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A Ressurreição

de Lázaro

Jesus e Marta
João 11:17 a 27
Jesus e Marta - João 11:17 a 27
A viagem da Peréia a Betânia levou
cerca de dois dias. Jesus ficou onde estava
por dois dias (6) depois que recebeu a
mensagem das irmãs. Assim, quando Ele
chegou em Betânia, já havia quatro dias
que [Lázaro] estava na sepultura (17).
As duas irmãs reagem à chegada de
Jesus nesta ocasião com a mesma
personalidade que demonstraram em
Lucas 10.38-42. Marta é ocupada, ativa e
lidera, ao passo que Maria é pensativa,
devota e espera. Assim... ouvindo, pois,
Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao
encontro; Maria, porém, ficou
assentada em casa (20).
Jesus e Marta - “uma lição sobre o significado da fé”
Pois a fé, para ser eficiente, deve ser
não apenas dinâmica, mas também
completa, deve ser caracterizada por
aquelas reações que envolvem a pessoa
como um todo. - L. H. Marshall compara a
fé com a pólvora, que é composta por
carbono, enxofre e salitre, e cada um
desses compostos deve estar na mistura
antes que haja uma explosão. Da mesma
forma, a fé genuína tem os seus elementos
de confiança, a reação emocional; a fé, a
reação de compreensão, ou a resposta
intelectual; e também de lealdade, o
exercício da vontade. Jesus desafia Marta
a ter esse tipo de fé.
Jesus e Marta - “uma lição sobre o significado da fé”
Não havia dúvida sobre a sua confiança, pois as suas
primeiras palavras a Jesus foram: Senhor, se tu estivesses
aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também, agora,
sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá
(21-22). Este ato inicial de fé confiante tentara “alcançar
aquilo que não conseguiria agarrar”.176 Marta deve ter
sentido pouco consolo ou esperança quando Jesus sugeriu
que o seu irmão iria ressuscitar. Ela expressou
imediatamente a sua esperança judaica quando disse: Eu sei
que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia (24).
Ela ainda não tinha percebido que “na presença de
Jesus, a ressurreição é uma realidade iminente e presente; e
aquilo que para os judeus é uma esperança futura, para os
cristãos é uma realidade presente”.
Jesus e Marta - “uma lição sobre o significado da fé”
Para levar Marta a compreender a imediata presença da
ressurreição, Jesus declarou: Eu sou a ressurreição e a
vida (25). Embora esta afirmação se expresse na forma das
muitas vezes, em João, que expressam a ideia da divindade
— por exemplo, “Eu sou o pão da vida” (6.48) ou “Eu sou a
videira verdadeira” (15.1) — esta não é uma similitude.
Antes, “é a referência a Ele mesmo daquilo que Marta
tinha dito sobre a ressurreição final... a ressurreição da
qual Ele é potencialmente a Fonte, assim como o Agente”.
Assim, o próprio Jesus é o dom da vida, tanto presente
quanto futuro, para o homem, pois... quem crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e
crê em mim nunca morrerá (25-26; cf. 6.39-40,44,54).
Jesus e Marta - “uma lição sobre o significado da fé”
A questão primordial para Marta, agora, não era se
Jesus podia fazer alguma coisa, mas se ela realmente
sabia quem Ele era. Assim, Ele perguntou: Crês tu isso?
(26) Este é um novo teste para a fé dela, um exame da
sua reação intelectual. A sua resposta foi rápida e direta.
Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus,
que havia de vir ao mundo (27; cf. 1.49; 6.69; Mt
16.16; Mc 8.29).
O crente precisa ter familiaridade com o objeto da
sua fé. Paulo disse, “eu sei em quem tenho crido” (2 Tm
1.12).
A Ressurreição
de Lázaro

Jesus e Maria
(11.28-32)
JESUS E MARIA Tendo Marta deixado Jesus
“Uma das mais belas mensagens onde o encontrara, disse em
pessoais já enviadas” segredo a Maria: O Mestre está
aqui e chama-te (28).
Marta “está falando de alguém
que ela acredita ser o Mestre em
todas as situações dolorosas e
angustiantes”.
Maria aparece três vezes nos
relatos dos Evangelhos (Lc 10:39; [o
11 :32; 12:3). As únicas palavras de
Maria registradas nos Evangelhos
encontram-se em João 11:32
“Senhor, se estiveras aqui, meu
irmão não teria morrido.”
JESUS E MARIA (V.32,33) - Maria não disse
“Uma das mais belas mensagens muita coisa, pois se encontrava
pessoais já enviadas” profundamente entristecida e logo
começou a chorar. Seus amigos
prantearam com ela, como era o
costume do povo judeu. O termo
usado nesta passagem significa "um
pranto alto, uma lamentação". -
Diante disso, Jesus sentiu seu
espírito agitado e se comoveu.
O que provocou essa reação
em Jesus? A destruição causada
pelo pecado no mundo que havia
criado. A morte é um inimigo e, para
Satanás, o medo da morte é uma
arma poderosa (Hb 2:14-18).
JESUS E MARIA (V.32,33) - Maria não disse
“Uma das mais belas mensagens muita coisa, o encontro entre Jesus
pessoais já enviadas” e Maria lembra ao leitor uma cena
anterior na casa em Betânia, quando
“Maria... assentando-se... aos pés de
Jesus, ouvia a sua palavra” (Lc
10.39); aqui ela lançou-se aos seus
pés. É difícil pensar em Maria em
qualquer outra posição perante Jesus
a não ser em uma postura de
adoração e humildade. O que
provocou essa reação em Jesus?
Foi a destruição causada pelo pecado
no mundo que havia criado. A morte é
um inimigo e, para Satanás, o medo
da morte é uma arma poderosa (Hb
JESUS E MARIA (V.32,33) - Maria não disse
“Uma das mais belas mensagens muita coisa, o encontro entre Jesus
pessoais já enviadas” e Maria lembra ao leitor uma cena
anterior na casa em Betânia, quando
“Maria... assentando-se... aos pés de
Jesus, ouvia a sua palavra” (Lc
10.39); aqui ela lançou-se aos seus
pés. É difícil pensar em Maria em
qualquer outra posição perante Jesus
a não ser em uma postura de
adoração e humildade. O que
provocou essa reação em Jesus?
Foi a destruição causada pelo pecado
no mundo que Ele havia criado. A
morte é um inimigo e, para Satanás, o
medo da morte é uma arma poderosa
JESUS E MARIA Maria se encontrava profundamente
“Uma das mais belas mensagens entristecida e logo começou a chorar.
pessoais já enviadas” Seus amigos prantearam com ela,
como era o costume do povo judeu.
O termo usado nesta passagem
significa “um pranto alto, uma
lamentação”. Diante disso, Jesus
sentiu seu espírito agitado e se
comoveu.
O que provocou essa reação
em Jesus?
Foi a destruição causada pelo
pecado no mundo que Ele havia
criado. A morte é um inimigo, e, para
Satanás, o medo da morte é uma
arma poderosa (Hb 2:14-18).
A Ressurreição
de Lázaro
Jesus e os Judeus
(11.33-37)
JESUS E OS JUDEUS “Jesus, vendo-a chorar, e
bem assim os judeus que a
“A Emoção de Jesus” acompanhavam, agitou-se no
espírito e comoveu-se. João
11:33”. Estas palavras foram
interpretadas de diversas maneiras
pelos comentaristas. O que João
quis dizer com isso? E evidente que
“a sua tristeza é descrita em uma
linguagem muito mais intensa do
que aquela que retrata a dor de
Maria e a dos judeus”. A palavra
traduzida aqui significa “ficou
profundamente comovido”. Mas a
pergunta permanece: O que foi que
fez com que Jesus ficasse tão
comovido?
JESUS E OS JUDEUS “A Emoção de Jesus”
“A Emoção de Jesus” 1) Alguns consideram que isto foi
basicamente uma imagem da
perfeita humanidade de Jesus
(Bernard, Lagrange).
2) Outros vêem o fato como uma
tristeza pelo pecado humano que
resultou na morte (Zahn, Loisy).
3) Há ainda outros que
consideram o fato como um
resultado da “indignação” de Jesus
devido à hipocrisia e à falta de fé dos
judeus “chorosos”.
João nos mostrou um Deus cujo
coração se vê invadido pela angústia
diante do sofrimento de suas criaturas, um
Deus que, no sentido mais literal, sofre em
nossas aflições.
JESUS E OS JUDEUS Quando Jesus perguntou: Onde
o pusestes? (34), veio a resposta:
“A Emoção de Jesus” Senhor, vem e vê (34).
Evidentemente foi no caminho para o
sepulcro que Jesus chorou (35) - (Lc
19.41).
“E os judeus exclamaram, Vede
como o amava (36)”. A observação
seguinte, por parte dos espectadores,
foi somente um olhar para o passado.
“Não podia ele, disseram, que abriu
os olhos ao cego, fazer também com
que este não morresse?(37)” Na sua
descrença, mal sabiam eles da
grande verdade revelada a Marta — a
ressurreição pessoal e presente —
Jesus Cristo o Senhor havia chegado.
JESUS E OS JUDEUS (38) Mais uma vez nos
“A Humanidade de Jesus” mostra a imagem de Jesus
invadido pela angústia ao
compartilhar a tristeza do
coração humano.
Para o leitor grego, a breve
frase: "Jesus chorou", já devia
ser o elemento mais
surpreendente de um relato
esmagador.
Para o grego, o fato de que
o Filho de Deus pudesse
chorar devia ser algo que
estava além de toda sua
capacidade de crer.
A Ressurreição
de Lázaro
Jesus e Lázaro
(11.38-44)
JESUS E LÁZARO Quando Jesus viu o
“TIRAI A PEDRA” sepulcro, Ele disse: Tirai a
pedra (39). Por que aquele por
quem “todas as coisas foram
feitas” (1.3) e que estava
prestes a trazer à vida um
homem morto há quatro dias,
pediria a alguém para tirar a
pedra?
Poderia ter sido um desafio
para a fé de Marta, que estava
crescendo, mas que ainda era
inadequada e incompleta? Foi
Marta quem respondeu:
Senhor, já cheira mal, porque
JESUS E LÁZARO A objeção de Marta , sob o
“TIRAI A PEDRA” ponto de vista humano, tinha
um bom fundamento, pois em
um clima quente, onde não se
praticava o embalsamamento,
o processo de decomposição
já estaria muito adiantado.
Porém, ela se esqueceu
daquele que é especialista em
fazer as coisas que são
consideradas impossíveis.
Este foi o teste ácido da sua
fé. Poderia ser ela leal, e “tirar
a pedra”.
Tirar a pedra é um teste de fé?
JESUS E LÁZARO A palavra tranquilizadora de
“TIRAI A PEDRA” Jesus a Marta foi: Não te hei dito
que, se creres, verás a glória de
Deus? (40) Estas são como as
palavras ditas aos discípulos em
Peréia (11.4), e elas refletem a
auto revelação de Jesus a Marta
em nos versos 25-27. “Qualquer
que fosse a visão prometida, a
intenção é que fosse uma visão
espiritual; Era para ver através dos
olhos da fé”.
Mediante esta Palavra de
Jesus, tiraram, pois, a pedra (41)
defronte do local onde estava o
JESUS E LÁZARO Então Jesus, o Filho de Deus, orou:
“TIRAI A PEDRA” Pai, graças te dou, por me haveres
ouvido. Eu bem sei que sempre me
ouves (41-42). “A sua vida é uma vida de
completa obediência à vontade de Deus, e
a sua oração não admite uma resposta
que contenha a incerteza”. Assim, a
verdadeira oração é a “realização
consciente da vontade divina”. Eu disse
isso por causa da multidão que está ao
redor, para que creiam que tu me
enviaste (42). É evidente que Jesus
queria que todos entendessem que o
grande poder de Deus flui através da vida
daquele que está em perfeito acordo com
Jesus clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora
(43). Deus chama os seus (Jo.5.28; 10.3) e, quando Ele
chama, não há poder que possa retê-los, nem mesmo a
própria morte. O milagre aqui é “a história de Jesus
caminhando para enfrentar a morte, afim de vencer a morte”
1 Co 15.26-27, 55.
A morte não foi capaz de reter Lázaro, pois ele saiu,
tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu
rosto, envolto num lenço (44). Jesus disse: Desligai-o
(“desamarrai-o”,) e deixai-o ir.
Somente o poder de Deus pode trazer a vida e a luz
para as almas mortas e envoltas em trevas. Mas a tarefa do
homem é essencial — tirar a pedra, desamarrar os nós e e
Cristo vai curar as cicatrizes deixadas pela devastação do
pecado, cujo salário é a morte.

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