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ADMINISTRAÇÃO GERAL
- ADG -
MÓDULO: I
Cursos Técnicos em Administração e Logística
Joinville/2015
COOPERATIVA ESCOLA DOS ALUNOS DO CEDUP 1
“DARIO GERALDO SALLES” – COOPERSALLES
SUMÁRIO
1.ORGANIZAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO
FLEXIBILIDADE
MUDANÇA
DESENVOLVIMENTO ADAPTAÇÃO
CONTÍNUO
FORMADO
FORMA DO
PROCESSODE
PROCESSO DE
MUDANÇA
MUDANÇ
MUDANÇA
INSEGURANÇA AMEAÇA
AMEAÇ
AMEAÇA
INSEGURANÇ
INSEGURAN ÇA
RESISTÊNCIA
RESISTÊNCIA
ÀS
ÀS
MUDANÇAS
MUDANÇ
MUDANÇAS
PONTOSFALHOS
PONTOS FALHOS
NAPROPOSTA
PROPOSTA PRESDISPOSIÇÃO
PRESDISPOSIÇ
PRESDISPOSIÇÃO
NA
DEMUDANÇ
MUDANÇA NATURAL
NATURAL
DE MUDAN ÇA
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇ
COMUNICAÇÃO
fim, que utiliza os recursos, como trabalho humano e equipamentos, para fornecer produtos e
serviços.
A divisão do trabalho é o processo que permite superar as limitações individuais por meio
da especialização.
Quando se juntam as tarefas especializadas, realizam-se produtos e serviços que ninguém
conseguiria fazer sozinho.
1. O que é organização?
R: Um sistema de atividades conscientemente coordenado.
(Sistema: corpo, combinação de partes interagindo entre si, conjunto de leis... )
2. EMPRESA
2.1. Definição
Recursos são os meios de que dispõem as empresas para poderem funcionar e alcançar os
seus objetivos. Os recursos empresariais podem ser de propriedade da empresa ou de
terceiros.
Os recursos empresariais podem ser:
• Físicos ou materiais;
• Financeiros;
• Humanos;
• Mercadológico;
• Administrativos.
• Obter lucro.
• Ter continuidade.
• Ser auto-sustentável.
• Propiciar aos seus proprietários (acionistas, sócios ou donos) uma contínua
remuneração sobre o capital investido.
• Oferecer continuamente produtos/serviços, para a satisfação das necessidades
humanas.
Em cada empresa existem funções essenciais, cada qual administrando um tipo específico
de recurso empresarial:
• Funções técnicas
• Funções Comerciais
• Funções Financeiras
• Funções Humanas
• Funções Administrativas.
As empresas apresentam uma enorme heterogeneidade e por isso, podem ser classificadas
sob diversos aspectos:
próximas das portas de entrada das salas. Ao contrário, as pessoas cujas tarefas exigem,
concentração devem ter seus locais de trabalho o mais afastado possível de ruídos, pessoas
ou trânsito excessivo.
A empresa é pessoa jurídica que tem vida, isto é, nasce, desenvolve-se e atinge seu auge,
e dependendo de seu desempenho sobrevive ou morre. Para nascer à empresa precisa ser
registrada em diversos órgãos: Prefeitura Municipal, Secretaria da Fazenda Estadual,
Secretaria da Receita Federal, INSS, Junta Comercial.
Importante
3.1 Conceito
Estuda-se administração: para saber tomar decisões certas no momento certo; para estar
preparados às mudanças; para prestar um bom serviço; para aplicar os recursos de maneira
correta e objetiva para a melhoria da empresa; para conviver harmoniosamente, sabendo
ouvir, dar opiniões, diagnosticar e resolver problemas; por interesse em melhorar a forma de
como as organizações são administradas; pelo seu reflexo sobre o desempenho das
organizações sendo que estas existem porque certos objetivos só podem ser alcançados por
meio da ação coordenada de pessoas e quando bem - administradas, desenvolvem uma
clientela leal, crescem e prosperam; quando são mal administradas acabam com os clientes
declinando e tendo receitas reduzidas, cuja sobrevivência fica ameaçada.
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A administração hoje precisa lidar com novas formas de administração e considerar novos
fatores para administrar com sucesso e enfrentar desafios, como:
Administração Empreendedora – estimula as pessoas a serem seus próprios patrões.
Administração Participativa – funcionários operacionais são seus próprios gerentes.
Globalização da Economia - Expansão das empresas multinacionais; Formação de
blocos econômicos.
Tecnologia Intensiva.
Preocupação com a Ecologia e a Qualidade de Vida.
Defesa do Consumidor e Ênfase no Cliente.
Redução da Hierarquia.
Nível institucional
É o nível mais elevado da empresa, composto pôr diretores, proprietários ou acionistas e
altos executivos. Respondem pêlos assuntos globais da empresa, pela definição dos
objetivos e estratégias e pelas principais decisões empresariais.
Nível intermediário
Cuida das decisões nos níveis departamentais. Está entre o nível institucional e o nível
operacional faz a articulação interna entre os dois níveis. Escolhe e capta os recursos
necessários, distribui e coloca o que foi produzido pela empresa nos diversos segmentos
do mercado. Lida com problemas de adequação das decisões tomadas no nível
institucional com as operações realizadas no nível operacional. É geralmente composto
da média administração da empresa.
Nível operacional
É o nível onde as tarefas são executadas e as operações realizadas: envolve o trabalho
básico relacionado diretamente com a produção dos produtos ou serviços da empresa. É
nele que estão às máquinas e os equipamentos, as instalações físicas, as linhas de
montagem, os escritórios, os balcões de atendimento etc., cujo funcionamento deve
atender a determinadas rotinas e procedimentos programados.
O nível operacional não está situado exclusivamente na área de produção, mas está
situado em todas as demais áreas empresariais. É o nível onde as tarefas e operações
produtivas, financeiras, mercadológicas, informacionais etc. são programadas e
executadas rotineiramente.
• Recursos - são meios que as organizações precisam e utilizam, podendo ser classificados
como: instalações, espaço, tempo, dinheiro, informações e pessoas.
• Objetivos - são os resultados esperados que as organizações procuram atingir por meio do
emprego dos recursos. Produtos e serviços são objetivos imediatos, que possibilitam a
realização de outros objetivos, como atendimento dos interesses dos acionistas a
satisfação dos clientes e a contribuição para a comunidade.
Processo
“Transformação de um conjunto de ENTRADAS (materiais,
pessoas, informações e/ou serviços) em SAÍDAS adequadas
(materiais, pessoas, informações e/ou serviços)”.
Ou, “Seqüência coordenada de atividades, com o objetivo de
produzir um dado resultado”.
ENTRADAS SAÍDAS
PROCESSO
Materiais Serviços
Informações Bens, equipamentos
Clientes Materiais processados
Serviços Informações
Dados Informações
3.8.1 Fluxograma
Tipos de Fluxograma:
• Fluxograma ANSI: É o mais complexo deles, mas também o mais completo, apresentando
uma relação fiel (se for bem feito) da interação das etapas do processo. Para executá-lo,
normalmente começamos com um Diagrama de Blocos aonde vamos detalhando e incluindo
alternativas de tomada de decisão até que tenhamos um “retrato” do processo o mais próximo
possível da realidade. Ele possui uma simbologia internacionalmente compreendida, criada
pelo “American National Standards Institute” (ANSI).
Os fluxogramas são usados para descrever diversas situações, processos ou fluxos de
material ou pessoas. Para garantir esta flexibilidade de objetivos são usados inúmeros
modelos diferentes e símbolos que terão sua aplicabilidade determinada pelo que se quer
representar e por qual motivo. Até mesmo o significado dos símbolos pode mudar
dependendo da terminologia a que se recorre, por isso, sempre que possível, é bom usar
legendas.
No inicio do século XX, surge a Abordagem Clássica da Administração. Duas são suas
orientações, opostas entre si, mas que se complementam com relativa coerência:
1- De um lado, a Administração Científica que surge nos Estados Unidos, a partir dos
trabalhos de Taylor, cuja preocupação era aumentar eficiência no nível dos operários. A
ênfase é dada na análise e na divisão do trabalho do operário, vez que as tarefas do cargo e o
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Teoria X e Y de Macgregor
As funções da administração são atividades básicas que devem ser desempenhadas por
administradores para alcançar os resultados determinados e esperados pelas organizações.
Estas funções constituem os processos administrativos:
6. PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
6.1 Definição
O planejamento define o que a organização pretende fazer no futuro e como deverá fazê-
lo. É a primeira função administrativa, definindo os objetivos e decidindo sobre os recursos e
tarefas necessários para alcançá-los adequadamente.
Planejamento é decidir antes de fazer. É o instrumento que as pessoas físicas e jurídicas
usam para administrar o futuro. Definem objetivos e meios para alcançá-los. O planejamento
fixa os resultados que devem ser obtidos e depois determina:
1. As estratégias;
1. 5W2H
• What = que se vai fazer?
• Who = quem vai fazer?
• When = quando se vai fazer?
• Where = onde se vai fazer?
• Why = pôr que se vai fazer?
• How = como se vai fazer?
• H = Quanto Custa?
2. PDCA
• Plan = Planejar – antes de fazer planejar
• Do = Fazer – fazer conforme o planejado
• Check = Verificar – conferir o que foi feito
• Act = Agir – corrigir o que não deu certo
Define aonde a empresa que ir. Envolve toda a organização, é genérico e focalizado a
longo prazo no sentido de relacionar a organização com seu ambiente e orientá-la para seu
futuro.
Traça as diretrizes da organização. É da responsabilidade do nível institucional. Elabora
estratégias com base na análise do ambiente interno e externo da organização, considerando
os riscos e as oportunidades. Define objetivos, compreendendo as decisões sobre os produtos
e serviços que a organização pretende oferecer e os mercados e clientes que pretende
conquistar. É uma seqüência de análise e decisões que compreende as seguintes etapas.
O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os
riscos nas tomadas de decisões das empresas.
Os impactos de suas decisões são de longo prazo e afetam a natureza e as características
das empresas no sentido de garantir o atendimento de sua missão.
1. Análise Situação Atual – Faz um diagnóstico dos objetivos e metas, dos clientes e
mercados, dos produtos e serviços, das vantagens competitivas e desempenho.
• Visão – especifica o que a empresa quer ser, para onde está indo É enxergar o futuro.
• Missão - estabelece as razões para a existência da organização e sua utilidade para os
clientes. A missão implica em criar valor: para acionistas, sócios ou donos; para
empregados; para clientes; para comunidades; para instituições sociais; para
instituições governamentais; para fornecedores e para concorrentes.
A missão corporativa é a base de uma empresa, é a razão de sua existência.
Fazem parte desta questão à definição clara de qual é o seu negócio atual e qual deverá
ser no futuro, bem como a filosofia gerencial da empresa para administrá-lo.
Normalmente ao se definir a missão corporativa, algumas questões devem ser
levantadas, entre elas:
Qual o escopo do negócio: industrial, comercial ou de prestação de serviços?
Qual a essência do negócio?
Qual o sentido e intensidade do crescimento que está se buscando?
Como nos propomos a atender as necessidades dos clientes?
• Valores – Mostram no que a empresa acredita. É a maneira de pensar e agir da
empresa. Estabelecem as diretrizes gerais que orientam as práticas gerenciais,
comerciais, e preservação do meio ambiente. É o posicionamento e o relacionamento
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da empresa com todas as partes que compõem seus ambientes interno e externo: o
relacionamento da empresa com seus colaboradores, clientes, fornecedores,
comunidade, governo, ambientalistas, concorrentes e sindicatos.
3. Clientes e mercado – obtém informações sobre quais e quantos são os clientes, que tipos e
volumes de negócios eles têm com a organização, e em que mercados se situam.
5. Vantagens competitivas - São fatores que ajudam um produto, serviço ou empresa ter
sucesso em relação aos concorrentes. Exemplo: qualidade, custo e preço baixo, inovação,
disponibilidade do produto, disponibilidade e desempenho da assistência técnica e serviço
de pós-vendas.
6. Participação no Mercado
É a análise da participação no mercado, durante um período, obtendo informações sobre o
crescimento ou declínio dos diversos concorrentes e as preferências do consumidor.
e os valores dos seus elementos. O capital da informação como sistemas, bancos de dados e
demais recursos que são intangíveis, porém são apresentados como grandes diferenciais das
modernas organizações e finalmente o capital organizacional que envolve o relacionamento
das pessoas internamente, abrangendo a cultura organizacional, liderança, alinhamento
estratégico entre todos os seus componentes e o trabalho em equipe.
Gestão Estratégica de Pessoas
7. ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL
7.1 Definição
Organização como unidade social: nesse sentido organização significa qualquer tipo de
empresa. Dentro desse enfoque, a organização pode ser visualizada sob dois aspectos:
• Organização formal - é a organização planejada, formalizada oficialmente;
• Organização informal - é a organização que surge espontaneamente entre as pessoas
que ocupam posições na organização formal e a partir dos relacionamentos
interpessoais.
7.3 Princípios
• Princípio Escalar ou Hierarquia: Cada pessoa deve saber exatamente quem são seus
subordinados e a quem deve se subordinar.
• Princípio das Funções de Linha e staff: as funções de linha são aquelas diretamente
relacionadas com os objetivos da empresa e de staff são aquelas indiretamente relacionadas
com os objetivos da empresa. Devem ser distintas e definidas dentro da organização.
7.4 Componentes
7.7 Organograma
Organograma clássico
É o organograma mais conhecido. Permite melhor entendimento da representação de uma
empresa. Demonstra os órgão de decisão, de assessoria, operacionais e o posicionamento
hierárquico. É constituído de retângulos que representam os cargos ou órgãos da empresa e
que são ligados entre si por linhas que representam as relações de comunicação. Quando as
linhas são horizontais, elas representam relações laterais de comunicação. Quando as linhas
são verticais, representam relações de autoridade do superior sobre o subordinado ou relações
de responsabilidade do subordinado em relação ao superior.
No organograma clássico, os órgãos ou cargos do mesmo nível hierárquico devem ser
colocados em paralelo, utilizando-se a mesma nomenclatura para designá-los.
Organograma Radial
O seu objetivo é mostrar o macrossistema das empresas componentes de um grande grupo
empresarial. Tem o formato do sistema solar.
Organograma em Barras
São representados por longos retângulos. Começam todos na mesma posição, à esquerda e
se prolongam para a direita. Quanto maior a importância do órgão, mais avança para a direita
a barra.
Organograma em Lambda
Apresentam apenas, grupos de órgãos que possuem características comuns.
É uma linha contínua de autoridade que liga todas as pessoas de uma organização e que
indica quem se subordina a quem. Todas as pessoas na organização devem saber a quem se
reportar e quais os níveis administrativos sucessivos que levam ao topo.
Na empresa pode existir diversos níveis de autoridade, desde o presidente, diretor, gerente
até o encarregado ou líder. Cada nível hierárquico tem autoridade sobre o nível abaixo e
presta responsabilidade perante o nível acima.
A partir dos anos 90, as estruturas gerenciais são achatadas: pequeno número de gerentes
em cada nível de administração e grupos autogeridos na base da estrutura.
Autoridade
É o direito formal e legítimo de tomar decisões dar ordens e alocar recursos para alcançar
objetivos organizacionais desejados. É o poder de comandar, e, de orientar os funcionários e
os negócios. A importância da autoridade decorre da necessidade de se garantir que as coisas
sejam feitas conforme o que foi planejado e organizado.
A autoridade apresenta três características principais:
a) A autoridade é decorrente de uma posição organizacional, e não de pessoas. Os
administradores possuem autoridade em função da posição ocupada e os que têm posição
semelhante devem ter a mesma autoridade.
b) A autoridade deve ser aceita pelos subordinados. Se os subordinados se recusarem a
obedecer porque a ordem está fora de sua competência, a autoridade simplesmente
desaparece.
c) A autoridade flui abaixo pela hierarquia vertical. As posições do topo da hierarquia são
investidas de mais autoridade formal do que as posições abaixo delas.
Quando se fala em autoridade não se pode esquecer de mencionar a responsabilidade, pois
elas estão intimamente ligadas. A responsabilidade é a razão direta da autoridade que uma
pessoa recebeu para executar e/ou conduzir um serviço, assumindo assim, total obrigação pelo
desenvolvimento até a conclusão do trabalho.
7.10 Delegação
8. DIREÇÃO EMPRESARIAL
8.1 Definição
Tomada de Decisões
É o trabalho que o administrador desenvolve para chegar a conclusões e escolhas bem
definidas sobre o que o pessoal deve fazer, com base em informações.
Informação
Meio para propiciar suporte à execução e ao gerenciamento de cada operação de vendas,
produção, compras, finanças, etc. e para elaborar planos e avaliar resultados. As informações
são necessárias para promover o conhecimento, mas precisam de quem as elabore, seja capaz
de produzir e processar as informações de forma ordenada, ágil e precisa, seja através de
meios manuais, mecânicos ou eletrônicos.
Pirâmide do Conhecimento
Trata-se de caminho que forma a ponte entre o empírico e o teórico, com o fenômeno
gerando dados, os dados gerando informações, e as informações gerando ou confirmando um
conhecimento abstrato.
Durante anos, as pessoas se referiam aos dados como informação; agora, vêem-se
obrigadas a lançar mão de conhecimento para falar sobre a informação – daí a popularidade
da “administração do conhecimento”, na tabela 1 podemos observar as diferenças entre dados,
informação e conhecimento.
Comunicação:
É a atividade desenvolvida para gerar compreensão na empresa. Pode ser direta, emitindo
instruções, metas, objetivos e atribuindo tarefas ou indireta através de publicação de ordens
permanentes, descrições de cargo, etc.
É pela comunicação que a empresa promove as relações e o entendimento. Fornece os
processos e os meios para que administração promova a interação constante no ambiente
externo e interno. No ambiente externo o processo de comunicação é fundamental para
identificar as necessidades sociais, conhecer os clientes, tornas os produtos/serviços
conhecidos, atrair talentos, criar e manter relações com clientes, fornecedores e outras
entidades. No ambiente interno, ela é fundamental para se conseguir a disseminação, a
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Motivação
É a atividade desenvolvida para estimular, encorajar e mobilizar as pessoas buscando a
adequação do comportamento individual e coletivo aos requisitos da tarefa empresarial a
fazerem o que deve ser feito. O administrador deve criar condições para que as pessoas se
motivem a si mesmas.
Os instrumentos de motivação são voltados à satisfação das pessoas com relação às
necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto – realização.
A motivação é necessária para induzir pessoas a darem o máximo de seus esforços para
atingir um determinado objetivo.
Ativação
É compartilhar a tarefa empresarial entre as pessoas que integram a organização,
atribuindo a cada uma delas um grau de autonomia para que execute a parte que lhe cabe e
que assuma papéis e responsabilidades, tendo uma postura pro ativa, isto é, tomar a
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Integração
Promove o conhecimento e a adesão das pessoas à filosofia, objetivos e normas da
empresa, incluindo a integração de novos colaboradores, o trabalho conjunto e a cooperação
entre as pessoas e as unidades organizacionais.
Os trabalhos em equipe, as reuniões, os seminários ou as convenções, os programas de
apresentação da empresa aos colaboradores novos e atuais são alguns exemplos de
instrumentos que auxiliam os esforços de integração.
Desenvolvimento do Pessoal
É a atividade que se desenvolve para ajudar o pessoal a melhorar em seus conhecimentos
atitudes e habilidades.
Liderança
É a capacidade de dirigir, coordenar e motivar indivíduos ou grupos para alcançarem
objetivos.
A liderança pode ser aperfeiçoada através de atitudes como:
8.3 Princípios
Orientação
Orienta e supri informações necessárias. Pode se usar os seguintes meios:
Informações escritas: boletins, relatórios, memorandos, avisos etc.
Informações orais: reuniões, conferências, sessões periódicas, etc.
Emissão de Ordens
Para iniciar, modificar ou fazer cessar uma atividade. A ordem pode ser geral ou
específica; escrita ou oral; permanente ou provisória.
A ordem dada deve ser firme – dada sem hesitação; clara, - compreensível; precisa – sem
indeterminação, concisa – em poucas palavras; exeqüível – dentro das possibilidades
materiais e pessoais de quem vai executar; legítima – dentro da autoridade de quem expede.
Delegação de Autoridade
A delegação de autoridade na função direção pode ser usada quando se dá a alguém o
direito de comandar um grupo de trabalho, ou quando se dá a alguém o direito para executar
atividades.
9. CONTROLE EMPRESARIAL
9.1 Definição
Toda atividade pode ocasionar algum tipo de variação, pôr isto é necessário determinar os
limites aceitáveis. Assim as variações que ocorrem dentro desses limites não exigem
correções. Apenas as variações que ultrapassam os limites dos padrões é que são
denominados erros, desvios afastamento ou anormalidades. Para que possa localizar as
exceções, o controle deve dispor de técnicas que indiquem rapidamente onde se encontra o
problema.
A comparação do desempenho ou resultado em relação ao objetivo ou padrão geralmente
feito através de meios de apresentação, como gráficos, relatórios, índices, porcentagem,
medidas e estatísticas etc., deve localizar três possibilidades:
Os padrões definem o que deve ser medido em termos de quantidade, qualidade, tempos e
custos dentro de uma organização e quais os instrumentos de medidas são adequados.
2. Avaliação do Desempenho
Verifica se os resultados estão sendo obtidos e quais as correções necessárias a serem feitas.
4. Correção do Desempenho
É a ação administrativa que se desenvolve ao corrigir e aperfeiçoar o trabalho que está sendo
feito e os resultados que estão sendo obtidos, visando manter o desempenho dentro do nível
dos padrões estabelecidos. Assegura que tudo seja feito exatamente de acordo com o que se
pretendia fazer.
O objetivo do controle é exatamente indicar quando, quanto, onde e como se deve executar a
correção necessária. Na realidade, o controle visa alcançar duas finalidades principais:
• Correção de falhas ou erros existentes: o controle serve para detectar falhas, desvios
ou erros – seja no planejamento ou na execução – e apontar as medidas corretivas
adequadas para saná-los ou corrigi-los.
• Prevenção de novas falhas ou erros: ao corrigir as falhas ou erros existentes, o
controle aponta os meios necessários para evitá-los no futuro.
Nível institucional - efetua o controle estratégico. Direcionado ao longo prazo. Aborda toda a
organização. Focaliza o ambiente externo. Dá ênfase na eficácia.
Os controles estratégicos são denominados controles organizacionais; constituem o
sistema de decisões de cúpula que controla o desempenho e os resultados da organização
como um todo. Existem vários tipos de controles estratégicos:
• Balanços e relatórios financeiros.
• Controle dos lucros e perdas.
• Análise do retorno sobre o investimento, etc.
Nível intermediário - faz os controles táticos. Direcionado ao médio prazo. Aborda cada
departamento ou unidade organizacional. Focaliza a articulação interna.
Os controles táticos são feitos no nível intermediário e refere-se a cada uma das unidades
organizacionais – sejam departamentos, divisões ou equipes. Os tipos de controles táticos
mais importantes são:
• Controle Orçamentário
• Contabilidade de custo
Nível operacional – Aborda cada tarefa ou operação. Focaliza cada processo. Dá ênfase na
eficiência. Os controles operacionais são realizados no nível operacional da organização e são
projetados ao curto prazo.
Deve-se preparar a pessoas de modo que elas possam desenvolver autocontrole e
tornarem-se mais eficazes em seu trabalho, permitindo o desenvolvimento da habilidade ou
capacidade de analisar situações, determinar qual é o comportamento adequado e decidir a
agir favoravelmente para proporcionar contribuições à organização.
Autocontrole
A comparação dos itens realizados com o que foi programado é feito pelo próprio
executor, isto é, o próprio operador efetua a inspeção no momento em que a peça está sendo
fabricada.
Controle Visual
Pode ser usado para avaliar a carga de máquinas e o volume de material a ser trabalhado
em cada máquina, etc.
Controle de estoques
Inventário é o volume de materiais ou produtos em estoque. As organizações costumam
manter estoques de materiais, de materiais em processamento ou de produtos acabados. O
inventário permite certa flexibilidade em seus processos de produção/operação para
ultrapassar períodos de excesso ou de capacidade ociosa, enfrentar períodos de demanda
irregular e obter economias em compras de larga escala. Como o inventário representa um dos
maiores investimentos de capital, ele precisa ser cuidadosamente administrado. O propósito
do controle do inventário é assegurar que o estoque corresponda ao tamanho certo para as
tarefas a serem executadas.
Programação just-in-time
O sistema just-in-time (JIT) envolve uma tentativa de reduzir custos e melhorar o fluxo de
trabalho através da programação de materiais que devem chegar a uma estação de trabalho no
momento de seu uso. Essa abordagem para o controle de inventário envolve uma minimização
de custos de manter estoques e de comprar ou produzir estoques dentro do estritamente
necessário. Permite cortar estoque, maximizar o uso do espaço e contribuir para melhorar a
qualidade dos resultados.
Controle de qualidade
O controle de qualidade envolve processos de verificação de materiais, produtos e
serviços para assegurar que eles alcancem elevados padrões. Aplica-se a todos os aspectos de
produção e operações, desde a seleção de matérias-primas e fornecedores até a última tarefa
executada no produto ou serviço final. O controle de qualidade melhora a produtividade pela
redução do desperdício no lado dos insumos e pela redução das rejeições no lado dos
resultados finais.
TÉCNICAS
O controle pode utilizar diversas em forma de gráficos para efetuar o controle, como:
1. Gráficos estatísticos;
2. Cronogramas;
3. Gráfico de Gantt;
4. PERT - CPM.
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10.MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO
Até meados dos anos 70 o modelo americano e europeu, baseado nas teorias da era
industrial clássica e neoclássica, dominou a prática e o ensino da administração em todo o
mundo.
Este modelo também conhecido por modelo diretivo ou administração tradicional, é
autoritário e centralizado, porque o poder de decisão e as informações estão concentrados nos
chefes, excluindo grande parte de seus colaboradores dos processos de decisão e não lhes
pedindo que pensem. Produz insatisfação e desmotivação do trabalhador.
Surgiu vinte e cinco anos depois da Segunda guerra mundial, na Toyota Motor Cia., com
o engenheiro Taiichi Ohno.
No final da década de 70 o modelo japonês de administração começou a ser introduzida
nas empresas, juntando-se as idéias de administração americana e européia. As idéias
principais do modelo japonês são: grupos de trabalho auto gerenciados; Just – in – time;
produção enxuta; círculos de controle da qualidade; produtos de alta qualidade e baixo preço;
aprimoramento contínuo e simplicidade dos seus componentes; eficiência, qualidade e
participação dos funcionários nas decisões. Nos anos 90, este modelo já havia tornado-se
padrão das empresas para alcançar e manter a capacidade de competir em escala global.
O primeiro a usar este termo holismo em seus escritos foi o general sul africano Ian
Christian Smuts em Londres em 1926.
Holismo vem do grego Holos, que significa todo. É administrar com visão global. Na
visão holística a empresa é vista como um sistema com contínua interação com o ambiente.
A expressão empreendedor foi usada em 1800 pelo economista francês Jean Baptiste Say
para identificar a pessoa que transfere recursos econômicos de setor de menor produtividade
para um setor de maior produtividade.
Nas organizações o empreendedor se caracteriza com a habilidade de fazer negócios que
geram empregos e com a habilidade de manter a inovação no seu negócio, diferenciando-o e
mantendo-o competitivo no mercado.
A empresa empreendedora se fundamenta em dois aspectos:
1. Na estratégia: é dar foco no que a empresa faz, quais produtos e quais clientes a
empresa quer ter.
Há uma grande oferta de informações, maior do que as pessoas podem absorver razão da
importância da administração do conhecimento.
As idéias, fatos, suposições, decisões, experiências são considerado ativo patrimonial e
um diferencial competitivo para as organizações. Assim sendo a administração do
conhecimento tem grande valor para as empresas e a tecnologia da informação e da
comunicação é suporte para isto.
O objetivo da administração do conhecimento é obter, esquematizar, ordenar e
disponibilizar o conhecimento técnico, o conhecimento gerencial e o conhecimento do
mercado.
11.1. Ética
Ética significa respeito pelos outros e pelo meio ambiente, e se estende a todas as escolhas
que se fizer.
Está relacionada ao comportamento de pessoas físicas e jurídicas. Define e avalia o
comportamento ideal, estabelecendo a conduta certa e as formas de fazê-la. Trabalha com
aquilo que pode ser diferente e com os valores observados pelas organizações ou pela
sociedade como um todo ou em grupos sociais específicos, mediante aprovação ou
reprovação.
Os princípios éticos se alicerçam em: respeitar as pessoas; respeitar e cumprir as Leis,
regras e regulamentos, comprometer-se com a inclusão, justiça, verdade e honestidade, ser
solidário e cooperativo e assumir responsabilidades sociais e ambientais.
São padrões, relacionados num código de ética, usados para julgar o que é certo ou errado,
no comportamento dos administradores, dentro dos valores aceitos pela empresa.
A conduta ética em administração significa:
• Desenvolver de modo íntegro e honesto todas as atividades;
• Ter equilíbrio e controle emocional nos relacionamentos;
• Não ter atitudes de discriminação, como: de cor, idade, religião, sexo, problemas físicos;
• Praticar valores de: cortesia, caráter, educação amizade, respeito, paciência, justiça,
bondade, dignidade, compreensão, dedicação, responsabilidade, solidariedade, humildade
e alegria.
As relações no ambiente de trabalho podem ainda ser dominadas por outros vários
problemas éticos, como: mentira, omissão, exclusão, pirataria, maquiagem de produtos,
clonagem, fraudes, manipulações e plágio.
A ética foi mudando com o passar do tempo e vai mudando conforme avança a tecnologia
e a ciência em todas as áreas:
1. No velho testamento: a ética seguida era olho por olho, dente por dente.
2. No novo testamento: a ética passou a ser amai vossos inimigos.
3. Na Europa e em outros países: os condenados foram torturados e executados em praça
pública, em espetáculos que a multidão assistia como divertimentos. Atualmente se
condena essa prática.
4. Apartheid na África do Sul até os anos 90: maioria negra do país tinha menos direitos
que a minoria branca. Boicote internacional levou a integração racial e a
democratização.
5. Nos anos sessenta: segurança nos automóveis.
6. A partir da década de 60 até os dias de hoje:
• Segurança do usuário;
• Código de defesa do meio ambiente;
• Proteção da mulher;
• Código de defesa do consumidor;
• Estatuto do menor e adolescente;
• Direitos iguais para todo trabalhador;
• Direitos entre marido e mulher;
• Estatuto do Idoso, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONELLO, Claudia Simone. JUNIOR, Enio Pujol. SILVA, Magda Valéria. Escola das
Relações humanas.Trabalho Acadêmico. 2002.
BIO, Sergio Rodrigues. Sistemas de Informação: Um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas,
1996.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000. 138
MAILHIOT, Gérald B. Dinâmica e Gênese dos Grupos. Livraria Duas Cidades, 7ª , São
Paulo, 1991.
REZENDE, Denis Alcides e ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação aplicada
a sistemas de informação empresariais. São Paulo: Atlas, 2000. 311p.
SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2002.523 p. Professor
ANEXOS
Simbologia
Terminal Início, Fim ou para referir-se a outro processo que não seja objeto de
estudo.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydney sorriu atenciosamente e
desejou ao jornaleiro um bom final de semana.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
- Ele sempre te trata com tanta grosseria?
- Sim, infelizmente é sempre assim.
- E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
- Sim, sou.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
- Porque não quero que ELE decida como EU devo agir. Nós somos nossos "próprios donos".
Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau
humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros.
Vocês me perguntam: Qual é a nossa meta? Posso responder com uma única palavra:
VITÓRIA! Vitória a todo custo, Vitória apesar do medo,
Vitória por mais longo e difícil que o caminho possa ser,
Pois sem vitória não há sobrevivência.
Churchill
O nome dele era Fleming e era um pobre fazendeiro escocês. Um dia, enquanto
trabalhava para ganhar a vida e o sustento para sua família, ele ouviu um pedido desesperado
de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu para lá.
Lá chegando, enlameado até a cintura de uma lama negra, encontrou um menino gritando e
tentando se safar da morte. O fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e
terrível.
No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à humilde casa do escocês. Um nobre
elegantemente vestido sai e se apresenta como o pai do menino que o fazendeiro Fleming
tinha salvo.
"Eu quero recompensá-lo", disse o nobre. "Você salvou a vida do meu filho".
"Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz", responde o fazendeiro escocês,
recusando a oferta. Naquele momento, o filho do fazendeiro veio à porta do casebre.
"É seu filho?” Perguntou o nobre.
"Sim," o fazendeiro respondeu orgulhosamente.
"Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for
como seu pai, ele crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho". E foi o que ele
fez.
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Tempos depois, o filho do fazendeiro Fleming se formou no St. Mary's Hospital Medical
School de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexander Fleming, o
descobridor de Penicilina. Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia. O que
o salvou? Penicilina.
O nome do nobre? Senhor Randolph Churchill.
O nome do filho dele? Senhor Winston Churchill.
Alguém disse uma vez que a gente colhe o que a gente planta.
Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro.
Ame como se você nunca tivesse tido uma decepção.
Dance como se ninguém estivesse te assistindo.
APORTA
Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto. Cada vez que fazia prisioneiros, não
os matava, mas levava-os a uma sala onde tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma
imensa porta de ferro no outro, sendo que nessa porta havia figuras de caveiras cobertas de
sangue. Então o rei fazia-os ficar em círculo, e dizia: Vocês podem escolher: morrer flechados
por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados. Todos os que
por ali passaram escolheram morrer pelas mãos dos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
- Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que há por trás de tão assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado então abre a porta vagarosamente, e percebe que, à medida que o faz, raios de sol
vão adentrando e clareando o ambiente.
E vê, surpreso, que a porta levava rumo à liberdade. Admirado, apenas olha para o rei, que
diz:
Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
E nós, quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?
Quantas vezes perdemos a liberdade e ficamos correndo somente pelo lado de dentro, apenas
por sentirmos medo de abrir a porta dos nossos sonhos?
Não adianta sonharmos se não tivermos coragem de ir em busca dos nossos sonhos...
Várias cabeças sempre pensam melhor do que uma. Quando isso não acontece é porque elas
não estão trabalhando em time.
Era uma vez três lavradores que trabalhavam juntos. Cada um tinha uma função: o primeiro
era encarregado de abrir buracos na terra; o segundo jogava as sementes dentro deles; a tarefa
do terceiro era ir tapando os buracos que já tinham sementes. Certo dia, o primeiro e o terceiro
lavradores estavam trabalhando. Um homem que passava pelo local viu os dois e perguntou:
"Mas o que é que vocês estão fazendo?" Eles responderam: "Estamos plantando sementes". O
homem, então, comentou: "Mas que sementes?!! Vocês não repararam que o encarregado de
jogá-las não veio trabalhar?" Essa é a história que Magali Bredariol, gerente de RH e
desenvolvimento organizacional da Stefanini, empresa de tecnologia da informação com
matriz em São Paulo e unidades na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, costuma
contar quando alguém lhe pede uma definição sobre o que é trabalho em grupo. O que, para
ela, é bem diferente de trabalhar em equipe. "Costumo dizer que equipes são grupos que
evoluíram", define. Parece jogo de palavras? Magali jura que não é e dá mais um exemplo
para explicar sua teoria: Charles Chaplin em Tempos Modernos, de 1936, filme que retrata a
vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30. Quem não se lembra daquela famosa cena em
que ele apertava parafusos sem parar? "Numa linha de produção, as pessoas trabalham em
grupo, mas não em equipe. O trabalho que elas fazem, na verdade, é individual, só que
realizado lado a lado. Nesse sistema, cada um se preocupa em fazer seu trabalho -- e só",
comenta Magali. O trabalho em equipe pressupõe que os membros do time saibam o que os
outros estão fazendo e, dependendo do caso, possam até substituir o colega. No grupo é cada
um por si. Já a equipe funciona na base do um por todos e todos por um!
Quando o assunto é trabalhar em equipe, as formigas dão uma aula de time. Elas vivem numa
sociedade organizada e sabem exatamente o que fazer pelo bem comum. Detalhe: não precisam
receber ordens para agir. Quando estão em ação, a sincronia entre as formigas é tão perfeita que
elas parecem funcionar como células do mesmo corpo. São a prova viva de que a união tem
tudo a ver com a força. Juntas, são capazes de fazer o que não dariam conta de realizar se
estivessem sozinhas.
1) Limites precisos -- Todos sabem quem pertence ou não ao time. Da mesma maneira, a
equipe é reconhecida pelos outros como uma unidade organizacional.
3) Papéis diferenciados -- Cada membro do time deve dar sua contribuição individual à
equipe.
4) Autonomia -- A liberdade para realizar o trabalho é uma marca registrada das equipes.
Tudo é prioridade
O trabalho em time pode ser olhado por dois aspectos: um se refere à atividade; o outro, ao
processo. A atividade se relaciona com a esfera do trabalho, das regras, da rotina, da técnica,
do que vai ser realizado para produzir determinado resultado. Os gestores que privilegiam a
atividade costumam exercer o tipo de liderança conhecida como científica ou técnica. Já o
processo explica como a atividade será feita e tem a ver com as competências emocionais. "O
processo inclui a maneira subjetiva como as pessoas se relacionam para atingir as metas",
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completa a consultora Rosa Bernhoeft, da Alba & Bernhoeft Associados, de São Paulo. É o
que está fora do manual, não é controlável. A liderança científica só enfoca o procedimento
técnico da gerência e pode levar a muitos equívocos.
A culpa não é só das empresas, nem dos líderes. Pesquisas mostram que os profissionais
brasileiros só se sentem seguros se souberem exatamente o que vão fazer no trabalho. Eles
sentem muita dificuldade de abrir mão de seus padrões para recriar o trabalho. E abrir mão de
padrões tem tudo a ver com o processo -- algo que o líder do time nunca pode subestimar.
Aliás, nem tanto ao processo nem tanto à atividade. Na verdade, o líder tem de procurar
estabelecer o equilíbrio entre esses dois aspectos. Senão, um dia pode descobrir que está à
frente de uma equipe que vive discutindo a relação, mas esquece que tem objetivos a cumprir.
Metodologia de trabalho, reengenharia, gestão de projetos pertencem ao campo da atividade.
Em tese, não há problemas nessa dimensão porque ela é objetiva e lida com planos bem
definidos. "Quase tudo é previsível e passível de resolução", diz Rosa. As dificuldades que
podem surgir têm a ver basicamente com falta de recursos, de informação e de técnica -- o
que pode ser solucionado com relativa facilidade. Por outro lado, no campo do processo
encontra-se a parte intangível do trabalho em equipe. Aqui, começa-se a lidar com
significado, motivação e o que faz as pessoas sair da cama todos os dias para ir trabalhar. No
plano da atividade, a individualidade não existe. Já no plano do processo as diferenças
individuais precisam ser muito bem administradas. "Ter bom senso e cuidado é fundamental
para lidar com as pessoas", diz o designer carioca Fred Gelli, da Tátil Design, empresa do Rio
de Janeiro que trabalha com equipes criadas a partir de projetos (leia o quadro "Nada de
Mesmice").
Campo minado
Ainda assim, é preciso levar em conta a máxima de Nelson Rodrigues "Toda unanimidade é
burra". Um pouco de polêmica não faz mal a nenhuma equipe -- aliás, ao contrário, pode até
melhorar muito o trabalho. Por isso, são bem-vindos os profissionais dotados de senso crítico
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mais aguçado e até mesmo aqueles que têm certo gosto para a competição. Já pensou no
trabalho feito por pessoas que pensam e agem exatamente da mesma maneira? É totalmente
previsível. Essa ausência de conflito, aliás, é uma das armadilhas do trabalho em time. Quem
diz isso é o consultor Patrick Lencioni, autor de Os 5 Desafios das Equipes (editora Campus).
Segundo ele, essas armadilhas aparecem naturalmente e devem sempre ser administradas em
conjunto, porque não se trata de problemas isolados. No livro, Lencioni também sugere o que
o líder pode fazer para tentar contornar essas situações delicadas. Atitudes que, em muitos
casos, podem perfeitamente ser adotadas pelos integrantes do time. Afinal, em uma equipe
todos estão por todos. Então, não custa tentar!
O que o líder pode fazer Deixar que as pessoas resolvam seus conflitos é o melhor jeito de
fazê-las aprender a lidar com situações difíceis. Existem conflitos que são saudáveis porque
contribuem para o crescimento individual e coletivo. Então, o líder só deve interferir quando
for realmente necessário.
O que o líder pode fazer É preciso levar a equipe a concluir o que se propôs a realizar e, muito
importante, dentro do prazo estabelecido. O líder também deve encarar com naturalidade o
fato de que algumas de suas decisões podem, com o tempo, se revelar erradas.
O que o líder pode fazer O trabalho em equipe vai de vento em popa quando todos sabem o
que todos estão fazendo e conseguem acompanhar a evolução do trabalho. Isso ativa o
mecanismo de auto-regulação do grupo. Assim, não caberá só ao líder, mas a todos os
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componentes do time, cobrar pela execução de tarefas que ainda não foram realizadas.
Instituir prêmios pela performance coletiva também é um bom jeito de estimular o senso de
responsabilidade.
O que o líder pode fazer Cabe ao chefe a tarefa de determinar a disposição que as pessoas
devem ter para o trabalho e para atingir os resultados. Se ele mesmo não dá mostras de
entusiasmo, de que se importa com o assunto, como pode esperar algo diferente do time?
Sem estabelecer pactos de convivência, nada feito! Essa é a orientação que o consultor Luis
Felipe Cortoni, professor do Instituto Vanzolini (USP) e sócio-diretor da LCZ
Desenvolvimento e Organização de Pessoas, em São Paulo, geralmente dá a seus clientes.
Para isso, o grupo precisa se reunir de tempos em tempos e colocar as cartas na mesa. "As
condições, expectativas e percepções individuais precisam ser explicitadas e negociadas.
Sempre levando em consideração a situação em que o grupo se encontra no momento", diz
ele. Isso engloba metas, divisão de papéis e o relacionamento interpessoal e com o chefe.
Como se vê, trabalhar em equipe pode ser muito simples, mas também muito complicado.
Depende do ponto de vista.
http://vocesa.abril.uol.com.br/edicoes/60/pgart_04_08072003_5165.shl