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E iI D X g ! Ä .O
DO
lnstituto H istorico
e
Geographico Brasileiro
1936
Ügrtes, e sp o sa dedicadar
O MEU AFFECTO
rainha mãe,
GRATIDÃO
3141 2'.
Viajantes e scientisías estrangeiros de
grande valor, entre os quaes se salientaram
Martius, Saint-Hilaire, Gorceix e Goeldi; il-
lustres brasileiros, como Couto de Magalhães,
o visconde de Taunay, Affonso Arinos, e,
mais recentemente, Roquette Pinto, Gustavo
Barroso, Alcantara Machado e Paulo Setúbal,
entre outros, se votaram á descripção da na
tureza dos nossos sertões longinquos e aos
costumes dos nossos bravos sertanejos.
Faltava-nos um pesquizador idoneo para
tratar desta zona visinha da Capital brasi
leira. Semelhante lacuna acaba de ser preen
chida pelo distincto professor Magalhães
Corrêa, com a sua preciosa Memória —
O Sertão Carioca, que parcelladamente se
estampou nas columnas do Correio da Manhã.
Alli, porém, esse trabalho, rico de infor
mações geographicas, geológicas, botanicas e
ethnographicas, corria e corre o risco de es
capar á curiosidade dos estudiosos.
E’ justa, portanto, e por muitas razões, a
sua inserção completa nas paginas desta
4
D r . l i . F . R am iz G alvão.
D irecto r d a R ev ista
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P B E F A O IO S
PREFACIO
E. Roquette Pinto.
cooooooco^ocoococccccooooocco^oocoooooooc^
0 SERTÃO CARIOCA
Pouca gente, hoje, escreve sobre as coisas
do Rio de Janeiro. E os poucos que escrevem,
se limitam á historia. Mas ultimamente um
desses escriptores, afastando-se do asphalto
moderno e elegante da Avenida e deixando
em paz a poeira venerável dos archivos, re
solveu, como Fernão Paes, “entrar pelo
sertão”.
Sim, embora o carioca da Avenida, do
posto 4, dos chás e cinemas chies fique espan
tado, existe, nesta sua maravilhosa terra um
“sertão”, como na Amazônia, em Matto Grosso,
em Goyaz, em Minas, na Bahia. Embora me
nos bravio. . .
Tinha-me eu na conta de razoavel sabedor
de coisas do Rio antigo, do Municipio Neutro,
do actual Districto Federal. Era uma pre
tensão como tantas. Mas bastou o professor
Magalhães Corrêa iniciar a divulgação de uma
12
Ricardo Palma.
HOMENAGEM
0 SERTÃO CARIOCA
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DO RIO G R A N D E Á C ÀM O RIM
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3141 3-
OS MANOBREIROS DAS REPRESAS
I
A ríde hydrographica das vertentes formadas pelos
morros do Quilombo, Nogueira, Sta. Barbara, Pedra Branca
e do Mello (Monte Alegre), denomina-se “Pau da Fome."
Alli estão as cabeceiras do Rio Grande, abaixo da Pedra
Branca, ponto culminante do systema orographico carioca —
1.024 metros — e nasce o Riacho Pedra Branca, defrontando
com o das Aguas Frias, no Morro do Meio, os quaes vão se
encontrar em uma grota, formada de blocos graníticos, onde
passam sobre um monolitho, precipitando-se em lençol, á
bacia natural chamada Tanque das Pacas; continuam o seu
curso até á queda da confluência do Rio da Barroca.
O Rio da Barroca nasce na serra de Sta. Barbara e re
cebe a contribuição das nascentes do Pedra do Gomes e Vir
gílio, vindas da serra do Nogueira. No Rio da Barroca — mo-
nolithos insulados e do aspecto irregular — formam as
principaes furnas dessa região, razão pela qual tem o rio
essa denominação.
Os rios da Pedra Branca, á esquerda, e o da Barroca, á
direita, no ponto de convergência das vertentes dessa serra,
formam duas bellas quedas, separadas por um monolitho, que
parece reger a orchestra sussurrante do suas aguas: a da Pedra
Branca jorrada por uma garganta, formada de blocos petreos,
á grande bacia commum as duas. A da Barroca, desdobra-se da
altura de quatro metros, num alvíssimo lençol, de um só bloco
granitico. Esse conjuncto feérico dá idéa de qualquer coisa
mysteriosa, num ambiente bem selvagem: em plena matta,
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37
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enxurrada, novamente é regulada a entrada para a caixa, man
tendo sempre a reserva necessária para o consumo diário.
A lavagem da represa é feita pelo registro da descarga,
por meio de um cano de cincoenta e cinco centímetros de diâ
metro e, nas caixas, pelas comportas de descarga.
Essas manobras, quer de dia, quer de noite, são neces
sárias para evitar rupturas e desastres maiores, pois nas gran
des torrentes tudo é arrastado e esses heroes, no meio das
mattas, affrontam todos os perigos para conservar os manan-
ciaes em perfeito estado e manter a distribuição do precioso
liquido, normalmente.
•São uns benemeritos da cidade, pois ainda fiscalizam as
mattas, a caça e a pesca, do patrimônio nacional e ganham
duzentos e setenta mil réis por mez, com direito a um dia
de folga, por todo esse serviço !
O temporal na floresta ou, como chamamos, matla,
é a coisa a que mais respeito tém os seus frequentadores.
Assim que começa a ventar, ouvem-se silvos prolongados, es
talidos das arvores, baques de troncos, roncos do trovão, mis
turados com os uivos dos animaes; é o prologo da tempestade.
Nesse momento é um “salve-se quem puder”; da matta saem
a correr os caçadores com os cães, o lenhador, o tropeiro que,
surprehendido, passa pela estrada com sua tropa a toda a
pressa; só ficam nos seus postos os guardas da represa !
— Por que tanto medo ? — perguntei ao guarda da re
presa, Felisberto Felippe de Carvalho, na presença do natu
ralista José Vidal, quando fomos surprehendidos na matta
Por um temporal.
Respondeu-me:
— O senhor ainda não viu, nem queira ver, tombar um
jequitibá, quebrarem-se grossos troncos, que, quando caem,
levam tudo na sua queda; é um perigo enorme estar-se na
matta, pois nem póde imaginar a quantidade de páos que
voam; só ha um recurso: as furnas, as grotas, mas estas tam
bém offerecem perigo, visto como os animaes, nessas occa-
siões, também as procuram. Não ha muito tempo, um ca
çador metteu-se numa gruta para deixar passar o perigo,
quando avistou uma sussuarana. a caminhar para a gruta e só
teve tempo de saltar para o lado, sem que ella o visse, cor
rendo quasi uma legua para chegar á casa do guarda, onde,
em estado lastimável de cansaço, pediu agua e sentou-se, con
tando esse episodio. O guarda observou-o:
— Porque não a matou?
— Porque só tinha chumbo para passarinhar o não para
onças, respondeu o fugitivo,
Continuou o guarda:
— Outra vez, uma tromba dagua, agitada por turbilhões
de vento, passou pelo cume e encosta da Serra do Nogueira,
deixando até hoje uma estrada feita pela sua passagem, car
regando o que encontrou e indo, a dois kilometros, depositar
tudo em terras fóra das do governo. O sitiante teve a sorte
de fazer um conto e seiscentos mil réis de lenha...
Assim, quando o tempo muda, a primeira preoccupação
dos que têm os seus nas maltas é chamal-os, pois se apodera
dessa gente um terror peor que pelo “Caraimbé” do
Amazonas.
Essas vertentes dos mananciaes, com a respectiva matta,
foram compradas pelo ministro Lauro Müller, em 1908, no
governo do presidente Rodrigues Alves, sendo director da Re
partição Geral de Aguas o Sr. Sampaio Corrêa, pela quantia
de 450:0008000, ao Barão da Taquara — por intermédio do
Dr. Catramby.
O manobreiro da represa
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OS PESCADORES
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OS PESCADORES
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V
culada a pesca quotidiana de cem peixes por canòa, tendo a
média de vinte tainhas, mas na corrida chegam a pescar cem
tainhas por canòa. Quando o lance falha, isto é, não traz
peixe, é chamado de bispado ou embarcou o padre; quando,,
porem, é feliz, dizem "estamos livre da padraria”. O resultado
da pescaria é conduzido para a terra e collocado em bancas
varal de bambú, ao relento, arrumados os peixes grandes ao
centro e os menores ao redor, para evitar que os animaes do
mésticos (cachorro e gato) comam os grandes. Contado o
peixe é repartido á terço: um terço para o dono da canòa e
rêdes, um para o remador e outro para o lançador. Quando o
dono da canòa pesca recebo dois terços e o remador um. A
venda da pescaria é feita pela manhã, quasi sempre é o dono
quem vende, a varejo, recebendo um terço do producto da
venda dos peixes dos pescadores. A venda pode ser em
qualquer logar, mas estacionado em ponto certo; se varejar
com cestos á cabeça ou a cavallo pelas ruas é prefciso uma nova
licença municipal, mesmo matriculado na colonia e Capitania
do Porto, á qual pagam dois mil réis por mez para pescar,
com direito á assistência medica, o que nunca viram em Ca-
morim. Üs pescadores esperam que com a nova directoria
da Colonia Z 9, o seu novo presidente commandante Armando
Pinna, os auxilie, prestando assitencia e conforto para honra
da Confederação Geral dos Pescadores do Brasil, que acaba
de legalizar sem multa as cadernetas de todos os pescadores
que se achavam em atrazo com o visto que permittirã o di
reito de continuar a exercer legalmente a profissão.
* * *
O auto-caminhão da lenha métrica — Calembá
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OS CARVOEIROS
OS CARVOEIROS
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A S ESTEIREIRAS
★ ★ ★
‘"vira lata” que também vão á caça com seu dono. Logo
após a porteira, ao lado direito, existe uma enorme e copada
jaboticabeira; sob a protecção de sua sombra amenisante,
está installada a officina de tamancos. De um lado a pilha
de tóras de tabebuia obtersifolia, vindas das mattas de Ita-
peba (lageado — do tupi Ita pedra, peva chata) — perto do
porto do mesmo nome, caminho obrigatorio do Campo de
Aviação da Latecoére, que fica na resiinga, na margem fron
teira.
A technica da fabricação do tamanco é a seguinte: as
tóras são serradas, em bitolas determinadas, sobre cavalletcs
rústicos, feitos de páos roliços tendo nas extremidades, dois
pãos em forma de X, cujas pontas se fixam no chão, mais
compridas, por serem os pés; estes dois XX são ligados um ao
cutro no espaço de um metro e vinte, e travados os pés, de
forma a supportar a tóra, que ó collocada na parte superior
da forquilha dos dois XX, onde uma bitola determina o com
primento, em que deve ser seccionada a tora pela serra de
volta.
Sobre um cepo, feito de uma tóra, em sentido verticai,
sao rachadas as tabebuias já serradas, por meio de um ma
chado de cabo curto, resultando uma serie de tócos, em for-
rna de parallelepipedo.
Esses tócos são arrumados em pilhas de dois a dois,
junto ao banco do tamanqueiro, ao alcance de sua mão.
O banco do tamanqueiro é feito de uma tóra apparelha-
'*a> mais delgada de um lado que do outro, sendo que a parte
mais grossa, tem dois pés abertos para os lados, feitos de
Páos roliços, e a parte mais delgada, um só pé roliço e mais
curto que os outros, embutido na parte inferior da tóra,
dando uma pequena inclinação ao banco na parte da frente.
Parte superior e na anterior, como se fôra um barrillete,
esta um pequeno cepo de vinte centímetros de altura feito
de tabebuia, onde o tamanqueiro, apoiando os tócos, trabalha.
Mas o aspecto é interessante: o tamanqueiro, monta
como cavalleiro sobre o banco, que tem o aspecto de um ca-
vallo de pau, cuja cabeça é o cepo; ahi limpa os tócos, cavaca
a enxó e, finalmente, talha, a formão afiadissimo, sahindo o
bilontra, pau do tamanco, para senhora, rapaz ou creança.
O trabalho é diário, das 7 ás 4 horas; produz um taman
queiro a média de quarenta pares de paus de tamanco e
mesmo cincoenta, vendido o cento á razão de 48$000.
Embalados em saccos de aniagem, que comportam cento
o cincoenta pares, cada um, são enviados por auto-caminhões
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V
Rachando a tóra de tabebuia
O Tamanqueiro
OS C ÄB EIRO S
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V—
O S CABE1ROS
.
mento de estylo gothico, de forma triangular; este ao Barao
de Eseragnolle; como o primeiro, de azulejo, com retrato e
dizeres, por ser o segundo administrador da Floresta. Estes
monumentos foram dammificados por mãos de vandalos, du
rante a revolução, do 1930. Uma das encruzilhadas da estrada
á direita, nos conduz ao Excelsior, a €11 metros do nivel do
mar, ponto de vista soberbo. Mas quem vem do Bom Retiro,
á esquerda, encontrará outra estrada que completa o circuito
da floresta passando pela Gruta cte Bernardo de Oliveira; mais
abaixo, a poética, Paulo e Virgínia; a Cascatínha Diamantina,
que cáe em um grotão passando-se pela ponte da Marqueza
e, a alguns kilometros mais, o Açude Solidão, antiga Lagôa
dos Porcos, mencionada por Pizarro em suas memórias; conti
nuando-se ao Alto da Bôa Vista, fazem-se 20 kilometros de
percurso.
Esta obra monumental foi executada pelo major Gomes
Archer e seus humildes companheiros; com tão pouco pes
soal e mal remunerado (o administrador ganhava 909000 mil
réis mensaes), plantou arvore por arvore, numa arca dc
dezeseis milhões de metros quadrados. Pois bem, esse bem-
feitor da cidade, o principal fundador da Silvicultura Bra
sileira, iniciador e reflorestador da Tijuca, não tem um
monumento naturalmente por ser major — os outros tiveram
por serem nobres — mas espero que o terá, como gratidão
do povo carioca.
Ao deixar a administração da Tijuca, para ir reflorestar
Petropolis, ficou em lugar do major Archer o Barão de Escra-
gnolle, o primeiro a louvar o seu antecessor, e que se pode
dizer continuou com carinho e cuidado a obra de Archer; como
lembrança temos o Pau Brasil, plantado no largo da Usina,
na Muda da Tijuca, em 1879, portanto com cincoenta e tres
annos.
A floresta da Tijuca existia mas foi devastada com a
vinda de D. João VI. “Em setembro cbe 1788, José Alves
Maciel, ao contemplar com Tiradentes a magnificência das
Mattas da Tijuca, jurou ao seu companheiro qu>e tomaria
parte em um movimento que viesse tomar independente a
berra em que se admirava tão surprehendente espectáculo. ”
(Álvaro Silveira.)
Reflorestados os morros, como protegidos os mananciaes
o sitios pittorescos, veiu até nós esse trabalho de reflores-
tamento e ultimamente foi continuado, sendo plantadas no
Excelsior 6 .0 0 0 arvores, pelo verdadeiro discípulo e con-
tinuador de Archer, apaixonado da silvicultura — Humberto
de Almeida, estudioso que mos fez conhecer a vida e obra
do grande precursor da silvicultura no Brasil — Major Gomes
Archer.
Por que não se indica esse technico para dirigir os tra
balhos do reflorestamento? O Horto Florestal poderia for
necer as mudas de essencias adequadas e os nossos morros
pellados transformar-se-iam cm outras tantas florestas que
seriam o encanto dos nossos filhos.
A cultura florestal se restringe, em origem, á condição
de transmissão de pae a filho, de mestre a discípulo, fructo
de uso e experiencia, de longos e árduos annos.
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A escolha dos cabos — Querendê
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O cabeiro
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OS OLEIROS
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O S OLEIROS
A EXTRACÇÃO DA ARGILA
MOLDAGEM OU CORTAGEM
0 ENXUGO OU SECCA
QUEIMA OU COZEDURA
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LAGÔA DE MARAPENDY
OS CAMPOS DA RESTINGA
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2 _ Fumo — Deitar as cinzas de cachimbo e as pontas
de charutos e cigarros apagando o lume antes de deixal-os
no caminho. Não os jogar entre os feixes, palhas e folhas.
3 — Acampamentos — Collocar o fogo ou fogão a uma
bôa distancia de arvores, troncos e mattas e varrer as folhas
em redor.
4 _ Sahida — Antes de deixar o campo, apagar o lume
OS CAÇADORES
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OS CAÇADORES
I PARTE
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Casa da Fazenda da Jntjep'endencia
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ASSISTÊNCIA ? RELIGIÃO
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ASSISTÊNCIA ? RELIGIÃÓ
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X I X
• A macumba é a religião dos malandros cariocas, da classe
inculta, cujo fervor está em razão directa de seu atrazo, rito
espiritualista, mixto do catholicismo, fetichismo africano e
superstição indígena, verdadeira adaptação louca do jujuismo
praticado no candomblé.
Os macumbeiros acreditam em um deus supremo, que
rege o universo, denominado Ochalá, assistido pela trindade,
seus servidores espirituaes: Tatá, o archanjo; Orichá, santo, e ••
Quiumbo, a alma; Ochalá preside o universo e, por isso, toma
o cognome de Tatá-Grande; os Tatás são os encarregados
dessa divisão espiritual. O nome de Tatá encontrei como sendo
a morada fortificada de um chefe negro, no sertão do Sudão,
assim como significa papá, tanto no latim como no sanscrito
e, fogo, entre os nossos indígenas.
Os Orichás representam os anjos da guarda dos catho-
licos e protectores dos espíritos, isto é, protectores do reino
da natureza e dos seres humanos.
Os Quiumbos são as almas dos morto3 vagantes no es
paço, penando durante o intervallo de duas encarnações, até
poderem obter o desenvolvimento necessário para tornarem-se
Orichás, o que podem alcançar pela purificação a Tatás.
Os Orichás, como protectores do reino da natureza e dos
seres humanos, apparecem symbolizados por seus fetiches:
a espada, como poder do Orichá da raça branca, identificado
com Ogun (S. Jorge) e ChangÔ (Tupan); flores conchas e
pedras do fundo do mar são os fetiches do Orichá das aguas,
equivalente a Ochum e á nossa Yára; arcos e flexas, do Orichá
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nos iria, o Mar que nos alimenta, o Matto que nos esconde,
o Sol que nos esquenta, a Lua que nos alumia, as Estrellas
que nos espiam e termina: “E louvado mias fio, seja Ogun”
e a assistência: “P’ra sempre seja louvado”. E para o iman
de despedida diz o Ogun:
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Estrada da Lfuaratíba — Vargarn Grands
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AMBULANTES RURAES
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AMBULANTES RURAES
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AMBULANTES URBANOS E SUBURBANOS
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AMBULANTES URBANOS E SUBURBANOS
V
Não podia deixar de me referir ás abnegadas professoras
que percorrem o Districto Federal, principalmente o sertão
carioca, nos seus recantos mais afastados e esquecidos, gal
gando morros e percorrendo longas estradas em caminhadas
estafantes, quer em dias de sol quer em dias de chuva.
E assim apparecem como “ambulantes do saber”, ins
truindo e educando os pequenos, soccorrendo-os nas suas ne
cessidades materiaes por intermédio das caixas escolares, para
cuja manutenção concorrem, organizando ainda festivaes e
tombolas.
Por occasião de calamidade publica, são as primeiras a
se apresentar, e já são conhecidos os serviços prestados na
distribuição de viveres, em 1930, com toda a dedicação.
Inventam cursos especiaes e ahi apparecem muitas vezes
sacrificando sua saúde e seu lar, por não lhe restarem horas
de repouso.
Agora foi decretada a unificação de classes, mas'verda
deiras surpresas surgem em alguns de seus artigos: suppres-
são das férias de junho, augmento das horas de trabalho e
obrigatoriedade, de frequência a Cursos de Aperfeiçoamento.
Como é possível a uma professora, que lecciona, frequentar
taes cursos? Serão ellas então dispensadas do serviço effe-
ctivo nas escolas para que os possam frequentar, como suc-
cede com os officiaes do Exercito nos cursos de aperfeiçoa
mento, ou será que cogitam de lhe tirar as férias já diminuí
das, obrigando-as á matricula em taes cursos?
O professorado municipal sempre foi victima das refor
mas de instrucção, mas espera, confiante no futuro, a promet-
tida autonomia da Terra Carioca.
O tripeiro
237
1. Saneamento rural:
a) Prophylaxia de Infecções e Infestações;
b) Prophylaxia da inanição e moléstias de Carência;
c) Combate ao alcoolismo;
d) Eugenia.
Dezembro de 1932.
Magalhães Corrêa.
O i® O —
O vassoureiro
O lixeiro
VOCABULÁRIO
X X I I
VOCABULÁRIO
I
248
BOGO’ — Palenna.
BOEIROS — Ou bueiros — buracos feitos na parte su
perior dos balões, para a sahida da fumaça da combustão do
carvão.
BORRACHUDO — Borrcucudo — mosquito também co
nhecido por “pium” (Simulium pertinax) f. dos Simulideos;
o martyrio do sertanejo, o nome vem de borracho, que bebe
muito.
BOUGAINVILLEA — F. das plantas nyctagineas, tre
padeira; eonhecida por “tres marias”, floresce todo anno;
suas flores são de côr vermelha, rosa ou purpura (Bougain
villea spectabilis W illd).
BRABO — Ruim, bravo.
BRACAIA’ — (Felis pardalis), do tupi yagua-tirica,
onça timida.
BRANQUILHÃO — )Sebastiania Klotzchiana Muell) f. das
Euphorbiaceas; arvore de madeira leve e rija, que serve
para carvão; madeira que não resiste ao tempo. (Branqui-
lho).
BROMELIACEAS EPIPHYTES — Familia de plantas que
tõm o typo dos ananás e que vivem sobre outras, sem se
alimentarem da substancia destas.
BUZQ — Rodela de casca de laranja verde ou amarella
de um lado e branca do outro; jogo da malandragem ca
rioca.
C
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252
CARÃO — Reprehensão.
CARÃO — (Aramus scolopaceus Gmelin), Grancre ave dos
pantanos semelhante ás pernaltas de côr bruno-ennegrecida.
CARANGUEJO — (Ucidea cordatus) crustáceo que vive
nos mangues.
CARAIMBE’ — O sobre-natural, o phantasma, no Ama
zonas.
GARAPANAÜBA — (Aspidosperma excelsum Bth.) ar
vore dos mosquitos carapanãs.
CARAPANÃ — (Culex amazonicus) do tupi carapá, o que
tortura, o flagello do Amazonas.
CARDEAL — (Paroaria cucullata) passaro com topete
encarnado.
CARGUEIRO — Loeal onde se deposita a lenha ou ma
deira a ser transportada; tropa carregada.
CARGA — Enrolado de cipó de oitenta a cem voltas.
CARGA DE UM BURRO — Dois jacás de cangalha, con
tendo bananas.
CARIOCA — Casa dos acaris. Do tupi-guarany: Gua-
cari, Wacari, Acari e Cari. Acarioca ou Carioca: cari, peixe
cascudo (Loricaria plecostamus) e oca casa, reducto, para
deiro. A casa de pedra, de Gonçalo Coelho, á foz do Carioca,
foi denominada Carioca, esconderijo dos Acaris, guerreiros
encouraçados, como os peixes que são cascudos. (Correio da
Manhã, 10-3-1929).
CARIOQUEIRO — A “Gazeta do Rio" no tempo de D.
Pedro I, diz João Ribeiro, publicou aviso e recommendações
dos poderes públicos ao “carioqueiro” acerca dos seus deve
res quotidianos: era incumbido de fiscalizar as aguas que
desciam das montanhas para o abastecimento do povo.
CARONA — O que não paga.
CARRAPETA (Guarea trichilioides) arvore que dá fru-
cto venenoso e madeira para remos.
CARREIRO — Trilho feito e seguido pela caça no malto.
CARREIRO DE AREIA — O conductor do carro de areia.
CASCA PRETA — (Vernonia diffúsa Less.) Madeira co
rante, procurada pelos tintureiros; serve também para lenha
e carvão.
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CICUTA — (Ciouta maculata Lin.) família das Umbe-
liferas, planta venenosa, abundante na embocadura dos rios,
na lagôa de Camorim.
CINCHA — Cinta ou cilha que aperta os arreios de um
cavallo ensilhado; compõe-se de travessão, barrigueira, qua
tro argolas, látego e sobrelatego.
GINCHADOR — Peça de ferro ou couro, á qual se prende
a cincha, em que se liga uma das extremidades do laço.
CINCO CHAGAS — (Tabernaemontana laeta Mart.), ma
deira para córte.
CIPO’ — Do tupi — iça-pó, galho aprehensor, galho mão,
que tem a propriedade de se enleiar.
CIPOAX. — Grupo denso de cipós, que se encontra nas
mattas.
CIPO’ CABOCLO OU CABÔCO — (Davilla rugosa Poii)
do tupi caaboc tirado ou procedente do matto, conhecido por
vermelho, capa homem, sambaiba, carijó e inuirateteca.
CIPO’ CAMARÃO — (Bignonia eximia Morong.) do tupi
cáo-pdu, marã, colorido. Vermelho amareilo e mesmo branco.
E’ muito conhecido pela bengala de camarão.
CIPO’ DE SÃO JOÃO — (Pyrostegia ignea Presl; Bigno
nia Bella Sellow; B. ígnea). Floresce em S. João época da
festa do santo, e por ser a flor côr de fogo, lembra a fo
gueira tradicional; também é conhecida por Marqueza de
Bellas; trepadeira lenhosa, grande e forte, ramos cylindricos,
flores irregulares, tubulosas, corolla de seis a sete centí
metros, vermelho laranja, avelludadas, muito vistosas, dis
postas em paniculas terminaes corymbosas multifloras.
Planta ornamental do mais bello effeito pelo brilho, colorido
e pela abundancia de suas flores; um só pé tem trezentos
racimos floridos; suas folhas são verdes e marchetadas pela
côr de fogo das flores.
CIPO’ CRAVO OU SARGEIRO — (Tynnanthus elegans
Miers), conhecido por Negro feio; o nome provem do aroma
forte de cravo.
CIPO’-TAIA’ — (Caparius urens) do tupi taia acre ou
picante, a casca faz o effeito de mostarda e as folhas quei
mam, quando tocadas.
255
25.2
t' N
NHUNDU’ — Ou jundü — do tupi nhú — campo —
vegetação rasteira — du-tu sujo. Campo sujo ou que co
meça a ser invadido pela vegetação mais alta, á beira-mar.
NORUEGA — Encosta meridional das serras, constituindo
terrenos sombrios e húmidos. Lado que não bate o sol, muita
folhagem, muita escuridão, mas sem flores e fructos, com
perenne friagem, de recantos húmidos.
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O
QUILOMBO — Sitio, lugar invio e distante dos povoa
dos, onde so refugiavam os escravos fugidos.
QUITANDEIRO — Vendedor de verdura, legumes e fru-
ctas, em cestos e caixas, em cangalha de burro.
U '
IJBAETE’ — (Galesia Gorazema Moq.) do tupi, arvore
grande. Conhecida por Pau d’Alho, Guararema; localidade.
UMBROPHILA — Vegetação das sombras, sombria.
URUCU’ — (Bixa orellana Lin.) f. das Bixaceas. Os
galhos dessa arvore são muito empregados pelos indios para
tirar fogo.
URUCUBACA — Azar, caiporismo.
URUCURANA — O falso urucú, .do tupi urucú-rana,
o que se assemelha á arvore do urucú. (Hieronyma alchor-
neoides A ll.).
URUTÁO — (Nyctibius aethereus Wied) ave nocturna,
caçadora de insectos.
URUCUNJU’ — Instrumento musical africano, usado nos
Candomblés, arco com corda de arame.
V
VACCA LEITEIRA — Auto-caminhão, reservatório de
leite gelado, que percorre as zonas do Districto Federal, ven
dendo leite.
VALLA CABOCLA — Valia profunda de divisão de terras
e domínios.
VALQUEIRE — Fazenda e localidade, valle do pau
ferro.
VARAL OU BANCA — Mesa de bambú, onde collocam o
peixe que trazem da pescaria, onde fica ao relento até o dia
seguinte.
VARAL — Varas longas onde seccam as rèdes.
VAQUEIRO — O que cuida do gado e o acompanha ás
feiras ou matadouros.
VARA — Bando de coatis, de dez a vinte indivíduos —•
lotada.
VAREJANTE — De varejar, vender a varejo; indivíduo
que vende a varejo.
VAREJAR — Vender a varejo pelas ruas e estradas.
VAREJÃO — Longa vara de bambús, que se firma no
leito do canal, impulsionando os cahiques.
2«3
ákt M . í i í i
REFERENCIAS AO “ CERTÃO CARIOCA
REFERENCIAS AO “ SERTÃO CARIOCA”
O SERTÃO CARIOCA
288
■
quando essas companhias, principalmente estrangeiras, fi
zerem as suas florestas exploráveis com tal fim. Idêntica
medida tem que ser tomada em relação ás companhias de
■navegação fluvial.
Saliento a Estrada de Ferro Central do Brasil que, tendo
um consumo annual de mais ou menos um milhão de me
tros cúbicos, fez sua floresta exploravel de madeiras pró
prias; a Companhia Paulista, em igualdade de condições, mas
tendo feito uma floresta que é orgulho da nossa iniciativa
particular; a Viação Ferrea do Rio Grande do Sul, que já
tem as suas florestas em bosques de milhares de arvores,
não só como para dormentes, como também para combusti •
veis, apesar de ser uma estrada localizada em um Estado
onde existe mina de carvão com extracção intensa.
Já tive occasião de manifestar o meu pensamento em
parecer á Sociedade dos Amigos das Arvores, sobre a ques
tão de combustível ás grandes cidades: contrario á entrada
de carvão e lenha oriundos das mattas dos altos dos morros,
a menos de 60 kilometros da cidade, e capazes de servirem
como protecção aos mananciaes, que mais tarde essa cidade
vae precisar.
Magalhães Corrêa, no seu admiravel “Sertão Carioca”,
que marcará época como um dos trabalhos mais brilhantes,
mais instructivos e de maior amor á nossa terra, do que é
nosso, em um dos numeros do Correio da Manhã, de Março de
1932, diz, só para a Capital Federal, será preciso uma reserva
de 640.000 hectares, quasi o dobro em relação ao recensea
mento de 1920 para os productos florestaes. Como se vê, cada
anno que passa, mais critica se torna esta questão, e, por
tanto, deve ser resolvida pelas autoridades competentes com
a maxima urgência. O total de mattas da Capital Federal é
de 55.837.994 metros quadrados ou seja, em conta redonda,
6.000 hectares.
ASSOCIAÇÃO CARIOCA
Em^ 3 de janeiro de 1932.
Officio 42.
Exmo. Sr. Professor Armando Magalhães Corrêa. —
R io .
Por proposta do Sr. Dr. Oldemar de Soledade Moreira,
foi consignado na reunião de hontem um vibrante voto de
applausos, pelos trabalhos publicados no Correio da Manhã.
290
ASSOCIAÇÃO CARIOCA
HABITAT RURAL
A. J. de Sampaio.
BIOGEOORAPHIA
A LAGÔA DE MARAPENDY
CENTRO CARIOCA
Á 'A
295
296
PROTECÇÃO A’ NATUREZA
CENTRO CARIOCA
ASSOCIAÇÃO CARIOCA
Rio de Janeiro, 1 de Março de 1932..
Illmo. Sr. Redactor do jornal Correio da Manhã.
- 0* 0-
I3NT33IODE3
I3 N T D IC B
DO
P ags.
Parecer do Barão Dr. B. F. Ramiz Galvão. . 5
Prefacio pelo Prof. E. Roquette Pinto. . . 7
“O Sertão Carioca”, chronica de Ricardo Palma 11
Dedicatórias........................................................ 17
I—0 sertão carioca............................................. 21
II — Do Rio Grande a C a m o rim ............................ 33
I — Os manobreiros das represas....................... 35
II — O divisor das aguas.................................. 43
III — Os p e scad o res................................................... 33
IV — Os m a c h a d e iro s ............................................. 67
V — Os carvoeiros.................................................... 83
VI — As esteireiras....................................................... 91 '
VII — 0 cesteiro............................................................. 99
VIII—Os ta m an q u eiro s....................................................109
XI — Os cabeiro s........................................................ 117
X — Os oleiros................................................................... 127
XI — Os bananeiros............................................................. 1 3 7
302
P ags.
XII — Os naturalistas.................................... 147
— O Pontal de Sernambetiba.................................. 149
—'Lagoa de Marapendy........................................ 151
— Os campos da restinga................................ 153
XIII — Os caçadores — I Parte................................. 157
XIV — A Fauna — II Parte..............................................167
XV — Estradas e sitios — I Parte......................... 177
XVI — Estradas e sitios — Os cantoneiros — II Parte 187
XVII — A fazenda da Independência................................197
XVIII — Assistência? t— Religião..................................... 203
— R e lig iã o ..............................................................207
XIX — A macumba........................................................... 215
XX — Ambulantes ruraes................................................ 223
XXI — Ambulantes urbanos e suburbanos. . . . 231
XXII — Vocabulário — empregado e fallado no Sertão
carioca. ..............................................................241
índice geral...............................................................289
índice das gravuras a bico de penna feitas
pelo autor............................................................. 290
P ags.
A CAPA — O Sertão Carioca................................... 2 bis
Mappa tropophola (alagado), Campos de Sernam
betiba.................................................................... 20 bis
VINHETA — Pico do Papagaio e Lagôa da Tijuca 23
LAGÔA DA TIJUCA — vista através da Rhizophora
Mangle.................................................................. 24 bis
PIABAS — 1 estrada do pontal.......................... 26 bis
— "r • ï ... ; •' - ■: , t ,"TT7; -' ; ' ' " -7
Vf.'-'.
303
P ag s.
FORTALEZA — GARGANTA DA SERRA DO MA-
THEUS (Canhão de 1775).............................. 28 bis
ENTRADA DAS FURNAS DE AGASSIS _ Tijuca. 30 bis
LAGÔA DE CAMORIM — vista tomada da Pedra do
Caçambe........................................................... 32 bis
VINHETA — Represa do Pau da Fome, caixa d’agua
do Rio Grande. . 35
AQUEDUCTO DA FIGUEIRA E PADARIA — Pau
da Fome........................................................... 36 bis
CORREDEIRAS DA MAE D’AGUA — Dikes (vulcão
fóssil — Rio Grande)................................... 38 bis
PONTE COLONIAL SOBRE O RIO TAQUARA. . 40 bis
O MANOBREIRO DA R E P R E S A ........................ 42 bis
VINHETA — O barqueiro do açude Camorim. . . 45
AÇUDE CAMORIM — a 430 metros de altitude. . 46 bis
A MAIS' BELLA REPRESA DA TERRA CARIOCA —
“Camorim”....................................................... 48 bis
EGREJA DE S. GONÇALO — construída em 1625,
por Gonçalo Corrêa de Sá.................................. 50 bis
CASA DA FAZENDA DE CAMORIM — presente-
mente Escola Publica Municipal....................... 52 bis
VINHETA — Noite de pescaria na lagôa Camorim 55
PASSAGEM EM CAÍQUE DO CONTINENTE Á RES
TINGA DE JACAREPAGUA’ — Barra de Ti
juca...................................................................... 56 bis
PORTO DE DESEMBARQUE NA RESTINGA DE
JACAREPAGUA’ — Barra da Tijuca. . . . 58 bis
PARADEIRO DAS CANÔAS — NO PORTO DO CA
ÇAMBE — C a m o rim ....................................... 60 bis
PORTO DO CAÇAMBE — CANAL PARA A LAGÔA
preparativos de partida...................................... 62 bis
SCHEMA DOS LANCES DA PESCARIA DA LAGÔA
DE CAMORIM.................................................. 64 bis
JOAQUIM DA PHILOMENA — pescador de Camorim 66 a
304
Paga.
POMBEIRO DE PEIXE — varejando pelos subúr
bios....................................................................... 66 b
VINHETA — Lenheiro no porto de Calembá. . . 69
OS MACHADEIROS................................................... 70 bis
OS MACHADEIROS DOS' ALAGADOS, VERDADEI
ROS ROBINSON CRUSÓE. . . . . . . 72 bis
A PUXADA DE LENHA PELO CAÍQUE — Ilha do
P o r t e l l a ...................................................... 74 bis
O INFERNO VERDE — FAZEDORES DE VALLES
— ILHA DOS URUBÚS................................ 76 bis
O AUTO-CAMINHÃO DA LENHA MÉTRICA — CA-
LEMBA’......................................................... 78 bis
O BURRO DE CANGALHA COM FEIXES DE LENHA
— Cafundá..................................................... 80 bis
VINHETA— O balão funccionando dentro da matta. 85
A FORMAÇÃO DO BALÃO — EM MATTO ALTO . 86 bis
O BALÃO EM PLENO FUNCCIONAMENTO — CA-
FUNDA’......................................................... 88 bis
O BALÃO DEU PE- — FINAL DA COMBUSTÃO
(Chacrinha a 3.000 metros de altura) . . . 90 a
O DEPOSITO DE CARVÃO — Vargem Grande. . 90 b
O CARGUEIRO DE CARVÃO........................... 90 o
VINHETA — O tabual...................................... 93
AS ESTEIREIRAS................................................ 94 bis
O TENDAL (tear) DAS ESTEIRAS — PAVUNA . 96bis
ENROLAMENTO DAS ESTEIRAS PARA DISTRI
BUIÇÃO — PAVUNA.................................... 98 a
O TRANSPORTE DAS ESTEIRAS PELO BURRO DE
CANGALHA — TAQUARA........................... 98 b
O TRANSPORTE DE ESTEIRAS EMPACOTADAS
EM CARROÇA — Maranga........................... 98 c
VINHETA — C IP O A L ..........................................101
O TRANÇADO DE UM CESTO DE TAQUARA. . 102bis
O TRANÇADO DE CIPO’ NUM JACA’ DE CAN-
305
P ags.
G A L H A ....................................................................104 bis
A NATUREZA....................................................................106 bis
TYPIITY — O CAPITÃO E TRANÇADO DE CESTO 108 bis
VINHETA — O rancho do Olavo............................ 1 1 1
AS TÓRAS DE TABEBUIA E O RANCHO DE OLA
VO — Rio Morto.........................................................112 bis
A TÓRA DE TABEBUIA SENDO SERRADA. . . 114 bis
RACHANDO A TÓRA DE TABEBUIA. . . . . 116 bis
O TAMANQUEIRO.........................................................116 b
VINHETA — A casa de sopapo e sapé . . . . 119
MONUMENTO AO BARÃO DO BOM RETIRO — Flo
resta da T iju c a ..................................... . 120 bis
MATTAS DA T IJU C A .......................................... 122 bis
O CAMINHO DA CAIEIRA INTERCEPTADO PELO
RIO DO PORTO ...................................................124 bis
A ESCOLHA DOS CABOS — Querendê. . . . 126 a
O CA BEIRO ...........................................................126 b
TRANSPORTE DE CABOS.................................... 126 c
VINHETA — O L A R IA .......................................... 129
COBERTURA DE SAPE’ PARA A FUTURA CASA
DO OLEIRO — P a v u n a ........................................ 130 bis
A MAROMBA FUNCCIONANDO — Pavuna. . . 132 bis
A CORTADEIRA E O MESTRE— Pavuna. . . . 134 bis
ENXUGADOR OU EIRA DOS TIJOLOS —Pavuna 136 a
O TIJOLO DEPOIS DE COSIDO, NA MÉDA. . . 136 b
VINHETA — O BANANAL.....................................139
O TROPEIRO A CAVALLO NO RANCHO — Vargem
G r a n d e .....................................................................140 bis
O CARREGAMENTO DOS JACAS DE CANGALHA —
Piabas......................................................................... 142 bis
A TROPA DE BANANA................................................... 144 bis
O BANANEIRO...................................................................146 bis
VINHETA — A QUEIMADA NA RESTINGA. . . 149
»
306
P a g s.
OS CANHÕES ABANDONADOS NA AREIA — Pontal
de Sernambetiba...............................................150 bis
RESTINGA DE ITAPEBA ENTRE A LAGÔA MA-
RAPENDY E LAGOINHA...............................152 bis
LAGÔA DE MARAPENDY.................................... 154 bis
O PESCADOR DE MARAPENDY......................... 156 bis
VINHETA — Caça t e r r e s t r e .............................. 159
RANCHO DO BERNARDINO — RESTINGA DE ITA
PEBA.................................................................160 bis
CAÇADA DE PATOS NA LAGÔA MARAPENDY. . 162 bis
CAÇADORES.............................................................164 bis
PONTE DE ACCESSO Á ILHA DO MARINHO. . . 166 bis
GARÇA........................................................ 168 bis
VINHETA — CAÇA AQUATICA.........................169
BUGIO OU BARBADO.......................................... 170 bis
BRACAIA’ OU JAGUARITICA...............................172 bis
CAPIVARAS..............................................................174 bis
TAMANDUA’ BANDEIRA.................................... 176 a
GAMBÁ E SEUS FILHOS.................................... 176 b
JACARÉ-TINGA OU VERDE (Caiman lalirostris). 176 c
VINHETA — FAZENDA DA TAQUARA. . . . 179
AGUADEIRO — ESTRADA DA TINDIIBA. . . 180 bis
DEPOIS DA ESCOLA VÃO OS GURYS BUSCAR
AGUA A TRES KILOMETROS _ Estrada de
G u a r a tib a .......................................................182 bis
UBAETE’ — GRANDE ARVORE — Estrada de Gua
ratiba................................................................. 184 bis
CORTINA DE TILLANDSIA USNEOIDES — Rio
Cortado.............................................................. 186 bis
VINHETA — CACHOEIRA DE CABUNGUY. . . 189
O AÇOUGUEIRO — CAMORIM......................... 190 bis
O PADEIRO NA VENDA DO ZECA DOS SANTOS —
Vargem Grande................................................ 192 bis
307
P a& s.
Pags.
PELO