Você está na página 1de 44

Fundamentos e Prática em equipe

multiprofissional II
Atenção e Memória
PROF ESP MESTRANDA- ANA PAULA OLIVEIRA DA SILVA
DIATCHUK

EMENTA DA DISCIPLINA
• Aborda as bases neurobiológicas relacionadas atenção e memória, apontando
questões típicas e atípicas no seu desenvolvimento.
• Apresenta o protocolo mínimo para avaliação e intervenção clínica, propondo o
treino de alguns instrumentos em sala de aula.
• Relaciona as questões atípicas aos indicadores do DSM-V, buscando orientar o
acadêmico quanto a produção da avaliação neuropsicopedagógica.
• Estudos de Caso e Anamnese: Importância desse instrumento na elaboração do
protocolo de avaliação e intervenção, voltado para as questões atenção e
memória e funções executivas (instrumentos de avaliação)
• Trabalho em Equipe Multiprofissional

Conteúdos a serem abordados


• Função Cognitivas Atenção e Memória e Funções Executivasdefinição
• bases neurobiológicas (estruturas do SNC que são envolvidas e sua relação
com outras estruturas de aprendizagem)
• Estudos de Caso e Anamnese: Importância desse instrumento na
elaboração do protocolo de avaliação e intervenção, voltado para as
questões atenção e memória e funções executivas (instrumentos de
avaliação)
• Trabalho em Equipe Multiprofissional
POR QUE AS CRIANÇAS COMO AS CRIANÇAS
NÃO APRENDEM? APRENDEM?

APRENDIZAGEM
Processo de mudança de comportamento obtido através da
experiência construída por fatores:

Ambientais
Relacionais

Emocionais
Neurobiológicos

Cérebro e Aprendizagem

O Sistema Nervoso recebe o estímulo (visual. auditivo, tátil, olfativo, gustativo) e o transmite,
analisa, armazena e, associando-o a outros estímulos armazenados, pode planejar uma resposta
e agir.

APRENDIZAGEM são processamentos cognitivos resultantes de processos cognitivos


primários como: sensação, percepção, atenção e memórias.

Estímulo já é conhecido desencadeia uma lembrança

Estímulo é novo desencadeia numa mudança


Neurodesenvolvimento/Aprendizagem
Neuroplasticidade Cerebral

-O ambiente determina novas


habilidades criamos novas conexões

“A interação com o ambiente é importante porque é ela que confirmará


ou induzirá a formação de novas conexões - SINAPSES, e portanto, a
aprendizagem ou o aparecimento de novos comportamentos que delas
decorrem”
Ramon M. Cosensa e Leonor B. Guerra

- História de vida na relação com o processo do desenvolvimento e da


aprendizagem, cada um constrói, desfaz e reorganiza permanentemente
as conexões sinápticas, aos estímulos trazidos pelo meio

Por que o neuropsicopedagogo clinico, vai estudar memória, atenção e


funções executivas?
APRENDIZAGEM

PROMOÇÃO PROBLEMAS

+
DIFICULDADES DE TRANSTORNOS DO
NEURODESENVOLVIMENTO
APRENDIZAGEM

Entendimento
Funções Cogntivas
Funções Executivas

Funções Cognitivas
Refere-se as formas complexas de atividade
mental humana, onde primeiramente as
informações do mundo externo são recebidas,
analisadas e armazenadas, através de três
funções básicas, atenção, linguagem e
memória.
Estas capacidades básicas serão então
integradas e usadas na realização de metas e
execução de planos, constituindo desta forma a
habilidade intelectual humana.
Luria, 1984; Strub e Black, 1993.
Funções Executivas (Luria, 1966)

• Definida como a habilidade de manter um conjunto de habilidades cognitivas


para a resolução, de um problema direcionado a conquistar/realizar um objetivo
futuro.

• Envolve:

– A intenção de inibir uma resposta ou se recordar dela em um tempo futuro; ( controle inibitório)
– Um plano estratégico para ações em sequências; (memória operacional)
– Uma representação mental de uma tarefa, incluindo estímulos relevantes codificados na
memória e o objetivo futuro. (Flexibilidade Cognitiva)

Funções Executivas o que são e para que servem

Córtex Pré-Frontal - maestro


FUNÇÕES EXECUTIVAS
“Conjunto de habilidades e capacidades que
nos permitem executar as ações necessárias
para atingir um objetivo”

(Cosenza e Guerra, 2011)

As Funções Executivas (FE) são um conjunto de


processos cerebrais responsáveis pelo controle,
monitoramento e regulação das nossas ações,
pensamentos e emoções.

O que é FUNCIONAMENTO EXECUTIVO


Segundo Lezak (1997): “ há funções cognitivas (...) ( por exemplo:
memória, percepção e pensamento) – e outras formas de cognição que
regulam o comportamento humano, a saber, comportamento
emocional e funções executivas. (..) (Santos, apud Bueno et al, 2004:
125).
“ os seres humanos são capazes de lidar com novas situações (..)”
 controlar e regular pensamentos
Executar ações necessárias para tingir uma objetivo

Funcionamento Executivo
Funções Executivas
Planejamento de ações

Padronização de comportamentos
sociais e motores
Possibilitam comportamento
dirigido a objetivos e Sequência para consecução de
organização temporal das objetivos
ações.
Comportamento emocional

Habilidade de julgamento

Habilidade de
julgamento

Funções Executivas
Subcomponetes:

Atenção à informação relevante


Inibição de processos e informações concorrentes ou irrelevantes
Programação de processos para tarefas
Planejamento de sequência de subtarefas
Monitoramento do desempenho

“As funções executivas orientam e gerenciam


funções cognitivas, emocionais e comportamentais”
(Seabra & Dias, 2012, p. 34)

São inerentes aos seres humanos.


Sua base neurológica é o córtex pré-frontal (Goldberg, 2002)
Inicia por volta dos 12 meses, estendendo-se até aos 20 anos
de idade, aproximadamente.
Nesse momento, estabiliza até atingirmos o envelhecimento,
quando começam a declinar.
Em resumo, elas atuam nas questões cognitivas, de
autorregulação e processos metacognitivos.
Correlato Anátomo-funcional do FE
Os lobos frontais, mais particularmente suas porções pré-frontais, são as principais estruturas
anatômicas responsáveis por este aspecto executivo da cognição.
Os lobos frontais podem ser divididos em três regiões distintas
Subdivisão motora;
 Subdivisão paralímbica;
 Subdivisão pré-frontal.
FUNÇÕES EXECUTIVAS: O QUE SÃO? PARA QUE SERVEM?

• PREPARAMOS O JANTAR ENQUANTO,


AO MESMO TEMPO, AJUDAMOS
NOSSOS FILHOS COM A LIÇÃO DE CASA
e fazemos anotações sobre o que
precisamos agendar para a semana.
• Concentramo-nos em nosso trabalho
quando precisamos e em nossas famílias
quando eles precisam de nós. Lembramo-
nos do número de telefone que nosso
vizinho acabou de nos dar para podermos
anotá-lo assim que encontrarmos uma
caneta. Respiramos profundamente, ao
invés de buzinarmos, se o carro em nossa
frente não consegue andar logo que o
semáforo fica verde.
Funções Executivas Quentes

enquanto os componentes “quentes”


estão mais relacionados com o córtex
pré-frontal orbitofrontal e
ventromedial

Controle inibitório
Inibir respostas prepotentes ou respostas a estímulos distratores que interrompam
o curso eficaz de uma ação, ou ainda, a interrupção de respostas que estejam em
curso.

•Controle Inibitório:

“Envolve a inibição de determinadas respostas e seleção dos estímulos


adequados em detrimento de outros irrelevantes, de acordo com um contexto
específico.”
- Dificuldades relacionadas ao controle inibitório estão geralmente associadas
a impulsividade e inibir os distratores presentes no ambiente externo.
Comportamento Social e Estruturas (Frias e quentes)
do comportamento emocional
Aspectos das Funções Executivas na
primeira infância.
• Memória operacional:

é a habilidade de manter uma informação em mente


pelo tempo suficiente de utilizá-la na solução de
algum problema, ou para fazer relações de idéias.
Isso envolve, por exemplo, reter as informações-
chave necessárias para a solução de um problema
reter fonemas e palavras da fala até que eles
possam ser recuperados na ordem correta ou ser
integrados em idéias significativas; conseguir
integrar informações novas a um conhecimento
anterior, dentre outros.

Flexibilidade Cognitiva
“O conceito de flexibilidade cognitiva está
relacionado à capacidade do indivíduo em mudar ou
alternar seus objetivos quando o plano inicial não é
bem sucedido devido a imprevistos, ou quando é
necessário alternar entre mais de uma tarefa ou
operação, ajustando-se de modo flexível a novas
demandas.
Em outras palavras, é a capacidade de mudar o
curso de ação, alternando o foco atencional13,15. Em
relação à linguagem, a inflexibilidade cognitiva pode
limitar, por exemplo, a capacidade de abstração e de
sentido figurado13.
Estabelecer a melhor maneira de alcançar
PLANEJAMENTO um objetivo definido, considerando a
hierarquização dos passos e instrumentos
necessários.

AVALIAÇÃO, INSTRUMENTOS
ATENÇÃO E MEMÓRIA, e FEs
CADERNO PEDAGÓGICO- I

Atenção e Função Executiva

Material que deve servir de subsídio para a


prática da avaliação, por meio de explanações
teóricas acerca dos construtos tratados e da
disponibilização de instrumentos,
acompanhados dos sumários de suas
qualidades psicométricas e de tabelas de
normatização que possibilitam interpretar os
desempenhos de um indivíduo em relação ao
esperado para seu nível de desenvolvimento.

www.memnon.com.br
Torre de Londres – TOL
Indicadores: Tempo de planejamento,
numero de tentativas.

Avalia: Capacidade e Habilidade de planejamento,


flexibilidade , resolução de problemas
Idade 11 a 14 anos
CPF: Maior tentativa
Quantitativo
Sujeitos sem dificuldades: Ativação do CPF
1. + tempo planejamento
2. - n.° de Movimentos

NO LIVRO O NEUROPSICOPEDAGOGO ENCONTRARÁ: o


referencial teórico, além das instruções de
aplicação, correção e interpretação.

Observação Qualitativa Sequência de Histórias


Indicadores: Planejamento, Organização da ação, Metacognição.

Avalia: Comportamento encoberto, envolvendo auto-instrução, definição de regras, orientação


a partir das regras definidas,. Habilidade de se auto-observar, identificando como você resolve
resolve um problema (ex: como estou indo? Como resolvi o problema?)..

Crianças, jovens e adultos com dificuldade de aprendizagem para seguir a


sequencia lógica dos fatos

Sujeitos típicos: Ativação do CPF


Observação Qualitativa Labirinto Qualitativo

Indicadores: Tempo de planejamento,

Número de tentativas. Habilidade de resistir a uma forte


tendência a realizar algo (Diamond et al, 2007). Habilidade de
se auto-observar identificando como você resolve, um
problema (ex: como estou indo? Como resolvi o problema?).

Avalia: Capacidade de planejamento, Memoria operacional,


Controle inibitório, Metacognição.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: COM MAIS ERROS E


TENTATIVAS

CRIANÇAS E JOVENS COM ADEQUADAS ESTRATÉGIAS


COGNTIVAS Ativação do CPF

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
E AS FUNÇÕES EXECUTIVAS

 Crianças com bom controle atencional tendem a lidar com a raiva utilizando
métodos verbais não hostis, ao invés de métodos agressivos.

 TEORIA DA MENTE (capacidade de distinguir entre seus próprios estados


mentais e os dos outros) está fortemente associado a autorregulação e
controle inibitório(Rueda,M.R.;PAZ-ALONSO,P.M.2013).

FUNÇÕES EXECUTIVAS E A ESCOLA

Escolas que ensinam habilidades de regulação emocional proporcionam um


aumento do desenvolvimento do controle executivo na idade pré-escolar.
ATENÇÃO

ESTÍMULOS

Necessidade de uma seleção dos estímulos externos e uma


hierarquização desses estímulos (inibir os estímulos distratores)
através do processo cognitivo chamado

ATENÇÃO

ATENÇÃO 1-capacidade de filtrar informações em


diferentes pontos do processo perceptivo

2-Faz com que haja a 3-Escolhe os estímulos relevantes que


percepção de alguns serão processados e armazenados
estímulos e outros não;

4-Os focos atencionais estão relacionados a estímulos


sensoriais, memórias, pensamentos, recordações e a execução
de cálculos mentais

5-Está diretamente relacionada ao contexto que o individuo está


inserido, ás características dos estímulos, motivação, relevância da
tarefa desempenhada e experiências anteriores;
Atenção - capacidade
selecionadora de informações ATENÇÃO: Percepção
relevantes – foco e manutenção direcionada e seletiva à fonte
de interesse em dada tarefa ou de informação
ideia
• Uso criterioso de recursos
cognitivos!

SUSTENTADA
Amplitude
Atencional

DIVIDIDA TIPOS ALTERNADA

SELETIVA
ATENÇÃO
Voluntária = processos controlados

Sustentada: (vigilância), referente a capacidade de manter a atividade


atencional por um determinado período de tempo, sendo capaz de
detectar um estímulo alvo que seja de interesse.

Dividida: é a habilidade para responder duas tarefas simultaneamente ao


mesmo tempo ou à múltiplos elementos de uma tarefa mental complexa

ATENÇÃO

Alternada: quando é necessário mudar o foco numa determinada tarefa.

Seletiva: (ou focalizada), envolve a capacidade de concentração para


conseguir focalizar estímulos específicos, suprimindo estímulos distrativos.

Amplitude atencional:(ou “span” de atenção), referente a quantidade de


informação que o sujeito processa de forma imediata.

MODELO DE ATENÇÃO

• HIPOTÁLAMO: intensidade de estimulação


e direção da atenção

• Atenção não é um processo unitário: Cruza


com outros constructos: memória,
consciência, vigilância, motivação e alerta.

Os mecanismos atencionais têm sido apontados como mecanismos essenciais para


os processos cognitivos e/ou de aprendizagem”
Nabas, TR; Xavier GF, 2004 Em: Andrade et al., 2004
COMPONENTES DA ATENÇÃO
Capacidade e Foco de Atenção
S (estímulos) visuais, auditivos e táteis
A atenção é limitada
A capacidade de atenção não é constante: Fatores extrínsecos (valores do S e
demanda de resposta VS. Intrínsecos (excitação, estado afetivo, motivação ) ;

Velocidade de Processamento:
É uma função da quantidade de informação que o indivíduo pode registrar, integrar e
responder por unidade de tempo;

Tempo de Reação:
Tempo necessário para fazer uma seleção de atenção ou dar uma resposta em
tarefas que exijam focos de atenção.
Yudofsky e Hales, 2006; Sohlberg & Mateer
(2009)

Compreendendo melhor o que é ATENÇÃO


A atenção e a memória têm papel essencial na aquisição de novas
habilidades (aprendizagem).

É através da atenção que se filtra as informações relevantes no meio


(atenção seletiva) e se mantém sob foco esta informação desejada
(atenção sustentada e focalizada).

Ex: uma pessoa que está jogando futebol está mais atenta à posição da
bola do que uma pessoa que está assistindo.

Atenção é um fator importante para a aprendizagem, uma vez que o


ambiente sempre tem inúmeros estímulos que podem ser enfocados, e
apenas o engajamento do sistema executivo em um tipo de ação
determina que o foco de atenção seja direcionado para um determinado
estimulo.

AVALIAÇÃO, INSTRUMENTOS
ATENÇÃO E MEMÓRIA
CADERNO PEDAGÓGICO- I
Atenção e Função Executiva

Material que deve servir de subsídio para a


prática da avaliação, por meio de explanações
teóricas acerca dos construtos tratados e da
disponibilização de instrumentos,
acompanhados dos sumários de suas
qualidades psicométricas e de tabelas de
normatização que possibilitam interpretar os
desempenhos de um indivíduo em relação ao
esperado para seu nível de desenvolvimento.

www.memnon.com.br

AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO E FUNÇÕES EXECUTIVAS

POR CANCELAMENTO -5 até 14 anos


 Atenção seletiva e seletiva com demanda de alternância.

1) Avalia a atenção seletiva

2)Avalia a atenção seletiva com maior grau de dificuldade

3)Avalia a atenção seletiva com demanda de alternância.

Livro:
Seabra,A.G.;Dias,N.M.(orgs).Avaliação neuropsicológica cognitiva: atenção e funções executivas –
SãoPaulo: Memnon, 2012

NO LIVRO O NEUROPSICOPEDAGOGO ENCONTRARÁ: o referencial teórico, além das instruções de


aplicação, correção e interpretação.
Rita M.T.Russo

Teste de Cancelamento Composto por três matrizes impressas


com diferentes tipos de estímulos

A primeira parte do teste é


destinada à avaliação da atenção
seletiva

Na segunda parte do instrumento o


objetivo, assim como na primeira
parte, é avaliar a atenção seletiva,
A tarefa do sujeito consiste em assinalar porém, com um maior grau de
todos os estímulos iguais a um estímulo- dificuldade.
alvo anteriormente determinado.
Na terceira e última parte, o teste
objetiva avaliar a atenção alternada,
ou seja, a capacidade do individuo
mudar o foco de atenção.
TRILHAS A E B
Idade: 6 até 14 anos

 Avalia as funções executivas-especificamente de flexibilidade


cognitiva [devido a alternância da tarefa]

 Parte A–busca visual.(1)números que devem ser ligados em ordem


crescente; (2)Letras que devem ser ligadas em ordem alfabética]

 Parte B–atenção, velocidade e, sobretudo, flexibilidade. [letras e


números que devem ser ligados de forma intercalada, na ordem
crescente para os números e alfabética para as letras, com registro
de tempo].

NO LIVRO O NEUROPSICOPEDAGOGO ENCONTRARÁ: o referencial teórico, além das instruções de


aplicação, correção e interpretação.
Rita
M.T.Russo

Trilhas A-B
Indicadores: planejamento,
Organização da ação, Memória-operacional, manejo do tempo e iniciação de tarefa

Avalia: Sistema de armazenamento e manipulação de informações por um curto


período. Tem como principal função manter as informações on-line mesmo em
situações adversas, como um estímulo distrator. capacidade de estimar quanto
tempo ainda tenho para a execução da tarefa (ex: dever de casa ou uma prova).
Habilidade de começar uma tarefa, sem adiar.

CRIANÇAS /CPF: dificuldade para seguir a sequencia lógica dos fatos

Sujeitos típicos: Ativação do CPF


Consigna: “Você fara uma
atividade..
Você terá um minuto. Faça o mais
rápido que puder”
Publico Alvo: 06 a 14 anos
Tipo: A e B (números/letras)_

Coleção ETDAH-AD - Escala de Transtorno do Déficit de


Atenção e Hiperatividade

OBJETIVO: Auxiliar no processo diagnóstico do TDAH,


com a possibilidade de distinguir a apresentação do
transtorno, a intensidade e o nível de prejuízo existente
(leve, moderado ou grave).

PÚBLICO-ALVO: Adolescentes e adultos com idade


compreendida entre 12 e 87 anos.

APLICAÇÃO: Individual ou coletiva. CORREÇÃO NO


MANUAL -Item 4 –pontuação –forma inversa: página 67
do manual.

A ETDAH-AD é composta por cinco fatores:


Desatenção: Relaciona-se às habilidades atencionais,
persistência, organização e ritmo no desempenho das
tarefas;
Impulsividade: Está relacionado ao déficit no sistema
inibitório e baixo autocontrole;
Aspectos Emocionais: Avalia a presença de
dificuldades emocionais, relacionadas com um humor
deprimido, sensação de fracasso, dentre outras;
Autorregulação da Atenção, da Motivação e da Ação:
Capacidade de manter a organização e planejamento;
Hiperatividade: Refere-se ao comportamento agitado,
afobado e instável.
A Escala de Autoavaliação do TDAH – Versão para
Crianças e Adolescentes (ETDAH-CriAd) foi desenvolvida
para trazer o entendimento da própria criança e do
adolescente (com idades entre 6 e 15 anos) a respeito
dos possíveis prejuízos de atenção, hiperatividade /
impulsividade, bem como a intensidade do prejuízo
(moderado ou grave).

A Escala de Avaliação de Comportamentos Infanto-


juvenis no Transtorno de Déficit de Atenção /
Hiperatividade em Ambiente Familiar – Versão para Pais
(ETDAH-PAIS) foi desenvolvida para avaliar os
comportamentos infanto-juvenis (em crianças e
adolescentes com idades entre 2 e 17 anos) em
ambiente familiar, tendo os pais como fonte de
informação, no entendimento dos possíveis prejuízos de
atenção, hiperatividade e impulsividade, dificuldades
emocionais e comportamentais, bem como a intensidade
do prejuízo existente (moderado e grave).

INTERVENÇÃO
PIAFEX

Programa de Intervenção em Autorregulação e Funções


Executivas, ou Piafex, = propósito de promover o
desenvolvimento das funções executivas em crianças.

PROGRAMA:

Reúne um conjunto de atividades que visam a estimular o


desenvolvimento de habilidades em crianças pré-escolares e no
início do Ensino Fundamental, incluindo habilidades como
organização, planejamento, inibição de impulsos, atenção,
memória de trabalho, metacognição e regulação emocional.

APLICAÇÃO:
Nos contextos clínico e escolar, como ferramenta de reabilitação
http://memnon.provisorio.ws/piafex-2
ou de intervenção precoce.

Rita M.T.Russo
INTERVENÇÃO - PIAFEX
 programa de intervenção = atividades elaboradas para estimular o
engajamento e o desenvolvimento das funções executivas em
crianças pré-escolares e no início do Ensino Fundamental.
INSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE
 habilidades como organização, planejamento, inibição de impulsos,
atenção, memória de trabalho, metacognição e regulação emocional,
tornando as crianças mais autônomas e independentes
PIAFEX PODE SER APLICADO
 por profissionais das áreas de saúde e educação,
incluindo, de modo especial, o professor.
PODE SER APLICADO
 nos contextos clínico e escolar, servindo como
subsídio para a reabilitação ou,
como é seu foco principal, para o estímulo ao
desenvolvimento de habilidades, atuando como
intervenção precoce e preventiva.
NA ESCOLA PODE SER
 um adendo ao currículo regular.

Comportamento
Escala Conners
MATERIAL PREPARADO PELA PROFESSORA
RITA M.T.RUSSO

Estudo de Caso - Raciocínio Clínico


NOME DO PACIENTE: E. M. S / sexo masculino
FAIXA ETÁRIA: 11 anos
QUEIXA PRINCIPAL: A mãe relata que seu filho apresenta dificuldades de aprendizagem já foi encaminhado
pela escola a fonoaudióloga e psicóloga, as primeiras dificuldades surgiram quando a criança tinha 6 anos de
idade. Não apresentou intercorrências junto ao processo do nascimento e desenvolvimento
A queixa atual é que seu filho aos 11 anos, estudante da 5ª série do Fund. I, ainda apresenta dificuldade em
acompanhar sua turma durante as tarefas de escrita, principalmente cópia da lousa, às vezes apresenta
troca de letras, a letra não é muito legível, faz leitura rápida, mas omite e deduz palavras, apresenta
dificuldade em transcrever uma idéia através de frases ou textos, dispersa na hora do estudo na escola e em
casa, precisa de apoio na organização da rotina de estudos e execução das tarefas de casa, caso contrário
posterga muito, demonstra dificuldade em relacionar-se com crianças da sua idade, tem dificuldade de
aceitar idéias, , diferente da sua, nas situações adversas à sua vontade ou difíceis apresenta tendência ao
isolamento e ainda apresenta fala um pouco infantilizada. Apresenta comportamentos impulsivos, sempre
manifesta necessidades de ser atendido na hora, tendo dificuldades de esperar sua vez para falar e seguir
combinados e regras. Apresenta mais lentidão para atividades escolares tanto em casa quanto na escola,
principalmente com cópias das tarefas da lousa em razão da dificuldade com a escrita. E todas as atividades
que envolvam a escrita de forma mais extensiva.
Informa ainda que seu filho gosta de Matemática, Artes e Ciências, apesar de as vezes se perder na execução
dos procedimentos das tarefas, apresenta QI capacidade intelectiva na média, comprovado através de
relatório psicológico.Atualmente faz acompanhamento com fonoaudióloga parou temporariamente o
acompanhamento psicológico e psicomotricidade no período de quarentena, motivo financeiro.
Vamos sistematizar o raciocínio através das perguntas Anamnese Clínica
(questões especificas da disciplina Atenção, Memória e Funções Executivas
1-Descreva questões relacionadas à execução de atividades diárias (planejamento, tomada de
decisão, autonomia da criança, independência, ou não etc.), se a criança foi estimulada e demonstra
independência, segurança, faz as coisas ou demonstra ser dependente de alguém, ajuda em casa,
guarda as coisas, toma iniciativas, rotinas e hábitos. Fale mais sobre isso:
A criança foi estimulada a ser independente, faz as atividades cotidianas em casa com autonomia,
apresenta dificuldade nas atividades que envolvem uma sequência de tarefas e também com a
organização
2-Com relação às questões escolares (planejamento, organização, horários, ordens dadas,
solicitações para execução de atividades individuais ou em grupo), demonstra reconhecer e
corresponde? Apresenta dificuldade? Qual? Faz sozinha ou precisa de ajuda? Fale mais sobre isso.
Demonstra reconhecer, mas muitas vezes não corresponde, apresentando dificuldade nas
questões de planejamento, tempo, organização e execução das tarefas.
Precisa de supervisão da mãe para realização dos estudos e atividades, senão posterga muito.
3-Sabe esperar a sua vez ou não? Demonstra entender os outros ou não? Como se comporta frente
a situações adversas a sua vontade ou difíceis de serem compartilhadas com os outros?
(Sentimentos empáticos). Relate:
Não. Entende os outros, mas não percebe que está incomodando. Nas situações adversas a sua
vontade ou difíceis, muitas vezes ele se isola.

Vamos conhecer a Anamnese Clínica ( perguntas especificas da disciplina


Atenção, Memória e Funções Executivas
4-Na execução das tarefas ou atividades escolares ou mesmo em atividades a serem executadas na família,
quando solicitada, há alguma queixa, dificuldades observadas (pela família, professores, cuidadores)? Relate:
Sim. Ele posterga para realizar as atividades escolares, dispersa, lentidão
5-Consegue permanecer com motivação, interesse em atividades propostas? Quais? (TV, tablet, celular,
brincadeiras, o que chama mais a atenção da criança?). Relate:
Sim. Nas atividades de seu interesse ele presta muita atenção, como videogame, TV, contação de estórias,
assunto relacionado a ciências, matemática, artes, física quântica.Nas outras atividades que não é de grande
interesse, dispersa, se distrai,_
(É importante buscar saber sobre a capacidade de concentração, estímulos, motivação ou a ausência disso,
distração; se essa distração é permanente, recorrente ou se é em determinadas situações e quais são). Relate:
6-Esquece das coisas facilmente, involuntariamente ou não? Ex.: em tarefas, compromissos, recados, entre
outros. Em que situações? Relate:Esquece sempre de recados e tarefas, só não deixa de fazer porque a
família adotou técnicas de anotações
7-Já aconteceu da criança ou adolescente esquecer-se de algo na execução de uma prova ou trabalho? Ex.: “dá
um branco”, estuda e não consegue memorizar ou se queixa de algo neste sentido? Relate:
Sim, algumas vezes reclamou “deu um branco”, estudou mas não conseguiu memorizar.

Vamos conhecer a Anamnese Clínica ( perguntas especificas da disciplina


Atenção, Memória e Funções Executivas

8-Quando submetido às avaliações escolares, ou atividades propostas por profissionais


(testes, exames), corresponde ao que é proposto? Executa ou não consegue? Existe queixa
sobre isso? Em quais situações? Relate:
Sim, ele executa, a queixa é que muitas vezes ele se distrai e atrasa.

9-Apresenta lentidão para fazer atividades tanto em casa quanto na escola? Ex.: como
copiar tarefas da lousa ou ajudar em atividades de casa? Relate:
Apresenta mais lentidão para atividades escolares tanto em casa quanto na escola,
principalmente com cópias das tarefas da lousa em razão da dificuldade com a escrita. E
todas as atividades que envolvam a escrita de forma mais extensiva.
Memória

“Minha memória e a sua,


apesar de embaraçosas falhas ocasionais,
excede o melhor computador em termos de
capacidade, flexibilidade e
durabilidade.”

Alan Baddeley

Memória

“Habilidade de adquirir, reter e usar informações e


conhecimentos”. (Baddeley, 1997)
Memória, significa a capacidade do sistema
nervoso de adquirir e reter habilidades e
conhecimentos utilizáveis, o que permite aos
organismos vivos beneficiar-se da experiência.

Richard Atkinson e Richard Shiffrin, em


1968,modelo modal de memória.

MEMÓRIA

Meio pelo qual retemos e nos valemos de


informações sobre nossas experiências
passadas para usá-las no presente.
(Kandel,2007;Tulving,2000b;TulvingeCrai
k,2000).

Memória
Gazzaniga e Heatherton (2005)
Apontam que a forma mais
comum de citar a memória é
por meio de um sistema com
3 estágios, que envolvem
a memória sensorial, memória
de curto prazo e memória de
longo prazo.
TRÊS OPERAÇÕES USUAIS DA MEMÓRIA:
A memória pode ser dividida em três processos,

Codificação- (experiências perceptivas, dados sensoriais são transformadas em


códigos que são armazenados),
Armazenamento (retenção de representações codificadas)
Recuperação( lembrar das informações armazenadas)
 CADA OPERAÇÃO REPRESENTA UM ESTÁGIO DO PROCESSAMENTO DA MEMÓRIA
 Os esquemas de memória ajudam as pessoas a perceber, organizar e processar
informações que são armazenadas no caso de serem processadas profundamente.
(Gazzaniga e Heatherton, 2005)
AQUISIÇÃO Fatores que interferem no
processo de memória
 Alerta
 Atenção
 Fatores Emocionais CONSOLIDAÇÃO
 Drogas
 Interferencia
 Sono EVOCAÇÃO
 Fatores Emocionias
 Drogas  Sono
 Fatores Ambientais
(Contexto)
 Alerta
 Rede Informação

Órgãos dos sentidos


Audição Tato

Visão

Paladar
Olfato
O QUE É MEMÓRIA?

É a capacidade de armazenar os conhecimentos adquiridos e relacioná-los com o meio ambiente;


É a capacidade de aprender coisas novas e construir novas idéias;

É a capacidade de recordar fatos ocorridos e dar sentido aos eventos passados;

É a capacidade de trabalhar mentalmente com idéias, impressões e imagens;

É a capacidade de construir significações estáveis e duradouras.


A memória não está sozinha, e, portanto, relaciona-se diretamente com outros processos
psicológicos, como pensamento, criatividade e linguagem, sendo mais uma vez, então, evidenciada
a importância de seu estudo.

A formação do traço de memória é dependente de fatores


internos e externos ao organismo como:

 Humor;
 Motivação;
 Atenção;
 Emoção;
 Pistas do ambiente.
Que atuam nos processos de codificação e/ou
recuperação das informações.

TIPOLOGIA DA MEMÓRIA

SEGUNDO A FUNÇÃO -Memória sensorial

A memória sensorial armazena informações brevemente em sua forma original, e, como o


próprio nome diz, as sensações e percepções obtidas através da audição, visão, toque, olfato,
etc, são de extrema importância para que tal memória se desenvolva e ocorra.

(Gazzaniga e Heatherton, 2005)


TIPOLOGIA DA MEMÓRIA
SEGUNDO A FUNÇÃO

Memória de trabalho (Memória de Curto Prazo,)


 Possui capacidade limitada e intervalo de curto para armazenamento.
 Serve para gerenciar a realidade.

A memória de trabalho é um componente cognitivo ligado à memória que permite o


armazenamento temporário de informações com capacidade limitada.
Todos nós utilizamos a memória de trabalho em todos os tipos de atividades e tarefas
diárias
Quando calculamos a conta do supermercado, quando fazemos anotações e criamos lembretes
quando conversamos, usando a nossa memória de trabalho.

(Gazzaniga e Heatherton, 2005


Rita M.T.Russo

TIPOLOGIA DAMEMÓRIA
SEGUNDO A FUNÇÃO

Memória de longa duração ( longo prazo)

 Possui capacidade de longo tempo, pois foi FIXADA. Serve para nos dar identidade e para
compreendermos a realidade. A memória de longo prazo é aquela em que as informações
permanecem na consciência por mais tempo (Gazzaniga e Heatherton, 2005).

Gazzaniga e Heatherton, 2005

TIPOLOGIA DAMEMÓRIA

As principais características da memória de trabalho são as


seguintes:
• Tem uma capacidade limitada
• É ativa: manipula e transforma as informações.
• Atualiza constantemente os seus conteúdos.
• Está intimamente relacionada com a memória de longo prazo. No
entanto, pode trabalhar com conteúdos armazenados na memória de
longo prazo e, ao mesmo tempo, com os conteúdos armazenados na
memória de curto prazo.
MEMÓRIA DE TRABALHO
Crianças com dificuldades na MT podem não conseguir realizar cálculos mentais, embora não
tenham dificuldades no raciocínio matemático.

ISSO OCORRE
porque não conseguem manter as informações numéricas na memória enquanto realizam o
cálculo.

AS DIFICULDADES TAMBÉM PODEM SER OBSERVADAS:

 Em tarefas simples de subtração silábica ou fonêmica ou compreensão leitora

 É comum crianças com falhas na MT não seguirem corretamente as instruções das tarefas
cometerem erros, gastarem mais tempo para realizar as lições (Dias e Mecca 2015)

TIPOLOGIA DA MEMÓRIA
SEGUNDO A FORMA DE AQUISIÇÃO:
TIPOLOGIA DA MEMÓRIA
SEGUNDO O CONTEÚDO

Memória Explicita/Declarativa
semântica Episódica

• Fatos e conceitos • Eventos


• Conhecimento sobre o mundo • “Quando?”, “Onde?” e
• Sem relação temporal “como”
“Redes” • Relação temporais e
Espaciais entre eventos
“Viagem no tempo”

Diencéfalo e Porções Hipocampo e estruturas relacionadas (LTM)


do Lobo temporal
Correlato neurofuncional junto ao processamento da
memória
Os lobos temporais mediais são importantes para a consolidação da memória, ou
seja, para a transferência de conteúdos da memória imediata para a memória de
longo prazo.

Os lobos frontais são importantes para a memória em diversos aspectos, como memória episódica
(experiências passadas), memória de trabalho, espacial (ambiente físico, direção, localização,
etc), codificação e recuperação (Gazzaniga e Heatherton, 2005).

Memória de Curto e Longo Prazo


 Duração ??
recente x remota

recente x mais antiga Que critério utilizar?

recente x intermediária

A linha temporal é insuficiente


para fazer claramente tal distinção.

Memória de Curto e Longo Prazo

 Capacidade
Dados empíricos

É mais fácil recuperar pouca


quantidade de material do que muita

 Número mágico 7 ± 2 itens


Memória de Curto e Longo Prazo
Critérios de tempo e capacidade definem os conceitos

Duração pequena
Memória de
Curto Prazo Quantidade pequena

Memória de Duração indefinida


Longo Prazo Quantidade indefinida

Memória de Curto Prazo Verbal

DIGIT SPAN

Memória de Curto Prazo

 Capacidade 7 ± 2 itens

 Duração da ordem de segundos


Memória de Curto Prazo
MCP
Tátil

MCP MCP
Verbal Vísuo-espacial

MCP
Outros ?

Memória de Curto Prazo


Vísuo-espacial

objeto espacial

Occipito- Occipito-
temporal parietal
esquerdo direito
TESTE INFANTIL DE NOMEAÇÃO- TIN

O teste de Nomeação TIN (Seabra & Dias, 2012) tem por objetivo avaliar a
HABILIDADE do indivíduo de nomear verbalmente figuras que lhe são apresentadas,
UMA A UMA, pelo aplicador, com o recurso de um caderno de aplicação.

O TESTE POSSIBILITA AAVALIAÇÃO

 da linguagem expressiva e
 acesso MEMÓRIA DE LONGO PRAZO que armazena os nomes dos objetos
(p.44).

Rita M.T.Russo

Impacto e prejuízos trazidos por falhas no processo da memória


Junto a aprendizagem e neurodesenvolvimento

•Gerenciamento de lição de casa


• – Dificuldade de se “lembrar” da lição
• – Dificuldade em organizar os materiais
• – Dificuldade em iniciar e manter-se engajado no trabalho

•Regulação do comportamento
• – Dificuldade de manter-se nas tarefas
• – “gasto maior de energia ” para alternar entre atividades
Matemática
– Dificuldade de sequenciar procedimentos que envolvam muitos
passos
– Redução do monitoramento do desempenho

Escrita
– Dificuldade em planejar a narrativa

Essas dificuldades acabam gerando mitos e percepções errôneas


sobre o paciente

Não colabora (dif. de


Apresenta um prejuízo
organização e de
intelectual (f.e
auto-percepção
atrapalhando)

é “preguiçoso”(dificuldade
de iniciar tarefas)

• O cérebro se organiza por associação (ora por similaridade , ora por


contiguidade de ocorrência);
• Uma memória pré-ativada pode realizar um gatilho de itens relacionados

Bola Basquete futebol esporte arena


Você pode organizar esta mesma
tarefa só utilizando animais, itens de
supermercado, coisas que temos no
guarda roupas, ou na cozinha

COMO??

Exemplo de organização das classes:

• Se o criança disser Cachorro, gato, galinha ele está falando


nomes de animais de uma mesma classe.

• Se ele disser rinoceronte, leão, onça, girafa, mosca ele fez uma
mudança para uma outra classe.

• Se ele disser escorpião, pato, cobra outra mudança de classe o


que mostra desorganização do pensamento (gavetas em
desordem nas áreas de memória).

COMPONENTES ENVOLVIDOS
Eric Kandel, prémio Nobel da
Medicina em 2000

“o estudo do caso HM é um dos


grandes marcos da história das
neurociências”, pois foi devido ao
seu caso que se descobriu que o
hipocampo, a parte que foi
retirada dos dois hemisférios de
Molaison, é responsável pela
formação de novas memórias.

Memórias e emoções

11/set
Brumadinho
Jan/2019

Copa 2014

Fev/2019
EXPERIÊNCIAS
EMOCIONALMENTE
ESTIMULANTES

MELHOR LEMBRADAS

Mas por que as memórias das experiências emocionais


duram mais ou são mais intensas?

Eventos emocionais são melhor lembrados porque eles são novos, focos da
atenção e freqüentemente reverberados (“flashs”)

EMOÇÃO MEMÓRIA

AMÍGDALA

RESPOSTA
HORMONAL
CORTISOL
AO ESTRESSE
• A amígdala processa o significado emocional dos estímulos e produz reações
emocionais e comportamentais imediatas (Phelps, 2006).
• LeDoux (1996, 2007) estabeleceu a amígdala como a estrutura cerebral mais
importante para a aprendizagem emocional, como no desenvolvimento das
respostas de medo condicionado clássico.

Estudo de caso
Dados de identificação da criança:
Nome do aluno: C.G.R: 12 anos Sexo: masculino Série que estuda: 4ª série E.M.E.F
História pregressa e atual do aluno: Gestação sem intercorrências. O parto foi normal, mas difícil, com relato de anóxia.
O aluno começou a andar com 1 ano e 7 meses e começou a falar com 3 anos;
A mãe define o aluno como uma criança muita agitada e ansiosa. Dificuldade para iniciar e manter o sono. Queixa-se
constantemente de cansaço durante o dia.
Gosta de andar de bicicleta, escutar música, adora montar e desmontar coisas como: rádio, som , fita, bicicleta, etc;
O mesmo tem muito medo do escuro e não gosta da noite; Segundo a mãe ele é ingênuo. E muitas vezes faz perguntas de uma
criança de 2 ou 3 anos;
Na sala de aula o aluno parece ignorar o que é proposto, ficando alheio a tudo e a todos e gosta de ficar com o lápis entre os
dedos ou roendo as unhas; O aluno permaneceu por três anos na 1ª série, e desde então, o mesmo repete cada ano uma série.
Tem dificuldades de se relacionar com os colegas, preferindo ficar sozinho durante o recreio; Apresenta facilidade na leitura e na
escrita de palavras (soltas); Tem dificuldades na estruturação de frases e na montagem de textos. Não realiza as atividades que
ficam para casa; Nas atividades do Laboratório de Aprendizagem, o aluno é bastante disperso com grandes dificuldades de
concentração, resultando em sérios problemas de compreensão;
Trabalho prático em sala de aula:
O aluno está sendo atendido na sala de aula com atividades diferenciadas e uma atenção maior, e também pelo LA (laboratório de
aprendizagem) onde o mesmo tem um reforço das atividades.
Quais informações são imprescindíveis no processo de avaliação que não constam no relato
- Hipóteses diagnósticas/ Instrumentos / Outros encaminhamentos

Quando o afeto ensina, o cérebro aprende


mais
Material Produzido e Elaborado sob
direcionamento
Ana Paula O. S.Diatchuk –

apdiatchuk@hotmail.com
Facebook –Ana Paula Diatchuk Diatchuk,
OBRIGADA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Trad. Maria
Inês Corrêa Nascimento... et al. 5.ed.rev.. Porto Alegre; Artmed, 2014.
Benczik, E.B.P. ETDAH –AD Escala de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – Versão
Adolescentes e Adultos, 2013.
ETDAH –AD Escala de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
– Versão Pais, 2013.
Berger, K.S. O desenvolvimento da pessoa do nascimento à terceira Idade. Rio de Janeiro. LTC, 2017.
Gaião , A. de A.; Barbosa, G.A. Estudo epidemiológico dos transtornos hipercinéticos –Normas diagnósticas e
validação do Questionário de Conners para Pais e professores. Infanto.
Ver.Neuropsiq.da Inf. e Adol. 6(1) 21-31,1998. (Questionários Professores e Pais - anexos digitado pela Profa. Rita
M.T.Russo)
Gazzaniga, M.S.; Heatherton, T.F. Ciência Psicológica. Mente, Cérebro e Comportamento. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
; Ivry, R.B.; Mangun, G.R. Neurociência Cognitiva: A Biologia da Mente. Artmed, 2006. [Capítulo 7: Atenção
seletiva e orientação; Capítulo 8: Aprendizado e Memória; Capítulo 12: As funções executivas e os lobos frontais.
Helene, A.F.; Xavier, G.F. A construção da atenção a partir da memória. Rev. Bras. Psiquiat. v. 25, n. 2, 2003.
Acesso em: 20 jul. 2008.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Hockenbury, D.H; Hockenbury, S.E. Descobrindo a psicologia. Editora Manole, 2003.
Kandel, E.R.; Schwartz, J.H. & Jessel T. M. Fundamentos da neurociência e do comportamento. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2000.
Mourão Jr..C.A.;Faria, C.N.Memória. Psychology/Psicologia Reflexão e Crítica, 28(4), 780-788, 2015.
Miranda, M.C. et al. Neuropsicologia do Desenvolvimento. Transtornos do Desenvolvimento – Transtornos do
neurodesenvolvimento. Rio de Janeiro , Rubio, 2013
Papalia, D.E; Olds, S.W.; Feldman, R.D. Desenvolvimento humano. Mc Graw, 2008.
RUSSO, R.M.T. Neuropsicopedagogia Clínica: introdução, conceitos, prática. Curitiba: Juruá, 2013.
Seabra, A.G.; Dias, N.M. Avaliação Neuropsicológica Cognitiva. Atenção e Funções Executivas – Vol.1 - São Paulo:
Editora Memon, 2012. (Testes TAC-Trilhas e Torre de Londres)
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROPSICOPEDAGOGIA – SNBPp (Brasil).
Resolução nº 03/2014. Código de ética técnico profissional da neuropsicopedagogia, Joinville, 30 de jul. 2014..
(Brasil).
Nota Técnica 01/2016. Conselho Técnico Profissional da SBNPp. Joinville, 16 de março de 2016.
. (Brasil). Nota Técnica 02/2017. Conselho Técnico Profissional da SBNPp. Joinville, 22 de maio de 2017.

Você também pode gostar