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Arquiteta e Urbanista
Rua Elizeu di Bernardes, 470. São José/SC
fragehlen@hotmail.com
RESUMO
A palavra armação tem origem em armar para a pesca; armar às baleias, o termo foi
uma designação usada não só para explicar o local onde as baleias eram
desmanchadas, mas dizia respeito a tudo aquilo que compunha a grande empresa de
caça. A armação era um espaço humanizado inserida numa paisagem historicamente
localizável. Obedeciam a um padrão geral na sua concepção, constituíram espaços
produtivos que tinham interface com o mar. Eram estruturas monumentais destinadas
a produzir em larga escala, constituíam monumentos arquitetônicos e apresentavam
uma lógica própria em sua estrutura e funcionamento. Centro de produção econômica,
espaço de exploração escravista, meio de desenvolvimento regional, instrumento de
controle estatal, área de conflitos sociais e raciais, um artefato náutico. A pesca das
baleias era uma atividade sazonal, ocorria apenas na vinda das baleias ao litoral, de
águas quentes, para dar à luz e cuidar de seus filhotes.
Ainda segundo Ellis (1969, p.46) a expansão geográfica das feitorias baleeiras para o
Sul da colônia ocorreu de Cabo Frio a Imbituba, conhecido também como “as
pescarias do Sul”. Subdivididas em áreas menores: fluminense, paulista e catarinense.
Os contratos da pesca da baleia até o ano de 1765 foram dados de forma isolados na
Baia; após este período incorporou-se ao Rio de Janeiro todas as armações da costa
norte e meridional do Brasil. Permaneceram unificados os contatos até 1801, quando a
Coroa suprimiu o monopólio na Colônia.
Em 1739 a Ilha de Santa Catarina foi considerada um ponto estratégico militar, por ser
o último porto antes do Rio da Prata. Pela facilidade de aportar e estando totalmente
desprotegido, o brigadeiro Silva Paes, governador de Santa catarina, empreendeu a
construção de um sistema de segurança, junto à entrada norte da Ilha de Santa
Catarina, com três fortificações em um sistema de triangulação defensiva, construído
entre 1739 e 1744 (Piazza, 1988: 130). No mesmo período a promoção e incentivo de
povoamento com a criação da Capitania de Santa Catarina e a triangulação das
fortalezas propiciaram um ambiente mais seguro (Ellis, 1969: 57).
A armação de Garopaba
Em 1726 Dias Velho é elevado à categoria de Vila e passa ser chamada de Desterro,
atualmente Florianópolis. Para Garopaba pouco mudou na sua jurisdição, entretanto
as ligações tornaram-se naturais no campo econômico, religioso e social. Em 1729
uma figura destacada na sociedade lagunense requer sesmaria na Garopaba.
A cidade passou por transformações importantes nos últimos trinta anos, com o
advento do turismo que movimenta a economia local através da prestação de serviços
temporários e da construção civil. As novas atividades prosperam com o crescimento
das novas populações dos turistas, o que gerou um processo pesado de especulação
imobiliária para o município, através da construção de condomínios fechados e bairros
específicos. O setor da construção civil é um ramo de atividade em constante ebulição
em Garopaba.
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
CABRAL, Oswaldo R. História de Santa Catarina. Ed. Laudes, Rio de Janeiro, 1970.
ELLIS, Myriam. A Baleia no Brasil Colonial. São Paulo, Edições
Melhoramentos/Edusp. 1969.
_______ Aspectos da pesca da baleia no Brasil Colonial. XIV Coleção da Revista
de História. São Paulo, 1958.
______. Aspectos da pesca da baleia no Brasil Colonial (notas prévias de um
trabalho em preparo). Revista de História, São Paulo, ano 8, n.32, p. 415-462, out-
dez 1957. ESTADO DE SANTA CATARIANA. Decreto 2296, 25 de junho de 1998,
tombamento da Igreja São Joaquim em Garopaba-SC.
HARO, Martins Afonso Palma de (org.). Ilha de Santa Catarina; relatos de viajantes
estrangeiros nos séculos XVIII e XIX. Florianópolis: ed. da UFSC/ Lunardelli, 1990.
PIAZZA, Walter F. Santa Catarina: sua história. Florianópolis: Ed. Lunardelli, 1983.