ao plano de Deus.

Atividade pedagógica
Convide os participantes a discutirem suas experiên-
cias de obediência a Deus.

Olhando adiante
O Chamado de Deus traz eventos de mudança
de vida.

28
CHAMADOS A PROCLAMAR
Lucas 1.67-80
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Malaquias 3.1-4


Procure seu coração hoje e veja se ele está refinado como
o ouro e a prata puros. Pense, por um momento, a respeito de
uma peça bonita de joalheria ou uma escultura feita de ouro e
de prata; depois, analise o processo a que o artista dedicou-se
para torná-la bonita. Não é um método fácil, nem agradável,
pois o calor é aplicado e, depois, começa o martelar e a criar o
formato. Em seguida, à proporção que o metal esfria, é aplica-
do o calor mais uma vez, e o processo recomeça.
Assim acontece com nossos corações quando nos afun-
damos no fogo refinado de Deus. Permitir que Deus molde-
nos em uma bonita criação não é fácil. Mas a recompensa re-
cebida é a beleza além de qualquer outra que possamos imagi-
nar!

Segunda-feira, Lucas 1.57-61


Na época de Isabel e de Zacarias, era hábito dar ao
primeiro filho o nome do pai. Por isso, quando os vizinhos e
os parentes souberam por Isabel que aquela criança chamar-
se-ia João, eles ficaram confusos. Não tinham conhecimento
da mensagem divina dada a Zacarias quanto à missão do
bebê, de crescer e proclamar o Messias. Eles ficaram tam-
bém surpresos por Isabel falar sobre algo que, em geral, era
de domínio masculino. Isso é uma lição para não termos
medo de proclamar a mensagem de Deus, seja para uma
única pessoa ou para milhares. Deus dará a cada um o poder
necessário para proclamarmos sua mensagem.
29
Lição 3 Sábado, 18 de Outubro de 2008.

Terça-feira, Lucas 1.62-66


A fidelidade de Zacarias ao dar o nome a seu filho fez
com que ele recuperasse a voz para ser capaz de realizar o
desejo de Deus. Os eventos marcantes do nascimento da
criança, bem como seu nome não-tradicional espalharam a
notícia de seu nascimento por todo o país. Quando somos
fiéis e continuamos os planos de Deus, nossa fidelidade tam-
bém espalha a Palavra divina e seu trabalho por toda a terra.
Pode não ser grande, e podemos nunca saber como Deus
opera usando-nos. Contudo, fique certo de que ele sempre
se lembra da fidelidade de seu povo.

Quarta-feira, Lucas 1.67-75


Louvar o Senhor por cumprir suas promessas é im-
portante para nosso relacionamento com ele. Algumas ve-
zes, esquecemos suas promessas como se anos tivessem pas-
sado antes de se cumprirem em nós. Mas cantar ou glorificar
a Deus é parte vital como um reconhecimento do que Deus
tem feito em nossas vidas. É importante não apenas reco-
nhecer isso pessoalmente, mas também em público, procla-
mando sua fidelidade. À proporção que permitimos outras
pessoas verem como Deus tem cumprido suas promessas,
sua glória é proclamada, e seu Reino cresce. Da mesma for-
ma, ao declararmos o que ele fez em nossas vidas, ajudamos
os outros a olharem para suas próprias vidas e a reconhece-
rem sua fidelidade.

Quinta-feira, Lucas 1.76-80


Os filhos são nosso legado. Mesmo aqueles que não ti-
veram descendentes têm obrigação de dar assistência às crian-
ças que passam por suas vidas em suas jornadas espirituais.
Quando reconhecemos um presente na vida de uma pessoa
jovem, Deus obriga-nos a encorajá-la e a inspirá-la a desenvol-
ver e a usar o presente para a glória de Deus.
30
CHAMADOS A PROCLAMAR

Zacarias orou por seu filho desde a época em que fora


concebido e acreditou naquilo para o qual Deus o criou. O
Senhor devolveu-lhe sua voz depois do nascimento de João,
e sua primeira reação não foi falar sobre sua experiência; ele
falou sobre seu filho e sobre a profecia que o envolvia, reve-
lada a ele por Deus.
Sexta-feira, Lucas 3.7-14
Você sempre oculta o que Deus está lhe pedindo para
fazer por pensar no que as outras pessoas dirão? Você sem-
pre se omite de dar verbalmente uma opinião contrária aos
presentes, porque isso não é popular, mesmo que saiba que
Deus está lhe pedindo que fale?
Quando Deus chama para proclamar sua verdade e
seu amor, ele sabe que nem sempre será popular, mas nos
chama assim mesmo. Sendo verdadeiros a seu chamado, Deus
trará frutos de nossa fidelidade. Não cabe a nós decidirmos
quando falar, mas apenas sermos verdadeiros ao seu chama-
do.

Sábado, Lucas 3.15-20


Que preço você quer pagar por proclamar Deus e sua
Verdade? Quer humilhar-se, não permitindo que as pessoas
vejam-no como foco, mas apontando continuadamente ou-
tros para o Senhor? Você deseja perder amigos, ser separa-
do da família, ou quer ir para a cadeia por causa da Palavra
de Deus?
Eu penso nos cristãos dos países onde as leis proíbem
a cristandade; ainda assim, eles não se calam! Não temem
por suas próprias vidas e pela segurança, apenas pelo amor
de Cristo. Minha oração é para que os cristãos ao redor do
mundo proclamem a Cristo corajosamente, como João fez.
E que nós façamos a eternidade da perda mais importante
do que nosso conforto imediato!
31
Lição 3 Sábado, 18 de Outubro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Malaquias
1.67-70 Cap. 1 3.1-4

Verso áureo
“Imediatamente a boca se lhe abriu, e a língua se lhe
soltou; louvando a Deus.” (Lucas 1.64)

Núcleo da lição
Nós falamos freqüentemente sobre experiências que
nos mudaram. Que diferença esses eventos fizeram no nos-
so modo de viver? No nascimento de João, Zacarias procla-
mou a visão a respeito do futuro Deus para seu filho, que
prepararia as pessoas para a chegada do Messias.

Perguntas para o estudo do texto

1. Cite alguns hábitos do século I sobre o nascimento da


criança. Qual seria seu nome? (confira nos versículos 57
a 66)

2. Por que Zacarias estava incapaz de falar? Por que ele


duvidou? Como finalmente conseguiu falar? Quem lhe
proporcionou conhecimento das coisas que ninguém po-
deria saber por percepção humana?

32
CHAMADOS A PROCLAMAR

3. O que foi a canção de louvor de Zacarias? Como isso


pôs em evidência o trabalho de Deus?

4. Como a mão de Deus seria vista especificamente em João


e no Salvador? A quem João proclamaria?

5. Como podem os pais dos cristãos de hoje conferirem a


seus filhos um significado do propósito de Deus para suas
vidas?

6. Como a declaração profética de Zacarias sobre João e


sobre o Salvador renova a confiança dos fiéis contempo-
râneos sobre sua fé estar bem depositada em Jesus?

7. Como a missão de João de preparar a chegada do Messi-


as continua nas pessoas de hoje, naquelas que preparam
amigos e vizinhos para uma mudança de vida ao encon-
tro de Jesus?

33
Lição 3 Sábado, 18 de Outubro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

FRACASSOS NA MUDANÇA DE VIDA


A maioria dos cristãos pode apontar episódios “da
emoção da vitória e da agonia da derrota” espiritualmente,
para citar a famosa frase de John Mckay’s, do Atletas de Cris-
to.
Conforme olho para minha própria vida, vejo que Deus
moldou meu chamado como Capelão do Exército usando
o fracasso. Há pouco mais de vinte anos, eu era um fracasso
na Academia da Força Aérea dos EUA. Não passaria num
exame de condicionamento físico (ou mal atingiria os pa-
drões mínimos) se minha vida dependesse disso, que tinha
um efeito dominó na minha performance militar e na acadê-
mica.
Além do mais, eu vivia uma mentira espiritualmente
falando, comparecendo ao encontro do exército da salva-
ção embora nunca atingisse qualquer dimensão de disciplina
ou de caráter espiritual. Nem sempre fiz a coisa certa e quase
fui dispensado pela violação de um código de honra. Feliz-
mente, fui capaz de renunciar, de voltar a uma faculdade re-
gular e de envolver-me com uma igreja, levando a sério o
chamado de Deus.
Mais tarde, enquanto servia em Connecticut e em
Wisconsin, minha esposa e eu batalhamos para melhorarmos
financeiramente. Isso nos trouxe desafios contínuos, pois ten-
távamos servir “a dois senhores”. Não obstante, como fala
a música de Don Moen, “Há amor e força para cada novo
dia, ele dará um jeito, ele dará um jeito”. Estou certo de que,
se eu tivesse ido adiante na minha primeira tentativa de ser
militar e tivesse meu pastoreio sido de fácil sucesso, não te-
ria sido capaz de ajudar os soldados que enfrentam suas pró-
prias gamas de dificuldades.
34
CHAMADOS A PROCLAMAR

Cada um de vocês pode, provavelmente, identificar


sua própria época de fracasso e ver verdade naquele princí-
pio: Deus não fecha a porta de sua utilidade para ele apenas
por causa de um período de vida no qual você seja insufici-
ente dentro de seu padrão de perfeição. A habilidade de
Zacarias em profetizar prova que Deus é amável.

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Quando Isabel deu à luz, os vizinhos e os parentes
rejubilaram-se com ela (literalmente se co-rejubilaram), por-
que Deus tinha mostrado compaixão em lhe conceder um
filho. Quando eles chegaram a casa para a circuncisão, no
oitavo dia, esperavam que a criança recebesse o nome de
Zacarias. M.S. Mills coloca que, quando Isabel deu o nome
de João a seu filho, ela quase causou um alvoroço (v. 61)! A
palavra grega traduzida por “respondeu”, no versículo 60,
requer um precedente; por isso, quando nenhuma pergunta
direta precede-a, ela forçosamente se torna uma reclamação.
Isabel explicou a seus parentes que o nome do filho
não seria Zacarias, mas sim João. O nome João, do
hebraico “Yohanan” (que significa, literalmente,
“Deus é afável”), era carregado de significado para
seus pais e para a nação de Israel. Esse nome é uma
permanente testemunha do amável ato que Deus
realizou ao enviar seu filho para redimir os pecadores
da penalidade do pecado (Exposição em Lucas
1.59-66)
É provável que Zacarias tenha ficado tanto mudo quan-
to surdo; pois, quando seus parentes argumentaram, eles ti-
veram que fazer um sinal para que ele pudesse resolver a
questão. Uma vez que escreveu “Seu nome é João” na
tabuinha, ele era capaz de louvar a Deus e de profetizar por
meio do poder do Espírito Santo. Além do mais, somado
35
Lição 3 Sábado, 18 de Outubro de 2008.

ao medo natural que viria às pessoas que testemunharam o


evento, os residentes dos campos montanhosos da Judéia
lembravam que testemunhariam anos mais tarde.
A profecia por si só, contida nos versículos 67 a 79, é
freqüentemente chamada de Benedictus (“Seja louvado”), a
primeira palavra na tradução do Latim Vulgar (NASB Study
Bible, p. 1461). Muito interessante que o foco dos oito pri-
meiros versículos esteja no Salvador, enquanto que apenas
os quatro últimos centram-se no ministério específico de João.
As primeiras palavras de Zacarias, depois de meses de silên-
cio, também quebram um vazio de quase 400 anos, um perí-
odo no qual Israel não recebeu uma profecia redentora. Deus
deve ser louvado, “porque visitou e remiu seu povo.”
Essa redenção é espiritual e não, militar ou política. O
Salvador deve ser a forte “corneta da salvação” (veja
Deuteronômio 33.17; Salmo 22.21; Miquéias 4.13) da “casa
de Davi, seu servo” (referência à genealogia, em 3.23-38),
que não somente liberta Israel do medo dos inimigos, como
também demonstra misericórdia para com os pais que havi-
am sido mortos por centenas de anos. Esse Messias realiza
aquele propósito particular cumprindo os termos da aliança
feita com Abraão, em Gênesis 12, 15 e 17. Ademais, a salva-
ção concedida a Israel é para ser focada na direção do servi-
ço em “santidade e em honradez perante ele por todos os
nossos dias”. Ironicamente, o ministério de João enfatiza a
necessidade de arrependimento nacional.
O papel de João, secundário àquele de Cristo, é ainda
assim essencial. Ele será o “profeta do Altíssimo” (veja Ma-
laquias 3.1 e 4.5, pois se referem a Elias), aquele que literal-
mente viria antes de Jesus para preparar o povo. Por inter-
médio dele, as pessoas saberiam a respeito da salvação que
lhes fora conferida. Seu ministério de pregar o arrependi-
mento, o perdão dos pecados e o batismo segue esse pa-
drão, como falado em Mateus 3.1-17; em Marcos 1.1-8; em
36
CHAMADOS A PROCLAMAR

Lucas 3.1-22 e em João 1.6-34.


Muitos estudiosos acreditam que a referência à expres-
são “a luz do alto” que irá visitar Israel aplica-se à tradução
grega septuagenária de Zacarias 3.8 e 6.12. Ela fala de um
dia em que Israel obedeceria completamente ao Senhor por
meio da aceitação do Messias. A paz viria até essa nação
depois da salvação, de acordo com o versículo 79.
Lucas diz que João cresceu física e espiritualmente en-
quanto esteve por quase 30 anos no deserto, antes de sua
aparição pública. É apropriado que o último profeta do
Antigo Testamento, aquele que seria a ponte para o Novo
Testamento, se tornasse proeminente pouco antes daquele
que é Maior.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Nosso Deus é um Senhor da “segunda oportunidade” (em


alguns casos, muitas oportunidades). Nossa peregrina-
ção cristã é uma maratona, não uma corrida. Algumas
vezes, depois de falharmos, sentimos como se não hou-
vesse maneira de o Senhor poder nos usar outra vez.
Zacarias falhou em mostrar fé nas promessas divinas,
ainda que vivesse para testemunhar seu cumprimento e
que tenha sido usado como um veículo para proclamar a
verdade.
2. Esta profecia mostra que João é subserviente ao Salva-
dor, mesmo aos oito dias de nascimento. Podemos me-
lhorar nosso testemunho para o mundo se nos submeter-
mos a ele da mesma maneira, priorizando-o.
3. Qualquer material ou bênçãos sociais recebidos nesta vida
vêm depois dos benefícios espirituais da salvação. Uma
das razões por tantas pessoas estarem desapontadas com
Deus é que suas expectativas não estão sendo atingidas.
Nós temos redenção eterna – o que mais podemos pedir?
37
Lição 3 Sábado, 18 de Outubro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição

1. Reconhecer como o comportamento de Zacarias mudou


com o resultado do cumprimento da promessa de Deus
no nascimento de João.

2. Prepare os participantes para reverem suas vidas e para


falarem sobre os eventos da mudança de vida.

3. Encoraje os participantes a dizerem aos outros como acre-


ditarem que Jesus muda as vidas.

Atividade pedagógica
Convide os membros da classe para falarem sobre as
experiências da mudança de vida em Cristo e para oferece-
rem uma oração de agradecimento.

Olhando adiante
Expressões de alegria quando Deus cumpre suas
promessas.

38
CHAMADOS A EXULTAR
Lucas 2.1-14
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 96.1-6


Você é alguém que adora cantar ou reluta em ter al-
guém para ouvi-lo “fazer um barulho de alegria?” Encora-
jo-o a cantar uma canção ao Senhor a cada dia desta semana.
Não tem que ser sofisticada ou no tom, mas cante para ele.
Ao invés de orar, tente cantá-la. Veja como suas preces soam
diferentes quando as coloca numa melodia. Cante as graças
que ele fez em sua vida por todo o dia. Cante a salvação
recebida, porque você é seu filho. Cante sua grande criação;
seja ensolarado e quente, ou frio como a neve. Cante uma
nova canção para o Senhor!

Segunda-feira, Mateus 1.18b-21


Nesta passagem de Mateus, vemos o lado de José quan-
to à concepção de Jesus. Percebemos sua relutância em con-
tinuar seus planos de fazer de Maria sua esposa, apesar de
não querer desgraçá-la. Mas a obediência e a fé de José mani-
festaram-se por meio de sua incerteza. Ele escolheu ver no
trabalho de Deus uma coisa miraculosa.
Quando enxergamos com nossos próprios olhos, ve-
mos apenas as circunstâncias ao redor de nós e imaginamos
o que os outros pensarão e dirão. Contudo, ao vermos os
acontecimentos pelos olhos de Deus, podemos enxergar o
que deve ser. Nós veremos seus planos para nossas vidas e
começaremos a perceber razões para nos rejubilarmos.
39
Lição 4 Sábado, 25 de Outubro de 2008.

Terça-feira, Lucas 2.1-5


Eu não posso imaginar quão difícil a viagem dever ter
sido para Maria, estando grávida de nove meses. Um aspec-
to interessante desse cenário que eu não havia considerado
antes, é que Cesar Augusto decretou o censo. Foi um pro-
cesso do governo romano, não um costume ou uma ceri-
mônia religiosa, mas Deus usou-o em seu propósito. Certa-
mente, não está em nossa natureza examinar os costumes
mundiais, as situações da vida ou procurar como Deus pode
estar trabalhando neles e por eles, mas o Senhor sempre está!
Precisamos confiar nele para sermos fiéis e para ter-
mos fé na idéia de que Deus está trazendo tudo para o nosso
bem. (Romanos 8.28)

Quarta-feira, Lucas 2.6-7


Agora pare por um momento e leia estes dois
versículos outra vez, bem lentamente. Nosso Salvador, o
Messias, Deus de toda a Criação, nasceu de pais humanos.
Aquele que tinha controle sobre o mundo inteiro, pois está
sentado à direita de seu Pai no Céu, estava indefeso. Era uma
criança pequena, um recém-nascido, vindo ao mundo em
um estábulo. Todo nascimento é um milagre. O presente de
ter filhos é, verdadeiramente, uma das ações mais incríveis
com que Deus abençoou-nos. Mas esse nascimento foi além
do milagre; ele mudou a vida de todos em que tocou.

Quinta-feira,Lucas 2.8-14
O favor de Deus apóia-se nos pastores? Estes não eram
os membros mais favorecidos da sociedade nos tempos da
Bíblia. Passavam dias entre o mau cheiro das ovelhas e não
eram muito educados. Eu imagino que poucas pessoas pe-
diam a opinião deles quando criavam as leis ou nos momen-
tos de grandes decisões políticas. Mas Deus encontrou algo
40
CHAMADOS A EXULTAR

nos pastores e escolheu-os para serem os primeiros a teste-


munharem o nascimento do Salvador. O Senhor não se im-
porta com os status; apenas importa-se com os corações.
Podemos orar diariamente a fim de que nosso foco seja so-
bre a condição de nossos corações e não, sobre nosso status
social.

Sexta-feira, Lucas 2.15-20


Esta passagem fala sobre todas as pessoas que vieram
ver Jesus. Como ficaram maravilhadas! Elas deveriam ter
grandes idéias para dizerem a Maria. Mas este trecho indica
que Maria não permitiu que os acontecimentos e a atenção a
afetassem negativamente; “Ela guardava todas estas coisas,
conferindo-as em seu coração.” (v. 19) Eu acho que isso é
uma das características que eu mais admiro em Maria. Ela
foi escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus e, ainda assim,
permaneceu humilde. É um exemplo daquilo que Deus de-
seja de cada um de nossos corações.

Sábado, Salmo 96.7-13


Nós fomos criados para glorificar a Deus, nosso Cri-
ador e Senhor. Essa é a razão de estarmos aqui na terra. É
tão fácil irmos à igreja, a cada semana, procurando o que
podemos tirar de lição do culto. A música atenderá nossos
gostos? Sentiremos a presença do Espírito Santo ao cantar-
mos e ao ouvirmos as Escrituras? O sermão do pastor to-
car-nos-á, estimulando-nos na caminhada espiritual? Essas
perguntas não devem ser negativas, tampouco devem
corresponder à nossa atitude ao passarmos pelas portas da
igreja, no sábado pela manhã. Nosso único pensamento e a
atitude de nosso coração devem ser para glorificar a Deus,
focando a atenção numa atitude de adoração e de louvor.

41
Lição 4 Sábado, 25 de Outubro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
2.1-14 Cap. 2 96.1-6

Verso áureo
“Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador,
que é Cristo, o Senhor”. (Lucas 2.11)

Núcleo da lição
Todo mundo procura razões para rejubilar-se. Como
podemos fazê-lo no meio de tudo que a vida traz? Os pasto-
res, cujas vidas eram duras e freqüentemente desrespeitadas,
receberam o anúncio de que Deus cumprira a promessa da
vinda do Messias. E declararam sua alegria a todos.

Perguntas para o estudo do texto


1. Quem recebeu o primeiro anúncio sobre o nascimento
de Jesus? Por que esse grupo era desprezado socialmente
pela elite da época? Por que Deus selecionou-o para re-
ceber a maior notícia já anunciada?

2. Como o Evangelho de Lucas, através do nascimento de


Jesus, retrata o interesse de Deus àqueles que são pobres
ou oprimidos? Como isso é demonstrado mais adiante,
no anúncio aos pastores?

42
CHAMADOS A EXULTAR

3. Jesus nasceu durante a ocupação romana. O que os ju-


deus do século I estavam esperando como ação imedia-
ta?

4. Por que é notória a idéia de que a presença de Deus é


motivo de júbilo?

5. Como podemos encontrar formas, nas palavras e nas


ações, para partilhar a boa nova do presente de Deus, o
Messias, com os outros?

6. Como podemos nos rejubilar em meio a tudo que a vida


traz, até os percalços e as tribulações? Que testemunho
isso proporciona a nossos amigos e aos vizinhos?

43
Lição 4 Sábado, 25 de Outubro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

SINAIS DO PODER DA PALAVRA DE DEUS


Um aspecto maravilhoso das narrativas do nascimen-
to de Jesus é a maneira como a Palavra de Deus é revelada às
pessoas que não eram consideradas os receptáculos mais
adequados. Isso inclui os sábios, Maria, José, Zacarias, Isabel
e até Simeão e Ana.
Começando em Lucas 2.8, vemos os pastores rece-
bendo as mensagens do nascimento de Cristo, o Senhor na
Cidade de Davi. Quatro conceitos fluem nessa parte da Es-
critura. Quanto aos pastores, Deus demonstra que ele pode
e fala ao homem comum. Eles estavam realizando um traba-
lho considerado escasso e monótono, cuidando das ovelhas
nos campos, à noite. O Senhor introduziu-se naquele mundo
comum por intermédio do anjo.
Nós podemos experimentar milagres inesperados
quando tentamos ser fiéis, mas nada de terrível na terra está
acontecendo. De repente, o Senhor traz uma nova dimen-
são espiritual para transformar nossos dias à proporção que
se introduz em nosso mundo. Então, recebemos nosso júbi-
lo.
Ademais, quando Deus introduz-se em nosso mundo
comum, ele afasta nossos medos e oferece-nos oportunida-
des de sermos obedientes ao plano de nossas vidas. A pri-
meira afirmação do anjo foi: “Não tenhas medo”. Final-
mente, Deus confirma que sua Palavra é verdadeira. Esses
pastores experimentaram essa confirmação ao subirem um
degrau na fé para irem ao encontro do Cristo Criança.

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Paulo revela que Cristo nasceu “quando a plenitude
dos tempos chegou”, em Gálatas 4, 4. César Augusto go-
44
CHAMADOS A EXULTAR

vernou o Império Romano de 15 de março de 44 a.C até 19


de agosto de 14 d.C. Quirinius foi, provavelmente, o gover-
nador da Síria por dois diferentes períodos, 6-4 ou 4-2 antes
de Cristo e 6-9 depois de Cristo, tempo em que o censo,
relatado em Atos 5, 37, acontece. Estudiosos ainda estão
divididos quanto a detalhes do ano exato do nascimento,
mas os chamados pais da Igreja (como Irineu, Tertuliano,
Origenes, Eusébio, João Crisóstomo, Jerônimo, e Epifânio)
datam em 2 ou 3 a.C; as evidências mostram que a morte de
Herodes pode ter acontecido em, aproximadamente, 1 a.C.
Apesar de tudo, Deus demonstra seu controle sobe-
rano sobre a história para que sua Palavra seja cumprida;
nesse caso, a profecia de Miquéias 5.2: José viaja com Maria
de Nazaré a Belém na Judéia, pelo menos numa jornada de
três dias, por mais de 160 quilômetros, provavelmente a pé,
porque ele é da Casa de Davi.
Assim, tanto o Império Romano como o costume ju-
daico conspiraram juntos para provocarem o nascimento
do Salvador. A Palavra de Deus pode ser confiada!
Interessantemente, a narrativa do Nascimento, em
Mateus, não fala do nascimento por si só; por isso, Lucas
2.6-7 oferece a única informação a respeito do evento. Estu-
diosos ainda estão um tanto duvidosos quanto ao significa-
do da palavra manjedoura, citada no termo grego “phatne”.
A tradução antiga sugere que ela pode ser uma caverna usa-
da como estábulo. Uma outra possibilidade é que seja uma
referência à atual gamela pública usada para alimentar ani-
mais, conectada à estalagem para que os pastores tivessem
uma pista para onde olharem.
Tradicionalmente reconhecida, a Igreja da Encarnação,
que fica fora da Cidade Antiga, é com certeza o local autên-
tico do nascimento, pois propiciava abrigo numa caverna
no pasto. O bebê foi enrolado em faixas, nas primeiras horas
de vida, para evitar a hipotermia. Normalmente, uma par-
45
Lição 4 Sábado, 25 de Outubro de 2008.

teira executaria essa tarefa, mas nenhuma menção é feita a


isso, nem se José ou alguém mais estivera presente para assis-
tir ao nascimento. Assim, o Salvador nasceu na mais humil-
de das circunstâncias, de pais de extrema pobreza, sem cele-
bração. A falta de assistência oferecida a seus pais é comen-
tário no sistema de valores da humanidade, repetido com
freqüência durante o ministério terreno de Jesus. Quanta iro-
nia!
Os pastores receberam suas revelações enquanto guar-
davam, em abrigo, um único rebanho. O Mishnah judaico
estipulou que apenas os rebanhos fora de abrigos eram usa-
dos nos sacrifícios do templo. Isso leva a uma nova ironia:
eles, provavelmente, estavam cuidando de cordeiros
sacrificáveis quando o anjo revelou-lhes sobre o verdadeiro
Cordeiro Pascal. O anjo acalmou seus medos e anunciou/
proclamou (evangelizomai em grego, a raiz de evangelizar) aque-
la chegada. Sua mensagem foi a Boa Nova (o Evangelho)
que traria grande júbilo “para todas as pessoas” que identifi-
cavam Israel especificamente, ao invés de “todas as pesso-
as” citadas por Simeão, no versículo 31. Esse modelo está
em evidência no Livro dos Atos e nos ensinamentos de Pau-
lo, em Romanos 1.16. A mensagem é acompanhada pela
glória (Shekináh) da presença de Deus, apresentada no Anti-
go Testamento. Ela serve como um lembrete aos discípulos
durante a Transfiguração em Mateus 17. O bebê é “Cristo, o
Senhor”, o Messias, o Ungido. Deus Todo Poderoso, pro-
metido por séculos e, então, revelado a Israel.
Depois do anúncio, um anfitrião celestial apareceu e
louvou a Deus com palavras que são parte de um hino cha-
mado Gloria in Excelsis Deo, do Latim Vulgar, “Glória a Deus
nas Alturas” (NASB, Bible Study (Estudo bíblico), p. 1463).
Reconhecem-se a sabedoria de Deus e sua majestade celestial.
As traduções mais modernas preferem algo como a NTLH.
46
CHAMADOS A EXULTAR

“E paz na terra para as pessoas a quem ele que bem”, ao


invés de “Paz na terra aos homens de boa vontade” por cau-
sa do melhor manuscrito evidenciado. Paulo diz, em Roma-
nos 5.1, que temos paz com Deus por meio de Cristo; Isaías
9.6 observa que ele é o “Príncipe da Paz”. Jesus oferece-nos
uma paz que é diferente de qualquer outra sensação que o
mundo pode oferecer, de acordo com João 14.27.
Nos próximos grupos de versículos, Lucas narra que
os pastores são obedientes, demonstram sua fé na Palavra
de Deus e agem. Eles vão diretamente a Belém. Lá, têm o
privilégio de ver o Messias. Depois disso, ficamos sabendo
que eles não voltaram; contaram às pessoas sobre a criança,
oraram e glorificaram a Deus por aquilo que havia sido con-
sumado. A fé deles serve como um modelo para nós. E Maria
guarda esses acontecimentos como um tesouro para mais
tarde.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. No Nascimento do Salvador, Deus demonstra seu con-


trole sobre a História e a fidelidade em manter a Palavra.
Há muitas revelações e teorias conflitantes nos dias de
hoje. Volte-se à Palavra de Deus antes de tentar uma
outra atitude.
2. Você não precisa ser a mais proeminente das pessoas para
que seja usada por Deus. Por toda a Escritura podemos
ver o Senhor usando o que Paulo chama de “as coisas
loucas do mundo para confundir os sábios” (1 Cor. 1.27).
3. Jesus entrou no mundo sob circunstâncias muito humil-
des e partiu sem uma casa terrena. Lembre-se disso antes
de dar importância aos bens materiais.
4. Seja obediente como os pastores. Aja sobre a revelação
que tiver.

47
Lição 4 Sábado, 25 de Outubro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explore as circunstâncias em torno do Nascimento de
Jesus e as respostas das pessoas a isso.
2. Expresse alegria ante a Boa Nova da promessa cumprida
por Deus.
3. Encoraje os participantes a dizerem a alguém sobre a Boa
Nova do presente de Deus, o Messias.

Atividade pedagógica
Convide os membros da classe para discutirem acer-
ca do papel da Igreja em trazer a Boa Nova de Cristo aos
outros.

Olhando adiante
Respondendo à Boa Nova da mensagem do Advento.

48
CHAMADOS A TESTEMUNHAR
Lucas 2.22-35
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Isaías 49.5-6


Deus tem um plano para cada um de nós. E é possi-
velmente muito maior do que a maioria pode imaginar. Ele
chamou cada um para um propósito, e sua finalidade é guiar
as pessoas àquele que trouxe a salvação para a terra.
Não permita que a percepção de sua vida limite como
Deus pode usá-lo na vida de outros. Mesmo quando os pla-
nos dele parecem maiores do que você pode administrar,
Deus supre todas as necessidades. Secando os olhos dos tris-
tes ou pregando para milhares de pessoas ainda não-salvas,
o plano para sua vida é grande aos olhos de Deus!
Segunda-feira, Lucas 2.22-24
Sinto-me tão indigna para ficar diante de Deus! Con-
tudo, apenas até me lembrar que me tornei digna por causa
deste bebê. Quando ficamos diante de Deus como seus fi-
lhos, não somos nós ou nossos pecados que ele vê. O Se-
nhor somente enxerga a pureza de seu Filho que morreu em
nosso lugar. Assim como Maria e José apresentaram o Meni-
no Jesus diante de Deus, sem culpa e puro, nós podemos
apresentar nossas vidas a ele, diariamente, sem culpa e pura
por causa desta criança.
Terça-feira, Lucas 2.25-26
O dicionário Webster define a palavra consolar como
“aliviar os sofrimentos, sensação de perda ou de aflição”.
Esta passagem mostra que Simeão estava esperando pela
49
Lição 5 Sábado, 01 de Novembro de 2008

consolação de Israel durante a vida inteira, e ele sabia que


não deveria morrer até que tivesse visto aquele que poderia
consolar sua nação. Simeão deve ter orado por toda a sua
vida para que o Salvador viesse. Ele continuava a acreditar,
mantendo a esperança pela revelação da promessa.
O que Deus prometeu a você por intermédio do Es-
pírito Santo? Espere em retidão e com devoção, e você tam-
bém será recompensado.
Quarta-feira, Lucas 2.27-28
Aqui, Simeão dá um outro exemplo de fidelidade, de
obediência e de estar em sintonia com o Espírito Santo. Não
parece que houve uma razão para que ele fosse ao templo
naquele dia, exceto que o Espírito Santo movera-o até lá. Eu
acredito que ouvir o Espírito Santo e confiar que você está
interpretando corretamente suas revelações é uma das par-
tes mais difíceis de caminhar para a fé. Mas, para ser inteira-
mente abençoado com tudo que Deus tem para nós, temos
de ouvi-lo e confiar naquilo que nos for dito. Ao sermos
fiéis, guiando-nos pelo Espírito Santo, seremos abençoados
por Deus, assim como Simeão.
Quinta-feira, Lucas 2.29-33
Simeão estava pronto para morrer. Ficara feliz e sen-
tindo-se abençoado por ter tido uma visão plena do que lhe
fora dado pelo Espírito Santo, durante sua vida inteira. Ma-
ria e José maravilharam-se com o que lhes fora dito sobre
seu filho. Eles sabiam que a mensagem viera do Espírito Santo,
e era a confirmação daquilo que eles tinham guardado em
seus corações.
Deus, algumas vezes, abençoa-nos com confirmações
de outros crentes. Ele não quer que dependamos de outros
para interpretarmos sua Palavra ou o que Deus está dizen-
do. Ele providencia amigos crentes para andarem ao nosso
lado, para encorajarem-nos e para nos ajudarem a andar-
50
CHAMADOS A TESTEMUNHAR

mos pelo Espírito. Que cada um de nós possa ter condições


de olhar para trás, no final de nossas vidas, conscientes de
que ouvimos o Espírito, tendo nossa visão compreendida
por intermédio dele.
Sexta-feira, Lucas 2., 34-35
Alguma vez você recebeu uma bênção agridoce, ou
sentiu que Deus estava lhe dando uma notícia estimulante e
séria ao mesmo tempo? É assim que Maria e José devem ter
se sentido quando Simeão abençoou-os e também ao Meni-
no Jesus, proclamando o destino da criança. Ao mesmo tem-
po, previu a tristeza e a dor que experimentariam.
Precisamos não ter medo de situações nas quais Deus
prevê sofrimento embora não seja agradável experimentar-
mos situações assim. Enfrentando a dor com a força divina,
mais tarde, reconheceremos nosso crescimento em função
da superação dessa etapa. As bênçãos de Deus nem sempre
vêm sem um ônus, mas vale a pena pagá-lo.
Sábado, Lucas 2.36-38
Ana viveu no templo. Que exemplo é ela! Uma mu-
lher que se tornou solteira por ter perdido o marido depois
de ter estado casada por apenas sete anos! Ao invés de casar
novamente ou de viver como uma triste e rejeitada viúva,
Ana escolheu fazer de Deus seu esposo e viver onde pudes-
se estar mais perto dele. Ela não se concentrou naquilo que
havia perdido; prendeu-se ao que ela poderia ter com Deus.
Nós não precisamos viver em nossas igrejas, tampouco
nos tornarmos indivíduos solitários para dedicarmos nos-
sas vidas a Deus. Devemos gastar nosso tempo com sua
Palavra e meditar sobre as Escrituras e sobre o que ele fala
por meio delas. Desligando a TV durante uma hora sema-
nal, ganharemos mais um tempo para meditar e para orar;
até jejuar vai nos dar um interior renovado e levar-nos-á para
mais perto de Deus.
51
Lição 5 Sábado, 01 de Novembro de 2008

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Isaías
2.22-35 Cap. 2 49.5-6

Verso áureo
“E Simeão abençoou-os e disse a Maria, mãe do me-
nino: Eis que este é posto para queda e para levantamento
de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição.” (Lucas
2.34)

Núcleo da lição
Nós gostamos de ouvir e de espalhar boas notícias.
Como respondemos às boas-novas do Natal? Simeão res-
pondeu ao Nascimento de Jesus, o Messias, declarando que
Deus estava mantendo a promessa de salvação.

Perguntas para o estudo do texto


1. Quais eram os dois distintos regulamentos dos judeus
aos quais Maria e Jesus tiveram de ser submetidos? (Veja
Levíticos 12.1-8 e Êxodos 13.2,12-16). Como eram exe-
cutadas essas condições?

2. Quem era Simeão? Como veio encontrar Jesus? O que


ele esperava? O que achou ter encontrado?

52
CHAMADOS A TESTEMUNHAR

3. O que era a “consolação de Israel” a que Simeão referiu-


se? (Veja Isaías 40 a 55) Como Jesus viria para cumprir a
era messiânica?

4. O que José e Maria pensaram da resposta de Simeão em


relação ao nascimento de seu filho? Como isso confir-
maria as previsões ditas a eles pelo anjo?

5. Descreva de que forma as canções de Simeão conectam-


se com seus pensamentos e com suas emoções.

6. Como as canções de Simeão poderiam ser um desafio ao


testemunharem as promessas que Deus cumpre em sua
vida?

53
Lição 5 Sábado, 01 de Novembro de 2008

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

JESUS É A ÚNICA LUZ E GLÓRIA


Quando lemos as profecias de Simeão, em Lucas 2.29-
32, notamos uma finalidade em suas palavras. A palavra
traduzida como “Senhor” é soberano. Deus tem controle ab-
soluto sobre seus servos. A única finalidade da vida de
Simeão, revelar a mensagem da Salvação de Deus, usando o
poder do Espírito, chegara. E ele passou a um estado de
eterna paz. De fato, a tradução do Latim Vulgar para seu
hino é “Nunc Dimittis”, “[Você] agora [está] dispensado”
(NASB Study Bible, p. 1483). Paradoxalmente, essa finalida-
de é também um recomeço para o mundo inteiro.
No Afeganistão, tive o prazer de, por duas vezes, ensi-
nar Religiões do Mundo na Universidade de Maryland. Então,
deparei-me com sete religiões: hinduismo, budismo,
confucionismo, taoísmo, islamismo, judaísmo e cristianismo.
Os estudantes traziam formações e pontos de vista diferen-
tes em relação a uma série de assuntos. Dois aspectos cha-
maram a atenção, certa vez. Primeiramente, aqueles que acei-
tavam a idéia de que todas as religiões orientais (as primeiras
quatro) não têm problema algum em acreditarem que os
cristãos têm o direito de estarem diante de Deus, porque a
“salvação” não é definida em termos de redenção dos peca-
dos. Mais do que isso, eles têm tanto uma formação de igreja
secular ou nominal que mantêm a abordagem da universali-
dade da salvação.
O Pastor James Emery White de Charlotte, na Caroli-
na do Norte, escreve que existem muitas razões para o au-
mento dessa crença na multiplicidade de formas de Deus,
além de Cristo. Para começar, muitos aceitam a idéia de que
todas as religiões são basicamente a mesma. Outros argu-
mentam que, apesar de elas não serem a mesma coisa, Deus
54
CHAMADOS A TESTEMUNHAR

está apenas interessado em nossa sinceridade. Essa atitude


leva as pessoas a acreditarem que nenhum grupo religioso
tem o direito de reivindicar superioridade em relação a ou-
tro. Pessoalmente, sinto que essas razões pairam no ar pelo
fato de que a maioria das pessoas em nossa cultura (dois
terços de acordo com a pesquisa citada por George Barna)
não acredita na verdade absoluta (Veja “A Search for the
Spiritual, ‘Uma busca do espiritual’, pp. 88-98) Então, quem
está certo: Simeão ou um sincero homem moderno?

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Esta parte de Lucas é a única dentro dos Evangelhos
na qual nos preocupamos com o crescimento de Jesus de
acordo com a Lei (versículos 22, 23, 24, 27 e 39). Maria e
José aparentemente permaneceram em Belém durante esse
tempo para se manterem obedientes às estipulações legais,
demonstrando total fidelidade (Lucas 1,.45; Mateus 1.19).
Depois de o terem levado para fazer a circuncisão e de da-
rem nome a ele, no oitavo dia, o casal esperou até 44º dia
para levá-lo ao templo para a apresentação ao Senhor, de
acordo com os costumes de purificação, após o nascimento
de um filho.
Podemos perceber a miséria dos dois, pois eles ofere-
ceram dois pombos que custavam cerca de um décimo que
o usual cordeiro (veja Levíticos 12.2-8 para ver esse costu-
me e sua exceção). Essa apresentação soa familiar à dedica-
ção de Ana a Samuel quando ela proclama: “Por isso eu tam-
bém o entreguei ao Senhor; por todos os dias que viver, ao
Senhor está entregue. E adoraram ali ao Senhor.” (1 Samuel
1.28). Jesus é apresentado como um judeu. O primogênito é
redimido pelo sacrifício de acordo com Êxodo 13.2-12; é
uma reprodução da redenção experimentada por Israel du-
rante a Páscoa dos judeus.
Antes de Simeão começar de fato a profecia, Lucas
55
Lição 5 Sábado, 01 de Novembro de 2008

refere-se ao Espírito Santo estando sobre ele, revelando o


Cristo a ele e levando-o à presença de Jesus. Em termos de
caráter, ele é “justo e sincero.” Ademais, Lucas fala que está
“procurando pela consolidação de Israel”, provavelmente
numa referência direta a Isaías 40.1-2. A nação recebe con-
forto, alívio na guerra e perdão por suas iniqüidades. Ele é
como Maria e José; é um servo fiel à introdução do Messias
a Jerusalém. De acordo com a tradição, aconteceria, pro-
gressivamente, o sacrifício, a bênção, uma oferta pelo preço
da redenção da posição sacerdotal e, finalmente, uma bên-
ção final. (M.S. Mills, Exposition on Luke (Exposição em
Lucas) 2.22-24). Simeão dá a primeira bênção.
O conteúdo de sua mensagem é de fato poderoso. O
bebê é “Sua Salvação”, fazendo alusão ao plano exclusivo
de Deus. Ele é para “todas as pessoas”, ampliando a refe-
rência do anjo a Israel, exclusivamente no versículo 10. Os
gentios receberam a revelação que não tinham experimenta-
do antes. O ministério de Paulo é a confirmação dessa ver-
dade. Israel encontraria uma nova glória desde que enten-
desse a revelação. Talvez a eternidade nos céus tenha uma
nova visão quando Israel encontrar sua paz definitiva e a pre-
sença de Deus!
Depois de abençoar os pais, ele notou que Jesus “é
posto para queda e para levantamento de muitos em Israel”,
uma verdade confirmada por Jesus, em Lucas 20.17-18; por
Paulo, em 1 Coríntios 1.23; e por Pedro, em 1 Pedro 2.6-8.
Mesmo que ele trouxesse glória à nação, tornava-se também
um obstáculo. Finalmente, no versículo 35, ele fala do pro-
vável sofrimento de Jesus na cruz e da angústia que iria cau-
sar à sua própria mãe, “e uma espada traspassará a tua pró-
pria alma” (veja João 20.25-27).
Depois que Simeão completou a bênção, Lucas notou
que uma leal profetisa (a viúva Ana) oferecia suas palavras
56
CHAMADOS A TESTEMUNHAR

para agradecer a Deus pela redenção vinda para Israel. Ela


servia no templo; era uma mulher de jejum e de orações.
Jesus foi o redentor para essa raça perdida de pessoas, pro-
metido em Isaías 44.23 e 59.20. Mesmo como um pequeno
bebê recém-nascido, Jesus Cristo era digno de representar o
homem diante de Deus.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Deus honra aqueles que lhe obedecem, independente-


mente de seu status econômico. Maria e José não teriam
de ser pessoas ricas materialmente para serem usadas para
o propósito de trazerem o Salvador ao mundo.
2. O Espírito Santo age na vida dos íntegros, espiritualmente
falando. Os cristãos que desejam ouvir a voz de Deus
precisam se manter perto dele para estarem em alerta
quando lhes falar.
3. Jesus Cristo é o plano de Deus para a Salvação. Nós tive-
mos muitas discussões com aqueles que se opuseram, mas
a Palavra de Deus é clara. Jesus diz: “Eu sou o caminho,
e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim.” (João 14.6); “E em nenhum outro há salvação;
porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre
os homens, em que devamos ser salvos.” (Atos 4.12)

57
Lição 5 Sábado, 01 de Novembro de 2008

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explorar a resposta de Simeão ao nascimento do Messi-
as.
2. Ajudar os participantes a saberem que eles podem acre-
ditar em Deus, pois o nascimento do Messias mostra que
o Senhor mantém suas promessas.
3. Desafiar os participantes a testemunharem as promessas
que Deus realizou em suas vidas.

Atividade pedagógica
Encoraje os participantes a explicarem como as can-
ções de Simeão conectam-se com seus pensamentos e com
suas emoções. Convide-os a falarem com os outros sobre
Jesus Cristo em sua vida diária.

Revisando
A unidade explorou como o Chamado de Deus
foi recebido e posto em prática por Isabel, por
Zacarias, por Maria (a Mãe de Jesus) e por Jesus.

58
INSPIRADOS A INTERROGAR
Lucas 2.41-52
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 148. 7-14


Olhando simplesmente por uma janela, podemos per-
ceber a glória da Criação. Como o homem poderia imagi-
nar criar flocos de neve individuais, ou folhas de grama tão
diferentes? A temerosidade de Deus é colocada em sua Cri-
ação e expressa em voz alta o louvor a ele. A ciência pode
ter condições de repetir algumas de suas invenções, mas so-
mente o Senhor Deus é digno de louvor e deve ser muito
exaltado acima de todas as coisas da terra e acima dela.
Segunda-feira, Números 9.1-5
Esta passagem diz que os israelitas fizeram tudo como
Deus ordenara. Eu desejo que alguém possa olhar para trás
e dizer o mesmo. Anseio por fazer tudo “como Deus man-
dou”. Muitas vezes, as decisões que tomo não são de acordo
com sua lei. Eu fiz a escolha que parece mais fácil ou a mais
recompensadora; contudo, tantas vezes esqueci que a recom-
pensa final é muito maior que tudo que eu possa imaginar
aqui na terra!
Se seguirmos as instruções de Deus para celebrar cada
dia como um presente dele, e sintonizarmo-nos naquilo que
nos mandou fazer e dizer ao longo do caminho, acharemos
que cada dia é uma celebração.
Terça-feira, Êxodo 12.11-14
Esta passagem da Escritura pode ser muito difícil de
agüentar. Deus tomou conta de seu povo por meio de sacri-
59
Lição 6 Sábado, 08 de Novembro de 2008.

fícios de sangue de animais, mas muitos se perderam naquela


noite. Eles morreram por não saberem ou por não acredita-
rem no poder divino. E assim é hoje. Muitos não sabem da
salvação que nos foi dada pelo sangue de Jesus, e outros a
rejeitaram.
Nós temos a responsabilidade não só de celebrarmos
o presente da salvação de Deus pelo sangue de Jesus, como
também de espalhar pelo mundo a salvação oferecida pelo
sangue dele. Assim, muitas pessoas seriam salvas, e ninguém
pereceria por falta de conhecimento.
Quarta-feira, Lucas 2.41-45
Eu imagino se Jesus, aos 12 anos, compreendeu a co-
nexão da celebração da Páscoa dos judeus com sua própria
vida. Quando ele foi a Jerusalém com sua família e com os
amigos para as festas, imagino se sabia que, duas décadas
mais tarde, ele mudaria a celebração da Páscoa dos judeus
para sempre!
Algumas vezes, Deus chama-nos para nos separarmos
de nossas famílias e dos amigos, ao menos por um curto
período, para cumprirmos seus desejos. Se discernirmos esse
tempo e soubermos usá-lo para reflexão e para renovação,
retornaremos ao convívio dos amigos e dos familiares, chei-
os, encorajados e prontos para sermos uma grande parte
naquelas vidas.
Quinta-feira, Lucas 2.46-50
Você conhece alguém com doze anos? O que esse pré-
adolescente gosta de fazer? Poucos gostam de ler ou de es-
tudar; preferem estar com os amigos a fazerem dever de
casa ou estudar a Bíblia.
Quando nosso Salvador tinha essa mesma idade, ensi-
nava no templo, entre estudantes e professores. Os garotos
dos tempos bíblicos estavam começando a aprender os cami-
nhos para se tornarem homens, e ninguém ouviria um menino
60
INSPIRADOS A INTERROGAR

ensinando a adultos, especialmente no templo! Ainda assim,


lá estava Jesus, ensinando e mantendo a atenção dos homens
letrados.
Quando você é manso, Deus também tem condições de
usá-lo para ensinar aos outros sua Palavra e sua Sabedoria.
Sexta-feira, Lucas 2.51-52
Aqui nós vemos uma outra situação na qual são dados a
Maria ensinamentos para ela guardar em seu coração. Eu acre-
dito que, embora a Mãe de Jesus soubesse que ele era o Filho
de Deus, ela não entendeu completamente o que estava reser-
vado para sua vida.
Pense no tempo em que você guardava determinados
acontecimentos/situações em seu coração: uma festa de nas-
cimento de uma criança, um passeio por um jardim com um
amigo idoso, férias especiais ou um momento em que Deus
apareceu para você em oração ou por intermédio da Escritura.
Ao guardá-los em nossos corações, estocamos força e cora-
gem às quais podemos apelar quando for o tempo de desgosto
e de luta.

Sábado, Salmo 148.1-6


Deus não criou estranhezas; tudo foi feito para louvá-
lo e para completar seus propósitos. Cada um de nós tem
um propósito também. Não fomos colocados na terra para
ganharmos a vida simplesmente, para impressionar os ou-
tros ou para nos tornarmos famosos. Viemos para louvar a
Deus, a fim de proclamarmos sua grandeza. Deus é tão ma-
ravilhoso por nos dar bênçãos incríveis quando escolhemos
louvá-lo e proclamá-lo como nosso Senhor!
Comece cada dia em louvor a ele. Levante-se e louve-
o por você estar respirando, por ter uma casa para morar e
um outro dia para viver. Faça isso por uma semana e veja
como mudará sua atitude diante das adversidades, e o quan-
to mais completa e plena tornar-se-á sua existência.
61
Lição 6 Sábado, 08 de Novembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
2.41-52 Cap. 2 148

Verso áureo
Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não
sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?” (Lucas 2.49)

Núcleo da lição
Nós temos perguntas para as quais procuramos res-
postas. Como questionar se a comunidade de fé leva à matu-
ridade? Ao entrar em diálogo no templo, Jesus cresceu em
fé e em sabedoria.

Perguntas para o estudo do texto

1. Qual foi o acontecimento narrado neste texto? Quanto


tempo levou para José e Maria sentirem falta de Jesus?
Onde o encontraram?

2. Como a referência de Jesus à “casa de Meu Pai” indicou


sua relação especial com Deus?

62
INSPIRADOS A INTERROGAR

3. Quais as implicações desta passagem por ser o único tex-


to bíblico que se refere à infância de Jesus?

4. De que forma o diálogo entre Jesus e os professores ju-


deus pode ser visto como um modelo às nossas próprias
perguntas espirituais?

5. Por que é tão importante estar comprometido em passar


o tempo aprendendo e crescendo em nossa fé? Como você
fará para manter esse comprometimento?

63
Lição 6 Sábado, 08 de Novembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

É IMPORTANTE CRESCER
Lucas 2.40 e 52 ensina que Jesus estava “crescendo em
sabedoria”, mesmo como um menino. Esses versos resu-
mem seus desenvolvimentos físico, social e espiritual. Ele dá
um modelo para crescer. Em linguagem similar, descreve
João Batista no capítulo 1 verso 80. No versículo 47, Lucas
acrescenta que aqueles que estavam discutindo a Lei com ele
ficaram maravilhados com seu domínio, com a compreen-
são e com suas respostas. O mesmo pode ser dito de nós?
Em nosso mundo, existem formas de medir o crescimento:
exames e papéis em escolas; avaliações no trabalho; exames
médicos; negócios comparam as margens de lucro. Toda-
via, é mais difícil medir os crescimentos social e espiritual
objetivamente.
O Apóstolo Paulo, que tem todos os requisitos edu-
cacionais, fala de si mesmo como uma criança no campo
espiritual ao se tornar cristão. No então, ele “acabava com
sua infantilidade” à medida que amadurecia (1 Coríntios
13.11). Infelizmente, os coríntios crentes são descritos como
inábeis para digerirem comida sólida, acreditando apenas
no leite espiritual (1 Coríntios 3.2). O autor da carta aos
hebreus encontra a mesma imaturidade em seus leitores
(Hebreus 5.11 a 6.1).
De um ponto de vista objetivo, eu acredito que exis-
tam duas maneiras válidas de medir os níveis de crescimen-
tos social e espiritual. Primeiramente, tendo um parceiro
responsável, é essencial avaliar o crescimento e colocar um
fim no comportamento nocivo. Isso pressupõe que nós te-
mos uma pessoa na qual estamos ansiosos por confiar e vice-
versa. A segunda maneira válida é se perguntar se você está
sendo transformado na imagem de Cristo. Não significa ne-
64
INSPIRADOS A INTERROGAR

cessariamente que você encontrou um livro de disciplinas


espirituais (oração, Estudo Bíblico, servidão, você escolhe...);
mas é a verificação de que cumpriu seu dever, e não apenas
que está “respeitando as regras” (incluindo a guarda do sá-
bado). “O limite marca espiritualmente” e pode ser perigo-
so se ele leva a uma simples “pseudotransformação”.
O autor John Ortberg declara que os homens desta
categoria “não são marcados por grandeza e por grandes
quantidades de amor e de alegria” e “olhará inevitavelmente
por formas alternativas de se distinguir” visivelmente de não-
cristãos (The Life You’ve Always wanted [A vida que você sempre
quis], pp. 30-31). Aumentar o amor e a alegria indica que Cristo
é o centro de nossa vida espiritual, e que você está desenvol-
vendo sua relação com ele.

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Muito pouca informação foi dada, nas Escrituras, so-
bre a infância de Jesus. Mateus 2.23 simplesmente menciona
que José mudou-se com sua mulher e com o filho de Nazaré
para o Egito, depois de ter sido instruído, em sonho. Contu-
do, não dá detalhes. O versículo 40 meramente resume doze
anos de vida com uma série de frases indicando que a infân-
cia de Jesus foi muito formal, embora se acrescente que “a
graça de Deus estava sobre ele.”
Não sabemos se Jesus tinha conhecimento de seu cha-
mado especial antes da viagem com seus pais. Lucas diz que
Maria e José eram obedientes ao viajarem para Jerusalém
para a Páscoa dos judeus. A criação judaica de Jesus pode
ser deduzida por essas curtas narrativas.
Homens adultos foram solicitados pela Lei para com-
parecerem a três grandes festivais: a Páscoa dos judeus, ao
Pentecostes e ao censo. Destes, o primeiro era o mais im-
portante. Então, mesmo que a distância fosse um problema,
uma tentativa especial era feita. Nesta passagem, focaliza-se
65
Lição 6 Sábado, 08 de Novembro de 2008.

Jesus com doze anos. Ele acompanhava os pais na viagem,


talvez pela primeira vez, embora isso possa não ser certo.
Os costumes estipulavam que os meninos que atingiam essa
idade participavam do bar-mitzvah2 para se tornarem “um
filho da lei”. M.S. Mills especula que a cerimônia podia ex-
plicar a confusão do paradeiro de Jesus. Se fosse o caso, ele
viajaria para Jerusalém com Maria como um menino; então,
esperar-se-ia que ele voltasse a Nazaré com José como um
homem (Exposição em Lucas 2.41-50). Um total de três dias
inteiros passou depois de eles, finalmente, encontrarem-no
no templo.
Maria e José, provavelmente, partiram depois dos dois
primeiros dias da Páscoa, na qual todos os elementos rituais
aconteceram. Os sacerdotes usavam, normalmente, parte do
restante da semana para responderem a perguntas da popu-
lação em geral (ibid). Foi talvez durante esse tempo limitado
que Jesus “ficou para trás” (literalmente ficou, de forma in-
tencional) para se juntar aos professores. Lucas é pelo me-
nos sutil ao apresentar Jesus como sendo consciente de sua
relação especial com o Pai Celestial em sua juventude. Ao se
juntar aos professores, que tinham pelo menos 10 anos de
educação formal e o equivalente a doze de treinamento na
lei rabina, Jesus maravilhou-os. O original em grego sugere
que os olhos deles estavam inchados, como se estivessem
caindo. (Word Pictures in the New Testament [Palavras figuradas no
Novo Testamento], Lucas 2.47). Maria e José ficaram também
atônitos quando finalmente o reencontraram. As explicações
do Evangelho estão cheias de exemplos nos quais se vai além
de detalhes legais mecânicos da Lei para atingir o âmago de
seu significado.
Note que Maria falou ao filho, ao invés de José. Quiçá
tivesse uma relação emocional mais próxima de seu filho
que com o pai legal, ou talvez apenas estivesse reagindo à
66
INSPIRADOS A INTERROGAR

sua emoção muito forte. Suas palavras são uma forma de


censura, uma maneira de perguntar a ele se estava a par da
situação, ou seja, que suas ações eram um sinal de desrespei-
to e de falta de consideração. Sem dúvida, Maria preocupa-
va-se com a idéia de o filho encontrar problemas ao longo
do caminho, já que era notório para ambos a ação de assal-
tantes e o terreno difícil. A resposta de Jesus indica que, mes-
mo que não soubesse de sua relação especial com o Pai
Celestial, agora se mostrava consciente de sua missão.
Lucas é bem cuidadoso ao notar que Jesus não deso-
bedecia ou agia inapropriadamente. Ao regressar a Nazaré,
ele permaneceu submisso a seus pais terrenos. Há também
uma forte evidência de que tenha entrevistado Maria como
testemunha ocular, anos mais tarde; afinal, de acordo com o
versículo 50, nenhum pai ou mãe entenderia sua explicação
em relação a seu paradeiro naquela época. Além disso, foi
dito que ela “guardava todas essas coisas em seu coração”,
como foi o caso no versículo 2, 19, quando os pastores visi-
taram seu bebê.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Jesus dá um modelo ideal de crescimento espiritual. Pro-


cure meios de medir seu próprio progresso, que é objeti-
vo, e leva a transformações real e espiritual.
2. Maria e José são exemplos de pais que desejam seguir os
princípios do livro dos Provérbios 22,6. Por isso, o casal
“instrui o menino no caminho em que deve andar, e até
quando envelhecer não se desviará dele”. Que nós tente-
mos criar nossos filhos de maneira similar, transmitindo-
lhes a base espiritual.
3. Esteja sempre a par das atividades que você tem de rea-
lizar com seu Pai Celestial. É essencial ser sensível à sua
voz e à sua presença.
67
Lição 6 Sábado, 08 de Novembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explore a história do aprendizado de Jesus no templo.
2. Ajude os participantes a entenderem a relação entre a
informação e o crescimento espiritual.
3. Desafie-os a se comprometerem com um aprendizado vi-
talício na comunidade de fé.

Atividade pedagógica
Faça com que os participantes discutam a importân-
cia do estudo bíblico e outros treinamentos espirituais na
Igreja. Estude a arquitetura, a história e os vários sentidos
associados ao templo judeu em Jerusalém. Discuta a relação
entre sabedoria e maturidade.

Olhando adiante
Aprendendo a responder à oposição com amor.

2)
Bar-mitzvah é o nome dado à cerimônia que insere o jovem
judeu como um membro maduro na comunidade judaica.Quando
uma criança judia atinge a sua maturidade (aos 12 anos de idade,
mais um dia para as raparigas; e aos 13 anos e um dia para os
rapazes), passa a tornar-se responsável pelos seus atos, de acordo
com a lei judaica. Ao completar 13 anos, o jovem judeu é chamado
pela primeira vez para a leitura da Torah (conhecido como
Pentateuco pelos cristãos). Antes desta idade, os pais são os
responsáveis pelos atos dos filhos. Depois desta idade, os rapazes e
moças podem finalmente participar em todas as áreas da vida da
comunidade e assumir a sua responsabilidade na lei ritual judaica,
tradição e ética.
68
INSPIRADOS A AMAR
Lucas 6.27-36
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 37.1-11


Sempre tive problemas por ser quieta. Em pequena, ti-
nha um tio que me prendia quando eu corria ao redor da casa
de meus avós, durante os encontros dos feriados. Ele fazia-me
ficar sentada, parada, por um minuto. Eu achava que iria mor-
rer! Naturalmente, se me mexesse ou lutasse, ele reiniciava o
tempo até que eu ficasse completamente imóvel, durante todo
aquele castigo. Imagino que eu realmente não tenha mudado
muito como adulta... Não corro mais pela casa, nos encontros
de família, mas raramente estou parada. Sempre tenho de estar
fazendo alguma atividade.
Deus está esperando por nós o tempo suficiente para
ouvi-lo nos dizer o quanto nos ama, ou para sussurrar suas
promessas. Mas ele é um cavalheiro e raramente grita além dos
ruídos e dos movimentos da vida para ser ouvido. Bem dife-
rente de meu tio, nosso Senhor não nos prenderá ou manter-
nos-á no seu colo para que paremos de lutar para ouvi-lo. Ele
espera que nós sigamos até ele e fiquemos quietos perante sua
presença.
Segunda-feira, Levíticos 19.17-18
Deus deseja que o amemos acima de todas as coisas. E,
também, que amemos uns aos outros como ele ama cada uma
de nós. Esse amor verdadeiro torna-se não uma atitude de ar-
rogância ou de orgulho, mas uma certeza de que Deus é o bas-
tante para nós. À proporção que ficamos cheios de sua graça e
de seu amor, paramos de ansiar pelo que os outros têm; e tam-
bém não guardamos raiva dos outros por causa do desconten-
69
Lição 7 Sábado, 15 de Novembro de 2008.

tamento de nossos corações.


Terça-feira, Lucas 6.27-28
Orar é, provavelmente, a ferramenta mais importante e
vital para que efetivemos mudanças, tanto nos outros quanto
em nós mesmos. Quando lutamos contra os “inimigos”, deve-
mos orar. Orar para que eles mudem é o plano mais óbvio de
ataque, por assim dizer. Mas, nessas situações, devemos tam-
bém rogar por mudanças dentro de nós mesmos.
Deus tem um plano, em cada circunstância, para nos
ajudar a crescer e, mais adiante, para entrarmos em seu Reino.
Nem todo mundo será nosso amigo, mas temos a oportunida-
de de tocar a vida de cada pessoa e de mostrar o amor de Deus
para ela, de uma maneira positiva. Pela oração, podemos per-
mitir que Deus suavize nossos corações e talvez possamos
aprender a amar aqueles que nos maltratam.
Quarta-feira, Lucas 6.29-30
Deus dá uma ordem muito grande nesta passagem. A
verdadeira humildade exibe-se quando não pensamos duas
vezes sobre deixar as pessoas tirarem tudo de nós. Somos pes-
soas muito possessivas, e isso vai de encontro a cada grão de
nossa natureza humana, ao não reagirmos quando alguém quer
tirar o que é nosso.
Enquanto isso, lutamos pela idéia de lealdade como
seres humanos. Deus não promete ser justo somente por
ser. Ele trará a justiça para os malfeitores em seu próprio
tempo. Não nos cabe cuidar das coisas. E, algumas vezes, o
amor que demonstramos aos outros, em situações de injus-
tiça, trará para eles Cristo e seu amor.
Quinta-feira, Lucas 6.31
Esta “regra dourada” é muito difundida, não apenas
pelos cristãos como também pelos incrédulos. Quando ana-
lisamos a vida de Jesus e a maneira como tratava as pessoas,
identificamos algumas situações e circunstâncias extraordi-
70
INSPIRADOS A AMAR

nárias, nas quais ele permitiu que o amor brilhasse por meio
daqueles que eram evitados por todos ao seu redor. Anali-
sando este versículo, penso a respeito de não maltratar as
pessoas. E acho que Deus pretende que pensemos na manei-
ra como as estamos tratando – e não somente em não as
maltratar. Deveremos pensar em tratar aqueles a quem o
mundo vê como não-merecedores com o amor que gostarí-
amos que os outros nos dedicassem.
Sexta-feira, Lucas 6.34-36
A palavra graça aparece 124 vezes na Bíblia, incluindo
as citações nos lembretes, ressaltando que nossa salvação é
devido à graça de Deus e não, a alguma coisa que nós faze-
mos por conta própria (Efésios 2.8). E a graça divina, ele
espera que a partilhemos com os outros. Trata-se de dar-se
total e completamente, sem almejar o que podemos receber
em troca. Deus quer que nos entreguemos aos outros, mes-
mo que eles não mereçam. Assim, iremos abençoá-los e
exemplificaremos a suprema graça que Deus oferece aos que
a receberão.
Sábado, Salmo 37.35-40
Deus quer ser nossa força e nosso provedor. Age em
nossas vidas para afirmar que fará sempre o certo por nós,
mas nem sempre em nossa época, tampouco nesta existên-
cia. Pode ser difícil olhar ao redor e ver pessoas que não
amam a prosperidade do Senhor. Em todo o lugar há uma
pessoa censurando Deus e seus caminhos e, ainda assim, ela
torna-se mais rica e famosa. Enquanto isso, observamos a
luta dos crentes para promoverem encontros finais ou en-
frentando problemas de doenças incuráveis. Nem sempre
entendemos os caminhos divinos; contudo, devemos com-
preender que ele fará o que precisa ser feito no seu devido
tempo.
71
Lição 7 Sábado, 15 de Novembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
6.27-36 Cap. 6 37

Verso áureo
“Amai, porém a vossos inimigos, fazei bem e
emprestai, nunca desanimando; e grande será a vossa recom-
pensa, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até
para com os ingratos e maus.”(Lucas 6.35)

Núcleo da lição
Toda pessoa precisa aprender como expressar o amor
aos outros. O que Jesus ensina a respeito de amar os inimi-
gos? Ele transmitiu a seus discípulos a necessidade de ama-
rem os inimigos, de fazerem o bem àqueles que os odeiam e
de fazerem aos outros o que eles queriam que fosse feito a
eles.

Perguntas para o estudo do texto


1. Por que alguns adultos são tão hesitantes ao expressarem
amor aos outros? Por que se torna árduo amar certas pes-
soas? Por que é tão difícil praticar ou entender o concei-
to de amar os inimigos?

2. Que pessoas você admite ser difícil de amar? Por que


encontra tão pouca motivação para vê-las com os olhos
do amor?

72
INSPIRADOS A AMAR

3. De que forma esta passagem remete ao princípio de que


os seguidores de Jesus não revidariam? Que exemplos
são citados sobre evidenciar o não-revide?

4. De que maneira este texto atrasa os ideais de amor, de


perdão e de generosidade?

5. Como crente, de qual maneira você pode ser chamado a


sofrer injustiça sem revidar? O que Jesus oferece como
recompensa àqueles que não procuram apenas sua pró-
pria vitória?

73
Lição 7 Sábado, 15 de Novembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

UM DILEMA DA VIDA REAL


Estou escrevendo isto ainda no Afeganistão. Ontem,
fui para outra base a fim de realizar cultos. Um funcionário
executivo de lá dissera que haviam três soldados envolvidos
no ataque de bomba suicida, em uma de suas escoltas, dois
dias antes. Eu tinha visto o resumo e as fotos em uma das
reuniões da equipe; portanto, estava preparado para qual-
quer discussão. Bem próximo ao fim da visita, um soldado
puxou-me para o lado e disse:
- Você tem um minuto?
- Certamente; nós não partiremos antes de meia hora.
– respondi-lhe.
Ele sentou-me em seu escritório e prosseguiu:
- Eu sou um dos soldados.
Eu fiquei chocado, porque não tinha perguntado os
nomes deles durante o culto. Esse Oficial do Exército, filho
de um pastor, confirmou-me que tinha lutado com sono.
Suas emoções estavam no limite! A bomba suicida aconte-
cera duas horas depois de a equipe de trabalhadores na re-
construção ter feito um evento num centro, o qual celebrava
um novo começo, a cooperação de segurança na Província
Khowst. Ele sabia como deveria responder como cristão.
Ainda que tenha visto seu veículo quase destruído, sentiu o
desejo de matar qualquer um da área que não fosse america-
no. Sentia mágoa no coração em relação às pessoas. Antes
de orar com ele, confessei que, à proporção que viajava pelo
país por nove meses e meio, eu estava desenvolvendo certo
cinismo. Vi progressos econômico e social em várias fren-
tes, mas uma das coisas que me aborrece é o fato de que a
maioria das pessoas parecia passiva quanto ao terrorismo,
74
INSPIRADOS A AMAR

desejando receber notas da imprensa da América sem ter


responsabilidade pelo futuro do país.
Para grifar essa emoção, meu Capelão da Brigada e eu
tivemos um compromisso com o um supervisor do
Afeganistão (chamado por eles de Mullah), há menos de duas
semanas. A conversa fora unilateral – como podem os sol-
dados americanos em seu país mostrarem respeito por sua
cultura e pela religião? Ele enfatizou a importância de vencer
os corações e as mentes das pessoas, filtrando informações e
conceitos por meio dos líderes religiosos locais. E o desen-
volvimento econômico, as campanhas de informações –
operações, aperfeiçoamento da infra-estrutura? Bem, mas
eles não irão mudar fundamentalmente o fato de que o
Afeganistão é ainda um país muçulmano aberto às liberda-
des social e religiosa a que nós contamos como certas, sendo
nós americanos. Assim, os capelães como eu e muitos de
nossos soldados honestamente perguntamos: “Para que
estamos lutando?” Então, os cristãos têm que olhar ao redor
e perguntar: “Estamos sendo como Cristo em sentir esse
cinismo, essa mágoa?”

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Lucas 6.27-36 é uma parte do sermão de Jesus na pla-
nície, em 6.20-49; e corresponde a muitos dos mesmos pen-
samentos registrados em Mateus 5.39-48, parte do Sermão
da Montanha. Jesus proporciona-nos uma instrução muito
prática sobre como lidar com os outros, como os tratar,
especialmente aqueles que não retornam o tratamento com
amor. À medida que interpretamos as declarações específi-
cas, devemos lembrar que, historicamente, Jesus falava a seus
discípulos num momento em que estavam prestes a enfren-
tarem a perseguição para proclamarem sua mensagem. Pro-
curemos por princípios enquanto estivermos sendo cuida-
75
Lição 7 Sábado, 15 de Novembro de 2008.

dosos em evitar uma hipérbole literal.


Os versículos 27 e 28 apresentam quatro verbos de
ação – amar, fazer o bem, abençoar e orar – referentes àqueles
que não estão merecendo bondade. O Apóstolo Paulo re-
gistra instruções similares em Romanos 12.14-21; sua pre-
missa tem duas faces: Deus terá vingança sobre os malfeito-
res e é melhor suplantar o mal com o bem do que retaliar.
Pedro diz aos seus leitores, em 1 Pedro 4.12-19, para
rejubilarem-se em seus sofrimentos em favor de Cristo, por-
que são bênçãos que o glorificam. Confiar nos cuidados do
Senhor é essencial de acordo com cada uma destas passa-
gens.
Eles desejavam submeterem-se a um tapa na face di-
reita (um sério insulto no Antigo Oriente), bem como na
esquerda. Os discípulos deviam desistir daquilo que era de-
les. Seja em referência a pedintes, seja a pobres procurando
suprimentos, ou apenas a criminosos comuns, Jesus ensina
uma completa generosidade. Isso descreve uma atitude de
coração maior do que encontrar restrições mínimas da lei.
O último comando de Lucas, no versículo 31, não contém a
referência à Lei e aos Profetas, registrada em Mateus 7.21;
nós não citamos isso com freqüência como sendo a “Regra
Áurea”, mesmo que ela seja.
Jesus está dizendo a seus discípulos para serem melho-
res. “Pecadores” ou aqueles da sociedade, no dia-a-dia, po-
dem demonstrar amor e fazer o bem aos que os amam. Não
requer esforço emprestar às pessoas quando você espera
receber algo em troca. Débitos tinham de ser perdoados no
sétimo ano (de acordo com Deuteronômio 15.9); muitos
credores seriam tentados a recusar dar assistência às pessoas
que eles sabiam que não poderiam pagar. O desafio para
eles era desejar perder alguns de seus recursos se ele promo-
vesse a causa da misericórdia.
76
INSPIRADOS A AMAR

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Nosso objetivo na vida não é receber tanto quanto po-


demos. Esta passagem cita outras dos Evangelhos
Sinóticos nos quais Jesus tem de dizer a seus discípulos
que eles são chamados a servirem, talvez a sofrerem e
a serem o mínimo (ver Mateus 19.27-30 e 20.25-28 e
Marcos 8.34-38 e 10.17-31 como um começo). Trata-
se de tirar o foco de si próprio e colocá-lo no interesse
dos outros.
2. Quando vemos injustiça em nossa direção, nossa res-
posta é ser alguém misericordioso e amoroso, não a
retaliação. Comentando sobre o paralelo do Sermão
da Montanha, Oswald Chambers afirma: “Nunca pro-
cure o certo nos outros homens, mas nunca deixe de
ser certo você mesmo. Nós estamos sempre procuran-
do justiça; o ensinamento do Sermão da Montanha é
nunca ivraa-la, mas nunca deixar de ivr-la”. (His Ultimost
for his highest, julho 14).
3. Cada encontro pessoal é uma oportunidade de mos-
trar misericórdia. Paulo diz, em Efésios 2.4-9 e em Tito
3.4-7, que nossa salvação e os benefícios que a acom-
panham derivam da misericórdia de Deus para nós.
Deve o Senhor esperar algo menor que esse padrão de
nós, seja em nossa cidade natal, seja em um lugar na
metade do caminho ao redor do mundo, no
Afeganistão?
4. Confie na habilidade de Deus em ivra-lo das dificulda-
des que possam surgir por você ser misericordioso e
desinteressado. Assuma o risco inerente de “ser usa-
do” por alguém.

77
Lição 7 Sábado, 15 de Novembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explore os significados do amor que Jesus ensinou.
2. Ajude os participantes a perceberem que as pessoas que
eles não gostam merecem ser amadas.
3. Encoraje os participantes a praticarem alguma ação para
alguém, algo que gostariam que tivesse sido feito a eles.

Atividade pedagógica
Leve os participantes a ouvirem uma leitura do texto
e digam que conceitos falam mais alto a eles. Resuma a bio-
grafia de alguém cujo padrão de vida modelou o amor de
seu inimigo. Encoraje os membros da classe a dizerem por
que é difícil expressar o amor aos inimigos. Peça àqueles que
acharam caminhos criativos de mostrarem amor a um ini-
migo para dizerem como o fazem.

Olhando adiante
Encontre um ouvinte em nosso Pai Celestial.

78
INSPIRADOS A ORAR
Lucas 11.5-13
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 28.6-9


O Senhor deseja ardentemente ser nossa força e quer
nos proteger do perigo, da tristeza e do pecado. Mas temos
confiar nele para receber a força somente ele pode dar. É
pela oração que recebemos o revestimento de nosso Salva-
dor. Quando iniciamos o dia com uma oração, permitimos
que Deus comece a nos proteger de qualquer perigo que
possa estar diante de nós. E, por todo o dia, ele continuará a
ser nosso escudo de proteção e nossa força para nos manter
para cima quando nos sentirmos desencorajados ou fracos.
No final do dia, banhados na oração, olharemos para trás
com agradecimentos e com elogios a ele por nos proteger e
por nos dar força durante todo aquele período!

Segunda-feira, Lucas 11.1-4


Os discípulos de Jesus queriam aprender com ele e
agradá-lo. Então, não é surpresa que tenham pedido que lhes
ensinasse a orar. A forma como os ensinou indicou os fun-
damentos mais importantes para ele e para seu Pai. Algumas
vezes, dizer a oração do Senhor parece mecânico, pois per-
demos o sentido do que foi dito.
Nesta semana, separe algum tempo para analisar a
Oração do Senhor de uma forma nova; talvez imagine Jesus
falando as palavras para você como fez com os discípulos.
Então, diga-a com sinceridade para Deus que enviou seu
Filho para nos ensinar, a fim de dar sua vida por nós.
79
Lição 8 Sábado, 22 de Novembro de 2008.

Terça-feira, Lucas 11.5-8


A persistência pode nos trazer muitas conquistas na
terra. Aliada aos hábitos saudáveis de nos alimentar, ela pode
levar à perda de peso, ao decréscimo dos níveis de colesterol
e de açúcar no sangue. Persistência com exercício torna-nos
saudáveis e em forma, dando-nos mais energia e mais anos
de vida. Muitas crianças descobrem a persistência quando
querem alguma coisa; e, freqüentemente, convencem seus
pais a cederem embora eu não acredite que Deus, alguma
vez, seja convencido e ceda. Creio que ele deseja que nós
sejamos persistentes na oração. E o Senhor sempre respon-
derá a elas! Algumas vezes, não na hora que queremos, mas
ele sempre ouve e responde. Persistência na oração leva à
bondade divina.

Quarta-feira, Lucas 11.9-12


Você já se sentiu culpado por não acreditar que algu-
mas coisas não são importantes o suficiente para orar por
elas? Eu posso ser uma mulher muito independente e, por
isso, pedir ajuda torna-se muito difícil para mim. Há dois
aspectos errados nisso. Primeiramente, não pretendemos
encarar a vida sozinhos. Deus criou Eva, porque ele não acha-
va bom Adão permanecer só. O Senhor pretende que nos
apoiemos diariamente, não somente nas horas difíceis. Pre-
cisamos uns dos outros e devemos aprender a aceitar a aju-
da do outro.
A outra pergunta a ser feita a si mesmo é a seguinte:
quando você sente-se relutante em pedir ajuda, essa situação
é semelhante à de seu amigo ou de um membro da família,
que não pediu sua ajuda?
Quinta-feira, Lucas 18.1-17
Podemos aprender uma lição com as crianças. Elas
não têm fingimento ou problemas em perguntar o que que-
80
INSPIRADOS A ORAR

rem ou do que precisam. Lembro-me de uma, na pré-esco-


la, que contava que tinha orado por um membro doente da
família. Em uma determinada vez, ela veio à aula e disse que
o familiar estava bem. Sentia-se bastante alegre, mas não ha-
via surpresa para ela. No seu coração puro, sabia que seu
pedido seria atendido. Deus deseja que nós sejamos assim.

Sexta-feira, Lucas 11.13; Atos 2.1-4


O que seria de nossa vida sem o Espírito Santo? Os
fiéis divergem quanto ao significado do Espírito Santo des-
cendo sobre nós. Quaisquer que sejam os detalhes dos que
acreditam em como ele manifesta-se nos fiéis, penso que to-
dos podem concordar que, sem ele, nosso caminhar diário
seria vazio. Deus deu o Espírito Santo como nosso guia e
companhia por toda a nossa existência. Ele preencherá nos-
sas vidas, todos os dias, dando-nos a confiança e o apoio
necessários para sermos seguidores de Deus.

Sábado, Salmo 138.1-3


Nossa sociedade está infestada de “deuses” inventa-
dos pelo mundo. Dos deuses de outras religiões aos que cri-
amos para nós mesmos em trabalhos insignificantes, temos
muitas coisas para nos desviar do Deus verdadeiro. Mas há
somente um Senhor merecedor de todo o nosso louvor, e
nós devemos louvá-lo dentre todos os outros deuses. Olhe
em 1 Reis 18, quando Elias ficou diante dos profetas de Baal
e clamou ao verdadeiro Deus; veja como ele louvou-o aci-
ma dos outros e como o Senhor lhe respondeu. Muitas pes-
soas voltaram-se para Deus naquele dia.
Quando clamamos ao Deus verdadeiro e proclama-
mos seu nome, como Elias fez, o Senhor torna-nos audaci-
osos diante dos inimigos. Ele abençoa-nos quando o bendi-
zemos, levando outras pessoas ao Senhor.
81
Lição 8 Sábado, 22 de Novembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
11.5-13 Cap. 11 28

Verso áureo
“Pelo que eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai e
achareis; batei, e abrir-se-vos-á”. (Lucas 11.9)

Nucleo da lição
Nós desejamos ardentemente uma relação com alguém
que se importe conosco, o bastante para ouvir e para res-
ponder às nossas necessidades. Quem devemos procurar?
Jesus ensinou que temos um Pai amoroso e celestial a quem
podemos, persistentemente, levar nossas necessidades e os
desejos do coração.

Perguntas para o estudo do texto

1. Na parábola, Jesus menciona que um amigo pede pão.


Qual o propósito desse pedido? Por que o vizinho recu-
saria o pedido? Por que o aborrecido vizinho cedeu?

2. O que esta parábola ensina sobre o dom do Espírito San-


to?

82
INSPIRADOS A ORAR

3. A comparação de Jesus vai dos amigos aos pais. Isso aju-


da a quem está ouvindo a desenvolver um profundo en-
tendimento do desejo de Deus em nos dar o que precisa-
mos?

4. O que Jesus ensina sobre o foco da oração? Por que nos-


so pedido deveria ser o desejo pelo Espírito Santo?

5. De que forma deveríamos persistir ao pedir, ao procurar


e ao ir ao encontro de um relacionamento com Deus que
deseja nosso bem?

6. De que maneira contamos com o amor, com a sabedoria,


com a presença e com o apoio de Deus quando a respos-
ta dele às nossas orações não parece ser o que espera-
mos?

83
Lição 8 Sábado, 22 de Novembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

O MAIOR DESAFIO – A DISCIPLINA ESPIRITUAL


Um dos meus grupos de estudo da Bíblia, em Salerno,
no Afeganistão, vinha trabalhando com o livro The Life you’ve
always wanted: Spiritual Disciplines for Ordinary People [A vida que
você sempre desejou: disciplinas espirituais para pessoas comuns], do
Pastor John Ortberg. Ele faz observações muito importan-
tes em relação a hábitos dos cristãos na cultura moderna.
Primeiramente, muitos gostam da “Oração do Pai Nosso”
quando está desesperado ou em crise.
Orações de desespero têm sido o começo de uma vida
espiritual para muitas pessoas. Mas essas preces não são sufi-
cientes para sustentarem uma vida espiritual. Muitos de nós
caímos nesse padrão e somente oramos em momentos de
crise ou de dor; no restante do tempo, confiamos em nossa
própria força e na inteligência (p. 92).
Alguns provavelmente esperam ou desejam que orar
seja fácil; todavia são necessários disciplina e esforço. Ou-
tros hábitos podem contar com desafios também. Você en-
contra razões para perder o companheirismo dos fiéis na
igreja; o tempo de sua leitura diária da Bíblia é ocasional-
mente perdido por causa da fatiga ou de um conflito em sua
agenda; introvertidos com freqüência sentem que testemu-
nhar não é para eles. Contudo, podemos encontrar maneiras
de superar os desafios. Muitos de nós temos oportunidades
de passar o tempo com cristãos durante a semana; nós po-
demos perceber ajuda, em todo tipo de estudo da Bíblia,
pela própria mídia. E nossas vidas atuam como testemunha
mesmo se nós não pudermos usar palavras, como no
Afeganistão. Se você não ora, não tem uma forma “substitu-
ta” de preencher o vazio. Em Lucas 11.1, os discípulos pe-
dem a Jesus para ensinar-lhes a orar. Então, a disciplina tinha
84
INSPIRADOS A ORAR

de ser um desafio para eles também.

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Lucas 11 registra Jesus apresentando dois sentidos para
responder à pergunta deles. Os versículos 2-4 são uma ver-
são condensada do então chamado “Modelo de Oração”
visto em Mateus 6.9-13. Depois, ele usa uma parábola e sua
interpretação para dar instrução; isso é similar em Mateus
7.7-12. Um homem precisa de três pães de um amigo. Ele
vai até ele à meia-noite; então, o vizinho não quer ajudar,
porque seus filhos já estão na cama, e não pretende ser inco-
modado. Jesus afirma: “...todavia, por causa da sua
importunação, levantar-se-á e dar-lhe-á quantos pães ele pre-
cisar.” (Lucas 11.8).
Lucas também afirma a idéia em outra parábola, 18.1-
8, na qual se refere a uma viúva que sempre ia a um juiz não-
temente a Deus e desrespeitoso ao homem. Assim como o
amigo no capítulo 11, o juiz cede no final e diz: “esta viúva
está me aborrecendo; vou fazer- lhe justiça para que ela não
venha mais me importunar.” (Lucas 18.5) Em ambos os ca-
sos, Jesus usa a idéia de contraste, no lugar da comparação,
para ilustrar seu ponto de vista. Muitas parábolas pegam um
exemplo do cotidiano e comparam-no com um princípio
espiritual. Essas duas instâncias ensinam a persistência na
oração; mostram que, se para as pessoas que são diferentes,
Deus eventualmente cede, quanto mais um Pai amoroso e
celestial em relação aos pedidos de seus filhos.
Embora o Novo Testamento não ofereça uma tre-
menda quantidade de detalhes sobre a persistência pessoal
de Jesus na oração, encontramos alguns exemplos. Tanto em
Mateus 4 quanto em Lucas 4 afirma-se que ele passou 40
dias e noites em oração, jejuando no deserto. Em Lucas 6.12
diz-se: “Ele retirou-se para o monte a fim de orar; e passou
a noite toda em oração a Deus.” Em Hebreus 5.7, resume-se
85
Lição 8 Sábado, 22 de Novembro de 2008.

a angústia no Jardim do Getsêmani: “Ele, tendo oferecido,


com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que
podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua
reverência...” Além disso, Paulo fala aos cristãos para “ora-
rem sem cessarem”, em 1 Tessalonicenses 5.17 e acrescenta:
“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo se-
jam vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração
e pela súplica com ações de graças...”, em Filipenses 4.6. Ele
orou “noite e dia” para Timóteo (2 Timóteo 1.3).
Lucas conecta a persistência com verbos de ação, no
versículo 9. Você tem de pedir para receber; procurar para
encontrar; bater para a porta abrir. Isso vai ao encontro da
filosofia moderna de “chame e reivindique”, que pode criar
a expectativa de uma rápida e fácil resposta. John MacArthur
defende: “Nós não somos ouvidos por nossas muitas pala-
vras, mas pelo implorar de nossos corações. O homem que
foi até seu amigo e pediu pão não recitou alguma fórmula
requerida; ele implorou por aquilo de que precisava. O mes-
mo é verdadeiro em relação à viúva; ela implorou pela pro-
teção de alguém que tinha o poder de responder a seu pedi-
do. Uma oração persistente e contínua, que vem da parte
mais íntima de nosso ser, é o que move o coração de nosso
compassivo e amoroso Deus.” (Alone with God, “Chapter One
– A heart Set on God: Fervency in Prayer [Sozinho com Deus, “Ca-
pítulo 1- Um coração fixado em Deus: Devoção na Oração”]).
Além disso, essa persistência corre paralela ao instinto
paterno de prover as necessidades dos filhos, como Jesus
relata nos três versículos seguintes. Deus dá o Espírito San-
to; em Mateus 7.11, ele diz que o Pai dar-nos-á “O que é
bom”. Ainda assim, Jesus não está nos oferecendo um mate-
rial automático para a prosperidade. Algumas vezes, coisas
de nosso mundo parecem ser significantes, como dinheiro,
posses, poder, talento e gastar, mas não são itens necessários
para termos um relacionamento próximo de Cristo. Então,
86
INSPIRADOS A ORAR

o Pai pode não conceder.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Triunfar na oração é persistência. Spurgeon argumen-


ta: “Se triunfarmos, teremos de persistir; teremos de
continuar incessante e constantemente; não parar nos-
sas orações até ganharmos a misericórdia na mais com-
pleta dimensão.” (The Parables of Our Lord [As parábolas
de nosso Senhor ], p. 436).
2. Para sermos persistentes na oração, devemos evitar o
que Ortberg chama de “desequílibro do déficit de aten-
ção espiritual”. Para isso, ore quando estiver totalmen-
te presente, quando estiver no seu melhor. Para alguns
é pela manhã, momento em que há poucas distrações.
Marcos 1.35 parece indicar que Jesus seguiu esse mo-
delo. Outros preferem orar à noite, por todos estarem
dormindo. Em qualquer caso, tenha certeza de que en-
contrará um lugar e uma hora para ser consistente a
fim de você evitar o que alguns chamariam de oração
de vida de “festa e fome”. Cultive um relacionamento
com o Pai por meio da oração. Transforme isso em
um evento sagrado em sua rotina.
3. Se achar que a oração é difícil, não tenha vergonha de
assumir. Os discípulos tiveram de pedir ajuda de Jesus.
Ele deu-lhes um modelo simples de oração e princípi-
os básicos. Comece com orações desse tipo. Não tente
orar por longos períodos de tempo se você não conse-
gue manter o foco. Cresça aprendendo a interceder
pelos outros.

87
Lição 8 Sábado, 22 de Novembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explore os ensinamentos de Jesus sobre ser persistente e
sobre levar nossas necessidades a Deus.
2. Ajude os participantes a experimentarem a confiança e a
segurança de orarem a Deus.
3. Encoraje os participantes a se aproximarem de Deus com
perseverança, confiando em sua resposta.

Atividade pedagógica
Faça os participantes falarem sobre as experiências nas
quais a resposta de Deus à oração foi aparente ou naquelas
em que as orações pareciam não ter sido respondidas. Dis-
cuta o significado do versículo áureo (11.9), e como isso
pode afetar o desenvolvimento de nossa fé. Se tiver tempo e
contar com a vontade dos membros da classe, peça-lhes para
criarem desenhos que expressem a mensagem do texto.

Olhando adiante
Combater a ansiedade e a preocupação
confiando em Deus em tudo.

88
INSPIRADOS A CONFIAR
Lucas 12.22-34
Meditações Bíblicas Diárias
Paula Davis

Domingo, Salmo 31.1-5


Pode ser fácil dizer que confiamos em Deus quando a
vida vai bem e não enfrentamos maiores dificuldades. Po-
rém, é bem diferente depositarmos a confiança total nele
nos momentos de problemas ou de sofrimentos.
Confiar nosso espírito a Deus é admitir que não pode-
mos realizar nossos propósitos sem ele e que não consegui-
mos superar o inimigo sem sua ajuda. Quando somos capa-
zes de confiar integralmente em Deus, permitimos que ele
molde-nos e nos forme em quem ele quer que sejamos, li-
bertando-nos dos inimigos e dos medos.

Segunda-feira, Lucas 12.22-24


Com freqüência, lembro que Deus prometeu cuidar
de nós e dar tudo de que precisamos. Ele não promete nos
dar todo o desejado ou tudo que é pensado. Eu preciso ser
lembrado disto freqüentemente, pois vejo as coisas desejá-
veis deste mundo e acredito que preciso delas. Quando foco
as necessidades básicas que tenho, vejo que Deus proporcio-
nou-me abundantemente, e eu nunca careço dessas necessi-
dades.

Terça-feira, Lucas 12.25-26


Tem sido provado que a preocupação pode encurtar
a expectativa de vida. Da mesma forma, afirma-se que ten-
são e preocupação levam à hipertensão, a doenças cardio-
89
Lição 9 Sábado, 29 de Novembro de 2008.

vasculares, à resistência do organismo à insulina, a desequilí-


brios auto-imunes; sem mencionar as noites sem dormir.
Deus destaca isso para nós. Se não podemos prolongar nos-
sa expectativa de vida com preocupação, por que se aborre-
cer? Quem me dera preocupar-me menos e ser mais cons-
tante com o que ele dá para mim. Para sentir-se contente, é
necessário estar satisfeito, confortável e agradecido pelas cir-
cunstâncias nas quais nos encontramos.

Quarta-feira, Lucas 12.27-28


Eu realmente não gosto quando Deus destaca que te-
nho pouca fé! Há tantas situações da minha vida em que de-
veria ter me lembrado dos lírios do campo e de sua beleza...
Quantas vezes gastamos um bom tempo em frente ao
roupeiro para escolher qual roupa usar, e esquecemos de
agradecer ao Senhor por termos roupas? Deus não se im-
porta com o que uso, pois me vê sempre bonita, não impor-
tando os adornos. Ele criou cada flor do campo, e até o mais
delicado e bonito botão não se compara à beleza que Deus
vê em mim ou em você. O Senhor sempre cuidará de nós, e
não temos de nos preocupar com nossa beleza.

Quinta-feira, Lucas 12.29-31


Quando a sociedade tornou-se tão focada na comida?
Parece que todo evento está centrado nisso; na realidade,
não precisamos de qualquer razão para comermos demais,
como ocorre numa festa por exemplo. Poucos ficam várias
horas sem uma refeição, ou pelo menos um lanche. Meu pro-
blema é que normalmente eu como porque quero comida,
não por precisar dela.
Meu objetivo para esta semana é tentar procurar seu
Reino mais do que procuro comida. Quando eu pegar as
“migalhas”, tentarei voltar à Palavra ao invés de caminhar
90
INSPIRADOS A CONFIAR

até a cozinha. Esperançosamente, depois de semanas prati-


cando isso, começarei a permitir que Deus preocupe-se com
o que como ao invés de preocupar-me eu mesma.

Sexta-feira, Lucas 12.32-34


Dê uma olhada ao redor da sala em que você está sen-
tado agora. Quantos “tesouros” vê que seriam destruídos se
sua casa pegasse fogo ou se acontecesse um furacão? Quan-
to perderia se eles fossem destruídos? Agora pense em al-
guns Tesouros Celestiais que você acumulou. Tem filhos ou
netos? Você ensina numa classe da Escola Sabatina ou ajuda
num grupo jovem? Quiçá você mantenha algum missioná-
rio em seu país ou em algum outro lugar do mundo, com
uma oferta especial.

Sábado, Salmo 146.1-7


Sinto-me, freqüentemente, tão culpada por colocar
minha fé em outros seres humanos antes de depositá-la em
Deus! Quando tenho uma necessidade, procuro pela pes-
soa que pode me ajudar ao invés de, primeiramente, orar.
Deus é o único que pode nos completar! Ele é nossa força e
suporte eternos. Qualquer ser humano que esteja ao nosso
lado algum dia nos deixará e morrerá. A confiança que co-
locamos nele vai se perder. Somente Deus proporciona tudo
que precisamos e permanece fiel para sempre. Louve o Se-
nhor que nos completa; que possamos sempre colocar nos-
so confiança nele.

91
Lição 9 Sábado, 29 de Novembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
12.22-34 Cap. 12 31

Verso áureo
E disse aos seus discípulos: Por isso vos digo: não
estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de co-
mer, nem quanto ao corpo, pelo que haveis de vestir. (Lucas
12.22)

Núcleo da lição
Nós todos enfrentamos pressão e podemos experi-
mentar a ansiedade. O que podemos fazer para combater a
ansiedade e a preocupação? Jesus diz que, quando confia-
mos em Deus, não temos necessidade de nos preocupar.

Perguntas para o estudo do texto


1. Que exemplos você encontra quanto a confiar em Deus
nas boas e nas más horas, como um tema recorrente na
Escritura?

2. Por que os seres humanos preocupam-se? Em que medi-


da a preocupação revela uma perda de confiança em
Deus? Como demonstra falta de confiança em Deus? Por
que a preocupação não tem utilidade?

92
INSPIRADOS A CONFIAR

3. Preocupar-se com o material, típico do mundo de hoje,


já era comum no século I? Como as Palavras de Jesus
relacionam-se a nós, hoje?

4. Que pressões e preocupações você enfrenta? Como pode


combater a preocupação e a ansiedade? Que papel a quí-
mica do cérebro tem na questão da ansiedade?

5. Como Jesus ensina que ansiedade com relação a posses é


falta de confiança em Deus? Como nosso ato de preocu-
par-nos mostra falta de interesse no Reino, e uma falta
de generosidade em relação àqueles que precisam? O que
devemos fazer quanto a isso?

93
Lição 9 Sábado, 29 de Novembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

A MALDIÇÃO DO MODERNO - RIQUEZA


A sociedade de hoje é a mais próspera da História;
temos mais tecnologia: do Blackberry3 ao iPod4; da conexão
da Internet aos aparelhos de vídeo e celulares que tiram fo-
tos. Nosso padrão de vida continua a subir, pois algumas
famílias têm dois trabalhadores ganhando dinheiro. Essa
“prosperidade” ainda nos trouxe aumento dez vezes maior
na população das prisões, nos últimos trinta anos. Quarenta
e três por cento dos casamentos terminaram em divórcio
em quinze anos, e próximo a dois terços das segundas uniões
também se desfizeram. Trinta e sete por cento dos recém-
nascidos são frutos de relacionamentos extraconjugais. Mui-
tos de vocês lêem os títulos dessas notícias todos os dias.
Estatísticas contam uma parte da História.
Em seu livro, Celebração da disciplina, Richard Foster
argumenta que Jesus lida com economia mais do que outro
assunto em sua sociedade, porque os perigos espirituais da
riqueza estão em todo lugar, mesmo naquela época. Ao
mesmo tempo, Jesus foi claro em dizer que nos forçar à po-
breza, por meio de extremo asceticismo, não é a resposta. O
único caminho para sobrepujar a ansiedade é ter uma expec-
tativa quanto aos ricos. “Porque, onde estiver vosso tesouro,
aí estará também vosso coração.” (v.34); a idéia aqui expres-
sa proporciona um diagnóstico do mundo de hoje. Como
cristãos, como nós medimos?

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


O ensinamento de Jesus, em Lucas 12.22-34, está liga-
do à parábola do homem rico (versículos 13-21), à ilustra-
ção do pardal (versículos 4-12) e à hipocrisia dos fariseus
nos três primeiros versículos. Lawrence Ricards resume os
94
INSPIRADOS A CONFIAR

princípios contidos por toda a parte ao notar que os segui-


dores de Cristo estão vivendo em dois mundos: “um terre-
no e outro celeste.” É fácil entender que o mundo oferece
ilusões.
Assim, parecemos envolvidos entre o que vemos ao
nosso redor e alguma coisa que Deus diz é de longe o
mais real. Ficando entre os dois, o discípulo precisa
vir ao lugar em que se compromete em um único mundo.
Ele precisa reconhecer as aparências como mera ilusão,
e agarrar um grande fato que não nos é aparente e é
bem mais real (Lifé’s ilusions: Commentary
(Ilusões da vida: comentário), em Lucas 12.4-
48)
Dessa forma, o homem rico pensa mais sobre suas
posses materiais do que em Deus; é fácil tornar-se envolvido
com a ilusão dos ricos. E Jesus diz para não nos preocupar-
mos, nem mesmo com a comida ou com as vestes. Deus
alimenta os corvos. A preocupação não pode acrescentar
coisa alguma à sua existência. Em Tiago 4.14 diz-se: “Sois
um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece.”;
isso é uma comparação à eternidade. Deus também cuida
das flores, portanto cuidará de você. Ele sabe do que preci-
samos; por isso, não há razão para procurar essas coisas tem-
porais. Pode ser verdade que, por se manter no mesmo nível
de seus contemporâneos, você sinta-se pressionado a acu-
mular tesouro terreno. Contudo, antes de prosseguir, Jesus
perguntar-lhe-ia se alguma coisa aqui na terra pode suprir
seus verdadeiros propósitos.
O pastor Rick Warren afirma:
“Trazer satisfação a Deus, vivendo para seu prazer,
é o primeiro propósito para sua vida. Quando você
entender plenamente essa verdade, nunca mais se
sentirá insignificante. Isso prova seu valor. Se você é
95
Lição 9 Sábado, 29 de Novembro de 2008.

importante para Deus, e ele considera-o valioso o


bastante para guardá-lo com ele pela eternidade, que
maior significância você pode ter? (Uma vida com
propósitos).
O Reino do Céu é mais importante. Procure coisas
eternas; e os outros itens em sua vida cuidarão de si mesmos.
Seja solícito se for necessário sacrificar dinheiro e bens ma-
teriais para experimentar a realidade do Tesouro Celeste.
Howard Marshall acrescenta uma nota de advertência:
Tais ensinamentos podem parecer encorajar preguiça
e falta de interesse nos aspectos práticos da vida
cotidiana – “Deus proverá; assim eu não preciso agir.”
Jesus, contudo, não está falando aos preguiçosos, mas
a pessoas preocupadas e àqueles que são tentados a se
juntarem na luta por um lugar ao céu. Eles devem
confiar em Deus e obterão suas prioridades certas.
(Exposição em Lucas 12.22-34)

LIÇÕES PARA A VIDA


Foster recomenda dez atitudes cristãs tangíveis que
podem nos livrar da preocupação e da ansiedade do dia-a-
dia de uma vida de simplicidade (pp. 90-95). Abaixo, uma
paráfrase dos componentes principais.
1. “Compre coisas para seu proveito ao invés de suas posi-
ções sociais.” Tudo deve ser prático.
2. “Rejeite qualquer coisa que está produza vício em você.”
Ele menciona cafeína, álcool, diversas substâncias, até
mesmo o chocolate! Evite comportamento compulsivo
a todo custo.
3. “Desenvolva o hábito de desistir das coisas.” Isso ajuda
a não acumular e a ser uma bênção para os outros.

96
INSPIRADOS A CONFIAR

4. “Recuse ser escravo da propaganda dos inventos moder-


nos.” Foster argumenta que novos inventos, freqüente-
mente, complicam a vida mais do que supomos.
5. “Aprenda a apreciar coisas sem possuí-las.” Aprenda a
dividir. Pare de sentir como se você sempre tivesse de
estar no controle para ser feliz.
6. “Desenvolva uma profunda gratidão pela criação.” Faça
boas caminhadas e ouça os pássaros; sinta o cheiro das
flores; observe as cores; aprecie a grama e as folhas; cui-
de do meio ambiente ao seu redor.
7. “Olhe com um saudável ceticismo todo esquema ‘Com-
pre agora, pague mais tarde’.” Tenha cuidado antes de
entrar em débitos pesados. Débito é uma armadilha que
o coloca em cativeiro.
8. “Obedeça às Palavras de Jesus sobre o falar com simpli-
cidade e honestidade.” Mostre honestidade e integridade
em seu falar e na sua conduta. Nós vivemos sem receio
de que nossos motivos não sejam sempre puros nessa
área.
9. “Rejeite qualquer coisa que crie opressão aos outros.”
Isso é um assunto muito difícil na era do Wal-Mart e de
outras lojas que nos vendem produtos com muito des-
conto, feitos pelas mãos não-especializadas; trabalho
barato dos países de terceiro mundo (alguns podem ser
por cristãos perseguidos). Tenha certeza de que, em seu
trabalho e nos relacionamentos pessoais, não menospre-
za os outros.
10. “Fuja à tentação de qualquer coisa que lhe impeça de
procurar o Reino de Deus.” Algumas coisas legítimas e
boas - trabalho, posição, família, amigos e segurança –
não devem se tornar centro de atenção no lugar de Deus.

97
Lição 9 Sábado, 29 de Novembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explore os ensinamentos de Jesus confiando em Deus.
2. Ajude os participantes a tornarem-se cientes de que po-
dem confiar em Deus para tudo.
3. Desafie os participantes a buscarem um relacionamento
com Deus que alivie suas preocupações e ansiedades.

Atividade pedagógica
Peça aos participantes para listarem suas preocupa-
ções. Discuta como eles podem parar de acreditar em Deus
mesmo que isso pareça impraticável. Sugira respostas às
perguntas suscitadas.

Revisando
Esta unidade explorou a inspiração que
acompanha o Chamado de Deus. Seu chamado
equipa-nos a aprender, a amar, a orar e a confiar.

3)
O BlackBerry é um aparelho celular que possui funções de editor
de textos, acesso à internet e ao e-mail diretamente do aparelho.
Com uma série de recursos sofisticados, o aparelho pode muito bem
dar a sensação de que o usuário está com um microcomputador na
palma da mão.

4)
iPod é um pequeno aparelho usado para se ouvir músicas em
formato digital, dispensando o uso de CDs.

98
ATENÇÃO

O PRÓXIMO SÁBADO SERÁ O


10º SÁBADO .

AS OFERTAS RECOLHIDAS EM
TODAS AS IGREJAS BATISTAS
DO SÉTIMO DIA, DEVERÃO SER
ENVIADAS PARA A CONFERÊNCIA
BATISTA DO SÉTIMO DIA
BRASILEIRA, PARA APOIO DA
OBRA MISSIONÁRIA, CONFORME
INSTRUÇÕES NO VERSO.

99
Solicita-se que as remessas de dízimos, ofertas e outras
contribuições destinadas à Conferência Batista do Sétimo
Dia Brasileira, sejam feitas através de cheques, ordens ban-
cárias ou vales postais nominais, de preferência para as
seguintes agências e contas bancárias:

a) BANCO DO BRASIL S. A.
Agência nº. 1622-5 de Curitiba / PR
Conta Corrente nº. 57643 -3
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
b) BANCO BRADESCO S.A.
Agência nº. 0049-3 de Curitiba/PR
Conta Corrente nº. 153799-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira.
c) BANCO ITAÚ
Agência: 3703
Conta Corrente: 06312-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira

Após a remessa, enviar carta com a FICHA DE RE-


MESSA ao tesoureiro geral, contendo as datas, os valores
e indicando a sua natureza: se são remessas, ofertas em
geral ou para uma finalidade específica.

100
CONVOCADOS AO TRABALHO
Lucas 10.1—12.17-20
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 78.1-4


É muito importante passar a História para as gera-
ções futuras. Nós temos muitas armas para nos ajudar nesta
era do vídeo, das câmeras de DVD, dos programas de fotos
e dos álbuns de recortes. Não há desculpa para não deixar-
mos nossa história registrada. Com todas essas ferramentas
e dispositivos, percebo que muitas das minhas mais precio-
sas memórias são ainda frutos do sentar com meus avós, e
agora com meus pais, para ouvir sobre a vida no passado.
Eu aprendi tanto sobre a história de nossa família e sobre a
história de nossa fé!
Se formos abençoados com filhos, nossos ou não,
Deus espera que passemos adiante a história de nossa fé aos
novos membros da família eterna. Nós temos de ser pacien-
tes com os novos cristãos enquanto eles aprendem a cami-
nhar com o Senhor; devemos andar ao lado deles como
mentores e pais na sua fé.

Segunda-feira, Lucas 9.1-10


O que você demonstra àqueles que estão ao seu re-
dor? Mostra a seus filhos a fé, ou a preocupação, algumas
vezes sentida por criar sua família? Você lamenta com seus
amigos o destino do dinheiro no conserto do carro ao invés
de depositar a fé na idéia de que Deus estará indo ao encon-
tro de suas necessidades?
Nosso testemunho é muito mais forte pelas ações rea-
101
Lição 10 Sábado, 06 de Dezembro de 2008.

lizadas que pelas palavras ditas. Observe, ao longo de todo


o dia de hoje, como você demonstra sua fé, falando por suas
ações ou pela voz.

Terça-feira, Lucas 10.1-3


Eu não penso com freqüência na enormidade do ta-
manho do mundo que não foi alcançado por Cristo. Há
muitos que nunca ouviram sobre o Céu ou sobre viver eter-
namente com Deus, e existem ainda aqueles que ouviram,
mas não decidiram seguir a Cristo. Assim como os trabalha-
dores eram poucos nos dias em que Jesus andava na terra,
eles continuam sendo raros hoje. Jesus precisa de cada um
de nós para falar a outros, para caminharmos juntos em nossa
jornada, apoiando um ao outro enquanto avançamos para o
reino eterno de Deus.

Quarta-feira, Luas 10.4-7


Se oferecermos paz a alguém e ele rejeitar, não deve-
mos levar para o lado pessoal, nem deixar que a rejeição
afete a passividade de nossas feições. A paz divina é uma das
maravilhas que as pessoas enxergam quando olham para as
criações de Deus. Quando não-cristãos são atormentados
ou falta-lhes tranqüilidade em suas próprias vidas, a paz dos
cristãos desconcerta-os. Somente a paz de Deus pode mu-
dar a atmosfera de uma sala, confortar alguém quando não
há palavras; ela mostra às pessoas um lado divino que elas
podem nunca ter visto se nós não permitirmos que a paz de
Deus reine em nós.
Quinta-feira, Lucas 10.8-12
A urgência que sentimos em espalhar o Evangelho,
sem medo ou reservas, deve ser forte pelo dia, em função da
hora. Nem todos são chamados a serem missionários ou a
pregarem o Evangelho nas esquinas; cada um é chamado a
102
CONVOCADOS AO TRABALHO

pregá-lo da maneira que Deus presenteou-nos. Que não te-


nhamos medo de ir a cidades, a salas de aula e a escritórios a
fim de pregarmos o Evangelho quando Deus chamar.

Sexta-feira, Lucas 10.17-20


Nossa alegria vem de saber que temos uma casa no
Céu. Esse deve ser o único bem do qual temos de nos gabar.
Quando nossas preces levam à cura, e quando o mal foge de
nossa presença, devemos dar glória a Deus, e não a nós mes-
mos, declarando o louvor a ele, nos Céus. O que realmente
importa é que, algum dia, receberemos a recompensa eterna
de Deus, e nossa única alegria será ver os outros receberem
essa alegria também.

Sábado, Salmo 66.1-7


Quando você encerrar o dia de hoje, olhe para trás e
agradeça a Deus por todas as grandes obras que ele realizou
em sua vida, apenas hoje. Louve-o pela hora em que um
conflito foi resolvido ou evitado e por ele ter estado presen-
te. Louve-o pelo momento de paz e de calmaria que ele
proporcionou. E louve-o pelas coisas boas que você tem à
sua volta.
Com muita freqüência, termino meu dia olhando para
trás, para o que poderia ter feito melhor. Ou ainda, olhando
para frente e pedindo ajuda para assuntos do dia seguinte.
Algumas vezes, temos de olhar com atenção para reconhe-
cermos o que Deus fez no final de um dia difícil; e, se for-
mos atentos, encontrá-lo-emos ao longo de todo o dia. Ele
merece nosso louvor por isso!

103
Lição 10 Sábado, 06 de Dezembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
10.1 até 12.20 Caps. 10,11 e12 78

Verso áureo
E dizia-lhes: Na verdade, a seara é grande, mas os tra-
balhadores são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que
mande trabalhadores para sua seara. (Lucas 10.2)

Núcleo da lição
Somos chamados com freqüência para lutarmos por
causas maiores que nós mesmos. Como respondemos a esse
chamado? Quando Jesus escolheu 70 discípulos para prepa-
rarem seu caminho, eles obedeceram, apesar da possibilida-
de de dificuldade e de rejeição.

Perguntas para o estudo do texto


1. Quem Jesus chama para si? O que diz a eles para faze-
rem? Como ele faz isso?

2. Que mensagem Jesus deu a eles? Que instruções especi-


ais deu-lhes para conduzirem seus negócios? Por que es-
sas instruções são tão detalhadas?

104
CONVOCADOS AO TRABALHO

3. Leia Deuteronômio 17.6 e 19.15. Usando as passagens


como guia, responda: qual seria a razão do envio das pes-
soas aos pares? Qual a importância de haver duas teste-
munhas para estabelecer o fato numa área de lei judaica?

4. O que estes mensageiros tinham de fazer na cidade em


que não eram recebidos? Por que Jesus instruiu-os a isso?

5. Muitos adultos parecem estar procurando um propósito.


De que forma este texto dirige-se à busca de um signifi-
cado?

105
Lição 10 Sábado, 06 de Dezembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

UM DE NOSSOS OBJETIVOS COMO CRISTÃOS


Eu acredito que muitos de vocês ouviram falar dos
vídeos e do livro Uma vida com propósitos, do Pastor Rick Warren.
No Afeganistão, nós fizemos uma série de sermões e de pe-
quenos grupos para estudarmos os propósitos de viver. Nessa
obra, Warren sustenta que os cristãos são “planejados para vi-
verem o prazer de Deus” (adoração), “formado[s] para a famí-
lia de Deus” (companheirismo), “criado[s] para ficarem como
Cristo”(disciplina), “moldado[s] para servirem a
Deus”(ministério) e “feito[s] para uma missão”(evangelização).
Note que a evangelização é a culminância dos objetivos de
Deus para sua vida como fiel. Você não estará completo se
não trabalhar como embaixador de Cristo (2 Coríntios 5.17-
20).
Warren sustenta que Deus encarregou-nos de transmi-
tirmos nossos conhecimentos sobre Cristo a outras pessoas,
enfatizando partilhar a fé pessoal mais do que argumentar so-
bre questões apologéticas. Então, você pode ter oportunida-
des de venerar, de estudar a Bíblia, de participar de grupos de
oração e até de realizar cultos àqueles que precisam. Sua vida
pessoal pode crescer à medida que se desenvolve o caráter de
Cristo. Desenvolva o desejo de ser testemunha para ele en-
quanto você persegue outros aspectos da vida do Reino.

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Esta passagem não é idêntica àquela do envio dos doze
discípulos, episódio registrado em Mateus 10, em Marcos
6.7-13 e em Lucas 9.1-11, embora haja temas similares de
comissionamento e de envio numa leitura superficial. Com-
parando-as, percebemos diferenças. Aqui, o ministério é na
grande Judéia e não, na Galiléia. Jesus “manifestou o firme
propósito de ir a Jerusalém”, de acordo com 9.51. Ade-
106
CONVOCADOS AO TRABALHO

mais, este grupo de homens não é formado pelos doze dis-


cípulos. Eles são discípulos anônimos, 70 ou 72, dependen-
do das evidências do manuscrito. É possível que o número
70 seja simbólico pela quantidade de nações registrada no
livro do Gênesis 10. Se fosse o caso, Lucas teria nos indica-
do o desejo de Jesus de que fôssemos por todo o mundo
com a mensagem da Salvação, um conceito que ele clara-
mente registra em Atos 1, 8. A Salvação não é apenas para
os judeus; é também para os gentios.
O versículo 1 dá o entendimento dentro do mecanis-
mo do processo. Jesus indicou-os; lembre que nos chama
também para uma missão. Eles foram “enviados”, com Lucas
usando a palavra grega apostello para indicar que eram os re-
presentantes dele. Além disso, assim como os doze em ou-
tras passagens, eles partiram antes de Jesus para prepararem
o caminho à sua vinda. Hoje, somos chamados para irmos
antes de sua segunda vinda (Atos 1, 7-11). Ele enviou-os aos
seis pares, como apontado em Marcos 6.7. Essa estratégia
continuaria pelos primórdios da Igreja, de acordo com cita-
ções em Atos, como em 13.2; 15.27, 39-40; 17.14; e 19.22.
Mais recentemente, até o Exército dos EUA seguiu inadver-
tidamente esse conselho com o conceito da Unidade da
Equipe de Ministério, que consiste em Capelão e Capelão
assistente. Eclesiastes 4.9 coloca: “Melhor é serem dois do
que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.”
Nos próximos e nos muitos versículos seguintes, te-
mos os discernimentos adicionais. Existe uma essência peri-
gosa no trabalho desses enviados. Os fazendeiros do século
I podiam relatar bem a urgência e o perigo envolvidos em
cultivarem campos amadurecidos. Ovelhas no meio de lo-
bos são indefesas; da mesma forma, os cristãos espalhados
pelo mundo têm de confiar somente em Deus para
representá-lo adequadamente. A missão é tão urgente que
Jesus diz a eles para viajarem sem um grande fardo e para
107
Lição 10 Sábado, 06 de Dezembro de 2008.

confiarem na hospitalidade de outros para seu sustento.


Ademais, eles tinham de evitar as costumeiras saudações do
Oriente para poderem cumprir o mandato. Uma vez na casa
com uma pessoa que estivesse inclinada a agir pacificamente
com eles, tinham de ficar lá, confiando que o Senhor estava
os usando como uma fonte de comida e de pousada. Eles
eram para ser uma fonte de cura e de proclamação de acor-
do com a vinda do Reino de Deus.
Eu sei que muitos, nas igrejas Batistas do Sétimo Dia,
vivem momentos difíceis ao proverem as necessidades de
seu pastor e da família. O versículo 8 endossa Paulo, em 1
Coríntios 9.14 e em 1 Timóteo 5.18, assim como os princí-
pios em Atos 6. Aqueles que servem no trabalho de Deus,
levando a mensagem da salvação do mundo, precisam ser
recompensados com respeito. Parte desse chamado é o su-
primento financeiro. Acredito que há um aumento de pasto-
res que têm de ter empregos de meio expediente e até em
tempo integral para poderem suprir suas necessidades. Es-
tas são pessoas que confiam em Deus para sanarem suas ne-
cessidades e permanecem fiéis a dois (ou mais) mestres.
Apenas lembre que, quando isso acontecer, tanto o ministé-
rio diário quanto a evangelização da comunidade sofrem.
Jesus também dá a eles instruções de como reagir à
rejeição. De acordo com Deuteronômio 20.10-18, o exérci-
to de Josué foi mandado para oferecer paz às cidades derro-
tadas. Em senso espiritual, julgamento é o resultado da rejei-
ção do oferecimento da paz divina, na forma da salvação
por meio de Jesus Cristo. Corazim, Betsaida e Cafarnaum
não poderiam esperar escapar de Sodoma (Gênesis 19), de
Tiro e de Sidom (Ezequiel 26-28 e Isaías 23); de fato, eles
têm mais responsabilidade, porque ouviram a mensagem
diretamente. Bater a poeira dos pés ao partir indica a renún-
cia da cidade e a separação que toda a tendência ao pecado
representa.
108
CONVOCADOS AO TRABALHO

O trabalho deles foi acompanhado por sinais sobre-


naturais. Isso provocou grande alegria. Eles sentiam satisfa-
ção em servir, pois reconheciam que nada os feriria enquan-
to permanecessem sob a autoridade de Cristo. A Salvação é
uma outra causa de alegria para eles (e para outros); “nomes
são registrados no céu” como resultado de sua fidelidade.
Finalmente, como uma nota de rodapé, no versículo 21, Je-
sus louva o Pai por revelar essas verdades àqueles que pode-
riam ser considerados crianças espirituais pela elite religiosa
da época. Nós também podemos ser usados vigorosamente
por ele se nos mostrarmos disponíveis.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Nós somos os instrumentos que Deus escolheu para usar


no trabalho de colher almas. Até aqueles que têm con-
vicção no que diz respeito às doutrinas da soberania di-
vina e de escolha não podem ignorar a missão de
evangelizar e de representar Cristo.
2. Para onde Deus guiará, ele também proverá. O foco do
ministério não deve ser o ganho material se estamos fa-
lando de uma igreja, de uma organização fora dela ou
daqueles que trabalham para a religião.
3. Espere rejeição. Paulo diz: “E na verdade todos os que
querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perse-
guições.” (2 Timóteo 3.12). Deus julgará (Romanos
12.19).
4. Espere o sobrenatural. Eu sei que temos diferença de
opinião se os específicos sinais miraculosos registrados
em Lucas e nos Atos estão para serem duplicados na igreja
de hoje. Espere cura, espere salvação, espere mudança
de vida quando o Espírito Santo visita com seu poder.

109
Lição 10 Sábado, 06 de Dezembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explore o chamado de Jesus ao trabalho pelo Reino.
2. Ajude os participantes a aceitarem os desafios inerentes
ao trabalho pelo Reino de Deus.
3. Desafie os participantes a responderem obedientemente
ao chamado de Deus para trabalharem pelo Reino.

Atividade pedagógica
Faça com que os participantes parafraseiem as exigên-
cias de Jesus como as descritas nos versículos 3-10. Promo-
va debates sobre as respostas dos seres humanos comuns a
cada uma das exigências de Jesus, apresentadas nos versículos
3-10.

Olhando adiante
O arrependimento leva à transformação de
Deus em sua vida.

110
CONVOCADOS AO
ARREPENDIMENTO
Lucas 13.1-9
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 63.1-6


As noites são difíceis? Você passa horas deitado e acor-
dado, preocupando-se com certas coisas que estão fora do
seu controle? O Senhor anseia estar ali, com você, nessas
horas. Ele está sempre esperando aliviar a dor e afastar a
solidão e o medo, mesmo no momento mais escuro da noi-
te. Mas para ele fazer isso, devemos ficar em silêncio diante
dele e livrar-nos de qualquer distração que possa nos afastar
dele. Precisamos ficar certos de que nossos corações e men-
tes são puros, livres de qualquer pecado ou da autopiedade.
Não podemos impedir a mente de ser apanhada pelos “se”
e “talvez”, mas devemos permitir que encontrem toda a
necessidade. E ele sempre o faz. Por isso, freqüentemente
nas horas em que a dor parece insuportável e pensamos não
poder continuar sozinhos, sua presença torna-se mais real –
seus braços são sentidos, envolvendo-nos, fisicamente segu-
rando, confortando e aliviando a dor.

Segunda-feira, Lucas 3.7-14


Para agradar a Deus, devemos não depender dos tra-
balhos das pessoas diante de nós, ou depender de nossa sal-
vação e da certeza de que iremos para o céu. Precisamos
aprender a estar contentes com o que temos. E também
mostrar bondade e misericórdia para com os outros, arre-
pendendo-nos das ações erradas contra o homem ou contra
111
Lição 11 Sábado, 13 de Dezembro de 2008.

Deus. Produzir bons frutos é um requisito para ser cristão.


O Senhor espera que façamos isso, não para continuarmos a
tirar da terra na qual vivemos sem dar em troca, e sim, para
agradarmos a Deus e para fazermos direito. Nós devemos
estar contentes com o que ele nos tem dado.
Terça-feira, Marcos 1.14-17
Você gosta de pescar? Meus pais têm recordação de
pescarias de quando eram jovens. Minha mãe lembra-se de
pescar com seu pai e de ter fotos dos cordões dos peixes
pescados. Era uma ocasião especial entre pai e filha. Meu
pai, por outro lado, recorda de ir pescar uma única vez. Em
suas palavras: “Eu não peguei um único peixe, e nunca mais
voltei.”
Quando Deus vem pescar homens, creio que os cris-
tãos passam pela mesma experiência. Nem todos são cha-
mados a serem evangelistas; contudo, somos todos chama-
dos a sermos pescadores de homens. Deus espera-nos para
dividir a mensagem do Evangelho quando temos oportuni-
dade; e alguns podem tê-la mais do que outros. O mais im-
portante é orar para que você reconheça a oportunidade de
“pescar” quando ela se apresentar. Que você seja audacioso
ao defender sua fé!
Quarta-feira, Lucas 13.1-5
Como cristãos, devemos ser cuidadosos para não en-
fraquecermos a mensagem da Salvação. Assim, ela poderá
ser mais agradável aos descrentes. Devemos ser claros com
eles quanto à Palavra de Deus: “Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23), “e
sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hebreus
9.22b). Se a Palavra de Deus é rejeitada, isso não é nossa
responsabilidade. Cabe a nós apenas falar a Palavra de Deus
com amor, com clareza e com contentamento para que pos-
samos não ser mais tidos como responsáveis, no Dia do Jul-
112
CONVOCADOS AO ARREPENDIMENTO

gamento, por enfraquecermos a mensagem do Evangelho.


Quinta-feira, Lucas 13. 6-9
Há uma canção que fala que, para algumas pessoas, é
necessário ouvir inúmeras vezes sobre Jesus antes de aceitar
a Salvação. Nós todos tocamos a vida das pessoas e temos
oportunidade de dividir Jesus com elas. A canção fala sobre
os diferentes modos como podemos tocá-las e pergunta:
“Se eu tivesse quinze anos?” Estamos prontos a ser aquele
que faz perguntas que possam trazer alguém para conhecer
Jesus?
Sexta-feira, Atos 26.19-23
Ser obediente é muito importante para Deus. A obe-
diência, contudo, é para carregarmos sozinhos. Deus quer
que obedeçamos ao que nos disse para fazer. Naturalmente
há regras que Deus sacrificou por nós, seus filhos; contudo,
às vezes, ele pede a obediência de um e não dos outros. Quan-
do o Senhor pede para segui-lo até a China para sermos um
missionário em um orfanato, não podemos nos queixar e
indagar por que o pedido não foi feito ao nosso melhor
amigo. Nós devemos ouvir a direção de Deus e sermos obe-
dientes ao seu chamado.
Sábado, Salmo 1.1-6
Deus oferece algumas promessas agradáveis e notá-
veis quando escolhemos meditar sobre sua Palavra. Ele fará
com que cresçamos fortes e sólidos e permitir-nos-á supor-
tar o fruto inacreditável. Charles Swindoll coloca-o dessa
maneira no “Vivendo os discernimentos da Bíblia”: “Sejam quais
forem suas circunstâncias, não importando o quanto dure os
tempos difíceis, onde quer que você esteja hoje, trago-lhe
este lembrete - quanto mais fortes os ventos, mais profundas
as raízes; e mais duradouros os ventos, mais bonitas as árvo-
res.”
113
Lição 11 Sábado, 13 de Dezembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
13.1-9 Cap. 13 63

Verso áureo
“Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes,
todos de igual modo perecereis”. (Lucas 13.3)

Núcleo da lição
À proporção que olhamos nossas vidas, vemos coisas
sobre nós que gostaríamos de mudar. Como mudaremos
nosso comportamento para que sejamos pessoas melhores?
Jesus chamou as pessoas para arrependerem-se e para per-
mitir que Deus transforme suas vidas.

Perguntas para o estudo do texto

1. Que informação você pode encontrar a respeito dos


galileus, mencionada no versículo 1? O que você pode
aprender quanto à Torre de Siloé, no versículo 4?

2. Como Jesus rejeitou a visão dos judeus do século I de


que desastres seriam o castigo para o pecado individual?
Que visão com relação a desastres ele sugeriu que seus
seguidores tivessem?

114
CONVOCADOS AO ARREPENDIMENTO

3. As figueiras levam três anos para alcançarem a maturida-


de. Se elas não produzirem frutos nessa época, é impro-
vável que ainda os produzam. Por que era tão instrutivo
que a árvore na Parábola de Jesus tivesse uma segunda
oportunidade?

4. Explore o significado da palavra arrepender-se por meio


do uso de um dicionário bíblico ou de uma enciclopédia.
O que ele quer dizer com “arrepender-se”? Como isso
pode ser feito por seres humanos com a propensão à fa-
lha contínua? Quantas oportunidades Deus dará a nós?

5. Gaste o tempo num exame pessoal, em confissão e em


arrependimento. De que forma você voltará para Deus e
fará do arrependimento seu poder em sua vida?

115
Lição 11 Sábado, 13 de Dezembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

FÁCIL DE SER DESENCORAJADO


Uma das coisas mais desencorajadoras que eu en-
contro ao ler o Antigo Testamento é o ciclo contínuo de
Israel de “pecado, castigo, arrependimento e libertação”.
Henry Blackaby e Claude King destacam dois desses ci-
clos, em Juízes 2 e 3, para explicarem o contexto (veja
Juízes 2.7-18 e 3.7-11). Primeiramente, as pessoas servem
ao Senhor. Depois, abandonam seus caminhos. Deus, en-
tão, derrota-as usando seus inimigos. Eventualmente, elas
gritam por ajuda. Finalmente, o Senhor tem compaixão e
salva-as. Algumas vezes, esse processo necessita de cati-
veiro.
Infelizmente, o mesmo ciclo repete-se no Novo Tes-
tamento. Blackaby e King mencionam quatro das sete igre-
jas, em Apocalipse 2 e 3, em Éfeso (2.4-5), em Pérgamo
(2.14-16), em Sardes (3.1-3) e em Laodicéia (3.15-19). Eles,
então, continuaram a definir sete fases de renovação e de
tomada de consciência espiritual que vem apenas por meio
do arrependimento. Deus primeiramente chama as pes-
soas para um relacionamento com ele e acompanha seu
trabalho. As pessoas (em ambos os testamentos) tendem
a se afastar dele, dedicando-se a substitutos. Aí, o Senhor
disciplina-as por causa do seu amor. Elas, então, choram
e clamam por ajuda. Deus responde, chamando o povo a
arrepender-se e para voltar para ele ou perecer. Nos ca-
sos de arrependimento, ele restaura-as para um relacio-
namento correto com ele, cujo resultado, em sua exaltação,
é a Salvação dessas pessoas (ibid, pp. 58-60). Há uma di-
mensão individual e uma coletiva nesse conceito que cha-
mamos de “arrependimento”.
116
CONVOCADOS AO ARREPENDIMENTO

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


O chamado de Jesus ao arrependimento, apontado em
Lucas 13, 3, na verdade ocorre no meio de uma referência a
dois incidentes desconhecidos, mencionados somente aqui.
Um é o caso do homem nascido cego, em João 9. O povo
judeu de sua época está imaginando qual pecado fora come-
tido pelo cego para causar-lhe tal calamidade. Pilatos é apa-
rentemente muito cruel ao matar os galileus que foram ao
templo oferecerem seus sacrifícios durante os dias sagrados
especiais. Talvez eles estivessem fora de ordem ou tenham
quebrado uma de suas regras.
Ao invés de responder a suas perguntas, Jesus simples-
mente diz que os galileus não eram mais pecadores do que
eles, “mas, a menos que se arrependam, vocês todos do mes-
mo modo perecerão.” O mesmo é verdadeiro aos 18 que
foram mortos quando a “Torre de Siloé” caiu. Ele tira o
foco ao comparar uns aos outros e enfatiza a necessidade de
arrependimento individual. Em muitos casos, as pessoas a
quem Jesus dirigia-se não achavam que precisavam se arre-
pender por causa de sua piedade religiosa extrema.
Depois de repetir o chamado ao arrependimento, no
versículo 5, Jesus conta uma parábola para dar efeito à sua
causa principal. Um homem planta uma figueira e não vê
fruto por três anos completos; assim, nosso Senhor diz ao
trabalhador para cortá-la porque está ocupando o solo à
toa. O trabalhador, porém, pede a oportunidade de esperar
por um outro ano. Jesus ensina um conceito similar em João
15, falando da “videira e dos ramos”. No versículo 6, apare-
ce: “Quem não permanece em mim é lançado fora, como a
vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas ao fogo e quei-
madas.” Isso é uma metáfora da infertilidade.
No Antigo Testamento, Deus é paciente vezes após
vezes com Israel, restringindo freqüentemente seu julgamen-
117
Lição 11 Sábado, 13 de Dezembro de 2008.

to por causa de seus arrependimentos. Pedro ensina o mes-


mo conceito em 2 Pedro 3.9: “O Senhor não retarda sua
promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; porém é
longânimo para convosco, não querendo que ninguém se
perca, senão que todos venham a arrepender-se.” Isso leva a
uma resposta àqueles que perguntam por que a segunda vin-
da de Jesus está atrasada: Deus está chamando, antes, os pe-
cadores ao arrependimento.

ARREPENDIMENTO – UM CONCEITO MUITO BÍBLICO


O Novo Testamento está repleto de chamados ao ar-
rependimento. É a base para João, o Batista, preparar as pes-
soas à chegada de Jesus (Mateus 3.2); é a declaração sumária
para o ministério de Jesus entre Mateus 4.17 (Arrependei-
vos, porque é chegado o reino dos céus.) e 16.20; está pre-
sente nas doze pregações (“Esses homens devem se arre-
pender”, Marcos 6.12); Pedro prega o arrependimento em
Pentecostes (Atos 2,38); Paulo dá a mesma mensagem aos
gentios (Atos 17.30; 26.20). Ademais, é a mensagem conclu-
siva de Jesus em Lucas 24.47 e para aquelas igrejas no
Apocalipse 2-3. Novamente, tenha cuidado em observar
tanto os elementos individuais quanto os corporativos.
Talvez a melhor ilustração de viver o arrependimento,
no Antigo Testamento, seja a confissão de Davi, no Salmo
51. Há a confissão e um desejo de ser poupado do julga-
mento final de Deus. Contudo, observe que Davi oferece
mais; ele pede a Deus: “Lava-me completamente da minha
iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.” Davi quer que o
Senhor dê-lhe sabedoria “na parte escondida”, a qual pro-
duzirá “verdade no íntimo do ser”. Há também o desejo de
restauração da alegre camaradagem (versículos 8.12-15), de
um coração limpo e do espírito constante (versículo 10), da
presença de Deus e do poder do Espírito (versículo 11) e,
118
CONVOCADOS AO ARREPENDIMENTO

ainda, do sacrifício espiritual de um “espírito quebrantado”


e “um quebrantado e contrito coração” ao invés de um ritu-
al religioso (versículos 15 a 17).
Crescendo, ouvi um sermão pelo falecido Dr. Adrian
Rogers. Relatou-se como as pessoas iriam lhe perguntar:
“Que é isto, arrependimento ou fé?” Sua resposta sempre
foi: “Eles são dois lados da mesma moeda; você não pode
ter fé genuína sem arrependimento, e não pode ter arrepen-
dimento sem fé.” Fé e arrependimento estão ligados pelas
Escrituras. Quando um pecador vem a Cristo em estado de
regeneração, vai haver frutos. Fé é o aspecto positivo da
Salvação, na qual nos voltamos a Cristo como Senhor e Sal-
vador. Arrependimento é a negativa; por ele, desenvolve-
mos sofrimento e aversão pelos pecados a tal ponto que
voltamos para Deus. É “propósito e empenho para cami-
nhar em todas as direções dos seus Mandamentos.” (Confis-
são Westminster, Artigo XV.2)

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Preocupe-se com sua vida ou com a de sua igreja.


2. Reconheça que Deus julgou e continua julgando o peca-
do do não-arrependimento, tanto individual como
corporativamente.
3. Entenda que o arrependimento é mais do que apenas se
arrepender “da boca para fora” ou dizer “Sinto muito”.
4. Perceba que a genuína fé salvadora envolve um desejo
de servir a Deus e e de viver em santidade.

119
Lição 11 Sábado, 13 de Dezembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Explore o conceito de arrependimento bíblico.
2. Ajude os participantes a examinarem áreas de suas vidas
nas quais precisem fazer mudanças.
3. Encoraje os participantes a arrependerem-se e a permiti-
rem que Deus transforme suas vidas.

Atividade pedagógica
Convide os participantes a identificarem ocasiões em
que acreditaram que uma segunda oportunidade lhes fora
dada. Permita às pessoas que estão lutando com o resultado
de desastre recente a oportunidade de fazerem perguntas
inquisitivas e de dividirem seus sentimentos com os outros
da classe. Seja sensível àqueles que lutam com essa questão.

Olhando adiante
Explorando a humildade – Jesus quer que seus
seguidores demonstrem essa característica.

120
CONVOCADOS À HUMILDADE
Lucas 14.1-7,14
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 25.1-10


Eu amo saber que Deus promete que ninguém se
envergonhará por confiar no Senhor. Qualquer coisa que
tenhamos feito para ferir uma outra pessoa ou qualquer
pecado cometido contra Deus será coberto com sangue.
Durante toda a nossa vida, ele guiar-nos-á e proteger-nos-
á quando depositarmos nossa confiança nele e vivermos
na segurança de que nunca se envergonhará ao olharmos
para nosso Pai Celestial.

Segunda-feira, Lucas 14.1-6


Os seres humanos tendem a ser muito boçais quan-
do acreditam que têm todas as respostas. Na maior parte
do Antigo Testamento, os fariseus tinham muito a dizer
sobre o que Jesus fez ou não e sobre suas ações. Mas, na
realidade, esse povo era apenas brigão. Quando esse tipo
de pessoa deparava-se com perguntas a que não podia
dar uma resposta direta e concreta parava simplesmente
de falar.
Se somos sólidos em nossa fé e acreditamos que
estamos agindo de modo obediente e agradável ao Se-
nhor, não devemos deixar que um brigão ou qualquer
pessoa venha contra nós para nos julgar por nossas ações.
Deus é o único juiz necessário para sermos responsáveis
pelos assuntos de seus ensinamentos.
121
Lição 12 Sábado, 20 de Dezembro de 2008.

Terça-feira, Lucas 14.7-9


Eu não posso contar o número de vezes em que fiz
suposições que me levaram a problemas. Deus encoraja-nos
a não levantarmos hipóteses quando elas vêem de nossas
amizades ou para nossa importância neste mundo. Ele tem
um lugar para cada um de nós, e porque somos parte de seu
corpo, não há lugar que seja mais importante para o Senhor
que qualquer outro. Se sua função em um evento especial é
tirar o lixo ou lavar os pratos, essa atividade deve ser feita
alegre e completamente, pois se assim não o for, o evento
não estará completo.

Quarta-feira, Lucas 14.10-11


Os humanos podem ser muito egoístas. Muitos que-
rem atenção, até quando declaram não querer. Nós quere-
mos ser notados e ser importantes. Mas Deus deseja a hu-
mildade de nós. Ele deu o maior exemplo de humildade ao
deixar seu trono no Céu para nascer em um estábulo, viver
como filho de carpinteiro por muitos anos e tornar-se um
nômade que nunca sabia onde iria dormir; encarou zomba-
rias por anos e culminou em uma cruz, como punição dos
pecados nunca cometidos por ele.
Nossa! Isso me leva a parar e a pensar. Toda a sua
história faz-me examinar meus motivos quando procuro um
lugar de honra em um evento, ou aos olhos de um amigo, ou
de um colega de trabalho ao invés de me humilhar para per-
mitir que um outro tenha destaque. Que Jesus seja mais uma
vez um exemplo de humildade e de honra para nós!

Quinta-feira, Lucas 14.12-14


Examinando nossos motivos, é importante incluir
outras pessoas ao fazermos planos. É fácil planejar eventos
e atividades que incluam os mais próximos e com quem
estamos mais confortáveis. Contudo, precisamos ser cuida-
122
CONVOCADOS À HUMILDADE

dosos para que nossos motivos sejam puros, e que nós não
estejamos procurando impressionar alguém ou manipulá-lo
para que façamos parte de algo sem obrigação em suas vi-
das. É importante continuarmos a olhar além de nosso cír-
culo, fora de nossa zona de conforto, para encontrarmos
aqueles que Deus quer que toquemos.

Sexta-feira, Efésios 3.1-10


Todos somos da família de Deus. O mistério divino e
seu plano são simples; e, ainda assim, impossível de enten-
dermos. Nossas nacionalidades não mais importarão no Céu.
Não importará se somos brancos, negros, pardos ou mesti-
ços; se temos olhos azuis, verdes, castanhos. O que interessa
é se nos arrependemos dos pecados, conscientes de que Je-
sus Cristo morrera por eles, e que ele é o único caminho
verdadeiro para a vida eterna.
Minha oração é para que possamos ter condições de
permitir que os rótulos sumam da terra e que comecemos a
agir como a família de Deus.

Sábado, 1 Pedro 5.1-5


Os mais respeitáveis líderes são aqueles que dão or-
dens às pessoas e exercem o poder sobre eles? Normalmen-
te esse não é o caso. De verdade, são os humildes, que reco-
nhecem que o papel deles como líder não é mais importante
que o dos liderados; é apenas uma função diferente. Eles
sabem da responsabilidade que têm e como serão cobrados
por sua liderança quando estiverem diante de Deus.
Se você é um líder, examine sua atitude de liderança e
a de seu coração. É fácil reconhecer que você precisa ser
mais humilde do que Deus precisa ser humilde com você.

123
Lição 12 Sábado, 20 de Dezembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
14.1-14 Cap. 14 25.1-10

Verso áureo
“Porque todo o que a si mesmo se exaltar será humi-
lhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”.
(Lucas 14.11)

Núcleo da lição
Nossa sociedade valoriza e recompensa as pessoas que
priorizam os outros. Qual é a melhor forma de viver? Em
uma refeição, na qual as pessoas disputam os melhores luga-
res, Jesus conta uma parábola sobre a humildade.

Perguntas para o estudo do texto


1. O que foi colocado nesta história? Aonde Jesus foi? Qual
era o dia da semana?

2. Por que o tempo e o lugar são tão significantes à história


de Jesus nesta passagem?

3. Qual parábola ele conta? Qual seu significado? Por que


124
CONVOCADOS À HUMILDADE

ele precisou contá-la neste lugar?

4. Como a Parábola do Banquete de Casamento é paralela


a Provérbios 19, 17 e 25, 6-7?

5. De que forma a idéia do banquete de casamento repre-


senta o Reino de Deus?

6. Como a humildade pode nos inspirar a sermos gentis para


com os pobres e com os necessitados? Por que o orgulho
sufoca o auto-exame?

7. Quais as maneiras de ajudarmos outras pessoas a cresce-


rem na fé?

125
Lição 12 Sábado, 20 de Dezembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

Ó SENHOR, É DIFÍCIL SER HUMILDE


Eu lembro a letra da canção de Mac Davis de 1979,
“Ó Senhor, é difícil ser humilde”; a música é contagiante, e
as palavras falam em ser “perfeito todos os dias” e de ficar
“com melhor aparência a cada dia”, entre outras coisas. No
nosso mundo, a humildade está freqüentemente em baixa.
Henry e Richard Blackaby definem “o método mundial”
para a auto-estima: “Pegue toda a oportunidade de se
autopromover diante dos outros; aproveite as ocasiões para
o reconhecimento e para manipular seu caminho para ser o
centro das atenções” (Experimentando Deus dia a dia, 27
de agosto (Experiencing God Day by Day, 27 de Agosto).
Por outro lado, temos o caminho de Deus: “Humilhe-se.
Mais do que procurar reconhecimento e posições influentes,
procure colocar os outros em primeiro (...) Um dos muitos
paradoxos da vida dos cristãos é que, quando Deus vê sua
humildade genuína, ele o exalta.” (ibid)
Devemos ser cuidadosos para não abusarmos do prin-
cípio da humildade e tirarmos a submissão da abnegação
que Jesus ensinou aos que se odeiam. Richard Foster define
abnegação como manter os interesses dos outros acima dos
nossos. Dessa maneira, a abnegação livra-nos da autopiedade.
Quando vivemos sem abnegação, exigimos que as coisas
saiam do nosso caminho. E, quando não saem, revestimo-
nos de autopiedade – “Pobre de mim!”.. (Celebração da disci-
plina)
Meu papel atual, como Capelão do Exército, apre-
senta esse desafio para mim. Todos os oficiais, incluindo eu
mesmo, recebem um Relatório de Avaliação de Oficiais
(OER), pelo menos uma vez por ano. Fui classificado por
três pessoas, porque estou em uma unidade especial; então,
126
CONVOCADOS À HUMILDADE

quando estiver para ser promovido a Major, o comando


examinará todos os anos de comentários dos oficiais de car-
reira comandados por mim e por meus capelães supervisores.
Os membros comparar-me-ão a meus colegas. Eu tenho de
apresentar relatórios semanais que forneçam a quantidade
de psicoterapias, de cultos que eu celebro, de projetos nos
quais trabalho em minha unidade e coisas do gênero. Esses
documentos formam a base da maior parte da avaliação já
que meus supervisores não falam comigo com freqüência
durante a semana, pois estão ocupados com outras ativida-
des. E se eles perderem alguma coisa que eu cumpri na OER?
E se houver outro que não esteja fazendo tão bom trabalho
quanto eu? Acontece de eles terem supervisores que podem
fazer melhores relatórios. É um campo muito competitivo.

EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS


Em Lucas 14, Jesus está sob o microscópio religioso
dos fariseus. Aparentemente, é um hóspede convidado por
causa de sua importância como professor. As refeições do
sábado eram um momento de estreito companheirismo.
Comer junto é um sinal de comunidade no Oriente Próxi-
mo. Atos 2.46 indica que essa prática é também uma realida-
de de todos os dias na igreja primitiva. As refeições eram
momentos de construção do companheirismo e do com-
promisso com os outros. Durante meu ano no Afeganistão,
uma das dicas culturais mais importantes foi a de nunca re-
cusar a hospitalidade dos anfitriões. Jesus primeiramente cu-
rou um homem que sofria de hidropisia e estabeleceu sua
autoridade sobre a piedade religiosa de aparência daquele
povo. Lucas registra cinco casos de curas realizadas por Je-
sus, no sábado, porque os fariseus permitiram que animais
fossem resgatados no sábado; eles não tinham resposta para
seu “argumento maior”. Esse milagre é uma acusação em
relação à atitude insensível daqueles que precisam. Ele tam-
127
Lição 12 Sábado, 20 de Dezembro de 2008.

bém usa a cura para estabelecer uma etapa para sua parábo-
la sobre a humildade quando desafia a postura elitista.
Nesta reunião, os convidados estavam tentando esco-
lher lugares mais próximos possíveis de Jesus para poderem
ganhar um maior reconhecimento. Isso me lembra de bailes
militares e de almoços, nos quais todos tentam ficar perto da
mesa principal. Normalmente a patente e a posição social
são os fatores primários a indicarem às pessoas a localiza-
ção de seu assento. É bastante curioso que muitos não estão
satisfeitos com suas colocações, então esperam trocar de lu-
gar com outros. Status e privilégio significam muito para
alguns.
Na parábola, Jesus usa o “subir”, indicando como os
cristãos devem permitir que Deus melhore nossa posição.
Ele fará isso a seu tempo, de sua maneira. Há uma forte chance
de que Jesus refira-se aos Provérbios 25.6-7, nos quais
Salomão insiste na idéia de que é melhor ser erguido do que
ser depreciado na presença da realeza. Ë preciso ter paciên-
cia se isso estiver por ocorrer.
Este princípio básico de ser humilhado para poder
ser exaltado é encontrado em outras partes da Escritura. Je-
sus fala as mesmas palavras na parábola do fariseu e do
publicano, em Lucas 18.14. No Evangelho de Mateus, Pedro
pergunta a Jesus sobre a recompensa dos discípulos, consi-
derando o fato de eles terem abandonado tudo para segui-
lo. A resposta de seu Mestre termina em: “Entretanto, mui-
tos que são primeiros serão últimos; e muitos que são últi-
mos serão primeiros.” A vida eterna é a recompensa. Isso
deveria ser suficiente.
Tiago conclui sua parte sobre orgulho e humildade
advertindo: “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exal-
tará.” (Tiago 4.10) Essa idéia, definitivamente, é oposta a
muitos pensamentos contemporâneos. Até a igreja não está
imune, como vemos em estratégias de marketing usadas por
128
CONVOCADOS À HUMILDADE

muitas de nossas mega-instituições, com a “procura do sen-


sível” e com o “amigo-usuário” que tendem a construir im-
périos ministeriais e personalidades. Lembre-se, também, de
que até para a menor das igrejas o orgulho pode ser perigo-
so.
Nos versículos 12-14, Jesus ordena ao anfitrião que se
preocupe com a recompensa eterna; assim, não deve ficar
angustiado se os convidados são indivíduos que não têm
condições de retribuir. R.G. LeTourneau disse: “Se nós der-
mos somente porque ele paga, ele não pagará.” Tenha certe-
za de que sua motivação para qualquer tipo de serviço é
pura. O anfitrião pode também ser culpado de intencional-
mente se exaltar e, assim fazendo, ele negligencia o pobre, o
aleijado, o manco e o cego ao colocar a energia em direção
àqueles que podem retribuir o serviço.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Esteja “confortável em seus próprios sapatos”. Isso sig-


nifica não tentar manipular as pessoas para serem exces-
sivamente reconhecidas, nem tentar fazê-las sentirem
pena de você. A humildade deve ser genuína.

2. Permita que Deus recompense-o. Para tal ocorrer, você


tem de viver a vida com uma perspectiva eterna.

3. Não viva em competição com os outros cristãos para ver


quem pode estocar mais “créditos imaginários” com
Deus.

4. Coloque os outros em primeiro lugar, e você vai se sur-


preender com a forma como Deus abençoa sua vida.

129
Lição 12 Sábado, 20 de Dezembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição

1. Encoraje os participantes a explorarem a humildade como


Jesus descreveu na parábola.

2. Encoraje os participantes a examinarem seus sentimen-


tos sobre ser humilde intencionalmente.

3. Encoraje os participantes a desenvolverem outras pes-


soas.

Atividade pedagógica
Se os participantes sempre sentam no mesmo lugar
durante a aula, hoje, planeje que sentem de uma forma dife-
rente. Discuta por que os fez mudar de lugar e faça-os parti-
lharem seus sentimentos sobre isso. Leve-os à reflexão so-
bre um momento em que decidiram ser o último. Como se
sentiram? O que aconteceu?

Olhando adiante
Tornando-se fervoroso – simpatizantes para a
causa de Cristo.

130
CONVOCADOS AO
DISCIPULADO
Lucas 14.25-33
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis

Domingo, Salmo 138.1-6


Este é um dos meus salmos favoritos, pois me lembra
do quanto Deus conhece a mim. Algumas vezes, é
desconfortável saber que me é tão familiar e que é impossí-
vel esconder alguma coisa dele. Mas, em geral, sinto-me con-
fortada ao pensar que existe alguém a quem eu posso recor-
rer em todas as situações. E sei que, quando não consigo
expressar o que sinto, não preciso de palavras, pois ele já as
conhece. É quase impossível compreender que Deus conhe-
ce cada um de nós intimamente. Ele criou-nos e envolver-
nos-á com seu amor quando nos abrirmos a ele.
Segunda-feira, Lucas 14.25-27
Quando eu atravesso um tempo ruim por causa de
uma situação desagradável, é mais fácil suportar se eu sei que
a fase negra tem um ponto final. Não importa quão sujo é o
trabalho ou quão maçante é a reunião; sei que haverá um
fim, por isso os suporto.
Não é fácil carregarmos a Cruz de Cristo. Pois, apesar
de termos a promessa da eternidade no Céu, não sabemos
quando isso vai se tornar realidade. Não temos um ponto
final concreto para qualquer situação na qual tenhamos que
sofrer por Cristo. Mas, para ser seu discípulo, devemos estar
dispostos a fazê-lo. Precisamos de disposição para sofrer-
mos a cada dia por ele. Essa é uma ordem difícil de ser cum-
131
Lição 13 Sábado, 27 de Dezembro de 2008.

prida algumas vezes; mas ela realmente perde a importância


se comparada àquilo que ele fez por nós.
Terça-feira, Lucas 14.28-33
Podemos realmente contar o custo de servir a Jesus?
Fico envergonhada quando, às vezes, penso que o preço pago
por mim, para seguir a Cristo, é grande. Com toda a hones-
tidade, é realmente inoportuno para mim. Quando estou
avaliando meu custo, devo compará-lo ao de outros crentes
que sofrem em outros países; então, reexamino meu cora-
ção e minha atitude antes de pegar minha cruz mais alegre e
entusiasticamente.
Quarta-feira, Lucas 18.18-25
Se pelo menos Adão e Eva tivessem percebido antes
de comerem a fruta da árvore do conhecimento o preço
que teriam de pagar mais tarde... Naturalmente, Deus já sa-
bia que seriam desobedientes, e que a liberdade criada para
eles, voltaria a lhes custar o mais bonito e perfeito lugar da
terra. Mas eles não sabiam...
Algumas vezes, penso ser melhor que as pessoas não
saibam o preço a pagar por aceitarem o presente da Salva-
ção de Deus. Porque, como seres humanos, temos a tendên-
cia de olhar para as coisas temporais mais do que para as
eternas. As pessoas que rejeitam Cristo também assim o fa-
zem, pois não querem desistir daquilo que têm na terra por
não poderem vê-lo além desta vida. É nossa tarefa ajudar-
lhes a verem além a fim de fazê-las perceberem que qualquer
preço terreno se enfraquece em comparação à glória que
espera os filhos de Deus, algum dia.
Quinta-feira, Lucas 18.28-30
Há muitos cristãos que batalham para viverem dentro
do orçamento e que não sabem como viverão ao se aposen-
tarem. Alguns podem imaginar o que estão recebendo como
132
CONVOCADOS AO DISCIPULADO

uma recompensa terrena por terem sido seguidores de Deus.


Mas, se essas mesmas pessoas pudessem ver as vidas que
tocaram por sua generosidade ou ouvissem o louvor eleva-
do por outros em sua honra, perceberiam que sua recom-
pensa em muito supera o dinheiro e os bens materiais.
Peça a Deus para mostrar-lhe alguns de seus ganhos.
Você, provavelmente, ficará maravilhado ao ver que o posi-
tivo certamente supera o negativo.

Sexta-feira, Lucas 5.1-11


Certas vezes é preciso um milagre ou um chamado
para despertar as pessoas, levando-as a seguirem Jesus. Al-
gumas delas têm de atingir o fundo do poço antes que acei-
tem Jesus como o único que pode tirá-las dos problemas.
Outros podem ver um milagre acontecer na vida de alguém
e ficar ao lado daquele que tornou possível tal milagre. Não
é nossa tarefa fazer um milagre acontecer, mas é nossa mis-
são falar sobre milagres quando o presenciamos, mesmo que
pareçam insignificantes. A toda hora, os descrentes testemu-
nham um trabalho de Deus; eles estão expostos outra vez a
seu amor e à graça. Esperamos que, em um desses momen-
tos, eles vejam o suficiente para trazê-los à Salvação em nos-
so Senhor.
Sábado, Atos 9.1-6, 11-16
Por causa da fé de Ananias, Saulo tornou-se Paulo, e
sua vida foi completamente mudada. É difícil imaginar o
que a cristandade poderia ser se Saulo nunca tivesse se con-
vertido. Talvez alguém mais pudesse ser chamado para ir até
Paulo, e talvez não. Milhares de vidas foram salvas por causa
de seu ministério, e eu sou grata pela vida de Ananias e por
sua obediência em seguir a Deus, qualquer que tenha sido seu
custo.

133
Lição 13 Sábado, 27 de Dezembro de 2008.

Estudo Estudo Adicional Devocional


Lucas Lucas Salmo
14.25-33 Cap. 14 138

Verso áureo
“E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após
mim, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14.27)

Núcleo da lição
As pessoas procuram uma causa ou um propósito que
possam fervorosamente suportar. Por que vale a pena desis-
tir de tudo? Jesus desafiou as pessoas da multidão a deixa-
rem tudo para trás e a tornarem-se discípulas dele.

Perguntas para o estudo do texto

1. Como Jesus respondeu às grandes multidões que o esta-


vam seguindo? Por que ele parecia desejar enviar tantas
pessoas?

2. O que Jesus quer dizer com o uso da palavra “ódio”, no


versículo 26?

134
CONVOCADOS AO DISCIPULADO

3. O que significa carregar a cruz? Como os seguidores de


Jesus entenderam a expressão? O que viria a significar
no mundo após a Ressurreição?

4. As palavras de Jesus sobre construir uma torre (versículo


28) foram ditas numa época de estruturas não-termina-
das. Herodes foi um irresponsável que acreditou na idéia
de que a glória de alguns vinha de torres, de palácios e de
coisas do gênero. Por que se usou esse exemplo? Como
seus seguidores entenderam seu significado?

5. O que o discipulado custou-lhe? Como isso foi uma ba-


talha em sua fé?

6. O discipulado requer olhar para as opções futuras, cui-


dadosamente contando o custo. Como você chegou ao
fim de seus compromissos? Como pode pedir a Deus para
ajudar-lhe a fazer melhor nesta atividade?

135
Lição 13 Sábado, 27 de Dezembro de 2008.

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

O CUSTO DO DISCIPULADO
Quando as pessoas perguntam-me quais são meus
passatempos, invariavelmente respondo que adoro ler não-
ficção, particularmente biografias de heróis cristãos da fé.
Há exemplos incontáveis, como o dos missionários Hudson
Taylor e William Carey; mártires da Palavra de Deus como
Wycliffe, Tyndale e Huss; e figuras mais contemporâneas,
como Corrie Ten Boom ou Irmão André. Um outro favori-
to é o Pastor e autor alemão Dietrich Bonhoeffer, que foi
preso e enforcado pela Gestapo, em 1944. Ele escolheu per-
manecer na prisão quando poderia ter conseguido um refú-
gio seguro no Oeste se tivesse simplesmente retirado sua
oposição ao Socialismo Nacional e a suas atividades exter-
minadoras. Bonhoeffer escreveu uma série de cartas da pri-
são que foram traduzidas no livro O custo do discipulado. Seu
heroísmo silencioso, nas horas mais sombrias, serve como
inspiração para mim. À proporção que você estuda Lucas
14, pense sobre duas profundas afirmações que realmente
se aplicam à geração do “eu primeiro”.
A primeira idéia é que o discípulo quer seguir, mas
sente-se obrigado a insistir em seus próprios termos, consi-
derando-se o entendimento humano. O discípulo coloca-se
à disposição do Mestre, mas ao mesmo tempo retém o di-
reito de ditar seus próprios termos.
Bonhoeffer também comenta, em Lucas 14.26, que,
pelo chamado de Deus, os homens tornam-se individuais.
Todo homem é chamado separadamente, e deve seguir so-
zinho. Mas eles têm medo da solidão e tentam se proteger
mergulhando-se na sociedade e num ambiente material. Não
estão desejando se colocar diante de Jesus e serem compeli-
dos a decidir com seus olhos fixados somente nele. (p.105).
136
CONVOCADOS AO DISCIPULADO

Bonhoeffer viveu numa época na qual a maioria dos


“cristãos” racionalizavam maneiras de suportar Hittler, por-
que a própria segurança pessoal e a riqueza eram mais im-
portantes que a verdade e a fidelidade a Deus. Eu acredito
que nossa geração tem se sentido bem semelhante sobre esse
conceito de discipulado; nós fazemos isso com nossos pró-
prios termos e em nosso próprio tempo. E você?
EXPLICAÇÃO DAS ESCRITURAS
De acordo com 14.25, grandes multidões seguiram
Jesus. Talvez as pessoas tivessem ouvido sobre seu
ensinamento poderoso. Muitas eram, sem dúvida, conduzidas
pelos milagres feitos. Outras eram convencidas de que ele
seria um líder revolucionário a derrubar o Império Roma-
no. Qualquer que fosse o caso, elas estavam lá. Jesus coloca-
va-se a caminho de Jerusalém para morrer na cruz, mas não
para dar a elas mais emoções. Jesus conhecia as condições
do coração daquelas que o seguiam fisicamente, e ele estipu-
lou exigências que teriam de conhecer para serem conside-
radas verdadeiras seguidoras.
Jesus, intencionalmente, usou de cara uma hipérbole
vívida que relatou aos seus mundos, dizendo-lhes que tinham
que “odiar seu próprio pai, mãe, esposa, filhos, irmãos e
irmãs, sim, e mesmo sua própria vida” para obterem esse
padrão. Essa devoção à pessoa de Cristo também implicava
aceitar a cruz.
Bonhoeffer adverte:
“Se recusamos tomar nossa cruz e submetemo-nos ao
sofrimento e à rejeição nas mãos dos homens, perdemos
nossos companheiros em Cristo e deixamos de segui-
lo. Todavia, se perdermos nossas vidas a seu serviço e
carregarmos nossa cruz, encontraremos nossas vidas
outra vez nos companheiros da cruz em Cristo. O
oposto do discipulado é ter vergonha de Cristo, de sua
137
Lição 13 Sábado, 27 de Dezembro de 2008.

Cruz e toda a ofensa que a cruz traz em sua comitiva


(ibid p. 101).
Assim, somente aqueles que estão desejando serem
obedientes a Cristo a qualquer custo, e que se identificam
com seu sofrimento, são merecedores do discipulado (Mateus
10, 38). Eles estão desejando se separarem das coisas consi-
deradas importantes nesta vida. De volta a Lucas 9.23, Jesus
enfatiza isso, mais adiante, estabelecendo que discípulos ver-
dadeiros têm de negar-se e de tomar a cruz diariamente,
mostrando uma dedicação contínua.
Nos cinco versículos seguintes, ele usou duas ilustra-
ções humanas para se fazer entender. O construtor assegura-
va que tinha dinheiro suficiente para terminar o projeto an-
tes mesmo que o começasse, e o rei afirmava que era forte o
suficiente para vencer uma batalha, mesmo que excedesse
em número.
Jesus não está procurando os que professam meramen-
te com os lábios, mas aqueles que vivem como discípulos
verdadeiros. Na, talvez, mais famosa de todas as passagens
da Grande Missão, ele diz aos onze para “fazei discípulos de
todas as nações” que são aqueles que seguem na obediência
do batismo e observam seus ensinamentos e os Mandamen-
tos (Mateus 28.19-20).
Em estudo recente da Bíblia, nosso grupo de solda-
dos discutiu Hebreus 11.6. Um dos homens comentou uma
frase - “Porque é necessário que aquele que se aproxima de
Deus creia que ele existe” - dizendo que há muitosacutiu,
tanto na igreja quanto no mundo, que podem não ser ateus
teológicos, porém o são na prática. Eles cultuam a Deus da
boca para fora, falam da noção de um poder maior, contu-
do não vivem suas vidas como se Cristo fizesse a diferença,
isto é, viver pela fé, confiando “que é galardoador dos que o
buscam”. Essas pessoas vão atrás de outras coisas ao invés
138
CONVOCADOS AO DISCIPULADO

de submeterem tudo a seu serviço. Essa noção de ateísmo


prático é tão perigoso quanto já era nos dias de Jesus.

LIÇÕES PARA A VIDA

1. Tudo nesta vida tem de ser secundário para Cristo. Isso


inclui relacionamentos, seu trabalho, dinheiro, posses,
atividades de lazer... Submeta tudo a ele. Não tente ser
um cristão com um coração dividido, tentando agar-
rar-se ao mundo enquanto se intitula um seguidor.
2. Pense nas áreas específicas de sua vida nas quais se sen-
te privilegiado por sofrer por Cristo. É diferente para
todos. Avalie como você é abençoado por carregar sua
cruz.
3. Pergunte a você mesmo se é um discípulo digno de con-
fiança, utilizável para o trabalho do Reino, ou apenas um
crente nominal satisfeito com seu local de conforto ter-
reno.

ANOTAÇÕES

139
Lição 13 Sábado, 27 de Dezembro de 2008.

DICAS PARA OS PROFESSORES

Metas da lição
1. Ajude os participantes a explorarem o significado de ser
um discípulo de Jesus.
2. Ajude os participantes a refletirem sobre o sacrifício que
Jesus espera deles.
3. Encoraje os participantes a examinarem e a reordenarem
suas prioridades à luz do chamado de Jesus para toma-
rem sua cruz e segui-lo.

Atividade pedagógica
Peça aos participantes para definirem o que entendem
por “discipulado”. Depois dos estudos da Escritura desta
lição, faça com que eles revejam suas definições.

Revisando
Os fiéis participam do Reino de Deus sendo
chamados a trabalharem, a arrependerem-se, a
servirem com humildade e a serem discípulos
dedicados.

140
COLABORADORES
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Paula Davis cresceu em Verona, Igreja de Nova Iorque
dos Batistas do Sétimo Dia (SDB) e, agora, mora em
Appleton, em Wisconsin. Ela tem uma vida inteira de
trabalho, no ministério de ensinar e de cuidar de crianças
em idade pré-escolar.

ENTENDENDO E VIVENDO

Jerry Johnson, Capelão (CPT) , representa a Conferência


Geral dos Batistas do Sétimo Dia (SDB), no Exército
dos E.U.A. Serviu um ano no Afeganistão, com a 10ª
Divisão de Montanhas (10th Mountain Division) do Forte
Drum, Nova Iorque.

141
OBRAS CITADAS E VERSÕES BÍBLICAS
Barker, Kenneth, General Editor. 1995. The New American Standard
Study Bible.(A Nova Bíblia Americana Estudo Padrão) Grand
Rapids: Zondervan.
Blackaby, Henry and Richard. 1998. Experiencing God Day By Day.
(Experimentando Deus dia-a-dia) Nashville: Broadman and
Holman.
Blackaby, Henry and Richard. 2002. Hearing God’s Voice.(Ouvindo a
Voz de Deus) Nashville: Broadman and Holman.
Blackaby, Henry and Claude King. 1996. Fresh Encounter: Experiencing
God Through Prayer, Humility, and a Heartfelt Desire to Know Him.
(Primeiro Encontro: Experimentando Deus através da Ora-
ção, Humildade e desejo de coração de conhecê-Lo) Nashville:
Broadman and Holman.
Bonhoeffer, Dietrich. O Custo do Discipulado. Editora Sinodal,
São Leopoldo, 1989.
Chambers, Oswald. 1963. My Utmost for His Highest: Classic Edition.
(Meu máximo para Sua grandeza: Edição Clássica) Uhrichsville,
OH: Barbour Publishing.
ChristianityToday.Com. July 1, 2004. Recovering a Protestant Mary: A
Conversation with Timothy George.( Recuperando a protestante
Maria: Uma conversa com Timoty George)
Foster, Richard J. Celebração da Disciplina. São Paulo: Editora Vida
Keener, Craig S. 1993. The IVP Bible Background Commentary. (A Bíblia
IVP Comnetário de fundo) Downer’s Grove, Ill: Inter-Varsity
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MacArthur, John. 1995. Alone With God. (Sozinho com Deus) Wheaton,
Ill.: Victor Books. (“Fervency in Prayer” – “Devoção na Ora-
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Marshall, I. Howard. 1994. New Bible Commentary: 21st Century Edition.
(Novo comentário da Bíblia: Século XXI) Downer’s Grove,
Ill.: Inter-Varsity Press.
Mills, M. S. 1999. The Life of Christ: A Study Guide to the Gospel Record.
( A Vida de Cristo: Um estudo guiado dos registros dos Evan-
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Norris, Kathleen. 2002. Amazing Grace. Quoted in The Incarnation: An

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Anthology. Nashville: Thomas Nelson. (Amazing Grace. Citada
na A encarnação: uma Antologia)
Packer, J. I. 1995. Concise Theology: A Guide to Historic Christian Beliefs.
Wheaton, Ill.: Tyndale House. (“Repentance”) (Teologia Con-
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Robertson, A. T. 1933. Word Pictures in the New Testament: Reprint
Edition.(Figuras do mundo no Novo Testamento: Reedição) Nashville:
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Ortberg, John. 2002. The Life You’ve Always Wanted: Spiritual Disciplines
for Ordinary People. ( A vida que você sempre quis: Disciplinas
Espirituais para pessoas comuns) Grand Rapids: Zondervan.
Spurgeon, Charles H. 1979. Parables of Our Lord: Reprint Edition. ( As
Parábolas de Nosso Senhor: Reedição) Grand Rapids: Baker.
Walvoord, John, and Zuck, Roy. 1985. The Bible Knowledge Commentary:
An Exposition of the Scriptures (A Bíblia Comentada: Uma exposição
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Warren, Rick. Uma vida com propósitos. São Paulo: Editora Vida.

VERSÕES BÍBLICAS
NVI Todas as citações indicadas com a sigla NVI foram extraídas
da NOVA VERSÃO INTERNACIONAL. Copyright 1993,
2000 da Sociedade Bíblica Internacional. Todos os direitos
reservados.
RC VERSÃO REVISTA E CORRIGIDA DE JOÃO
FERREIRA DE ALMEIDA. Rio de Janeiro: Imprensa
Bíblica Brasileira, 1967. Direitos reservados.
RA Os “Versos áureos” e as demais citações bíblicas sem indica-
ção da versão foram retirados da VERSÃO REVISTA E
ATUALIZADA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA.
2ª edição. Copyright 1983, da Sociedade Bíblica do Brasil.
NTLH. NO VA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE.
Barrueri (SP): Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
BV A BÍBLIA VIVA. Segunda Edição. São Paulo: Mundo Cris-
tão, 2002.
LEIA TAMBÉM
Um Povo que Escolhe:

A História dos Batistas do Sétimo Dia.

Documenta a história da
mais antiga denominação cristã
sabatista a partir de visão religio-
sa, mas também secular da histó-
ria, da Reforma Protestante na
Europa aos tempos modernos
nos Estados Unidos da América.
Das suas origens em meados do
século XVII na Inglaterra e na
América Colonial de Rhode
Island, o livro relata a organização
de relações de associação durante
o século XVIII; a expansão junta-
mente com a fronteira ocidental, a organização da Confe-
rência Geral e entidades relacionadas nas áreas missionária e
educacional no século XIX; e as batalhas que se seguiram no
século XX a partir de questões sociais, teológicas e adminis-
trativas.
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