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Terapia Cognitivo-Comportamental
Profa. Esp. Karina Araújo
Segundo a OMS (1980), “a reabilitação implica na recuperação dos pacientes ao
maior nível físico, psicológico e de adaptação social possível”
Reabilitar significa habilitar novamente. Cognitivo ou cognitiva se refere às
funções psicológicas que envolvem a cognição.
Sumário das aulas
A Neuropsicologia como uma ramificação da Psicologia (breve história).
Considerações neuroanatômicas
Funções cognitivas normalmente mais afetadas por lesões.
Funções executivas.
Neuropsicologia da Atenção, seus tipos e distúrbios.
Neuropsicologia da Linguagem, seus tipos e distúrbios.
Neuropsicologia da Percepção e das Habilidades visuo-espaciais e seus principais distúrbios.
Neuropsicologia da Memória, seus tipos e distúrbios.
Neuropsicologia e suas áreas: Avaliação Neuropsicológica e Reabilitação neuropsicológica.
Reabilitação Neuropsicológica e treino cognitivo
Neuroplasticidade
Reabilitação Neuropsicológica Integrativa
Técnicas de Reabilitação Neuropsicológica
Neuropsicologia
Hemisfério Hemisfério
Esquerdo Direito
Centro da LGG verbal Reconhecimento de Lugares
e rostos
Compreensão não-verbal e
Aprendizado Lógico das intuitiva
estruturas verbais
Senso de direção, orientação
espacial e Percepção
Processamento e organização
da sintaxe e fonologia
LGG automática
Construção do Raciocínio
Gnosias e Praxias não
verbais
Córtex Cerebral e suas subdivisões
O córtex cerebral é dividido por lobos e cada um possui funções cognitivas específicas.
Tais habilidades se organizam como sistemas funcionais complexos, ou rede de conexões.
O córtex cerebral modula processos cognitivos complexos, como raciocínio, linguagem,
memória, percepção, habilidades motoras e comportamento.
Por processos cognitivos podemos compreender então um conjunto de funções mentais que
torna o homem capaz de processar as informações, interagir com o meio e gerenciar sua própria
vida.
Fonte: Neuropsicologia - 2ed: Teoria e Prática
Lobo Frontal:
Córtex pré-frontal:
Planejamento e análise das consequências de ações futuras, estando
relacionado com comportamento.
Córtex pré-motor:
Está relacionado com a integração dos atos e sequência de ações /
habilidades motoras aprendidas.
Alterações relacionadas ao lobo frontal:
Refere-se a área sensorial primária. Responsável pela identificação e discriminação de estímulos visuais e
táteis, noção de lateralidade, orientação e habilidade visuo-espacial.
O lobo parietal desempenha papel fundamental também quanto à leitura e cálculo (raciocínio
matemático).
Lesões parietais podem causar agnosia (incapacidade de identificar objetos, cores ou pessoas),
negligência ou heminegligência espacial, dislexia, disgrafia, discalculia e apraxia (incapacidade de
executar gestos ou atos motores, como trocar de vestuário).
Lobo Occipital:
Refere-se ao córtex visual. Serve como via de acesso aos estímulos visuais, possibilitando-nos de
realmente enxergar os objetos, pessoas e movimentos.
Lesões nesta região podem causar a chamada cegueira cortical, ou seja, impossibilidade de ver total ou
parcialmente os estímulos visuais, sem que haja lesão no aparelho ocular.
As funções cognitivas as quais podemos identificar fortemente mais
afetadas por lesões
Memória de trabalho
Memória visual
Memória verbal
Aprendizagem
Cognição social
Atenção sustentada
Funções executivas
Funções cognitivas
Memória
Atenção
Linguagem
Personalidade
Funções Executivas
As funções executivas são fundamentais à medida que o indivíduo amadurece e passa a ser
demandada uma capacidade de autonomia para tomar decisões e resolver problemas. Elas
capacitam o indivíduo para o desempenho de suas ações do dia a dia de forma independente,
auto organizada e orientada para metas. Desta forma, diversas pesquisas têm contribuído para
prover evidências de validade de diversos instrumentos que avaliam as funções executivas.
A região frontal do cérebro é uma das regiões mais desenvolvidas no ser humano, nela se
encontram o córtex pré-frontal, córtex-central (cortéx motor primário) e córtex pré-motor, esta
região é responsável pelas funções executivas, Malloy-Diniz et al. (2008) definem as funções
executivas como:
[...] conjunto de processos cognitivos que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar
comportamentos a metas, avaliar eficiência e a adequação desses comportamentos, abandonar
estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes e, desse modo, resolver problemas
imediatos, de médio e de longo prazo (p.94).
Sendo assim, as funções executivas são funções mentais específicas e altamente sofisticadas que
incluem comportamentos complexos direcionados para metas, como:
Controle inibitório: Capacidade de controlar ou impedir comportamentos inadequados;
Autoconhecimento: Consciência e compreensão de si próprio e do seu comportamento;
Gerenciamento do tempo: Funções mentais que permitem ordenar eventos em sequência
cronológica, alocando períodos de tempo para eventos e atividades;
Pensamento abstrato: Capacidade de criar ideias gerais, qualidades ou características fora da, ou
diferente de, realidades concretas, objetos específicos ou situações reais;
Planejamento e Execução de tarefas: Podem ser cognitivas, emocionais e motoras, permitindo
coordenar partes em um todo, estando envolvida no desenvolvimento de um método de procedimento
ou ação;
Flexibilidade cognitiva: Permite mudar estratégias, alterar cenários mentais, especialmente as
envolvidas na solução de problemas;
Julgamento: Funções mentais envolvidas na discriminação entre e avaliação de diferentes opções,
como aquelas envolvidas na formação de uma opinião;
Resolução de problemas e Tomada de decisão. Funções mentais de identificação, análise e
integração de informações incongruentes ou conflitantes em uma solução.
Neuropsicologia da Atenção, seus tipos e distúrbios
Focalizada: capacidade de direcionar o foco atencional para um determinado estímulo ou grupo de estímulos
simultaneamente.
Sustentada ou Vigilância: capacidade de manter o foco atencional em uma determinada atividade por um tempo
longo com o mesmo padrão de consistência, compreende a quantidade de tempo na qual o indivíduo conseguirá
sustentar o foco, como também a consistência de resposta durante este intervalo.
Seletiva: capacidade de focalizar um estímulo específico em detrimento de estímulos distratores. Desta forma, se
faz importante por selecionar apenas estímulos relevantes em meio a tudo que nos é apresentado nos campos
visual e auditivo.
Pode ser definida como a capacidade que a espécie humana tem de se comunicar por meio de um código
simbólico adquirido, que permite transmitir seus pensamentos, ideias, emoções e etc.
A teoria sobre a base biológica da linguagem admite a existência de um substrato neuroanatômico, no cérebro,
para o sistema da linguagem, portanto todos os indivíduos nascem com predisposição para a aquisição da fala.
É importante utilizar testes específicos de avaliação de linguagem, que incluem compreensão, nomeação,
fluência verbal, leitura e escrita.
NEUPSILIN
(Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve)
6. LINGUAGEM - Linguagem oral
A) Nomeação Vou lhe mostrar dois objetos e pedir para que me diga o nome
deles.
Após a leitura da instrução a seguir, mostrar a primeira figura e perguntar o
que é. Depois, mostrar a segunda figura e perguntar novamente.
Vou lhe mostrar duas figuras e pedir para que me diga o que é.
Após a leitura da instrução:
O que é isso? (mostrando a figura da escada) O que é isso? (mostrando
a figura da cama)
B) Repetição Ler para o indivíduo:
Vou lhe dizer algumas palavras para você repetir. Você deverá sempre repetir
como escutá-las.
Neuropsicolgia da Percepção e das Habilidades visuo-espaciais e seus
principais distúrbios
Percepção é a tomada de consciência sensorial de acontecimentos exteriores que originam sensações diversas. Atendo-
se á essa definição, os tipos de percepção podem ser: visuais, olfativas, auditivas, táteis e cinestésicas.
A informação é captada pelos órgãos dos sentidos, transmitida até as áreas primárias do córtex cerebral e dirige-se para
as áreas secundárias, nas quais se transforma em percepção e ganha significado.
Incluído no processo perceptivo encontramos as gnosias. Estas constituem uma percepção mais elaborada e um
processo mais complexo que envolve, além da detecção, da discriminação e da identificação, o reconhecimento. Este
último processo necessita da integração de esquemas adquiridos em experiências anteriores.
Considerando percepção e gnosia como etapas de elaboração de um mesmo processo, podemos dizer que na primeira
etapa se identificam as características dos objetos, do espaço, e na segunda etapa se chega à conceitualização, ao
verdadeiro conhecimento e reconhecimento.
Exemplo de distúrbio da Percepção e das Habilidades visuo-espaciais -> Agnosia
Refere-se a perda da capacidade de reconhecer estímulos nas modalidades sensoriais, visuais e auditivas.
Compromete a capacidade de identificar o mundo exterior por intermédio dos órgãos sensoriais, através de
recordações adquiridas anteriormente.
Tipos de Agnosia:
1 - Agnosia Visual : Condições de lesões em áreas visuais associativas que deixem preservadas a percepção do
estímulo luminoso, mas comprometeu a analise posterior, impedindo o reconhecimento. Incapacidade de
reconhecer com a visão.
2 - Agnosia Auditiva – Incapacidade de reconhecer pela audição. São classificadas de acordo com o nível do
déficit do tratamento de informações auditivas e também de acordo com o registro de sons, cujo reconhecimento é
alterado.
3 - Agnosia Tátil - Incapacidade de reconhecer objetos pelo tato, sem ajuda de outro canal sensorial.
Agnosia para cores: Tais distúrbios não se limitam ao campo perceptivo podendo envolver o
reconhecimento verbal e conceitual da cor.
Karina S. M. L. P. de Araújo
Psicóloga Clínica - CRP O5/47696
+55(21) 2548-0472 e +55(21) 98228-4933
E-mail: karinasmlpa@gmail.com
Site: http://www.flumignano.com/medicos