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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

MARIA POLLYANA MENDES PALACIO SOARES

LIDERANÇA CRISTÃ

ALTAMIRA
2024
FACULDADE VENDA NOVA IMIGRANTE

LEILA RAMOS DE OLIVEIRA

RECURSOS DA PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em Psicopedagogia e
educação infantil.

ALTAMIRA
2023
RECURSOS DA PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Leila Ramos de Oliveira¹

Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- A atuação do psicopedagogo é muito importante em todas as áreas dos


conhecimentos, em especial na prevenção das dificuldades de aprendizagem na
educação infantil. Buscando compreender o papel da Psicopedagogia na Instituição
educativa e o contexto atual da Educação Infantil no país, o objetivo maior é refletir
sobre a ação do psicopedagogo neste determinado campo de atuação, buscando
compreender maneiras de solucionar os problemas na aprendizagem infantil,
solucionando de forma mais interativa para os envolvidos Os tipos mais comuns de
dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelo psicopedagogo são: dislexia, disgrafia,
discalculia, TDAH. A brincadeira como atividade prazerosa na psicopedagogia faz parte
do universo simbólico da criança, é através dela que a criança se desenvolve,
aprendendo construir seu conhecimento utilizando seu aparelho sensório-motor e
movimento corporal.
PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogia. Educação infantil. Jogos. Teoria.
INTRODUÇÃO

A atuação do psicopedagogo é muito importante em todas as áreas dos


conhecimentos, em especial na prevenção das dificuldades de aprendizagem na
educação infantil. Em geral, o psicopedagogo é procurado quando as dificuldades já
estão presentes, assim, seu papel é avaliar e estabelecer estratégias de intervenção.
Contudo o psicopedagogo não atua somente na área que atua quando o problema já
existe, mas sim ele atua também na forma de prevenção, no intuito de evitar que os
problemas de dificuldades de aprendizagem se instaurem e nesse caso iremos
abordar o papel dos jogos no combate a prevenção das dificuldades de
aprendizagem.
O psicopedagogo atuando na educação infantil se propõe trabalhar com
brincadeiras dinâmicas na instituição e com a formação de professores orientando e
auxiliando na organização das atividades e, consequentemente no processo ensino
aprendizagem dos alunos.
Buscando compreender o papel da Psicopedagogia na Instituição educativa e o
contexto atual da Educação Infantil no país, o objetivo maior é refletir sobre a ação do
psicopedagogo neste determinado campo de atuação, buscando compreender
maneiras de solucionar os problemas na aprendizagem infantil, solucionando de forma
mais interativa para os envolvidos.
Diante dessa configuração de desafio, atitudes e comportamentos frente aos
desafios e tarefas escolares na educação infantil, o jogo aparece como um instrumento
importante no contexto da intervenção psicopedagógica. Mais especificamente, o jogo
de regras assume papel decisivo nesse processo, não apenas porque as queixas de
aprendizagem ocorrem fundamentalmente na idade escolar, mas também porque os
elementos fundamentais deste - o objetivo, o resultado e as regras - oferecem uma
situação extremamente propícia para a aprendizagem de conhecimentos, estratégias e
atitudes. Pelo fato do jogo de regras ter um objetivo ou situação problema, a qual deve
ser resolvida pelo jogador, com base em um conjunto de normas pré-definidas, a fim de
alcançar um resultado positivo (vencer o jogo), interessa ao psicopedagogo não apenas
a análise dos meios ou procedimentos que a criança utiliza para tentar vencer o jogo,
mas também suas atitudes e emoções frente ao desafio (situação problema) e ao seu
resultado.
O objetivo principal deste trabalho é solucionar os problemas da aprendizagem
infantil com jogos educativos que estimulem e facilitem a compreensão dos conteúdos
das disciplinas pelo aluno.
Em seu texto sobre o uso do jogo na Psicopedagogia [construtivista], Macedo
define a intervenção psicopedagógica como um "trabalho complementar ao da escola,
(...) [que] visa ao aprofundamento das condições psicológicas para a produção ou
construção de conhecimentos" (p. 123). O autor defende a ideia de que a
Psicopedagogia se foca não apenas em questões pedagógicas ou educacionais, mas
também nas características psicológicas do sujeito que aprende.
Para embasar este trabalho foi utilizada uma metodologia por meio de pesquisas
bibliográficas, onde se foi retirado dados que demonstram à problemática e comprovem
as soluções propostas para a tese de defesa de uma maneira devidamente
referenciada.
O trabalho tem o seu desenvolvimento composto pela aprendizagem e seus
estágios, abordando nesse contexto as etapas de formação cognitiva de uma criança.
O papel do psicopedagogo na escola, abordando o papel deste profissional no âmbito
de ensino. É composto pela problemática, que aborda os desafios enfrentados pelo
profissional na área da educação infantil e a solução dos problemas abordados, sendo
finalizado com uma conclusão composta por considerações finais.

DESENVOLVIMENTO

1.1 Aprendizagem e seus estágios


A ‘consequência’ do processo de aprendizagem é o estabelecimento de habilidades
que serão imprescindíveis para as etapas futuras da vida da criança. Ao longo do
desenvolvimento do pequeno, nota-se que ele perpassa por diferentes fases, são elas:
o estágio sensório-motor, o estágio pré-operatório, o estágio operatório-concreto e o
estágio operatório-formal.
Todos eles acompanham uma determinada faixa etária e marca importantes aquisições,
tais como a percepção, o aspecto cognitivo, a psicomotricidade, o pensamento lógico, a
compreensão com a experiência vivenciada por outra pessoa, entre outros.
Para Piaget, o aprendizado é construído pela criança durante sua relação com objetos
e pessoas. Essa ideia é a base da teoria chamada construtivismo. Cada nova
descoberta é assimilada e acomodada junto ao que a criança já conhecia do mundo,
tornando-o cada vez mais amplo. Gradualmente, as relações se formam e as coisas
começam a fazer sentido na cabeça da criança.
O estágio sensório-motor (0 a 2 anos), segundo a teoria de Piaget é a fase onde as
crianças aprendem testando seus próprios reflexos e movimentos, desenvolvendo a
percepção do próprio corpo e dos objetos. O entendimento do mundo se dá por
experimentação e interação com o mundo à volta.
O estágio pré-operacional (2 a 7 anos), de acordo com a teoria de Piaget é quando
começam a dominar a linguagem e os nossos símbolos de comunicação, começam
também a imitar, representar, imaginar e classificar. Nessa fase, por exemplo, a palavra
carro já pode gerar a imagem mental de um carro, mesmo que não tenha nenhum na
sua frente, e nessa fase a criança ainda é egocêntrica (se vê no centro de tudo e
entende o mundo a partir da sua própria vivência) e não tem a capacidade de se
colocar no lugar dos outros.
O estágio operatório-concreto (7 a 11/12 anos), conforme a teoria de Piaget é quando o
egocentrismo diminui e a criança passa a ter maior capacidade de se colocar no lugar
do outro e entender conceitos morais de certo e errado por volta dos 7 anos. Nessa
fase, as crianças apresentam maior capacidade de pensar soluções mentais para
problemas reais. As informações que receberam até aqui começam a se conectar num
raciocínio mais lógico, que considera vários aspectos ao mesmo tempo.
E por ultimo o Estágio operatório-formal (a partir de 12 anos) que segundo Piaget, aqui
nessa fase, a capacidade cognitiva é muito próxima da dos adultos. O adolescente
consegue fazer deduções e trabalhar com hipóteses mais elaboradas a partir do
pensamento lógico e também do abstrato. Começa a entender teorias, doutrinas e
conceitos, sendo capaz de fazer leituras críticas do mundo ao redor (e também criticar
muito os pais!). Esse processo reforça a vontade de independência e autonomia, enfim,
de assumir suas opiniões, personalidade e posição no mundo!
É possível conceituar a aprendizagem a partir de diferentes perspectivas. Em uma
perspectiva neurocientífica, a aprendizagem “é um processo complexo e dinâmico, que
resulta em modificações estruturais e funcionais permanentes no sistema nervoso
central” (OHLWEILER, 2006). Atos perceptivos e motores são elaborados pelo córtex
cerebral, gerando aquelas modificações que, em última análise, originam a cognição
(OHLWEILER, 2006).
Para Henri Wallon, a ideia de aprendizagem está centrada na inter-relação dos
domínios funcionais (afetividade, ato motor, ato mental), onde “a cada estágio, um dos
domínios predomina e o exercício e amadurecimento de um, interfere no
amadurecimento dos outros” (FREITAS & MENEZES, 2012). Esse desenvolvimento se
caracteriza como um processo dialético, e essa inter-relação acontecem desde o
nascimento. O bebê ao nascer é puro instinto, age impulsivamente para saciar suas
necessidades; cabe ao meio (geralmente à mãe), interpretar seus gestos;
gradativamente, o bebê vai percebendo e utilizando esses gestos de forma voluntária,
iniciando o processo de comunicação e aquisição da linguagem, o início da vida
psíquica.
A aprendizagem se dá nessa interação com o meio, que ora acontece por meio
do aspecto motor, desenvolvimento e exploração corporal, através das experiências de
interação e constituição da personalidade. A defasagem em um desses domínios
interfere no desenvolvimento dos demais. Do ponto de vista neurológico, Rotta (2006)
comenta que inteligência e praxia se constituem como “uma situação de causa e efeito,
uma vez que não só a inteligência estrutura as praxias, como ela é um instrumento da
inteligência”.
1.2 Papel do psicopedagogo na escola
O trabalho do psicopedagogo na escola é de prevenção das dificuldades de
aprendizagem. Ou seja, vai fazer um trabalho institucional: averiguar a formação dos
professores; o currículo que está sendo dado e se está sendo adequado às
necessidades dos alunos.
O papel do psicopedagogo na escola é, além de realizar uma orientação
educacional, propor a intervenção no currículo, no projeto político
pedagógico, na metodologia de ensino do professor, nas formas de aprender
do professor. Ajudando e auxiliando de uma maneira na qual ajude na forma
do professor lecionar e na maneira que o aluno irá aprender.
O trabalho do psicopedagogo na escola deve ser preventivo. Bossa
(2007) afirma que este trabalho tem níveis diferentes de atuação. Para isso,
a necessidade de um psicopedagogo na escola afirma Bossa para que:
No primeiro nível o psicopedagogo atua nos processos educativos com
o objetivo de diminuir a “frequência dos problemas de aprendizagem”. Seu
trabalho incide nas questões didático-metodológicas, bem como na formação
e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No
segundo nível o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagens
já instalados. Para tanto cria-se plano diagnóstico da realidade institucional,
e elaboram-se planos de intervenção baseados nesse diagnósticos a partir do
qual se procura avaliar os currículos com os professores, para que não se
repitam tais transtornos. No terceiro nível o objetivo é eliminar transtornos
já instalados em um procedimento clínico com todas as suas implicações. O
caráter preventivo permanece aí, uma vez que ao eliminarmos um
transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros. (BOSSA, 2007, p.
25).
A prática pedagógica na escola do Psicopedagogo visa aprendizagem
humana, e surgiu da necessidade de compreender os problemas de
dificuldades de aprendizagem. Portanto, podemos afirmar que a
psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana, as
prevenções dessas dificuldades, para tratá-las e previne-las e a intervenções
quando diagnosticadas as dificuldades.
PROBLEMÁTICA: DIFICULDADES DA APRENDIZAGEM

Os tipos mais comuns de dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelo


psicopedagogo são: Dislexia, que é um transtorno de aprendizagem de origem
neurobiológica (ou seja, que ocorre no cérebro, na coluna vertebral e nos nervos), e
que tem como principal característica a dificuldade de ler e escrever. Quem sofre deste
problema tem dificuldade no reconhecimento preciso e fluente das palavras e na
habilidade de decodificar e soletrar também.
Disgrafia, onde as pessoas com esse distúrbio apresentam dificuldade na
fluência escrita em diversos aspectos, cometendo diversos erros de ortografia e na
formação das palavras.
Discalculia, que é o nome usado para se referir à não habilidade de execução de
operações matemáticas ou aritméticas. Essa desordem neurológica afeta
principalmente a habilidade da pessoa em compreender e mexer com números.
Dislalia, que é um distúrbio que afeta a fala, caracterizado pela dificuldade em
articular as palavras corretamente. Os que sofrem dela costumam trocar as palavras
por outras similares na pronúncia, falar de maneira errada, omitindo ou trocando as
letras.
TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), que é uma doença
crônica que inclui a dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade. Algumas
pessoas podem nascer com o transtorno, enquanto que outras começam a ter os
sintomas em alguns episódios específicos, como em momentos de estresse intenso.
Geralmente começa a se manifestar na infância e costuma acompanhar a pessoa na
vida adulta também. É fator determinando para uma série de problemas, como
autoestima baixa, problemas em relacionamentos e dificuldades no ambiente de
trabalho ou na escola.
Através dessas dificuldades é que o psicopedagogo entra com a solução para
facilitar o ensino e a aprendizagem de forma simplificada, na qual o lecionador ensine
de uma forma mais clara e o aprendiz absorva esse aprendizado de forma mais
interativa e facilitada.
SOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA: CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS E AS ÁREAS
DESENVOLVIDAS

A brincadeira é a atividade principal da infância. Essa afirmativa se dá não


apenas pela freqüência de uso que as crianças fazem do brincar, mas principalmente
pela influência que esta exerce no desenvolvimento infantil. Vygotsky (1991) ressalta
que a brincadeira cria as zonas de desenvolvimento proximal e que estas proporcionam
saltos qualitativos no desenvolvimento e na aprendizagem infantil. Elkonin (1998) e
Leontiev (1994) ampliam esta teoria afirmando que durante a brincadeira ocorrem as
mais importantes mudanças no desenvolvimento psíquico infantil. Para estes autores a
brincadeira é o caminho de transição para níveis mais elevados de desenvolvimento.
É evidente a relação que permeia os temas brincadeira e aprendizagem. Spodek
e Saracho (1998) confirmam isto ao enfatizarem que a introdução do brincar no
currículo escolar estimula o desenvolvimento físico, cognitivo, criativo, social e a
linguagem da criança. Entretanto, para que isto ocorra com sucesso Bomtempo (1997)
ressalta que é necessário que os professores estejam capacitados, e acima de tudo,
conscientes de que atividades e experiências alternativas, como o brincar, promovem a
aprendizagem na criança. Já que as crianças projetam nas brincadeiras suas
ansiedades, frustrações, desejos e visão de mundo (FRIEDMANN, 1996; MELLO, 1999;
DOHME, 2002 e MELO E VALLE, 2005), seria necessário que os professores
observassem as crianças que brincam, para então constatarem o tipo de estratégias
que poderiam facilitar a sua aprendizagem (BOMTEMPO, 1997). Observar as crianças
enquanto brincam é um procedimento que auxiliaria os professores a conhecerem
melhor os alunos com os quais trabalham.
Os jogos que podem ser utilizados para auxiliar na facilitação do ensino e
aprendizagem são: Jogos de perseguir, procurar e pegar. São jogos de agilidade,
rapidez e grande desempenho físico. Requer amplo espaço e liberdade de movimentos.
As regras são flexíveis, porém devem ser respeitadas para o bom desenvolvimento da
atividade. As áreas desenvolvidas nesta modalidade são: físico-motora, cognitiva,
afetiva, social e linguagem.
Jogos de correr e pular. São jogos nos quais há o movimento de sair do lugar,
percorrer uma determinada distância ou sair do chão. Os materiais são raros e as
regras flexíveis. (Corridas, Corda e etc.). As áreas desenvolvidas nesta modalidade
são: físico-motora, cognitiva, afetiva, social e linguagem.
Jogos de agilidade, destreza e força. Atividades em que a agilidade física e
mental entra em jogo para conseguir alcançar os objetivos. São jogos com regras que
requerem exercício e prática para o seu aprimoramento. Às vezes são necessários
objetos simples. (Bambolê, Batata quente, futebol, Estátua, Queimada, Ioiô, Cabo de
guerra, Queda de braço e etc.). As áreas desenvolvidas nesta modalidade são: físico-
motora, cognitiva, afetiva, social e linguagem.
Jogos de adivinhar, pegas e prendas. Esse tipo de jogo requer reflexão e humor.
As prendas são “castigos” ou “prêmios” estipulados pelas crianças, traduzidos em
ações a serem realizadas ou resultados a serem obtidos. (Passa anel, Onde está a
bola, Pular, Dançar, Imitar e etc.). As áreas desenvolvidas nesta modalidade são: físico-
motora, cognitiva, afetiva, social e linguagem.
Jogos de mesa. Requer utilização de tabuleiro, são jogos coletivos com regras
bem definidas o que implica competição individual ou de equipe. (Baralho, Dominó,
Bingo, Xadrez e etc.). As áreas desenvolvidas nesta modalidade são: perceptivo-
motora, cognitiva e social.
Jogos com brinquedos construídos. Esses jogos requerem a construção de
objetos/brinquedos. O processo da construção é a atividade lúdica em si. (Perna de
pau, Cata vento, Papagaio e etc.). As áreas desenvolvidas nesta modalidade são:
físico-motora, cognitiva, afetiva, social e linguagem.
Portanto, a brincadeira como atividade prazerosa na psicopedagogia faz parte do
universo simbólico da criança, é através dela que a criança se desenvolve, aprendendo
construir seu conhecimento utilizando seu aparelho sensório-motor e movimento
corporal. Na brincadeira a criança tem a liberdade de agir, criar e dar significado a sua
ação. De acordo com Packer (1994, apud Queiroz et al, 2006, p. 273),” brincar é uma
atividade prática, na qual a criança constrói e transforma seu mundo, conjuntamente,
renegociando e redefinindo a realidade”, ou seja, através das brincadeiras a criança
expressa o que imagina ou incentivado o desenvolvimento de suas habilidades
operatórias, físicas e motoras. Queiroz et al, (2006, p.6) complementa a afirmação ao
dizer que, “existe uma crença de senso comum que o brincar da criança é imaginação
em ação”. Através do brinquedo a criança desenvolve sua imaginação, construindo o
mundo do faz de conta sem a necessidade de intervenção ou imediação.

CONCLUSÃO

Portanto, o estudo realizado neste trabalho com embasamento bibliográfico


sobre “os recursos utilizados pela psicopedagogia no ensino infantil”, pode-se afirmar
que o atendimento psicopedagógico na educação infantil e suas contribuições com
brincadeiras e jogos, atinge seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as
características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço
para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem.
Para isso, é importante que a criança seja atendida desde a educação infantil pro um
profissional da área psicopedagogica, podendo prevenir certos transtornos de
aprendizagem e ao identificar logo de início, o psicopedagogo através de brincadeiras e
jogos na educação infantil poderá transformar essa intervenção em uma ferramenta
poderosa no auxilio ao desenvolvimento de aprendizagem da criança, pois o mesmo
trabalha em prol da melhoria da educação infantil, no seu aprendizado satisfatório junto
às crianças da sala comum, possibilitando o esforço empreendido para aqueles que
desenvolvem algum risco de dificuldade de aprendizagem e de comportamento.
As brincadeiras também leva a criança a conhecer e respeita regras, refletir
sobre a importância das normas coletivas, assim como a relevância de respeitar o
outro.
Conclui-se assim, que o uso de jogos mostra-se então fundamental para
trabalhar nesse contexto, uma vez que exerce um apelo natural ao interesse da criança
pela sua característica lúdica, favorecendo assim o vínculo desta tanto com o mediador
da atividade (psicólogo, psicopedagogo ou educador) quanto com a atividade de jogar
em si. Esta representa um desafio cognitivo que, ao ser superado através do êxito,
fortalece sentimentos de autoestima e autoeficácia. A partir do auxílio oferecido pelo
mediador no estímulo da reflexão sobre estratégias utilizadas e planejamentos
possíveis, possibilita o desenvolvimento da compreensão do raciocínio subjacente à
ação, favorecendo o desenvolvimento da autorregulação e da motivação para as
tarefas de aprendizagem.

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