Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
do Imposto de Renda
da Pessoa Jurídica
Formas de tributação do imposto de renda da pessoajurídica
Vale destacarque, nareceita bruta não seincluem os tributos não cumulativos cobrados,
destacadamente,do comprador ou do contratante pelo vendedor dos bensou pelo prestador dos
serviços na condição de mero depositário, ou seja,o ICMS ST devido pelo substituto tributário
e IPI (Imposto SobreProdutos Industrializados).
De acordo com o Art. 209 do RIR/2018, o imposto sobre a renda daspessoasjurídicas,
inclusive das equiparadas e dassociedadescooperativas em relação aos resultados obtidos nas
operações ou nas atividades estranhas à sua finalidade, será devido à medida que os
rendimentos, os ganhose os lucros forem sendoauferidos.
A basede cálculo do imposto sobre a renda, determinada segundoa lei vigente à data de
ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondenteao período
de apuração(Artigo 210, RIR/2018).
Integram a base de cálculo todos os ganhos e os rendimentos de capital,
independentemente dadenominação que lhes seja dada,danatureza, da espécieou daexistência
de título ou contrato escrito, bastandoque decorram deato ou negócio que, pela suafinalidade,
6
Do período de apuração
Da apuração trimestral do imposto sobre a renda
O Art. 217 versasobrequeo imposto sobrearendadaspessoasjurídicas serádeterminado
com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais,
encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário.
Nashipóteses deincorporação, fusão ou cisão, a apuraçãoda basedecálculo edo imposto
sobre a renda devido seráefetuada nadata do evento, assim como a extinção da pessoajurídica,
pelo encerramentoda liquidação.
Do pagamentopor estimativa
Conforme Art. 219, a pessoajurídica sujeita à tributação com baseno lucro real poderá
optar pelo pagamento do imposto sobre a renda e do adicional, em cada mês, determinados
sobre a basede cálculo estimada.
A opção será manifestada com o pagamento do imposto sobre a renda
correspondente ao mêsde janeiro ou de início de atividade.
É importante destacar que, durante o exercício social a empresa pode optar pelo
pagamento mensal com basena estimativa ou com baseno resultado. Entretanto, no final do
exercício social obrigatoriamente tem que apurar com base no resultado. Os recolhimentos
durante o exercício social sãoconsiderados como antecipação de pagamento de IRPJ e CSLL.
auferida mensalmente, deduzida das devoluções, das vendas canceladas, dos descontos
incondicionais concedidose dos impostos por fora (ICMS ST e IPI).
Nas seguintes atividades, o percentual seráde:
I - um inteiro eseisdécimos por cento(1,6%), paraaatividade derevenda,paraconsumo,
de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburantee gásnatural;
II - dezesseispor cento (16%):
a) para a atividade de prestaçãode serviços de transporte, exceto o de carga;
b) para as pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de
títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedadesdecrédito ao microempreendedor e à empresa
de pequeno porte, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresasde arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresasdesegurosprivados e de capitalização e entidades
abertasde previdência complementar, observadoo disposto no art. 223; e
III - trinta e dois por cento (32%), paraasatividades de:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio
diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia,
medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desdeque a prestadora dessesserviços seja
organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária- Anvisa;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoriacreditícia, mercadológica,
gestão e crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços
(factoring); e
e) prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessãodeserviço público.
Ressalva-se que, a base de cálculo mensal do imposto das pessoasjurídicas prestadoras
deserviços emgeral, cuja receita bruta anualsejadeatéR$ 120.000,00 (cento evinte mil reais),
8
será determinada por meio da aplicação do percentual de dezesseispor cento sobre a receita
bruta auferida mensalmente. No entanto, essedisposto não seaplica:
I - às pessoasjurídicas que prestam os serviços excetuadosna alínea “a” do inciso III do
§ 1º e de transporte; e
II - àssociedadesprestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas.
O percentual dequetrata essedispositivo tambémseráaplicado sobrea receita financeira
da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária, construção de prédios destinados a venda, e venda de imóveis
construídos ou adquiridos pararevenda,quandodecorrente dacomercialização deimóveis efor
apuradapor meio de índices ou coeficientes previstos em contrato (Lei nº 9.249, de 1995, art.
15, § 4º).
Conforme Art. 221, as pessoasjurídicas que tenham como objeto social, declarado em
seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores poderão equiparar, para
efeitos tributários, como operação de consignação, as operaçõesde venda de veículos usados,
adquiridos para revenda, e dos recebidos como parte do preço de venda de veículos novos
ou usados.
Os veículos serão objeto de nota fiscal de entrada e, quando da venda, de nota fiscal de
saída,e ficam sujeitos ao regime fiscal aplicável àsoperaçõesde consignação(Lei nº 9.716, de
1998, art. 5º, parágrafo único) .
Os ganhos e as perdas decorrentes de avaliação do ativo com base em valor justo não
serãoconsideradoscomo parte integrante do valor contábil.
Entretanto, compõeo valor contábil:
I - aosrendimentos tributados provenientes deaplicaçõesfinanceiras derendafixa erenda
variável; e
II - aos lucros, aos dividendos ou ao resultado positivo decorrente da avaliação de
investimento pela equivalência patrimonial.
Não serão computados na apuração da basede cálculo do imposto sobre a renda:
I - a parcela equivalente à redução do valor das multas, dos juros e do encargo legal em
decorrência do disposto nosart. 1º aoart. 3º daLei nº 11.941, de 2009 (Lei nº 11.941, de 2009,
art. 4º, parágrafo único) ;
II - os créditos presumidos de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI de que trata
o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de
Veículos Automotores- Inovar-Auto; e
III - os créditos apurados no âmbito do Regime Especial de Reintegração de Valores
Tributários para asEmpresasExportadoras – Reintegra.
Atividades imobiliárias
De acordo com o Art. 224, as pessoasjurídicas que explorem atividades imobiliárias
relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados
a venda, a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda deverão considerar como
receita bruta o montante recebido relativo às unidades imobiliárias vendidas. Inclusive, aos
casos de empreitada ou fornecimento contratado, com pessoajurídica de direito público ou
empresasob seucontrole, empresapública, sociedadede economia mista ou suasubsidiária.
Não deverão ser computadas na apuração da basede cálculo:
I - asreceitaspróprias daincorporação imobiliária sujeita aopagamentodo imposto sobre
a renda pelo regime especial detributação de que trata o art. 486 (Lei nº 10.931, de 2 deagosto
de 2004, art. 1º e art. 4º, § 1º e § 3º) ;
II - as receitas próprias da incorporação de unidades habitacionais de valor de até R$
100.000,00 (cem mil reais) contratadas no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida -
PMCMV, com opção pelo pagamento do imposto sobre a renda pelo regime especial de
tributação;
III - as receitas financeiras e as variações monetárias decorrentes das operaçõesde que
tratam os incisos I e II (Lei nº 10.931, de 2004, art. 4º, § 1º);
IV - as receitas próprias da construção de unidades habitacionais de valor de até R$
100.000,00 (cem mil reais) contratadasno âmbito do PMCMV, com opçãopelo pagamentodo
imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação;
V - asreceitas próprias de construçãoou reforma deestabelecimentosdeeducaçãoinfantil
com opçãopelo pagamento do imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação.
11
valor acumulado já pago excedeo valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base
no lucro real do período em curso.
Os balanços ou os balancetes:
I - deverãoserlevantadosemobservânciaàsleis comerciais efiscais etranscritos no livro
diário; e
II - somente produzirão efeitos para determinação da parcela do imposto sobre a renda
devido no decorrer do ano-calendário.
Ficam dispensadasdo pagamentomensal aspessoasjurídicas que, por meio debalanços ou
balancetes mensais, demonstrem a existência de prejuízos fiscais apurados a partir do mês de
janeiro do ano-calendário.
Do início de atividade
O período de apuração da primeira incidência do imposto sobre a renda após a
constituição da pessoajurídica compreenderáo prazo desdeo início da atividade até o último
dia do trimestre.
A pessoajurídica sujeita à tributação com baseno lucro real poderáoptar pelo pagamento
do imposto sobre arenda, em cadamês, desdeo início da atividade, determinado sobre basede
cálculo estimada, e apurar o lucro real em 31 dedezembro.
Sucessãopor incorporação
Os incentivos e os benefícios fiscais concedidos por prazo certo e em função de
determinadas condições a pessoajurídica que vier a ser incorporada poderão ser transferidos,
por sucessão, à pessoa jurídica incorporadora, mediante requerimento desta, desde que
observados os limites e as condições fixados na legislação que institui o incentivo ou o
benefício, em especial quanto aosaspectosvinculados:
I - ao tipo de atividade e de produto;
II - à localização geográfica do empreendimento;
III - ao períodode fruição; e
IV - àscondições de concessãoou de habilitação.
14
Do lucro real
Disposições gerais
Pessoasjurídicas obrigadas à apuração do lucro real
Art. 257. Ficam obrigadas à apuraçãodo lucro real as pessoasjurídicas:
I - cuja receitatotal no ano-calendárioanterior sejasuperior aolimite deR$ 78.000.000,00
(setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando
inferior a doze meses;
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de
títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedadesdecrédito ao microempreendedor e à empresa
de pequeno porte, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresasde arrendamento
15
Exclusões e compensações
Art. 261. Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido do
período de apuração:
I - os valores cuja dedução seja autorizada por este Regulamento e que não tenham sido
computados na apuraçãodo lucro líquido do período de apuração;
II - os resultados, os rendimentos, as receitas e outros valores incluídos na apuraçãodo
lucro líquido que,deacordo com o disposto nesteRegulamento, nãosejamcomputadosno lucro
real; e
III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a
compensaçãoa trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas
neste Regulamento, desdeque a pessoajurídica mantenha os livros e os documentos exigidos
pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação.
Também poderão ser excluídos:
I - os rendimentos e os ganhos de capital nas transferências de imóveis desapropriados
parafins dereforma agrária, quandoauferidos pelo desapropriado(Constituição, art. 184, § 5º);
II - os dividendos anuaismínimos distribuídos pelo FND;
III - os juros reais produzidos por Notas do Tesouro Nacional, emitidas para troca
compulsória no âmbito do PND, controlados na parte “B” do Lalur, os quais deverão ser
computados na determinação do lucro real no período do seurecebimento;
IV - a parcela das perdas adicionadas, a qual poderá, nos períodos de apuração
subsequentes,serexcluída do lucro real até o limite correspondenteà diferença positiva entre
18
os ganhos e as perdas decorrentes das operações realizadas nos mercados de renda variável e
operações de swap;
V - asreversões dos saldos dasprovisões não dedutíveis;
VI - o valor correspondenteàsreceitas originárias de planos de benefícios administrados
por entidades fechadas de previdência complementar (pessoa jurídica patrocinadora),
registradascontabilmente pelo regime decompetência, naforma estabelecidapela CVM ou por
outro órgão regulador, para reconhecimento na data desuarealização;
VII - a compensaçãofiscal efetuada pelas emissorasde rádio e televisão e pelas empresas
concessionárias de serviços públicos de telecomunicações obrigadas ao tráfego gratuito de
sinais detelevisão erádio, pela cedênciado horário gratuito, naforma estabelecidanalegislação
específica (Lei nº 9.096, de 19 de setembrode 1995, art. 52, parágrafo único; Lei nº 9.504, de
30 de setembro de 1997, art. 99, caput e § 1º; e Decreto nº 7.791, de 17 de agostode 2012) ;
VIII - as receitas decorrentes de valores em espécie pagos ou creditados pelos Estados,
pelo Distrito Federal e pelos Municípios, relativos ao ICMS e ao ISS, no âmbito de programas
de concessãode crédito destinados ao estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição
de mercadorias e serviços;
IX - a parcela equivalente à reduçãodo valor dasmultas, dos juros e do encargolegal em
decorrência do disposto nosart. 1º aoart. 3º daLei nº 11.941, de 2009 (Lei nº 11.941, de 2009,
art. 4º, parágrafo único);
X - o valor dasquotasde fundo que tenhapor único objetivo a cobertura suplementardos
riscos do seguro rural nas modalidades agrícola, pecuária, agrícola e florestal, as quais sejam
adquiridas por seguradoras,resseguradorase empresasagroindustriais; e
XI - o crédito presumido de IPI de quetrata o Inovar-Auto.
Da escrituraçãodo contribuinte
De acordo com o Art. 262, a escrituração comercial seráfeita em língua portuguesa, em
moeda corrente nacional e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem
intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para
as margens.
Os erros cometidos na escrituração comercial serão corrigidos por meio de lançamento
de estorno, transferência ou complementação.
19
Do dever de escriturar
Contabilidade não centralizada
Art. 266. Fica facultado àspessoasjurídicas que possuíremfiliais, sucursaisou agências
manter contabilidade não centralizada, hipótese que deverão incorporar, ao final de cadamês,
na escrituração da matriz, os resultados de cadauma delas.
§ 1º Para fins tributários, a escrituração de que trata o caput não afeta as demais
disposições desteRegulamento (Lei nº 12.973, de 2014, art. 71, parágrafo único) .
§ 2º Os atos administrativos emitidos com base em competência atribuída em lei
comercial publicados após12 de novembro de 2013, data da publicação da Medida Provisória
nº 627, de 2013, que apresentemmodificação ou adoção de métodos e critérios contábeis, não
terão implicação na apuraçãodos tributos federais até que lei tributária regulamente a matéria
(Lei nº 12.973, de 2014, art. 58) .
20
Falsificação da escrituração
Art. 271. A falsificação, material ou ideológica, da escrituraçãoe dosseuscomprovantes,
ou dademonstraçãofinanceira, quetenhapor objeto eliminar ou reduzir o montantedeimposto
sobre a renda devido, ou diferir o seu pagamento, submeterá o sujeito passivo a multa,
independentementeda açãopenal que couber (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, § 1º).
Das demonstraçõesfinanceiras
Art. 286. Ao fim de cadaperíodo de apuração,o contribuinte deveráapuraro lucro líquido
por meio da elaboração,em observânciaàsdisposições da lei comercial, do balanço patrimonial,
da demonstração do resultado do período de apuração e da demonstraçãode lucros ou prejuízos
acumulados.
Do lucro operacional
Disposições gerais
Art. 289: Seráclassificado como lucro operacional o resultado dasatividades, principais
ou acessórias,que constituam objeto da pessoajurídica.
Do lucro bruto
Art. 290. Será classificado como lucro bruto o resultado da atividade de vendade bensou
serviços que constitua objeto da pessoajurídica.
O lucro bruto corresponde à diferença entre a receita líquida e o custo dos bens e dos
serviços vendidos.
22
Vale-pedágio
Art. 292. O valor do vale-pedágio, instituído pela Lei nº 10.209, de 2001, não integra o
valor do frete e não seráconsideradoreceita operacional ou rendimento tributável.
Da omissão de receita
Saldo credor de caixa, falta de escrituração de pagamento, manutenção no passivo de
obrigações pagase falta de comprovação do passivo
Art. 293. Caracteriza-se como omissão no registro de receita, ressalvadaao contribuinte
a prova da improcedência da presunção, a ocorrência dasseguintes hipóteses :
I - a indicação na escrituração de saldo credor de caixa;
II - a falta de escrituração de pagamentosefetuados; ou
III - a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não
seja comprovada.
Suprimentos de caixa
Art. 294. Provada a omissão de receita, por indícios na escrituração do contribuinte ou
por outro elemento de prova, a autoridade tributária poderá arbitrá-la com baseno valor dos
recursos decaixa fornecidos à empresapor administradores, sócios da sociedadenão anônima,
titular da empresaindividual, ou por acionista controlador da companhia, se a efetividade da
entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas.
Custo de produção
Art. 302. O custo de produção dos bens ou dos serviços vendidos
compreenderá,obrigatoriamente:
I - o custo de aquisição de matérias-primas e de outros bens ou serviços aplicados ou
consumidos na produção;
24
Quebras e perdas
Art. 303. O custo seráintegrado pelo valor:
I - das quebras e das perdasrazoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade,
ocorridas na fabricação, no transporte e no manuseio; e
II - das quebras ou das perdas de estoquepor deterioração, obsolescência ou ocorrência
de riscos não cobertos por seguros, desdeque comprovadas:
a) por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança, que especifique e
identifique asquantidadesdestruídasou inutilizadas e asrazõesda providência;
b) por certificado de autoridade competente, nas hipóteses de incêndios, inundações ou
outros eventos semelhantes; e
c) por meio de laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruição de bens
obsoletos, invendáveis ou danificados, quandonão houver valor residual apurável.
Vedações
Conforme o Art. 310, não serãopermitidas:
I - reduçõesglobais de valores inventariados, nem formação de reservasou provisões em
decorrência de suadesvalorização;
II - deduçõesdevalor por depreciaçõesestimadasou por meio deprovisões paraoscilação
de preços;
III - manutençãode estoquesbásicos ou normais a preçosconstantesou nominais; e
IV - despesacomprovisão, por meio de ajuste aovalor de mercado, seestefor menor, do
custo de aquisição ou produção dos bensexistentes na data do balanço.
Aplicações de capital
Art. 313. O custo de aquisição de bensdo ativo não circulante imobilizado e intangível
não poderá ser deduzido como despesaoperacional.
O disposto não seaplica nasseguintes hipóteses:
I - se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos
reais); ou
II - seo prazo de vida útil do bemadquirido nãofor superior a um ano.
Bens depreciáveis
Art. 318. Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste por uso,
causasnaturais ou obsolescêncianormal, inclusive:
I - edifícios e construções:
a) a quota de depreciação é dedutível a partir da época da conclusão e do início da
utilização; e
b) o valor dasedificações deve estar destacadodo valor do custo de aquisição do terreno,
admitido o destaquecom baseem laudo pericial; e
II - projetos florestais destinadosà exploração de frutos.
Não será admitida quota de depreciação referente a :
I - terrenos, exceto em relação aosmelhoramentos ou às construções;
II - prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção
dos seusrendimentos ou destinados à revenda;
III - bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou
antiguidades; e
IV - benspara os quais seja registrada quota de exaustão.
Quota de depreciação
Art. 319. A quota de depreciação dedutível na apuração do imposto sobre a renda será
determinada por meio da aplicação da taxa anual de depreciação sobre o custo de aquisição
do ativo.
adequada às condições de depreciação de seus bens, desde que faça a prova dessaadequação,
quando adotar taxa diferente.
Depreciação acelerada
Art. 323. Em relação aos bensmóveis, poderão ser adotados, em função do número de
horas diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada:
I - um turno deoito horas- um inteiro;
II - dois turnos deoito horas- um inteiro e cinco décimos; e
III - três turnos de oito horas- dois inteiros.
Da amortização
Dedutibilidade
Art. 330. Poderá ser computada como custo ou encargo, em cadaperíodo de apuração, a
importância correspondente à recuperação do capital aplicado na aquisição de direitos cuja
existência ou cujo exercício tenhaduraçãolimitada, ou debenscuja utilização pelo contribuinte
tenhao prazo legal ou contratualmente limitado.
29
Das provisões
Dedutibilidade
Art. 339. Na determinação do lucro real, somente serão dedutíveis as provisões
expressamenteautorizadas no RIR/2018.
Remuneração de férias
Art. 342. O contribuinte poderá deduzir como custo ou despesaoperacional, em cada
período de apuração, importância destinada a constituir provisão para pagamento de
remuneração correspondente a férias de seusempregados.
O limite do saldo da provisão será determinado com base na remuneração mensal do
empregado e no número de dias de férias a que já tiver direito na época do encerramento do
período de apuração.
A provisão a que se refere este artigo não é dedutível para fins de apuração do
lucro real.
Do testede recuperabilidade
Art. 345. O contribuinte poderá reconhecer, na apuraçãodo lucro real, somenteos valores
contabilizados comoreduçãoaovalor recuperável deativos quenãotenhamsido objeto dereversão,
quando ocorrer a alienação ou a baixa do bem correspondente.
Na hipótese de alienação ou baixa de ativo que compõe uma unidade geradora de caixa, o
valor a ser reconhecido na apuraçãodo lucro real deve ser proporcional à relação entre o valor
contábil desseativo e o total da unidade geradora de caixa à data em que foi realizado o teste
de recuperabilidade.
c) superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seurecebimento;
III - com garantia, vencidos hámais dedois anos, de valor:
a) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seurecebimento ou o arresto dasgarantias; e
b) superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seurecebimento ou o arresto dasgarantias; e
IV - contra devedor declarado falido ou pessoajurídica em concordata ou recuperação
judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que estatenha secomprometido a pagar.
Para os contratos inadimplidos anteriormente a 8 de outubro de 2014 poderão ser
registrados como perda os créditos:
I - em relação aosquais tenhahavido adeclaraçãodeinsolvência do devedor, emsentença
emanadado Poder Judiciário;
II - semgarantia, de valor:
a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses,
independentementede iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até 30.000,00 (trinta mil reais), por operação,
vencidos há mais de um ano, independentementede iniciados os procedimentos judiciais para
o seurecebimento, porém, mantida a cobrançaadministrativa; e
c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seurecebimento;
III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seurecebimento ou o arresto dasgarantias; e
IV - contra devedor declarado falido ou pessoajurídica em concordata ou recuperação
judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que estatenha secomprometido a pagar.
ser estornada ou adicionada ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real
correspondente ao período de apuração em que seder a desistência.
Créditos recuperados
Art. 350. Deverá ser computado, para fins de determinaçãodo lucro real, o montante dos
créditos deduzidos que tenham sido recuperados, em qualquer época ou a qualquer título,
inclusive nashipóteses de novação da dívida ou do arresto dos bensrecebidos em garantia real.
Não sãodedutíveis:
I - os aluguéis pagosasócios ou dirigentes deempresas,easeusparentesou dependentes,
em relação à parcela que exceder o preço ou o valor de mercado; e
II - asimportâncias pagasa terceiros para adquirir os direitos de uso de bem ou direito e
os pagamentospara extensãoou modificação de contrato, que constituirão aplicação de capital
amortizável durante o prazo do contrato.
§ 2º As despesasdealuguel de bensmóveis ou imóveis somente serãodedutíveis quando
relacionados intrinsecamente com a produção ou com a comercialização dos bens e dos
serviços.
Royalties
Art. 362. A dedução de despesascom royalties será admitida quando necessáriaspara
que o contribuinte mantenha a posse, o uso ou a fruição do bem ou do direito que produz o
rendimento.
Art. 363. Não sãodedutíveis:
I - os royalties pagosa sócios, pessoasfísicas ou jurídicas, ou a dirigentes de empresas,
e a seus parentes ou dependentes;
II - asimportâncias pagasa terceiros para adquirir os direitos de uso de bem ou direito e
os pagamentospara extensãoou modificação do contrato, que constituirão aplicação de capital
amortizável durante o prazo do contrato;
III - os royalties pelo uso de patentesdeinvenção, processosefórmulas de fabricação ou
pelo uso de marcasde indústria ou de comércio, quando:
a) pagospela filial no Paísde empresacom sedeno exterior, em benefício de suamatriz;
e
b) pagos pela sociedade com sede no País a pessoa com domicílio no exterior que
mantenha, direta ou indiretamente, controle do seu capital com direito a voto, observado o
disposto no parágrafo único;
IV - os royalties pelo uso de patentesde invenção, processose fórmulas de fabricação
pagosou creditadosa beneficiário domiciliado no exterior:
a) que não sejam objeto de contrato registrado no Banco Central do Brasil; ou
37
Benefíciosprevidenciários
Art. 373. São dedutíveis as contribuições não compulsórias destinadas a custear planos
debenefícios complementaresassemelhadosaosdaprevidência social, instituídos emfavor dos
empregadose dos dirigentes da pessoajurídica.
Da formação profissional
Art. 382. Poderão ser deduzidos como despesaoperacional os gastos realizados com a
formação profissional de empregados.
Da alimentação do trabalhador
Art. 383. Será admitidaa dedução de despesa de alimentação fornecida pela pessoa
jurídica, indistintamente, a todos os seusempregados.
Quandoa pessoajurídica tiver programa aprovado pelo Ministério do Trabalho, além da
deduçãocomo despesadeque trata esteartigo, fará também jus ao benefício previsto no artigo
641 do Regulamento do Imposto de Renda.
Do vale-transporte
Art. 384. Poderão ser deduzidos como despesaoperacional os gastos comprovadamente
realizados, no período de apuração,na concessãodo vale-transporte.
Da atividade audiovisual
Art. 386. Sem prejuízo da dedução do imposto sobre a renda devido, a pessoajurídica
tributada com baseno lucro real poderá, também, abater o total dos investimentos efetuados
nos termos estabelecidos no art. 546como despesaoperacional.
44
Perda
Art. 389. A perda decorrente de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo
somentepoderáser computadapara fins de determinação do lucro real à medida que o ativo for
realizado, inclusive por meio de depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou
quando o passivo for liquidado ou baixado, e desde que a redução no valor do ativo ou o
aumento no valor do passivo seja evidenciada contabilmente em subconta vinculada ao ativo
ou ao passivo.
A perda a queserefere esteartigo nãoserácomputadapara fins de determinação do lucro
real na hipótese de o valor realizado, inclusive por meio dedepreciação,amortização, exaustão,
alienação ou baixa, seja indedutível.
Despesas
Art. 398. Osjuros pagosouincorridos pelo contribuinte sãodedutíveis comocustooudespesa
operacional.
Art. 399. Os juros pagos antecipadamente,os descontosde títulos de crédito, a correção
monetária prefixada e o deságio concedido na colocação de debêntures ou títulos de crédito
deverãoser apropriados, pro rata tempore, nos exercícios sociais a que competirem.
Art. 400. Não serãodedutíveis, parafins dedeterminaçãodo lucro real, osjuros relativos
a empréstimos, pagos ou creditados a empresacontrolada ou coligada, independentemente do
local de seudomicílio, incidentes sobreo valor equivalente aoslucros não disponibilizados por
empresascontroladas, domiciliadas no exterior.
46
Art. 401. São indedutíveis, para fins de determinação do lucro real, as despesas
financeiras incorridas pela arrendatária emcontratos de arrendamentomercantil.
Custos de empréstimos
Art. 402. Os juros e outros encargos, associados a empréstimos contraídos,
especificamente ou não, para financiar a aquisição, a construção ou a produção de bens
classificados como estoques de longa maturação, propriedade para investimentos, ativo
imobilizado ou ativo intangível, podem ser registrados como custo do ativo, desde que
incorridos até o momento em que os referidos bens estejam prontos para uso ou venda.
Avaliação do investimento
Art. 423. Em cada balanço, o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor de
patrimônio líquido da investida:
I - o valor de patrimônio líquido serádeterminado com baseem balanço patrimonial ou
balancete de verificação da investida levantado na mesmadata do balanço do contribuinte ou
até, no máximo, dois mesesantesdessadata, em observância à lei comercial, inclusive quanto
à deduçãodasparticipações nos resultados e da provisão para o imposto sobre a renda;
II - se os critérios contábeis adotados pela investida e pelo contribuinte não forem
uniformes, o contribuinte deverá fazer no balanço ou no balancetede verificação da investida
os ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes decorrentes da diversidade
de critérios;
51
Do lucro presumido
Disposições gerais
De acordo com o Art. 587 as pessoasjurídicas autorizadas a optar são as que cuja
receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00
(setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicado pelo número de mesesde atividade do ano-calendário anterior, quandoinferior a
doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido e a opção
pela tributação com baseno lucro presumido serádefinitiva emrelaçãoatodo o ano-calendário.
A receita bruta auferida no ano anterior será considerada de acordo com o regime de
competência ou caixa, observado o critério adotado pela pessoajurídica, caso tenha, naquele
ano, optado pela tributação com baseno lucro presumido. E somente a pessoajurídica que não
esteja obrigada à tributação pelo lucro real poderá optar pela tributação com base no lucro
presumido. O pagamento da primeira ou da quota única do imposto sobre a renda devido
correspondente aoprimeiro período de apuraçãode cadaano-calendário.
O imposto sobre a renda com baseno lucro presumido serádeterminado por períodos de
apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cadaano-calendário.
53
Início de atividade
A pessoajurídica quehouver iniciado atividade a partir do segundotrimestre manifestará
a opção com o pagamento da primeira ou da quota única do imposto sobre a renda devido
relativa ao período de apuraçãocorrespondenteao início de atividade.
Basede cálculo
De acordo com o Art. 591, a basede cálculo do imposto sobre a renda e do adicional, em
cadatrimestre, serádeterminada por meio da aplicação do percentual de oito por cento sobre a
receita bruta definida pelo art. 208 do RIR/2018, auferida no período deapuração,deduzidadas
devoluções e dasvendas canceladase dos descontos incondicionais concedidos.
Não deverão ser computadas na apuração da basede cálculo:
I - asreceitaspróprias daincorporação imobiliária sujeita aopagamentodo imposto sobre
a renda pelo regime especial de tributação;
II - as receitas próprias da incorporação de unidades habitacionais de valor de até R$
100.000,00 (cem mil reais) contratadasno âmbito do PMCMV, dequetrata a Lei nº 11.977, de
2009, com opçãopelo pagamentodo imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação;
III - as receitas financeiras e as variações monetárias decorrentes das operaçõesde que
tratam os incisos I e II (Lei nº 10.931, de 2004, art. 4º, § 1º);
IV - as receitas próprias da construção de unidades habitacionais de valor de até R$
100.000,00 (cem mil reais) contratadasno âmbito do PMCMV, dequetrata a Lei nº 11.977, de
2009, com opção pelo pagamentodo imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação
de que trata o art. 495 (Lei nº 12.024, de 2009, art. 2º, caput e § 3º); e
V - asreceitas próprias de construçãoou reforma deestabelecimentosdeeducaçãoinfantil
com opçãopelo pagamento do imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação.
Destaca-se que, o valor do vale-pedágio não integrará o valor do frete e não será
considerado receita operacional.
Nas seguintes atividades, o percentual a seremaplicados para mensurar abasede cálculo
são:
inteiro e seisdécimos por cento, para atividade de revendaparaconsumode combustível
derivado de petróleo, álcool etílico carburantee gásnatural;
II - dezesseispor cento, para a atividade de prestação de serviço de transporte, exceto o
de carga; e
54
Do lucro arbitrado
Das hipótesesde arbitramento
O imposto sobre a renda, devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será
determinado com basenos critérios do lucro arbitrado, quando:
I - o contribuinte, obrigado àtributação com baseno lucro real, nãomantiver escrituração
na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras
exigidas pela legislação fiscal.
II - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentarà autoridade tributária os livros
ou os registros auxiliares de que trata o § 2º do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977 ;
57
Da base de cálculo
Quando conhecida a receita bruta, de que trata o art. 208, e desde que ocorridas as
hipóteses previstas no art. 603, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto sobre a
renda correspondente com baseno lucro arbitrado, observadasasseguintes regras:
I - a apuraçãocom baseno lucro arbitrado abrangerátodo o ano-calendário, assegurada,
ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos ao
arbitramento, se a pessoajurídica dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e
fiscal que demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos por aquela modalidade de
tributação; e
II - o imposto sobre a renda apuradona forma prevista no inciso I terá por vencimento o
último dia útil do mêssubsequenteao do encerramento de cadaperíodo de apuração.
Basede cálculo quando conhecida a receita bruta
O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando conhecida a receita bruta, será
determinado por meio da aplicação dos percentuais estabelecidos nos art. 591 e art. 592,
acrescidosde vinte por cento.
58