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2012
ÍNDICE
1. Mensagem da Presidente do Conselho de Administração.........................................................................7
2. Apresentação Geral..................................................................................................................................11
2.1. Enquadramento.................................................................................................................................12
2.2. Área de Influência............................................................................................................................14
3. Estrutura Organizacional.........................................................................................................................19
4. Actividade Assistencial............................................................................................................................21
4.1. Internamento.....................................................................................................................................24
4.2. Consulta Externa..............................................................................................................................30
4.3. Urgência...........................................................................................................................................33
4.4. Hospital de Dia.................................................................................................................................37
4.5. Actividade Cirúrgica........................................................................................................................39
4.6. Partos e Nascimentos........................................................................................................................45
4.7. Cuidados Continuados......................................................................................................................48
4.8. Colheita e Transplantação................................................................................................................51
4.9. Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica....................................................................53
5. Outras Actividades...................................................................................................................................56
5.1. Investigação......................................................................................................................................57
5.2. Ensaios Clínicos...............................................................................................................................61
5.3. Formação..........................................................................................................................................75
5.4. Sistemas e Tecnologias de Informação............................................................................................81
6. Recursos Humanos..................................................................................................................................84
6.1. Grupos Profissionais.........................................................................................................................87
6.2. Relação Jurídica de Emprego...........................................................................................................88
6.3. Estrutura Etária.................................................................................................................................88
6.4. Níveis de Escolaridade.....................................................................................................................89
6.5. Absentismo e Mobilidade.................................................................................................................90
6.6. Projectos Realizados/Em Curso.......................................................................................................92
7. Situação Económica e Financeira............................................................................................................97
7.1. Controlo Interno e Externo...............................................................................................................98
7.2. Gestão Orçamental...........................................................................................................................98
7.3. Tesouraria e Cobranças....................................................................................................................99
7.4. Investimentos..................................................................................................................................100
7.4.1. Execução do Programa de Investimentos...............................................................................100
O Decreto-Lei n.º 44/2012 de 23 de Fevereiro que entrou em vigor a 01 de Março de 2012, alterou a
composição do CHLC, EPE pois integrou outros dois hospitais: o Hospital de Curry Cabral, EPE e a
Maternidade Dr. Alfredo da Costa – SPA.
A criação do CHLC, EPE obedece a uma lógica de alargamento de hospitais com estatuto de entidade
pública empresarial. Mas mais do que isso, visa recuperar e rentabilizar as sinergias existentes, como já
aconteceu no passado com estes Hospitais, que num passado recente se designavam por Hospitais Civis
de Lisboa. Os Hospitais que hoje constituem o CHLC, EPE são os seguintes: Hospital de São José,
Hospital de Santo António dos Capuchos, Hospital de Santa Marta, Hospital de Dona Estefânia, Hospital
de Nossa Senhora do Desterro (entretanto encerrado), Hospital de Curry Cabral e Maternidade Dr.
Alfredo da Costa.
Esta concentração de recursos na mesma entidade tem em vista, como já foi referido, a rentabilização da
capacidade instalada, evitar especialidades duplicadas ou triplicadas nas várias unidades e reduzir as
redundâncias que ainda existem noutras áreas, nomeadamente na logística e nas áreas clínicas transversais
(ex.: Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Imunohemotrapia, Anestesia e outras).
O objectivo principal desta fusão é a transferência a médio prazo da actividade realizada neste CHLC,
EPE para o novo Hospital de Lisboa Oriental.
A transferência para o referido Hospital tal como está previsto, em 2016, será o culminar de uma
reorganização de oferta de cuidados hospitalares na área da Grande Lisboa.
Com efeito, no decorrer do ano de 2012 e nos próximos dois anos, a região de Lisboa assistirá a uma
profunda reforma do seu parque hospitalar com a abertura de mais três novas Unidades Hospitalares (em
2010 foi aberto o Novo Hospital de Cascais). O Hospital Beatriz Ângelo (HBA) abriu em Janeiro de 2012
na zona de Loures e este não é um hospital de substituição mas sim uma nova Unidade. Em meados de
2013, abrirá o novo Hospital de Vila Franca de Xira, este sim é um Hospital de substituição e em 2015,
prevê-se que abra o Hospital de Lisboa Oriental que irá substituir seis ou mais Hospitais e não apenas
uma Unidade, como a maior parte dos exemplos anteriores.
A médio prazo a realidade assistencial da região de Lisboa sofrerá uma alteração muito significativa cujos
pilares fundamentais são a organização da oferta de cuidados hospitalares assente em 3 pólos hospitalares
requalificados (menos camas mas melhores e mais adequadas): Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro
Hospitalar de Lisboa Ocidental e Hospital de Lisboa Oriental (HLO).
A composição do actual CHLC, EPE permitirá ajustar progressivamente a oferta à prevista para o HLO e
permitirá, igualmente e no imediato, a criação de estruturas organizativas comuns com o objectivo de
reduzir custos e obter ganhos de eficiência.
O CHLC, EPE já apresentou um “Plano de actividades e respectivo orçamento”, para os próximos 3 anos.
Dispõe também de 120 dias a contar da referida data para apresentar um novo Regulamento Interno.
O CHLC, EPE adoptou e está em desenvolvimento como eixo estruturante da sua actividade um modelo
de governação clínica que assenta sobre dois pilares operacionais – Especialidade e Unidade Funcional –
e uma terceira, de responsabilidade intermédia entre o sector operacional e o Conselho de Administração.
O reforço do carácter multidisciplinar facilitador das boas práticas clínicas bem como a monitorização
regular de indicadores clínicos fiáveis capazes de sustentar um programa de auditorias clínicas, são
pressupostos modeladores da Gestão Clínica pretendida.
O projecto de transformação em curso vem decorrendo com sucesso, embora com maiores
constrangimentos externos decorrentes das reformas a que a conjunta económica e financeira do País
obriga.
A racionalização de custos tem vindo a ser prosseguida sem prejuízo da missão do Hospital, suportada no
elevado grau de profissionalismo e de dedicação dos nossos colaboradores, suportada também na
reorganização da estrutura interna que tem como objectivo colocar o doente no Centro do sistema,
garantindo a melhoria contínua da qualidade de prestação de cuidados de saúde, na esteira de tradição e
prestigio há muito grangeados pelos Hospitais que integram o CHLC,EPE.
Este ano vamos ter seguramente dificuldades muito maiores pela necessidade imperiosa de racionalizar
ainda mais os custos.
Não vai ser um quadro fácil, antes pelo contrário e por isso teremos que estar permanentemente vigilantes
para que o essencial não se confunda com o acessório.
Por outro lado, importa aqui apelar também para o espirito de solidariedade que deve reinar nestes
momentos para conseguirmos estar atentos e ajudar quem mais necessita.
A Administração irá tomar a iniciativa de criar com a ajuda de todos, uma “bolsa” que permita apoiar os
profissionais mais necessitados.
Não podemos deixar de chamar a atenção para as enormes dificuldades que estamos e continuamos a
enfrentar e nessa senda estão naturalmente incluídas a manutenção dos postos de trabalho existentes.
É absolutamente necessário que todos nós nos consciencializemos do risco de perdermos o nosso posto de
trabalho. E por isso teremos que trabalhar muito focalizados na necessidade de reduzir todos os custos
que não sejam absolutamente indispensáveis.
Só mesmo todos a “remarmos” para o mesmo lado, no sentido de garantir não só a sustentabilidade do
SNS mas também a dos nossos postos de trabalho, tornará possível enfrentar com êxito todas as
dificuldades que continuarão a existir.
O medo não é bom conselheiro e por isso não devemos ter medo mas sim coragem para enfrentarmos os
grandes desafios que temos e teremos pela frente.
Queremos também agradecer e sublinhar que a adesão dos profissionais do CHLC, EPE à implementação
e desenvolvimento dos vários projetos em curso tem sido fundamental para o sucesso constatado. Na
gravíssima conjuntura económico-financeira e social com que o Pais se defronta, o Conselho de
Administração, continuará a contar com o vosso esforço empenhado e com qualificação reconhecida dos
nossos profissionais, para executar tão complexo quanto grandioso projeto de mudança e modernização
que urge prosseguir com vista ao futuro Hospital Lisboa Oriental.
Bem hajam
O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC,EPE) foi criado pelo DL n.º 50-A/2007 de 28 de
Fevereiro, pela integração, numa única organização, de quatro hospitais centrais: Hospital de S. Marta,
EPE (HSM), Hospital de D. Estefânia (HDE), Hospital de S. José (HSJ) e o Hospital de S. António dos
Capuchos (HSAC) - os dois últimos integravam o Centro Hospitalar de Lisboa – Zona Central. A partir
de 1 de Março de 2012, conforme o DL n.º 44/2012 de 23 de Fevereiro, integra também o Hospital de
Curry Cabral, EPE (HCC) e a Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC).
Tendo como missão prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com as demais unidades
prestadoras de cuidados de saúde integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a sua área geográfica
de cobertura insere-se no âmbito da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Este
contexto, não invalida a garantia dos princípios da universalidade de cobertura do SNS e da liberdade de
escolha do cidadão, nem impede a integração na rede de prestação de cuidados de saúde diferenciados e a
sua plena articulação com a rede de prestação de cuidados de saúde primários e com os demais
prestadores de saúde previstos nas redes de referenciação de cuidados de saúde, existentes ou a criar.
O CHLC,EPE é um hospital central, com ensino universitário e formação pós-graduada, com elevada
diferenciação científica, técnica e tecnológica, sendo reconhecido pela excelência clínica, eficácia e
eficiência e assumindo-se como instituição de referência. A oferta de cuidados encontra-se assegurada
através de unidades hospitalares que integram o CHLC,EPE, com diferentes perfis assistenciais e com a
seguinte lotação a 31 de Dezembro.
Persistem no CHLC,EPE alguns aspectos, quer de natureza física quer de ordem estrutural e funcional,
que têm dificultado a sua modernização e contribuído para condicionar a excelência da sua prestação
como hospital central e posicionado no vértice superior da pirâmide da estrutura de prestação de cuidados
de saúde diferenciados. Sublinhe-se ainda, que três dos seis hospitais que integram o CHLC,EPE, ficam
localizados em zonas históricas do centro de Lisboa de acesso rodoviário condicionado e, em muitos
casos, em instalações de antigos conventos geram, pela sua antiguidade e traça arquitectónica,
constrangimentos e dificuldades de organização e funcionamento, obrigando, frequentemente, à
realização de obras de adaptação e a uma manutenção curativa permanente que se traduz em elevados
custos adicionais de exploração corrente e perdas de eficiência interna.
O grande volume da urgência, o número significativo de doentes com prolongamento de internamento por
motivos meramente sociais, a escassez de instituições de retaguarda e a inadequada referenciação de
doentes por parte de outros hospitais, têm contribuído para desvirtuar o correcto posicionamento
assistencial do CHLC,EPE, como estabelecimento hospitalar altamente diferenciado no âmbito da
prestação de cuidados de saúde.
Neste contexto, a alteração do Estatuto Jurídico, que ocorreu em 1 de Março de 2007, para o modelo de
Entidade Pública Empresarial, proporcionou a oportunidade de iniciar a modernização estrutural,
organizativa e gestionária que se tornava imperiosa e que, vem sendo desenvolvida de forma participada e
sustentada.
Em 2012, no âmbito da ARSLVT, foi reformulada a área de modo a integrar o novo Hospital Beatriz
Ângelo e antecipando já o futuro Hospital de Lisboa Oriental, definindo, ainda, o CHLC,EPE como
hospital de referência para os Hospitais de Vila Franca de Xira, Médio Tejo e Distrital de Santarém.
A área de cobertura populacional de primeira linha corresponde a cerca de 379 mil habitantes (idade
média de 40 anos), dos quais, 176 mil são homens (idade média de 42 anos) e 203 mil são mulheres
(idade média de 46 anos) 1. No entanto, as suas características de hospital de destino para referenciação
diferenciada alargam o seu âmbito de influência para o nível regional e nacional podendo afirmar-se que a
sua capacidade atractiva abrange cerca de 1,5 milhões de habitantes.
Neste sentido, é de referir que as diversas redes de referenciação hospitalar colocam o CHLC,EPE como
um pilar nuclear de referência da prestação de cuidados hospitalares.
No que respeita à área de influência, no período de 2001 a 2011, cumpre ainda, salientar o seguinte:
a população residente registou um decréscimo de 3%, com especial destaque para o grupo etário
do 15 aos 24 anos que registou uma diminuição de cerca de 27%;
verificou-se uma diminuição de 7,6% do Índice de Envelhecimento e um aumento de 8,6% no
Índice de Dependência Total;
os Índices de Envelhecimento e de Dependência Total nacionais foram, em 2011, de 127,8 e
51,3 respectivamente.
Quadro: População Residente e Índices de Envelhecimento e de Dependência Total em 2001 e 2011 na área de
influência directa do CHLC,EPE
Grupo Etário 2001 2011 Var. 11/01
0-14 45.578 49.079 7,7%
15-24 50.358 36.553 -27,4%
26-64 207.688 206.541 -0,6%
65 ou mais 87.282 86.813 -0,5%
Total 390.906 378.986 -3,0%
Índice de
191,5 176,9 -7,6%
Envelhecimento
Índice de Dependência
51,5 55,9 8,6%
Total
Fonte: Elaboração própria sobre dados INE.
1
Censos 2011
Para permitir a comparação com o período homólogo, os dados apresentados do CHLC,EPE são os
consolidados incluindo, assim, a actividade do HCC e da MAC realizada em Janeiro e Fevereiro de 2012.
A actividade realizada no CHLC,EPE em 2012 pode ser consultada no Anexo III.
Os doentes cuja entidade financeira responsável pela cobertura da prestação de cuidados de saúde é o
SNS, ADSE, SAD, IASFA, ainda que com variações por linha de actividade, representam cerca de 97%
do total de doentes assistidos.
A apreciação global e evolutiva da actividade clínica é feita pelas grandes áreas funcionais que
caracterizam a produção assistencial, nomeadamente, o Internamento, a Consulta Externa, a Urgência, a
Actividade Cirúrgica, os Partos, o Hospital de Dia, os Cuidados Continuados, Colheita e Transplantação e
os Meios Complementares de Diagnóstico e de Terapêutica.
2012/ 2012/
2011 2012 PD 2012
PD2012 2011
Internamento
Lotação Dezembro (*) 1.582 1.462 1.487 -1,7 % -7,6 %
Doentes Saídos 62.048 54.458 54.375 0,2 % -12,2 %
Doentes Saídos (sem Berçário) 55.985 50.217 50.257 -0,1 % -10,3 %
Berçário 6.063 4.241 4.118 3,0 % -30,1 %
Doentes Tratados (*) 57.066 51.253 51.433 -0,3 % -10,2 %
Demora Média (*) 8,6 9,0 9,0 -0,2 % 4,7 %
Taxa de Ocupação (%) (*) 82,5 80,8 83,6 -2,8 p.p. -1,7 p.p.
Índice de Case-Mix (**) 1,4752 1,5707 1,4553 7,9% 6,5%
Doentes Crónicos Ventilados (Dias) 4.238 3.569 3.710 -3,8 % -15,8 %
Dontes de MFR (Dias) 6.282 6.251 6.259 -0,1 % -0,5 %
Consulta Externa
Total de Consultas 833.104 808.162 814.546 -0,8 % -3,0 %
Primeiras 221.292 206.792 211.370 -2,2 % -6,6 %
Subsequentes 611.812 601.370 603.176 -0,3 % -1,7 %
% Primeiras / Total 26,6% 25,6% 25,9% -0,3 p.p. -1 p.p.
Urgência
Total de Atendimentos 366.344 265.623 264.198 0,5 % -27,5 %
Urgência Geral 231.353 150.784 150.880 -0,1 % -34,8 %
Urgência Gin./Obstetrícia 36.248 25.775 26.009 -0,9 % -28,9 %
Urgência Pediátrica 87.615 81.524 79.751 2,2 % -7,0 %
Urgência Psiquiátrica 11.128 7.540 7.558 -0,2 % -32,2 %
% Doentes Internados 8,8% 10,1% 10,2% -0,1 p.p. 1,3 p.p.
Actividade Cirúrgica
Total de Cirurgias 44.888 42.882 42.768 0,3 % -4,5 %
Convencional Programada 16.351 16.665 16.342 2,0 % 1,9 %
Ambulatório 18.913 18.383 18.531 -0,8 % -2,8 %
Urgente 9.624 7.834 7.895 -0,8 % -18,6 %
% Ambulatório / Cirurgia Programada 53,6% 52,5% 53,1% -0,6 p.p. -1,1 p.p.
N.º de Doentes em Espera Inscritos 9.958 10.566 n.a. n.a. 6,1 %
Média do Tempo de Espera (dias) 175 174 160 8,7 % -0,6 %
Hospital de Dia
Sessões 43.764 42.908 42.174 1,7 % -2,0 %
Sessões de Quimioterapia 12.484 12.086 12.206 -1,0 % -3,2 %
Sessões de Hemodiálise em Ambulatório 5.277 5.142 5.125 0,3 % -2,6 %
Partos
Total de Partos 6.400 4.633 4.561 1,6 % -27,6 %
Eutócicos 3.298 2.186 2.170 0,7 % -33,7 %
Distócicos 3.102 2.447 2.391 2,3 % -21,1 %
Cesariana 1.792 1.386 1.372 1,0 % -22,7 %
Outros 1.310 1.061 1.019 4,1 % -19,0 %
% Cesarianas / Partos 28,0% 29,9% 30,1% -0,2 p.p. 1,9 p.p.
(*) Não inclui Berçário
(**) WebGDH
O CHLC,EPE registou, em Dezembro 2012, uma lotação praticada de 1.462 camas, tendo, em Dezembro
de 2011, esse valor sido de 1.582, ou seja, menos 120 camas face a 2011. A redução da lotação constitui
um processo de racionalização da oferta de camas iniciado antes da criação formal do CHLC,EPE e tem
sido assumido por todos os hospitais que o compõem. Em média, estiveram internados cerca de 1.236
doentes por dia em 2012. Esse valor era de cerca de 1.325 em 2011.
Em 2012, a redução do número de camas mais significativa ocorreu nas especialidades de Cardiologia (-6
camas) em Fevereiro de 2012, com a integração do internamento do HCC no HSM); Cirurgia Geral (-23
camas) pela reorganização da especialidade no HSJ e no HSAC, Ginecologia (-10 camas) e Obstetrícia (-
38 camas) com o encerramento do internamento destas especialidades no HDE e redução, posterior e
significativa, na MAC; Medicina Interna (-14 camas) pela reorganização da especialidade no HSAC,
Pediatria Médica (-4 camas) e UCI Polivalente (-8 camas) pela redução do número de camas no HSAC e
no HCC. As alterações da lotação praticada em Dezembro podem ser analisadas por unidade hospitalar no
quadro da folha seguinte.
1,600
150
1,400 115 MAC
1,200 374
352 HCC
1,000 178
160 HDE
800 202 202 HSM
600
262 226
HSAC
400
0
2011 2012
Em 2012 registou-se 54.458 doentes saídos, ou seja, cerca de 149 por dia. Consequentemente, verificou-
se uma diminuição de cerca de 12,2% face ao realizado em 2011, ou seja, menos 7.590 doentes saídos
(menos 21 por dia). As especialidades que mais contribuíram para esta variação negativa foram a
Cardiologia (-468 doentes saídos, -13,8%), a Cirurgia Geral (-109 doentes saídos, -1,6%), a Ginecologia
(-627 doentes saídos, -35,3%), a Medicina Interna (-1.369 doentes saídos, -12,4%), a Obstetrícia (-1.837
doentes saídos, -25,3%) e o Berçário (-1.822 doentes saídos, -30,1%) e a Ortopedia de adultos (-347
doentes saídos, -8,8%). Por outro lado, registaram aumentos, no número de doentes saídos, as
especialidades de Cirurgia Cardiotorácica (88 doentes saídos, 9,1%), Cirurgia Plástica Reconstrutiva e
Estética (50 doentes saídos, 4,7%) e Otorrinolaringologia de adultos (60 doentes saídos, 8,2%).
A demora média, em 2012, atingiu 9 dias, representando um aumento de 0,4 dias face a 2011, explicado
essencialmente pela redução do número de internamentos da Obstetrícia, Berçário e Ginecologia, cuja
demora média foi cerca de 3,5, 2,4 e 3,3 dias, respectivamente. De salientar ainda que, para este
indicador, tem influência directa a existência continuada de casos sociais (registaram-se 217 doentes
protelados, ou seja, 4.132 dias de protelamento 2) e a dificuldade de resposta da RNCCI, os quais não
contribuem quer para a diminuição do período de internamento clínico adequado quer para uma maior
eficiência da actividade do internamento.
A taxa de ocupação registou um valor de cerca de 82,6% representando uma diminuição de 1,7 p.p. face a
2011. Esta diminuição teve como causa principal a diminuição do número de doentes saídos.
2
Por não estarem os procedimentos de registo uniformizados, os doentes do HCC e da MAC
considerados são do 2.º semestre de 2012.
Doenças e Perturbações do Ouvido, Nariz, e Garganta 1.544 2,5% 4,45 1.554 2,9% 4,46 0,6% 0,4 pp
Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário 3.447 5,5% 8,92 3.219 5,9% 8,80 -6,6% 0,4 pp
Traumatismos, Intoxicações e Efeitos Tóxicos de Drogas 576 0,9% 9,24 579 1,1% 8,28 0,5% 0,2 pp
No quadro seguinte resumem-se os 25 GDH mais frequentes do ano de 2012, cuja produção representou
34% da actividade de internamento codificada. A demora média dos episódios de internamento
codificados foi de 8,64 dias.
544 Insuficiencia cardiaca congestiva e/ou arritmia cardiaca, com CC major 310 12,10 345 1 11,81 103
167 Apendicectomia sem diagnostico principal complicado, sem CC 400 3,14 344 1 3,23 20
380 Abortamento, sem dilatacao e curetagem 384 1,33 317 0 1,25 17
2 Craniotomia, idade >17 anos, sem CC 290 12,57 307 1 12,93 65
651 Cesariana de alto risco, sem CC 339 5,97 303 1 5,51 75
25 GDH mais frequentes 23.316 5,77 18.466 0 6,21 393
Total Codificado 62.179 8,21 54.347 0 8,64 2.626
Fonte: WebGDH.
À semelhança do ano anterior, os GDH mais frequentes foram da área da Obstetrícia: GDH 629 (recém-
nascido normal), o GDH 373 (Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação), o GDH 372 (Parto
vaginal, com diagnósticos de complicação) e o GDH 371 (Cesariana sem CC). Seguiram-se o GDH 541
(Perturbações respiratórias, excepto infecções, bronquite ou asma, com CC major) da área pulmonar e os
GDH da área cardiovascular: perturbações circulatórias com cateterismo cardíaco (GDH 125), a
insuficiência cardíaca (GDH 127) e os acidentes vasculares cerebrais (GDH 14).
A demora média dos episódios de internamento codificados foi de 8,64. Os GDH cirúrgicos registaram
uma demora média de 9,5 dias e os GDH médicos uma demora média de 8 dias.
O índice de case-mix (ICM) do internamento foi, em 2012, de 1,5707, consideravelmente mais elevado do
que o ICM médio previsto (1,4553) no Contrato Programa de 2012 e ao registado (1,4752) em 2011. Este
aumento do ICM é explicado, em grande parte, pela diminuição do número de partos e recém-nascidos e
da sua importância relativa no total da produção hospitalar.
Esta diferença de 0,1154 no ICM, entre o realizado e o contratado, corresponde, em termos reais, a um
sub-financiamento de cada doente equivalente do SNS de cerca de 231€, o que corresponde a um
subfinanciamento total de cerca de 12 milhões de euros.
Quadro: Demora Média, ICM e Taxa de Doentes Equivalentes por tipo de GDH (dados consolidados)
2011 2012 CP 202
Tipo GDH N.º Demora Tx. D. N.º Demora Tx. D.
ICM ICM ICM
Episódios Média Equiv. Episódios Média Equiv.
GDH Cirúrgico 23.731 9,2 2,2648 98,6% 22.243 9,5 2,3217 98,8% 2,2107
GDH Médico 38.448 7,6 0,9592 93,1% 32.104 8,0 1,0179 93,0% 0,9006
Total 62.179 8,2 1,4752 95,2% 54.347 8,6 1,5707 95,3% 1,4553
O CHLC, EPE efectuou 808.162 consultas externas médicas em 2012, ou seja, cerca de 3.233 por dia útil.
Face a 2011, registou-se uma diminuição de cerca de 3%, ou seja, menos 100 consultas por dia útil. O
peso das Primeiras Consultas, registou, em 2012, o valor de 25,6%, menos 1 p.p. face ao realizado em
2011.
26.6
25.6
611,812
As especialidades que mais contribuíram para esta variação negativa foram a Anestesiologia (-2.811
consultas, -10%), a Cardiologia (-4.790 consultas, -9,4%), a Dermatologia (-5.694 consultas, -12,3%), a
Estomatologia (-1.108 consultas, -6,6%), a Gastrenterologia (-767 consultas, -8,1%), a Ginecologia (-
1.712 consultas, -4,6%), a Imuno-Hemoterapia (-2.883 consultas, -14%), a Medicina Física e de
Reabilitação (-1.467 consultas, -3,3%), a Medicina Interna (-7.232 consultas, -21,3%), a Obstetrícia (-
2.492 consultas, -7,6%), a Oncologia Médica (-2.379 consultas, -14,7%), a Ortopedia (-2.501 consultas, -
5%), a Senologia (-2.831 consultas,221,292
-37,1%) e a Urologia (-1.444 consultas, -5,2%). Por outro lado, as
206,792
especialidades que mais cresceram, no número de consultas, foram a Endocrinologia (741 consultas,
4,3%), a Hipertensão (45 consultas, 8,7%), a Infecciologia (1.270 consultas, 8,1%), a Nefrologia (865
consultas, 6,1%), a Neurocirurgia (715 consultas, 5,1%) e a Oftalmologia (6.125 consultas, 10,2%).
2011 2012
Estas variações são consequência do encerramento da Urgência do HCC em Dezembro de 2011 e
posterior repartição da área de influência deste Hospital pelo CHLC, CHLN e HBA. A abertura do HBA
fez-se notar, também, na saída de médicos do CHLC,EPE para este Hospital, nomeadamente na
especialidade de Dermatologia. Primeiras Subsequentes %P
É esperado que as alterações que irão ser introduzidas na aplicação em 2013 permitam ultrapassar os
constrangimentos do actual programa informático, melhorando a integração com as restantes aplicações
existentes (SONHO e SAM) e permitindo, finalmente, a visão global da Lista de Espera para 1.ª Consulta
e respectivos tempos de espera por prioridade.
Pode ser consultada no Anexo I, do presente relatório, a Lista de Espera para 1.ª Consulta retirada do
CTH-ADW.
Analisando os pedidos electrónicos em 2012, verifica-se que é no HSAC que se encontra o maior número
de consultas realizadas fora do Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) para a prioridade
estabelecida, mantendo-se a especialidade de Oftalmologia a que concentra o maior número de pedidos
nesta situação. No entanto, é de assinalar o esforço desenvolvido pela especialidade que passou de 4.494
consultas realizadas fora TMRG em 2011, para 1.214 em 2012, tendo o número de 1ªs consultas da
especialidade aumentado 7%.
No HSM, a especialidade de Cirurgia Vascular continua a registar o maior número de consultas realizadas
fora do TMRG, em tendência crescente face a 2011. Também nesta especialidade, as 1ªs consultas
aumentaram 10,3%, face ao ano anterior, o que não foi, no entanto, suficiente para responder à pressão da
procura.
No HSJ, a resposta melhorou globalmente em todas as especialidades sendo que das 9.118 consultas
registadas apenas 172 (1,8%) se realizaram fora TMRG.
O HDE, registou 1,9% de consultas realizadas fora do TMRG, representando uma melhoria face ao ano
anterior.
No HCC, a percentagem de consultas realizadas fora TMRG é de 6,4%, com maior expressão na
especialidade de Dermatologia. Foram já desencadeadas medidas de reorganização interna envolvendo os
2 pólos hospitalares onde se realiza a consulta (HCC e HSAC), pelo que esta situação irá ser resolvida.
Na MAC, 4% das consultas foram realizadas fora do TMRG, ou seja 116 consultas.
O CHCL,EPE, efectuou 265.623 atendimentos em urgência (155.504 doentes), em 2012, ou seja, cerca de
726 por dia e registando uma diminuição de 27,5% face ao ano anterior (cerca de menos 278
atendimentos por dia). A actividade urgente no CHLC,EPE, em 2011, ficou marcada pela transferência da
urgência de Ginecologia/Obstetrícia para a MAC, em 6 de Junho, e pelo alargamento da área de
influência da urgência geral à freguesia Santa Maria dos Olivais do concelho de Lisboa em todas as
especialidades (a urgência geral começou por receber, em 18 de Julho de 2010, apenas os doentes de
cirurgia geral provenientes desta freguesia) e pelo encerramento da urgência do HCC em Dezembro,
tendo a área de influência desta urgência sido repartida pelos Centros Hospitalares de Lisboa Central e
Lisboa Norte. Em 2012, esta actividade ficou marcada pela fusão do HCC e da MAC no CHLC,EPE em
Março e pela abertura, em pleno, do Hospital Beatriz Ângelo (HBA) em Fevereiro, ficando afectas a este
último o Concelho de Odivelas e parte do Concelho de Loures de acordo com a reorganização da área de
influência no âmbito da ARSLVT.
Quadro: Atendimentos das Urgências do CHLC, EPE em 2011 e 2012 (dados consolidados)
Em 2012, em média, cada doente utilizou 1,5 vezes a urgência geral, ou seja, recorreu à urgência geral de
8 em 8 meses. O grupo etário dos 25 aos 35 anos com 15,3% do total de doentes foi o mais representativo
sendo o grupo etário dos 75 aos 85 o que, em média, mais recorreu à urgência (1,8 episódios por doente),
ou seja, de 7 em 7 meses. O grupo etário com 65 e mais anos representou 33% do total de doentes e, em
média, cada doente utilizou 1,7 vezes a urgência geral.
Na urgência psiquiátrica, o grupo etário mais significativo é o dos 35 aos 45 anos com 22,8% do total dos
doentes tendo sido, também, o que mais recorreu à urgência com 1,5 episódios por doente.
Quadro: Atendimentos da Urgência Psiquiátrica por Grupo Etário e Sexo (dados consolidados)
Homens Mulheres Total
Grupo
Epis./ Epis./ Epis./
Etário Doentes Episódios Doentes Episódios Doentes (%) Episódios
Doente Doente Doente
41,6% 43,7% 58,4% 56,3%
Total
2.278 3.298 1,4 3.199 4.242 1,3 5.477 7.540 1,4
[00 - 18[ 9 12 1,3 4 5 1,3 13 0,2% 17 1,3
[18 - 25[ 210 287 1,4 228 302 1,3 438 8,0% 589 1,3
[25 - 35[ 438 604 1,4 563 768 1,4 1.001 18,3% 1.372 1,4
[35 - 45[ 579 930 1,6 672 937 1,4 1.251 22,8% 1.867 1,5
[45 - 55[ 465 686 1,5 655 866 1,3 1.120 20,4% 1.552 1,4
[55 - 65[ 269 384 1,4 461 600 1,3 730 13,3% 984 1,3
[65 - 75[ 147 189 1,3 294 376 1,3 441 8,1% 565 1,3
[75 - 85[ 124 161 1,3 237 288 1,2 361 6,6% 449 1,2
[85 - ...[ 37 45 1,2 85 100 1,2 122 2,2% 145 1,2
Na urgência de ginecologia/obstetrícia, o grupo etário mais representado é o dos 30 aos 35 anos com um
peso de 24,9%.
Quadro: Atendimentos da Urgência Ginec./Obstetrícia por Grupo Etário e Sexo (dados consolidados)
Epis./
Doentes (%) Episódios
Doente
Total 12.558 25.775 2,1
[00 - 13[ 4 0,0% 5 1,3
[13 - 16[ 72 0,6% 134 1,9
[16 - 18[ 218 1,7% 402 1,8
[18 - 25[ 2.234 17,8% 4.724 2,1
[25 - 30[ 2.602 20,7% 5.864 2,3
[30 - 35[ 3.129 24,9% 6.820 2,2
[35 - 40[ 2.287 18,2% 4.872 2,1
[40 - 45[ 913 7,3% 1.587 1,7
[45 - 50[ 426 3,4% 544 1,3
[50 - ...[ 673 5,4% 823 1,2
Na urgência pediátrica, o grupo etário mais representado é o dos 2 aos 6 anos com um peso de 29,6% no
total de doentes. O grupo etário que, em média, mais utiliza a urgência é o “menos de 1 ano” com 2,8 idas
à urgência por doente.
O CHLC,EPE atendeu doentes provenientes de todos os distritos do País e das Regiões Autónomas sendo
a grande maioria, cerca de 91%, proveniente do Distrito de Lisboa, seguido do Distrito de Setúbal com
4,3% e de Santarém com 0,8%. No seu conjunto, estes distritos têm uma frequência relativa de cerca de
94,5% no número de doentes e de cerca de 96,2% no número de episódios. Em ambas as urgências, estes
três distritos são os que apresentaram maior frequência, contendo a área de influência primária do
CHLC,EPE.
Foram atendidos doentes provenientes de todos os concelhos do Distrito de Lisboa, sendo que os
concelhos de Lisboa com 67,2%, Loures com 15,7%, Sintra com 3,8%, Vila Franca de Xira com 3,0%,
Odivelas com 2,6%, Oeiras com 2,2%, Amadora com 2,1% e Cascais com 1,1%, representaram no seu
Quadro: Atendimentos nas Urgências do CHLC,EPE por Concelho do Distrito de Lisboa (dados consolidados)
Urg. Urg. Total
Urg. Geral Urg. Pediátrica
Concelho do Distrito de Lisboa Ginec./Obst. Psiquiátrica
(episódios) (episódios) Doentes Episódios %
(episódios) (episódios)
Total 135.432 23.612 76.170 6.600 136.761 241.814
Alenquer 544 92 302 136 788 1.074 0,44%
Amadora 2.578 679 1.717 53 3.399 5.027 2,08%
Arruda Dos Vinhos 179 84 179 47 322 489 0,20%
Azambuja 331 76 117 85 457 609 0,25%
Cadaval 92 9 20 58 140 179 0,07%
Cascais 1.189 402 1.120 28 1.913 2.739 1,13%
Lisboa 99.198 12.064 47.855 3.301 87.071 162.418 67,17%
Loures 19.853 4.649 12.751 688 22.123 37.941 15,69%
Lourinhã 152 20 54 144 258 370 0,15%
Mafra 418 452 757 162 1.053 1.789 0,74%
Odivelas 1.392 2.411 2.239 140 3.506 6.182 2,56%
Oeiras 1.700 564 3.005 44 3.644 5.313 2,20%
Sintra 4.455 964 3.066 703 6.441 9.188 3,80%
Sobral Monte Agraço 85 27 68 16 138 196 0,08%
Torres Vedras 509 112 172 351 885 1.144 0,47%
Vila Franca De Xira 2.757 1.007 2.748 644 4.630 7.156 2,96%
O CHLC,EPE efectuou, no total, 46.696 sessões em 2012, ou seja, cerca de 128 por dia útil. Em hospital
de dia registou-se uma diminuição da actividade (número de sessões) de -0,5% face a 2011, sendo que, o
número de sessões por doente, aumentou cerca de 0,7 sessões por doente, tendo passado de 5,5 para 6,2
sessões por doente.
Gráfico: Número total de sessões e número total de sessões por doente em Hospital de Dia
5.5
2011
Gráfico: Evolução das sessões de Hospital de Dia de Hematologia, Imuno-hemoterapia, Infecciologia e
Psiquiatria
14,000
Sessões Sessõe
12,000
10,000
8,000
6,000
O decréscimo acentuado registado no número de sessões de infecciologia é consequência da alteração da
metodologia de registo.
No âmbito da actividade de Hospital de Dia codificada em GDH, cerca de 90% pertence à Grande
Categoria de Diagnóstico (GCD) “Doenças e Perturbações Mieloproliferativas e Mal-Diferenciadas” e,
cerca de 5%, à GCD “Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário”.
2012 Var %
Grande Categoria de Diagnóstico 2011
12/11
Qtd. Peso
Doenças e Perturbações do Sistema Nervoso 364 156 1,4% -57,1
Doenças e Perturbações do Aparelho Respiratório 28 5 0,0% -82,1
Doenças e Perturbações do Aparelho Circulatório 770 445 3,9% -42,2
Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário 1.084 558 4,9% -48,5
Doenças e Perturbações Mieloproliferativas e Mal-diferenciadas 10.308 10.179 89,7% -1,3
Outras Grandes Categorias de Diagnóstico 9 9 0,1% 0,0
Total 12.563 11.352 -9,6
Fonte: WEB-GDH: Março de 2013
Os GDH mais frequentes foram os da quimioterapia, GDH 410 e GDH 876, que ocupam o 1.º e 3.º lugar.
O 2.º GDH mais frequente é o GDH 317 – internamento para diálise renal.
O CHLC,EPE realizou 42.882 cirurgias, em 2012, ou seja, cerca de 117 por dia. Verificou-se uma
diminuição de 4,5% no total de cirurgias realizadas face a 2011, embora com um aumento de 1,9% na
cirurgia convencional programada e uma diminuição de 2,8% na cirurgia de ambulatório e de 18,6% na
cirurgia urgente. A cirurgia de ambulatório representou 52,5% do total da cirurgia programada registando
uma diminuição de 1,1 p.p. face ao período homólogo. O número de doentes em espera inscritos a 31 de
Dezembro registou também um aumento de 6,1%, ou seja, mais 608 doentes, acompanhado de uma
ligeira diminuição do tempo médio de espera destes doentes (menos 1 dia).
Mais uma vez, os já referidos encerramento da urgência do HCC em Dezembro de 2011 e abertura do
HBA no início de 2012, foram, certamente, as principais causas para estas variações.
20,000
16,000
Em Outubro de 2012, o CHLC,EPE iniciou o programa de cirurgia adicional absorvendo doentes inscritos
12,000
para a cirurgia de Oftalmologia de outros Hospitais. Concretamente, foram realizadas 57 cirurgias de
ambulatório sendo 27 do CH Setúbal, 4 do Hospital Garcia de Orta, 8 do HD Santarém e 18 do Hospital
Amadora-Sintra.
8,000
4,000
0
2011
Quadro: Actividade Cirúrgica por especialidade (dados consolidados)
40
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
O regulamento do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) determina a existência
de uma Unidade Hospitalar de Gestão de Inscritos para Cirurgia (UHGIC) ao nível dos hospitais, com
atribuições definidas no seio interno, ao nível dos doentes utilizadores dos cuidados de saúde prestados,
das Especialidades Assistenciais e Órgãos Dirigentes e, também no seio externo, ao nível das
Administrações Regionais de Saúde e da Unidade Central do SIGIC.
O tempo médio de espera por uma cirurgia, é de 5,8 meses, resultado que se encontra dentro dos tempos
de máximos de resposta garantidos (TMRG) definidos pela Portaria n.º 1529/2008 de 26 de Dezembro.
Quadro: N.º de doentes em espera e mediana (os dados de 2010 e 2011 não incluem o HCC e MAC)
% %
LIC 31-12-2010 31-12-2011 31-12-2012*
2012/2010 2012/2011
Total de Doentes com Prioridade "Normal" 7629 9567 10322 35% 8%
Total de Doentes com Prioridade "Prioritário" 387 352 304 -21% -14%
Total de Doentes com Prioridade "Muito Prioritário" 56 32 12 -79% -63%
Total de Doentes com Prioridade "Urgência Diferida" 55 7 9 -84% 29%
Total 8127 9958 10647 31% 7%
Mediana do tempo de espera para cirurgia (meses) 3,50 4,10 3,30 -6% -20%
Média do tempo de espera (meses) 5,39 5,83 5,8 8% -1%
Verificou-se um aumento do número de doentes a aguardar cirurgia entre 2010 e 2012 (+31%), com
maior expressão nos anos de 2010 e 2011. No entanto, tem havido a preocupação em dar resposta a este
incremento da procura, através do aumento do número de cirurgias realizadas e também procurando fazer
uma programação das cirurgias ajustada à prioridade clínica e antiguidade do doente. O esforço realizado
permitiu responder, em tempo útil, às necessidades de tratamento do doente e manter a Mediana do
Tempo de Espera nos 5 meses.
Se considerarmos o tempo médio de espera face ao nível de prioridade clínica atribuído a cada doente
inscrito para cirurgia, o resultado no CHLC,EPE é o seguinte:
Quadro: N.º de doentes em espera por especialidade (os dados de 2010 e 2011 não incluem o HCC e MAC)
Os serviços que apresentam um maior número de doentes inscritos são a Ortopedia (15,4%), a Cirurgia
Geral (14,7%) a Cirurgia Plástica e Reconstrutiva (13,6%) e Oftalmologia (9,6%).
APARELHO REPRODUTOR FEMININO (13%). No seu conjunto, estas grandes categorias representaram
cerca de 75% da actividade codificada. O mesmo se verificou em 2011, sendo de salientar o aumento dos
procedimentos relacionados com o Olho, face ao período homólogo.
A tabela seguinte apresenta os 20 GDH de ambulatório mais frequentes em 2012, referentes a 77% do
total de GDH.
O CHLC,EPE realizou, em 2012, 4.632 partos (4.798 recém-nascidos), ou seja, cerca de 13 partos por dia
e registou uma diminuição de 27,6% face ao ano anterior (cerca de menos 5 partos por dia). O número de
cesarianas (1.390 em 2012), registou uma diminuição de cerca de 23% (menos 413 cesarianas) face ao
ano anterior, implicando um aumento da taxa de cesarianas em 2 p.p. para 30%.
2011 2012
Tipo de Parto N.º Recém-Nascidos N.º Recém-Nascidos
N.º Partos N.º Partos
Nado-Vivo Nado-Morto Total Nado-Vivo Nado-Morto Total
Eutócico 3.277 3.266 36 3.302 2.171 2.162 30 2.192
Cesariana 1.803 1.930 4 1.934 1.390 1.499 5 1.504
Outros Distócicos 1.320 1.352 1.352 1.071 1.101 1 1.102
Total 6.400 6.548 40 6.588 4.632 4.762 36 4.798
% Cesariana 28% 30%
Dos 6.432 partos realizados, 162 foram gemelares (3,5%), sendo que destes, 4 são tri-gemelares.
Quadro: N.º de Partos por tipo de parto e tipo de gestação em 2012 e 2011 (dados consolidados)
2011 2012 Var.
Simples Gemelar Total Simples Gemelar Total 12/11
Eutócico 3.252 25 3.277 2.151 20 2.171 -33,8%
Cesariana 1.679 124 1.803 1.279 111 1.390 -22,9%
Outros Distócicos 1.288 32 1.320 1.040 31 1.071 -18,9%
Total 6.219 181 6.400 4.470 162 4.632 -27,6%
O CHLC,EPE realizou 518 partos pré-termo e 4 pós-termo. O grupo etário mais frequente das
parturientes é o dos 30 aos 34 (32,7%).
Quadro: N.º de Partos por grupo etário e em 2012 e 2011 (dados consolidados)
Grupo
Pré-Termo Termo Pós-Termo Total %
Etário
[13 - 15] 3 11 14 0,3%
[16 - 17] 6 49 55 1,2%
[18 - 24] 62 673 735 15,9%
[25 - 29] 100 976 3 1.079 23,3%
[30 - 34] 180 1.334 1.514 32,7%
[35 - 39] 125 847 1 973 21,0%
[40 - 44] 40 209 249 5,4%
[45 - 50[ 2 11 13 0,3%
Total 518 4.110 4 4.632
A análise da evolução 2011/2012 do número partos por área de residência, salienta a importância da
abertura do Hospital Beatriz Ângelo no início de 2012, com o elevado decréscimo do número de partos
Como pode ser observado no quadro seguinte, o número de candidaturas à RNCCI registou uma
diminuição de 7,8% comparativamente ao período homólogo (de 756 em 2011 passou para 697 em 2012),
diminuição verificada nas tipologias de UCP (-38,8%) e da ULDM (-20,6%). Em sentido inverso, as
tipologias de UC e de UMDR tiveram um acréscimo de sinalizações de 6,3% cada. A estes valores
acrescem mais 251 candidaturas (116 da UC, 70 da UMDR, 36 da ULDM, 28 da UCP e 1 da ECCI)
relativo ao HCC, o que perfaz 917 para todo o CHLC,EPE.
Passando à análise do quadro seguinte, em que se visualiza o peso relativo das candidaturas, ressalta que,
as especialidades contratualizadas mantêm o mesmo valor médio do ano anterior (4,1%) o qual supera o
objectivo em 0,6 pontos percentuais. A Ortopedia, contudo, é a especialidade que evidencia uma maior
variação positiva a qual, de 3,5% em 2011, passou para 5,74% em 2012, tendo ultrapassado o rácio da
Medicina Interna.
No que se reporta aos valores da mediana e cujo objectivo é de 10 dias, ressalta a redução de 1 dia nos
valores globais do CHLC,EPE (de 16 em 2011 passou para 15 em 2012) e de 2 dias nas especialidades
contratualizadas (de 17 em 2011 passou para 15 em 2012), devendo realçar-se os 14 dias da Medicina
Interna.
Prosseguindo com a caracterização dos doentes sinalizados à RNCCI e compulsando os dados do quadro
seguinte, é visível uma constância na estrutura da pirâmide etária bem como da sua repartição por sexos,
com uma ligeira diminuição nos homens.
Um dos pontos de análise com especial relevância reporta-se ao número de admissões à RNCCI e que
constitui um factor positivo e de estímulo a todos quantos concorrem para a sua viabilidade. Assim, e
apesar da diminuição do número de candidaturas, constata-se uma melhoria dos resultados, tendo havido
51,6% de doentes admitidos da totalidade das candidaturas (de 308 em 2011 passou-se para 360 em 2012)
valores que representam uma variação positiva de 10,9 relativamente ao período homólogo anterior, para
o total do CHLC,EPE, e de 19% na média das especialidades contratualizadas.
Aos 360 ingressos anteriormente referidos acrescem mais 106 admissões de doentes do HCC, 81 dos
quais relativos às especialidades contratualizadas (45 da Medicina Interna, 34 da Ortopedia e 2 da
Cirurgia Geral).
Em 2012, a EIHSCP registou a saída de um dos dois elementos médicos o que originou alguns
ajustamentos ao seu funcionamento, bem como, teve que equacionar o apoio a dar aos doentes com
necessidades de Cuidados Paliativos do HCC.
Nas deslocações para o hospital do Funchal, Faro e Portimão é necessário activar o protocolo de
colaboração com a Força Aérea Portuguesa ou com o INEM, dependendo do destino da equipa de
colheita. No destino, são os Hospitais locais a organizarem o transporte das equipas de colheita para o
referido Hospital. Nas restantes deslocações, via terrestre, são activados os meios do CHLC,EPE para o
transporte das equipas e a GNR, para transporte, quer dos produtos biológicos para o Centro de
Histocompatibilidade, quer, por vezes, dos órgãos para as unidades de transplantação.
A ilustração seguinte, apresenta a rede de referenciação do GCCT reformulada após a fusão do HCC e a
MAC no CHLC,EPE em 1 de Março de 2012. Às unidades de transplantação já em funcionamento no
CHLC,EPE juntou-se a unidade de transplantação do HCC, que realiza transplante renal, hepático e
pancreático.
Área de
Referência do
GCCT
≈ 3.562 140
Habitantes
No Centro de Investigação funcionam actualmente dois gabinetes, sendo um para apoio em estatística e
epidemiologia e outro para apoio aos projectos e investigadores. Nos três anos da sua actividade, o Centro
de Investigação apoiou 180 projectos de investigadores do CHLC,EPE, sendo 26% referentes a teses de
doutoramento ou de mestrado.
Resposta ao Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2011 e evolução da notificação entre 2009
e 2012.
1
Frascati Manual 2002: Proposed Standard Practice for Surveys on Research and Experimental
Development.-
http://www.oecd.org/innovation/inno/frascatimanualproposedstandardpracticeforsurveysonresearchandex
perimentaldevelopment6thedition.htm
Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
"Registo de stent com eluição (everolimus) em países europeus de Estudo Observacional
Cardiologia 4 Dr. Duarte Cacela BSC Portugal Lda
média dimensão." 18-03-2009 Prometeus - Promus
"Estudo multicêntrico, de dupla ocultação e com distribuição
Dr. José Alberto aleatória para avaliar o beneficio clínico e a segurança de Inegy vs. Schering-Plough
Cardiologia 4 IMPROVE _ IT P04103
Oliveira Sinvastatina em monoterapia em doentes de alto risco com síndrome Farma Lda
coronária aguda." 2/12/2009
Dr. Manuel "Avoid delivering therapies for non-sustained arrhythmias in ICD
Cardiologia 4 Medtronic Portugal ADVANCE III
Nogueira Silva patients III." 13-05-2009
Dr. Manuel "Terapia de Ressincronização Cardiaca Guiada por Ecocardiograma Biotronix SE
Cardiologia 4 EchoCRT
Nogueira Silva Investigação Clinica (Echo-CRT) 24-10-2012 &Co.KG
" Monitoring of Syncopes and/or Sustained palpitations of Suspected
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira Sorincardio SYNARR-FLASH
Arrhythmic origin with External Loop-Recorder"
"A prospective, randomized, open-label, parallel-group, active-
controlled, multicenter study exploring the efficacy and safety of
once-active-controlled, multicenter study exploring the efficacy and
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira safety of once daily oral Rivoraxaban compared with that of dose- Bayer Portugal Bay 59-7939/15693
adjusted oral Vitamin K Antagonist for the prevention of
cardiovascular events in subjects with nonvalvular atrial fibrillation
scheduled for Cardioversion" 17-10-2012
"A Randomized, international, multi-center, open label study to
document optimal timing of initiation of dronedarone Treatment
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira after conversion with loading dose of amiodarone in patients with Sanofi-Aventis DRONE-C-03668
persistent Atrial Fibrillation requiring conversion of AF"
6/04/2011
"Avaliação da monitorização à distância de dispositivos cardiacos
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira Medtronic Portugal PORT LINK
implantaveis com o sistema Carelink" 21-12-2011
Abbott
"Avaliação clinica do sistema stent coronário de eluição de
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira Cardiovascular -
everolimus xience v" 02-01-2008
Systems Inc.
Estudo Observacional
"Avaliação do sistema de Stent coronário revestido com zotarolimus Medtronic Bakken
Resolute
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira endeavor resolute numa população de doentes do "Mundo Real"" Research Center
Intternational -
18-02-2009 B.V.
Endeavor
"Estudo multicêntrico, com dupla ocultação, distribuição aleatória e
controlado com placebo para avaliar a segurança e eficacia de SCH schering
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira 530348 em associação com terapêutica convencional em individuos Corporation / Icon PO4736 - Tracer
com síndrome coronária aguda: antagonista do recptor da Clinical Research
23/07/2008
"Restauração ventrivular percutânea na insuficiência Cardiaca
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira CardioKinetix Inc. PARACHUTE
Cronica devido a doença isquemica cardiaca"
"A safety and efficacy trial evaluating the use of apixaban in the
Cirurgia Geral 2.6 Dr.ª Ana Formiga treatment of symptomatic deep vein thrombosis and pulmonary PPD Global Ltd. CV185056
embolism" 29-10-2008
" A phase III, open label study of once daily BI 201335 240 mg for 24
weeks in combination with pegylated interferon and ribavirin in Boehringer
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas BI 1220,48
patients with genotipo 1 chronic hepatitis C infection who failed a Ingelheim
prior PegIFN/RBV treatment"
Dr.ª Aida Botelho "A phase 3 clinical study to investigate the prevention of relapse in PRELUDE H6Q-MC-
Hematologia Lilly Portugal
de Sousa lymphoma using dailyenzastaurin" 22-08-2007 JCBJ(b)
Dr. José Pedro da "Efficacy and safety assessment of LT2345 unpreserved eyedrops Iris Pharma Clinical
Oftalmologia LT2345-PIII12/08
Silva versus xalatan." 09-06-2010 DPT / Lab. THÈA
"Na open-label extension trial of long term safety of oral BIBF 1120 in Boehringer
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso BI 1199.33
patients with Idiopathic Pulmonary Fibrosis" 20/06/2012 Ingelheim
"TO iMprove pulmonary fibrosis with BIBF 1120" 23-07- Boehringer Tomorrow Protocolo
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso
2008 Ingelheim BI 1199,30
"Vascular Reconstruction Device and Delivery System." 22-10- SUNRISE REGISTRY
Radiologia Dr. João Reis Codman
2007 adenda 07-01-2010 Potocolo EN07-01
"Efficacy and safety of eraxis/ecalta (anidulafungin) compared to
UCIP 1 Dr. Vitor Lopes cancidas (caspofungin) in patients with candida deep tissue Laboratorios Pfizer A8851022
infection." 13-04-2009
As principais áreas temáticas abordadas nos últimos anos, enquadraram-se nos objectivos estratégicos do
CHLC, EPE e nos critérios de acreditação, tendo incluído prioritariamente as seguintes:
1. Desenvolvimento científico e técnico dos profissionais, tendo em vista a inovação das práticas e
metodologias;
2. Apoio dos projectos de acreditação da qualidade;
3. Formação e actualização dos profissionais em áreas transversais e obrigatórias como as de
controlo de infeção hospitalar; saúde e segurança; saúde, segurança e higiene no trabalho;
4. Desenvolvimento e aprofundamento das competências técnicas, em especial, dos grupos
profissionais dos Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais, por se tratarem dos dois grupos
profissionais sem formação específica de base para o desempenho de funções em instituições
hospitalares;
5. Cuidados de emergência;
6. Formação em gestão do risco e segurança do doente;
7. Apoio na utilização das novas tecnologias e informatização dos processos e circuitos internos.
Pode verificar-se que, em 2012, foram realizadas pela AGF, 415 acções de formação (aumento de 54,3%
face a 2011), com um volume formação de 48.736 horas e envolvendo 8.080 participações, o que
considerando o número total de colaboradores do CHLC, EPE (7.590) e os resultados de anos anteriores,
representou um esforço formativo ímpar. Verificou-se igualmente um aumento significativo dos custos
com Formadores em consequência directa do elevado aumento do número de acções de formação
desenvolvidas.
Ainda na área dos cuidados de emergência, recorreu-se a entidade externa para formação de Enfermeiros
em Suporte Imediato de Vida, o que envolveu um custo elevado.
Também com o fecho da urgência do Hospital de Curry Cabral e com a integração dos seus profissionais
na urgência de S. José, houve necessidade de formar Médicos e Enfermeiros (estes últimos no sistema de
Triagem de Prioridades na Urgência), tendo sido formados 78 profissionais.
Existiu também um aumento, embora menos pronunciado, no custo médio por participante e por hora de
formação.
Quanto à duração das nossas acções, 64% teve duração de 4 horas ou menos. Contudo, a duração média
das acções foi de 6 horas.
Continua a persistir a necessidade de efectuar sensibilizações em diferentes temáticas, sendo uma forma
de chegar a um maior número de profissionais e realidades. Estas sessões têm abordagens breves, e
posteriormente, se necessário, dão origem a cursos de segundo nível, para populações alvo.
Tem havido uma aposta numa oferta formativa diversificada, que permita aliar a formação de curta
duração, de sensibilização e apelo à auto formação, à formação de maior duração, sempre que possível
modular e em alternância, com uma componente teórico-prática que promova a reflexão sobre as práticas
profissionais no sentido de as optimizar. Em 2012, desenvolveu-se também projectos adaptados às
necessidades de algumas áreas e/ou unidades, para responder a problemas organizacionais identificados.
Em 2012 houve um aumento de 50% no número total de participantes em formação face a 2011. Assim,
das 8.080 participações, 34% integravam o grupo profissional dos Enfermeiros, 20% dos Assistentes
Operacionais, 15% dos Médicos, 14% dos Assistentes Técnicos e 7% dos Técnicos de Diagnóstico e
Terapêutica.
No volume de formação, verificou-se que nos técnicos superiores de saúde houve um acréscimo de 190%,
nos TDT de 137%, de 87% nos Enfermeiros e de 172% nos formandos externos. Os Educadores de
Infância fizeram mais formação, mas com menos tempo, tendo um decréscimo no volume de formação de
43%.
Não obstante, as fortes restrições orçamentais, organizacionais e estruturais, é de realçar o enorme esforço
formativo que o CHLC, EPE decidiu manter, o que permitiu atingir estes resultados, que são considerados
muito bons.
80
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Na tabela anterior constata-se que, de 2011 para 2012, as áreas temáticas que tiveram maior número de
acções foram:
As áreas temáticas com maior índice participativo foram: cuidados de emergência com +20, 8%, saúde e
segurança com +17%, clínica com +11%, gestão do risco e segurança do doente com +8%, prevenção e
controlo da infecção hospitalar +7% e tecnologias da informação e comunicação com +6%.
Na prevenção e controlo da infecção hospitalar, apesar de terem sido realizadas 30 acções em 2012,
verificou-se um decréscimo de formandos de 17% e de 33% em volume de formação. Sendo uma área
crítica torna-se sempre fundamental dinamizar e promover esta temática junto dos diferentes
intervenientes.
De salientar a área de cuidados de emergência com 1.680 participantes, representando cerca de 21% do
total, a área de saúde e segurança com 1.386 participantes e cerca de 17% do total e a área clínica com
917 participantes e cerca de 11% do total.
Em 2012, a área de “saúde e segurança” foi a área mais investida em número de acções, número de
participantes e diversidade de conteúdos, a seguir aos cuidados de emergência.
Do total de 7.590 colaboradores do CHLC, EPE verificou-se uma taxa de participação global de 106%,
num total de 8.080 participantes, o que se considera um óptimo resultado.
A informatização, com especial enfoque no Processo Clínico Electrónico, tem constituído uma prioridade
estratégica de curto e médio prazo. No ano de 2012, foi dada continuidade a esta estratégia, através da
adopção de um conjunto de medidas transversais a todas as Áreas, permitindo reduzir ou mesmo eliminar
a circulação e consumo de papel, toner e outros produtos, minimizando o risco e contribuindo para
aumentar a segurança dos doentes.
No âmbito da Área de Sistemas e Tecnologias de Informação foram desenvolvidos vários projectos dos
quais merecem destaque os seguintes:
Interligação entre o Processo Clínico (SAM) do CHLC,EPE com Centros de Saúde e Hospitais: Foi feita a
interligação entre os processos clínicos electrónicos do CHLC, EPE e Centros de Saúde/Unidades
Hospitalares, através da plataforma de dados da saúde.
Anatomia Patológica: Foi implementado um novo sistema informático de Anatomia Patológica no HCC e
feito o upgrade do mesmo sistema no HSJ.
TBCA – Tableau de Bord para o Conselho de Administração: Em 2012, foi dada continuidade ao
desenvolvimento e expansão desta ferramenta de apoio à decisão, iniciando-se os trabalhos de integração
do HCC e da MAC. Este instrumento de gestão permite ao Conselho de Administração e às Estruturas
Intermédias de Administração conhecer online, em cada uma das suas áreas de informação (Actividade
Clínica, Valorização, Custos, GDH, Indicadores, Recursos Humanos, Consumos e Produção por Médico),
a situação do CHLC, EPE como um todo e de cada uma das áreas/especialidades da sua estrutura
organizacional. Esta informação de gestão permitiu ainda, comparar online o realizado em 2012 com o
previsto e com o período homólogo (2011).
Os resultados obtidos pelo CHLC,EPE, que podem ser conhecidos no site da ERS, têm constituído um
estímulo e permitido uma reflexão, para o trabalho que, diariamente, vem sendo realizado bem como para
a adopção e melhoria da prática clínica.
O desenvolvimento desta política tem conduzido também, a uma melhor adequação do perfil dos vários
grupos profissionais e à melhoria contínua da qualidade da prestação de cuidados de saúde que constitui
objectivo essencial de gestão do CHLC,EPE.
O quadro seguinte permite uma visão compreensiva da evolução comparativa, da estrutura de recursos
humanos do CHLC,EPE.
A nova realidade do CHLC,EPE, permitiu que a política de contratação pudesse oferecer maior
estabilidade (taxa de vinculação permanente, aproximadamente, de 91%), usando como critério o mérito
do desempenho.
Como se pode verificar a média de idades tem-se mantido sensivelmente constante, apesar da escassa
renovação de colaboradores, devido à aposentação dos elementos mais velhos.
Sublinhe-se também, a visível diferenciação do nível de escolaridade dos colaboradores com um número
crescente de habilitações literárias a nível de mestrados.
A taxa de rotatividade de 9,7% (em 2011 foi de 6,6%) reforça a ideia de estabilidade dos colaboradores.
A taxa geral de absentismo diminuiu ligeiramente, em 2012, mantendo-se, aproximadamente, dentro dos
valores do sector da saúde, em Portugal.
Os dias de ausência por acidente de trabalho / doença profissional diminuíram de 2011 para 2012,
impondo-se a continuação no desenvolvimento de acções preventivas de acidentes de trabalho que
deverão, a curto prazo, continuar a curva descendente da frequência de sinistros e do impacto dos
mesmos.
Pode-se ainda verificar a diminuição de quase menos 20%, ou seja, cerca de menos 3,5 milhões de euros
face a 2011 do valor pago em trabalho extraordinário (horas extraordinárias e de prevenção) consequência
do processo de reorganização dos serviços.
Tipo de
Indicadores 2011 2012
indicadores
O total de colaboradores diminuiu 5,1% face ao período homólogo, correspondendo a menos 408
colaboradores.
Considerando os vários grupos profissionais verificaram-se reduções acima da média nos grupos
profissionais de dirigentes, enfermeiros e assistentes operacionais, situação explicável pela
operacionalização da nova estrutura organizativa, saídas por concurso para a ARSLVT, mobilidades para
o novo Hospital Beatriz Ângelo, bem como o efeito de aposentações antecipadas sem substituição.
Uma vez que se dispõe de colaboradores a 35h e a 40h importa efectuar a análise de valores padrão, ou
seja, os ETC (1 ETC = 1 efectivo em regime de 35h/semana). Assim, apesar da redução de efectivos de
5,1% entre 2011 e 2012, a capacidade de trabalho disponível (ETC) diminuiu 5,4%, fruto da melhoria dos
processos de trabalho e, também, da restrição de novas admissões que seriam a 40h/semana.
A análise por grupo profissional permite verificar que houve reduções acima da média nos dirigentes,
técnicos superiores de saúde e assistentes operacionais. Verifica-se, também, variações mínimas
(inferiores a 1%) nos médicos e outros e uma variação positiva de 2,4% nos médicos internos resultado
dos protocolos de ensino com as Instituições Escolares.
Com a alteração do quadro legal do CHLC, EPE é normal a alteração dos vários tipos de vínculos
contratuais, verificando-se uma alteração dos vínculos ao de trabalho em funções públicas para vínculos
laborais ao abrigo do Código do Trabalho.
A percentagem de contratos com termo sobre o total de efectivos, de 2011 para 2012, diminuiu 5p.p. No
período de 2011 para 2012, após os processos sistemáticos de avaliação de desempenho bem como da
aferição dos postos de trabalho indispensáveis à prestação de cuidados de saúde de qualidade, procedeu-
se à alteração do vínculo laboral temporário para definitivo, promovendo a estabilidade organizacional.
A idade média dos colaboradores aumentou 1 ano no período em análise, situando-se nos 42 anos,
conforme se pode verificar no quadro seguinte.
Este ligeiro aumento é explicável pela reorganização do trabalho e das medidas de contenção de
admissões.
Abaixo da média estão os médicos internos (uma vez que se tratam de médicos em formação), os
enfermeiros e os técnicos superiores (nos últimos anos têm sido admitidos profissionais jovens).
Sublinhe-se que cerca de 58,3% dos colaboradores dispõem de habilitações literárias superiores ao 12.º
ano de escolaridade, relevante para a qualidade científica e técnica necessárias para a melhoria contínua
da prestação de cuidados de saúde diferenciados.
Verificou-se que, em 2011 e 2012, o número de saídas é superior ao número de admissões pelo que os
efectivos vêm diminuindo.
Considerando a taxa de rotação de 10% (valor defendido por vários autores como sendo um valor que
gera dinamismo na empresa) verificou-se a existência da rotatividade normal dos médicos internos (com
valores a oscilar entre os 34% e 44%), os dirigentes apresentaram, em ambos os anos, valores de 14%, os
técnicos superiores 13,14% em 2011 e os restantes grupos profissionais apresentaram valores inferiores,
variando entre 3% (enfermeiros) e 6% (médicos e outros).
Em 2012, o valor global médio foi de 9,7% gerando mudança e renovação na organização e em 2011 foi
de 6,6% de rotatividade, facto que permite inferir que a organização entrou num processo de maior
dinamismo.
O quadro seguinte permite conhecer, no período 2011/2012, o total de dias de ausência ao trabalho (não
tendo sido consideradas as férias) por grupo profissional.
∆%
Grupo Profissional 2011 2012
2011/2012
Dirigente 447 334 -25,3
Médico 16.347 16.547 1,2
A respectiva análise permite verificar que se passou de 24 dias de faltas por colaborador em 2011 para 23
dias per capita, em 2012. Verificou-se uma diminuição dos dias de absentismo em todos os grupos
profissionais, excepto nos médicos, que apresentou um aumento marginal.
O quadro abaixo permite analisar a evolução dos dias de ausência por tipo de falta.
∆%
Motivo 2011 2012
2011/2012
Acidente de Trabalho 16.045 8% 14.169 8% -11,7
Doença 86.596 45% 83.545 48% -3,5
Formação 12.617 7% 10.940 6% -13,3
Maternidade / Paternidade 60.586 32% 49.589 29% -18,2
Outras 14.910 8% 15.644 9% 4,9
Total 190.754 173.887 -8,8
As situações de acidente de trabalho, registaram uma diminuição de cerca de 12%, no período 2011/2012,
em parte, explicadas pelos programas de intervenção da Saúde Ocupacional colocando ênfase na
prevenção. Este valor é mais significativo se pensamos que o número de colaboradores diminuiu 5%, logo
há uma diminuição líquida de 7% que é devida a motivos intrínsecos à Instituição.
As ausências por doença diminuíram 3,5% face a 2011, embora se se considerar o valor da diminuição de
colaboradores, verifica-se um ligeiro aumento. Este é o maior motivo de ausência e registou um aumento
de 3p.p. no seu peso, face a 2011.
As ausências para formação diminuíram 13,3% de 2011 para 2012, o que indicia a manutenção de
temáticas formativas obrigatórias no âmbito do processo de acreditação. O seu peso percentual registou
uma diminuição de 1p.p. face a 2011, pelo que se necessita de incrementar a formação e o
desenvolvimento organizacional.
No que respeita às ausências por maternidade/paternidade verificou-se uma diminuição de 18,2. Estas,
representaram cerca de 29% do total de dias ausência, tendo verificado uma diminuição do seu peso em
3p.p.
A taxa média de absentismo no sector da saúde foi de 6,9% em 2008, pelo que o CHLC,EPE situou-se, no
período de 2011/2012, no intervalo desse valor de referência conforme se pode verificar no quadro
seguinte.
Abaixo da média da taxa de absentismo do CHLC,EPE situaram-se os grupos profissionais dos dirigentes,
médicos, enfermeiros, TDT, técnicos superiores, técnicos superiores de saúde, assistentes técnicos e
outros. Acima da média estiveram os internos e assistentes operacionais.
A política de Recursos Humanos do CHLC,EPE visa a consolidação de uma nova cultura organizacional
e uma gestão eficiente do capital humano altamente especializado.
Com a integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE procedeu-se a uma nova reorganização da Área de
Recursos Humanos, uma vez que a dispersão geográfica entre Unidades Hospitalares, dificulta o processo
de uniformização de procedimentos e o permanente acompanhamento dos colaboradores. Assim,
procedeu-se à centralização da Área de Recursos Humanos, no Hospital de S. José. Para prossecução
desta política, deu-se continuidade aos projectos iniciados anteriormente, tendo havido necessidade de,
em alguns deles, proceder à sua implementação nas novas unidades hospitalares.
Não obstante a experiência adquirida nos últimos anos, a existência de uma estrutura consolidada e a
aplicação de uma metodologia comum do SIADAP aos quatro hospitais que, até Fevereiro de 2012
constituíam o CHLC,EPE, foi necessário com a publicação do Decreto- Lei n.º 44/2012 de 23 de
Fevereiro, ampliar esses critérios ao HCC e à MAC. Nesse sentido, tendo-se detectado que os hospitais
que foram objecto de integração e fusão no CHLC,EPE, utilizavam diferentes metodologias e distintos
parâmetros de avaliação do desempenho, foi, desde logo, necessário iniciar um novo projecto com vista à
uniformização de procedimentos. Este projecto teve como objectivos:
De referir que, não obstante o curto período de tempo para o efeito, atendendo à data de integração do
HCC e da MAC no CHLC,EPE, ainda foi possível implementar todas estas medidas para o ciclo
avaliativo de 2012. Para o efeito, mantiveram-se em funcionamento as duas aplicações informáticas
existentes, uma vez que as mesmas possuem idênticas ferramentas e procedeu-se à respectiva
parametrização de forma a garantir a uniformidade do sistema para o conjunto dos seis hospitais que
passaram a constituir o CHLC,EPE. Desta forma, pese embora todo o processo reorganizativo que ainda
decorre, foi possível manter e até consolidar, a informatização dos procedimentos entre avaliador e
avaliado e a manutenção de avaliação e auto-avaliação online.
De referir que em 2012, tal como no ano anterior, o processo de avaliação, abrangeu todo o universo de
colaboradores das carreiras de regime geral, independentemente do regime contratual subjacente, ou seja,
pessoal contratado em regime de contrato de trabalho em funções públicas e em regime de contrato
individual de trabalho.
O projecto PROMERSE em desenvolvimento desde 2009, está associado à política de selecção e retenção
dos melhores profissionais.
Este projecto tem como principal objectivo alterar as metodologias utilizadas e melhorar os instrumentos
de recrutamento e selecção, visando uma melhor adequação do perfil do candidato às necessidades dos
diversos postos de trabalho a preencher.
Em 2010, procedeu-se à análise do impacto deste projecto, tendo-se detectado que no prazo de um ano, a
taxa de rotatividade diminui de 119%, em 2008, para 24%, em 2009. Complementarmente, os custos
directos associados ao recrutamento diminuíram 75%.
Em 2012, face à diminuição das necessidades de recrutamento externo, foi implementada uma política de
identificação sistemática das características e competências dos vários postos de trabalho, com ênfase, nos
assistentes técnicos da área do internamento, tendo em vista o recrutamento interno. A adopção desta
estratégia, permite hoje dispor, de entrevistas estruturadas e documentadas que possibilitam a rápida
mobilidade interna dos colaboradores, e a sua adequação às necessidades estruturais (permanentes ou
temporárias).
Esta política centrada nas competências tem permitido também, detectar necessidades de formação dos
colaboradores na adaptação ao novo posto de trabalho e que têm sido ultrapassadas com sucesso, em
articulação com a Área de Formação.
A Euroyouth e o CHLC,EPE estabeleceram uma parceria pela qual, em 2012, se acolhem 11 estagiários.
Acresce ainda os 20 estagiários do programa de intercâmbio clínico e mais alguns pedidos dispersos entre
Erasmus, IEFP, Citeforma o que totalizou, cerca de 40 pessoas em aprendizagem, que mobilizaram
tutores enriquecendo o próprio CHLC,EPE. Fruto deste dinamismo de 2012, em 2013, o CHLC,EPE foi
convidado para um encontro internacional, onde é solicitado para:
Consequentemente, tal participação irá projectar a imagem do CHLC,EPE a nível internacional (por
exemplo, temos solicitações de estudantes de medicina polacos para realizar estágios), alavancar a
diferenciação científica dos nossos colaboradores, promover a sua motivação promovendo a diferenciação
técnica da Instituição.
Durante o ano de 2012, com a integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE, procedeu-se à integração
dos colaboradores destas duas unidades hospitalares, na aplicação MaxProRH, distribuindo-os pelas
Áreas/Especialidades, conforme definido no Regulamento Interno e tendo havido também a necessidade
de uniformizar as regras e procedimentos.
Durante o ano de 2012, deu-se início à implementação do registo electrónico às Áreas/Serviços de Apoio
e ainda, a algumas Áreas/Especialidades Clínicas. Prevê-se finalizar esta implementação durante o ano de
2013, uma vez que esta implementação requer o levantamento, ajustamento e informatização dos horários
de todos os colaboradores do CHLC,EPE.
Manteve-se em curso o sistema de informatização de gestão documental, o qual está a ser efectuado de
forma faseada tendo, em 2012, sido implementada às restantes estruturas hospitalares.
Desta forma, aumentou o nível de reporte interno que disponibiliza informação para a gestão, permitindo
uma melhoria significativa na concretização dos objectivos do CHLC,EPE.
No sentido de cumprir rigorosamente a Lei n.º 8/2012, o CHLC,EPE, implementou o registo dos
compromissos com efeitos a 1 de Janeiro de 2012.
Deu-se continuidade ao modelo de controlo de gestão e de execução orçamental, através dos cabimentos,
possibilitando uma actuação, em tempo oportuno, face aos desvios verificados.
Com a publicação da primeira alteração à Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Orçamento do Estado
para 2012), através da Lei n.º 20/2012, de 14 de Maio, foi inscrita a dotação necessária para o programa
de regularização de dívidas a fornecedores do SNS. O CHLC,EPE, nos pagamentos efectuados, com base
no programa atrás descrito, observou os princípios fixados na Resolução do Conselho de Ministros n.º
44/2012, de 20 de Abril.
A alteração à verba do adiantamento do Contrato Programa de 2012, divulgada através da circular n.º
34/2012/CD, da ACSS, atribuiu ao CHLC,EPE, um valor, com efeitos a Julho, com uma redução mensal,
que veio dificultar o cumprimento das obrigações da instituição. Esta situação contribuiu para o
agravamento da situação financeira e implicou dificuldades acrescidas no processo de renegociação de
prazos e condições de pagamento com os fornecedores, de forma a optimizar os proveitos e obter
descontos financeiros.
Tendo em vista um melhor controlo sobre o pagamento das taxas moderadoras, procedeu-se à
implementação dos equipamentos de “Sistema de Atendimento” (Quiosque Electrónico) nas Consultas
Externas do HSAC e de HDE, deslocando-se os profissionais da Tesouraria aos locais, realizando a
recolha, controlo e registo das receitas, para posterior depósito bancário. Foram dotadas de equipamentos
multibanco, todas as unidades funcionais onde possam ocorrer pagamento de taxas moderadoras.
Efectuou-se a circularização aos Clientes (Estado e não Estado), permitindo a resolução das divergências
existentes.
7.4. Investimentos
O CHLC,EPE, em 2012, aplicou em bens de investimento um valor de 2.806.473,23€. Deste valor, cerca
de 50% foi aplicado em equipamento básico, cerca de 29% em obras destinadas a remodelar e conservar
os edifícios e cerca de 14% em hardware/software informáticos. De realçar que 32% do valor total, foi
aplicado em equipamento médico-cirúrgico.
4221 Edificios
6% 4% 4229 O.Construções
6%
4231 E. Medico Cirurgico
8% 4232 E Imagiologia
25%
4233 E Laboratorio
1%
0%
4234 Mob. Hospitalar
9% 4236 E. Hotelatia
4239 Outros
1% 425 Ferram. e utensilios
2%
2% 4261 E. Administrativo
4% 426211 Hardware
426221 Software
32% 429 O.Imob.Corp.
O Investimento, no ano de 2012, foi, à semelhança dos anos anteriores, caracterizado pela remodelação de
equipamento essencial à prática clínica, de forma a permitir uma maior eficiência, qualidade e segurança
na actividade assistencial. De salientar, também, o investimento na área da remodelação e conservação de
edifícios, bem como, na renovação do parque tecnológico na área de sistemas de informação, de forma a
aumentar a eficiência dos procedimentos.
O valor total do investimento de 2012 reflecte os bens adquiridos nesse ano, bem como o que diz respeito
à conclusão de diversos projectos iniciados em anos anteriores, tendo-se procedido à transferência desses
valores da rubrica 44-Imobilizações em curso para a 42-Imobilizações Corpóreas, traduzindo-se numa
redução desta rubrica de 1.412.185,53€.
VALORES
RECEBIDO
DATA S ANOS VALOR VALOR
VALOR FINANC INICI ANTERIOR RECEBIDO RECEBIDO
CANDIDATURA APROVADO APROVADO O ES ANO 2011 ANO 2012
Programa de Rastreio para Identificação Grupos de Risco em Saúde Mental
da Infância e Adolescência: Filhos de Pais com Depressão 60.000,00 € 60.000,00 € 2009 15.000,00 €
OE - ACSS
Criação de Programas para Doentes Mentais Graves no CHLC 310.234,35 € 310.234,35 € 2009 77.558,59 €
OE - ACSS
Certificação dos Serviços Farmacêuticos 225.105,98 € 168.829,49 € 147.737,03 €
OE - ACSS
Sistema Dispensa Automatica Medicamentos Serviço Urgência Hosp. S. José 296.270,33 € 100.000,00 € 2010
OE - ACSS
Ambulatório Farmácia Hospital STº Ant. Capuchos 128.640,00 € 96.480,00 €
OE - ACSS
Ambulatório Farmacia Hospital S. José 128.640,00 € 96.480,00 €
A partir de 1 de Março de 2012, o CHLC, EPE passou a integrar o Hospital de Curry Cabral e a
Maternidade Dr. Alfredo da Costa, através do Decreto-lei 44/2012 de 23 de Fevereiro. Os dados
económico financeiros apresentados, são consolidados de forma a permitir a comparação homóloga.
Neste capítulo, procede-se à análise das contas de exploração, consolidadas, do período de 1 de Janeiro a
31 de Dezembro de 2012, avaliando o desempenho económico e alguns indicadores referentes à estrutura
financeira.
Verificou-se uma oscilação, nas rubricas de custos, de -43.052.413€ nos custos operacionais, de -
124.787€ nos custos financeiros e de 806.668€ nos custos extraordinários. Na rubrica de custos
financeiros encontram-se contabilizados os juros da divida ao Fundo Apoio ao Sistemas de Pagamentos
do SNS no montante de 1.333.660,81€.
No geral, relativamente ao Plano de Desempenho, os proveitos tiveram uma oscilação de 0,2% e os custos
sofreram um aumento de 3,8%. Em comparação com 2011, os proveitos diminuíram 7,1% e os custos
diminuíram 8,6%.
7.5.1. Proveitos
Proveitos - Consolidado
Parte do valor inscrito nesta rubrica, foi estimado com base na casuística da produção e no histórico da
Instituição. Contribuíram para esta situação os seguintes pontos:
Numa análise mais detalhada da rubrica de prestações de serviços, representativa de 88,44% do total dos
proveitos, destaca-se o peso da actividade de internamento (45,58%).
Numa análise mais detalhada da rubrica de prestações de serviços, representativa de 88,4% do total dos
proveitos, destaca-se o peso da actividade de internamento (45,6%).
A rubrica Proveitos e Ganhos Financeiros, apresentou um aumento significativo, 290,2%, face ao período
homólogo, essencialmente derivado aos créditos cedidos pelos fornecedores, ao abrigo do acordo da
Apifarma com a ACSS. No que concerne ao previsto no Plano de Desempenho verificou-se uma ligeira
descida de 3,3%.
Com o reconhecimento dos proveitos quando obtidos ou incorridos no ano a que dizem respeito,
respeitando, desta forma, o princípio contabilístico da especialização, existem cada vez menos valores
registados nesta rubrica.
7.5.2. Custos
De salientar a diminuição contínua do recurso a MCDT ao exterior, o que se traduziu numa diminuição de
21,4% na rubrica de subcontratos, face ao período homólogo e de 3,1% relativamente ao previsto.
7.5.2.1. CMVMC
Na sua globalidade o valor desta rubrica apresentou um decréscimo de 6,5% face ao previsto no Plano de
Desempenho e 12,4% relativamente ao período homólogo, resultado de uma política de rigor na
contratação e no acompanhamento mensal dos consumos.
A rubrica de Produtos Farmacêuticos representou 73% do valor total dos CMVMC, seguida do Consumo
Clínico com 26% ficando 1% do valor distribuído pelas restantes rubricas.
CMVMC
1%
Produtos
Farmacêuticos
26%
Material de
Consumo
Clínico
73%
Outros
Consumos
O CHLC,EPE registou uma diminuição do valor total das compras de 11,5% (-19M€) face ao período
homólogo e de 10,8% (-17,7M€) face ao previsto.
Estas reduções foram devidas, em grande parte, aos descontos obtidos pelo CHLC,EPE, por via do acordo
celebrado entre os Ministérios da Saúde e a Indústria Farmacêutica (Protocolo APIFARMA) que permitiu
uma redução de 12,7M€ e por via dos protocolos celebrados com algumas empresas fornecedoras de
medicamentos que possibilitou uma redução de 4,9M€.
Para as reduções, contribuiu ainda, a redução dos preços unitários de alguns bens com impacto financeiro.
Medicamentos
Como se referiu, o CHLC,EPE integrou em Março a MAC e o HCC que possuem perfis de consumo e
ordem de grandeza de medicamentos completamente distintos.
O peso relativo da despesa com medicamentos cedidos em relação ao consumo total de medicamentos
varia conforme as unidades hospitalares.
CHLC_4
HCC
MAC
A MAC apresenta consumos da ordem de um milhão de euros, com uma diminuição de 19%, em relação
ao período homólogo. Na MAC, os medicamentos cedidos para utilização em ambulatório apresentaram
um decréscimo de 38%. Os medicamentos cedidos pela farmácia hospitalar representaram 6,5% do total
de consumos e destinaram-se ao tratamento da patologia oncológica e de VIH em grávidas seguidas na
MAC.
Este decréscimo nos consumos foi-se revelando de forma consistente ao longo do período em análise.
O HCC apresenta um perfil de consumos semelhante ao do restante Centro Hospitalar, com especial
enfoque na dispensa de medicamentos para utilização em ambulatório, nomeadamente para tratamento de
doentes transplantados renais e hepáticos, insuficientes renais crónicos e VIH.
Os consumos desta unidade apresentam uma diminuição de 3,3% em relação ao período homólogo. Os
medicamentos cedidos pela farmácia hospitalar para utilização em ambulatório representaram cerca de
78% do valor total de consumos de medicamentos, com uma variação de 0,1% face ao período homólogo.
As patologias responsáveis por 80% dos encargos com medicamentos são, conforme o gráfico o HIV, a
patologia oncológica, a artrite reumatóide e outras da mesma legislação e a esclerose múltipla:
HIV
Patologia Oncológica
Outras Patologias
Artrite Reumatóide
Esclerose Múltipla
A artrite reumatóide e outras da mesma legislação, no período em análise, sofreu uma variação de 1,3%.
Os encargos com doentes do CHLC,EPE apresentaram um aumento de cerca de 1,8%.
2012 2011
Medicamentos biológicos ( artrite reumatóide e
outras) Dezembro Var.
nº doentes Valor nº doentes Valor
Enc. %
Privada 148 1.049.826,50 126 1.053.724,33 -0,37%
CHLC 408 4.228.173,16 419 4.155.345,14 1,75%
Total 556 5.277.999,66 545 5.209.069,47 1,32%
O número de doentes externos tem vindo a aumentar fruto da integração do HCC no Centro Hospitalar.
Medicamentos anti-infecciosos
Sangue
Aparelho cardiovascular
Os encargos com consumo clínico do CHLC,EPE ascenderam, em 2012, a 37,75M€, sendo as rubricas de
maior relevância financeira as que se referem ao material de tratamento (39%) e próteses (27%).
8% 3% 13%
6%
21 Material de Penso
22 Artigos Cirúrgicos
23 Material de Tratamento
24 Material de Electromedicina
25 Material de Laboratório
27% 26 Próteses
27 Material de Osteosíntese
39%
2% 29 Outro Mat. de Consumo Clínico
2%
O valor do material de consumo clínico registou em 2012, um incremento de 4% (1,5M€) face ao previsto
e um decréscimo de 13,9%, (-6,1M€) face ao realizado em período homólogo. Para tal, contribuíram, com
grande peso, o encerramento da Urgência do HCC em Dezembro de 2011 (com a consequente repartição
da área de referência deste pelo CHLC,EPE e pelo CHLN,EPE), o encerramento da Unidade de
Cardiologia do HCC em Fevereiro de 2012, a visível redução da actividade clínica no geral, com especial
Na despesa com Subcontratos verificou-se uma diminuição, face ao previsto, de 3,1% e uma diminuição
de 21,4%, face ao período homólogo, tendo sido desenvolvidos todos os esforços no sentido de reduzir os
encargos na execução de exames no exterior. De salientar, o facto de oportunamente ter sido adquirido
equipamento de imagem que contribuiu para esta diminuição.
Em todas as áreas foram desenvolvidos todos os esforços para se alcançar a redução da despesa na
execução de exames ao exterior, proporcionando a diminuição de custos verificada.
Se por um lado, a aquisição de equipamentos, em anos anteriores, levou a um acréscimo nos contratos de
assistência técnica, contribuindo para o aumento dos custos nesta rubrica, por outro lado, o desgaste e a
antiguidade de muitos equipamentos obrigam a custos de manutenção elevados, não obstante se ter
verificado um aumento de 1% relativamente ao previsto e uma diminuição de 16,7% no que concerne ao
período homólogo, fruto da renegociação de preços com os fornecedores.
FSE
Subcontratos
12%
Fornecimentos e
serviços
88%
No que concerne aos Órgãos Directivos, a diminuição de custos em 41,6% deveu-se à redução, a partir de
Março de 2012, da estrutura directiva com a fusão resultante da integração do HCC e da MAC no
CHLC,EPE, à aplicação das regras remuneratórias decorrentes da aplicação do OE de 2012 e à cessação
de funções de um Vogal Executivo do Conselho de Administração, a partir de 1 de Agosto de 2012, não
tendo sido substituído.
A despesa com Remunerações Base do Pessoal registou uma diminuição face ao ano anterior de cerca de
3,4%. Este resultado deveu-se a factores internos (diminuição do número de efectivos, consequência do
número de aposentações, em particular de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais - a sua
substituição foi muito reduzida, devido ao constrangimento orçamental e à reorganização dos processos
de trabalho) e a factores externos, como a continuação da redução remuneratória dos colaboradores
decorrente da aplicação do OE de 2012.
A rúbrica Suplementos registou uma diminuição de 10,4% face ao ano anterior, para a qual terá
contribuído o programa de cirurgias adicionais.
A rúbrica Pensões registou uma redução de 78,6% tendo por base o disposto no artigo 159.º do OE, que
transferiu a responsabilidade dos encargos com o pagamento das pensões relativas aos aposentados que
haviam passado a subscritores da CGA, nos termos do Decreto-Lei n.º 301/79, de 18 de Agosto, para a
Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, os quais representavam a maioria dos pensionistas aposentados
a cargo do CHLC,EPE.
Os custos com Trabalho Extraordinário, registaram uma redução de 19,2%, devida ao cumprimento das
reduções remuneratórias previstas no OE e das medidas de gestão implementadas, designadamente, a
constituição de equipas fixas de médicos na urgência geral e unidades de cuidados intensivos e a
reorganização de horários de alguns grupos profissionais, as quais permitiram, também, no global, do
CHLC,EPE uma redução de 6,2% no número de horas de trabalho extraordinário.
Quadro: Custos com Horas Extraordinárias por Grupo Profissional (valores em euros)
Grupo Profissional 2011 2012 ∆ % 2011/12
Médicos 17.845.798 14.127.198 -20,8%
Enfermeiros 1.376.822 1.451.605 5,4%
TDT 415.498 281.884 -32,2%
Assistentes Técnicos 101.910 65.003 -36,2%
Assistentes Operacionais 834.507 547.844 -34,4%
Total Horas Extraordinárias 20.911.732 16.883.021 -19,3%
De salientar, quanto ao grupo profissional dos médicos, no período 2011/2012, foram reduzidos cerca de
3,7 milhões de euros fruto do encerramento da urgência do HCC, da implementação das equipas fixas de
médicos na urgência, da reorganização dos horários, bem como da redução remuneratória do OE.
Nos grupos profissionais assistentes técnicos, assistentes operacionais e TDT, deve salientar-se a redução
média de 34% em custos de trabalho extraordinário, face ao ano anterior, fruto também da reorganização
dos horários, da reorganização dos serviços e fruto da aplicação do OE para 2012.
7.5.2.4. Amortizações
7.5.2.5. Provisões
Foi reduzida a provisão para clientes de cobrança duvidosa, sendo que houve um aumento da provisão
para depreciação de existências e para outros riscos e encargos.
Esta rubrica registou um aumento de 5,8% face ao previsto e uma diminuição de 7,6% na comparação
com o período homólogo, devido à diminuição de juros suportados referentes ao FASP.
Nesta rubrica foram registados os custos relativos a situações ocorridas em anos anteriores que não
estavam contabilizados nem estimados. Esta rubrica foi influenciada pela anulação de facturas inter
hospitais, em virtude da fusão do HCC e MAC com o CHLC,EPE.
Seguindo as recomendações inscritas no ponto III) da alínea d) do despacho dos Secretários de Estado do
Tesouro e Finanças e da Saúde, que aprova o Relatório e Contas de 2009, foi feita a correcção de duas
tipologias de custos, por não serem decorrentes da actividade normal da entidade.
Valores Consolidados Real 2011 Real 2012 Prev 2012 2012 / 2011 2012 / PD
Proveitos
711 - Vendas 494 15.552 3049,8 %
712 - Prestações de Serviços 378.331.382 355.484.319 366.693.338 -6,0 % -3,1 %
72 - Impostos
73 - Proveitos Suplementares 1.248.307 1.446.956 1.454.387 15,9 % -0,5 %
74 - Transferências Correntes Obtidas 27.457.343 10.227.690 10.262.612 -62,8 % -0,3 %
75 - Trabalhos para a própria instituição
76 - Outros proveitos operacionais 14.559.434 15.724.090 16.372.459 8,0 % -4,0 %
78 - Proveitos e Ganhos Financeiros 818.294 3.193.350 3.301.932 290,2 % -3,3 %
79 - Proveitos e Ganhos Extraordinários 10.088.852 15.875.896 3.038.161 57,4 % 422,5 %
Total dos Proveitos 432.504.106 401.967.854 401.122.889 -7,1 % 0,2 %
Custos
61 - C. M. V. M. C. 169.282.935 145.969.860 158.557.184 -13,8 % -7,9 %
Mercadorias
Materias de consumo 169.282.935 145.969.860 158.557.184 -13,8 % -7,9 %
- Produtos farmacêuticos 123.141.597 106.352.703 120.412.341 -13,6 % -11,7 %
Medicamentos 112.271.866 97.511.833 113.472.036 -13,1 % -14,1 %
Outros Prod. Farmacêuticos 10.869.731 8.840.871 6.940.305 -18,7 % 27,4 %
- Material de consumo clínico 43.860.266 37.752.675 36.291.977 -13,9 % 4,0 %
- Outros rubricas 2.281.072 1.864.482 1.852.866 -18,3 % 0,6 %
62 - Fornecimentos e Serviços Externos 62.495.713 57.081.824 53.758.732 -8,7 % 6,2 %
Subcontratos 8.357.948 6.573.167 6.785.713 -21,4 % -3,1 %
Fornecimentos e Serviços 54.137.765 50.508.657 46.973.019 -6,7 % 7,5 %
- Fornecimentos e Serviços I 6.768.436 8.016.364 7.940.175 18,4 % 1,0 %
- Fornecimentos e Serviços II 2.237.900 1.667.090 1.909.474 -25,5 % -12,7 %
- Fornecimentos e Serviços III 40.648.309 33.856.153 33.536.588 -16,7 % 1,0 %
- Outros fornecimentos e serviços 4.483.121 6.969.049 3.586.783 55,5 % 94,3 %
63 - Transferências Correntes Concedidas 12.942 1.817 833 -86,0 % 118,0 %
64 - Custos com Pessoal 225.425.489 211.420.709 194.372.142 -6,2 % 8,8 %
- Remunerações Base 130.940.790 126.182.382 122.398.125 -3,6 % 3,1 %
- Suplementos de Remuneração 45.442.274 40.719.994 40.051.582 -10,4 % 1,7 %
Trabalho Extraordinário 20.901.753 16.883.021 16.956.017 -19,2 % -0,4 %
Noites e Suplementos 11.967.045 11.817.654 11.485.455 -1,2 % 2,9 %
Outros Suplementos 12.573.477 12.019.319 11.610.110 -4,4 % 3,5 %
- Subsidios de Férias e Natal 13.132.422 11.848.915 2.507.199 -9,8 % 372,6 %
- Outras Desp. com pessoal 35.910.002 32.669.419 29.415.236 -9,0 % 11,1 %
65 - Outros custos operacionais 239.577 228.185 248.619 -4,8 % -8,2 %
66 - Amortizações do exercício 17.801.144 15.697.147 16.575.689 -11,8 % -5,3 %
67 - Provisões do exercício 1.338.479 2.363.657 71.864 76,6 % 3189,1 %
68 - Custos e perdas financeiras 1.638.589 1.513.802 1.430.351 -7,6 % 5,8 %
69 - Custos e perdas extraordinárias 11.725.766 13.132.434 6.108.207 12,0 % 115,0 %
Total dos Custos 489.960.635 447.409.435 431.123.621 -8,7 % 3,8 %
86 - Imposto s/ o rendimento do Exercício 48.034 33.023 -31,3 %
Resultados
Operacional -54.999.321 -49.864.592 -28.802.268 -9,3 % 73,1 %
Líquido do Exercício -57.504.563 -45.474.605 -30.000.733 -20,9 % 51,6 %
EBITDA -35.859.697 -31.803.788 -12.154.715 -11,3 % 161,7 %
Nota: No Plano de Desempenho foi considerado 70% do valor da Convergência Variável.
Compras 165.167.263 146.160.011 163.858.134 -11,5 % -10,8 %
A análise financeira a 31 de Dezembro de 2012, constatou que os Activos do CHLC, EPE ascenderam a
423,2M€, originando Activos Líquidos de 230,7M€, depois de deduzidas as Reintegrações, Amortizações
e Provisões no montante de 192,5M€.
De salientar que, por incorporação do HCC e da MAC, o Capital Estatutário aumentou para 95.322.302€.
Os Resultados Operacionais situaram-se abaixo do previsto, embora se tenha verificado uma melhoria
face ao período homólogo.
O Resultado Líquido do Exercício antes de Impostos apresentou uma melhoria substancial relativamente
ao período homólogo e ao previsto.
De salientar que o aumento dos recebimentos se deve apenas ao valor atribuído ao CHLC, EPE no âmbito
do Programa de Pagamento Extraordinário a Fornecedores do SNS (Troika), que se traduziu no montante
de 111.190.011,46€, tendo-se verificado uma descida no valor dos recebimentos do Contrato Programa.
Tesouraria
2011 2012
Recebimentos 442.613.190 538.795.404
Pagamentos 441.558.867 536.171.085
Resultado Financeiro 1.054.322,80 € 2.624.318,90 €
Consolidados
Em relação ao prazo médio de pagamentos, verificou-se uma diminuição de 62 dias em relação a 2011.
Em 2012, os pagamentos a fornecedores decorreram com disponibilidade financeira proveniente da
actividade normal da instituição e do Programa de Pagamento Extraordinário a Fornecedores do SNS. O
PMP, de 313 dias, incluiu, para além desses fornecedores as dívidas a instituições do SNS, grande parte
das quais regularizadas através do Clearing House.
Merece grande preocupação o facto de se encontrar por resolver estas e outras situações. Pese embora, a
nossa convicção de que os valores facturados irão ser pagos, o prazo que tem vindo a decorrer contribui
para agravar a já de si preocupante situação de tesouraria do CHLC,EPE.
Propõe-se que o resultado líquido negativo de -40.861.151,97€ seja transferido para a conta de resultados
transitados.
As estratégias definidas para atingir os objectivos propostos encontram-se explicitadas, quer em termos
dos resultados alcançados em 2011, quer relativamente à actividade proposta para 2012.
Sem prejuízo da actividade corrente desenvolvida no CHLC,EPE, o Centro Hospitalar antecipa, desde já,
a entrada em funcionamento do novo Hospital de Lisboa Oriental que substituirá os Hospitais de Santa
Marta, S. José, Capuchos, Dona Estefânia, Curry Cabral e Maternidade Dr. Alfredo da Costa, cuja
concretização se prevê em 2016. Este hospital, parte fundamental do projecto de reorganização da rede de
prestação de cuidados na cidade de Lisboa, estará dotado do maior nível de diferenciação tecnológica,
com capacidade de resposta para as solicitações de todo o país, em algumas especialidades, conjugando a
excelência clínica com o ensino universitário e o reconhecimento por parte da população.
O CHLC,EPE desenvolve a sua missão centrado no doente, pautado por um conjunto de valores como a
competência e a ética profissionais, inseridos numa cultura de responsabilização, transparência e de
melhoria contínua da qualidade e tendo como referências fundamentais para a governação clínica, os
seguintes pressupostos:
Missão
O CHLC,EPE tem por missão prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com as demais
unidades prestadoras de cuidados de saúde integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A actividade
do CHLC,EPE assegura a cada doente, cuidados que correspondam às suas necessidades, de acordo com
as melhores práticas clínicas e numa lógica de governação clínica, promove uma eficiente utilização dos
recursos disponíveis, abrangendo, ainda, as áreas de investigação, ensino, prevenção e continuidade de
cuidados, conforme o primado do doente.
Valores e Objectivos
• Competência técnica;
• Ética profissional;
• Segurança e conforto para o doente;
• Responsabilidade e transparência;
• Cultura de serviço centrada no doente;
• Melhoria contínua da qualidade;
• Cultura de mérito, rigor e avaliação sistemática;
• Actividade orientada para resultados;
• Trabalho em equipa/multidisciplinar e multiprofissional;
• Boas condições de trabalho.
O CHLC,EPE integra o sector Empresarial do Estado desde 1 de Março de 2007, conforme estipulado
pelo D.L. n.º 50-A/2007 de 28 de Fevereiro. Em 1 de Março de 2012, o CHLC,EPE passou a integrar, por
fusão, o HCC e a MAC, conforme o exposto no Decreto-Lei n.º44/2012 de 23 de Fevereiro.
Desde 17 de Março de 2008 o CHLC,EPE, possui um regulamento interno homologado pela Tutela, para
cuja formulação concorreu o contributo de um número significativo dos seus profissionais. Este
regulamento encontra-se amplamente divulgado e acessível na intranet.
Para além desse documento orientador de referência, o CHLC,EPE, detém um conjunto alargado de
normas e procedimentos escritos, construídos a partir de 2000, no âmbito dos processos de acreditação da
qualidade a que, alguns dos Hospitais que actualmente o integram, aderiram. Essas normas e
procedimentos operacionalizam as políticas e estratégias definidas e são controladas por um sistema de
gestão que assegura a sua permanente divulgação, actualização bem como a consistência com as mesmas.
Está em fase de concretização o alargamento progressivo deste processo a todos os hospitais integrados,
visando a uniformização de processos.
Em 2012 foram realizadas, pelo CHKS, auditorias de reacreditação visando a prazo, a acreditação de todo
o CHLC,EPE.
O regulamento interno do CHLC,EPE, após a fusão, está a ser revisto de acordo com o estabelecido no
Decreto-Lei n.º 244/2012.
Princípios Organizativos
O funcionamento do CHLC,EPE tem por objectivo a qualidade e eficiência na prestação dos cuidados de
saúde e assenta na responsabilidade da gestão.
O CHLC,EPE adopta um modelo de gestão participada que compreende os níveis de gestão estratégica,
intermédia e operacional e que assenta na contratualização interna de objectivos e meios.
Às Áreas, ao nível intermédio de gestão, incumbe a transposição das estratégias, objectivos e metas do
CHLC,EPE para planos de actividade e orçamentos contratualizados com o CA e coordenar a sua
execução pelas Especialidades e Unidades Funcionais que as constituem.
Conselho de Administração
Presidente Dr.ª Teresa Maria Silva Sustelo
Fiscal Único
Efectivo Victor e Almeida e Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
Os curricula dos Órgãos Sociais estão publicado na internet no site do CHLC,EPE em:
http://www.chlc.min-saude.pt/ResourcesUser/CHL/Principios_Bom_Governo/
CHLCEPE_orgaos_sociais_e_modelo_governo_mod_4.pdf
Tendo em atenção ao determinado pela Lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho, foi aplicado a todos os
membros do Conselho de Administração o corte de 5% nas remunerações. Adicionalmente, de acordo
com o OE de 2012, foi efectuado um corte suplementar de 10%, pelo que, os valores remuneratórios são
os seguintes:
2012
Mesa da Assembleia Geral Vice-
Presidente Secretário
Mandato I Presidente
Remuneração anual fixa n.a. n.a. n.a.
Redução remuneratória* n.a. n.a. n.a.
Remuneração anual efetiva n.a. n.a. n.a.
* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável
3. Auditor Externo
Para preparar a entrada em funcionamento do futuro Hospital, continuarão a ser concretizadas, de forma
progressiva e organizada, diversas acções, iniciadas em 2007, nomeadamente quanto ao modelo
organizacional. O processo de reestruturação iniciou-se com a concretização progressiva do modelo
organizativo, em unidades que congregam os anteriores serviços, captando sinergias, conferindo-lhes
massa crítica e atribuindo maior autonomia de gestão e responsabilidade.
A estratégia delineada pelo CHLC,EPE tem vindo a ser concretizada através da correcta reorganização
interna, em complementaridade com as Instituições que referenciam doentes, nomeadamente da zona sul
do país, ACES e U.S.F. onde se integra, bem como na imprescindível integração com os cuidados
continuados. Torna-se, ainda imperioso, caminhar para a partilha de risco com outras entidades, mais do
que simples protocolos, devendo ser desenvolvidas parcerias de modo a potenciar todas as sinergias.
Relativamente aos utentes, continuar-se-á a desenvolver uma política que visa garantir uma melhor
acessibilidade aos cuidados prestados, através da ligação efectiva com outros agentes prestadores,
nomeadamente, Centros de Saúde, USF, ACES, outros Hospitais e estruturas de cuidados continuados,
nas suas diversas modalidades, promovendo a adequação da utilização dos recursos e a melhoria da
satisfação dos utentes.
Pode afirmar-se que o CHLC,EPE cumpriu, na sua generalidade, todas as metas fixadas para 2012, tanto
no domínio assistencial como na vertente económica e financeira.
Quadro: Metas fixadas para 2012 e respectivo cumprimento (os valores apresentados não incluem o Janeiro e
Fevereiro de 2012 do HCC e da MAC)
O CHLC,EPE tem prosseguido uma gestão de rigor e de racionalização da utilização dos recursos
disponíveis, num contexto de elevadas restrições económicas, financeiras e sociais, no sentido de reduzir
o desperdício, aumentar a eficiência e garantir a melhoria da qualidade da prestação dos cuidados de
saúde e da segurança do doente. Tem ainda constituído especial preocupação, dotar o CHLC,EPE das
condições essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos seus colaboradores bem como a
sustentabilidade ambiental.
De salientar que os dados foram consolidados em 2011 e 2012, do CHLC,EPE, HCC e MAC, de forma a
permitir uma análise viável.
O resultado líquido foi de -45,4M€, o resultado operacional foi de -49,8M€ e o EBITDA foi de -
31,8€, resultando em reduções, face ao período homólogo, de cerca de -29,9%, -9,3% e -11,3%
respectivamente;
A redução, face ao período homólogo, em cerca de -43,8M€ (-9,2%) dos custos operacionais;
O total dos custos diminuiu, relativamente ao ano anterior, em cerca de 8,7% e aumentou 3,8%
em relação ao previsto;
Os proveitos registaram uma diminuição de 7,1% face a 2011 e um aumento de 0,2% face ao
previsto;
Os custos com pessoal, que representaram cerca de 47% do total dos custos, registaram uma
diminuição de 6,2% em relação ao período homólogo e um aumento de 8,8% face ao previsto.
O resultado financeiro de 2012 foi positivo, essencialmente originado pelos descontos financeiros
atribuídos pelos fornecedores ao abrigo do acordo com a ACSS, referente aos pagamentos realizados.
Proveitos e Ganhos Financeiros: esta rúbrica, apesar dos descontos financeiros obtidos dos fornecedores,
sofreu um decréscimo de 3,3% comparativamente com o previsto e um substancial aumento de 290% face
ao período homólogo.
Proveitos e Ganhos Extraordinários: tiveram um acréscimo de 422,5% face ao previsto e de 57,4% face
ao período homólogo.
A análise global revela que os custos sofreram um acréscimo de 3,8% face ao previsto e uma redução de
8,7% face a 2011.
CMVMC: o valor desta rubrica apresentou um decréscimo de 7,9% relativamente ao previsto no Plano de
Desempenho e de 13,8% face ao período homólogo em resultado de uma política de rigor na contenção
dos custos. A rubrica de “Produtos Farmacêuticos” apresentou um decréscimo de 11,7% relativamente ao
previsto e de 13,8% face a 2011. Na rubrica “Medicamentos” verificou-se um decréscimo de 14,1% face
ao valor previsto e de 13,1% em relação ao ano anterior. Na rubrica de “Outros Produtos Farmacêuticos”
verificou-se um aumento de 27,4% face ao previsto e um decréscimo de 18,7% face a 2011. O “Material
de consumo clínico” registou um aumento de 4% face ao previsto e um decréscimo de 13,9% face ao ano
anterior.
Fornecimento e Serviços Externos: houve um aumento de 6,2% face à previsão inicial e uma redução
8,7% em relação a 2011. Na despesa com “Subcontratos” verificou-se um decréscimo de 3,1% face ao
previsto e de 21,4% face ao período homólogo devido a terem sido desenvolvidos esforços no sentido de
reduzir a execução de exames ao exterior. A rúbrica de Fornecimentos e Serviços, registou um aumento
de 7,5% em relação ao previsto e uma diminuição 6,7% relativamente ao período homólogo.
Contribuíram para estas variações, além da política de controlo de custos, os aumentos do IVA e a
negociação de preços, sobretudo ao nível da alimentação, higiene e limpeza e segurança.
Custos com Pessoal: registaram um crescimento de 8,8% em relação ao previsto e uma acentuada redução
de 6,2% em relação a 2011. Se considerarmos que a despesa com pessoal no conjunto dos Hospitais
actualmente integrados no CHLC, EPE, era, em 2011, de 225.425.489€ e que em 2012 foi de
211.420.709€, facilmente se compreende o esforço de contenção e redução (-14.004.780€). A despesa
com Remunerações Base registou uma diminuição face ao ano anterior de 3,6% e um aumento de 3,1%
face ao previsto. Além da estabilização de efectivos, este resultado deveu-se também ao número de
aposentações, sobretudo pessoal médico e assistentes operacionais. Quanto aos custos com Trabalho
Extraordinário, registou-se uma diminuição de 0,4% relativamente ao previsto e 19,2% face a 2011, fruto
do cumprimento das reduções remuneratórias previstas no OE, das medidas de gestão entretanto
Amortizações: tiveram um decrescimento de 5,3% face ao previsto e uma redução de 11,8% face ao
período homólogo.
Custos e Perdas Financeiras: registou um aumento de 5,8% face ao previsto e uma redução de 7,6% face
ao período homólogo.
Custos e Perdas Extraordinárias: registou um acréscimo 115% relativamente ao previsto e de 12% quanto
ao período homólogo, tendo contribuído para esta situação a anulação das facturas inter hospitais
(CHLC,EPE/HCC/MAC).
O CHLC,EPE, durante o ano 2012 continuou sem receber qualquer pagamento por parte da Região
Autónoma dos Açores e recebeu um valor insignificante, face à divida, da Madeira, cuja divida total
ascende a cerca 16 milhões de euros.
Merece grande preocupação o facto de se encontrar por resolver estas e outras situações. Pese embora a
convicção de que os valores facturados irão ser pagos às instituições. O prazo que tem vindo a decorrer
contribui para agravar a já de si preocupante situação de tesouraria da Instituição
Sustentabilidade Social
Apoio Social
No que respeita ao apoio social, o CHLC,EPE tem como missão colaborar na remoção dos problemas
psicossociais dos utentes/doentes, bem como desenvolver as suas potencialidades e enriquecimento das
suas vidas, ajudando a prevenir as disfunções que possam dificultar o seu tratamento e reabilitação/cura
com vista à sua reintegração social no pós-alta hospitalar. Assim, Área de Apoio Social efectua o
diagnóstico de necessidades de apoio social dos doentes e relevantes para a sua reabilitação plena,
promovendo, em articulação com as entidades competentes as acções necessárias para a sua
concretização; participa nas Equipas de Gestão de Altas, promovendo os contactos necessários e a
Dada a integração do HCC e da MAC ter ocorrido em Março de 2012 e dada a necessidade de
uniformização dos procedimentos, os dados do HCC e da MAC apenas dizem respeito ao 2.º semestre de
2012. O CHLC,EPE sem HCC e sem MAC será aqui abreviado de CHLC4.
Em 2012, verificaram-se 9.997 episódios sociais no CHLC4 (mais 263 do que em 2011) e 1.395 no HCC
e 3.289 na MAC durante o 2.º semestre de 2012.
Os doentes protelados por motivos sociais, são um problema que tem implicação directa na demora média
do internamento, pelo que tem sido uma preocupação constante do CHLC,EPE a diminuição do número
de doentes retidos por motivos sociais, fazendo um esforço integrado de recursos de apoio formal e
informal, sem nunca esquecer os valores deontológicos e éticos, a vontade do doente e a qualidade das
respostas equacionadas. Foram registados, em 2012, 185 doentes protelados (2.856 dias de internamento)
do CHLC4 e, no 2.º semestre, 22 doentes (1.192 dias) no HCC e 10 doentes (84 dias) na MAC.
Como principais motivos de protelamento, nos doentes adultos, temos as alterações associadas à estrutura
familiar actual, entre as quais a dificuldade em conciliar a vida profissional e familiar, a incapacidade ou
indisponibilidade das famílias para assumir o papel de principal cuidador, os baixos recursos económicos,
rede de suporte familiar inexistente e a falta de resposta atempada da rede de suporte formal. As doenças
do foro neurológico (com especial destaque para o AVC), são as que mais frequentemente resultam em
situações de protelamento devido à dependência física e/ou cognitiva destes doentes. No que respeita aos
menores, os principais motivos de protelamento foram a demora na definição e/ou aplicação de medida de
promoção/protecção, a ausência de vaga institucional adequada à criança/jovem (as CPCJ e os Tribunais
de Família e Menores, com as medidas aplicadas, são os responsáveis directos por estes factores
condicionantes e, por conseguinte, pelo acréscimo do número de dias de internamento hospitalar, pela
decisão de protelar o utente) e a mobilização da família alargada.
Participação do Utente
O Gabinete do Utente, enquanto instrumento de gestão e meio de defesa dos Utentes dos Serviços de
Saúde, tem como objectivo, não só, ser um espaço de mediação, de diálogo e de participação dos
cidadãos, enquanto agentes detentores de direitos e deveres mas, também, tratar e encaminhar as
exposições que visam o funcionamento da instituição. Desde Fevereiro de 2007 que o CHLC,EPE regista
todas as exposições no Sistema de Gestão das Sugestões e Reclamações (SGSR) – Projecto Sim-Cidadão.
A cada exposição o sistema permite o registo de 3 ocorrências no máximo, desde que, de diferente
tipologia (reclamação, elogio e sugestão). De acordo com o manual Sim Cidadão é considerado:
Sugestão 2 1 1 1 5 10
Em 2012, no CHLC,EPE as reclamações baixaram cerca de 2,7% face a 2011, as sugestões também
reduziram em cerca de 60,9% e os elogios tiveram um acréscimo de 1,7%.
Em 2012, à semelhança de 2011, a maioria das reclamações incidiu no grupo profissional médico (45,6%)
e no pessoal dirigente (24,5%) embora, em 2012, se tenha registado uma redução de 11,8% das
reclamações no pessoal médico e um acréscimo de 11,9% no pessoal dirigente.
O tipo de problema que, em 2012, originou maior número de reclamações é o tempo de espera pela
prestação de cuidados (26,2%), seguido pelo sistema de informação ao utente (15,4%) e cuidados
desadequados (13,3%).
500
400 365
316
292 291
300
209
200
146
100 73
56
0
Tempo Espera Sistemas de Cuidados Leis/Regras/Normas Atendimento Procedimentos Doentes sem Instalações e Cuidados Hoteleiros
Cuidados informação Desadequados Cuidados Equipamentos
Dirigente 18 17 -1 -5,56%
Outros 58 91 33 56,90%
Os tempos médios de resposta às exposições efectuadas têm vindo a ter um significativo e sustentado
decréscimo, desde 2009, tendo-se verificado, em 2012, uma redução de cerca de 2 dias face a 2011.
204,8
200,0
150,0
105,1
100,0
71,0
68,7
50,0
0,0
2009 2010 2011 2012
Como exemplo, pode referir-se o projecto “Mostre-nos um Cartão”, a decorrer no Hospital de Santa
Marta.
Como consequência deste projecto o Hospital vem desenvolvendo, ao longo dos últimos anos, um
conjunto de acções na sequência das reclamações ou sugestões dos doentes e profissionais que
representam um investimento significativo, em termos de melhoria das condições de privacidade,
conforto, minimização do ruído, beneficiação de instalações sanitárias, entre outras.
Sustentabilidade Ambiental
No âmbito da Saúde Ocupacional, tem sido preocupação a melhoria das condições ambientais tendo sido
realizadas análises aos acidentes e incidentes de trabalho, análises de higiene e segurança nas zonas
comuns, registo e auditorias à utilização dos EPI, formações aos profissionais sobre exposição a fluidos
potencialmente infecciosos e movimentação inadequada de cargas e videovigilância de determinadas
zonas de risco do Centro Hospitalar.
Foram igualmente realizadas sessões de formação visando a melhoria do controlo e triagem dos resíduos
produzidos, com vista a uma maior selectividade dos mesmos bem como a uma redução de custos.
Reforçou-se, ainda, a triagem de materiais novos, para reciclagem, de acordo com as boas práticas
ambientais.
O protocolo existente com a ECOLUB tem assegurado a recolha dos óleos industriais, sendo que, na área
alimentar, são assegurados por empresas credenciadas mediante acordos estabelecidos com os prestadores
de serviços.
O volume de cartão proveniente de todos os abastecimentos ao Centro Hospitalar assume, cada vez mais,
uma particular importância. Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e do SUCH, os compactadores
de cartão entretanto instalados, permitiram uma redução substancial do volume produzido, dos
inconvenientes ecológicos daí decorrentes, e, em última instância, numa adequada abordagem da
problemática ambiental, quanto ao tratamento daqueles resíduos e aos custos inerentes associados.
Assim, durante o ano de 2012, foram recolhidos e tratados no CHLC,EPE os seguintes resíduos (não
incluindo os resíduos dos grupos I e II – equiparados a urbanos – recolhidos gratuitamente pela CML):
• Resíduos Hospitalares dos Grupos III e IV (1.311.656,13 kg);
• Resíduos Líquidos Perigosos (79.700,65 L);
• Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (1.860,00 kg);
• Resíduos Recicláveis (19.316,00 kg);
• Outros Resíduos Especiais (Monstros, Entulho Obras, Lâmpadas) (64.577.45 kg).
Nesta frota estão incluídas 10 ambulâncias, número insuficiente para fazer face ao número de doentes que
diariamente são necessário transportar, pelo que se torna necessário recorrer a entidades externas de
transporte de doentes (mediante concurso).
Durante o ano de 2012, ocorreram mudanças significativas com o transporte de doentes não urgentes que
passaram a ser encargo do Hospital prescritor do acto clínico a montante do transporte pelo que, e de
acordo com o mapa seguinte, o nº de transportes e respectivos encargos aumentaram, respectivamente, em
83,7% e 41,8%.
No âmbito da Energia:
Cogeração: o CHLC,EPE tem instalado desde Dezembro de 2005, no HSJ, um sistema de cogeração. A
cogeração consiste no aproveitamento local do calor residual originado no processo termodinâmico de
geração de energia eléctrica por combustão interna alimentada a gás natural. O aproveitamento dá-se sob
a forma de vapor e água quente que garante grande parte das necessidades de água quente para
aquecimento do hospital bem como águas quentes sanitárias.
Equipamentos: o CHLC,EPE tem como política na aquisição de equipamentos garantir que estes possuam
o melhor rácio entre a energia final e a energia inicial, ou seja, tentar enquadrá-los, sempre que possível,
nas classes energéticas superiores.
Energia eléctrica: no CHLC,EPE têm sido lançados, desde 2010, concursos públicos internacionais para
aquisição de energia eléctrica cujos cadernos de encargos possuem requisitos ecológicos.
Eficiência energética: o CHLC,EPE promove as boas práticas e instalações de sistemas que promovam a
eficiência energética das instalações e equipamentos com base em avaliação técnico-económica.
No âmbito dos equipamentos de escritório, o CHLC,EPE tem adquirido equipamentos que cumprem os
diversos critérios de eficiência energética.
No que concerne aos produtos de higiene e limpeza, a preocupação do CHLC,EPE nesta matéria passou
por garantir que os produtos de limpeza das mãos são usados na quantidade apropriada pelo que
disponibiliza em todos os locais em que se utiliza este produto embalagens providas de doseadores. Desta
forma garante-se que não existe desperdício reduzindo o impacto ambiental deste tipo de resíduos.
Acresce referir que os produtos de limpeza adquiridos são, também, respeitadores do ambiente pois são
biodegradáveis e isentos de cloro.
É de salientar, que a informatização, com especial enfoque no Processo Clínico Electrónico, constitui
uma prioridade estratégica de curto e médio prazo. No ano de 2012, foi dada continuidade a esta
estratégia, através da adopção de um conjunto de medidas transversais a todas as áreas do CHLC,EPE,
que permitem reduzir ou mesmo eliminar a circulação e consumo de papel, toner, películas, energia e
outros produtos, dentro do Centro Hospitalar, minimizando o risco e o impacto ambiental e contribuindo
para aumentar a segurança dos doentes, designadamente:
Alargamento de software que permite substituir o processo clínico em suporte de papel pelo
processo clínico electrónico, incluindo a prescrição interna de medicamentos ao nível do
internamento, consulta externa, hospital de dia, urgência e meios complementares de diagnóstico
e terapêutica;
Qualidade
Em conformidade com a sua missão e visão expressas no plano de acção de 2012, conteúdo do qual
salientamos “continuar o projecto de acreditação com a norma do chks-healthcare accreditation quality
unit de modo a acreditar as áreas não clínicas do CHLC,EPE e as áreas clínicas do HSJ e do HSAC em
2012 e 2013”, a Comissão da Qualidade e Segurança do Doente (CQSD), no sentido de melhor
operacionalizar esta vertente da sua intervenção e, após, a reestruturação interna criou cinco núcleos de
actividade: Núcleo de gestão documental; Núcleo de Auditorias Externas; Núcleo de Auditorias Internas;
Núcleo de Melhoria Contínua da Qualidade e Núcleo de comunicação.
Através da consulta à base dados Q_DOC podemos afirmar que, desde 2008, a CQSD controlou a
elaboração de 5.758 documentos, estando incluídos todos os tipos de documentos (POL, PM, PRT, PM,
PS e IT) e todas as edições (edição A, B e C). O número de profissionais envolvidos na elaboração de
documentos foram 1.104, o que dá uma percentagem de 18%, face ao universo dos profissionais do
CHLC,EPE (excluindo Hospital Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa).
Foi também proposto pela CQSD a divulgação de todas as políticas e alguns procedimentos
multissectoriais realizados pelos profissionais do CHLC,EPE. Para o efeito, foi criado um campo para a
divulgação da Base Documental da Qualidade e Segurança do Doente que integra normas de boa prática
para cada uma das áreas operacionais do CHLC,EPE estando, em fase de licenciamento de acordo com os
termos de licença pública Creative Commons.
Núcleo de Auditorias Externas: Este núcleo tem a função de monitorizar todas as fases do projecto de
acreditação do CHLC,EPE que, em 2012, teve como foco principal a realização da primeira auditoria a
Foram realizadas duas auditorias de monitorização ao HSM e ao HDE pelo CHKS, previstas e necessárias
para a manutenção da acreditação destes Hospitais. A primeira auditoria externa às áreas clinicas (foram
auditadas 8 Áreas/Especialidades já referidas), decorreu entre os dias 22 e 25 de Outubro. Os resultados
provisórios, permitem destacar um nível de conformidade total de 95,7% o que significa que dos 3.668
critérios avaliados, 3.508 foram considerados com conformidade total, 151 (4,1%) com conformidade
parcial e 9 (0,2%) foram considerados não conformidades. Relativamente às normas específicas, podemos
constatar que, grande parte dos critérios, foi avaliado como conformidade total, existindo cerca de 50%
(4) das Áreas/Especialidades com resultados de 100% nas suas normas específicas, como se pode
verificar através dos gráficos seguintes:
Após a realização da auditoria a áreas Corporate, realizada em Dezembro de 2011, e com as correcções
implementadas em critérios não conformes, - constatadas pelo auditor coordenador/Client manager em
Outubro de 2012, foi enviado à CQSD um relatório final onde se pode constatar a existência de 17
critérios em conformidade parcial.
Áreas/Especialidades Critérios
Technical Department 3
Support & Logistics Department 1
Hotel & Support Services 6
Clinical Support Services 7
TOTAL 17
Núcleo de Auditorias Internas: As auditorias constituem uma ferramenta de gestão, para a monitorização
e verificação da implementação eficaz da política da qualidade numa organização. Neste sentido, a CQSD
tem promovido desde 2011 a utilização de auditorias internas, como ferramenta do ciclo de melhoria,
através da elaboração e implementação de um Programa Anual de Auditorias Internas da Qualidade
(PAAIQ). O PAAIQ 2012 foi preparado pela CQSD em articulação com outras entidades do CHLC,EPE.
Foram planeadas 23 Auditorias Internas da Qualidade tendo sido executadas 22 que envolveram 71
profissionais do CHLC,EPE com formação em auditoria interna. Estas auditorias foram lideradas por
quatro Auditores Coordenadores e 13 Auditores Coordenadores em formação. A totalidade do tempo
utilizado durante o ano de 2012 para a concretização do PAAIQ foi de, aproximadamente, 2.600 Horas.
Foram auditadas 31 Normas do Manual do CHKS de 2010 com uma abrangência de 168 critérios e 28
Procedimentos Multissectoriais. Foi objectivo do PAAIQ de 2012 o envolvimento de quatro pólos do
CHLC,EPE (HSJ, HSM, HSAC e HDE) em todas as auditorias internas realizadas à semelhança do ano
anterior. Nas 22 auditorias realizadas foram envolvidas um total 32 Áreas/Especialidades e auditados
cerca de 162 Locais/Unidades. Para a concretização da constituição da Bolsa de Auditores Internos
Workshops da Qualidade: Com a realização de um workshop anual, a CQSD pretendeu criar canais de
comunicação que permitissem dar visibilidade ao programa da qualidade em curso e incrementar os seus
níveis de aceitação. O 1.º evento, em 2010, esteve associado ao tema de elaboração de políticas e
procedimentos da Qualidade e teve o título “Da Prática à Norma, da Norma à Prática”. O 2.º evento, em
2011, preocupou-se com a temática do “Planear a Mudança” e o 3.º evento, em 2012, com a garantia de
resultados (outcomes) favoráveis.
• Não construção do novo Hospital de Lisboa Oriental que substitua as actuais estruturas
profundamente degradadas e carentes de investimentos avultados;
• Infra-estruturas envelhecidas e inadequadas que, por questões de segurança, originam diversas
intervenções de conservação e manutenção com elevados custos e criam constrangimentos na
rentabilização óptima dos recursos;
• Pressão da inovação, especialmente na área do medicamento e dos dispositivos médicos com custos
elevados e ausência de partilha de riscos com a indústria;
• População envelhecida, elevada incidência de patologias crónicas e referenciação de doentes para
especialidades altamente diferenciadas e como tal consumidoras de recursos (por ex., transplantes,
mama e queimados);
• Dificuldade de retenção e de captação de profissionais qualificados em algumas áreas;
• Envelhecimento geral dos quadros médicos com especial relevância em anestesiologia, cirurgia
plástica, obstetrícia e otorrinolaringologia;
• Sub-financiamento crónico consequência do Contrato Programa se basear em ICM observados em
2011, que não reflectem as alterações ocorridas em 2012, bem como na falta de financiamento de
diversas linhas de produção nomeadamente quanto a alguns medicamentos cedidos gratuitamente
em ambulatório. De salientar que os preços de 2012 sofreram uma redução de cerca de 8,7% nos
GDH e urgência e de 39,3% nas consultas.
O CHLC,EPE tem vindo a cumprir, com rigor e racionalidade de gestão, os princípios orientadores e as
metas fixadas pela Tutela, sendo de realçar os impactes positivos das boas práticas de governação clínica
quer no domínio da melhoria da qualidade da prestação de cuidados de saúde, quer na equidade do
acesso, quer nos resultados obtidos quando comparado com as metas contratualizadas com a Tutela num
processo de benchmarking, quer ainda na adopção de uma cultura de eficiência de gestão e de
sustentabilidade ambiental.
O CHLC,EPE, num contexto de restrições orçamentais únicas e numa conjuntura altamente desfavorável,
tem vindo, graças ao empenho, profissionalismo e elevada competência técnica e humana dos seus
colaboradores, e desempenhar um importantíssimo papel assistencial no âmbito do SNS, na senda do
antigo Grupo dos Hospitais Civis de Lisboa, contribuindo para elevar o prestígio da Medicina portuguesa
e garantir à população a melhor prestação de cuidados de saúde possível.
Constituirá ainda, como pilar nuclear da gestão do CHLC,EPE, a preocupação constante da contenção da
despesa e do aperfeiçoamento do processo de contratualização da actividade assistencial, quer através do
desenvolvimento da contratualização interna, quer através do reforço dos mecanismos de monitorização e
acompanhamento pelos órgãos de tutela, encaixando a pressão do crescimento dos custos, nomeadamente
os que advêm das novas terapêuticas medicamentosas.
Assim, dar-se-á continuidade ao programa de ajustamento e articulação das unidades dos hospitais
integrados, continuando o processo de diminuição sustentada da lotação, com especial atenção a épocas
do ano mais sensíveis, procurando atingir uma redução gradual da demora média da instituição, tendo
como objectivo o seu alinhamento progressivo com as melhores práticas.
Continuar-se-á a manter uma forte aposta nas áreas de ambulatório, estimulando especialmente o
crescimento da Cirurgia em Ambulatória.
No equipamento informático, prevê-se a expansão dos sistemas informáticos existentes nos serviços
clínicos para o HCC e substituição de equipamento obsoleto, essencial para assegurar a prescrição
electrónica, o processo clínico electrónico e o suporte à digitalização e arquivo de imagem, bem como a
comunicação entre os hospitais do CHLC,EPE.
Princípio Cumprimento
Missão, Objectivos e Políticas da Empresa TOTAL
Regulamentos Internos e Externos TOTAL
Informações sobre Transacções Relevantes com Entidades Relacionadas Não se aplica
Informação sobre Outras Transacções TOTAL
Modelo de Governo TOTAL
Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais TOTAL
Análise da Sustentabilidade da Empresa TOTAL
Código de Ética TOTAL
Gestão do Risco TOTAL
Eficiência da Política de Financiamento TOTAL
O Código de Ética do CHLC,EPE está aprovado e disponível quer na Intranet quer na Internet no site:
http://www.chlc.min-saude.pt/ResourcesUser/CHL/Principios_Bom_Governo/Codigo_Etica.pdf
É esperado que todos os trabalhadores do CHLC,EPE, cumpram os seus códigos de ética profissional e,
nomeadamente, os códigos deontológicos, aprovados e publicados pelas respectivas Ordens Profissionais.
O CHLC,EPE assegura a gestão do risco continuamente em todas as áreas, utilizando uma abordagem
sistemática e consistente, para a qual é vital uma gestão integrada e a implementação da metodologia de
gestão do risco ao nível global, abrangendo especificamente as seguintes áreas:
• Segurança do Doente;
• Reanimação;
• Controlo de Infecções;
• Segurança no circuito do medicamento;
• Segurança na gestão da informação clínica;
• Gestão de reclamações, queixas e processos litigiosos;
• Higiene e Segurança dos Profissionais;
• Gestão de Resíduos;
• Segurança Geral;
• Segurança Contra Incêndios;
• Plano de catástrofe e planos de emergência interno.
De salientar que a Gestão de Risco além da dimensão clínica, segurança e saúde, incide também nas áreas
económica, financeira e patrimonial.
A actividade da Gestão do Risco, em 2012, teve como fio condutor à semelhança do ano anterior a
consecução dos seus objectivos destacando-se as seguintes intervenções:
- Promoção da cultura de gestão do risco e segurança do doente, através da disseminação das políticas e
procedimentos para a segurança do doente, dos profissionais e do ambiente em geral, assim como, da
realização de um conjunto de acções de informação/formação orientadas para a resolução de problemas,
através dos interlocutores/responsáveis e profissionais dos vários sectores e unidades funcionais;
- Gestão dos incidentes de segurança do doente, dos profissionais e do público em geral, promovendo
entre os profissionais a prática habitual de registo, análise e monitorização de medidas correctivas para os
incidentes detectados na sua actividade diária;
- Desenvolvimento de um aplicativo informático de gestão do risco, para relato de incidentes, tendo como
base a classificação internacional sobre segurança do doente da Organização Mundial de Saúde. Este
aplicativo permite o relato de incidentes através da Intranet e a gestão efectiva dos mesmos pelos
elementos do GGR e Grupos de Análise Local. Contém também um módulo para a avaliação do risco de
queda do doente (escala de Morse) e risco de úlceras por pressão (escala de Braden).
- Promoção das boas práticas no âmbito do projecto “cirurgias seguras salvam vidas” com vista a
aumentar a segurança do doente e contribuir para a redução de incidentes relacionados com os
procedimentos cirúrgicos.
Auditoria Clínica
A auditoria clínica é um instrumento fundamental da gestão do risco clínico, pelo que, em 2012 foi vital
dar continuidade ao desenvolvimento de um programa de auditoria clínica, que assentou numa
metodologia de avaliação do desempenho através da qual os profissionais de saúde examinaram a sua
prática com base em normas preestabelecidas e produziram mudanças, quando necessário, para atingirem
a conformidade com a norma.
Na Área de Gestão de Compras, a medida adotada para a prevenção de conflitos de interesses consiste na
apresentação, pelos colaboradores da AGC e membros de júris/comissões técnicas que participem em
procedimentos aquisitivos, de uma declaração ética sobre o conflito de interesses e impedimentos e de
uma declaração de interesses nos processos em que tal se verifique.
A divulgação de informação, nos termos dos princípios de bom governo, encontra-se disponível nos sites
do CHLC,EPE e do SEE, conforme se pode visualizar nos quadros seguintes.
Existência de Site X
Historial, Visão, Missão e Estratégia X
Organigrama X
Orgãos Sociais e Modelo de Governo:
Identifica dos orgãos sociais X
Identificação das áreas de responsabilidade do CA X
Identificação de comissões existentes na sociedade X
Identificar sistemas de controlo de riscos X
Remuneração dos órgãos sociais X
Regulamentos Internos e Externos X
Transacções fora das condições de mercado X
Transacções relevantes com entidades relacionadas X
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental X
Código de Ética X
Relatório e Contas X
Provedor do cliente X
O CHLC,EPE possui livro de reclamações e outros meios através dos quais pode ser exercido o direito de
reclamação dos utentes e dos cidadãos em geral, bem como a apresentação de sugestões.
Cumprimento
Cumprimento das Orientações legais Quantificação Justificação
S N N.A.
Objectivos de Gestão:
Objectivos Nacionais de Acesso x 80,0%
Objectivos Nacionais de Desempenho Assistencial x 94,5%
Objectivos Nacionais de Desempenho Económico-Financeiro x 99,1%
Objectivos da Região x 102,3%
Gestão do Risco Financeiro x - Ponto 9.2 do R&C
Limites de Crescimento do Endividamento x - Diminuição de Proveitos
Evolução do PMP a fornecedores 36 dias
Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") x 126.521.084,28 € Diminuição de Proveitos
Deveres Especiais de Informação x Não aplicável
Recomendações do acionista na aprovação de contas:
Recomendação 1 x
Remunerações:
Não atribuição de prémios de gestão, nos termos artº 29º da
x
Lei 64-b/2011
Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º
x 38.749,57 €
60º da Lei 64-B/2011
Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei
x 20.394,49 €
n.º 12-A/2010
Orgãos Sociais-suspensão sub. Férias e Natal, nos termos do
x 38.071,71 €
artº21º da Lei 64-B82011
Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº
x não existe auditor externo
26º da Lei 64-B/2011
Restantes trabalhadores - redução remuneratórianos termos
x 8.091.760,75 €
do art.º 20º da Lei 64-B/2011
Restantes trabalhadores - redução remuneratórianos termos
x 16.980.715,03 €
do art.º 21º da Lei 64-B/2011
Artigo 32.º do EGP
Utilização de cartões de crédito x -
Reembolso de despesas de representação pessoal x 0,00€
Contratação Pública
Normas de contratação pública x n.a.
Normas de contratação pública pelas participadas x n.a.
34 contratos no valor Nenhum dos contratos teve valor superior
Contratos submetidos a visto do TC x
de 24.648.866,36€ a 5M€
Adesão ao Sistema Nacional de Compras Publicas
A quantificação apresentada refere-se às
compras adquiridas através da ANCP tendo
% vol. de aquisições objeto de consulta no SNCP x 0,2%
como valor de referência as compras totais
do CHLC em 2012
Parque Automóvel
O CHLC tem 17
Variação em 2012 do n.º total de veículos utilizados pela
x veículos, um dos quais
empresa
é um motociclo.
Princípio da Igualdade do Género
O CHLC tem aplicado as medidas do 9.10
Medida x
do presente relatório
Plano de Redução de Custos
Gastos com pessoal x -6,2% (dados consolidados)
Fornecimentos e Serviços Externos x -8,7% (dados consolidados)
Redução n.º efectivos e Cargos Dirigentes
Nº de efectivos x -5,1% (dados consolidados)
Nº de cargos dirigentes x -23,2% (dados consolidados)
Princípio da Unidade de Tesouraria
Princípio da Unidade de Tesouraria x 89%
Com efeito, conforme se estabelece no art.º 10.º do DL n.º 233/2005, a eventual contracção de
empréstimos, de montante superior a 10% do capital estatutário do CHLC,EPE, em termos individuais ou
acumulados, está sempre dependente de autorização prévia dos Ministros das Finanças e da Saúde.
Por outro lado, de acordo com o n.º 3 do art.º 12.º do mesmo diploma legal, o endividamento do
CHLC,EPE, à semelhança do que sucede com os demais hospitais empresa, não pode exceder 30% do
respectivo capital estatutário.
Deste modo, o financiamento da actividade do CHLC,EPE tem sido assegurado através dos proveitos
provenientes da sua actividade, essencialmente sustentada através dos Contratos-Programa celebrados
com a ACSS e a ARSLVT, tendo os défices gerados ao longo dos anos da sua exploração sido
financiados através das dotações de capital estatutário e do crédito de fornecedores, para além, como já
foi referido, do financiamento obtido do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Sistema Nacional
de Saúde.
No que se refere às políticas de reforço dos capitais permanentes do CHLC,EPE, as condições actuais de
exploração, condicionadas pela natureza do Contrato-Programa que sustenta a actividade desenvolvida,
não permitem assegurar o reforço sustentado dos capitais permanentes. De salientar que o Capital
Estatutário definido pelo Decreto-Lei 50-A/2007, com integração no período de 2007 a 2010, é
manifestamente inferior ao de outras Instituições comparáveis do ponto de vista da dimensão.
De salientar, no entanto, que, por incorporação do HCC e da MAC, o Capital Estatutário aumentou para
95.322.302€.
Assim sendo, e apesar das condicionantes existentes, entende-se que a optimização da estrutura
financeira, pelo menos a curto prazo, terá de continuar a passar por um esforço de manutenção da
actividade sem recurso a fontes onerosas de capitais, dada a incapacidade da actividade gerar recursos
para fazer face ao agravamento de custos que daí resultaria.
Em sintonia com esta actuação, o CHLC,EPE não possui contratos de swap em carteira e não contratou,
nem contrata, qualquer tipo de instrumento de gestão de risco financeiro. Por outro lado, o único
financiamento remunerado que foi contratado refere-se ao empréstimo contraído, em 2008, junto do
Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Sistema Nacional de Saúde
Em matéria de risco financeiro, nas actuais condições, o peso do custo dos capitais alheios não é
particularmente penalizador ao nível do resultado financeiro.
Contudo, importa ter presente que o elevado peso da dívida a fornecedores gera alguns condicionantes ao
nível da gestão da actividade, particularmente, ao nível do controlo da rubrica de Consumos, dadas as
naturais dificuldades de negociar preços de compra em condições mais favoráveis, face à contingência de
não ser possível, com a frequência desejável, contrapor prazos de pagamento mais competitivos.
De salientar, que o CHLC,EPE é uma instituição integrada do SNS, dependendo da tutela a fixação da
tabela de preços a praticar, bem como a definição da prestação de serviços às populações.
As Auditorias ao CHLC,EPE, realizadas em 2011 e em 2012, pelo Auditor Interno e por entidades
externas, promoveram a melhoria dos Manuais de Procedimentos, nas áreas económica, financeira e
patrimonial.
Em relação ao prazo médio de pagamentos (PMP), verificou-se uma diminuição de 60 dias no Prazo
Médio de Pagamentos face a 2011. Em 2012, os pagamentos a fornecedores decorreram com
disponibilidade financeira proveniente da actividade normal da instituição e das verbas atribuídas no
âmbito do Programa de Pagamento Extraordinário aos Fornecedores do SNS.
O PMP de 311 dias inclui para além desses fornecedores as dívidas a instituições do SNS, grande parte
das quais regularizadas através do Clearing House.
Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores nos termos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009
PMP 1ºT 2011 2ºT 2011 3ºT 2011 4ºT 2011 1ºT 2012 (*) 2ºT 2012 3ºT 2012 4ºT 2012
PMP a Fornecedores (dias) 313,21 320,91 346,65 383,54 388,4 436,9 420 420
(*) integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE
Mapa da posição a 31/12/2011 dos Pagamentos em Atraso, nos termos do DL 65-A/2011, de 17/Maio
Pagamentos em Atraso 0-90 dias 91-180 dias 181-240 dias 241-360 dias 361-540 dias 541-720 dias >721 dias
18.867.644,62
31.692.546,14€ 5.340.609,25€ 1.192922,49€ 36.880.255,06€ 31.103.659,77€ 1.443.446,95€
€
«Atraso no pagamento», o não pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços referidos no artigo seguinte após o decurso de 90
dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento da fatura ou, na sua ausência, sobre a data constante da mesma.
173
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
9.4. Cumprimento dos Deveres Especiais de Informação
O CHLC,EPE cumpre os deveres de informação nos termos do Despacho n.º 14277/2008, de 23 de Maio,
designadamente por via do reporte à DGTF, IGF, ACSS, ARSLVT, INE, Infarmed, Tribunal de Contas, IGAS e através
da publicação no site da empresa.
O Relatório de Gestão e Contas do exercício de 2011 foi aprovado por despacho conjunto dos Ministérios das Finanças
e da Saúde de 24 de Janeiro de 2013.
9.6. Remunerações
O CHLC,EPE cumpriu com as orientações legais no que respeita às remunerações dos Órgãos Sociais e restantes
trabalhadores.
Consultar o anexo 4 do Ofício Circular n.º 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF, no ponto 8.6 do presente
relatório.
Consultar o anexo 6 do Ofício Circular n.º 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF, no ponto 9.1 do presente
relatório.
O CHLC,EPE não disponibiliza cartões de crédito ou outros instrumentos de pagamento aos seus gestores para a
realização de despesas ao serviço da empresa.
Na aquisição ou locação de bens e na aquisição de serviços ou empreitadas, o CHLC,EPE adopta diferentes tipos de
procedimento de formação de contratos em função da complexidade, objecto e valor de cada aquisição
À formação de contratos de empreitada de obra pública e de locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de
serviços de valor igual ou superior ao referido, respectivamente, nas alíneas c) e b) do artigo 7.º da Directiva n.º
2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, aplica o regime procedimental previsto na Parte II
do CCP.
À formação de contratos de empreitada de obra pública e de locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de
serviços de valor inferior ao referido, respectivamente, nas alíneas c) e b) do artigo 7.º da Directiva n.º 2004/18/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, cujo início dos procedimentos foi autorizado antes da entrada em
vigor do Decreto-Lei 149/2012, de 12/07/2012, é aplicável o regime procedimental previsto no Regulamento de
Contratação do CHLC,EPE.
Para procedimentos iniciados após a publicação do Decreto-Lei 149/2012 de 12/07/2012, aplica-se o Código dos
Contratos Públicos.
Foram adquiridas através da ANCP as seguintes categorias de bens/serviços: HCC (Gasóleo); MAC (Prestação de
Serviços de Seguro Automóvel para Veículos Ligeiros de Passageiros; Contratação em regime de ASP, de Plataforma
Electrónica para Contratação Pública; Prestação de Serviços de Vigilância e Segurança Humana na Região de Lisboa e
Vale do Tejo; Prestação de Serviços de Alimentação a Utentes e Colaboradores da MAC; Aquisição de Economato;
Aquisição de Consumíveis de Impressão; Fornecimento de Electricidade; Aquisição de Consumíveis de Impressão;
Aquisição de Serviços de Limpeza e de Fornecimento de Produtos de Higiene).
O CHLC,EPE adquire estes bens, sempre que se encontram disponíveis, através de Contratos Públicos de
Aprovisionamento celebrados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. De igual forma acontece com o
material de consumo clínico que é adquirido através de Contratos Públicos de Aprovisionamento celebrados pelos
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, sempre que estes o incluam.
Política de Aprovisionamento;
Manual da Logística e Distribuição;
Regulamento da Contratação (até à entrada em vigor do D.L. 149/2012, de 12/07/2012).
Para além do acima descrito, a Área de Gestão de Compras elaborou relatórios periódicos com informação e análise dos
consumos e possui um plano de riscos de corrupção e infracções conexas.
Refira-se ainda que, em 2012, as áreas de Gestão de Compras e de Logística e Distribuição foram alvo de uma auditoria
interna tendo por objectivo, entre outros, a análise e avaliação do sistema de controlo interno implementado nos
diversos serviços que as compõem.
O CHLC,EPE dispõe de um diagnóstico da situação de homens e mulheres na empresa, conforme previsto no n.º 1,
alínea a), da RCM, através do Balanço Social.
O CHLC,EPE, foi criado em 1 de Março de 2007. Constituído por quatro Hospitais – S. José, Santo António dos
Capuchos, Santa Marta e Dona Estefânia, tendo a partir de 1 de Março de 2012, passado a integrar o Hospital de Curry
Cabral e a Maternidade Dr. Alfredo da Costa, através do Decreto-lei 44/2012 de 23 de Fevereiro. A lógica deste Centro
O projecto deste novo hospital, tem mobilizado os profissionais e gerado uma forte transformação na organização e
funcionalidade destes hospitais, na procura de os aproximar de um hospital único e moderno.
Só a motivação sustentada pelo projecto de um novo hospital, possibilitou que desde 2007 o Conselho de
Administração apoiado por todos os seus colaboradores, iniciasse um processo de racionalização e partilha de recursos e
saberes, bem como uma centralização de algumas áreas clínicas e serviços de apoio, tendo também procedido ao
encerramento do Hospital do Desterro.
Esta exigência, materializada num novo modelo de organização clínica, obrigou à fusão sempre difícil de serviços, á
criação de diversas Unidades Funcionais altamente diferenciadas e surgiram novas Áreas de excelência que reuniram,
de forma integrada e sinérgica, diversas Especialidades. Processo esse que se estende agora às duas novas instituições
integradas no CHLC,EPE.
Procedemos à elaboração de um plano de ajustamento do EBITDA no decorrer dos anos de 2012, 2013 e 2014, tendo-se
verificado uma melhoria significativa no ano de 2012.
Como consequência desta evolução e uma assumida preocupação na contenção de custos, possibilitou uma redução
gradual dos recursos humanos, que em 2012 se traduziu num decréscimo de 11,7%, relativamente a 2011, em
comparação com os valores agregados das instituições CHLC, HCC e MAC.
É óbvio, que um Centro Hospitalar constituído por seis hospitais condicionados pelo tempo – três dos quais antigos
conventos – separados, repartidos por inúmeros edifícios, com permanentes obras de manutenção, coloca sérios
constrangimentos à sua gestão corrente, ao seu equilíbrio económico e financeiro bem como pede, a todos os
profissionais, um esforço acrescido na salvaguarda de uma competência que garanta as boas práticas clínicas.
De salientar que os Fornecimentos e Serviços III, obteve uma redução de 17,6%, comparativamente aos custos
consolidados de 2011.
A perspectiva da transferência a curto prazo para um novo hospital, moderno e altamente diferenciado, tem funcionado
como um elemento facilitador de uma colaboração empenhada de muitos dos colaboradores deste Centro Hospitalar.
Apesar deste contexto manifestamente difícil, o CHLC tem assumido o seu compromisso de prestar cuidados
hospitalares de excelência a todos os seus doentes e dia a dia, vai construindo o seu futuro, projectado no novo Hospital
de Lisboa Oriental.
O incentivo à elaboração de protocolos e a sua aplicação de forma sistemática, trouxeram um controle a áreas de difícil
gestão, como sejam os medicamentos e os meios complementares de diagnóstico.
Na área de medicamentos, as medidas internas adoptadas, em conjunto com a negociação realizada ao nível do SNS,
possibilitaram uma redução de 13,1%.
Nos MCDT, a racionalização nalgumas áreas, bem como a internalização da realização de MCDT antes realizados no
exterior, possibilitaram uma redução de 41%.
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
177
A renegociação dos contratos com fornecedores permitiu reduzir a despesa e o desenvolvimento de sinergias nesta área,
poderá ser muito positiva, permitindo economias de escala significativas, tendo-se verificado uma redução de 14,7%
nas Matérias de Consumo, com significativa relevância para o Material de consumo Clínico, que comparativamente aos
custos consolidados de 2011, obteve uma redução de 13,9%.
A instalação e posterior manutenção do sistema PACS em todo o CHLC,EPE, tem permitido uma redução drástica do
consumo de películas.
A regular e sistemática aferição da actividade do CHLC,EPE em relação a outras instituições similares, passou a ser
uma prática corrente, através do IASIST, permitindo o benchmarking indispensável nos tempos actuais.
A abordagem que o CHLC,EPE perspectiva fazer em relação ao programa de redução de custos, passa em primeiro
lugar por um reforço e aprofundamento de uma série de medidas já elencadas anteriormente – muitas delas já fazendo
parte da gestão corrente - no sentido de obter, na sua projecção de impacto financeiro, as reduções financeiras exigidas.
Salienta-se a redução de 12% no total dos Custos, relativamente aos custos consolidados do período homólogo. Nesse
esforço, que obriga para além do aprofundamento de programas já em curso, novas medidas e opções ainda mais
rigorosas, consideramos como fulcral, a intervenção da Gestão ou Governação Clínica neste processo de contenção de
custos. Só o seu total envolvimento poderá garantir resultados coerentes com a missão da instituição hospitalar,
assegurar uma zona de protecção às boas práticas clínicas e consolidar de forma tranquila, uma evolução responsável e
consistente que certamente contribuirá para mudanças significativas da cultura hospitalar.
No âmbito do conceito da Governação Clínica, o CHLC desenhou duas estruturas já parcialmente implantadas na nossa
organização clínica e que poderão apoiar de forma decisiva este processo. Um Gabinete de Indicadores Clínicos fiáveis
e rigorosos e paralelamente, um Gabinete de Auditorias articulado com a área de gestão da Qualidade.
A monitorização permanente de toda a actividade clínica deverá garantir que a oferta de cuidados hospitalares não é de
forma perversa e sem critério afectada pela redução dos custos e as auditorias, assegurar que os procedimentos das boas
práticas não são postos em causa.
Transfere-se assim para o sector clínico, para além das opções concretas de racionalização ou mesmo de alguma
restrição tecnicamente sustentável, a monitorização dos resultados dessas intervenções. Restringe-se qualquer hipótese
para que opções fora do conhecimento científico, possam ganhar um poder de decisão ou condicionar a leitura de
indicadores.
Baseado nesta concepção linear, há três grandes áreas de intervenção clínica, particularmente decisivas num programa
de redução de custos: os medicamentos, meios complementares de diagnóstico e dispositivos médicos.
De comum, há duas referências consensuais: representam uma fatia muito pesada do orçamento hospitalar e só um
critério ou decisão clínica poderá condicionar, com segurança, a sua regulação.
A Governação Clínica deverá definir quais as áreas prioritárias de maior impacto financeiro a serem integradas nos
programas específicos de regulação e desenvolver ou acompanhar qualquer dos dois instrumentos dessa regulação.
Reconhece que a partir de determinado limiar são necessárias medidas estruturais que ultrapassam a capacidade dos
Centros Hospitalares individualmente considerados e que passarão para níveis regionais e também nacionais
(*) os valores apresentados incluem os meses de Janeiro e Fevereiro do HCC e da MAC em 2012 e os valores anuais de 2011 do HCC e da MAC.
(**) Em 2012, inclui valores referentes a unidades de sangue anteriormente registadas no HCC na rubrica de subcontratos.
NOTAS:
Valores Consolidados, com base nos Mapas Financeiros " 7.6 - Desenvolvimento das Despesas com Pessoal"
As reduções incluem a redução remuneratória (OE 2011 e 2012) e a suspensão dos subsídios de férias e Natal (OE 2012)
No que respeita às reduções com Ógãos Sociais foi ainda tida em conta a redução constante da Lei 12-A/2010
O CHLC,EPE tem vindo a dar escrupuloso cumprimento às orientações legais, no que concerne ao endividamento,
plano de redução de custos e princípio da unidade de tesouraria conforme se poderá analisar ao longo do presente
relatório.
Passivo:
Provisões para riscos e encargos 4.636.699,18 2.311.222,07
4.636.699,18 2.311.222,07
Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:
Fornecedores de Imobilizado
Dívidas a terceiros - Curto prazo:
Adiantamentos de clientes, utentes e instituições do Ministério da Saúde 360.457,96 76.059,16
Fornecedores c/c 156.435.596,17 165.246.983,28
Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 9.920.867,49 6.514.667,71
Outros empréstimos obtidos 79.189.412,18 77.720.199,45
Fornecedores de imobilizado c/c 9.034.137,18 12.001.173,34
Estado e outros entes públicos 5.823.807,71 4.833.748,69
Outros credores 30.270.248,59 21.414.276,93
291.034.527,28 287.807.108,56
Acréscimos e diferimentos
Acréscimo de custos 31.554.623,83 14.225.930,99
Proveitos diferidos 12.267.986,65 4.678.928,34
43.822.610,48 18.904.859,33
PROVEITOS E GANHOS
Vendas e prestações de serviços:
Vendas 0,00 0,00
Prestação de serviços 341.965.303,43 341.965.303,43 295.612.688,61 295.612.688,61
31.Dez.2012 31.Dez.2011
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas 0,00 467.554,96
Imobilizações incorpóreas
Subsídios de investimento
Juros e proveitos similares 2.948.716,15 707.988,19
Dividendos
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas -6.670.720,44 -3.669.069,82
Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00
31.Dez.2012 31.Dez.2011
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Emprestimos obtidos
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão
Subsídios e doações 5614,82 50009,3
Venda de Unidades de Participação 0,00
Cobertura de prejuízos
Aplicações Financeiras (Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS)
Variação de caixa e seus equivalentes [4] = [1] + [2] + [3] -708.360,67 -277.620,55
8.1.1. Identificação
O Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE tem a sua sede social na Rua José António Serrano em Lisboa com o
número de identificação de pessoa colectiva 508080142.
8.1.2. Legislação
O Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE é uma entidade pública empresarial detida a 100% pelo Estado, constituída
de acordo com o Dec-Lei nº.50-A/2007, de 28 de Fevereiro, resultante da fusão das Unidades Hospitalares, Centro
Hospitalar Lisboa – Zona Central, Hospital de Dona Estefânia e Hospital de Santa Marta, EPE por sucessão de todos os
bens, direitos e obrigações de que eram titulares as três unidades de saúde. O Centro Hospitalar de Lisboa Central a
partir de 1 de Março de 2012, passou a integrar o Hospital Curry Cabral, EPE e a Maternidade Alfredo da Costa,
conforme Decreto de Lei nº 44/2012 de 23 de Fevereiro.
De acordo com o consagrado no artigo 5º daquele diploma, a sociedade rege-se, pelo regime jurídico aplicável às
entidades públicas empresariais, com as especificidades previstas nos seus Estatutos, bem como nos respectivos
regulamentos internos e normas em vigor para o Serviço Nacional de Saúde que não contrariem as normas aí previstas.
Conselho de Administração
Presidente: Dra. Teresa Maria da Silva Sustelo
Vogal Executivo: Dra. Ana Isabel Higino Figueiredo Gonçalves
Vogal Executivo: Dra. Laura Maria F. S. Dâmaso Silveira
Director Clínico: Dr. Eduardo José Gomes da Silva
Enfermeira Directora: Enfª. Ana Maria Mota Soares
Por despacho nº 13919/2010 de 2 de Setembro, dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública e da Saúde, os
membros do Conselho de Administração foram renomeados.
Fiscal Único
Vitor Almeida & Associados, SROC, Lda., representada pelo Dr. Vitor Manuel Batista de Almeida
O Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE, também tem por objecto desenvolver actividades de investigação,
formação e ensino, sendo a sua participação na formação de profissionais de saúde dependente da respectiva capacidade
formativa, podendo ser objecto de contratos-programa em que se definam as respectivas formas de financiamento.
A actividade do Centro é exercida em submissão às obrigações inerentes ao serviço público que presta, incluindo a
sujeição a orientações das autoridades nacionais de saúde relativas à execução da política nacional de saúde. Assim, os
preços praticados pelo Centro são fixados oficialmente, e a produção é contratualizada anualmente. Por razões de
política nacional de saúde, são praticados preços ou tarifas inferiores às que deveriam assegurar proveitos que
permitissem a cobertura dos custos totais de exploração e níveis adequados de remuneração do capital investido e de
auto financiamento.
Desde 1 de Janeiro de 2012 até 31 de Dezembro de 2012, a Empresa manteve ao seu serviço uma média de 7.815
colaboradores. Em 31 de Dezembro de 2012, encontravam-se ao serviço do Centro Hospitalar 7.590 colaboradores,
incluindo os membros do Conselho de Administração e Diretores das Áreas Clínicas, Áreas de Apoio Clínico, de Apoio
Logístico e de Apoio Técnico, distribuídos de acordo com o quadro seguinte:
Conselho de Administração:
Dra. Teresa Maria da Silva Sustelo Presidente
Dr. Eduardo José Gomes da Silva Diretor Clínico
Enf.ª Ana Maria Mota Soares Enfermeira Diretora
Dra. Ana Isabel Higino Figueiredo Gonçalves Vogal Executivo
Dra. Laura Maria Figueiredo Sousa Dâmaso Silveira Vogal Executivo
5
Diretores das Áreas Clínicas:
José Manuel Santos Silva Videira Castro Diretor de Área - Especialidades Cirúrgicas
Maria Teresa Fontes Nunes Costa Graça Matias Diretor de Área – Medicina
João José de Carvalho Lopes dos Reis Diretor de Área – Diagnóstico por Imagem
Maria Aida Fraga Botelho Sousa Diretor de Área – Hemato-Oncologia
Maria Conceição Aguiar Costa Pedroso Botas Diretor de Área – Urgência e Cuidados Intensivos
Rosa Maria da Silva Machado Barros Diretor de Área –Diagnóstico Biomédico
Paolo Maria Casella Diretor de Área – Pediatria Cirúrgica
Manuel Gonçalo Cordeiro Ferreira Diretor de Área – Pediatria Médica
Ricardo Jorge Fuzeta Mira Diretor de Área – Ginecologia/Obstetrícia
Luis Manuel Facco Simões Ferreira Diretor de Área – Pedopsiquiatria
Maria Isabel Mimoso Antunes Diretor de Área – Medicina Física e Reabilitação
Maria Isabel Tavares Ribeiro Fragata Diretor de Área - Anestesiologia
12
Diretores das Áreas de Apoio Clínico:
João Luis de Paiva Alves Diretor de Área – Farmácia
1
Diretores das Áreas de Apoio Logístico:
Maria Teresa Portela Q. M. Alvim Poole da Costa Diretor da Área Administrativa de Recursos Humanos
António Pedro Romano Delgado Diretor da Área Estratégica de Recursos Humanos
Ana Paula Garcia Borges Diretor de Área – Gestão de Doentes
António José Gomes Lourenço Diretor Área – Gestão Sistemas e Tec. Informação
Rogério Joaquim Nogueira de Carvalho Diretor Área - Planeamento Analítico e Controlo Gestão
João Paulo Ventura Infante Diretor de Área – Instalações e Equipamentos
Maria João Manzano e Silva Diretor de Área – Saúde Ocupacional
Ana Maria Andrade Tavares Diretor de Área – Jurídico e Contencioso
Ana Teresa Jacinto de Oliveira Cruz Diretor de Área – Gestão de Compras e Logística
9
Diretores das Áreas de Apoio Técnico:
João Miguel Sousa Falcão Estrada Diretor de Área – Internato Médico
1
Restante Pessoal 7.562
Total 7.590
De salientar que face a 31 de Dezembro de 2011, aglutinando as dotações de pessoal do Centro Hospitalar de Lisboa
Central, EPE, Hospital Curry Cabral, EPE e da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, para efeitos de correcta aferição
homóloga, resultou uma dotação de 7.998 colaboradores constatando-se, assim, uma redução de 408 profissionais.
No exercício de 2012, o CHLC, EPE manteve o sistema informático de registo contabilístico SHI – Software Hospitalar
Integrado, Lda, para suportar o lançamento e tratamento dos registos da contabilidade geral, analítica e orçamental. Esta
aplicação funciona em versão multiposto e permite a integração da informação gerada nas seguintes aplicações:
- RHV – Recursos Humanos e Vencimentos – remunerações e seus respectivos descontos, encargos e retenções;
especialização mensal de férias e subsídio de férias;
- SONHO – registos dos actos médicos, processamento da facturação e respectiva emissão das facturas.
Os documentos que suportam os registos contabilísticos que originaram as “contas a pagar” e respectivos
comprovativos de pagamentos são arquivados anexos às autorizações de pagamento, e tendo em conta a rubrica
económica e a numeração sequencial do número de caixa da despesa.
As facturas emitidas a clientes são arquivadas por entidade e por número sequencial da factura. Os documentos que
suportam os registos contabilísticos que originaram as “contas a receber”, e os respectivos comprovativos de
recebimento são arquivados por rubrica económica e a numeração sequencial do número de caixa da receita.
A classificação contabilística dos processos de aquisição bens, fornecimentos e serviços externos é atribuída no início
do processo de aquisição, de acordo com o bem ou o serviço a adquirir.
As notas de encomendas decorrentes do processo de aquisição são integradas na aplicação de contabilidade através de
ficheiro.
Os documentos externos que suportam os registos contabilísticos são recepcionados e previamente conferidos no AGFC
– Sector de Conferência de Facturas, sendo posteriormente enviados ao Sector da Despesa para a respectiva
contabilização.
As notas a seguir indicadas estão de acordo com a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade do
Ministério da Saúde (POCMS) e aquelas cuja numeração não consta deste anexo não são aplicáveis à Sociedade ou a
sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras em apreciação.
As quantias relativas ao exercício de 2011 (comparativo) incluídas nas presentes demonstrações financeiras estão
apresentadas em conformidade com o modelo resultante da utilização do POCMS. Dado que a 1 de Março de 2012, o
CHLC, EPE passou a integrar o Hospital Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa, aos mapas apresentados,
integra os valores das 3 instituições em 2011 e os valores acumulados a Fevereiro de 2012, da MAC e do HCC com os
valores de 2012 do CHCL, EPE, para ser possível a sua compatibilidade.
As demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos da empresa, segundo a convenção dos
custos históricos e na base da continuidade das operações, em conformidade com os princípios contabilísticos
fundamentais da prudência, substância sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios.
a) Imobilizações
Imobilizações corpóreas
Estão registadas pelos valores de aquisição, ajustadas do aumento/diminuição resultante das avaliações efectuadas,
líquido de amortizações acumuladas.
As amortizações foram calculadas de acordo com o CIBE – Cadastro do Inventário dos Bens do Estado (Portaria
671/2000, de 17 de Abril).
As Imobilizações comparticipadas por Subsídios Comunitários são amortizadas na mesma base e às mesmas taxas dos
restantes bens do CHLC, EPE, sendo o respectivo custo compensado em Proveitos e Ganhos Extraordinários, pela
amortização das comparticipações registadas na Rubrica de Acréscimos e Diferimentos - Subsídio para Investimentos.
b) Existências
Existe provisão para depreciação de existências para todos os produtos que não registaram movimentos no exercício,
com a excepção de artigos que têm de existir em stock para o caso de virem a ser necessários, sendo esta situação muito
pontual.
c) Dívidas de Terceiros
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
194
Clientes
d) Acréscimos e diferimentos
O Centro regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as
receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas
ou pagas.
O Centro regista nestas rubricas do Activo e do Passivo, os efeitos decorrentes das operações de especialização
associadas a custos e proveitos cuja documentação de suporte ainda não estava disponível à data de 31 de Dezembro,
bem como outras estimativas associadas à aplicação do princípio da especialização dos exercícios, compreendendo
designadamente:
Reconhecimento dos proveitos imputáveis ao período ainda não facturados, relativos a internamentos e actos
médicos;
O montante actualizado dos encargos com férias e subsídio de férias, cujos direitos já se venceram, mas cujo
pagamento ainda não é devido, de acordo com o ponto 1 do artigo 21º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de
Dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para 2012;
Os prémios de seguro, repartidos pelos exercícios, de acordo com o respectivo período de vigência;
Subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações, reconhecidos na demonstração dos
resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas.
A contabilização do imposto sobre o rendimento é efectuada de acordo com o método do imposto a pagar, com base na
estimativa do imposto sobre o rendimento a pagar em relação ao ano a que respeita. No caso em apreço, atendendo, à
existência de prejuízos fiscais, o imposto apurado respeita apenas às situações sujeitas a tributação autónoma.
f) Impostos diferidos
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporais entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de
reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.
a) Amortizações
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
195
Os bens do activo imobilizado corpóreo e incorpóreo são amortizados de acordo com as taxas da Portaria 671/2000, de
17 de Abril e de acordo com o Decreto Regulamentar n.º25/2009 de 14 de Setembro, utilizando-se o método das quotas
constantes a partir do dia da entrada dos bens em funcionamento, sendo calculadas numa base diária, de tal modo que os
bens fiquem amortizados durante o seu período vida útil estimada.
Os bens com valor unitário inferior a 274,62 euros são amortizados integralmente no decurso do ano de aquisição.
b) Provisões
Foram constituídas provisões para dívidas a receber, de acordo com o seguinte critério:
Provisionadas em 25% as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de seis
meses e até 12 meses;
Provisionadas em 50% as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de doze
meses e até 18 meses;
Provisionadas em 75% as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de 18
meses e até 24 meses;
Provisionadas integralmente as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de
dois anos.
Para as dívidas de clientes privados em mora há menos de 6 meses, não foi efectuado qualquer provisão.
Por recomendação inscrita no Despacho de Aprovação do Relatório de Gestão e Contas relativa ao exercício de 2009,
na alínea d) ponto ii) e do Fiscal Único, foi também constituída provisão para uma entidade responsável por um
subsistema de saúde público, que não reconhece um conjunto de facturas de antiguidade elevada, cujo montante foi
provisionado em 75%, totalizando um montante de 894.000,00 €uros.
De acordo com este critério, o Conselho de Administração entendeu que ficavam acauteladas, com razoável segurança,
os riscos de crédito associados, pelo que se procedeu a uma redução da provisão existente, no montante de 118.662,18
€.
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
196
Deste modo, a provisão constituída para estes fins ascende, em 31 de Dezembro de 2012, a 17.904.348,52€.
O valor total da provisão em 2012 é de 714.266,32 €uros, tendo a mesma sido aumentada no montante de
410.270,93 €uros, correspondente ao valor das existências que não registaram qualquer movimento no decurso
do exercício de 2012, conforme anteriormente referido.
Foi constituída uma provisão considerando a situação dos vários processos e o seu possível desfecho, segundo
opinião técnica do causídico, em 31 de Dezembro de 2012, numa óptica de prudência.
De acordo com as estimativas efectuadas, foi apurado um montante potencial de responsabilidades máximas
expectáveis de 3.114.499,18 €uros, o qual está provisionado.
Consequentemente, foi efectuada a redução de 507.723,10 €uros, face ao montante de provisões para estes fins
existente nas demonstrações financeiras das três entidades que antecederam o Centro.
Foi constituída provisão para riscos em encargos, relativo a dívidas que a entidade pode ter que assumir o
respectivo encargo num montante de 1.522.200,00 €.
De acordo com o oficio nº GAC-1 de 14 de Janeiro de 2010 da Caixa Geral de Aposentações, e tendo presente o
disposto no artigo 159º da Lei nº 55-A/2010, de 31 de Dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2011), os encargos
em pensões relativas aos aposentados cuja inscrição na CGA tenha ocorrido nos termos do Decreto Lei nº 301/79, de 18
de Agosto, deixaram de ser imputados ao CHLC, EPE, passando a ser devidos à CGA pela Secretaria-Geral do
Ministério da Saúde.
d) Impostos
O Centro encontra-se sujeito a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC, à taxa normal de 25%,
acrescida de 1,5% pela aplicação da Derrama, resultando numa taxa de imposto agregada de 26,5%.
Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, o Centro encontra-se
sujeito a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham
existido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou
impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos.
Deste modo, as declarações fiscais do Centro referentes ao exercício de 2008 a 2012, poderão vir ainda a ser sujeitas a
revisão, embora o Conselho de Administração considere que eventuais correcções resultantes de revisões fiscais àquelas
declarações de impostos, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de
2012.
Impostos diferidos
Por não existirem na empresa situações materialmente relevantes que gerem diferenças temporais entre activos e
passivos numa base fiscal e contabilística, e atendendo a que, numa óptica prudencial, não se perspectiva que os
prejuízos fiscais reportáveis possam ser substancialmente recuperados no horizonte temporal legalmente admissível,
não foram reconhecidos impostos diferidos.
No final de 2012, os prejuízos fiscais serão decorrentes do exercício de 2008 a 2012 e dos transferidos do Hospital de
Santa Marta, susceptíveis de reporte até 5 anos. No entanto, conforme referido, o Centro não reconheceu
contabilisticamente, por uma questão de prudência, impostos diferidos activos.
8.2.6 Movimento ocorrido nas contas de despesas de instalação e despesas de investigação e desenvolvimento
Durante o exercício o movimento ocorrido com a rubrica imobilizações e respectivas amortizações e provisões foi o
seguinte:
O valor do imobilizado corpóreo em curso em 31 de Dezembro de 2012, ascende a 645.595,35 €uros e refere-se
principalmente as seguintes situações:
- Fornecimento e instalação de uma solução de Gestão Documental Electrónica; Obras de Beneficiação do Internamento
de Neurocirurgia; Empreitada de Recuperação da Abóbora da Igreja do Hospital de Santa Marta; Licenciamento do
PACS; Empreitada de substituição do elevador do Hospital São José.
A maioria dos edifícios onde estão instalados os serviços do Centro é do domínio público, não estando incluídos nas
demonstrações financeiras, pelo que apenas são reconhecidas contabilisticamente, e amortizadas, as benfeitorias e
outras obras de conservação neles realizadas.
As contas da Banca Comercial, destinam-se ao recebimento das taxas moderadoras, através de pagamentos por
multibanco
Em 31 de Dezembro de 2012 existem dívidas de cobrança duvidosa incluídas na rubrica de dívidas de terceiros
constantes no Balanço, de acordo com o seguinte quadro:
O valor inscrito na rubrica 218 – Dívidas de Cobrança Duvidosa diz respeito apenas às situações que se encontram em
contencioso. Adicionalmente existem também na rubrica de Clientes de conta-corrente valores em mora, os quais foram
provisionados de acordo com a nota 8.2.3.2 Métodos de cálculo utilizados b).
Em cumprimento do principio da especialização do exercício, encontram-se registados neste exercício o valor estimado
relativo a Férias e Subsídio de Férias vencidos com a prestação de trabalho de 2012, a colocar à disposição dos
colaboradores em 2013, de acordo com a circular normativa nº 15/2013/CD-FIN de 10 de Abril de 2013 emanada pela
ACSS, e respectivos encargos sobre remunerações, Horas Extraordinárias e Noites e Suplementos de Dezembro a pagar
em Janeiro e outros custos com pessoal expectáveis.
A 1 de Março de 2012, o Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE passou a integrar o Hospital Curry Cabral, EPE e a
Maternidade Alfredo da Costa, através do Decreto Lei n.º 44/2012 de 23 de Fevereiro, tendo o valor do capital
estatutário sido alterado para 95.322.302 €uros, conforme previsto no Artigo 3.º do referido diploma.
O movimento ocorrido nas contas de fundos próprios durante o ano de 2012 foi o seguinte:
Na Constituição do Centro Hospitalar Lisboa Central, o Capital Estatutário atribuído foi de 60.446.000,00 €uros, sendo
29.930.000,00 do Capital Estatutário do Hospital de Santa Marta e de 30.516.000 €uros da dotação atribuída em 2007, e
a subscrição nos anos de 2008 e 2009, 20.932.000 €uros e de 5.092.000 €uros respectivamente. A 23 de Julho a RCM nº
116/2008, aprova a revisão do calendário de subscrição do Capital, distribuindo as verbas prevista para mais um ano,
passando a ser no ano de 2008 o montante de 11.109.000 €uros, no ano de 2009 o montante de 5.658.000 €uros e para o
ano de 2010 o montante de 8.717.000 €uros. Até ao ano de 2012, ainda não se encontra realizado o valor atribuído para
o ano de 2010, no montante de 8.717.000 €uros conforme definido na RCM de 116/2008 de 23 de Julho.
A rubrica 576 – Doações reflecte o valor das doações efectuadas ao CHLC,EPE, e que em 2012 se cifra num montante
de 13.274,06 €uros.
No valor das compras, foi considerado a regularização do Rappel concedido pelos fornecedores no ano de 2012, no
montante de 4.875.483,26€, o montante de 11.207.658,25€ de descontos comerciais, decorrente do Acordo entre os
Ministérios da Saúde e da Economia e a Apifarma.
De acordo com a legislação em vigor, o CHLC dispensa a doentes externos medicamentos da artrite reumatóide, não
sendo estes custos decorrentes da actividade normal da Instituição, procedeu-se ao abatimento na rubrica de compras
em 760.495,18 €uros por contrapartida Outros Custos e Perdas Extraordinárias.
Este movimento contabilístico, teve em consideração a recomendação inscrita no Despacho de Aprovação do Relatório
e Contas relativo ao exercício de 2009, ponto iii) na aliena d) e do Fiscal Único.
Os consumos do período representam a totalidade das saídas dos armazéns para os Serviços requisitantes,
independentemente do seu consumo efectivo na data da requisição.
Os descontos de pronto pagamento conseguidos resultam das negociações com os fornecedores no momento do
pagamento. É de salientar que em 2012 foram concedidos descontos financeiros ao abrigo do Programa de Pagamento
Extraordinário a Fornecedores.
b) Dívidas
a terceiros
Em 31 de
Dezembro
de 2012
tinham a
seguinte
composição:
c) Acréscimos e diferimentos
As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais, foram as que constam no quadro seguinte:
Desde 31 de Dezembro até à presente data não ocorreu nenhum facto relevante que pudesse alterar significativamente
as demonstrações financeiras do Centro.
2011 2012
Numerário 8.222,00 26,91
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 13.706.433,80 15.595.014,57
Equivalentes a caixa
Caixa e seus equivalentes
Outras disponibilidades (Depósitos a prazo) 0,00 0,00
Disponibilidades constantes no balanço 13.714.655,80 15.595.041,48
O endereço é o seguinte:
http://www.chlc.min-saude.pt/ResourcesUser/CHL/Informacao_Institucional/
Dividas_vencidas_Dezembro_2012.pdf
Em anexo.
Consultas
Pedidos Tempo Consultas Muito Consultas Consultas
Tempo médio Prioridade
Hospital de agendados máximo de Consultas Prioritárias Prioritárias realizadas
Especialidade do pedido de resposta Normal
destino do pedido (para data resposta realizadas realizadas dentro realizadas dentro fora do
previsto (dias) realizadas dentro
futura) previsto (dias) do tempo do tempo tempo
do tempo
Angiologia/Cirurgia Vascular 663 224,2 326,1 1.367 23 351 442 551
Cardiologia 302 71,1 256,5 1.248 0 92 1.150 6
Cardiologia Pediátrica 38 93,4 190,8 133 1 16 100 16
Cirurgia Cardio-Torácica 0 0,0 0,0 40 1 21 14 4
CHLC - Hospital Cirurgia Geral 1 226,7 226,7 5 0 0 0 5
de Santa Marta Medicina Física e de Reabilitação - 0 0,0 0,0 2 0 0 2 0
Fisiatria
Medicina Interna 1 51,8 51,8 12 2 6 2 2
Pediatria 2 186,4 249,9 1 0 0 1 0
Pneumologia 112 80,9 219,0 547 19 57 445 26
Total 1.119 163,9 326,1 3.355 46 543 2.156 610
Angiologia/Cirurgia Vascular 0 0,0 0,0 1 0 0 1 0
Cirurgia Geral 84 133,7 573,9 1.228 75 328 815 10
Cirurgia Geral - Obesidade 69 520,0 926,6 34 0 0 6 28
Cirurgia Maxilofacial 46 57,6 174,1 352 0 24 327 1
Cirurgia Plástica Reconstrutiva 48 59,0 159,0 591 1 10 579 1
Estomatologia 66 45,5 271,0 554 2 12 537 3
Ginecologia 5 46,0 65,1 3 0 1 2 0
CHLC - Hospital Medicina Física e de Reabilitação - 10 56,1 72,0 51 2 5 44 0
de São José Fisiatria
Medicina Interna 4 38,1 60,0 81 20 56 4 1
Neurocirurgia 338 93,6 273,0 1.095 2 26 1.049 18
Neurologia 45 113,9 234,2 130 0 13 55 62
Ortopedia 382 80,9 266,9 1.893 13 39 1.823 18
Otorrinolaringologia 151 42,1 113,8 2.127 0 46 2.080 1
Pediatria 0 0,0 0,0 1 0 0 1 0
Urologia 104 67,1 196,9 977 41 203 704 29
Total 1.352 101,8 926,6 9.118 156 763 8.027 172
Consultas Consultas
Tempo Tempo Consultas
Pedidos Muito Prioridade Consultas
Hospital de médio de máximo de Prioritárias
agendados Consultas Prioritárias Normal realizadas
destino do Especialidade do pedido resposta resposta realizadas
(para data realizadas realizadas realizadas fora do
pedido previsto previsto dentro do
futura) dentro do dentro do tempo
(dias) (dias) tempo
tempo tempo
Maternidade Ginecologia 15 43,7 119,8 894 7 332 512 43
Dr. Alfredo Ginecologia - Apoio à Fertilidade 1 56,6 56,6 134 0 1 127 6
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
229
Ginecologia - Consulta de Ginecologia Infantil e Adolescente 0 0,0 0,0 18 0 2 15 1
Ginecologia - Consulta de Saúde Sexual Reprodutiva dos Adolescentes 0 0,0 0,0 4 0 0 3 1
Ginecologia Oncológica 1 29,1 29,1 89 8 50 29 2
Ginecologia - Menopausa 0 0,0 0,0 56 0 13 42 1
Ginecologia-Planeamento Familiar 1 36,2 36,2 228 2 8 193 25
Ginecologia-Senologia 0 0,0 0,0 259 1 121 132 5
Obstetrícia - Aconselhamento Genético 1 15,9 15,9 2 0 0 2 0
Obstetrícia - Alto Risco 2 15,4 16,0 257 25 27 193 12
Obstetrícia - Avaliação do Risco Obstétrico 0 0,0 0,0 39 2 6 31 0
Obstetrícia - Consulta da Gravidez Indesejada 0 0,0 0,0 37 4 17 16 0
Obstetrícia - Consulta da Gravidez Múltipla 0 0,0 0,0 7 0 2 5 0
da Costa Obstetrícia - Consulta de Adolescentes Menores de 17 Anos 0 0,0 0,0 22 3 2 17 0
Obstetrícia - Consulta de Doenças Auto-Imunes e Insucesso Obstétrico 0 0,0 0,0 6 0 1 3 2
Obstetrícia - Diabetes e Gravidez 0 0,0 0,0 24 11 6 2 5
Obstetrícia - Diagnóstico Pré-natal 0 0,0 0,0 55 0 4 47 4
Obstetrícia - Imunodepressão 0 0,0 0,0 3 1 2 0 0
Obstetrícia - Patologia 1º Trimestre 0 0,0 0,0 6 1 0 5 0
Obstetrícia - Patologia Aditiva 0 0,0 0,0 8 3 1 4 0
Obstetrícia - Pré-concepcional 0 0,0 0,0 11 0 0 11 0
Obstetrícia - Referência 17 24,5 52,0 696 46 29 614 7
Obstetrícia-Hipertensão 0 0,0 0,0 18 2 0 14 2
Total 38 32,6 119,8 2.873 116 624 2.017 116
Fonte: ADW-CTH
MAC GINECOLOGIA 77 64 70 1 3 2 - - 1 -
MAC GINECOLOGIA HISTERO./LASER 73 36 73 - - - - - - -
MAC INFERTILIDADE 13 45 13 - - - - - - -
MAC OBSTETRICIA 21 50 20 - - - - - 1 -
MAC
MAC ONCOLOGIA 4 29 1 - 1 1 1 - - -
MAC SENOLOGIA 2 14 - - 1 1 - - - -
MAC U.C.A. 16 38 16 - - - - - - -
MAC UROGINECOLOGIA 1 391 1 - - - - - - -
MAC - Total de doentes 207 - 194 1 5 4 1 - 2 -
CHLC EPE -Total de doentes em LIC 10566 174 dias 10131 126 160 134 10 1 3 1
Portaria 1529/2008
Fonte: SIGLIC- CHLC dados de LIC referentes a 31-12-2012 extraídos a 08-01-2013
de 26 de Dezembro
SIGLIC - MAC: dados de LIC referentes a 31-12-2012 extraída a 08-01-2013 Nível de Tempo de resposta
Prioridade (em dias)
Patologia Patologia
SIGLIC - HCC: dados de LIC referentes a 31-12-2012 extraídos a 07-01-2013
geral oncológica
Total de doentes em Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) - Total de doentes que aguardam a realização de intervenção cirúrgica
Normal 270 60
proposta por médicos especialistas e validada pelo Responsável pelo Serviço
Prioritário 60 45
Média de Espera para Cirurgia (em dias) - Média do tempo de espera que os doentes inscritos em LIC esperam até serem operados.
A média é obtida pela razão entre o somatório dos tempos de espera dos doentes em LIC e o total de doentes dessa mesma LIC. Muito
15 15
prioritário
Tempo de resposta: Tempo de resolução cirúrgica por níveis de prioridade desde o momento em que o doente entra em LIC até à Urgência
3 3
realização da cirurgia, definidos pela legislação em vigor; Diferida
Nº de Partos
Partos Eutócicos 1.764
Partos Distócicos 2.016
Cesarianas 1.136
Outros 880
TOTAL 3.780