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ESTUDOS BÍBLICOS PARA ESCOLA SABATINA

O PROJETO DE
DEUS:
CRISTÃOS EFICAZES

Lições da Escola Sabatina


Jovens e adultos

Tradução
André Augusto Sak

Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira


Curitiba
2006

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Sumário

Página do editor......................................................................... 5

O PROJETO DE DEUS: CRISTÃOS EFICAZES

UNIDADE 1 – SALVOS POR DEUS


1. Todos pecaram ...................................................................... 7
2. Deus é justo ......................................................................... 17
3. A justificação vem pela fé ................................................. 27
4. A vitória em Cristo .............................................................. 37

UNIDADE 2 – A VIDA CRISTÃ


5. A vida no espírito ............................................................... 47
6. A salvação em Cristo .......................................................... 57
7. As marcas de um cristão verdadeiro ................................. 67
8. Não julgueis ......................................................................... 77

UNIDADE 3 – ENFIM, LIBERTOS


9. Não há outro evangelho ..................................................... 87
10. Todos são salvos pela fé .................................................. 96
11. A finalidade da lei .......................................................... 105
12. A liberdade cristã ............................................................ 114
13. Vivendo a aliança em comunidade ............................... 123

Bibliografia ......................................................................... 132


Colaboradores .................................................................... 133
Lições para o próximo trimestre ........................................ 135

Andrew J. Camenga
Editor

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As Lições Bíblicas e Leituras estão baseadas nas Lições Bíblicas
Internacionais para o Ensino Cristão, (International Bible Lessons for
Christian Education) copyright © 1996.

“The Helping Hand” é publicado trimestralmente pela:


Seventh Day Baptist Board of Christian Education, inc.
P. O. Box 115, Alfred Station
New York, 14803-0115.

Publicado no Brasil com a Devida Autorização


e com Todos os Direitos Reservados Pela:
Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
Caixa Postal 565 - 80.0001-970 - Curitiba/PR
e-mail: secretaria@cbsdb.com.br

Revisão de Texto:
Marlene de Oliveira Garcia
Vanise Macedo Maria

Revisão Teológica:
Pr. Jonas Sommer

Capa e Editoração:
Virtual Diagramação

Impressão:
Gráfica Ferrari

Tiragem:
1.200 exemplares

Todas as citações bíblicas, salvo outra indicação, foram extraídas da Versão


Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida, publicada pela
Sociedade Bíblica do Brasil (©1999)

Título original em inglês deste volume:


“God’s Project: Effective Christians”
Quando houver diferenças entre a versão em inglês e em português
da The Helping Hand, a versão em inglês representa
a língua original do autor.

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OS PROPÓSITOS DOS ESTUDOS BÍBLICOS
PARA A ESCOLA SABATINA SÃO:
• Prover jovens e adultos com uma lição de estudos bíblicos
trimestrais, para uso pessoal ou em grupo, ganhando com
isso um contínuo e renovado conhecimento da Bíblia, das
crenças cristãs e da vida na igreja, dando ênfase especial
para a prática Batista do Sétimo Dia.
• Fazer com que tal estudo das convicções cristãs possibilite o
desenvolvimento das habilidades dos alunos de
compartilhar sua fé.
• Fortalecer a apreciação do legado Batista do Sétimo Dia e a
convicção da verdade do Sábado.
• Nutrir os aspectos morais e espirituais do viver diário e da
tomada de decisões.
• Prover recursos para a devoção diária
• Estimular o ministério educacional dos Batistas do
Sétimo Dia em todo o mundo.

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PÁGINA DO EDITOR

Ao longo dos anos, o Comitê de Educação Cristã tem


procurado melhorar o estilo e as formas de utilização desta
revista. Algumas mudanças foram bastante significativas e
puderam ser facilmente notadas: a discussão sobre cada
lição ficou um pouco maior com uma seção na qual se
encontram alguns objetivos a serem alcançados, após o
estudo de cada capítulo. Outras alterações, no entanto, não
foram tão óbvias: a partir da edição, em língua inglesa, de
setembro a novembro de 2002, começamos a oferecer os
seguintes produtos:

Meditações bíblicas diárias, na Internet: Você pode


encontrá-las no endereço http://www.cbsdb.com.br. O site
é atualizado diariamente. A página contém a passagem
bíblica para aquele dia e um breve texto para auxiliá-lo a
meditar a partir dela. Ali, você poderá encontrar um link
que o levará até outras reflexões, anteriormente postadas.
É uma excelente maneira de se preparar para sua aula
da Escola Sabatina. As meditações são baseadas nas
passagens bíblicas e incluem textos que são, também,
utilizados nas lições a serem estudadas no sábado. Ao
meditar com a Palavra de Deus, você terá a oportunidade
de pensar com seus colegas da Escola Sabatina sobre os
trechos bíblicos em debate.

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TODOS PECARAM
Romanos 1.16-20; 3.9-20

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn

Domingo Salmo 14.1-6


No mundo de hoje, você não precisa procurar muito para
encontrar o mal. Ele está em toda a parte: nos filmes, nas escolas,
em nossas vizinhanças e, às vezes, até nas igrejas a que
pertencemos. Sou mãe de crianças pequenas e, freqüentemen-
te, preocupo-me com relação ao mundo em que estão crescendo.
Satanás parece lançar mão de várias artimanhas para nos atin-
gir... Não precisamos nos esforçar muito; ao olharmos o que
está acontecendo ao nosso redor, desesperarmo-nos.
Mesmo que o mal pareça estar em todos os lugares e
que o mundo encontre-se num precipício profundo e escuro,
devemos continuar esperançosos. Nossa esperança não é deste
mundo, mas vem do céu. Podemos colocá-la, juntamente com
a confiança, com as preocupações e com a fé no Deus do
Universo. Descanse tranqüilo, pois ele está no controle, a
despeito de tudo que vemos ao nosso redor. O salmista lembra-
nos que “o refúgio... é o Senhor” (v. 6). Apegue-se a essa
promessa e viva essa esperança.

Segunda-feira Salmo 10.1-6


Você já se sentiu de maneira semelhante a do salmista,
como se o Senhor estivesse “tão longe”? Eu já! Muitas vezes,
sinto-me sozinha e pergunto-me onde se encontra Deus.
A verdade, porém, é que está no local de sempre:
comigo! Ele continua sendo Deus, seja o meu dia bom ou
ruim. Permanece sendo o rei do Universo, em tempos de
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Todos Pecaram

guerra ou de paz. Está em seu trono e detém todo o poder.


Eu aconselho-o a ler integralmente o Salmo 10. O salmista
inicia seu texto com um lamento contra os ímpios e suas
tramas, e termina com declarações indicando paz interior. Ele
é capaz de enxergar além da situação corrente e percebe que
Deus reina para todo o sempre, pois ouve nossos clamores.
Ele é um Deus justo e reinará eternamente!

Terça-feira João 8.1-9


Algum tempo atrás, conversei com uma tia bastante
sensata acerca de um relacionamento de uma amiga. Enquanto
lhe contava todas as questões preocupantes sobre isso, ela
apenas ouvia. Em um determinado momento, porém, afirmou
que é sempre fácil para aqueles que estão de fora enxergar
todas as razões pelas quais algo não deveria ou não
funcionaria; todavia, somente quem faz parte deste algo é
que, realmente, entende por que ele funciona.
Analogamente, é simples enxergarmos os erros e os pecados
dos outros. É bastante comum querermos julgar o próximo
enquanto negamos e escondemos nossas falhas. Ainda assim,
Jesus compreende cada um de nós! Ele sabe que somos
pecadores; poderia nos condenar, mas escolheu nos absolver...
Pagou o preço pelos nossos pecados; não nos condena e encoraja-
nos a abandonar nossas vidas de erros. Como cristãos, temos que
nos regozijar e estar dispostos a ser imitadores de Cristo.

Quarta-feira Romanos 1.16-20


Por sermos cristãos, temos nossa esperança em Cristo;
tanto o nosso perdão como a possibilidade de justificação vêm
através dele. Nossas vidas devem, portanto, refletir isso
continuamente. Assim, como Paulo diz, em Romanos 1.16-17,
não temos que nos envergonhar do evangelho de Cristo, e
devemos viver sempre pela fé. Vá em frente, então, e mostre
sua fidelidade a ele, alegrando-se sempre com o que tem
feito.
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Sábado, 07 de janeiro de 2006 Lição 01

Quinta-feira Romanos 3.9-14


Quando li esta passagem, tive duas reações diferentes.
Em primeiro lugar, convenci-me de minha pecaminosidade. A
realidade é que sou pecadora e, portanto, culpada de uma
grande quantidade de transgressões contra Deus. Romanos 3.11-
18 dá-me uma imagem bem clara de quem realmente sou.
Minha outra reação foi de alegria e de gratidão. Apesar
de reconhecer meu lado pecador - e, assim como Paulo afirma,
de estar condenada pela lei - isso não é tudo. Também sou
liberta da culpa e da condenação. Jesus pagou o preço na cruz.

Sexta-feira Romanos 3.15-20


O verso 20 chamou minha atenção assim que o li. Não
somos justificados por guardar a lei. Muitas vezes, ficamos tão
preocupados em fazer tudo corretamente que acabamos
perdendo a alegria de andar com Deus. Um exemplo disso são
as inúmeras vezes nas quais esquecemos a alegria de guardar o
sábado, simplesmente porque nos preocupamos demais com
nossa lista de tarefas a serem ou não feitas nesse dia. A lei não
é um elevador para o sucesso espiritual! Ela é, na verdade, um
instrumento a nos lembrar de nossa condição de pecadores.
Não se apegue demais a essa norma, portanto. Ao invés disso,
alegre-se na justiça de Deus pela sua fé em Jesus Cristo.

Sábado 1 João 1.5-10


Ao me levantar, no meio da noite, para dar atenção a um
dos meus filhos que está chorando, freqüentemente tropeço
nos objetos do caminho. Levo um susto cada vez que piso em
algo que não posso ver em razão da escuridão. Quando acendo
a luz, meus olhos sentem-se incomodados por algum tempo,
pois ficaram desacostumados com a claridade; em poucos
segundos, porém, recobro perfeitamente a visão. Assim
acontece com Cristo. Às vezes, o que ele revela pode causar
dor e exigir mudanças drásticas em nossas vidas. Quando,
porém, continuamos a caminhar com ele, passamos a enxergar
claramente o caminho que tem para nós.
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Todos Pecaram

Estudo das Escrituras Devocional


Romanos Salmo
1.16-20; 3.9-20 59.1-5

Verso Áureo
“Não há justo, nem um sequer.” (Romanos 3.10)

Núcleo da Lição
Por que as pessoas continuam a cometer ações que não
deveriam, mesmo quando desejam fazer o bem? Paulo explica-
nos que somos todos pecadores por natureza. (A boa nova é
que podemos conhecer Jesus, cuja retidão liberta-nos das
amarras do pecado.)

Questões para Estudo e discussão do texto


Romanos 1.16-20
1) O que é o evangelho? De que forma podemos saber sobre
ele? Paulo dá a sua definição? Por que é o poder de Deus
para salvação? Como é revelado?

2) Explique a expressão “de fé em fé”.

3) Quem conhecerá a ira de Deus? Que verdade está sendo


detida? Por que aqueles que serão alvos da ira divina são
indesculpáveis?

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Sábado, 07 de janeiro de 2006 Lição 01

4) Quem ou o que torna evidente aquilo que pode ser


conhecido sobre Deus? De que maneira esse conhecimento
torna-se nítido?

Romanos 3.9-20
5) Paulo utilizou o pronome “nós”, no verso 9. Com quem ele
estava “falando?” Quem está incluído nesse “nós”?

6) Que conclusões Paulo repete, no início dessa passagem?


De que forma os versos 10 a 18 apóiam a argumentação
que procura apresentar, desde o início da carta? Que
aspectos esses versículos revelam sobre a humanidade?
Como essas características relacionam-se com o que
conhecemos acerca de Deus?

7) Por que Deus deu a lei? Como ela influencia nossas vidas?
Que outras passagens bíblicas contribuem para um melhor
entendimento sobre seu funcionamento?

Toda a passagem
8) O que é pecado? Por que se revela como um problema?
Identifique algo, em sua vida, que fora pecaminoso. Por
que era um pecado? Como ele relacionava-se com a
descrição paulina da pecaminosidade humana?

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Todos Pecaram

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

O apóstolo Paulo fornece-nos, nos primeiros capítulos


de Romanos, um exame bastante detalhado e compreensível
da condição espiritual da humanidade. Ele fez um retrato
bastante preciso da total depravação do homem, resultante da
corrupção do pecado, e concluiu estarmos todos sob uma
sentença de morte espiritual que pode ser revogada apenas
pela justificação, através da graça só concedida pela fé em
Cristo. Depois da introdução, na qual expressa seu profundo
desejo de ir a Roma para pregar o evangelho, Paulo apresenta
o principal assunto da carta, em 1.16-17.

O evangelho
Em 1 Coríntios 15.3-4, Paulo definiu o evangelho como
a morte, o enterro e a ressurreição de Cristo; torna-se a luz da
glória de Cristo a ser revelada aos perdidos (2 Coríntios 4.3-
4), a firme esperança (Colossenses 1.23), a salvação (Efésios
1.13) e a paz (Efésios 6.15). Ele defendia a sua pureza,
consciente de que alguns procuram distorcê-lo (Gálatas 1.7)
ou pregam-no totalmente diferente (2 Coríntios 11.4).
Na passagem escolhida para a lição, Paulo descreve-o
como poderoso e, como tal, jamais pode envergonhá-lo (1.16).
Com relação à palavra poder, H. L. Willmington explica que
“A palavra grega é dynamis, da qual advêm duas outras -
dinamite: poder destrutivo e dínamo: poder construtivo. O
evangelho de Cristo é a representação de ambos os
significados”. (Guide to the Bible [Guia para a Bíblia], volume
2, página 184)

Fé e justiça
O evangelho revela, também, a retidão divina. Essa
revelação não objetiva ser uma mera descrição de um dos
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Sábado, 07 de janeiro de 2006 Lição 01

atributos de Deus, mas sim dizer que o Senhor também confere


a mesma retidão ao homem (assim como pode ser evidenciado
pela discussão de Paulo com relação à justificação). O
evangelho ainda é descrito como “de fé em fé” (1.17). Marvin
Vincent fornece-nos uma explicação sobre essa expressão:
“Podemos inferir corretamente que a justiça revelada de
Deus é para a fé, no sentido de estar sempre produzindo
mais fé; podemos também afirmar que a fé é um princípio
progressivo; que o objetivo da justificação divina dada ao
homem é a vida, e que o justo vive pela fé (Romanos
1.17b), e passa a viver mais abundantemente com o
crescimento de sua fé.” (Word Studies in the NT [Análise
de palavras do NT], volume 3, página 14)

A leitura desse texto (1.17), feita por Martinho Lutero,


deu-lhe ímpeto para tornar-se um importante personagem na
Reforma Protestante. Quase todas as versões da Bíblia, em
língua portuguesa, parecem deixar bem claro que não há nada,
no contexto, a sugerir que Paulo esteja tentando fazer uma
comparação entre a doutrina da fé e das obras. Está bem
evidente que a crença é o único elemento a identificar os
justificados perante Deus.
De maneira geral, entre 1.18 e 3.8, Paulo relacionou
categorias específicas de pessoas para demonstrar a
necessidade da justificação pela fé. Para cada categoria a
conclusão foi a mesma: toda a humanidade encontra-se no
pecado e está sob a condenação eterna de Deus. Os judeus
não são melhores que os gentios, nem estes melhores que
aqueles.
Ele fez uso de uma série de passagens do Velho
Testamento, em 3.10-18, para demonstrar três realidades
negativas dos homens. Mostrou que cada ser humano está
corrompido em seu caráter ao declarar que não existe
alguém justo (3.10) ou que entenda a justiça (3.11a, ver Isaías
64.6), alguém que busque a Deus (3.11b) e que todos se
extraviaram (3.12, ver Isaías 53.6). Ele, também, provou que
cada ser humano está corrompido em sua fala ao declarar
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Todos Pecaram

que sua garganta é como um sepulcro aberto (3.13a); ela é


venenosa como uma cobra (3.13b), cheia de maldição e de
amargura (3.14), sempre amaldiçoando Deus e os outros.
Finalmente, expôs que cada pessoa está corrompida em
sua conduta ao declarar que ela produz derramamento de
sangue e destruição e que, também, não tema Deus e seu
julgamento (3.18).
O mundo todo é culpado perante Deus.
A lei não pode salvar alguém; apenas demonstra o
perfeito padrão moral de Deus, o qual ninguém pode alcançar.
A justificação, portanto, provém somente da graça dele, através
da fé no sacrifício feito por Jesus Cristo.

Para refletir
1. O evangelho é exclusivo. Não há qualquer rota
alternativa para se chegar a Deus. Isso traz inúmeras
conseqüências, tanto para evangelismo como para
as missões. Apesar de alguns sugerirem que Deus
oferece salvação por outros meios, além de Jesus
Cristo, qualquer forma de universalismo1 cai por terra
após uma leitura séria de Romanos.
2. O evangelho é universal. A Grande Comissão não
deve focalizar apenas um grupo de pessoas. O grande
problema de uma sociedade como a nossa é a
suposição de que as pessoas religiosas, de qualquer
credo, estão todas do lado de Deus. Da mesma forma,
os auto-suficientes não conseguem ver a si mesmos
como pecadores, necessitando de um salvador.
3. O evangelho é poderoso. Um de meus passatempos
favoritos é a leitura de testemunhos de pessoas
transformadas, após terem recebido Cristo. Um ótimo
exemplo é o de Charles Colson, fundador do Prision
Fellowship Ministries [Ministério de comunhão nas
prisões]2 . Ele encontrava-se no auge do poder e do
sucesso profissional como conselheiro interno do ex-
presidente americano Richard Nixon. Por causa de
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Sábado, 07 de janeiro de 2006 Lição 01

um escândalo, conhecido como Watergate, acabou


indo para a prisão; encontrou Jesus e, atualmente,
lidera um movimento cristão que procura influenciar
as culturas americana e mundial, de forma
significativa.
4. O evangelho é revelador. A expressão “de fé em fé”
confundiu-me por um longo tempo, até que um pastor
pregou sobre a passagem, comparando-a a sinais, ao
lado da rodovia, que nos guiam até nosso destino
final. Ao experimentarmos a fé salvadora em nossas
vidas diárias, podemos perceber mais claramente
Deus, santificando-nos gradativamente. É um
processo.
5. O evangelho é necessário. Em nosso mundo atual,
esse é um assunto do qual não podemos fugir. Nós
sempre lidamos com o pecado, porque somos todos
pecadores. O único remédio para isso não pode ser
encontrado em lugar algum, exceto na fé salvadora
em Cristo.

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar os ensinos paulinos sobre o pecado;
2) Explorar o conceito de pecado como parte da condição
humana;
3) Pensar em formas de se fazer o que é certo quando os
problemas vêm e alegrar-se no perdão que temos em Cristo.

Atividade pedagógica
O objetivo das passagens bíblicas estudadas, nesta lição,
é deixar claro que “eu sou um pecador”. Cuide para que a
aula não se torne apenas uma discussão sobre os males do
mundo. Procure, ao contrário, descrever como todos fomos
destituídos da glória divina.
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Todos Pecaram

Uma forma de se fazer isso é iniciar um debate sobre as


“qualidades invisíveis” de Deus que nos foram reveladas
(Romanos 1.20). Apesar de isso exigir que você estude a
passagem um pouco mais a fundo, o esforço é válido, porque
nosso pecado torna-se cada vez mais evidente quando o
comparamos diretamente com a retidão, com a santidade e
com a grandeza de Deus.

Olhando Adiante
Paulo explicou a seus leitores que o julgamento é uma
prerrogativa de Deus e não somos capazes de enfrentá-
lo, dada a terrível ira divina que o acompanha.

1
Universalismo é uma corrente filosófica que advoga a não necessidade de
ser cristão para ser salvo. Para eles há salvação nas outras religiões, como
por exemplo, budismo, xintoísmo, entre outras.
2
Organização sem fins lucrativos com mais de um milhão de voluntários,
em 70 países, que oferecem auxílios espiritual e psicológico a prisioneiros
e a suas famílias, além de lutarem por reformas, nos diferentes sistemas
presidiários do mundo.

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DEUS É JUSTO
Romanos 2.1-16

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn

Domingo Salmo 7.6-17


Minha primeira reação à passagem foi pensar “Calma aí,
Davi! Você, com certeza, também não é perfeito!” Ainda assim,
muitos de nós, em alguns momentos, sentimo-nos iguais a ele.
Observar o pecado tomando conta do mundo é, por vezes, algo
bastante frustrante. O mal e a perversidade parecem estar,
freqüentemente, no controle da situação. Sabemos, porém, que
isso não é verdade. Compreendemos que, em última instância,
Deus está no controle e ele é o justo juiz. Podemos, portanto, nos
juntar a Davi e render “graças ao Senhor, segundo a sua justiça” e
cantar “louvores ao nome do Senhor Altíssimo” (v. 17)!

Segunda-feira Salmo 50.1-15


O desejo mais importante de Deus não é por sacrifícios
de “coisas”. Não há coisa alguma na Terra que não pertença a
ele. O que Deus realmente quer de nós são nossos corações.
Deseja que nos voltemos para ele; quer nosso louvor, adoração,
amor e respeito. Pretende que façamos sacrifícios de ações de
graças por tudo o que ele é e faz. Entregue a Deus o que
realmente importa: seu coração.

Terça-feira Romanos 2.1-5


Julgar os outros é um erro, freqüentemente, cometido.
Lembro-me de que, quando criança, muitas vezes, disseram-
me que não deveria fazê-lo. Fui advertida quanto a isso na
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Deus é Justo

igreja, na escola sabatina, em casa, nos acampamentos e, até,


na escola. Ainda assim, muitos cristãos parecem ter problemas
com relação a julgamentos; talvez em razão da facilidade de
se enxergar as falhas dos outros. Todos, porém, temos
deficiências e, por vezes, condenamos outros por esses mesmos
erros. Nenhum de nós tem o direito de agir como um juiz;
todos fomos destituídos da glória de Deus e só podemos ser
redimidos pela graça dele. Deixe que ele julgue, pois é o
único digno de tal tarefa.

Quarta-feira Romanos 2.6-11


Deus não faz distinção de pessoas (v. 11). Sou
eternamente grata por isso, pois, quando olho para minha
vida, vejo a quantidade de erros e falhas cometidas. Tenho
lutado com minha fé e com meu temperamento para ser
obediente a Deus. Ele sabe de tudo isso e quer fazer sua obra
em mim para me ajudar a crescer. Ama-me pelo que deseja
que eu seja, assim como ama todos nós. Ele conhece nossas
forças e fraquezas; todas elas.

Quinta-feira Romanos 2.12-16


Não podemos guardar segredos de Deus. Ele conhece-
nos melhor do que nós mesmos. Quando voltar, ficaremos
totalmente expostos perante ele. Neste dia, saberemos que
nos enxerga como realmente somos: as partes boas, as más e
o que se encontra entre as duas. Que pensamento mais
assustador! É ótimo saber, porém, que, verá em nós o reflexo
de seu filho. Cristo cobriu todos os nossos pecados e isso
permitiu nos prostrarmos, perante Deus, puros e sem culpa.
Ele pagou pelos nossos pecados, e nisso podemos nos alegrar!

Sexta-feira Romanos 2.17-24


Parece que os judeus levaram uma forte repreensão na
passagem. Essa foi, pelo menos, minha primeira impressão.
Percebi, porém, que a mensagem também pode desafiar minhas
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Sábado, 14 de janeiro de 2006 Lição 02

atitudes. Assim como ela provocou os judeus, que se


orgulhavam de seu relacionamento com Deus e do resultado
dele, também pode exigir mudanças naqueles pontos, em
minha vida, em que me orgulho do que Deus fez.
Deixe que ele fale com você por meio da passagem.
Peça a ele que o molde de tal forma a se tornar um imitador
de Cristo.

Sábado Romanos 2.25-29


Não fomos chamados para ser atores. Deus não se
impressiona com a aparência do bem em nossas vidas. Ele
pede, sim, obediência. Mas esta não é um meio para encontrar
favor aos seus olhos; é um ato de louvor a ele que advém de
um coração transformado. Neste sábado, alegre-se ao santificar
o dia separado por Deus. Estabeleça uma comunhão ainda
mais íntima e descanse nele!

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Deus é Justo

Estudo das Escrituras Devocional


Romanos Salmo
2.1-16 50.1-15

Verso áureo
“... no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar
os segredos dos homens, de conformidade com o meu
evangelho.” (Romanos 2.16).

Núcleo da lição
As pessoas, freqüentemente, julgam as outras e
consideram-se superiores. Temos alguma base bíblica para
nos comportarmos dessa maneira? Paulo diz-nos que não. Todos
estão sob a condenação de Deus e encontram-se devedores
dele.

Questões para estudo e discussão do texto


1) Que problema Paulo está tentando corrigir com o texto?

2) Qual é a diferença entre “aprovar os que assim procedem”


(1.32) e “julgar” (2.1)? A que se referem as seguintes
declarações: “praticas as próprias coisas que condenas” ou
“tais coisas” (vv. 1-2)?

3) Que tipos de pecado mais lhe indignam? Você pode dizer


que está lutando contra um pecado semelhante aos
condenados? Como é possível reconhecer quando julgamos
alguém? O que tornava Paulo apto a acusar aqueles que
haviam julgado, apesar de terem cometido os mesmos erros?
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Sábado, 14 de janeiro de 2006 Lição 02

A passagem é uma acusação de hipocrisia, ou Paulo estava


tentando ensinar algo mais?

4) O que, de acordo com Paulo, leva as pessoas ao


arrependimento? Por que ele é importante? O que as
palavras tolerância e longanimidade significam, nesse
contexto (v.4)? Você pode dizer que suas palavras e suas
ações demonstram crer que a tolerância e a longanimidade
de Deus estendem-se aos outros?

5) Descreva as pessoas e o que será delas, de acordo com


Paulo, nos versos 7-10. As descrições deveriam englobar
toda a humanidade? Paulo estava querendo fazer do verso
7 uma espécie de instrução de como se poderia obter a
vida eterna? Se não, qual era seu propósito?

6) Alguns declaram não ser justo que os surdos à lei de Deus


sejam considerados responsáveis por sua incredulidade.
Por que Paulo diz que todos são indesculpáveis?

7) Quais princípios sobre o julgamento de Deus você pode


apreender do texto?

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Deus é Justo

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

O que a Bíblia diz


Em Romanos 2, Paulo tratou da questão dos que se
consideravam justos perante Deus com base em suas boas
obras. “Quando, em 1.18-32, Paulo falou da ira de Deus contra
a impiedade e perversão, referiu-se, primariamente, aos
pagãos. (...) Da mesma forma, continua, em 2.1ss., a falar
sobre a ira de Deus com relação àqueles que crêem serem
justos perante a lei”. (Nygren, Commentary on Romans
[Comentário sobre Romanos], páginas 117-118)
A palavra “portanto”, no início do versículo 1, deveria
indicar algo como “Com base em tudo o que acabei de dizer,
aqui estão mais algumas implicações”. Partindo-se, porém, do
princípio que o conjunto anterior de versos referia-se aos
pagãos, talvez esse termo deva indicar algo mais enfático,
como “É exatamente pelas razões que acabei de indicar que
vocês estão sob a mesma condenação”. Apesar de possuírem
uma conduta mais refinada, os judeus conhecedores da lei não
se isentavam do padrão divino de justiça.
Aqueles com quem Paulo estava lidando não se davam
conta nem da natureza da perfeita lei de Deus, nem de sua
própria conduta moral decaída. Eles não conseguiam
compreender a condenação como um resultado do pecado
pessoal. Para piorar a situação, eram tão arrogantes que não
consideravam a possibilidade de Deus oferecer bondade,
tolerância e longanimidade às pessoas que não tinham acesso
à mesma revelação que eles. Vemos esse tipo de
comportamento, hoje, na vida dos religiosos que não acreditam
precisar de um salvador, que rejeitam a noção de que Deus
está levando ao arrependimento os que, segundo eles próprios,
são moralmente inferiores. Paulo estava lhes dizendo que eles
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Sábado, 14 de janeiro de 2006 Lição 02

é que estavam sendo levados ao remorso. Não há repreensão


maior que essa!
Eles não responderam de forma positiva ao evangelho,
pois não vislumbraram sua necessidade. Paulo desenhou “uma
imagem bastante chocante: a acumulação da ira para si mesmo...
O pecador reserva-a para sua própria condenação. Ela, porém,
não é despejada sobre ele em razão da paciência divina. No
entanto, não haverá escape quando o justo julgamento de Deus
revelar-se a todos”. (Vincent, Word Studies in the NT [Análise
de palavras do NT], volume 3, página 26)
Os versos 6-11 podem adquirir um sentido errôneo se
tirados de seu contexto. Paulo não contradisse seus argumentos
anteriores com relação à salvação pela graça obtida pela fé.
Ele estava, sim, criando uma situação hipotética inalcançável
ao pecador, tanto a judeus quanto a gentios.
Desafiava os religiosos a provarem seu mérito, com base
nos padrões divinos de justiça. Na segunda metade do capítulo,
demonstra como a lei também condena os judeus. Mais tarde,
ainda em Romanos, ensina-os a viverem de forma aceitável
perante Deus, com base na sua graça. Nesse momento, porém,
conclui que o Senhor é um juiz imparcial que julgará todos
por suas próprias ações.
Nos versos 12-15, fez uma série de declarações a que
se têm mostrado bastante controversas. Alguns dizem que ele
afirmara estarem os gentios isentos do julgamento divino, pois
não receberam a lei. Seguindo, porém, a linha de pensamento
dos versos anteriores, podemos observar o seguinte:
1. O julgamento dos gentios, desconhecedores da lei,
dar-se-ia sob diferentes termos (a revelação divina
através da criação, como demonstra 1.18-20, e sua
consciência, de acordo com os versos 14-15). Os
judeus estariam sujeitos ao julgamento baseados no
conhecimento que tinham da regra;
2. Deus não se importava com o quanto da lei os judeus
conheciam; preocupava-se, na verdade, com o que
faziam com esse conhecimento. O objetivo de Paulo
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Deus é Justo

era levá-los a entender que não eram perfeitos e,


portanto, estavam sob condenação eterna, assim como
os gentios;
3. Aqueles que não têm a lei comportam-se, instin-
tivamente, segundo a lei moral. “Há três pontos
importantes que testemunham em favor disso: aquilo
que demonstra ‘as exigências da lei’ estarem escritas
no coração; a consciência; e os pensamentos que os
defendem e acusam-nos. Esses três elementos
demonstram que os gentios também não recebem
desculpa quando fazem o mal. Fica bem claro, então,
que o julgamento de Deus é justo quando os gentios,
assim como os judeus, são declarados culpados e,
igualmente, sob a ira de Deus”. (Nygren, página 125)
A conclusão de Paulo com relação a essa questão está
inscrita em 1.16-17. No dia do Julgamento Final, o evangelho
será a baliza da verdade pela qual todos serão medidos. Ele
indicou que o próprio Cristo será o juiz. Não somente as ações
dos homens serão expostas, como também todos os
pensamentos escondidos.

Implicações práticas
1. Tenha cuidado ao julgar os outros por falhas ou por
rumores de pecados em suas vidas. Lembre que o
padrão de comportamento esperado dos cristãos é
muito alto (tanto que não somos capazes de fazer jus
a ele...). A verdade é que a quem muito é dado,
muito será cobrado;
2. A religião pode, freqüentemente, cegar. Os judeus,
com quem Paulo confrontava-se, achavam-se tão justos
a ponto de não reconhecerem a necessidade de
receber Cristo como seu salvador. Esse é o maior
obstáculo encontrado quando tento testemunhar aos
meus parentes. Muitos são crentes nominais, do tipo
que falam apenas de uma doutrina de amor e de perdão
universais, esquecendo-se da realidade do pecado;
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Sábado, 14 de janeiro de 2006 Lição 02

3. Cuide-se para que você não seja tão orgulho a ponto


de não desejar que outros venham a Cristo. Aquele
grupo de religiosos hipócritas haviam, literalmente,
separado-se de todo o resto, crendo que os que não
haviam crescido na mesma tradição religiosa deveriam
ser rejeitados. As igrejas, com freqüência, dizem
querer evangelizar, mas quando o grupo de
convertidos é formado por pessoas não muito aceitas
socialmente, muitas comunidades rejeitam o pedido
de acolhimento;
4. Não endureça seu coração quando a Palavra de Deus
e seu Espírito Santo confrontarem-lhe com seu
pecado. Você está sendo levado a se arrepender e a
ser restaurado. O orgulho, porém, resiste à
necessidade de confrontar o pecado;
5. Não sabemos exatamente o que Deus irá fazer com
aqueles que estão em lugares onde não houve
qualquer exposição à Bíblia ou ao evangelho. Temos
conhecimento, porém, em Romanos 1-2, de que nos
deu a testemunha da criação e uma consciência para
nos direcionar a Deus. A conclusão de Paulo é que
todos precisam de Jesus Cristo. Não diminuamos a
importância do imperativo para levar o evangelho a
todos os lugares!

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar as declarações de Paulo, a respeito do julgamento
de Deus;
2) Explorar o contexto que levou Paulo a escrever sobre os
judeus, sobre os gregos e sobre a lei;
3) Discuta de que forma a passagem influenciou a maneira
como você entendia o julgamento de Deus.

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Deus é Justo

Atividade pedagógica
Uma boa ferramenta para se compreender melhor uma
passagem bíblica como esta é criar um esboço. Pense na
possibilidade de fazê-lo para esta aula. Para tal, discuta sobre
como o texto relaciona-se a seu contexto imediato e descreva
os pontos mais importantes. A partir dessa análise, crie um
rascunho e complete-o com detalhes retirados do restante do
texto. Faça perguntas pertinentes, durante a atividade, para
ter certeza de que sua classe e você estão seguindo a mesma
linha de pensamento com relação às declarações feitas por
Paulo sobre o julgamento divino e nossa responsabilidade
correspondente.

Olhando adiante
Temos paz com Deus. Ele providenciou uma forma de
reconciliação ao oferecer-nos, através de sua graça, a
justificação em Jesus Cristo.

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A JUSTIFICAÇÃO VEM
PELA FÉ
Romanos 5.1-11, 18-21

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn

Domingo Tito 3.1-7


Em um mundo como o nosso, uma mãe tem tanto para
se preocupar... Há muitas forças maléficas à espreita. Como
posso proteger meus filhos de todas elas? Eu não consigo isso,
mas posso orar por eles. Eu posso confiá-los aos cuidados de
Deus e crer em sua proteção. Eu posso ensinar-lhes sobre
Deus e seu amor. Eu posso encorajá-los a um relacionamento
mais íntimo com ele e apoiá-los, em amor, quando falharem.
Meu filho está, atualmente, preparando-se para o batismo.
Pediu que Cristo viesse habitar em seu coração e está pronto
para fazer sua pública profissão de fé. Eu posso me alegrar
pelo fato de ele ter aceitado o que Cristo tem a oferecer e,
também, já estar justificado pela fé. Eu posso me alegrar por
ser um herdeiro do Reino de Deus e poder ter a esperança de
uma vida eterna!

Segunda-feira 2 Coríntios 3.4-11


Os incrédulos, geralmente, protestam por não quererem
fazer parte de um grupo que restringe sua vida e cerca-os
com várias regras e leis. Na verdade, não conseguem entender
que o cristianismo não tem a ver com condenação ou com
obediência a normas. Nosso relacionamento com Cristo permite
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A Justificação Vem Pela fé

termos paz com Deus. Pelo seu sacrifício, temos uma nova
aliança com ele. Não estamos presos a regras e, sim, livres.
Somos libertos para servi-lo com toda a honra, para
experimentar sua glória e para ter a verdadeira esperança!

Terça-feira Romanos 4.13-25


Quando os pais de meu marido morreram, ficamos todos
surpresos com a herança deixada. Viviam de forma bastante
simples; não havia qualquer expectativa de que suas
propriedades valessem muito. O maior legado recebido deles,
porém, nunca poderia ser avaliado em termos financeiros ou
depositado em algum banco. Assim como Abraão, deixaram-
nos uma herança de fé! Ao pensar sobre a família do meu
esposo, posso perceber isso. Todos os seus irmãos são líderes
em suas igrejas e ministram das mais variadas formas. Os
netos de Paul e de Muriel também demonstram o desejo de
crescer no Senhor e servi-lo, do mais velho ao mais jovem.
Fomos, verdadeiramente, abençoados pela fé sobre a qual
nos ensinaram. Essa sim é uma herança da qual vale a pena
orgulhar-se!

Quarta-feira Romanos 5.1-5


Esperança é uma palavra interessante. Freqüentemente
a utilizamos e, também, suas derivadas: “Eu espero que consiga
passar neste exame”, “Eu espero que ganhe um carro de
aniversário”, “Eu espero que consiga terminar este trabalho”
ou “Espero não entrar em dificuldades”. Esse tipo de expectativa
parece-me bastante vazio, pois tem mais a ver com sorte.
A esperança que devemos ter é bem diferente... Não se
relaciona à sorte e sim, à segurança. Não é acaso, mas uma
promessa. Temos “esperança (que) não confunde, porque o
amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito
Santo, que nos foi outorgado” (v. 5)!

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Sábado, 21 de janeiro de 2006 Lição 03

Quinta-feira Romanos 5.6-11


Enquanto ainda éramos pecadores, Cristo morreu por
nós. Sua morte não foi bela, nem pacífica. Ele foi espancado e
torturado, sofrendo bastante. Fez isso voluntariamente. Cristo
não morreu pelas pessoas “boas”; pereceu pelos pecadores,
pelos piores elementos que se possa imaginar, por você e por
mim... Aos olhos de Deus, somos todos pecadores. Cristo pagou
pelos nossos pecados. Tudo o que precisamos fazer é aceitar
tal pagamento. Se aderirmos a ele e proclamarmo-lo como
Senhor em nossas vidas, seu sacrifício cobrirá nossos pecados.
Podemos, então, nos apresentar puros perante Deus, por causa
de Cristo.

Sexta-feira Romanos 5.12-17


Há uma única maneira de sermos justificados perante
Deus: somente pelo sangue de Jesus Cristo. Assim como
Romanos 5.17 afirma, a graça e a justiça abundantes de Deus
vêem somente através de Cristo. Não podemos fazer isso por
nós mesmos... Precisamos aceitar livremente o dom gratuito
que nos é dado; o dom de seu filho. Uma vez que o aceitemos,
deveremos viver conscientes de estarmos perdoados. Ele deu-
nos o maior dom de todos; o que você pode ceder-lhe hoje?

Sábado Romanos 5.18-21


A graça superabundou! Onde uma vez reinou o pecado,
agora reina a graça de Cristo. Jesus dá-nos vida eterna; cede-
nos sua graça; concede-nos justiça. Neste sábado, reflita sobre
o significado que o dom de Cristo tem em sua vida. Como
você foi transformado? Agradeça-lhe por isso. Que esperança
pode ter, em razão desse sacrifício? Louve ao Senhor por sua
fidelidade! Quais são as áreas de sua vida que o impedem de
ter um relacionamento mais íntimo com Cristo? Confesse-as ao
Senhor. Alegre-se, hoje, na graça que todos recebemos!

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A Justificação Vem Pela fé

Estudo das Escrituras Devocional


Romanos 2 Coríntios
5.1-11, 18-21 3.4-11

Verso áureo
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus
por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1)

Núcleo da lição
Muitas pessoas já experimentaram a alegria da
reconciliação, depois que um relacionamento profundo foi
abalado e, então, restaurado. Como podemos experimentar
uma reconciliação com Deus, depois de termos pecado? Paulo
lembra-nos que Jesus tornou-se o agente dessa reconciliação
ao morrer por nós.

Questões para estudo e discussão do texto


1) O que significa “ser justificado”? Por que precisamos disso?
Como podemos ter paz com Deus? “Paz com Deus” é o
mesmo que paz interior ou falta de sofrimento?

2) Segundo o verso 2, no que deveríamos nos regozijar? Por


quê? E o verso 3, segundo ele, qual deve ser a razão de
nossa alegria? Por quê? E o verso 11? Por quê? Além dessas
razões para o regozijo, há outro aspecto que ligue esses
versos?

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Sábado, 21 de janeiro de 2006 Lição 03

3) O que produz a esperança naqueles que possuem paz


com Deus? Como você pode explicar esse sentimento a
alguém que pensa ‘esperança’ como um ato de simples
pensamento positivo?

4) Quem são os inimigos de Deus? Como são identificados?


O que Deus fez por eles? Quando e por que fez isso?
Quais são as promessas específicas mencionadas por Paulo
para aqueles que se reconciliaram com Deus?

5) Como o pecado entrou o mundo? Como se espalhou? Qual


foi o resultado desse pecado? Quem eram “aqueles que
não pecaram à semelhança da transgressão de Adão” (v.14)?
Quais diferenças Paulo mencionou entre o dom que Jesus
trouxe e o resultado do pecado?

6) Qual era o propósito de Paulo ao leitor que se deparasse


com esta parte de sua epístola? O que, dentro do texto,
leva-o a pensar assim?

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A Justificação Vem Pela fé

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

O que a Bíblia diz


Em Romanos 5, o apóstolo Paulo concluiu seu ensino
sobre a doutrina da justificação pela fé. Ele demonstrou que é
um dom da graça de Deus recebido pela fé, e não pelas obras
(a palavra justificação e suas derivadas podem ser encontradas
em 3.24, 26, 28, 30; 4.2, 5, 25). Parte do apresentado é que
“não somos salvos pelos nossos próprios esforços” e que “o
milagre do novo nascimento acontece no exato momento em
que apresentamos uma fé salvadora”. (Lutzer, The Doctrines
That Divide [As doutrinas que dividem], páginas 83-84) A
compreensão de que o homem apresenta-se justificado perante
Deus pela fé na obra completa de Cristo, a despeito do fato
de que a raça humana ainda é pecaminosa, foi a base para a
Reforma Protestante.
Paulo também expôs várias implicações práticas dessa
nova posição tida perante Deus. Em primeiro lugar, temos paz
com Deus, em um sentido bastante objetivo (o crente é
conduzido ao conhecimento da presença de Deus). Isso leva
a uma paz com ele, também, de forma subjetiva (uma
experiência de nova esperança). Ele descreveu tal sentimento
subjetivo em Filipenses 4.7, como um resultado de uma vida
de oração.
Em segundo lugar, os justificados são capazes de reagir
positivamente a circunstâncias difíceis. Paulo declarou que as
tribulações desenvolvem a perseverança e o caráter, os quais,
no final, levam à esperança. Podemos ver isso hoje. Se, por
um lado, os cristãos não devem demonstrar um “complexo de
mártir”, procurando problemas, os maiores reavivamentos estão
acontecendo em lugares onde os crentes experimentam pobreza
econômica e intensa perseguição: China, partes do Oriente
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Sábado, 21 de janeiro de 2006 Lição 03

Médio, Ásia, América do Sul e regiões africanas abaixo do


deserto do Saara. Nesses locais, as igrejas clandestinas espalham-
se como fogo em palha. Nos Estados Unidos, onde há liberdade
e riquezas, a maior parte das instituições cristãs está estagnada
ou em declínio.
Em terceiro, a esperança é confirmada, na vida do crente,
através do Espírito Santo, cuja presença oferece uma revelação
sempre renovada do amor de Deus. “A sólida fundação sobre
a qual se encontra nossa esperança é o amor de Deus. É por
causa desse amor em nossas vidas que sabemos, sem qualquer
sombra de dúvida, que ele nos levará à glória. Cremos que
seremos capazes de perseverar até o fim e temos boa base
para acreditar nisto”. (Stott, Men Made New [Homens renovados],
página 16)
Esse amor de Deus nada tem a ver com meras emoções,
baseadas em sentimentos. É, sim, uma realidade objetiva. A
base que temos para nosso conhecimento do seu amor é a
morte de Cristo, como pode ser visto na recitação feita por
Paulo sobre a expiação substitutiva de Cristo (versículos 6-8).
A morte possibilitou a restauração do relacionamento entre
partes que, antes, encontravam-se separadas; sua ressurreição
assegura que seremos preservados por toda a eternidade.
Paulo, então, descreve o processo pelo qual o pecado
adentrou pelo mundo através de Adão e a justificação vinda
por Cristo. O primeiro trouxe o pecado e a morte espiritual; o
outro, retidão e vida espiritual. Personagens históricos, como
Martinho Lutero e Calvino, fizeram do conceito expresso na
passagem uma das principais questões teológicas da Reforma.
Na defesa da doutrina da justificação pela fé, eles apelaram a
Agostinho de forma a demonstrar a universalidade da natureza
do pecado:
“Agostinho cria que as crianças que nasciam já se
encontravam sob a condenação do pecado adâmico. Elas
não somente nascem com esse pecado original, mas
também possuem uma natureza corrupta e, portanto, uma
falta inata de habilidade para cumprir os mandamentos
divinos. Se os homens podem ser salvos, isto é resultado
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A Justificação Vem Pela fé

direto da intervenção de Deus. A regeneração da alma precisa


ser uma obra sobrenatural e exclusiva do Espírito Santo. A
salvação vem somente pela graça.” (Lutzer, página 158)
Os reformadores criam que, se fosse possível provar
que o homem é pecador por natureza; então, poderíamos ter
a certeza de sua incapacidade em realizar qualquer obra que
o justificasse perante Deus.
A despeito da teoria da natureza humana segundo a
Reforma, Paulo afirma que a lei confirma a pecaminosidade
dos seres humanos e sua necessidade de um salvador. No
capítulo 6, ele negou a acusação de estar encorajando os
cristãos a pecarem, já que a salvação vem pela graça e não
por obras. De qualquer forma, no texto, afirma categoricamente
que a salvação só vem pela graça por meio da fé em Cristo.

Considerações práticas
1. Precisamos repensar a forma como apresentamos o
evangelho. Uma mulher, em minha igreja, afirmou
certa vez que estava cansada de ouvir as pessoas
dizendo: “Eu sou salvo pela fé, mas...”. Com Deus,
não pode haver esses “mas”. Em nossa cultura de
opulência, as pessoas têm a tendência de pensar
que tudo está bem, buscando mais a religião do que
um relacionamento pessoal com Jesus Cristo. Os
Batistas do Sétimo Dia, por exemplo, têm que ser
cuidadosos para não enfatizarem, demasiadamente,
a mensagem do sábado, em detrimento à da salvação
como um dom da graça de Deus;
2. Os cristãos não têm direito algum de culparem os
outros pelo seu pecado. Uma faceta negativa de nossa
cultura moderna é a transferência da culpa pelo erro
para problemas na sociedade. Atualmente, ministérios
cristãos de “auto-ajuda” crescem enormemente,
passando a enfatizar um amor sentimental de Deus
que, de uma certa forma, isenta as pessoas de seus
pecados. O erro, porém, é uma doença do coração;
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Sábado, 21 de janeiro de 2006 Lição 03

um defeito congênito que afeta toda a humanidade.


Apesar de ser necessário encorajarmos positivamente
aqueles que estão lutando contra o pecado, se não
formos cuidadosos, passaremos tempo demais tratando
das conseqüências, esquecendo-nos da “raiz”:
3. Os cristãos precisam viver de forma confiante. Não
quer dizer que devemos ser orgulhosos, mas, sim,
que não temos que nos sentir “coitadinhos”. Os
momentos de provação criam as condições ideais
para que Deus demonstre a profundidade de seu
amor, cujo resultado é uma vida mais santificada.
Não importa quão ruim tudo pareça, precisamos ser
um povo conhecido por sua esperança;
4. Precisamos parar de utilizar padrões legalistas para
mensurar a “taxa” de espiritualidade das pessoas. Se
formos honestos, tudo o que enxergaremos quando
nos depararmos com a lei de Deus será nossa
pecaminosidade à luz de sua santidade. Isso deveria
impactar, profundamente, a maneira como julgamos
a espiritualidade de outras pessoas;
5. Os que foram reconciliados com Deus através de
Cristo precisam se enxergar agora como amigos, ao
invés de inimigos de Deus. Devemos nos regozijar
com essa realidade presente e futura.

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar as declarações paulinas sobre o que Cristo fez em
nossas vidas;
2) Explorar a descrição feita por Paulo da justificação pela fé
e da paz trazida com Deus;
3) Discutir as mudanças visíveis que a paz com Deus traz às
nossas vidas.

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A Justificaão Vem Pela Fé

Atividade pedagógica
Traga à aula figuras (retratos de revistas, de páginas da
Internet, pôsteres ou um pequeno vídeo) de pessoas em
ambientes calmos e, paradoxalmente, imagens de pobreza e
de guerra. Peça aos alunos para identificarem quais figuras
denotam paz. Solicite, então, que identifiquem as pessoas que
estão em paz com Deus. A maioria dirá que não pode
responder à pergunta baseando-se somente em imagens. Você
pode utilizar isso como um “tempestade de idéias3 ” inicial
para explorar o que ter “paz com Deus” realmente significa e
como podemos alcançá-la.

Olhando adiante
Maria Madalena e os discípulos encontram o túmulo
vazio. Paulo afirma que nós morremos em Cristo e
viveremos em sua ressurreição.

3
Tempestade de idéias (“brainstorming”): procedimento utilizado para
encontrar solução para um problema através de uma série de idéias.

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A VITÓRIA EM CRISTO
João 20.1-10; Romanos 6.1-11, 13

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Angie Osborn

Domingo Romanos 6.1-5


Num dia desses, depois que meu filho chegou da classe
de batismo, comentou ter aprendido que, ao sermos batizados,
morremos com Cristo quando imergimos na água. Ao sairmos
dela, ressuscitamos com Cristo. Para ele, esse era um conceito
novo e bastante emocionante. Ao observar seu entusiasmo,
percebi que eu precisava renovar o meu. Quando aceitamos
Cristo como nosso Senhor e Salvador, somos renovados.
Morremos para o pecado e recebemos nova vida através dele.
Ao iniciar esta semana, busque viver essa vida nova! Declare
a vitória por meio de Cristo sobre seus antigos caminhos
pecaminosos e viva uma vida renovada!

Segunda-feira Romanos 6.6-14


Você já tentou explicar a razão de guardarmos o sábado
a alguém que acredita fielmente que essa observância pertence
somente ao Antigo Testamento? É tão difícil para essas pessoas
entenderem a alegria que temos ao guardá-lo... Para alguns, é
um dia em que várias atividades estão proibidas. Deus, porém,
criou-o para que fosse uma expressão da sua graça. Ele deu-
nos o sábado como um dom, e podemos nos regozijar nele
como sendo uma benção! É a graça que concede ao sábado
seu verdadeiro significado.

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A Vitória em Cristo

Terça-feira Romanos 6.15-23


Quando aceitamos a redenção e o senhorio de Cristo,
recebemos um dom gratuito. Guardar leis e mandamentos não
conquistam o direito de recebermos esse dom; guardá-los é,
sim, uma conseqüência da importância que damos a ele. Como
filhos de Deus, queremos sempre agradá-lo. A obediência a
suas leis é uma resposta à sua autoridade e ao amor em nossas
vidas. É algo que simplesmente fazemos, não uma obrigação;
provém de nossa alegria em servi-lo. Somos convocados para
sermos escravos da justiça, mas o fazemos de forma voluntária.
Não ficamos cativos, porém servimos em nossa liberdade de
escolha, agradecidos ao nosso Senhor por sua misericórdia e
amor!

Quarta-feira Lucas 24.1-9


Os amigos e discípulos de Jesus viram-no realizar muitos
milagres, e eles observavam-no maravilhados. Porém, o
milagre relatado neste texto foi o maior de todos. Imagine
como Marta e Maria sentiram-se ao encontrar a tumba vazia.
Confusas, quem sabe até zangadas... Quem o havia levado?
Elas, então, alegraram-se; perceberam que a tumba estava
desocupada, porque Cristo havia ressuscitado! Ele ressuscitou!
Não estava mais morto, mas vivo! Aleluia! Cristo ressuscitou!

Quinta-feira João 20.1-10


Ao ler a passagem, uma analogia veio à minha mente.
Os discípulos correram para o túmulo e encontraram-no vazio.
Jesus não estava lá. Eles sentiram-se confusos e entristecidos;
não conseguiam compreender aquilo. O túmulo, então, lembra
o coração humano. Quando Jesus não está lá, nossos corações
encontram-se frios e vazios. Sentimo-nos confusos, tristes e,
até mesmo, incompletos. Ao pedirmos a Jesus que venha às
nossas vidas, nossos corações são preenchidos. Alegramo-nos,
compreendemos e sentimo-nos completos. O túmulo vazio
foi um sinal de esperança; Jesus havia ressuscitado e encontrava-
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Sábado, 28 de janeiro de 2006 Lição 04

se vivo! Deixe-o habitar em seu coração; ele vai enchê-lo


com esperança e com alegria!

Sexta-feira João 20.11-18


Parece esquisito o fato de Maria estar lamentando pelo
corpo de Jesus não se encontrar no túmulo e, ao mesmo tempo,
não reconhecê-lo quando lhe falou. Apesar de parecer estranho,
será que não fazemos a mesma coisa? Preocupamo-nos tanto
com nossos problemas ou nos perdemos em nossos
pensamentos de tal maneira que “esquecemos” Jesus.
Perguntamo-nos onde estará ele, apesar de se encontrar
exatamente ali, onde nós estamos, somente esperando que o
enxerguemos. Procure, durante este dia, não desviar seu olhar
dele. Ao caminhar ao seu lado, lembre-se de que Jesus sempre
estará com você!

Sábado João 20.19-23


“Paz seja convosco.” Essa era a forma de Jesus
cumprimentar seus discípulos. É ainda assim que cumprimenta-
nos hoje. Paz seja convosco ao enfrentar momentos difíceis...
Paz seja convosco enquanto o mundo vive a guerra... Paz seja
convosco ao enfrentar outro dia, num trabalho do qual não
gosta... Paz seja convosco quando vir seus filhos discutindo e
brigando... Paz seja convosco ao se sentir sozinho... Paz seja
convosco ao entrar e sair... Seja qual for a situação, paz seja
convosco! Tenha paz ao saber que Deus está em seu trono e
que é o rei e senhor de toda a terra! Tenha paz na segurança
de que Cristo pagou o preço por nossos pecados. Tenha paz
ao saber que o Espírito Santo foi-nos dado. Tenha paz ao
compreender que temos o sábado, um dia para meditarmos
no Senhor e descansarmos de todas as atividades realizadas
durante a semana. Paz.

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A Vitória em Cristo

Estudo das Escrituras Estudo adicional Devocional


João 20.1-10; João 20.1-10; Romanos
Romanos 6.1-11, 13 Romanos 6.1-14 6.15.23

Verso áureo
“[Somos] sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado
dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio
sobre ele.” (Romanos 6.9)

Núcleo da lição
As pessoas, geralmente, precisam de ajuda para obterem
conquistas que estão além de seu poder pessoal ou da
habilidade. Onde podemos encontrar o poder que nos ajudará
a lutarmos contra nossa natureza pecaminosa? Paulo diz-nos
que ele foi-nos dado pela ressurreição de Jesus.

Questões para estudo e discussão do texto

João 20.1-10
1) O que Maria fez quando encontrou o túmulo vazio? A que
conclusão chegou acerca de sua descoberta? Como os
discípulos reagiram ao seu relato?

2) O que a afirmação de que “o outro discípulo” creu (v. 8),


quer dizer? O que os discípulos não conseguiam
compreender (v. 9)? Como reagiram às suas descobertas
(v. 10)? Essa é uma reação que você esperaria de uma
descoberta como essa?

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Sábado, 28 de janeiro de 2006 Lição 04

Romanos 6.1-14
3) Como o pecado e a graça estão relacionados?

4) O que é o batismo? Por que é importante? O que Paulo


estava tentando ensinar aqui? O que significa unir-se a
Cristo?

5) De que forma estamos mortos para o pecado? Como


podemos evitar oferecer “membros de nossos corpos ao
pecado” (v. 13)?

6) Como você acha que Paulo responderia a um cristão que


dissesse: “É claro que eu peco, eu sou humano”. O que
você acha desta presunção de que o comportamento
pecaminoso de um cristão é, na prática, algo normal e
inevitável?

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A Vitória em Cristo

ENTENDENDO E VIVENDO
Jerry Johnson

A ressurreição: uma guinada na História


O relato da ressurreição, segundo João, contém algumas
aparentes discrepâncias com relação aos dos outros evangelhos.
Ao descrever quem foi ao túmulo, ele fala somente de Maria
Madalena, enquanto alguns relatos dizem que ela chegou na
companhia de outros. João afirma que Maria esteve lá “de
madrugada” (v. 1); Mateus conta que foi “no findar do sábado”
(28.1); Marcos relatou que foi “muito cedo” (16.2) e Lucas,
que isso aconteceu na “alta madrugada” (24.1).
Existem, ainda, outras diferenças entre os relatos.
Inúmeros comentaristas têm tentado harmonizá-los, fazendo
uso das mais habilidosas conjecturas. Ao considerarmos as
divergências, precisamos, porém, ter em mente que cada um
dos evangelistas tinha em mente um propósito teológico
próprio.
Segundo o relato joanino, Pedro e João correram para o
túmulo vazio, sendo que este chegou primeiro. Viu os lençóis
de linho, mas não adentrou à tumba. Pedro, por sua vez,
penetrou naquele lugar e viu os lençóis arrumados e o pano
que deveria cobrir a cabeça estava num lugar à parte como
se, de fato, o corpo tivesse saído. Isso demonstrava, claramente,
que não havia a possibilidade de ele ter sido simplesmente
removido. João, então, viu tudo aquilo e entendeu o ocorrido.
Jesus, segundo o evangelho de João, havia feito alusões à
ressurreição várias vezes (2.19-22, 6.35-40, 10.14-18, 11.25-
26, 12.7-8 e 12.23-26). Ainda assim, os discípulos tiveram
que enxergar eles mesmos para que acreditassem nas Escrituras.
João, então, passa a relatar o aparecimento dos anjos a Maria,
as palavras de conforto de Jesus para ela e as aparições pós-
ressurreição aos discípulos. Desejava que seus leitores cressem
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Sábado, 28 de janeiro de 2006 Lição 04

“que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,


tenhais vida em seu nome” (20.31). Que possamos ter isso
sempre em mente ao celebrarmos esse acontecimento tão
maravilhoso!

A representação paulina da ressurreição do crente


Em Romanos 6, Paulo começa a transitar do tema da
justificação pela graça por obra da fé em Cristo e passa a analisar
as implicações dessa posição justificada que o crente agora
possui. Ele, prontamente, rejeita a noção de que suas declarações
até ali levariam muitos à conclusão de que os cristãos não têm
qualquer responsabilidade moral e que, na verdade, deveriam
pecar mais para poderem receber mais graça.
“Note que Paulo não rejeitou a doutrina contra a qual seus
críticos protestavam, somente a dedução incauta que eles
faziam a partir dela. Ele nem a contradisse, nem a revogou,
nem mesmo alterou o evangelho de salvação gratuita que
pregava. A salvação é um dom gratuito e imerecido.” (Stott,
Men Made New [Homens renovados], página 33)

O método que utilizou para responder aos seus


oponentes aconteceu por meio de uma discussão sobre a união
mística que o crente desfruta com Cristo. Como é possível que
alguém, considerado morto para o pecado, continue a pecar?
O batismo torna-se, então, uma importante representação do
poder do evangelho. Perceba o seguinte:
1. O batismo identifica-se com a morte de Cristo (v. 3);
2. O batismo identifica-se com o sepultamento de Cristo
(v. 4a);
3. O batismo identifica-se com a ressurreição de Cristo
(v. 4b);
4. O batismo, de certa forma, une todos na semelhança
da sua morte e da ressurreição (v. 5).
Muitos, ao tentarem entender o que Paulo estava
descrevendo aqui, procuram desvendar que aspecto do batismo
ele estava enfatizando. Alguns têm chegado à conclusão de
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A Vitória em Cristo

que o que está em foco é a conexão existente entre o corpo


dos crentes, como parece afirmar 1 Coríntios 12.13. Outros
enfatizam o processo prático do batismo pelas águas, logo
após a conversão, como relata o livro de Atos. Ainda há os
que preferem enxergar esse batismo como uma representação
da regeneração espiritual acontecida através do Espírito Santo
(Tito 3.5, João 3.5-6). Seja qual for a ênfase dada, assim como
o nascimento natural une-nos a Adão, o espiritual liga-nos a
Cristo. O batismo pelas águas é a melhor forma de ilustrar
esse fato.
Paulo chega ao centro de sua mensagem no verso 6. A
crucificação representa, de forma figurada, a morte do poder
do pecado, do “velho homem”, ou do “velho corpo do pecado”
que dominava antes da conversão. Os cristãos estão livres do
controle do pecado. É aí que a ressurreição toma seu lugar.
Ela é uma realidade futura (v. 8), mas também presente (versos
9-11).

Colocando em prática: os passos para uma nova vida


Nesta passagem, há três passos necessários para que o
cristão viva uma vida vitoriosa e ressurreta. Em primeiro lugar,
é absolutamente necessário conhecer onde nos encontramos
em nosso relacionamento com Cristo. Uma das estratégias mais
utilizadas por Satanás é deixar-nos inseguros a respeito de
nossa justificação. Fomos declarados mortos para o pecado e
vivos em Cristo. Reivindique essa promessa!
Em segundo lugar, é importante evitar colocar-se em
meio a situações que possam levar ao pecado, assim como
mostra o verso 12. Paulo apresenta esse mandamento (“Não
reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal”) como uma
escolha necessária a fazer. É verdade; não podemos fazer
opções acertadas a não ser pelo agir do Espírito Santo em
nossas vidas; mas agora, em Cristo, temos uma nova natureza.
Siga as admoestações em Salmo 1 e os problemas diminuirão.
Muitos cristãos desatentos permitem que hábitos pecaminosos
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Sábado, 28 de janeiro de 2006 Lição 04

floresçam em suas vidas, demonstrando a falta de disciplina


espiritual que têm.
Por último, os cristãos precisam enxergar sua caminhada
como uma contínua apresentação ou dedicação a Deus (12.1-
2). No verso 13, há um contraste entre aqueles que se dedicam
a caminhos iníquos e os que se dedicam aos retos. Jesus Cristo
entregou-se, livremente, por nossos pecados. Não deveríamos,
também, oferecer o melhor a Deus? É exatamente porque nos
encontramos sob a graça, que fomos libertos do poder do
pecado em nossas vidas. Ponha em prática uma existência
vitoriosa!

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar o relato de João sobre a descoberta do túmulo
vazio;
2) Explorar o que Paulo diz sobre nossa morte e ressurreição
com Cristo;
3) Celebrar nossa vitória em Cristo e expressar o significado
disso para nós, hoje.

Atividade pedagógica
Traga à classe um folheto que fale sobre salvação. Discuta
com seus alunos o conteúdo. Depois da discussão, passe a
analisar a última parte do folheto. Em alguns deles, haverá
uma oração de arrependimento e de compromisso. Em outros,
instruções sobre o que fazer depois. Pergunte a seus alunos:
“Este folheto também pode sofrer a mesma acusação que
fizeram contra Paulo, como demonstra Romanos 6.1?” Caso a
resposta seja afirmativa, pense numa maneira de utilizar o
panfleto para evitar tal problema. Se for negativa, fale sobre
como o problema foi resolvido e que desafios propõe àqueles
que, já há algum tempo, arrependeram-se de seus pecados e
escolheram seguir a Cristo.

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A Vitória em Cristo

Revisando
Aprendemos que somos pecadores, que Deus é justo
quando nos julga, que ele, em sua graça, quer nos ver
reconciliados consigo e que isso só é possível por
intermédio de Jesus Cristo.

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A VIDA NO ESPÍRITO
Romanos 8.1-16

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Leanne Lippincott

Domingo Romanos 8.12-17


Você já notou como as crianças, por volta de três anos,
querem fazer tudo sozinhas? Elas tentam agarrar aqueles fios
de macarrão no fundo do prato, cheios de molho de tomate,
mas, ao invés disso, sujam todo o cabelo e o chão.
Até mesmo quando crescemos, desejamos manter nossa
independência e fazer as atividades à nossa maneira.
Rejeitamos nossa natureza pecaminosa e tentamos viver de
modo que Cristo seja o centro; todavia, acabamos falhando e
caindo, porque nos falta determinação e habilidade para
“mortificar os feitos do corpo” (v. 13). Precisamos,
desesperadamente, de um “Ajudante”. Deus, em sua
misericórdia, enviou-nos o Espírito Santo para exercer tal função.

Segunda-feira Romanos 7.1-6


Estes versos podem dar início a um exame de consciência
bastante profundo. Conheço um jovem que, depois de lê-los,
concluiu ser errado para ele casar-se novamente, mesmo que
sua atual esposa (com quem estava tendo muitos problemas)
se divorciasse dele e casasse com outra pessoa. Decidiu que,
enquanto vivesse, nunca tomaria outra mulher para si. Graças
a Deus, ele e sua esposa reconciliaram-se e seu casamento
está melhor do que nunca.
A passagem precede os versos que nos dizem que a morte
de Cristo libertou-nos da lei (v. 6). Assim como viúvos estão
livres para se casarem novamente, o sacrifício de Cristo dá-nos
liberdade para servi-lo da forma como o Espírito Santo nos orientar.
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A Vida no Espírito

Terça-feira Romanos 7.7-13


Meu irmão, uma vez, confessou-me ter chegado a quase
200 km/h, em uma rodovia de um estado no oeste dos Estados
Unidos e, por mais incrível que pareça, um outro carro
ultrapassou-o! Ele transgrediu a lei? Não, porque não havia
limite de velocidade, no trecho em que estava, naquela rodovia.
Nós precisamos de leis - temporais e espirituais - para
que saibamos quando estamos fazendo algo de errado. Deus
sinalizou a Rodovia da Vida com os Dez Mandamentos; são
regras santas e justas a apontarem para nossa necessidade de
um salvador enquanto, também, ajudam-nos a distinguir o certo
do errado, o bem do mal.

Quarta-feira Romanos 7.14-19


Sou confortado ao saber que Paulo, um poderoso homem
de Deus, teve os mesmos problemas que eu tenho. Por que
cometemos aquelas ações que detestamos e não conseguimos
fazer o que é bom? Somos apenas preguiçosos ou nos falta
força de vontade? Sempre invento um monte de desculpas:
“Eu não tenho tempo para me importar com meu vizinho.”,
“Eu não tenho dinheiro para auxiliar um inválido.”, Ouço,
então, uma voz mansa e suave que diz: “Não use essas
desculpas; faça o que você pode fazer.”
Um famoso comediante norte-americano (Flip Wilson) tinha
uma frase, sua marca registrada: “O diabo me fez fazer isso.”
Sempre ria quando ele dizia isso; porém, existe um fundo de
verdade nela! É o pecado, habitante de todos nós, que nos
impede de sermos as pessoas realmente desejadas por Deus.

Quinta-feira Romanos 7.20-25


Nós sempre temos dificuldades de enfrentar as forças
do mal; fazemos o que é errado e evitamos o bem, mesmo
quando queremos realizar o contrário. Mas não devemos
desanimar! Mesmo que tenhamos nascido escravos do pecado,
prisioneiros do nosso próprio corpo, não temos que continuar
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Sábado, 04 de fevereiro de 2006 Lição 05

nessa situação! Podemos ser as mais desprezíveis criaturas; no


entanto, pertencemos a Deus. Ele amou-nos de tal maneira
que enviou um salvador para nos resgatar de nós mesmos.

Sexta-feira Romanos 8.1-5


A lei pode ser uma ferramenta bastante necessária quando
é preciso manter a ordem e a regra, tanto em termos seculares
quanto espirituais. Ela, porém, também tem suas limitações.
Nos tempos bíblicos, os Dez Mandamentos e todas as normas
humanas relacionadas aos sacrifícios, à alimentação, etc. não
eram suficientemente boas para salvar o homem de seus
pecados. Ele continuava em sua condição de condenado, desde
o nascimento. Mas, por causa do sacrifício de Cristo, não estamos
mais assim! “A lei do Espírito da vida” libertou-nos (v. 2).

Sábado Romanos 8.6-11


Lê-se, em uma lápide: “Nascido em 14 de junho de
1934. Falecido em 8 de julho de 1974. Enterrado em 2 de
março de 2004.” Essa inscrição não existe, mas é ou foi a
realidade de várias pessoas. Muitos podem estar vivos, e,
ainda assim, mortos. Foi assim com minha mãe, que passou
seus últimos anos na cama. Suas atividades consistiam em
ficar deitada, em seu leito, ou sentada, na cadeira, e beber
líquidos fortificantes que substituíam as refeições. Quando Deus
levou-a, apesar da tristeza acometida, confesso ter ficado,
também, feliz e agradecida.
Existem, porém, muitas pessoas que não estão fisicamente
doentes, como minha mãe; entretanto, ainda assim, encontram-
se em estado vegetativo. Os corpos de todos estão mortos,
em razão do pecado. Mas os cristãos, aqueles que possuem o
Espírito do Deus vivo, são ressuscitados pela obra de Cristo.
Deus deu-nos nova vida, prevendo, também, o dia no qual
receberemos corpos imortais e glorificados.

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A Vida no Espírito

Estudo das Escrituras Estudo adicional Devocional


Romanos Romanos Romanos
8.1-16 8.1-17 7.1-6

Verso áureo
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus
são filhos de Deus.” (Romanos 8.14)

Núcleo da lição
Às vezes, somos oprimidos e encontramo-nos sem forças
ou sabedoria para saber o que fazer ou para onde irmos. Em
que local podemos encontrar auxílio, em tempos como esses?
Paulo escreve que o poder do Espírito de Deus está disponível
para aqueles que estão em Cristo.

Questões para estudo e discussão do texto


1) Por que não há condenação para os que estão em Jesus?
Que argumentação Paulo utiliza para chegar a essa conclusão?

2) Qual é a lei do espírito? O que significa ser liberto da “lei


do pecado e da morte”? Qual era a regra impossível de ser
cumprida? Paulo refere-se a uma, duas ou três “leis”
(versículos 2 e 3)?

3) Como uma pessoa caminha pelo espírito? Como você


explicaria ou ensinaria isso a um cristão “recém-nascido”?
O que diferencia a carne e o espírito?

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Sábado, 04 de fevereiro de 2006 Lição 05

4) Na argumentação de Paulo, a carne é o mesmo que o


corpo? Quando fala “o corpo, na verdade, está morto por
causa do pecado” (v. 10) o que quer dizer?

5) Quem Paulo identifica como filhos de Deus (v. 14)? Os


cristãos têm que esperar muito tempo até que o Espírito
de Deus habite suas vidas? O que sua resposta significa
para a vida, no mundo de hoje?

6) Ao meditar sobre essa passagem, pense acerca das


implicações que ela pode trazer às suas atitudes, ao seu
comportamento, às suas motivações (aquilo que dirige sua
vida) e a seu conhecimento. Como o ensino de Paulo
relaciona-se com o resto da Bíblia?

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A Vida no Espírito

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

O contexto
O livro de Romanos é considerado a maior contribuição
teológica de Paulo para o Novo Testamento. A parte
compreendida entre os capítulos 1 a 11 explica o conceito de
salvação pela graça através da fé em Jesus Cristo. A mensagem
de 12 a 16 implica em usarmos, em nossa vida diária, a verdade
aprendida. Resumindo, os primeiros dizem-nos no que crer;
os outros mostram-nos como devemos nos comportar.
Divisões mais específicas ajudam a entender melhor a
mensagem do apóstolo. Aqui vai uma sugestão de subdivisão
para a primeira seção: no intervalo entre 1.1 e 3.20, Paulo
demonstrou que a humanidade habita no pecado e precisa de
perdão. Em 3.21 a 5.21, explicou como podemos obter tal
perdão por Jesus Cristo. Nos capítulos de 6 a 8, disse-nos que,
também, podemos nos ver livres do pecado que, antes,
aprisionava-nos. Finalmente, na mensagem que se encontra
entre o 9 e o 11, Paulo discutiu como essas verdades aplicam-
se ao povo de Israel.
Numa subdivisão ainda mais esmiuçada dos capítulos 6,
7 e 8, poderíamos obter o seguinte quadro: no 6, ele discutiu
como podemos ter vitória sobre o pecado; no 7, demonstrou
como temos liberdade a despeito da lei; e, no 8, disse-nos
como trazer segurança às nossas vidas, por meio de um
relacionamento com o Espírito Santo.

O pano de fundo histórico


Paulo escreveu a carta aos crentes, em Roma, tanto para
os gentios como para os judeus. O foco da passagem estudada
é o Espírito Santo, que, para os crentes gentios, era uma idéia

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Sábado, 04 de fevereiro de 2006 Lição 05

bastante recente. Apesar de terem ouvido falar da aparição do


Espírito durante o Pentecostes, eles precisavam ser ensinados
sobre a sua pessoa e obra.
Os judeus, por outro lado, agregaram à sua nova fé um
conceito veterotestamentário do Espírito, que ainda precisava
ser desenvolvido. Apesar de existirem passagens, como a de
Ezequiel 36.25-27, que lhes ensinavam a esperar por um
eventual derramamento do Espírito, outros relatos da sua obra
demonstravam a crença numa presença apenas temporária e
não permanente, como crêem os cristãos.

Tema principal
O capítulo 8 de Romanos oferece-nos uma promessa
maravilhosa: podemos ter segurança em nossas vidas, graças
ao nosso relacionamento com o Espírito Santo. A palavra
segurança, nesse contexto, quer dizer imunidade com relação
a quatro agentes: condenação divina, escravidão de nossa
antiga natureza, desencorajamento e medo de ser separado de
Deus. A passagem específica de nosso estudo centra-se em
dois destes: condenação e escravidão.
Romanos 8.1-4 assegura-nos que, em razão da obra
salvífica de Cristo em nosso favor, não estamos mais sujeitos à
condenação de Deus (apesar de nossos pecados ainda trazerem
conseqüências, a condenação divina não será uma delas). A
lei condena, mas nós não dependemos mais dela (v. 2); então,
não podemos ser condenados. Além disso, Jesus pagou a pena
pelos nossos pecados (v. 3). Encontramo-nos, portanto, imunes
a essa condenação, porque Cristo já a tomou para si quando
crucificado.
Romanos 8.5-17 lembra-nos que, também, fomos libertos
do controle de nossa antiga (e pecaminosa) natureza. A batalha
encontra-se em nossa cabeça: uma mente focada nos desejos
da carne conduz à morte, mas a que procura dar vazão aos
desígnios do Espírito traz vida. Antes de nos tornarmos
seguidores de Jesus Cristo, não podíamos escolher; nossa mente
preocupava-se basicamente com aquilo que pertencia à nossa
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A Vida no Espírito

carne. Agora, porém, depois de termos sido regenerados por


Jesus Cristo, temos a oportunidade de decidir por nós mesmos
quais preocupações habitarão nossos pensamentos: as da carne
ou as do Espírito.

Conceitos difíceis
Apesar de ser tentadora a idéia de considerar a salvação
como um objetivo final de uma jornada do espírito, a verdade
é que nossa salvação por Cristo é apenas o início de tudo.
Uma vez que nos tornamos parte da família de Deus, há uma
expectativa ao nosso redor para que vivamos, realmente, como
os outros membros desse grupo.
Como podemos fazer isso? Em Romanos 7, lemos sobre
a dramática luta de Paulo: sabia o que deveria fazer, mas não
conseguia; ao invés disso, acabou fazendo o que não queria.
Nesse ponto, em 8.5-8, enxergamos a batalha de outro ângulo:
o embate pelo controle de nossa mente. Focaremos nossos
pensamentos em coisas relacionadas à carne ou ao Espírito? É
claro que a última opção é nosso maior anseio, mas como
podemos alcançá-lo? Afinal, sentimo-nos muito pressionados
pelas preocupações da carne.
Paulo diz-nos que essa não é uma batalha em que, no
fim, ganhamos ou perdemos, mas uma disputa constante entre
o Espírito e a carne. Qual, então, deve ser nossa reação se
não podemos lutar sozinhos? Devemos simplesmente desistir?
Por mais estranho que pareça, é exatamente essa a reação
ideal! O apóstolo conclama-nos a desistirmos, a nos rendermos.
Somos, em especial, chamados a deixar com que o Espírito de
Deus guie-nos (versículos 12-14). Alguém, certa vez, disse
que o importante não é saber se temos ou não o Espírito, mas
se ele nos tem.

Aplicação
Você já se pegou fazendo algo inaceitável, tanto para
você quando para Deus? Acho que todos fazemos algo assim,
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Sábado, 04 de fevereiro de 2006 Lição 05

de tempos em tempos. Mas, por quê? Por que nós,


voluntariamente, cometemos essas ações que ofendem a Deus
e a nós mesmos? Acho que é porque nos deixamos afastar por
conta própria. Às vezes, é o mundo que nos leva para longe;
outras, é o diabo; e, às vezes, são nossos próprios desejos
pecaminosos. Para evitar que isso aconteça, precisamos decidir
deixar Deus guiar-nos - e não outra pessoa ou coisa.
Talvez fosse mais fácil quando Jesus estava fisicamente presente
entre os discípulos. Podiam conversar com ele, ouvir suas
respostas e colocar-se sob sua tutela. Hoje, porém, parece
que Cristo não está conosco, que fomos abandonados, no campo
de batalha, contra inúmeras tentações da vida diária.
A verdade é que não estamos sozinhos. Deus está ao
nosso lado pela presença de seu Espírito. Para que possamos
nos colocar sob a orientação dele, precisamos nos conectar
diretamente a ele. Fazemos isso ao conversarmos com ele
(pela oração) e lendo sua palavra, a Bíblia. Quando o
realizamos de maneira consistente, ele dá-nos poder para
dizer não às tentações que nos assolam. Não há algo de
mágico nisso. É simplesmente uma questão de “conectar-se”
diariamente com Deus através de seu Santo Espírito. Você
tem separado um tempo entre seus compromissos diários
para fazer isso? Caso sua resposta seja não, comece hoje
mesmo. Se não estamos ligados ao Espírito, não seremos
guiados por ele.

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar o que Paulo diz na passagem sobre a vida no
Espírito;
2) Explorar as diferenças entre a vida na carne e a no Espírito;
3) Identificar maneiras pelas quais podemos verificar a ação
do Espírito Santo em nossas vidas e igrejas.

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A Vida no Espírito

Atividade pedagógica
Quando tentamos estabelecer uma diferença entre a carne
e o espírito, nossa tendência é centrar nossa discussão em
questões comportamentais; naquilo que fazemos. Paulo, no
entanto, diz-nos que uma parte significante da diferença entre
a carne e o espírito encontra-se em nosso intelecto (versículos
5-8). Discuta maneiras possíveis de reconhecer quando a mente
está se preocupando com os “feitos da carne”. Notar que o
fogo apagou pode ser um dos sintomas de que estamos nos
preocupando demais com a carne? E quando estamos
interessados em fechar um negócio importante para nossa
empresa? E ao discutirmos, previamente, sobre votações que
ocorrerão em nossas assembléias; será isso uma obra da carne?
Como podemos saber?

Olhando adiante
Paulo relembra seus leitores de que as boas novas da
salvação de Deus não estão escondidas ou fora do alcance;
podem ser ouvidas, cridas e proclamadas agora mesmo.

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A SALVAÇÃO EM CRISTO
Romanos 10.5-17

Meditações bíblicas diárias


Leanne Lippincott

Domingo Romanos 11.19-23


Apesar da sujeira e da bagunça, aprecio cultivar plantas.
O final do inverno é um período especial para mim, pois
posso observar minhas vinhas dormentes começarem a crescer
e a cobrir as treliças como um xale verde.
A Bíblia contém várias referências à poda e ao enxerto.
Nesses versos, os judeus incrédulos eram “galhos” cortados do
caule; Jesus, permitindo que os gentios fossem “enxertados”.
Paulo também alertou aos romanos crentes para evitarem a
complacência, de modo a não serem “podados”. Nem tudo,
porém, está perdido para os judeus, pois, se aceitarem Cristo,
“Deus é poderoso para enxertá-los de novo” (v. 23).

Segunda-feira Hebreus 5.5-10


Não foi Jesus quem decidiu tornar-se nosso sumo-
sacerdote; foi seu Pai que lhe designou a função. Ele deveria
ser como Melquisedeque, rei e sumo-sacerdote de Salém.
Melquisedeque quer dizer “rei da justiça”. Mas porque a
tradução de Salém é “paz”, ele também poderia significar “rei
da paz”, título igualmente válido para Jesus.
A passagem diz-nos que Jesus chorou e suplicou ao seu
Pai (v. 7). Para mim, a declaração demonstra, primorosamente,
o lado humano de Jesus, levando-me a chorar com ele. A
despeito de seu sofrimento, nosso Salvador permaneceu
obediente até o fim, o que, na verdade, foi apenas o início...
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A Salvação em Cristo

Terça-feira Romanos 10.1-8


Paulo, judeu por nascimento, tinha um grande amor por
seu povo. Ansiava, profundamente, por sua salvação. Em
Romanos 9, lemos que estaria disposto a sacrificar sua própria
alma por eles. “Porque eu mesmo desejaria ser anátema,
separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus
compatriotas, segundo a carne” (v. 3).
De modo geral, o povo judeu era bastante zeloso em
relação a Deus; no entanto, não entendia que a verdadeira
espiritualidade vem do Senhor e não de seus esforços em
guardar a lei.

Quarta-feira Romanos 10.9-13


A mensagem da salvação parece, extraordinariamente,
descomplicada e rudimentar para muitos de nós: as pessoas
precisam, basicamente, arrepender-se de seus pecados e aceitar
Jesus como Senhor e Salvador para desfrutarem do dom gratuito
da vida eterna. Tudo o que os judeus precisavam fazer era
aceitar Jesus em seus corações e confessá-lo com suas bocas.
Mas não puderam compreender a mensagem...
Em Cristo, somos todos um. As diferenças raciais e culturais
deixam de existir. Paulo deixou claro o fato de os judeus e
gentios possuírem o mesmo Senhor e a mesma promessa de
salvação (versículos 12-13).

Quinta-feira Romanos 10.14-21


Alguma vez você já parou para pensar em missionários,
como Rod Henry (que trabalhou nas Filipinas) ou David e
Bettie Pearson (que ministram, há vários anos, em Malawi, na
África)? O verso 15 de nossa passagem diária exclama: “Quão
formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (veja
também Isaías 52.7)
Os judeus recusaram-se a aceitar Jesus como seu Messias.
Paulo perguntava-se como alguém acreditaria, a menos que
outros estivessem dispostos a ir pelo mundo e pregar o
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Sábado, 11 de fevereiro de 2006 Lição 06

evangelho. O apóstolo, porém, rejeitava a idéia de que a


maioria dos judeus nunca havia ouvido a mensagem. “É claro
que eles ouviram”, escreveu. Depois de citar Moisés e Isaías,
explicou como ele próprio estendeu suas mãos somente para
ser rejeitado por este “povo rebelde e contraditório” (v. 21).

Sexta-feira Romanos 11.1-6


Você lembra-se de quando, antes de uma partida de
futebol ou basquete, esperava até que um dos seus colegas o
chamasse para jogar no seu time? Quando eu ainda estava na
escola, saía-me bem nos esportes e era, geralmente, uma das
primeiras a ser escolhida. Porém, sentia pena dos últimos a
entrarem para o time e, às vezes, dos que nem eram chamados.
A rejeição nunca é algo fácil.
Os israelitas rejeitaram Deus? Paulo respondeu de maneira
bastante enfática: “De modo nenhum!” Mesmo quando Elias
falou e condenou esse povo, Deus declarou que pouparia sua
Raça Escolhida.

Sábado Romanos 11.13-18


Quando Paulo iniciou sua missão entre os gentios, passou
a nutrir um desejo que pode parecer um pouco estranho à
primeira vista: queria causar inveja aos judeus.
Apesar de, geralmente, considerarmos a palavra “inveja”
de forma negativa, na passagem é utilizada positivamente.
Paulo queria que as vidas dos gentios cristãos “acendessem
uma chama” entre os judeus, levando-os a desejarem a mesma
alegria, paz e esperança eterna que esses gentios convertidos
possuíam. A inveja foi uma das ferramentas utilizadas para
ajudar a salvar a nação de Israel.

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A Salvação em Cristo

Estudo das Escrituras Estudo adicional Devocional


Romanos Romanos Hebreus
10.5-17 10.5-21 5.5-10

Verso áureo
“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e,
em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo.” (Romanos 10.9)

Núcleo da lição
As pessoas, geralmente, procuram ouvir boas notícias
para contrabalançar todas as más divulgadas pela mídia. Qual
é a melhor informação sobre a qual poderíamos ler ou ouvir?
Paulo diz que qualquer um será salvo se confessar a Jesus
como Senhor.

Questões para estudo e discussão do texto


1) Explique o significado da seguinte afirmação: “o fim da lei
é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.” (v. 4) Você
consegue enxergar a linha de pensamento que guiou Paulo
a essa conclusão?

2) Onde Moisés escreveu o que Paulo atribuiu como sendo


dele, no verso 5? O que queria dizer com isso? Paulo
utilizou as palavras de forma semelhante?

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Sábado, 11 de fevereiro de 2006 Lição 06

3) O que é “justiça decorrente da fé?” De que maneira difere


da oriunda da lei?

4) O que devemos confessar para sermos salvos? (v. 10)

5) Por que, depois de ter se referido a judeus e a gentios,


alternadamente, Paulo pôde dizer que não há distinção
entre eles? Se ele não estava se referindo à diferenciação
racial, o que realmente estava querendo dizer?

6) Os versos 14-17 podem ser considerados um chamado


para que todos os cristãos proclamem a palavra de Cristo?
Se o são, você está fazendo sua parte? Caso não sejam, o
que você acha que Paulo estava querendo expressar?

7) No fim do capítulo (versículos 18-21), quem Paulo cita?


Qual é o propósito das citações? Há algo indicando boas
notícias?

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A Salvação em Cristo

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

O contexto
Romanos 9-11 fala sobre como o evangelho aplica-se
aos compatriotas de Paulo. O capítulo 9 afirma que a salvação
é recebida pela fé, e não pela observância da lei. O 10 discute
o fato de Israel ter rejeitado seu Messias. O seguinte garante
aos israelitas que, apesar de terem recusado a oferta salvífica
de Deus, nunca é tarde para que se arrependam e recebam a
salvação por meio da fé em Cristo.
O capítulo 10 relata a rejeição dos judeus para com seu
Messias. Podemos subdividi-lo em três seções: os treze
primeiros versos discutem as razões pelas quais Israel recusou
Cristo; de 14-17 discute-se a solução para a rejeição; e os
versos 18-21 falam das conseqüências dessa recusa. A passagem
de hoje (versículos 5-17) fala, portanto, tanto das causas da
rejeição de Israel quanto do que eles devem fazer para que
esse processo seja revertido. A eternidade está em jogo e
Paulo desejava que seus leitores judeus soubessem que estavam
incluídos no plano divino de salvação.

O pano de fundo histórico


Uma das transições mais complexas de se compreender,
na Bíblia, é o salto entre a firme segurança presente em
Romanos 8.38-39 e a angústia inexprimível em Romanos 9.1-
2. Por que essa mudança repentina? Será que Paulo era um
depressivo para agir assim?
Para conhecer melhor o apóstolo, precisamos saber que
se considerava um hebreu bastante patriota. Chegou a ser
fariseu por algum tempo. E, até mesmo, presenciou o
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Sábado, 11 de fevereiro de 2006 Lição 06

assassinato daqueles que se envolveram nessa nova seita, os


seguidores do caminho. No entanto, acabou sendo desprezado
pelos seus, porque ousou seguir Jesus, a quem os líderes
religiosos judeus consideravam como inimigo público número
um. Percebemos, então, que Paulo tinha um interesse pessoal
ao dedicar parte de sua carta àqueles crentes romanos que
eram, ao mesmo tempo, seus compatriotas. As muitas alusões
que faz aos escritos judaicos, na epístola aos Romanos, reforça
essa tese.
Há, porém, uma outra razão pela qual dedicou os capítulo
9 a 11 à relação existente entre os judeus e o evangelho.
Havia escrito oito partes sobre como a salvação era recebida
de forma a parecer rejeitar o maior dos tesouros judaicos: a
lei. Além do mais, afirmou, no final do capítulo 8, que Deus
era fiel e que o amor por seu povo não cederia a um ataque
adversário. Uma pergunta, provavelmente, teria surgido nas
mentes dos cristãos (e futuros cristãos) judeus: “Onde nos
encaixamos em tudo isso? Deus, por acaso, deixou-nos de
lado?” Paulo deve ter se sentido na obrigação de explicar aos
seus leitores que Jesus não veio substituir a lei mas, na verdade,
veio ser o cumprimento integral de toda ela (v. 4).

Tema principal
A passagem de hoje preocupa-se, primariamente, com
dois conceitos: o porquê dos israelitas terem rejeitado Cristo e
como poderiam reverter a rejeição. O assunto principal era a
salvação. Ao debatê-lo, Paulo contrastou dois tipos de justiça:
a vinda do esforço humano e a oriunda de Deus pela fé (v. 3).
A primeira é decorrente da lei; fomenta a autojustificação e o
orgulho e, no fim, não resulta em salvação. A segunda destina-
se, porém, a todas as pessoas, sejam elas gentias ou judias.
Fundamenta-se no “esforço” divino; promove a dependência
em Deus e sua glorificação, resultando em salvação.
O problema era que, pelas mais variadas razões, os judeus
não reconheceram a justiça de Deus. Paulo, portanto, desejava
que a mensagem de salvação pela fé em Cristo fosse divulgada
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A Salvação em Cristo

a todas as pessoas: aos judeus e aos gentios. Os versos 14 a


15 enfatizam, assim, a necessidade de os crentes se envolverem
nessa tarefa em que ele já se encontrava profundamente
engajado, a ponto de fazer dela sua principal missão de vida.

Conceitos difíceis
O que significam todas as referências ao Velho Testamento
presentes entre os versos 5 e 13? Sabendo que o principal
assunto da passagem é a salvação, percebemos que Paulo estava
contrastando dois aspectos: a tentativa de se obter a salvação
pelos esforços humanos e a recebida pela fé em Deus.
Ao ler Deuteronômio 29 e 30, somos informados de que
seu contexto principal é a aliança divina com Israel. Tal união
baseou-se na lei. Paulo, então, ao citar esses textos, estava
contrastando a lei com Jesus Cristo. Ele demonstrava que Jesus
era o cumprimento da lei. Enquanto a antiga aliança embasava-
se nela, a nova fundamenta-se em Cristo. De forma semelhante,
a referência veterotestamentária, no verso 11, ressalta a noção
de que a salvação por Cristo vem pela fé. Finalmente, a alusão
feita, no verso 13, lembra-nos do convite de Deus para
clamarmos a ele para sermos salvos.

Aplicação
Como alguém crê em Cristo? O verso 17 diz-nos que a
fé vem pela pregação de Jesus Cristo. Somos conclamados a
compartilhar o evangelho de Cristo com as pessoas ao nosso
redor. É nosso dever, porém, fazer mais do que simplesmente
contar-lhes suas palavras. Uma leitura mais aprofundada de
Romanos 11 mostra que é pela graça de Deus que ele escolhe
conceder fé a alguns. Não é, também, nossa obrigação,
portanto, orar por aqueles que conhecemos, pedindo a Deus
que revele sua verdade a eles? Com que freqüência pedimos
para que seu Espírito trabalhe nos corações das pessoas a
quem estamos testemunhando?

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Sábado, 11 de fevereiro de 2006 Lição 06

Além disso, o que significa “confessar” que Jesus é o


Senhor? Superficialmente, pode apenas parecer um rito
atestando a conversão ou uma fórmula mágica trazendo a
salvação; mas creio que há um significado muito mais profundo
para a palavra. Sabendo que o contexto escolhido por Paulo,
para exportar alguns conceitos do Velho Testamento, é o da
aliança, somos desafiados a trazê-lo à nossa própria salvação.
Jesus salva-nos não simplesmente para que ganhemos a
passagem para o céu, mas também para que tenhamos um
relacionamento de que possamos (e devemos) desfrutar durante
nossos dias, aqui na terra. Confessar a Cristo, como Senhor de
nossa vida, significa tomar tudo o que somos, tudo o que
temos, tudo o que sonhamos ser; ter e depositar todas essas
coisas aos pés de Jesus, pedindo que as receba como um
presente nosso para ele. Isso faz parte de nossa aliança com
ele. Cristo estaria disposto a participar de algumas das nossas
atividades, ou desfrutar de certas coisas que possuímos?
Confessar a Jesus em nossas vidas, como Senhor, tem um
impacto sobre todas as áreas de nossa existência.

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar o que Paulo diz sobre a salvação;
2) Explorar o que significa confessar a Jesus como Senhor;
3) Discutir as boas novas; o que elas significam para você e
para sua igreja.

Atividade pedagógica
Discuta alguns elementos sobre as quais as pessoas
fundamentam o termo “justiça”. Pode ser a decorrente das
reações de outros como, por exemplo: “Me considero justo se
as pessoas se sentem felizes com as coisas que faço.” Outro
exemplo seria a justiça baseada no equilíbrio: “Me considero
justo quando faço mais coisas boas do que más.”

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A Salvação em Cristo

Ao término da discussão, procure analisar como as


palavras “justo” e “justiça” são utilizadas. Perceba se são usadas
como sinônimos para algo “suficiente bom”. Será que, quando
um não-crente refere-se à justiça dessa forma, essa não é uma
boa oportunidade para compartilhar o evangelho com tal pessoa?

Olhando adiante
Paulo exortou seus leitores a viverem vidas consagradas
e explicou como é alguém que vive assim.

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AS MARCAS DE UM
CRISTÃO VERDADEIRO
Romanos 12.1-2, 9-21

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Leanne Lippincott

Domingo Romanos 12.14-21


Estes versos abundam em conselhos sobre como os
cristãos devem agir. A minha exortação favorita é a de que
devemos condescender “com o que é humilde”. (v. 16)
Quando meu falecido marido (Denny) tinha por volta de
20 anos, freqüentemente, juntava-se a um evangelista - chamado
Arthur Blessit - para ministrar ao povo de Los Angeles. Certo
dia, convidou um membro de um grupo de motoqueiros para
ir à igreja. No sábado seguinte, esse homem, todo desarrumado,
apareceu com uma gravata presa à sua perna. Denny,
entendendo que não havia uma razão boa o suficiente para
que os homens usassem uma gravata somente no pescoço,
prendeu a sua ao redor da perna também. Assim, ele fez um
“humilde” sentir-se confortável e aceito por quem era: uma
criatura de Deus precisando de um Salvador.

Segunda-feira Colossenses 4.2-6


Paulo, escrevendo de uma prisão romana, exortou seus
irmãos, em Colossos, a testemunharem de Cristo, de forma
agradável, nas conversas, temperada com sal, para que sua
mensagem se tornasse mais saborosa e fácil de aceitar.
Nos tempos bíblicos, o sal fora um bem consumível
bastante precioso. Era utilizado como conservante, como
tempero para os animais sacrificados, para ratificar alianças e,
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As Marcas de um Cristão Verdadeiro

até, para purificar o manancial de Jericó (2º Reis 2.20-21). Os


soldados romanos recebiam como parte de seu pagamento
esse produto. Não é, portanto, sem razão que a palavra
“soldado” vem do latim “sal dare”, que quer dizer “dar sal.”
Até mesmo nosso vocábulo “salário” tem a mesma origem.
Certa vez, Jesus chamou seus discípulos de “sal da terra”.
(Mateus 5.13)

Terça-feira 1 Tessalonicenses 4.1-12


As instruções que Paulo deu aos crentes, em Tessalônica,
lembram-me do quão desesperadamente o mundo precisa ouvir
essas palavras e colocá-las em prática. Nós devemos evitar a
imoralidade sexual; devemos controlar nossos corpos de forma
digna.
Os cristãos precisam viver de tal maneira que os não-
crentes (aqueles que estão olhando de fora) admirem-nos. Em
todo o mundo, muitos daqueles que se consideram cristãos não
parecem querer, de fato, seguir a Cristo. Você escolheu fazer
uso do nome dele; será que você está tratando-o com respeito?

Quarta-feira 1 Tessalonicenses 5.12-22


Deus diz-nos para agradecermos tanto pelo bom como
pelo ruim. Quando o médico disse-me que eu tinha câncer,
agradecer a Deus foi a última atitude em que pensei... Mas
enquanto batalhei durante nove meses de tratamentos, algo
estranho aconteceu: comecei a agradecer, pela sua presença
consoladora, pelos amigos cristãos, pelo auxílio com as contas
médicas e por centenas de cartões e de orações. Durante essa
provação, uni-me mais a Deus. Nunca teria escolhido contrair
câncer; no entanto, foi um dos melhores acontecimentos já
ocorridos em minha vida.

Quinta-feira 2 Tessalonicenses 3.6-13


A natureza humana é algo, extremamente, interessante.
Durante os tempos bíblicos, Paulo estava preocupado com os
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Sábado, 18 de fevereiro de 2006 Lição 07

“cristãos” penetras: aqueles que podiam trabalhar e, ainda assim,


viviam às custas da generosidade de seus irmãos. Isso ainda
acontece hoje em dia. Há pessoas tirando vantagem de
qualquer sistema de auxílio para evitarem o trabalho que
poderiam ou deveriam fazer. Isso pode prejudicar os que, de
fato, necessitam de ajuda. O apóstolo não era contra a caridade,
mas repreendia duramente quem abusava dela.

Sexta-feira Romanos 12.1-5


Podemos até ser cristãos, mas ainda somos “bastante”
humanos. E isso quer dizer que, freqüentemente, somos rápidos
demais para julgar. Você, alguma vez, já viu um homem obeso
e pensou: “Que cara mais gordo!”? E na igreja? Quem sabe já
tenha pensado: “Aquela moça sempre se veste assim para vir
à igreja e nunca abaixa sua cabeça durante as orações”.
O homem foi criado à imagem de Deus, o que significa
termos valor; conseqüentemente, devemos valorizar quem e
o que somos. Da mesma forma, nunca devemos nos considerar
melhores que os outros.

Sábado Romanos 12.6-13


Toda vez que ouço uma discussão sobre dons espirituais,
alguém sempre reclama: “Mas eu não tenho dom algum.” Todos
o temos! O que acontece é que precisamos da ajuda de Deus
para encontrá-los. Mesmo quando ficam claros para nós, ainda
assim precisamos “desembrulhá-los” e utilizá-los de forma
benéfica.
Não sou uma professora e, certamente, não pareço a
mais qualificada para trabalhar como evangelista. Há algum
tempo, descobri que sei cozinhar muito bem. Aprecio entreter
hóspedes em minha casa, especialmente alguns anciãos de
nossa igreja. “Hospitalidade” não parece ser tão chamativo
quanto “profecia”, mas Deus está me mostrando ser algo
divertido e realizador.

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As Marcas de um Cristão Verdadeiro

Estudo das Escrituras Estudo adicional Devocional


Romanos Romanos Romanos
12.1-2, 9-21 12.1-21 12.3-8

Verso áureo
“O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-
vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor
fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Romanos
12.9-10)

Núcleo da lição
Muitas pessoas têm dificuldade de expressar o amor
que sentem pelo próximo. De que forma os cristãos evidenciam
esse sentimento que devem ter uns pelos outros? Paulo fornece
sugestões concretas para as atitudes e para o comportamento
cristãos.

Questões para estudo e discussão do texto

Romanos 12.1-2
1) Como você descreveria um sacrifício vivo? Quais são as
características de alguém que se torna um? Você lembra outras
passagens que também exortam os crentes a fazerem isso?

2) Como você pode apresentar seu corpo a Deus? Consi-


derando as discussões anteriores de Paulo, sobre a carne e
o espírito, por que acha que induziu, explicitamente, seus
leitores a apresentarem seus corpos?

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Sábado, 18 de fevereiro de 2006 Lição 07

3) Qual é a principal idéia do verso 2? Como o tem aplicado,


em sua vida? Qual é a função da mente na caminhada
cristã? Quando você reconhece a vontade de Deus?

Romanos 12.9-21
4) Há uma maneira mais fácil de lembrar os mandamentos da
passagem? Como organizaria os itens da lista? Qual parece
ser a motivação por trás dela? Você consegue enxergar
uma ligação entre as exortações de Paulo?

5) Quantos dos itens falam sobre como nos relacionamos?


Quantos se referem, mais especificamente, ao nosso
relacionamento com Deus?

6) Por que Paulo escreveu o capítulo? Que pista você pode


encontrar, na carta, sobre isso? Entender a razão pela qual
redigiu a passagem ajuda-o a aplicar, mais facilmente, esses
conselhos em sua vida?

7) Em quais das áreas representadas, sua Escola Sabatina


parece se sair melhor? E sua igreja? O que vocês podem
realizar juntos para aumentar sua força e, com a ajuda do
Senhor, tornar-se cada vez melhores nesses quesitos?

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As Marcas de um Cristão Verdadeiro

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

O contexto
Paulo sabia que os seguidores de Jesus foram chamados
para aprender e para viverem de uma nova maneira. Ele
compreendeu essa mensagem a partir da experiência pessoal
que teve com o Senhor. Suas cartas contêm, portanto, partes
dedicadas ao ensino e à exortação. Depois de dizer a seus
leitores no que deveriam crer, mostrava como precisariam se
comportar.
É em Romanos 12.1-2 que essas duas partes juntam-se.
Os versículos são, muitas vezes, descritos como a dobradiça
sobre a qual o livro de Romanos vira. A passagem une os
primeiros onze capítulos (a apresentação, segundo Paulo, da
doutrina cristã) às últimas cinco divisões (o tratado paulino
sobre a aplicação da doutrina, anteriormente apresentada às
nossas vidas). Esse é o contexto literário.

O pano de fundo histórico


Tal passagem, também, contém o contexto situacional.
Parece descrever a situação em que os leitores de Paulo
encontravam-se. Estes eram pessoas redimidas, vivendo num
mundo caído. Haviam experimentado a regeneração vinda da
fé em Cristo, mas estavam constantemente sob a influência
das pessoas e das idéias de uma sociedade moralmente
corrompida. O apóstolo, portanto, escolheu destacar a questão
do relacionamento: com Deus, com nosso próprio ser e de
uns com os outros.
Ao discorrer sobre o relacionamento que temos com
Deus, criou a noção de sacrifício vivo. Em um primeiro mo-
mento, poderia parecer uma idéia perturbadora aos seus leitores
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Sábado, 18 de fevereiro de 2006 Lição 07

judeus, pois as Escrituras ensinavam um sistema de sacrifícios


fazendo uso de animais já mortos. Além disso, a prática era
algo comum entre os pagãos, não entre os seguidores do
Deus verdadeiro. Deste modo, seus leitores, provavelmente,
levaram algum tempo para compreender o que ele estava
pedindo que fizessem, em 12.1-2.

Tema principal
Como foi mencionado anteriormente, o principal tema
da passagem de hoje é o relacionamento. Os versos 1 e 2
mostram a relação com Deus; de 3 a 8 discute-se o
envolvimento que temos com nós mesmos e os versos 9 a 21
abordam-no em relação a uns com os outros.
Já que Paulo estava interessado em evitar que os leitores
voltassem aos antigos caminhos da sociedade corrupta ao seu
redor, a primeira coisa a que os incentivou foi a um
relacionamento com Deus cada vez mais firme. Fez isso nos
versos 1-2, ao conclamar os romanos crentes a concederem
três ofertas a Deus: seu corpo, sua mente e sua vontade. O
pedido é uma conseqüência lógica de sua exortação anterior
para que fossem sacrifícios vivos. Os mortos não estariam
preocupados em como se comportar; os vivos ainda precisavam
fazer escolhas relacionadas ao seu estilo de vida. Por isso,
centrou sua discussão nos principais componentes da vida
humana: nossas constituições física, mental / emocional e
espiritual.
Depois de falar sobre essa relação, o apóstolo iniciou os
conselhos referentes ao relacionamento que devemos ter com
a gente mesmo (versículos 3 - 8). Isso pode ser descrito como
auto-imagem. Paulo alertou contra a tendência universal humana
do orgulho. Ele disse para examinarmos a nós mesmos, de
modo a determinar a melhor forma de servir o corpo de Cristo.
O orgulho deve ser removido, porque é pela graça de Deus
(não pela de nossos esforços) que certos dons, talentos,
habilidades e inclinações nos são dados. Não devemos ter
inveja dos talentos dos outros. As diferenças entre nós não são
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As Marcas de um Cristão Verdadeiro

resultado de uma injustiça cósmica, mas sim da própria escolha


soberana de Deus para benefício de sua igreja.
A forma como enxergamos e tratamos os outros é um
retrato de como vemos a nós mesmos. Os versos 9-21 falam
de emoções ou condições como amor, bem e mal, honra,
devoção, serviço, alegria, esperança, paciência e fidelidade,
entre outros. A pessoa que, diligentemente, dedicar-se a estudar
essa parte das Escrituras aprenderá ensinamentos maravilhosos
sobre sua vida como ser humano que, apesar disso, serve ao
único verdadeiro Deus.
A maneira como Paulo terminou o capítulo lembra-nos
de sua preocupação com a situação desafiadora que seus leitores
estavam vivendo: eram pessoas redimidas, habitando em um
mundo caído. O mal tornara-se uma presença constante em
suas vidas, de modo que precisavam de métodos adequados
para derrotá-lo. Uma forma de garantir as vitórias de que
necessitavam seria por ação do ensino e do aprendizado de
conceitos sadios sobre os relacionamentos.

Conceitos difíceis
Qual é o significado da citação veterotestamentária, em
Romanos 12.20? Amontoar brasas vivas sobre a cabeça de
uma pessoa é algo bom ou ruim? (Parece-me que depende da
cabeça de quem estamos falando!) Se voltarmos à passagem
original, Provérbios 25.21-22, percebemos que termina com a
frase “e o Senhor te retribuirá.”. Sua mensagem: Deus é o juiz
definitivo para cada situação; ele dará a cada um conforme
suas realizações. Isso é meramente uma reafirmação de
Romanos 12.19; não é nossa a função de buscarmos vingança;
mas, sim, de Deus.

Aplicação
Como podemos oferecer nossos corpos a Deus? Uma
boa maneira é reconhecer que ele já habita nosso corpo, na
forma do Espírito Santo. Podemos, portanto, convidá-lo a se
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Sábado, 18 de fevereiro de 2006 Lição 07

tornar não somente um habitante, mas seu dono. Isso inicia


com a dedicação de nossos corpos a ele e continua com a
prática diária de reconhecer o que é santo e o que não é; o
que é agradável a Deus e o que lhe desagrada. O Espírito
esclarece-nos vários pontos a esse respeito, e também dá-nos
forças para tomarmos e colocarmos em prática decisões sobre
o que faremos ou não com o corpo. Faça uma lista das
atividades que o ambiente no qual você vive encoraja-o a
participar. Quais são agradáveis a Deus? Quais não são? Será
que não precisa buscar um espaço menos propenso ao pecado?
Como podemos renovar nossas mentes? O mundo busca
conformá-las, influenciando-nos do lado de fora. O Espírito
quer transformar-nos a partir de dentro. Podemos reagir,
positivamente, a essa influência por meio de um contato
constante com esse Espírito: falando com ele; meditando,
memorizando e obedecendo à sua palavra. Você separa algum
tempo, diariamente, para ouvir somente Deus? Caso não o
faça, está se privando de uma incrível transformação que ele
planejou para você! Os prazeres deste mundo são superficiais
e temporais. Faça um esforço para alcançar o que Deus está
lhe oferecendo; algo mudará em sua vida, agora e para sempre.
Você vai se tornar uma nova pessoa.

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar a descrição paulina de uma vida consagrada a Deus;
2) Considerar como a fé faz a diferença na maneira como
vivemos;
3) Fazer com que os participantes avaliem suas próprias
atitudes e ações à luz das exortações de Paulo.

Atividade pedagógica
Um hino em inglês, chamado Take my life and let it be
consecrated [Tome minha vida e consagre-a], é a forma como
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As Marcas de um Cristão Verdadeiro

Frances Havergal escolheu para expressar o sacrifício vivo


oferecido a Deus. Nele, dedicamos nossa vida, mãos, pés,
voz, lábios, prata e ouro, amor e nosso ser a Deus, para que
dirija tudo.
Você pode utilizar esse ou outro hino parecido como
ponto de partida sobre o que significa ser um sacrifício vivo.
Caso o faça, tenha certeza de que irá centrar-se na passagem
de hoje e incluirá os importantes elementos a serem discutidos:
o corpo, a mente e o espírito.

Olhando adiante
Os cristãos nem sempre concordam uns com os outros
sobre como deve ser nossa caminhada com Deus. Paulo
fornece alguns conselhos aos que estão lidando com essas
diferentes perspectivas.

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NÃO JULGUEIS
Romanos 14.1-13; 15.5-6

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Leanne Lippincott

Domingo Romanos 15.1-6


Harmonia é algo importante. Ela torna a música agradável;
promove a paz entre os vizinhos; traz conforto e tranqüilidade
às famílias. Entre os cristãos, por sua vez, promove a unidade.
Nada é mais triste que ver uma igreja perdendo seu
espírito de união. Minha irmã contou-me como um ex-pastor
quase destruiu a sua quando seu comportamento antiético foi
exposto. Os membros da congregação acabaram se dividindo,
enfraquecendo as amizades no processo. Foi preciso um novo
pastor trazer cura espiritual e recuperar a unidade.

Segunda-feira Tiago 4.7-12


Nossa! Estes versos, realmente, incomodam nossas
consciências: “tu, porém, quem és, que julgas o próximo?”
(v. 12)
Um rapaz, chamado Terry, vivia no outro lado da rua.
Todos os dias, às 5h45min da manhã, colocava sua motocicleta
Harley Davidson para funcionar. Ela roncava, na entrada da
garagem, por pelo menos 15 minutos. Logo passei a considerá-
lo alguém sem qualquer desconfiômetro; porém, descobri mais
tarde que se tratava de uma pessoa muito querida. Tinha uma
esposa bastante atenciosa e um filho recém-nascido e, por
isso, precisava chegar cedo ao trabalho e aquela motocicleta
velha era a maneira mais barata de atingir seu objetivo.

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Não Julgueis

Terça-feira Tiago 5.7-12


Fui uma jovem bastante impaciente. A primeira vez que
enterrei algumas sementes de cravo, fiquei desapontada por
não conseguir enxergar evolução alguma depois de três dias.
Quando tinha 13 anos, depois de enviar meu primeiro filme
para ser revelado, passei a ir ao correio de bicicleta, todos os
dias, durante um mês, até que minhas fotos chegassem, pois,
naquela época, era assim que revelávamos os filmes
fotográficos.
Tiago exortou seus irmãos judeus a serem pacientes,
assim como o fazendeiro aguarda a chuva. Eles precisavam
ser tranqüilos tanto em seu sofrimento, como na espera pela
volta do Senhor. O apóstolo disse-lhes para não reclamarem
uns contra os outros. Se eles o fizessem, estariam criando a
possibilidade de serem julgados.

Quarta-feira Romanos 14.1-6


Você lembra o ditado: “Quando você aponta um dedo para
alguém, está, ao mesmo tempo, apontando outros três para você”?
Paulo aconselhou seus irmãos romanos a não condenarem
os outros crentes só porque tinham hábitos alimentares
diferenciados e maneiras próprias de servirem a Deus. É
tentador julgar irmãos Batistas do Sétimo Dia com relação ao
modo como guardam o sábado. Conheço pessoas que nem
cogitariam a idéia de ir a um restaurante nesse dia, e outros
que fazem disso um hábito para toda a família. O mais
importante é responder à seguinte pergunta: “Como Deus vê
nosso comportamento?”

Quinta-feira Romanos 14.7-13


Você, alguma vez, já viu dois meninos, de mais ou menos
3 anos, brigarem por causa de um brinquedo e acabarem
quebrando-o? Em 90% dos casos, quando param um minuto
para examinar a evidência destruída, apontam o dedo um
para o outro e exclamam, simultaneamente: “A culpa é dele!”
Não há necessidade de culparmos ou julgarmos nossos
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Sábado, 25 de fevereiro de 2006 Lição 08

irmãos, porque Deus julgar-nos-á a todos. E, quando estivermos


diante de nosso Criador, não haverá alguém a quem poderemos
apontar o dedo, a não ser a nós mesmos. Com os joelhos
tremendo, deveremos fazer um relato minucioso de nossa
conduta na terra. Esse é um grande motivo para não fazermos
“tropeçar” (v. 13) nossos irmãos.

Sexta-feira Romanos 14.14-18


Declara-se aqui que nenhuma comida é impura em si
mesma. O Evangelho de Marcos diz-nos que Jesus pensava da
mesma maneira (Marcos 7.19). Mesmo assim, Paulo falou que
as pessoas, que ainda consideravam algo impuro, deveriam
ser aceitas e amadas. Aprecio a forma como os versos 15 e 16
são traduzidos, na versão inglesa da The Message: The Bible in
Contemporary Language [A mensagem: a Bíblia em uma
linguagem contemporânea]: “Lembre-se que estas são pessoas
por quem Cristo morreu. Você arriscaria condená-las ao inferno,
simplesmente em razão de sua dieta alimentar? Não permita
que o alimento abençoado por Deus torne-se um motivo para
envenenar sua alma!”

Sábado Romanos 14.19-23


Nestes versos, Paulo continua a admoestar seus irmãos a
amarem aqueles que são diferentes. Ao invés de procurar
defeitos, devem encorajá-los na fé. A discussão com relação à
comida não era um assunto que valia mais a pena que a obra
de Deus entre os crentes judeus.
O homem precisa de comida para sobreviver e, quando a
aprecia com moderação, ela faz “bem”. Às vezes, porém, se
não obedecemos a certas restrições, o alimento pode fazer mal,
como quando um diabético devora um algodão-doce enorme e
várias barras de chocolate uma após a outra, ou quando pessoas
com colesterol alto engolem pedaços super-gordurosos de carne.
No tempo de Paulo, a comida poderia tornar-se algo negativo
caso fosse utilizada para fazer tropeçar outros cristãos.
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Não Julgueis

Estudo das Escrituras Devocional


Romanos Tiago
14.1-13; 15.5-6 4.7-12

Verso áureo
“O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes
um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com
um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 15.5-6, NVI)

Núcleo da lição
As pessoas, geralmente, tornam-se impacientes com
aquelas que possuem uma opinião ou perspectiva diferente;
em especial se é considerada imatura ou imponderada. Como
podemos suportar uns aos outros se temos opiniões diversas
sobre como deve ser a vida de um cristão? Paulo convence-
nos de termos paciência com todos.

Questões para estudo e discussão do texto

Romanos 14.1-13
1) Quando Paulo falou sobre pessoas de fé fraca, estava nos
incitando a avaliar o vigor da fé de nossos irmãos em
Cristo? Como você explicaria o significado da expressão
“discutir opiniões” (v. 1)?

2) Quem é o seu senhor? Como lhe serve? O que, para você,


significa tomar decisões na vida? A quem você deve prestar
contas? Por que a realidade influencia como devemos tratar
os outros?

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Sábado, 25 de fevereiro de 2006 Lição 08

3) Por que a decisão de se comer carne ou somente vegetais


tornou-se uma questão espiritual? Você conhece algum
mandamento restringindo a alimentação a uma dieta
vegetariana?

Romanos 15.5-6
4) Como Deus nos consola? Como o tem encorajado?

5) Por que Paulo considera a unidade um assunto importante?


(sinta-se livre para fazer uso de todas as passagens bíblicas
que quiser) Como qualifica a unidade sobre a qual escreveu?
Qual é a sua fonte? Quem deveria estar unido?

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Não Julgueis

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

O contexto
Na lição da última semana, vimos que o enfoque de
Paulo, em Romanos 12, estava nos relacionamentos: com Deus,
conosco e de uns com os outros. Seguindo a mesma temática,
na primeira metade do capítulo 13, enfatizou o relacionamento
com o Estado. Na segunda parte, abordou novamente a questão
do amor, em especial o nosso dever de amar uns aos outros.
O apóstolo já estava maduro o suficiente em sua fé
para compreender que a relação que cada crente tem com
Cristo é única e está em constante mudança: ou se tornando
cada vez mais forte ou mais fraca. Cada um de nós possui
áreas, em nossa fé, que precisam ser fortalecidas, mas também
existem as já bastante fortes. Ele, portanto, sabia que seus
leitores teriam muitos desafios ao tentarem amar uns aos
outros, porque as diferentes convicções pessoais podem
causar muitas tensões interpessoais. Por isso, dedicou o
capítulo 14 e o 15 para falar sobre um aspecto crucial do
amor cristão, em nossos relacionamentos: não devemos emitir
julgamentos em questões controvertidas (Romanos 14.1). Nós
compreendemos que Deus chama-nos para julgar com relação
a aspectos essenciais de nossa fé como, por exemplo, no
caso dos Dez Mandamentos. Essas não são questões con-
trovertidas. O enfoque de Paulo, nesse trecho, porém, en-
contra-se sobre outra questão: os vários aspectos não-essenciais
de nossa fé. Os diferentes estilos de adoração e a arquitetura
da igreja são exemplos de aspectos não-essenciais. Os cristãos
possuem opiniões diversas sobre eles, e Deus não fez qual-
quer pronunciamento para normatizá-las.

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Sábado, 25 de fevereiro de 2006 Lição 08

O pano de fundo histórico


Os destinatários da carta de Paulo encontravam-se em
Roma, um típico modelo de cidade cosmopolita. Havia orgulho
pelo fato de muitos de seus residentes serem provenientes de
várias regiões, raças e culturas. Em conjunto com essa diver-
sidade de habitantes, houve uma invasão de diversas doutrinas
e práticas religiosas. Muitos deuses eram adorados e isso
influenciava vários aspectos da vida romana. Uma das atividades
religiosas mais comuns era a adoração nos templos.
Podia-se cultuar um ídolo pela morte de um animal e
pela queima de sua carne como oferta. Tudo acontecia no
templo dedicado àquele deus. Nem sempre a carne inteira era
queimada, de forma que o resto podia ser utilizado para outros
propósitos. Parte dela podia ir parar no mercado público e,
conseqüentemente, na refeição de certas pessoas. Isso explica
por que muitos crentes estavam preocupados com relação à
possibilidade de comerem carne sacrificada aos ídolos; era
difícil saber a fonte do alimento que lhes era vendido!

Tema principal
Apesar de Paulo não ter tido qualquer vergonha de dizer
a seus leitores sobre como deveriam se comportar, não o fez
por razões meramente egoístas ou interesseiras. Seus propósitos
eram muito mais elevados que isso! O que tinha em mente,
quando escreveu os capítulos 14 e 15 de Romanos, era a
glória de Deus (Romanos 15.6). Ele sabia que o Senhor só
seria glorificado caso seu povo fosse unido, e era sobre isso
que falava.
Uma das ameaças à unidade, segundo Paulo, eram as
diferentes opiniões que seus leitores tinham acerca de certos
aspectos não-essenciais da fé cristã. Os dois exemplos dados
por ele referem-se a duas restrições alimentares e dias especiais
para adoração. O apóstolo informou que, apesar de terem
concepções diferentes nessas áreas, não deveriam deixar
que se tornassem motivos para se afastarem dos outros irmãos.

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Não Julgueis

De modo mais específico, dizia: 1) Vocês, que têm uma fé


mais madura, não humilhem ou influenciem, negativamente,
aqueles que precisam de uma crença mais vigorosa; 2) Vocês,
cuja fé não é forte o suficiente para desfrutarem da liberdade
que lhes é oferecida em Cristo, não condenem àqueles cuja
crença permite gozarem dessa liberdade.
Paulo encorajou os crentes romanos a praticarem três
ações para manterem sua unidade: aceitarem (14.1-12);
edificarem (14.13-23) e agradarem uns aos outros (15.1-6).

Conceitos difíceis
Algumas pessoas utilizam este texto como base escritural
para não guardarem o sábado. Segundo eles, Paulo está dizendo
que não há dia mais ou menos importante que o outro; então,
não existe qualquer significado especial referente ao sétimo
dia da semana. O argumento, porém, não se encaixa no contexto
dos comentários feitos na epístola. Ele definiu, claramente, o
escopo de suas exortações quando disse, em 14.1, que discutiria
o julgamento precipitado acerca de questões controvertidas.
Para ele (e para nós também!), os Dez Mandamentos não são
considerados questões contestáveis. Ele nunca afirmaria que
seria aceitável ter outros deuses, além do único verdadeiro
Deus, a desonrar seus pais, a assassinar ou a cometer adultério.
Por que, então, seria aceitável que um crente ignorasse o
quarto mandamento, aquele que diz respeito à santificação
desse dia da semana?
Se Paulo não estava falando sobre o sábado, o que tinha
em mente quando mencionou a diferença ou não entre os
dias? A maioria dos comentaristas acredita haver referência
aos dias especiais de celebração dos judeus, que foram esta-
belecidos no Antigo Testamento (o Dia da Reconciliação, a
Festa dos Tabernáculos, etc.). Faziam parte da lei cerimonial,
destinados especificamente ao povo judeu, não sendo incor-
porados à norma moral (os Dez Mandamentos), voltada a todos
os humanos. Os dias santos do judaísmo, provavelmente, tor-
naram-se uma fonte de tensão para a igreja cristã, em Roma,
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Sábado, 25 de fevereiro de 2006 Lição 08

em cujo aprisco havia judeus, ensinados desde cedo a cele-


brarem tais dias santos; e gentios, que não possuíam qualquer
relação com as comemorações. Paulo, portanto, referia-se a
outro tópico que poderia criar divisões entre os crentes. Essa
foi uma ilustração bastante eficiente, considerando-se seu intento
de aconselhar os cristãos romanos à união.

Aplicação
O interesse de Paulo era que os crentes, em Roma,
vivessem em harmonia uns com os outros. Para isso, precisavam
ser pacientes com seu próximo, pois cada um traz consigo
conceitos e práticas próprios à comunidade aderida. O mesmo
ocorre em nossas igrejas batistas? Com certeza! Esta é, na
verdade, uma das características mais valorizadas da
denominação batista: nossa habilidade em aceitar, livremente,
cada um dos membros de nossa igreja, mesmo que seus
costumes sejam diferentes dos nossos.
Como você está se saindo nessa área? É difícil aceitar
algum membro de sua igreja? Você, acertadamente, não abre
mão de elemento algum essencial de nossa fé cristã, mas qual
será sua reação se o que está em jogo não são esses princípios
fundamentais da fé? Como é possível aceitar uma pessoa que
têm opiniões diferentes acerca de questões controversas?
Um aspecto importante para lembrar é o que Paulo disse
aos Romanos, em 14.1-4. Deus já aceitou a pessoa. Como,
então, você pode ser capaz de rejeitar alguém que já foi
acolhido por ele? Além disso, de acordo com 14.5-9, as idéias
e práticas que cada um de nós vivencia fazem parte de nosso
relacionamento com o Senhor. Se um de meus irmãos em
Cristo vive algum princípio que não vai contra a Bíblia, e se
esse possui uma função central na forma como serve a Deus,
como, então, posso exigir que enxergue as situações da minha
maneira? Finalmente, em 14.10-12, o autor das epístolas
lembra-nos que é Deus quem deve julgar cada um de nós,
segundo nossa fé e prática. Será que é nosso direito usurpar
de Deus seu lugar de juiz de todos e em todas as questões?
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Não Julgueis

Dicas para o professor

Metas para a lição


1) Revisar o que Paulo diz sobre uma vida em harmonia e
como aceitar pacientemente uns aos outros;
2) Explorar o pano de fundo histórico da situação a qual Paulo
dirigiu-se em sua epístola;
3) Fazer com que os alunos descubram formas de aplicar o
ensino desta passagem às situações vividas em seu dia-a-
dia.

Revisando
A vida cristã começa quando recebemos Jesus Cristo como
Salvador e, então, passamos a ser sustentados pelo Espírito
Santo. Por meio de um processo contínuo, somos
transformados para demonstrar amor e andar em união
com nossos irmãos.

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NÃO HÁ OUTRO
EVANGELHO
Gálatas 1.1-12

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Patrick London

Domingo 2 Coríntios 11.1-15


Há muitos falsos mestres por aí, e nós, os aprendizes,
precisamos ter cuidado com quem e o que ouvimos. Alguns
dos que se consideram filósofos ou professores não foram
apontados por Deus, nem estão preparados para pregarem
sua palavra. Eles têm suas próprias preocupações e sujeitam-
se a tudo para atingir seus objetivos, mesmo que tenham que
enganar alguém.
Ninguém recebe bênçãos por mentir. “Os lábios
mentirosos são abomináveis ao Senhor”. (Provérbios 12.22)
Preste bem atenção nas pessoas a quem ouve. Se não tiver
certeza de algo, busque as respostas verdadeiras na Bíblia.

Segunda-feira Colossenses 1.15-23


Você já parou para prestar atenção nas coisas ao seu redor?
A criação de Deus é perfeita; tudo que existe na terra e no céu
(nosso futuro lar) fora criado por nosso Pai Celeste. Agradeço a
ele por ter me criado e colocado em meio à sua maravilhosa
criação. Eu agradeço-Lhe ainda mais por ter salvado você e eu.

Terça-feira Atos 13.26-33


Quantas vezes, em nossa vida, fizemos promessas a
Deus? Nós cumprimos? Você pode contar às vezes em que
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Não há outro Evangelho

cumpriu as feitas a Deus? E aquelas feitas a um amigo que


dependia de sua fidelidade?
Deus cumpriu a sua ao enviar Jesus para nos redimir. O
que mais você precisa para se convencer de que há alguém,
realmente, importando-se com você?

Quarta-feira Atos 13.34-41


Nesta passagem, Deus está claramente enfatizando a
importância da morte de Jesus. Davi, um rei desta terra, morreu
e deteriorou-se. Jesus, porém, é diferente, pois foi e é o filho
de Deus. Não há qualquer corrupção em seu ser. É o mais
importante, porque nos salvou e perdoou nossos pecados.
Que possamos nos lembrar do real significado da sua morte,
pois seu sacrifício deu-nos vida eterna.

Quinta-feira Atos 13.44-49


As boas novas sobre Jesus Cristo não devem ser mantidas
em segredo. Há muitas pessoas, no mundo, que precisam
ouvir sobre ele para serem salvas.
Não façamos como os judeus tendo inveja do número de
gente que se juntava para ouvir Jesus! Cristo morreu por todos.
Ele não quer que ninguém pereça. Temos que aprender com
Paulo e com Barnabé a espalhar essa mensagem de salvação
por todo o mundo, mesmo que muitos a rejeitem.

Sexta-feira Gálatas 1.1-7


Muitas pessoas virão até você e afirmarão o que crêem
ser a verdade. Como filhos de Deus é importante sabermos o
que as Escrituras dizem, antes de concordarmos com o que
alguém fala. Precisamos provar, realmente, se o que declaram
é verdade.
Não deixemos que palavras enganosas desviem-nos do
caminho certo. A palavra de Deus é verdadeira, e precisamos
crer e confiar nela. Passe tempo com ele, diariamente, e aprenda
de sua palavra para que, quando lhe disserem algo, possa
discernir o certo do errado.
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Sábado, 04 de março de 2006 Lição 09

Sábado Gálatas 1.8-12


Povo de Deus, tenha cuidado! Há muitos evangelhos
por aí, mas há apenas um legítimo. Cristo é o verdadeiro
messias, e ele veio e morreu por todos nós.
Deus importa-se tanto conosco que enviou seu filho para
morrer por nós e para que nunca pereçamos; ao contrário,
para que possamos sempre nos arrepender.

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Não há outro Evangelho

Estudo das Escrituras Estudo Adicional Devocional


Gálatas Gálatas Atos
1.1-12 1 13.26-33

Verso Áureo
“Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por
mim anunciado não é segundo o homem.” (Gálatas 1.11)

Núcleo da Lição
Quando as pessoas ouvem as mais diversas declarações
sobre o que é verdade, freqüentemente, ficam confusas e
incertas quanto ao que acreditar. Como cristãos, o que devemos
ter como verdade? Paulo diz-nos que há apenas um evangelho,
aquele que foi recebido de Cristo.

Questões para Estudo e Discussão do Texto

1) Quem foi Paulo? De onde veio? Que direito tinha de es-


crever esta carta? Por que os crentes da Galácia estariam
dispostos a ouvi-lo? Que indicações você pode encontrar
na epístola de que Paulo precisava reafirmar seu direito de
proclamar o evangelho e admoestar esse povo?

2) Que fatos sobre Deus, o Pai, e nosso Senhor Jesus, Paulo


menciona no texto? Por que eles eram importantes de serem
citados? De que forma fundamentaram os argumentos iniciais
que o apóstolo estava desenvolvendo?

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Sábado, 04 de março de 2006 Lição 09

3) Leia o versículo 6, cuidadosamente. A quem ou a que as


pessoas estão desertando, segundo Paulo? Ele diz que
desertam a uma filosofia ou a uma visão de mundo? Afirma
que estão desertando a Deus?

4) Paulo diz que desertavam em favor de um novo evangelho.


Aqui, ele identifica problemas específicos com esse
evangelho diferente? O que, exatamente, afirma sobre ele?
O que diz sobre as pessoas que o estão proclamando?

5) Como Paulo recebeu o evangelho? Por que é importante


saber disso?

6) Ao passar os olhos sobre o resto da epístola aos Gálatas,


que problemas específicos você percebe serem abordados?
Como acha que estavam relacionados ao pseudo-evangelho
que Paulo condenava?

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Não há outro Evangelho

ENTENDENDO E VIVENDO
Richard Crouch

Quem eram os gálatas e qual foi a motivação de Paulo


para escrever esta carta? De acordo com os estudiosos, a palavra
gálatas tinha, nesse tempo, um significado tanto étnico quanto
político.
“Os gálatas étnicos eram celtas que migraram da Europa
central à Ásia Menor, no terceiro século a.C. Eles
estabeleceram-se numa área próximo a Ankara, a capital
da atual Turquia. Nos dias de Paulo, o dialeto dos gálatas
ainda era falado lá, apesar de o grego ter sido aceito como
a língua dos negócios e da diplomacia.
Nos tempos do Novo Testamento, havia uma província
romana - chamada Galácia - que cobria uma área maior que
o local onde os descendentes étnicos dos gálatas viviam.
Um território ao sul que não possuía habitantes gálatas
também estava incluído na província. Regiões como Pisídia,
Frígia e Icônio eram politicamente pertencentes à Galácia.”

Pode-se considerar qualquer um dos grupos. Mas, embora


a discussão sobre quem fossem os destinatários ajude na datação
da carta, o mais importante no estudo é o porquê de ter sido
escrita. Paulo redigiu-a, pois uma facção dentro da igreja estava
pervertendo a mensagem do evangelho. Falsos mestres,
daquela época, pregavam uma salvação resultante da
observação da lei. Os de hoje encontraram novas maneiras de
corromperem-no e ainda são graves ameaças às igrejas cristãs.
Devemos tratar da situação com a mesma coragem e
discernimento que Paulo.
O apóstolo iniciou a carta com um breve resumo da
verdadeira mensagem do evangelho, nos versos 3 e 4. Há três
pontos importantes aqui. O primeiro é que Jesus possibilitou
o único caminho para nossa salvação, por meio de sua morte
e da ressurreição. Em seguida, lemos que fomos libertos de

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Sábado, 04 de março de 2006 Lição 09

um “mundo perverso” por Jesus. O último ponto é que esse


livramento é da vontade de Deus.
Os cristãos ainda debatem muito com relação a que partes
da lei mosaica devem ser guardadas ou não. Dias santos,
alimentos puros e impuros e a circuncisão são temas de
discussões calorosas nos meios evangélicos. Hoje, porém,
nenhum cristão pregaria que a salvação é alcançada pela
circuncisão. Um falso mestre na Galácia, sim. Os gálatas não
foram invadidos pelos mórmons ou testemunhas de Jeová,
mas estavam sendo ensinados que a graça de Deus e a fé em
Jesus não eram suficientes. Eles precisavam das obras da lei
também.
De acordo com Paulo, os gálatas viviam em um mundo
perverso, e somente uma pessoa maléfica seria capaz de
perverter algo tão simples e bonito, como a salvação, de modo
a torná-lo complicado e feio. Mas, se aquele era um mundo
perverso, que adjetivo o apóstolo usaria para descrever o que
vivemos hoje? Tremendamente perverso? Horrivelmente
perverso? Sou extremamente grato pelo fato de Jesus ter sido
enviado para libertar aos gálatas, a mim e a todos do monte de
entulho no qual o mundo transformou-se!
Sinto-me alegre ao saber que é da vontade de Deus que
sejamos libertos da dor, do sofrimento e do desespero deste
mundo. Como pai, não desejo que meus filhos machuquem-se
ou falhem em algo. Da mesma forma, Deus, como meu pai
celeste, não deseja que eu experimente dor e fracasso. Às
vezes, porém, em que erro e sofro são necessárias para que
me torne a pessoa desejada por ele.
No verso 6, aprendemos que Paulo estava surpreso com
a rapidez com que os gálatas haviam se afastado da verdadeira
mensagem do evangelho pregado. É provável que demorassem
a aceitar sua mensagem legítima. O fato, portanto, de terem
se voltado tão rapidamente a outro ensinamento era
surpreendente! Também deve ter sido frustrante ver que todo
o seu trabalho estava indo por água abaixo.
O verso 9 diz-nos que perverter a palavra de Deus é

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Não há outro Evangelho

uma ofensa bastante grave. Paulo lembrou-lhes que há


conseqüências para todos os pecados. O único lugar a que um
falso mestre seria capaz de levá-los seria à condenação eterna.
Enquanto não se pode ter certeza da real motivação
desses falsos mestres, ele declara, no verso 10, que seu único
propósito era glorificar a Deus. Afirmou que sua mensagem
vinha diretamente dele. Apesar de ser um líder aos olhos de
todos, quis deixar claro ser apenas um servo.
A maior diferença que nós, os Batistas do Sétimo Dia,
temos para com outros grupos evangélicos é o compromisso
com a guarda do sábado (assim como Deus ordenou), no sétimo
dia da semana (assim como Deus planejou). Muitos dos que
cultuam no domingo chamam-nos de legalistas. Alguns até
acusam-nos, falsamente, de ensinar a salvação pela santificação
do sábado. Se a acusação fosse verdadeira, seríamos culpados
do mesmo tipo de pecado que estava acontecendo na Galácia,
isto é, que as obras da lei trazem salvação. Os Batistas do
Sétimo Dia, porém, pregam o mesmo evangelho de Paulo.
Nós guardamos o sábado por obediência e amor a Deus, e não
para sermos salvos.
Eu creio que a salvação, o batismo por imersão, a divina
inspiração da Bíblia e o sábado são quatro aspectos em que os
Batistas do Sétimo Dia concordam. Mas sempre queremos
encontrar um quinto ou sexto... É por isso que desenvolvemos
uma grande habilidade para concordar ou discordar dos outros
em relação a muitos itens.
Essa tolerância acerca de diferentes pontos de vista
fortalece-nos, porque nos capacita a funcionar como associações
e como uma Conferência Geral. Mas onde deve haver um
limite para tal benevolência? Quando passa a ser excessiva e
negativa?
Os gálatas, provavelmente, foram um grupo tolerante.
Quando os falsos mestres começaram a pregar que precisavam
guardar a lei para serem salvos, devem ter pensado: “Paulo
não nos ensinou isto, e nós não concordamos com isso, mas
não há problema em haver diferentes opiniões sobre um mesmo

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Sábado, 04 de março de 2006 Lição 09

assunto.” Felizmente, o apóstolo não foi tolerante com eles


quando se afastaram do verdadeiro evangelho. Ele enviou-
lhes uma carta bastante dura para que se endireitassem. Quase
dois mil anos depois, temos a mesma epístola para que nós
possamos nos endireitar!

Dicas Para o Professor

Metas para a lição


1) Revisar o que Paulo diz sobre a verdadeira mensagem do
evangelho;
2) Apresentar o contexto na Galácia a que Paulo estava se
dirigindo;
3) Avaliar os diferentes “evangelhos” com que somos
confrontados hoje e as singularidades do legítimo, recebido
de Cristo.

Atividade pedagógica
Há diversas maneiras de iniciar um bom debate quando
falamos de fidelidade e de heresias.
Uma segunda importante lição deste texto é aprender a
reconhecer críticas construtivas quando as recebemos. Aqui
vai uma idéia para abordar o assunto. Faça com que sua classe
imagine ter recebido a carta de um ex-pastor da igreja. Sua
sede daria ouvidos ao que estava escrito, ou apenas se queixaria
pelo fato de o pastor não ter o direito de enviar uma
correspondência dessas?

Olhando Adiante
Paulo admoestou os gálatas por terem feito uma escolha
errada com respeito ao entendimento que tinham da vida
cristã. Ele orientou-os sobre como voltar ao caminho
correto.

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TODOS SÃO SALVOS
PELA FÉ
Gálatas 2.15 até 3.5

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Patrick London

Domingo Romanos 3.21-26


Somos todos pecadores. Não importa de onde você vem
ou onde mora. Você e eu nascemos no pecado. “Pois todos
pecaram e carecem da glória de Deus.” (v. 23)
A única maneira de sermos salvos é pelo sangue de
Jesus. Sem essa preciosidade não há remissão. É por isso que
a morte de Cristo é tão importante e não deve ser
desconsiderada. Pelo seu sangue e por nossa fé, podemos ser
justificados.

Segunda-feira 1 Coríntios 1.3-9


Paulo escreveu aos coríntios para dizer o quanto agradecia
a Deus por eles. Ele, também, disse-lhes que, ao viverem
uma vida cristã autêntica, cresceriam em conhecimento.
Encorajou-os, afirmando que Cristo logo retornaria e que
deveriam ser irrepreensíveis aos seus olhos.
Não se preocupe com coisa alguma; Cristo tomará conta
de nós, assim como fez com os de Corinto. Ele equipar-nos-á
com o conhecimento necessário para realizar sua obra. Renove
seu ânimo neste dia.

Terça-feira Colossenses 2.6-14


Se você recebeu a Cristo, então sua vida deve ser um

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Sábado, 11 de março de 2006 Lição 10

reflexo disso. Você precisa estar totalmente ligado a Cristo,


vivendo como um servo fiel que não se abala com as palavras
dos homens. Ele tem feito tanto por nós que não podemos
permitir que alguém nos desvie desse curso. Nossa carne foi
limpa, ressuscitamos com ele; nossos pecados foram perdoados
e fomos libertos por seu sangue na cruz. Como filhos de
Deus, devemos permanecer firmes!

Quarta-feira Gálatas 2.5-10


Podemos enxergar um problema nesta passagem. As
pessoas pensavam que a circuncisão era importante para a
salvação. Mas não deveria ser assim, pois ela não salva. Paulo
demonstrou aos judeus e aos gentios que somente Jesus Cristo
poderia salvá-los.
Os céus regozijam-se quando um ou mais perdidos
aceitam Cristo.

Quinta-feira Gálatas 2.15-21


Já ouvi a seguinte desculpa, muitas vezes: “Eu sou uma
pessoa boa; faço o que é correto; não há nada de errado comigo.”
Se esse é seu caso, então tenho algo para lhe dizer.
Tudo que você faz jamais será o suficiente. Sem a presença
de Cristo em sua vida, está perdido. As obras não podem lhe
salvar; precisa confiar em Deus inteiramente e crer nele. Cristo
vive em você! É ele que o chama para perto; e, mais importante,
foi Cristo que morreu por todos.
É ele que está no controle. Nós precisamos nos lembrar
que é por ele que fomos salvos.

Sexta-feira Gálatas 3.1-5


Na passagem anterior, vimos que os gálatas achavam
que as obras poderiam justificar sua carne. Paulo chamou-os
de tolos por crerem nisso. A morte de Cristo deve ser um
estupendo impacto em nossas vidas, especialmente quando
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Todos são Salvos pela Fé

compreendemos a dor e o sofrimento pelos quais passou. Não


façamos com que seu sofrimento tenha sido em vão. Não
sejamos tolos como os gálatas. Que possamos ouvir e ter fé,
porque ele amou-nos e importou-se conosco.

Sábado Gálatas 3.6-14


A fé é uma ferramenta essencial em nossa caminhada
com Deus. Podemos perceber isso quando olhamos para a
vida de Abraão. Ele foi um exemplo de fé enquanto viveu na
terra. Quando Deus pediu-lhe para sacrificar Isaque, sua fé
estava sendo testada até o último segundo, até Deus fornecer-
lhe um carneiro para o sacrifício.
Quantos de nós faríamos a mesma coisa? Abraão era um
servo fiel. Precisamos seguir a lei de Jesus; mas, ao fazermos,
não podemos nos esquecer de exercitar nossa fé. Assim,
mostraremos o quanto cremos e confiamos em Deus pelo que
fez por nós. Se amarmos Deus, faremos o que ele pede.

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Sábado, 11 de março de 2006 Lição 10

Estudo das Escrituras Devocional


Gálatas Gálatas
2.15-3.5 3.6-14

Verso Áureo
“Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em
mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por
mim.” (Gálatas 2.20)

Núcleo da Lição
As pessoas guardam, em seus corações, atos de graça
recebidos de outrem. Onde podemos encontrá-los, na igreja?
Paulo diz que Deus concedeu-nos a maior graça possível pelo
dom de Cristo.

Questões para Estudo e Discussão do Texto


1) Que evento foi descrito por Paulo, como motivação, para
que escrevesse a carta? Qual era a importância desse
acontecimento? Como estava relacionado ao fato de ter
que reafirmar seu direito ao apostolado? Por que faz
distinção entre judeus e gentios (2.15)?

2) Resuma os ensinos paulinos sobre justificação. O que


significa “ser justificado”? Como as pessoas o são? Como
muitos tentam obter a sua? O que há de errado com tal
esforço?

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Todos são Salvos pela Fé

3) O que significa ser crucificado com Cristo? Como ele pode


viver “em mim”?

4) Explique como Paulo poderia concluir que “se a justiça é


mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (2.21)?

5) Por que os gálatas eram insensatos? Como foram


“fascinados”? O tom adotado nestes versos é condizente
com o do início da carta?

6) Que respostas Paulo esperava para cada pergunta, entre


os versos 2 e 5 do capítulo 3? Que ligação você é capaz
de estabelecer entre as questões? Baseado nas respostas,
como parafrasearia a série de perguntas, de modo a criar
um conjunto relacionado de declarações?

7) Considerando a passagem como um todo, o que se pode


aprender sobre Deus, sua graça e a fé?

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Sábado, 11 de março de 2006 Lição 10

ENTENDENDO E VIVENDO
Richard Crouch

Você já fez algo sabendo que não deveria ter feito? É


claro que sim; todos nós já o fizemos. Por exemplo, torço
pelos times de futebol americano e de basquete da Universidade
da Flórida. Fico extremamente triste e deprimido todo ano em
que perdem um jogo importante. Como ex-aluno e um fã por
muito tempo, sei que isso sempre irá acontecer, mas toda vez
é igual! Da mesma forma, Pedro e os gálatas fizeram algo que
não deveriam ter feito.
Em Gálatas 2.11-14, o apóstolo descreveu a discussão
tida com Pedro quando este e outros passaram a pregar de
forma a transparecer que a circuncisão era mais importante
que o próprio evangelho. Muitos acham que os versos 15 a 21
são uma continuação dessa história; outros, porém, pensam
que, neste momento, Paulo havia voltado sua atenção aos
gálatas. A principal razão para considerar a última posição é
que Pedro, supostamente, não precisaria ser ensinado sobre
isso de forma tão incisiva. Não há, contudo, uma transição que
garanta essa posição, enquanto há uma bastante clara em 3.1.
Se Pedro estava se comportando de maneira tão medíocre, então
quem sabe ele precisasse ser repreendido dessa forma? Seja
quem for o principal destinatário da passagem, a mensagem é a
mesma: “Vocês sabem fazer melhor do que isso.”
Muitos judeus foram ensinados, desde cedo, que suas
obras não os justificariam perante Deus. Eles sabiam que Abraão
fora justificado pela sua fé em Deus, não por suas obras
(Gênesis 15.6). Portanto, um judeu por nascimento, como Pedro,
não deveria igualar a circuncisão à justificação. Além disso,
ele era cristão. E estes sabem que a salvação vem da fé em
Jesus, não das obras da lei. Os gálatas também haviam se
tornado cristãos, e, portanto, não deveriam cair naquela
armadilha.
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Todos são Salvos pela Fé

O verso 17 rejeita a idéia de que seguir a Cristo significa


estar livre da lei. Quando você aceita Jesus, ainda ama e
obedece a Deus; continua a realizar boas obras e ações que
agradam a ele. Somos livres em Cristo, mas não libertos para
pecar. E já que viver uma vida sem pecado não é possível
para nós, precisamos que Cristo justifique-nos.
Paulo declarou, no verso 18, “Porque, se torno a edificar
aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor.”.
Jesus morreu pelos nossos pecados e trouxe a justificação por
meio dele mesmo. Se Paulo, ou outra pessoa, tentar criar
qualquer outro caminho para justificação, encontrar-se-á em
oposição direta à vontade de Deus. E isso é algo extremamente
horrível.
O melhor lugar para se estar é com Cristo. Quando você
está com ele, morre para as coisas do mundo. Terá o Espírito
Santo habitando em você e um propósito digno para sua vida.
Passa a viver para agradar a Deus e não aos homens.
Pedro e os seus estavam claramente errados em seu
comportamento hipócrita. Os gálatas, sob a liderança de falsos
mestres, afastavam-se de Deus. Paulo termina essa parte do
discurso com seu argumento mais forte:o motivo por que cria
que a conduta deles estivesse errada.
“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante
a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.” (2.21) Por que
Jesus morreu se a lei pode nos salvar? Eu não acho que o
tenha feito só para provar que pode ressuscitar dos mortos.
Fica bem claro, no início do capítulo 3, que Paulo falava
diretamente aos gálatas, mas não a qualquer um deles. Estava
se dirigindo aos insensatos apenas. Perguntou se eles haviam
sido enfeitiçados, porque não podia acreditar que alguém, em
sua sã consciência, aceitaria a mensagem dos falsos mestres
em detrimento à sua clara apresentação do evangelho.
No verso 2, perguntou: “recebestes o Espírito pelas obras
da lei ou pela pregação da fé?” Eu percebi a presença do
Espírito Santo em minha vida, muitas vezes. E, em nenhuma
delas, senti-a por causa de alguma boa ação realizada. Os

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Sábado, 11 de março de 2006 Lição 10

gálatas receberam o Espírito Santo quando Paulo estava com


eles; ele, portanto, sabia a resposta dessa pergunta. Porém,
não acreditava que tivessem esquecido disso tão cedo.
Sua insensatez, ao se afastarem do evangelho verdadeiro,
foi discutida mais tarde, no verso 3. Ele perguntou se as obras
da carne seriam capazes de aperfeiçoar a que havia começado
no Espírito. Os gálatas devem ter achado que Paulo enganou-
se ao lhes dizer que a morte de Cristo, na cruz, era suficiente
para justificá-los. Tentaram aperfeiçoar o plano da salvação ao
acrescentarem as obras da lei nesse processo.
Os cientistas de hoje estão trabalhando duro para
aperfeiçoarem a criação de Deus, usando a engenharia genética.
Há muitos shows na televisão americana mostrando médicos
melhorando a aparência das pessoas com cirurgias plásticas.
Tentam consertar os “erros divinos”; entretanto, não
compreendem que ele não cometera erros! Deus iniciou sua
criação com a melhor matéria-prima possível. No entanto, tudo
o que o homem tem feito é destruí-la desde o início. Quando
nos tornamos cristãos, ele inicia uma nova criação em nós.
Precisamos tomar cuidado para não a destruirmos com nossa
própria “criatividade”.
Nós próprios trazemos a maior parte do sofrimento para
nossas vidas; ainda assim, nem todo ele é mau. Sofrer por
Deus é bom. Os gálatas padeceram após se tornarem cristãos.
Foram perseguidos por sua fé em Jesus. Paulo declarou que,
se afastar do evangelho naquele momento, significaria que
todo o sofrimento fora em vão (3.4). Tudo que experimentaram,
desde que se tornaram cristãos, teria sido perda de tempo.
Nunca devemos desperdiçar o período que passamos com
Deus.
O apóstolo foi bastante incisivo ao explicar porque Pedro
e os gálatas estavam errados ao fazerem das obras algo mais
importante do que a obra de Jesus na cruz. Eles não deveriam
ter caído nesse engano... Sei que também há momentos, em
minha vida, nos quais Deus diz: “Rick, como você é um tolo!
Você tem capacidade para fazer muito melhor que isso.”

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Todos são Salvos pela Fé

Pode ser que eu não pregue que a circuncisão seja a


chave para a salvação, mas pratico ações tão insensatas quanto
essa! Sou grato a Deus por inspirar ao apóstolo Paulo a escrever
tal carta e, também, pelo dom da salvação disponível até
mesmo em alguém tão pecador quanto eu.

Dicas Para o Professor

Metas para a lição


1) Revisar o que Paulo diz na passagem sobre a fé em Jesus;
2) Explorar o que significa dizer que a justificação vem pela
fé e não pela lei;
3) Discutir como é mostrado, em sua vida, que Cristo vive em
você.

Atividade pedagógica
Inicie a aula com a seguinte atividade: apresente aos
alunos dois ou três objetos diferentes (bala, moeda e giz, por
exemplo). Cubra-os com três xícaras idênticas. Faça com que
todos fechem os olhos. Mova-as e deixa a classe adivinhar o
que se encontra debaixo de cada uma. Não é importante que
os alunos acertem, mas sim que compreendam a moral de que
elementos bem diferentes podem ser encobertos por outros
similares.
Poderia uma vida “justificada pelas obras da lei” e
“justificada pela fé em Cristo” parecerem semelhantes? Quanto
seria, de fato, diferente? Será que as semelhanças existentes
poderiam ter sido utilizadas para “enfeitiçar” os gálatas? Como
podemos evitar uma situação parecida, em nossos dias?

Olhando Adiante
Paulo perguntou e respondeu ao seguinte: “Qual, pois, a
razão de ser da lei?”

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A FINALIDADE DA LEI
Gálatas 3.19-29;4.4-7

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Patrick London

Domingo Salmos 19.7-14


Você já ouviu falar de algo que é mais doce que o mel e
mais precioso que o ouro? É assim que Davi descreveu a
palavra de Deus. Orou a ele, pedindo para que não permitisse
que violasse a lei. Nós sabemos que as regras do Senhor são
perfeitas e reconhecemos que há muitos benefícios para quem
as guarda como, por exemplo, saber discernir o certo do errado.
Não seria, então, muito melhor seguir a lei de Deus, ao invés
de qualquer outra regra?

Segunda-feira 1 Timóteo 1.3-11


Nesta passagem, encontramos Timóteo, um jovem que
assumiu uma posição de liderança. Paulo escreveu para ele,
instruindo a todos os mestres para não ensinarem coisa alguma
além da verdade. Aconselhou-o a se manter longe daqueles
que contavam histórias duvidosas às pessoas.
Quando um jovem é colocado numa posição de destaque,
esta pode lhe subir a cabeça ou exigir demais da pessoa. Mas
quando se seguem instruções saudáveis sobre liderança, é
possível evitar muitos dos problemas surgidos.

Terça-feira Mateus 5.17-22


Você percebe como é perigoso ser desobediente à lei
de Deus? Jesus deixou claro que desejava que todos a
conhecessem, a ensinassem e a guardassem.
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A Finalidade da Lei

Como você reage quando as pessoas arruínam seus


planos? Censura-as severamente? Fala mal delas? Ou, quem
sabe, conforma-se com o que aconteceu para começar tudo
de novo? É realmente difícil guardar a lei perfeita de Deus!

Quarta-feira Romanos 3.27-31


É bom saber que Cristo livrou-nos da responsabilidade
de termos de nos justificar perante Deus. Jamais conseguiríamos
fazer isso! Devemos exercer nossa fé na obra de Deus através
de Cristo. Não podemos, portanto, levar o crédito por nossa
salvação, pois Deus é quem nos trouxe para perto dele, e não
o contrário.

Quinta-feira Gálatas 3.19-23


Se não houvesse regras, este mundo seria um desastre
ainda maior. A lei são as nossas normas e mostram os pecados
do mundo. Deus, porém, enviou seu filho para nos limpar de
toda iniqüidade. Possibilitou uma “escapatória”; não somos mais
cativos do pecado. Precisamos agradecer-lhe todos os dias,
pois sem ele, em nosso meio, estaríamos perdidos.

Sexta-feira Gálatas 3.24-29


Paulo compara a lei a um condutor; é como um tutor,
alguém que supervisiona, repreende e ensina. De maneira
parecida, as regras nos foram dadas para que soubéssemos o
que é certo aos olhos de Deus. Servem para nos preparar
para um relacionamento com Cristo; uma relação que só pode
existir porque ele habitou entre nós e morreu por você e por
mim. Nossas almas foram libertas por causa do sangue
derramado no Calvário.

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Sábado, 18 de março de 2006 Lição 11

Sábado Gálatas 4.1-7


Somos filhos de Cristo. Isso o deixa feliz? Você não está
mais cativo; não mais se encontra sob os ensinos de um tutor,
mas sim na família de Deus por causa do sangue de seu filho.
Alegro-me ao saber que sou filho do Pai Celeste e louvo
a Deus por Cristo ser meu intercessor junto ao Pai. Meu Deus
sempre tem misericórdia de mim quando escorrego em minhas
ações.
Alegre-se em Jesus; ele fez mais por nós que qualquer
outra pessoa poderia. Siga sua lei e compartilhe as boas novas,
pois ele é maravilhoso!

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A Finalidade da Lei

Estudo das Escrituras Estudo Adicional Devocional


Gálatas Gálatas Romanos
3.19-29; 4.4-7 3.19-4.7 3.27-31

Verso Áureo
“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu
Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os
que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção
de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso
coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gálatas
4.4-6)

Núcleo da Lição
Em geral, as sociedades têm leis para assegurar que
todos sejam tratados igualmente. A Bíblia afirma que a norma
de Deus foi dada para ajudar as pessoas a saberem como
viver, segundo sua vontade. Que esperança temos quando
não somos capazes de observar a lei de Deus como deve-
ríamos? Paulo diz que ele redimiu-nos dessa lei ao enviar
Cristo para nos transformar em seus filhos legítimos.

Questões para Estudo e Discussão do Texto


Gálatas 3.19-29
1) O que são transgressões? O que os anjos têm a ver com
isso? Quem foi o mediador? A quem a semente refere-se?
Que promessa havia sido feita? E a quem fora feita? Como
tudo isso se relaciona com a lei?

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Sábado, 18 de março de 2006 Lição 11

2) Por que a lei não foi capaz de trazer vida? Quando veio a
fé? A lei ocultava a fé (v. 23)? Que analogia Paulo utiliza,
nos versos 23 a 26? O que podemos aprender sobre a lei a
partir dessa analogia?

3) Como os crentes tornam-se filhos de Deus? E os


descendentes de Abraão? Que função tem o batismo em
tudo isso?

Gálatas 4.4-7
4) Quando aconteceu a “plenitude do tempo”? O que Paulo quer
dizer quando afirma que o filho de Deus nasceu sob a lei?

5) Qual deve ser a nossa reação à obra de Deus? De que


maneira ele pode nos guiar em nossa resposta ao que fez
em nossas vidas?

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A Finalidade da Lei

ENTENDENDO E VIVENDO
L. B. Lee

Em um sábado, depois que o culto havia terminado e eu


já tinha passado cerca de uma hora numa reunião com o
diaconato, pude notar que permaneciam duas pessoas ali, na
igreja, esperando para falarem comigo. Eram um pai e um
filho que estavam freqüentando o culto por algumas semanas.
Este queria ir almoçar, mas aquele pedia para o jovem ficar
quieto para poder fazer algumas perguntas para mim. Coloquei
minha pasta no chão e sentamos para conversar. Sua primeira
pergunta foi: “Se somos salvos pela graça, então qual é o
propósito da lei?” Eu já tinha ouvido essa pergunta muitas
vezes e comecei a citar os versos da Bíblia que, geralmente,
utilizava para responder a questionamentos como esse. Era
assim que eu fazia com muitos outros que provinham de igrejas
sabatistas legalistas, como era o caso desse homem. Desta
vez, porém, tudo foi muito diferente.
Ele compreendia a graça e podia explicá-la como
ninguém! Conhecia a Bíblia e também citou diversas passagens
afirmativas quanto a se quebrar a lei e ser levado à morte. O
profeta Ezequiel disse: “a alma que pecar, essa morrerá” (18.4)
e, mais tarde, definiu: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça
e cometendo iniqüidade, fazendo segundo todas as
abominações que faz o perverso, acaso, viverá? De todos os
atos de justiça que tiver praticado não se fará memória; na sua
transgressão com que transgrediu e no seu pecado que
cometeu, neles morrerá” (18.24). O homem perguntou: “Se
um profeta de Deus diz isso, então como podemos dizer que
é a graça que prevalece?” Durante aquele encontro, o Senhor
me trouxe à lembrança a Carta aos Gálatas. Eu pude responder
aos questionamentos daquele homem e permitir que Jesus o
libertasse do peso carregado.
Paulo respondeu à pergunta de meu amigo de forma

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Sábado, 18 de março de 2006 Lição 11

espetacular. Explicou o propósito da lei e como podemos


celebrar o fato de estarmos livres da punição que ela traz.
Ensinou-nos que precisamos entender que a lei não traz vida
(3.21). Tudo é muito claro e simples. Ela traz a morte, não o
contrário! E a verdade é que todos morremos, porque todos
quebramos a lei. Tanto Hitler quanto Madre Teresa de Calcutá
quebraram-na e morreram por isso. É o fato de que você e eu
pecamos (e não a gravidade de nosso pecado) que traz a
morte. Todos pecam; todos morrem! A alma pecadora também!
E a mesma lei que o leva a morrer não pode lhe trazer de
volta à vida.
Permita-me ilustrar isso com uma história ouvida de um
outro pastor. Três homens estavam em cima do telhado de um
prédio de vinte andares. O zelador do edifício alertou-os para
que prestassem atenção onde pisavam: “Tenham cuidado, não
caiam do prédio, senão morrerão.” Um dos homens disse: “Este
zelador velho e maluco está sempre tentando assustar as pessoas.
Eu não acredito nele.” Então, deliberadamente, caminhou até a
beira do prédio e pulou. Quando está passando pelo décimo
andar, pensa consigo: “Viu? Eu estou bem. Não estou morto.”
Ele, porém, morre instantaneamente quando atinge o chão. O
zelador tinha razão! O segundo homem viu o primeiro morrer;
ficou com medo e percebeu o quanto era insensato ficar no
topo do edifício. Correu para chegar ao elevador, mas acabou
escorregando e caindo do prédio. Ele, assim como o primeiro,
atingiu o chão e morreu na hora. O terceiro, com muito mais
cuidado, começou a caminhar em direção ao elevador. Três
criminosos violentos (que também estavam ali) agarraram-no,
roubaram seus pertences e jogaram-no do prédio. Ele, da mesma
forma, morre quando atinge o chão.
Agora eu pergunto... Qual dos três está “mais” morto? O
que pulou por sua própria vontade, o que escorregou ou o
que foi atirado pelos bandidos? A gravidade foi o que matou
cada um deles. É o fato de terem ultrapassado os limites do
prédio, e não como isso aconteceu, que os levou à morte. A
principal pergunta para todos nós é: “Pode a lei da gravidade,

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A Finalidade da Lei

que matou a todos, trazê-los de volta à vida?” A resposta é


óbvia: não!
A lei do pecado não pode atenuar as circunstâncias. Ela
só traz a morte. Se, então, não nos pode salvar ou nos dar
vida, para que ela serve?
Paulo explica isso ao afirmar que a Lei é como um
condutor (v. 24). Temos que tomar cuidado para não interpretar
esse texto erroneamente. A maioria das pessoas diria: “Ah,
então a lei é como um professor”, mas a palavra utilizada aqui
é condutor. Ela refere-se a alguém que o guiaria ou levaria
até a escola, e não a alguém que daria aulas para você! De
acordo com muitos estudiosos, esse condutor seria como um
daqueles escravos romanos que tinham a tarefa de tomar conta
das crianças; isto é, protegê-las, assuar seus narizes, dar-lhes
umas palmadas, ensinar-lhes a falar, etc. Uma das suas
principais funções era, a partir do momento que a criança
estivesse pronta para a educação formal, levá-la às escolas,
sentar ao lado dela, ter certeza de que estava aprendendo e
trazê-la de volta para casa. Assim como o condutor levava as
crianças de Roma às escolas, ou até seu professor, a Lei guia-
nos para Jesus (nossa justificação pela fé).
Quando as crianças atingiam certa idade, não mais
precisavam de um condutor para acompanhá-las e, assim, não
permaneciam sob suas orientações. Esse trabalhador era um
servo da família com uma missão bastante especial, mas não
se tornava membro dela; era apenas um escravo. Apesar de
eles não precisarem mais dele, esses filhos romanos ainda se
lembravam e, até, amavam aqueles que os guiaram durante
sua infância até sua cidadania.
Da mesma forma, você e eu tornamo-nos filhos de Deus
e, eventualmente, crescemos, por causa da fé em Jesus Cristo.
Nada além disso! A lei pode ter nos acordado para nosso
“estado de morte” e feito com que desejássemos a vida. Pode,
também, ter nos guiado até nosso Salvador. Mas ela não é o
salvador. A salvação vem somente pela graça, pela misericórdia
e pelo sacrifício de Jesus.

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Sábado, 18 de março de 2006 Lição 11

Paulo disse aos romanos que os “gentios, que não


buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que
decorre da fé; e Israel, que buscava a lei de justificação...
Porque não decorreu da fé... Tropeçaram na pedra de tropeço.”
(9.30-32) Jesus era essa Pedra. Ele pavimentou o caminho
para que fôssemos libertos do cativeiro do pecado. Alguns
tentam nos trazer de volta à posição de escravos, mas nós
somos livres. Louvado seja Deus, por nos libertar. Que nunca
mais retornemos à escravidão!

Dicas Para o Professor


Metas para a lição
1) Revisar o que Paulo diz sobre o propósito da lei;
2) Reconhecer nossa nova posição como filhos de Deus;
3) Celebrar nossa liberdade e nosso status de herdeiros por
causa de Cristo.

Atividade Pedagógica
Paulo utiliza a palavra lei trinta e duas vezes, na sua
epístola aos gálatas. Mas nem sempre se refere à mesma coisa.
Se seus alunos gostam de observar detalhes, uma boa atividade
seria categorizar os diferentes usos da palavra.
Para fazer isso, traga a lista de referência à classe (ela é
encontrada numa obra de concordância exaustiva). Divida-a
entre os membros de sua classe, ou entre grupos pequenos, e
peça que identifiquem como se dá a referência à palavra: aos
Dez Mandamentos, à Tora, a todo o Velho Testamento, à lei
de Cristo, etc.
Compile os resultados e utilize-os como introdução à
função da lei como apresentada no texto de hoje.

Olhando Adiante
Paulo declarou que a vida de um cristão deve ser de
liberdade; liberdade para caminhar e para demonstrar
o amor de Deus.

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A LIBERDADE CRISTÃ
Gálatas 5.1-15

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Nick Kersten

Domingo João 8.31-38


Nesta passagem, Jesus estava lidando com pessoas que
acreditavam poderem ser justificadas em razão de sua
descendência; em especial, pela ligação com Abraão. Jesus
assegurou a seus leitores de que sua descendência não poderia
lhes trazer salvação, mas sim um relacionamento profundo
com Deus e sua verdade, revelada por intermédio de sua
Palavra.
É importante ter certeza de compreendermos a Palavra
de Deus para aprendermos a única verdade que pode nos
libertar. Essa compreensão deve transformar cada aspecto de
nossas vidas, incluindo nossa adoração (João 4.24ss.).

Segunda-feira 1 Pedro 2.11-17


Pedro lembra que nosso verdadeiro lar é o céu
(Filipenses 3.20); isso deve influenciar nossa conduta aqui,
pois somos peregrinos nesta terra, livres das brigas políticas
que escravizam tantas pessoas. Pela liberdade, devemos nos
submeter às autoridades terrestres, não por fazerem o que é
correto ou deixarem de fazer, mas porque sabemos que somos
cidadãos de um lugar onde reina a justiça. Ele afirmou que a
submissão às autoridades é uma forma bastante eficiente de
testemunho e serve para todas as eras.

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Sábado, 25 de março de 2006 Lição 12

Terça-feira 1 Coríntios 7.17-24


É importante recordarmos que Paulo estava lidando com
vários problemas, em Corinto, e um deles era o legalismo.
Discute esse assunto, lembrando aos coríntios que Deus não
deseja que eles prendam-se a um livro de regras - é uma
pena que, para muitos de nós, a Bíblia seja apenas isso! -, mas
que tenham suas vidas transformadas. A liberdade que temos
da Lei, pela obra redentora de Cristo, liberta-nos; porém, para
que devolvamos nossas vidas a Deus, de uma forma a honrar
a Pessoa e o Espírito dele, como revelam as Escrituras.

Quarta-feira Hebreus 2.14-18


Para a maior parte dos leitores judeus do livro de Hebreus,
a compreensão de que Jesus liberta-nos do pecado e da morte,
associada à Lei, deve ter sido um choque e, também, um
alívio. Hoje, temos o privilégio de ter um Salvador tentado
como nós, mas que não cedeu às tentações e ofereceu a si
mesmo como um sacrifício perfeito. Porque o Espírito de Deus
habita em nós, também somos livres para podermos resistir às
vontades e não precisamos mais carregar o peso da culpa
vinda do pecado.

Quinta-feira Gálatas 5.1-5


Paulo também falou da liberdade que devemos ter do

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A Liberdade Cristã

legalismo ao lembrar aos gálatas (e a nós) que não podemos


nos justificar pelos nossos esforços, não importa o que façamos.
Somente pela fé concedida de Cristo é que somos capazes de
obter a graça, e de nos prostrarmos justificados perante Deus,
tanto agora como por toda a eternidade. Acorrentar-nos,
novamente, a leis e regras somente nos afasta da graça pela
qual somos salvos. O principal propósito do sacrifício de Jesus,
segundo Paulo, é para que tenhamos liberdade (v. 1).

Sexta-feira Gálatas 5.6-10


Continuando a argumentação que vinha desenvolvendo
nos versos anteriores, Paulo fala sobre o principal objetivo de
uma vida de fé: expressá-la por ação do amor. Ele criou um
contraste entre as tentativas de se colocar diante de Cristo
pelas atividades exteriores (nesse caso, a circuncisão) e a
condição interior do coração, que, de acordo com o apóstolo,
tem um valor muito maior. Seu alerta para que os gálatas
retornassem a esse caminho deveria também ser um aviso
para nós. O mundo busca, constantemente, afastar-nos de uma
vida vivida com amor, por intermédio da fé, para algo que se
fundamenta no egoísmo e na autojustificação.

Sábado Gálatas 5.11-15


Paulo concluiu esta parte da carta lembrando-nos de uma
das ciladas da liberdade: seu abuso para servir ao nosso
egoísmo. A solução oferecida a tal perigo é seguir Jesus em
seu exemplo e em seus mandamentos, levando-nos a amar
nossos vizinhos, assim como amamos a nós mesmos.
Em nossas igrejas, precisamos nos lembrar desse
ensinamento! Ele mostra-se especialmente importante em
momentos em que fofocas e difamações parecem prevalecer.
Guarde-o e considere-o sempre!

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Sábado, 25 de março de 2006 Lição 12

Estudo das Escrituras Devocional


Gálatas 1 Pedro
5.1-15 2.11-17

Verso Áureo
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém
não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes,
servos uns dos outros, pelo amor.” (Gálatas 5.13)

Núcleo da Lição
As pessoas têm idéias bastante diferentes sobre o que é,
realmente, liberdade e como está relacionada ao amor. Qual é
a natureza da liberdade cristã e o que tem a ver com amor?
Paulo diz que a nossa não está fundamentada no comodismo,
mas sim, em expressar nosso amor aos outros, especialmente
a outros cristãos.

Questões para Estudo e Discussão do Texto


1) Qual é o tipo de liberdade que Cristo oferece? Como ela
se difere da escravidão? Por que Paulo precisaria dar esse
alerta? Há algo, na escravidão, que nos atraia?

2) Por que a circuncisão tornou-se uma barreira aos benefícios


oferecidos por Cristo? Como poderia separar os gálatas
dele? Ao que Paulo referia-se quando mencionou “toda a
lei” (v.3)? Compare os versos 3 e 11; por que a pregação
da circuncisão abolia a cruz?

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A Liberdade Cristã

3) Explique como a fé pela ação do amor tem significado


para o crente. A barreira a que Paulo refere-se, no verso 7,
é o mesmo problema mencionado nos capítulos 1 e 3?

4) A que conclusões você consegue chegar, a partir das


declarações no verso 9? O que é um alerta? O que é uma
instrução? O que significam no contexto? Como podem ser
aplicados à vida real?

5) Que antídoto Paulo oferece para um comportamento egoísta?


No que ele fundamenta esse mandamento? Você pode
explicar por que viver em obediência a ele não é o mesmo
que viver em sujeição ao mandamento para ser
circuncidado?

6) (Gálatas 5.16-21) Paulo forneceu orientações para ser


possível reconhecer o momento no qual não estamos mais
vivendo sob os auspícios do Espírito de Deus. Quais eram
os sinais de alerta para quem está cedendo aos desejos da
carne?

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Sábado, 25 de março de 2006 Lição 12

ENTENDENDO E VIVENDO
L. B. Lee

Na semana passada, falamos sobre como a lei guia-nos


até Jesus e como a fé nele dá vida e transforma-nos em homens
livres, ao invés de escravos. Nesta lição, passamos a nos
concentrar no real significado dessa nova liberdade. Para
fazermos isso, precisamos tomar o cuidado de não desapropriar
o texto de hoje de seu contexto. Paulo escreveu esta carta,
pois estava surpreso que os gálatas tivessem se afastado da
mensagem de Jesus para um evangelho diferente. Explicou
como criticou duramente Pedro por sua hipocrisia; isto é, por
viver sob um padrão de vida dúbio. No capítulo 3, demonstrou
sermos justificados pela fé (e não pelas nossas obras). A partir
dali, passou a descrever como nos tornamos co-herdeiros na
salvação em razão dessa fé. Somos libertos e, agora, vivemos
em Cristo. A lei pode ter nos ensinado que estávamos mortos
no pecado, mas nossa nova posição, como membros da família
de Deus, libertou-nos da escravidão para uma liberdade digna
de cidadãos do Reino.
O que é, então, a liberdade cristã? A única maneira de
entendê-la é perdendo-a. Deixe-me contar uma rápida história
sobre alguém que estava na cadeia e cuja liberdade foi-lhe
tirada. Alguns anos atrás, fui chamado por uma importante
rádio cristã dos Estados Unidos para comandar um programa
de estudo bíblico, às quartas-feiras, às 14 horas. A igreja que
pastoreio e eu aceitamos a oportunidade e ainda estamos sendo
transmitidos, atualmente. Todas as semanas, portanto,
mantínhamos contato com ouvintes. Não sabíamos, porém, que
também estávamos sendo transmitidos às 2h da manhã, do
mesmo dia. Você, assim como eu, pode se questionar se alguém
estaria escutando uma rádio cristã a essa hora. Para nossa
surpresa, soubemos de diferentes grupos de pessoas que o
faziam: várias enfermeiras cumprindo o turno da noite em

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A Liberdade Cristã

hospitais; presidiários; etc. Soube desse último caso quando


começamos a receber cartas de um dos presos que aceitara a
Cristo enquanto estava detido e que levava outros presidiários
a Jesus. Alguns detentos escreveram para me contar como
ele, carinhosamente conhecido como “Lambreta” (em razão
de sua aparência de motoqueiro), havia lhes falado sobre o
Senhor. “Lambreta” foi, finalmente, liberto da prisão há algum
tempo. Ele telefonou-me e, imediatamente, disse: “Graças a
Deus estou livre. Estou saindo hoje... e não posso esperar até
ir à igreja.” Dois dias depois, recebi outra ligação sua e já não
estava mais tão feliz. O juiz havia decidido manter sua sentença
de seis anos que, agora, deveria ser cumprida numa casa de
recuperação para drogados. Ele estava fora da cadeia. Os muros
haviam sido removidos, mas fora conduzido a outro sistema
carcerário. Sua liberdade era, novamente, reduzida a nada.
O que, então, é a liberdade cristã? Como cristãos,
recebemos a liberdade em Jesus. Não mais somos escravos da
lei. A que nos aprisionava, em nossos pecados, guiou-nos até
Cristo. Recebemos o direito de fazermos parte de sua família
por intermédio de seu sacrifício. Ele é quem destruiu os
grilhões para nos libertar. Há, porém, alguns dessa família de
cristãos livres que desejam destruir a liberdade ao nos
apresentarem uma série de leis e regras a serem seguidas.
Eles dizem que, se não as guardarmos, não estaremos sendo
condizentes com nossa fé. Até afirmarão que, ao quebrarmos
alguma dessas normas, estaremos “caindo da graça”. Estes,
porém, ignoram o que Paulo declarou: “Cristo não faz diferença
alguma para aqueles que procuram ser justificados pela lei.”
(v. 4) O apóstolo chegou, até, a indicar que eles é que haviam
“caído da graça”.
Um problema com regras e com leis é que, geralmente,
são estabelecidas de forma negativa; isto é, coíbem-nos de
fazer algo para o qual sentimos inclinação. Há, porém, as
consideradas positivas; mas, mesmo essas, podem criar um
tipo negativo de sujeição. Por exemplo, alguém pode dizer
que as mulheres cristãs devem se preocupar apenas com sua

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Sábado, 25 de março de 2006 Lição 12

beleza interior. Algumas veriam isso como liberdade e não


haveria qualquer problema. O conceito é bom; no entanto, se
imposto de forma a não permitir que alguém abra seus ouvidos
para o evangelho, creio ser errado. Numa igreja que
freqüentava, uma mulher legalista não permitiu uma adolescente
entrar ali, dizendo que deveria livrar-se da maquiagem e dos
adornos utilizados, antes de adentrar a casa de Deus. A jovem
nunca retornou.
Paulo deu um outro exemplo sobre isso: a lei da
circuncisão. Para um judeu, a postectomia era uma cerimônia
celebrando a aliança de Deus com seu povo escolhido (Gênesis
17.1-14). Para um gentio, especialmente para os homens que
nunca haviam ouvido falar na prática, era algo impensável,
doloroso e desnecessário. Deus havia deixado claro a Pedro e
aos outros apóstolos que, em Cristo, ele aceitava os incircuncisos
também (conforme Atos 10 e 15). Apesar disso, houve os
insistentes quanto à idéia da circuncisão como uma
demonstração obrigatória de obediência a Deus.
Jesus salva-nos. Pela fé, somos justificados e salvos. Uma
vez que o aceitamos e recebemos o Espírito Santo em nossos
corações, ele santifica-nos e separa-nos para si. Quando
passamos a pertencer a ele, compreendemos a Lei do Amor.
Esse sentimento é o mesmo que Jesus demonstrou na cruz: o
amor incondicional.
O que, então, podemos concluir? Já que a graça
prevalece, devemos continuar em nosso pecado e desobedecer
a toda a Lei? Como o próprio Paulo diz: “De modo nenhum!”
(Romanos 6.2). A vida cristã não é nem de legalismo, nem de
licenciosidade. A graça não nos liberta para pecar, mas sim,
do pecado. É em razão de nosso grande amor pelo Senhor
que evitamos as obras maléficas da carne. Deveríamos estar
tão ocupados buscando maneiras de servir a Deus e aos outros
em amor (é sobre isso que estudaremos na semana que vem)
que não teríamos tempo de nos preocupar com os desejos
carnais egoístas. O cristão quer servir a Deus e obedecer-lhe
porque ama-o, não apenas por medo das conseqüências da

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A Liberdade Cristã

desobediência. Seguimos a Jesus, porque o amamos.


Importamo-nos com os outros, pois os amamos. O amor é a
regra! A Bíblia nunca disse que os outros saberiam que seguimos
a Cristo, porque observamos as nossas leis, mas sim que todos
saberiam que somos cristãos quando amássemos uns aos outros.

Dicas Para o Professor

Metas para a lição


1) Revisar o que Paulo diz sobre a natureza da liberdade
cristã;
2) Estabelecer uma relação entre nossa liberdade da lei e
nossa responsabilidade com o amor;
3) Discutir como o amor cristão orienta nossa ética pessoal.

Atividade
Peça a seus alunos que venham preparados com
exemplos de como o amor e a liberdade são definidos em
nosso mundo. Enquanto a classe compartilha-os, tente encontrar
uma definição concreta para essas palavras. Quando chegar a
bons significados, compare-os com os que Paulo estabeleceu,
na passagem de estudo de hoje. Discuta como as formas
populares de se entender esses conceitos podem obscurecer
nossa compreensão das palavras. Debata sobre maneiras
possíveis de se prevenir para não ser levado por concepções
errôneas de liberdade e de amor.

Olhando Adiante
Paulo exortou seus leitores a viverem pelo Espírito e
explicou como isso possibilitaria que vivêssemos em
harmonia uns com os outros.

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VIVENDO A ALIANÇA EM
COMUNIDADE
Gálatas 5.22 até 6.10

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS


Nick Kersten

Domingo Mateus 7.15-20


Jesus disse-nos que colheremos tudo o que semearmos em
nossa vida. Devemos nos lembrar disso em nossos relacionamentos
uns com os outros. É nosso dever dar frutos para nosso Senhor,
na forma como conduzimos os relacionamentos aqui na terra. O
principal, a que Jesus estava se referindo, é a verdade em oposição
à mensagem dos falsos profetas. Certifique-se, constantemente,
de que você não diz nada contrário à verdade da Palavra, de
modo que o fruto de sua vida glorifique ao Senhor.

Segunda-feira Mateus 18.15-20


Jesus ensinou sobre a responsabilidade que temos de
viver em constante perdão e em comunhão uns com os outros.
Apesar de as manifestações de amor, no corpo de Cristo,
poderem se apresentar de muitas formas, não há maneira mais
importante de demonstrar isso do que perdoando e
responsabilizando-se pelo próximo. Uma comunidade sem
esses dois elementos cruciais está destinada ao fracasso.

Terça-feira 1 Timóteo 6.11-19


Em suas últimas palavras nesta carta a seu protegido, Timóteo,
Paulo lembrou-o que deveria perseverar e viver uma vida de
esperança e de dignidade por causa de Cristo. Para nós, a passagem
pode ser uma motivação para confiarmos nas promessas do Senhor.
Além disso, o apóstolo entregou a Timóteo um mandamento
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Vivendo a Aliança em Comunidade

para que os ricos vivessem uma vida de boas obras, sem confiar
que suas posses materiais seriam capazes de salvá-los. Afirmou,
ainda, que assim se armazenavam tesouros no céu, ecoando os
ensinamentos de Cristo, em Mateus 6.19-20.

Quarta-feira 1 João 3.18-24


Ao longo desta epístola, João lembrou a seus “filhinhos”
de amarem uns aos outros. Por causa do sacrifício expiatório
de Cristo, nós somos livres para amar o próximo, como forma
de manifestação da obra divina neste mundo caído. Numa
sociedade onde reina o individualismo, é importante lembrarmos
que Deus é maior que nossos corações para que possamos
amar sem medo, assim como Jesus o fez. O amor é a marca
registrada do cristão, num mundo sem saída.

Quinta-feira Gálatas 5.22-26


Nesta passagem bem conhecida, Paulo dá nome às
diferentes facetas do fruto do Espírito. Uma parte que,
geralmente, não observamos nestes versos tem a ver com o
período de tempo para que o fruto torne-se evidente. Numa
era de constante auto-afirmação, é importante compreendermos
que esse “fruto” é resultado da obra do Espírito em nossas
vidas, não um fim em si mesmo. Nossa principal tarefa como
cristãos não é lutar para alcançá-lo, mas, ao invés disso, permitir
que o Espírito guie nossa vida, produzindo em nós uma
conformidade cada vez mais profunda com Cristo. O fruto é o
resultado do crescimento instigado pelo Espírito Santo.

Sexta-feira Gálatas 6.1-5


Outra parte importante de nossas vidas são os laços de
comunhão compartilhados como irmãos em Cristo. Paulo sugere
que a mutualidade seja uma parte importante da comunidade
de fé cristã. Muitas vezes, escondemos nossos problemas de
nossa família em Cristo por causa do orgulho e da vergonha.
A exortação de Paulo, na passagem, não deixa dúvida de que
essa tendência precisa ser abolida e que devemos levar as
cargas uns dos outros para suportar e corrigir em amor.
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Sábado, 01 de abril de 2006 Lição 13

Sábado Gálatas 6.6-10


A obra do Espírito, em nossas vidas, e a função da
comunidade de exortação e de encorajamento mútuo para as
boas obras trazem-nos uma enorme oportunidade para fazer o
bem uns aos outros. Utilizando uma analogia da agricultura,
Paulo lembra que colheremos o que plantarmos. Ele exortou-
nos a realizarmos boas obras com perseverança, como um
testemunho da obra do Espírito em nossas vidas. O mandamento
para fazer o bem não se aplica unicamente em relação aos
crentes, mas também aos incrédulos. Como cristãos, somos
chamados a praticar o bem a todos, mas, em especial, à nossa
família espiritual.

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Vivendo a Aliança em Comunidade

Estudo das Escrituras Devocional


Gálatas 1 João
5.22-6.10 3.14-23

Verso Áureo
“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a
lei de Cristo. (Gálatas 6.2)

Núcleo da Lição
Todo mundo deseja ser respeitado e amado, mas nem
todos estão dispostos a tratarem os outros da mesma forma.
Existe alguma maneira pela qual possamos desenvolver a “arte”
do respeito mútuo? Paulo diz que o Espírito de Deus pode nos
ensinar como nos comportarmos de maneira apropriada. Um
dos dons do Espírito é o autocontrole.

Questões para Estudo e Discussão do Texto


1) Qual é o fruto do Espírito? De onde ele vem? Por que é
importante? Por que Paulo enfatiza que não há lei contra
essas coisas?

2) Como podemos viver pelo Espírito?

3) O que Paulo diz sobre a restauração de um transgressor? O


que outras partes da Bíblia dizem sobre isso? Explique por
que esse procedimento é importante para a vida no Espírito.

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Sábado, 01 de abril de 2006 Lição 13

4) Qual é a lei de Cristo? Como é cumprida quando levamos


as cargas uns dos outros? Você carrega sua própria carga?
Por que Paulo dá-nos esses dois mandamentos?

5) Que tipo de coisa os cristãos semeiam? E que tipo colhem?


O verso 7 é uma promessa, uma benção, uma maldição ou
um alerta?

6) A quem devemos fazer o bem? Por quê?

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Vivendo a Aliança em Comunidade

Entendendo e Vivendo
L. B. Lee

Não faz muito tempo, tive a chance de falar com alguém


que me disse, com lágrimas nos olhos, amar a Jesus e que
gostaria de poder servi-lo. Até afirmou não importar mais se
fosse para o céu ou não. Parecia óbvio que amava a Jesus,
mas estava tão triste que perguntei: “É ótimo que você ame a
Jesus, mas o que há de errado?” Disse-me que, por mais que
tentasse, sempre se pegava pecando. Também compartilhou
o seguinte: cada vez que pecava, sentia uma dor imensa em
seu interior, pois não gostaria de magoar a Deus. Eu conhecia
aquele homem, e posso dizer que estava sendo honesto.
Jesus admirava homens assim. O evangelho de Lucas
registra a história do cobrador de impostos que clamava a Deus
e batia em seu peito, reconhecendo que era pecador. Jesus diz
que sua oração foi aceita. Todavia, a prece do fariseu que se
acreditava merecedor diante dos olhos de Deus foi rejeitada. As
palavras balbuciadas pelo cobrador foram, simplesmente: “Ó
Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lucas 18.13). Foi honesto
com Deus, com os outros e com ele mesmo.
Aquele homem com quem eu conversava estava sendo
honesto. Amava muito a Jesus (Verdade seja dita, obedecia à
lei mais que a maioria dos cristãos). De fato, sua confissão e
declaração de que amaria a Jesus, mesmo que não fosse para
o céu, mostra-nos que amava muito mesmo! Isso, porém, é
apenas metade do caminho. A Bíblia diz que devemos amar a
Deus com todo nosso coração, alma e mente. Mas isso é
somente parte do que devemos fazer! E alcançar apenas 50 da
nota não nos dá o direito de passar de ano.
A Bíblia também diz que um homem precisa amar ao
seu vizinho como a ele mesmo. Eu arriscaria afirmar que a
maioria de nós se ama consideravelmente bem. Gastamos boa
parte de nosso tempo provendo recursos para termos conforto

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Sábado, 01 de abril de 2006 Lição 13

e diversão. Mas, assim como nosso texto na epístola aos Gálatas


afirma, se queremos ser cristãos legítimos, precisamos dar frutos.
Para podermos fazer isso, precisamos estar enraizados em Cristo.
Você não pode ter um sem o outro. Gálatas 5 diz que o fruto do
espírito é amor. Perceba todos os atributos desse sentimento
que seguem a essa declaração. Eles explicam o que é o amor.
Se você ama a Jesus é seu dever amar a outros.
Aqui vai um teste para cada um de nós. Quando você
encontrou Jesus pela primeira vez, quando nasceu de novo, o
que mudou? Qual alteração notou primeiro? Qual a diferença
que os outros notaram em você? Foi a de que começou a ler
mais a Bíblia? Você começou a obedecer aos mandamentos de
Deus? Sentiu um grande desejo de começar a dizimar? A
resposta, porém, é (ou deveria ser...) o amor. Quando o Espírito
Santo passa a habitar em você, a diferença que deveria ser a
mais fácil de notar é o inexplicável amor que se passa a sentir
por Deus e pelos outros. Essa deve ser a maior mudança. A
diferença deve ser evidente quando você compara sua vida
antes de ser um cristão e depois de tornar-se um. As pessoas
sempre me perguntam: “Como posso saber que sou salvo?”
Você saberá porque ama e ama como nunca o fez antes. Essa
é a maior evidência de sua fé; é a certeza da presença do
Espírito de Deus. O amor é a maior lei de todas.
O que, então, significa o amor? Eu posso dizer, por
exemplo: “Eu te amo, meu irmão.”, e dirigir até o restaurante
mais próximo, depois do culto, sem mesmo verificar se ele
tinha com o que se alimentar o resto do dia. Posso falar: “Eu te
amo, minha irmã.”, e nunca chegar a conhecê-la bem o suficiente
para saber que está sofrendo por dentro. O amor é mais que
palavras; é mais que um sentimento ou emoção. Significa
colocar em prática todas aquelas coisas sobre as quais Paulo
falou. Nós aprendemos que significa ser paciente com o homem
idoso que conta toda a história de sua vida, porque você sabe
que isso lhe traz alegria. Significa ser bondoso com os membros
da igreja e fora dela com os quais você não se dá muito bem.
Significa ser bom quando é mais tentador ser mau. Significa

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Vivendo a Aliança em Comunidade

ser leal aos seus amigos, mesmo quando eles se esquecem de


ser leais a você e deixam-lhe não mão quando você mais precisa
deles. Amar significa ser alegre e louvar a Deus, mesmo quando
você não suporta o estilo de música do louvor. É ser um
embaixador da paz, num mundo cheio de violência. É ser
longânime ao segurar a mão de alguém, já prestes a morrer,
quando a família da pessoa estiver muito ocupada para fazê-lo.
Significa ser gentil quando seria mais fácil ser autoritário e
prepotente. Amar significa demonstrar autocontrole quando seus
desejos e impulsos dizem-lhe para aproveitar a vida ao máximo.
Essas coisas podem parecer ridículas e impossíveis de
se colocar em prática a todo o tempo. É aí, porém, que acredito
não compreenderem muito bem o que realmente é amor. Nós
explicamo-lo de muitas maneiras. Nós chamamo-lo de
sentimento, de emoção e, até mesmo, de ação. Mas você sabe
de uma coisa? O amor que Deus deseja que tenhamos é, na
verdade, um dom. É impossível que o “desenvolva”. É
concedido a você por ninguém mais que o Espírito Santo. Para
possuir esse amor incondicional, não pode ser meramente um
homem ou uma mulher, pois somos naturalmente egoístas
demais. Precisamos de algo além. Necessitamos de algo
sobrenatural; alguma coisa poderosa, de Deus. Acredite em
mim: se quiser amar como este capítulo ensina e ter todos os
atributos que o acompanham (alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio);
então, você precisa entender que isso é impossível, sem que
Deus capacite-o para tal. Você não pode receber essas coisas
unicamente com seus próprios esforços. Somente por meio
de um poder divino é que isso pode acontecer.
A maioria dos cristãos, com certeza, já leu 1 Coríntios
13. Muitos de nós, infelizmente, destacamos esses versos da
Bíblia, colocamos numa moldura e penduramos na parede,
ignorando completamente o contexto em que foram escritos.
Paulo estava registrando a respeito dos dons espirituais, nos
capítulos 12 e 14. Fazia o mesmo quando redigiu sobre o
amor, no 13.

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Sábado, 01 de abril de 2006 Lição 13

O amor é um dom; não há como discutir isso. É de Deus;


do Espírito Santo. Ninguém, por si só, pode ser capaz de fazer
todas as coisas presentes nesta passagem. Eu sei que minha
natureza pecaminosa não me permitiria chegar nem perto da
descrição feita em 1 Coríntios e Gálatas. Mas, através do dom
de Deus, podemos amar até aquilo que não pode ser amado.
Ame a Deus e ame aos outros; essa é a lei. Nós devemos
amar os que são nossos irmãos em Cristo de todas as maneiras
possíveis. No fim, só três coisas permanecerão: fé, esperança
e amor. Você pode imaginar qual é o maior de todos? Amor.
Essa é a nova lei.

Dicas Para o Professor


Metas para a lição
1) Revisar o que Paulo diz sobre como devemos viver uns
com os outros;
2) Explorar o comportamento específico que Paulo associa à
vida no Espírito;
3) Avaliar suas atitudes e ações à luz das instruções fornecidas
na epístola aos Gálatas.

Atividade pedagógica
Gálatas 6.1-5 fornece-nos uma boa descrição de, pelo
menos, uma parte da vida vivida sob a nova aliança. Ela não
diz somente que “cada um deve levar sua própria carga”, mas
que também devemos “levar as cargas uns dos outros.”.
Traga o estatuto ou a aliança de sua igreja para a Escola
Sabatina e analise à luz do texto escolhido para hoje. Quantos
dos mandamentos de Paulo estão ali incluídos - direta ou
indiretamente? Discuta como os alunos de sua classe estão se
portando com relação a isso.

Revisando
Jesus Cristo veio para nos dar liberdade. Ele pagou o preço
por nossos pecados, deixou-nos o Espírito Santo e
demonstrou o caminho que devemos seguir para viver nele.

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BIBLIOGRAFIA

Obras citadas
BARKER, Kenneth, editor geral. NASB Study Bible [Bíblia de estudos
NASB]. Grand Rapids: Zonervan, 1999.
BARNER, Albert. Barnes’ Notes on the New Testament [Comentários de
Barnes sobre o Novo Testamento]. Grand Rapids: Kregel
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LUTZER, Erwin. The Doctrines that Divide: A Fresh Look at the Historic
Doctrines That Separate Christians [As doutrinas que dividem:
um novo olhar sobre as doutrinas históricas que separam os cristãos.
Segunda edição. Grand Rapids: Kregel, 1998.
NICOLL, W. Robertson, editor. The Expositor’s Greek Testament [O grego
do Novo Testamento do expositor], volume 2. Edição reimpressa.
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RADMACHER, Earl D., Th.D. The Nelson Study Bible New King James
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THOMAS, Robert L. e GUNDRY, Stanley N. The NIV Harmony of the
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STOTT, John R. W. Men Made New: An Exposition of Romans 5-8.
[Homens renovados: uma exposição de romanos 5-8]. American
Reprint Edition. Grand Rapids: Baker, 1993.
VINCENT, Marvin. Word Studies in the New Testament [Estudos léxicos
no Novo Testamento], volume 3. Reprint Edition. Grand Rapids:
Eerdmans, 1980.
KAISER Jr., Walter C., DAVIDS, Peter H., BRUCE, F. F. e BRAUCH, Manfred
T. Hard Sayings of the Bible [Palavras duras na Bíblia]. Downers
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WIERSBE, Warren W. Be right [Seja correto]. Wheaton: Victo Books, 1979.
WILLMINGTON, H. L. Willmington’s Guide to the Bible [Manual da Bíblia
Willmington], Volume 2, New Testament. Wheaton: Tyndale, 1986.

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Versões Bíblicas
NVI - Todas as citações indicadas com a sigla NVI foram extraídas da
NOVA VERSÃO INTERNACIONAL. Copyright 1993, 2000 da
Sociedade Bíblica Internacional. Todos os direitos reservados.
RC - VERSÃO REVISTA E CORRIGIDA DE JOÃO FERREIRA DE
ALMEIDA. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica Brasileira, 1967. Direitos
reservados.
RA - Os Versos Áureos e demais citações bíblicas sem indicação da
versão foram retirados da VERSÃO REVISTA E ATUALIZADA DE
JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA. 2a Edição. Copyright 1983, da
Sociedade Bíblica do Brasil.
BLH - BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE. Sociedade Bíblica do Brasil.
Copyright 1998.

COLABORADORES

Meditações Bíblicas Diárias


Angie Osborn é mãe de quatro filhos, professora e membro da Igreja
Batista do Sétimo Dia de Milton, em Wisconsin.
Leanne Lippincott é membro da Igreja Batista do Sétimo Dia de Milton
e editora-assistente do The Sabbath Recorder [O cronista sabático].
Patrick London, membro da Primeira Igreja Batista do Sétimo Dia de
Toronto, mora em Brampton, em Ontário, no Canadá. É graduado
pela Humber College School de Artes Aplicadas e Tecnologia e
está continuando seus estudos na York University, em Toronto.
Nick Kersten, de Milton, Wisconsin, é atualmente um aluno no Denver
Seminary e freqüenta a Igreja Batista do Sétimo Dia de Wisconsin.

Entendendo e Vivendo
Jerry Johnson está servindo como capelão nas Forças Armadas dos
Estados Unidos.
Scotte Hausrath é pastor da Foothill Community Church, em Montrose,
na Califórnia.
Rick Crouch é o coordenador de evangelismo da Primeira Igreja Batista
do Sétimo Dia, no distrito de Putnam, em Carraway, na Flórida.
L. B. Lee é pastor da Igreja Batista do Sétimo Dia de Colorado Springs,
na Califórnia.

• Os estudos que não são atribuídos a nenhum desses colaboradores


foram escritos pelo editor.
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Solicita-se que as remessas de dízimos, ofertas e outras contribuições
destinadas à Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira, sejam feitas
através de cheques, ordens bancárias ou vales postais nominais, de
preferência para as seguintes agências e contas bancárias:
a) BANCO DO BRASIL S. A.
Agência nº. 1622-5 de Curitiba / PR
Conta Corrente nº. 57643 -3
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
b) BANCO BRADESCO S.A.
Agência nº. 0049-3 de Curitiba/PR
Conta Corrente nº. 153799-7
Titular: Igreja Batista do Sétimo Dia

Após a remessa, enviar carta ou relatório mensal em formulário


próprio ao tesoureiro geral, contendo as datas, os valores e indicando a
sua natureza: se são dízimos, ofertas em geral ou para uma finalidade
específica.

As ofertas do décimo sábado de cada trimestre são destinadas ao


Conselho Missionário e devem ser depositadas na seguinte conta
corrente:
Banco Itaú
Agência: 3703
Conta Corrente: 06312-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira

Após o depósito favor enviar o comprovante de depósitos para:


Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
Av. Comendador Franco, 4772 - Uberaba
Caixa Postal 565 - CEP 81530-440 - Curitiba /PR
E-mail: secretaria@cbsdb.com.br

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LIÇÕES PARA O PRÓXIMO TRIMETRE

JESUS: VIDA, ENSINOS E MINISTÉRIO

Unidade 1 – A vida de Jesus

1. Batismo e tentação
2. Os milagres
3. Oposição e prisão
4. O triunfo

Unidade 2 – O ministério e o ensino de Jesus

5. As bem-aventuranças
6. A prática da piedade
7. O propósito das parábolas
8. O servo incompassivo
9. O Grande Julgamento

Unidade 3 – A compaixão de Jesus

10. A missão de Lucas


11. Milagres de cura
12. O bom samaritano
13. Humildade e hospitalidade

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