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Relatório e Contas

2012
ÍNDICE
1. Mensagem da Presidente do Conselho de Administração.........................................................................7
2. Apresentação Geral..................................................................................................................................11
2.1. Enquadramento.................................................................................................................................12
2.2. Área de Influência............................................................................................................................14
3. Estrutura Organizacional.........................................................................................................................19
4. Actividade Assistencial............................................................................................................................21
4.1. Internamento.....................................................................................................................................24
4.2. Consulta Externa..............................................................................................................................30
4.3. Urgência...........................................................................................................................................33
4.4. Hospital de Dia.................................................................................................................................37
4.5. Actividade Cirúrgica........................................................................................................................39
4.6. Partos e Nascimentos........................................................................................................................45
4.7. Cuidados Continuados......................................................................................................................48
4.8. Colheita e Transplantação................................................................................................................51
4.9. Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica....................................................................53
5. Outras Actividades...................................................................................................................................56
5.1. Investigação......................................................................................................................................57
5.2. Ensaios Clínicos...............................................................................................................................61
5.3. Formação..........................................................................................................................................75
5.4. Sistemas e Tecnologias de Informação............................................................................................81
6. Recursos Humanos..................................................................................................................................84
6.1. Grupos Profissionais.........................................................................................................................87
6.2. Relação Jurídica de Emprego...........................................................................................................88
6.3. Estrutura Etária.................................................................................................................................88
6.4. Níveis de Escolaridade.....................................................................................................................89
6.5. Absentismo e Mobilidade.................................................................................................................90
6.6. Projectos Realizados/Em Curso.......................................................................................................92
7. Situação Económica e Financeira............................................................................................................97
7.1. Controlo Interno e Externo...............................................................................................................98
7.2. Gestão Orçamental...........................................................................................................................98
7.3. Tesouraria e Cobranças....................................................................................................................99
7.4. Investimentos..................................................................................................................................100
7.4.1. Execução do Programa de Investimentos...............................................................................100

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7.4.2. Programas Comunitários e Projectos Co-Financiados............................................................102
7.5. Análise Económica.........................................................................................................................102
7.5.1. Proveitos.................................................................................................................................103
7.5.2. Custos......................................................................................................................................105
7.5.2.1. CMVMC..........................................................................................................................106
7.5.2.2. Fornecimento e Serviços Externos..................................................................................110
7.5.2.3. Custos com Pessoal.........................................................................................................111
7.5.2.4. Amortizações...................................................................................................................113
7.5.2.5. Provisões..........................................................................................................................113
7.5.2.6. Custos e Perdas Financeiras............................................................................................113
7.5.2.7. Custos e Perdas Extraordinárias......................................................................................113
7.6. Análise Financeira..........................................................................................................................116
7.7. Análise dos Indicadores..................................................................................................................117
7.8. Proposta de Aplicação de Resultados.............................................................................................118
8. Governo da Sociedade...........................................................................................................................119
8.1. Missão, Objectivos e Políticas........................................................................................................120
8.2. Regulamentos Internos e Externos.................................................................................................122
8.3. Transacções relevantes com entidades relacionadas......................................................................123
8.4. Outras transacções..........................................................................................................................123
8.5. Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos sociais.......................124
8.6. Remuneração dos membros dos órgãos sociais.............................................................................130
8.7. Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios económico, social e ambiental.................132
8.7.1. Estratégias adoptadas..............................................................................................................132
8.7.2. Grau de cumprimento das metas fixadas para 2012...............................................................135
8.7.3. Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira, social e
ambiental e a salvaguardar as normas de qualidade.........................................................................136
8.7.4. Identificação dos principais riscos para a actividade e para o futuro da empresa..................155
8.7.5. Forma de cumprimento dos princípios inerentes a uma adequada gestão empresarial..........156
8.7.6. Salvaguarda da competitividade.............................................................................................156
8.7.7. Planos de acção para o futuro.................................................................................................157
8.7.7.1. Actividade Assistencial para 2013..................................................................................157
8.7.7.2. Principais Investimentos Previstos para 2013.................................................................159
8.8. Avaliação de cumprimentos dos Princípios do Bom Governo.......................................................160
8.9. Código de Ética..............................................................................................................................160
8.10. Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas............................................161
8.11. Identificação dos mecanismos adoptados com vista à prevenção de conflitos de interesses.......164
8.12. Divulgação de Informação...........................................................................................................164
9. Cumprimento das Orientações Legais...................................................................................................166
9.1. Objectivos de Gestão......................................................................................................................167

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9.2. Gestão do Risco Financeiro............................................................................................................169
9.3. Prazo Médio de Pagamentos e Atrasos nos Pagamentos...............................................................171
9.4. Cumprimento dos Deveres Especiais de Informação.....................................................................173
9.5. Resultados Obtidos e Recomendações do Accionista....................................................................173
9.6. Remunerações................................................................................................................................173
9.7. Estatuto do Gestor Público.............................................................................................................173
9.8. Contratação Pública........................................................................................................................174
9.9. Adesão ao SNCP e Parque de Veículos do Estado........................................................................174
9.10. Princípio da Igualdade de Género................................................................................................175
9.11. Plano de Redução de Custos........................................................................................................175
9.12. Redução do número de efectivos e de cargos dirigentes..............................................................179
9.13. Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado............................................................................179
10. Demonstrações Financeiras.................................................................................................................180
Balanço Analítico..................................................................................................................................181
Demonstração dos Resultados por Naturezas.......................................................................................184
Demonstrações dos Resultados por Funções.........................................................................................185
Demonstrações dos Fluxos de Caixa.....................................................................................................186
11. Anexo ao Balanço e Demonstrações dos Resultados do Exercício de 2012.......................................188
12. Anexo à Demonstrações dos Fluxos de Caixa do Exercício de 2012..................................................206
13. Outros Mapas Financeiros...................................................................................................................208
Fluxos Financeiros................................................................................................................................209
Mapa de Controlo do Orçamento Económico.......................................................................................212
Mapa de Controlo do Orçamento de Compras......................................................................................218
Mapa de Controlo do Orçamento de Investimentos..............................................................................219
14. Dívidas Vencidas e Não Vencidas a 31 de Dezembro de 2012...........................................................221
15. Certificação Legal de Contas...............................................................................................................223
16. Relatório e Parecer do Fiscal Único....................................................................................................224
Anexos.......................................................................................................................................................225
Anexo I: Lista de Espera para Primeira Consulta em 31 de Dezembro de 2012..................................226
Anexo II: Lista de Espera Cirúrgica em 31-12-2012............................................................................230
Anexo III: Actividade Assistencial do CHLC,EPE em 2012 (SICA)...................................................231

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
1. MENSAGEM DA
PRESIDENTE DO
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO

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Em 01 de Março de 2007 foi criado o Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC, EPE).

O Decreto-Lei n.º 44/2012 de 23 de Fevereiro que entrou em vigor a 01 de Março de 2012, alterou a
composição do CHLC, EPE pois integrou outros dois hospitais: o Hospital de Curry Cabral, EPE e a
Maternidade Dr. Alfredo da Costa – SPA.

A criação do CHLC, EPE obedece a uma lógica de alargamento de hospitais com estatuto de entidade
pública empresarial. Mas mais do que isso, visa recuperar e rentabilizar as sinergias existentes, como já
aconteceu no passado com estes Hospitais, que num passado recente se designavam por Hospitais Civis
de Lisboa. Os Hospitais que hoje constituem o CHLC, EPE são os seguintes: Hospital de São José,
Hospital de Santo António dos Capuchos, Hospital de Santa Marta, Hospital de Dona Estefânia, Hospital
de Nossa Senhora do Desterro (entretanto encerrado), Hospital de Curry Cabral e Maternidade Dr.
Alfredo da Costa.

Esta concentração de recursos na mesma entidade tem em vista, como já foi referido, a rentabilização da
capacidade instalada, evitar especialidades duplicadas ou triplicadas nas várias unidades e reduzir as
redundâncias que ainda existem noutras áreas, nomeadamente na logística e nas áreas clínicas transversais
(ex.: Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Imunohemotrapia, Anestesia e outras).

O objectivo principal desta fusão é a transferência a médio prazo da actividade realizada neste CHLC,
EPE para o novo Hospital de Lisboa Oriental.

A transferência para o referido Hospital tal como está previsto, em 2016, será o culminar de uma
reorganização de oferta de cuidados hospitalares na área da Grande Lisboa.

Com efeito, no decorrer do ano de 2012 e nos próximos dois anos, a região de Lisboa assistirá a uma
profunda reforma do seu parque hospitalar com a abertura de mais três novas Unidades Hospitalares (em
2010 foi aberto o Novo Hospital de Cascais). O Hospital Beatriz Ângelo (HBA) abriu em Janeiro de 2012
na zona de Loures e este não é um hospital de substituição mas sim uma nova Unidade. Em meados de
2013, abrirá o novo Hospital de Vila Franca de Xira, este sim é um Hospital de substituição e em 2015,
prevê-se que abra o Hospital de Lisboa Oriental que irá substituir seis ou mais Hospitais e não apenas
uma Unidade, como a maior parte dos exemplos anteriores.

A médio prazo a realidade assistencial da região de Lisboa sofrerá uma alteração muito significativa cujos
pilares fundamentais são a organização da oferta de cuidados hospitalares assente em 3 pólos hospitalares
requalificados (menos camas mas melhores e mais adequadas): Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro
Hospitalar de Lisboa Ocidental e Hospital de Lisboa Oriental (HLO).

A composição do actual CHLC, EPE permitirá ajustar progressivamente a oferta à prevista para o HLO e
permitirá, igualmente e no imediato, a criação de estruturas organizativas comuns com o objectivo de
reduzir custos e obter ganhos de eficiência.

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A concentração da urgência geral no Hospital de S. José (fechou a urgência do HCC) é já uma realidade
que permitiu baixar o total das horas extraordinárias e potenciar ganhos de diferenciação aos
profissionais. Proceder-se-á à redução de lotação em diversas especialidades, adequando a capacidade
instalada às necessidades. Concentrando, sempre que fisicamente possível, sem grandes investimentos, a
actividade assistencial num menor número de edifícios do que os actuais, sendo certo que a redução de
capacidade instalada e dos recursos afectos, será feita progressivamente ao longo do período de 2013 a
2016, de forma a garantir o alinhamento com aquele que irá ser a capacidade instalada no novo Hospital
Lisboa Oriental.

O CHLC, EPE já apresentou um “Plano de actividades e respectivo orçamento”, para os próximos 3 anos.
Dispõe também de 120 dias a contar da referida data para apresentar um novo Regulamento Interno.

O CHLC, EPE adoptou e está em desenvolvimento como eixo estruturante da sua actividade um modelo
de governação clínica que assenta sobre dois pilares operacionais – Especialidade e Unidade Funcional –
e uma terceira, de responsabilidade intermédia entre o sector operacional e o Conselho de Administração.
O reforço do carácter multidisciplinar facilitador das boas práticas clínicas bem como a monitorização
regular de indicadores clínicos fiáveis capazes de sustentar um programa de auditorias clínicas, são
pressupostos modeladores da Gestão Clínica pretendida.

Atendendo à dimensão e complexidade do projecto de mudança, pretende o CHLC, EPE desenvolver


como experiência de gestão e carácter inovador, um modelo de contratualização interna. Assim, dentro
dos princípios orientadores de um planeamento por objectivos, que envolva e responsabilize todos os
intervenientes, criou-se uma estrutura intermédia de gestão ágil e operacional que assume e executa o
contrato-programa negociado com o Conselho de Administração.

O projecto de transformação em curso vem decorrendo com sucesso, embora com maiores
constrangimentos externos decorrentes das reformas a que a conjunta económica e financeira do País
obriga.

A racionalização de custos tem vindo a ser prosseguida sem prejuízo da missão do Hospital, suportada no
elevado grau de profissionalismo e de dedicação dos nossos colaboradores, suportada também na
reorganização da estrutura interna que tem como objectivo colocar o doente no Centro do sistema,
garantindo a melhoria contínua da qualidade de prestação de cuidados de saúde, na esteira de tradição e
prestigio há muito grangeados pelos Hospitais que integram o CHLC,EPE.

Este ano vamos ter seguramente dificuldades muito maiores pela necessidade imperiosa de racionalizar
ainda mais os custos.

É extraordinariamente importante e determinante que os profissionais estejam muito atentos à


necessidade de se fazer mais com menos dinheiro. É vital para a sustentabilidade do SNS que todos em
conjunto com ênfase especial para os profissionais que prestam cuidados diretos ao doente, mas também
para todos os outros que sejamos capazes de ser ainda mais criteriosos em toda a nossa atividade.

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As escolhas terão obrigatoriamente que obedecer a um padrão muito exigente só e apenas na exata
medida das necessidades expressas.

Não vai ser um quadro fácil, antes pelo contrário e por isso teremos que estar permanentemente vigilantes
para que o essencial não se confunda com o acessório.

Por outro lado, importa aqui apelar também para o espirito de solidariedade que deve reinar nestes
momentos para conseguirmos estar atentos e ajudar quem mais necessita.

A Administração irá tomar a iniciativa de criar com a ajuda de todos, uma “bolsa” que permita apoiar os
profissionais mais necessitados.

Não podemos deixar de chamar a atenção para as enormes dificuldades que estamos e continuamos a
enfrentar e nessa senda estão naturalmente incluídas a manutenção dos postos de trabalho existentes.

É absolutamente necessário que todos nós nos consciencializemos do risco de perdermos o nosso posto de
trabalho. E por isso teremos que trabalhar muito focalizados na necessidade de reduzir todos os custos
que não sejam absolutamente indispensáveis.

Só mesmo todos a “remarmos” para o mesmo lado, no sentido de garantir não só a sustentabilidade do
SNS mas também a dos nossos postos de trabalho, tornará possível enfrentar com êxito todas as
dificuldades que continuarão a existir.

O medo não é bom conselheiro e por isso não devemos ter medo mas sim coragem para enfrentarmos os
grandes desafios que temos e teremos pela frente.

Queremos também agradecer e sublinhar que a adesão dos profissionais do CHLC, EPE à implementação
e desenvolvimento dos vários projetos em curso tem sido fundamental para o sucesso constatado. Na
gravíssima conjuntura económico-financeira e social com que o Pais se defronta, o Conselho de
Administração, continuará a contar com o vosso esforço empenhado e com qualificação reconhecida dos
nossos profissionais, para executar tão complexo quanto grandioso projeto de mudança e modernização
que urge prosseguir com vista ao futuro Hospital Lisboa Oriental.

Bem hajam

Teresa Maria da Silva Sustelo


Presidente do Conselho de Administração

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2. APRESENTAÇÃO
GERAL

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 11


2.1. Enquadramento

O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC,EPE) foi criado pelo DL n.º 50-A/2007 de 28 de
Fevereiro, pela integração, numa única organização, de quatro hospitais centrais: Hospital de S. Marta,
EPE (HSM), Hospital de D. Estefânia (HDE), Hospital de S. José (HSJ) e o Hospital de S. António dos
Capuchos (HSAC) - os dois últimos integravam o Centro Hospitalar de Lisboa – Zona Central. A partir
de 1 de Março de 2012, conforme o DL n.º 44/2012 de 23 de Fevereiro, integra também o Hospital de
Curry Cabral, EPE (HCC) e a Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC).

Ilustração: Localização geográfica das seis unidades hospitalares do CHLC,EPE

Fonte: Elaboração própria sobre GoogleMaps

Tendo como missão prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com as demais unidades
prestadoras de cuidados de saúde integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a sua área geográfica
de cobertura insere-se no âmbito da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Este
contexto, não invalida a garantia dos princípios da universalidade de cobertura do SNS e da liberdade de
escolha do cidadão, nem impede a integração na rede de prestação de cuidados de saúde diferenciados e a
sua plena articulação com a rede de prestação de cuidados de saúde primários e com os demais
prestadores de saúde previstos nas redes de referenciação de cuidados de saúde, existentes ou a criar.

O CHLC,EPE é um hospital central, com ensino universitário e formação pós-graduada, com elevada
diferenciação científica, técnica e tecnológica, sendo reconhecido pela excelência clínica, eficácia e
eficiência e assumindo-se como instituição de referência. A oferta de cuidados encontra-se assegurada
através de unidades hospitalares que integram o CHLC,EPE, com diferentes perfis assistenciais e com a
seguinte lotação a 31 de Dezembro.

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Quadro: Perfis de Oferta Assistencial do CHLC,EPE
Especialidades Lotação Dezembro
Angiologia e Cirurgia Vascular 38
Cardiologia 43
Cardiologia Pediátrica 9
Cirurgia Cardio-Torácica 27
Cirurgia Geral 169
Cirurgia Maxilo-Facial 16
Cirurgia Pediátrica 22
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 20
Dermato-Venereologia 10
Doenças Infecciosas (Infecciologia) 36
Endocrinologia E Nutrição 2
Gastrenterologia 14
Ginecologia 17
Hematologia Clínica 28
Medicina Interna 324
Nefrologia 22
Neurocirurgia 52
Neurologia 30
Obstetrícia 52
Oftalmologia (adultos) 10
Ortopedia (adultos) 121
Ortopedia (pediátrica) 14
Otorrinolaringologia (adultos) 14
Otorrinolaringologia (pediátrica) 7
Pediatria 75
Pneumologia 14
Pedopsiquiatria 10
Queimados 14
U. Cuidados Intermédios 44
U.C.I. Cirurgicos 31
U.C.I. Coronários 16
U.C.I. Pediátricos 12
U.C.I. Polivalente 59
U.C.I. Recém Nascidos 28
Unidade de Transplantes 28
Urologia 34
Total Geral 1.462

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2.2. Área de Influência

O CHLC,EPE assegura cuidados de saúde à população da sua área de influência em diversas


especialidades médicas e cirúrgicas, que se distribuem por dois pólos materno-infantil (HDE e MAC), um
pólo com vocação cardiovascular (HSM) e três outros com vocação generalista, para adultos (HSJ, HSAC
e HCC). Assegura ainda, uma urgência polivalente de adultos, uma urgência pediátrica e uma urgência
obstétrica/ginecológica.

Persistem no CHLC,EPE alguns aspectos, quer de natureza física quer de ordem estrutural e funcional,
que têm dificultado a sua modernização e contribuído para condicionar a excelência da sua prestação
como hospital central e posicionado no vértice superior da pirâmide da estrutura de prestação de cuidados
de saúde diferenciados. Sublinhe-se ainda, que três dos seis hospitais que integram o CHLC,EPE, ficam
localizados em zonas históricas do centro de Lisboa de acesso rodoviário condicionado e, em muitos
casos, em instalações de antigos conventos geram, pela sua antiguidade e traça arquitectónica,
constrangimentos e dificuldades de organização e funcionamento, obrigando, frequentemente, à
realização de obras de adaptação e a uma manutenção curativa permanente que se traduz em elevados
custos adicionais de exploração corrente e perdas de eficiência interna.

O grande volume da urgência, o número significativo de doentes com prolongamento de internamento por
motivos meramente sociais, a escassez de instituições de retaguarda e a inadequada referenciação de
doentes por parte de outros hospitais, têm contribuído para desvirtuar o correcto posicionamento
assistencial do CHLC,EPE, como estabelecimento hospitalar altamente diferenciado no âmbito da
prestação de cuidados de saúde.

Neste contexto, a alteração do Estatuto Jurídico, que ocorreu em 1 de Março de 2007, para o modelo de
Entidade Pública Empresarial, proporcionou a oportunidade de iniciar a modernização estrutural,
organizativa e gestionária que se tornava imperiosa e que, vem sendo desenvolvida de forma participada e
sustentada.

Actualmente, a área de influência directa do CHLC,EPE é composta por 38 das 53 freguesias do


Concelho de Lisboa e por 7 das 18 freguesias do Concelho de Loures, variando segundo as especialidades
e unidade hospitalar.

Em 2012, no âmbito da ARSLVT, foi reformulada a área de modo a integrar o novo Hospital Beatriz
Ângelo e antecipando já o futuro Hospital de Lisboa Oriental, definindo, ainda, o CHLC,EPE como
hospital de referência para os Hospitais de Vila Franca de Xira, Médio Tejo e Distrital de Santarém.

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Ilustração: Área de influência directa do CHLC,EPE nos Concelhos de Lisboa e de Loures

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Quadro: Área de influência directa do CHLC,EPE nos Concelhos de Lisboa e de Loures
Pop. Residente (Censos 2011)
ACES Centro de Saúde / Extensão Freguesia
H M T
CS Graça Ext. Saude S. Nicolau Anjos 4.392 4.969 9.361
CS Marvila Ext. Saude Alecrim Beato 5.763 6.666 12.429
CS Olivais USF S.João Evang. dos Lóios Castelo 158 197 355
CS Penha de França Ext. EPAL-Olivais Graça 2.613 3.174 5.787
CS São João Ext. CATUS / Saúde Pública Madalena 187 206 393
Ext. Damasceno Monteiro Marvila 17.945 20.157 38.102
Ext. Seguros Pena 2.166 2.320 4.486
Ext. Júlia Moreira - S. Pública Penha de França 5.680 7.100 12.780
ACES USF Monte Pedral Santa Engrácia 2.376 2.873 5.249
Grande Santa Maria dos Olivais 24.026 27.010 51.036
Lisboa II
- Lisboa Santiago 261 358 619
Oriental Santo Estevão 691 820 1.511
São Cristóvão e São Lourenço 675 666 1.341
São João 6.790 8.397 15.187
São José 1.295 1.451 2.746
São Miguel 694 837 1.531
São Nicolau 715 516 1.231
São Vicente de Fora 1.579 1.960 3.539
Sé 437 473 910
Socorro 1.625 1.440 3.065
CS Alameda Ext. Especialidades (Alameda) Alto do Pina 4.687 5.646 10.333
CS Coração de Jesus Ext. Duque de Loulé Coração de Jesus (*) 1.698 1.991 3.689
C.S Lapa Ext. Epal-Coração Jesus Encarnação 1.060 1.192 2.252
C.S Luz Soriano Ext. Buenos Aires Lapa 3.553 4.447 8.000
C.S São Mamede/Sta Isabel Ext. Atendimento a Adolescentes Martires 182 190 372
Ext. Saude Pedro V Mercês 1.968 2.377 4.345
Ext S. João V Nossa Senhora de Fátima (*) 6.692 8.591 15.283
ACES Ext Sofia Abecassis Prazeres 3.679 4.417 8.096
Grande Sacramento 357 385 742
Lisboa III
- Lisboa Santa Catarina 1.692 2.024 3.716
Central Santa Isabel 3.034 3.841 6.875
Santa Justa 497 394 891
Santos-o-Velho 1.865 2.155 4.020
São João de Deus 4.224 5.574 9.798
São Jorge de Arroios 8.405 10.010 18.415
São Mamede 2.358 3.062 5.420
São Paulo 1.354 1.374 2.728
São Sebastião da Pedreira 2.877 3.465 6.342
Ext. Bobadela Bobadela 4.228 4.611 8.839
Ext. Moscavide Moscavide 6.560 7.706 14.266
Ext. Prior Velho Portela 5.517 6.292 11.809
ACES
Grande Ext. Santa Iria da Azóia Prior Velho 3.570 3.566 7.136
C.S Sacavem
Lisboa VI Ext. Sacavém A Sacavem 8.708 9.761 18.469
- Loures
Ext. São João da Talha Santa Iria Azoia 8.836 9.404 18.240
USF S. João da Talha São João da Talha 8.360 8.892 17.252
USF Tejo
Total 176.029 202.957 378.986
(*) Freguesia partilhada com o CHLN,EPE.

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Esta área corresponde no Concelho de Lisboa aos ACES de Lisboa Oriental e Central (C. S. Alameda,
Coração de Jesus, Graça, Lapa, Luz Soriano, Marvila, Olivais, S. João, S. Mamede, Santa Isabel, Sete
Rios e Penha de França) e, no Concelho de Loures, ao ACES Loures (Centro de Saúde de Sacavém).

A área de cobertura populacional de primeira linha corresponde a cerca de 379 mil habitantes (idade
média de 40 anos), dos quais, 176 mil são homens (idade média de 42 anos) e 203 mil são mulheres
(idade média de 46 anos) 1. No entanto, as suas características de hospital de destino para referenciação
diferenciada alargam o seu âmbito de influência para o nível regional e nacional podendo afirmar-se que a
sua capacidade atractiva abrange cerca de 1,5 milhões de habitantes.

Em concreto, as especialidades de Cardiologia, Cardiologia Pediátrica, Cirurgia Cardio-Torácica,


Cirurgia Máxilo-Facial, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Endocrinologia, Genética
Médica, Hematologia Clínica, Imunoalergologia, Nefrologia, Neurocirurgia e Pedopsiquiatria têm as suas
áreas de influência alargadas aos seguintes Centros de Saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo:
Almada, Seixal-Sesimbra, Setúbal-Palmela, Arco Ribeirinho, Alenquer e Arruda dos Vinhos, Serra
D’Aire, Zêzere, Azambuja, Benavente e Samora Correia, Vila Franca de Xira e Sintra-Mafra
(Encarnação, Ericeira, Enxada do Bispo, Gradil, Igreja Nova, Santo Isidoro, Sobral da Abelheira, V.F.
Rosário, Andrea, Ouriceiras), conforme estipulado nas circulares informativas n.º 4, 5, 6 e 8 de 2012 da
ARSLVT.

Neste sentido, é de referir que as diversas redes de referenciação hospitalar colocam o CHLC,EPE como
um pilar nuclear de referência da prestação de cuidados hospitalares.

No que respeita à área de influência, no período de 2001 a 2011, cumpre ainda, salientar o seguinte:

 a população residente registou um decréscimo de 3%, com especial destaque para o grupo etário
do 15 aos 24 anos que registou uma diminuição de cerca de 27%;
 verificou-se uma diminuição de 7,6% do Índice de Envelhecimento e um aumento de 8,6% no
Índice de Dependência Total;
 os Índices de Envelhecimento e de Dependência Total nacionais foram, em 2011, de 127,8 e
51,3 respectivamente.

Quadro: População Residente e Índices de Envelhecimento e de Dependência Total em 2001 e 2011 na área de
influência directa do CHLC,EPE
Grupo Etário 2001 2011 Var. 11/01
0-14 45.578 49.079 7,7%
15-24 50.358 36.553 -27,4%
26-64 207.688 206.541 -0,6%
65 ou mais 87.282 86.813 -0,5%
Total 390.906 378.986 -3,0%
Índice de
191,5 176,9 -7,6%
Envelhecimento
Índice de Dependência
51,5 55,9 8,6%
Total
Fonte: Elaboração própria sobre dados INE.

1
Censos 2011

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 17


Gráfico: Pirâmide Etária da população da área de influência directa do CHLC,EPE

Fonte: Elaboração própria sobre dados INE.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 18


3. ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 19


20
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
4. ACTIVIDADE
ASSISTENCIAL

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 21


O presente Relatório e Contas reporta-se ao período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro
de 2012. Este período reflecte, em termos de actividade, a prossecução do processo de reestruturação que
vem sendo desenvolvido com vista à plena integração dos seis hospitais. Neste sentido, tem-se procedido
à reorganização das estruturas clínicas e de apoio numa perspectiva de integração, de redução de custos e
obtenção de sinergias. Este processo, pressupõe e tem como objectivo que, no futuro, no novo Hospital de
Lisboa Oriental, a organização das áreas se encontre conforme reflecte o organograma apresentado,
embora, nesta fase de transição, algumas das áreas previstas ainda não se encontrem formalizadas.

A actividade do CHLC,EPE, em 2012, ficou marcada por um conjunto de alterações conjunturais, de


acordo com as orientações da Tutela e do conhecimento da Administração Central do Sistema de Saúde,
I.P. (ACSS) e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (ARSLVT). Assim,
merecem destaque nomeadamente:

 a integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE em 1 de Março;


 a abertura do Hospital Beatriz Ângelo em Fevereiro;
 as alterações da área de influência no âmbito da ARSLVT em Abril: o CHLC,EPE passou a ser o
hospital de referência para os ACES da Grande Lisboa II (Oriental) e III (Central) e para o CS de
Sacavém (pertencente ao ACES Grande Lisboa VI – Loures) na maioria das especialidades,
tendo nas suas especialidades de maior diferenciação técnica, uma área de referenciação mais
alargada. O CHLC,EPE passou, também, a ser o hospital de referência para o Hospital de Vila
Franca de Xira, Centro Hospitalar do Médio-Tejo e Hospital Distrital de Santarém.

Para permitir a comparação com o período homólogo, os dados apresentados do CHLC,EPE são os
consolidados incluindo, assim, a actividade do HCC e da MAC realizada em Janeiro e Fevereiro de 2012.
A actividade realizada no CHLC,EPE em 2012 pode ser consultada no Anexo III.

Os doentes cuja entidade financeira responsável pela cobertura da prestação de cuidados de saúde é o
SNS, ADSE, SAD, IASFA, ainda que com variações por linha de actividade, representam cerca de 97%
do total de doentes assistidos.

A apreciação global e evolutiva da actividade clínica é feita pelas grandes áreas funcionais que
caracterizam a produção assistencial, nomeadamente, o Internamento, a Consulta Externa, a Urgência, a
Actividade Cirúrgica, os Partos, o Hospital de Dia, os Cuidados Continuados, Colheita e Transplantação e
os Meios Complementares de Diagnóstico e de Terapêutica.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 22


Quadro: Actividade Assistencial (valores consolidados) de 2011 e 2012 e Metas 2012

2012/ 2012/
2011 2012 PD 2012
PD2012 2011
Internamento
Lotação Dezembro (*) 1.582 1.462 1.487 -1,7 % -7,6 %
Doentes Saídos 62.048 54.458 54.375 0,2 % -12,2 %
Doentes Saídos (sem Berçário) 55.985 50.217 50.257 -0,1 % -10,3 %
Berçário 6.063 4.241 4.118 3,0 % -30,1 %
Doentes Tratados (*) 57.066 51.253 51.433 -0,3 % -10,2 %
Demora Média (*) 8,6 9,0 9,0 -0,2 % 4,7 %
Taxa de Ocupação (%) (*) 82,5 80,8 83,6 -2,8 p.p. -1,7 p.p.
Índice de Case-Mix (**) 1,4752 1,5707 1,4553 7,9% 6,5%
Doentes Crónicos Ventilados (Dias) 4.238 3.569 3.710 -3,8 % -15,8 %
Dontes de MFR (Dias) 6.282 6.251 6.259 -0,1 % -0,5 %
Consulta Externa
Total de Consultas 833.104 808.162 814.546 -0,8 % -3,0 %
Primeiras 221.292 206.792 211.370 -2,2 % -6,6 %
Subsequentes 611.812 601.370 603.176 -0,3 % -1,7 %
% Primeiras / Total 26,6% 25,6% 25,9% -0,3 p.p. -1 p.p.
Urgência
Total de Atendimentos 366.344 265.623 264.198 0,5 % -27,5 %
Urgência Geral 231.353 150.784 150.880 -0,1 % -34,8 %
Urgência Gin./Obstetrícia 36.248 25.775 26.009 -0,9 % -28,9 %
Urgência Pediátrica 87.615 81.524 79.751 2,2 % -7,0 %
Urgência Psiquiátrica 11.128 7.540 7.558 -0,2 % -32,2 %
% Doentes Internados 8,8% 10,1% 10,2% -0,1 p.p. 1,3 p.p.
Actividade Cirúrgica
Total de Cirurgias 44.888 42.882 42.768 0,3 % -4,5 %
Convencional Programada 16.351 16.665 16.342 2,0 % 1,9 %
Ambulatório 18.913 18.383 18.531 -0,8 % -2,8 %
Urgente 9.624 7.834 7.895 -0,8 % -18,6 %
% Ambulatório / Cirurgia Programada 53,6% 52,5% 53,1% -0,6 p.p. -1,1 p.p.
N.º de Doentes em Espera Inscritos 9.958 10.566 n.a. n.a. 6,1 %
Média do Tempo de Espera (dias) 175 174 160 8,7 % -0,6 %
Hospital de Dia
Sessões 43.764 42.908 42.174 1,7 % -2,0 %
Sessões de Quimioterapia 12.484 12.086 12.206 -1,0 % -3,2 %
Sessões de Hemodiálise em Ambulatório 5.277 5.142 5.125 0,3 % -2,6 %
Partos
Total de Partos 6.400 4.633 4.561 1,6 % -27,6 %
Eutócicos 3.298 2.186 2.170 0,7 % -33,7 %
Distócicos 3.102 2.447 2.391 2,3 % -21,1 %
Cesariana 1.792 1.386 1.372 1,0 % -22,7 %
Outros 1.310 1.061 1.019 4,1 % -19,0 %
% Cesarianas / Partos 28,0% 29,9% 30,1% -0,2 p.p. 1,9 p.p.
(*) Não inclui Berçário
(**) WebGDH

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 23


4.1. Internamento

O CHLC,EPE registou, em Dezembro 2012, uma lotação praticada de 1.462 camas, tendo, em Dezembro
de 2011, esse valor sido de 1.582, ou seja, menos 120 camas face a 2011. A redução da lotação constitui
um processo de racionalização da oferta de camas iniciado antes da criação formal do CHLC,EPE e tem
sido assumido por todos os hospitais que o compõem. Em média, estiveram internados cerca de 1.236
doentes por dia em 2012. Esse valor era de cerca de 1.325 em 2011.

Em 2012, a redução do número de camas mais significativa ocorreu nas especialidades de Cardiologia (-6
camas) em Fevereiro de 2012, com a integração do internamento do HCC no HSM); Cirurgia Geral (-23
camas) pela reorganização da especialidade no HSJ e no HSAC, Ginecologia (-10 camas) e Obstetrícia (-
38 camas) com o encerramento do internamento destas especialidades no HDE e redução, posterior e
significativa, na MAC; Medicina Interna (-14 camas) pela reorganização da especialidade no HSAC,
Pediatria Médica (-4 camas) e UCI Polivalente (-8 camas) pela redução do número de camas no HSAC e
no HCC. As alterações da lotação praticada em Dezembro podem ser analisadas por unidade hospitalar no
quadro da folha seguinte.

Gráfico 4.1: Lotação em Dezembro


1,800

1,600
150
1,400 115 MAC
1,200 374
352 HCC
1,000 178
160 HDE
800 202 202 HSM
600
262 226
HSAC
400

200 416 407 HSJ

0
2011 2012

Em 2012 registou-se 54.458 doentes saídos, ou seja, cerca de 149 por dia. Consequentemente, verificou-
se uma diminuição de cerca de 12,2% face ao realizado em 2011, ou seja, menos 7.590 doentes saídos
(menos 21 por dia). As especialidades que mais contribuíram para esta variação negativa foram a
Cardiologia (-468 doentes saídos, -13,8%), a Cirurgia Geral (-109 doentes saídos, -1,6%), a Ginecologia
(-627 doentes saídos, -35,3%), a Medicina Interna (-1.369 doentes saídos, -12,4%), a Obstetrícia (-1.837
doentes saídos, -25,3%) e o Berçário (-1.822 doentes saídos, -30,1%) e a Ortopedia de adultos (-347
doentes saídos, -8,8%). Por outro lado, registaram aumentos, no número de doentes saídos, as
especialidades de Cirurgia Cardiotorácica (88 doentes saídos, 9,1%), Cirurgia Plástica Reconstrutiva e
Estética (50 doentes saídos, 4,7%) e Otorrinolaringologia de adultos (60 doentes saídos, 8,2%).

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 24


A redução tão acentuada no número de doentes saídos foi devida, em especial, a já mencionada abertura
do Hospital Beatriz Ângelo (Hospital de Loures) no início de 2012, que absorveu grande parte dos
internamentos dos residentes nos concelhos de Loures e de Odivelas. De referir, também, que, o
CHLC,EPE tem dado continuidade ao processo de transferência do tratamento de algumas patologias para
o ambulatório (hospital de dia – cateterismos de diagnóstico e polissonografia do sono; cirurgia de
ambulatório – cataratas, varizes e pacemakers, por exemplo).

A demora média, em 2012, atingiu 9 dias, representando um aumento de 0,4 dias face a 2011, explicado
essencialmente pela redução do número de internamentos da Obstetrícia, Berçário e Ginecologia, cuja
demora média foi cerca de 3,5, 2,4 e 3,3 dias, respectivamente. De salientar ainda que, para este
indicador, tem influência directa a existência continuada de casos sociais (registaram-se 217 doentes
protelados, ou seja, 4.132 dias de protelamento 2) e a dificuldade de resposta da RNCCI, os quais não
contribuem quer para a diminuição do período de internamento clínico adequado quer para uma maior
eficiência da actividade do internamento.

A taxa de ocupação registou um valor de cerca de 82,6% representando uma diminuição de 1,7 p.p. face a
2011. Esta diminuição teve como causa principal a diminuição do número de doentes saídos.

O quadro seguinte apresenta os principais indicadores da actividade de internamento por especialidade em


2011 e 2012.

2
Por não estarem os procedimentos de registo uniformizados, os doentes do HCC e da MAC
considerados são do 2.º semestre de 2012.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 25


Quadro: Internamento por Especialidade (inclui HCC e MAC em Janeiro e Fevereiro de 2012)
2011 2012 Variação 2012/2011
Especialidade Lotação D. Saídos (S/ D. Média Taxa Ocup. Lotação D. Saídos (S/ D. Média Taxa Ocup. Lotação D. Saídos D. Média Taxa Ocup.
Dezembro TI) (dias) (%) Dezembro TI) (dias) (%) Dezemb. (%) (%) (dias) (pp)
Angiologia e Cirurgia Vascular 38 1.122 9,4 76,8 38 1.117 9,7 79,5 0,0 -0,4 0,3 2,7
Cardiologia 49 3.309 4,5 82,2 43 2.853 4,7 87,0 -12,2 -13,8 0,2 4,8
Cardiologia Pediátrica 9 404 7,0 85,4 9 453 6,3 87,0 0,0 12,1 -0,7 1,6
Cirurgia Cardio-Torácica 27 968 7,5 73,0 27 1.056 7,0 75,2 0,0 9,1 -0,5 2,2
Cirurgia Geral 192 6.835 9,0 87,4 169 6.726 9,0 86,7 -12,0 -1,6 0,0 -0,7
Cirurgia Maxilo-Facial 16 957 4,9 80,5 16 913 5,4 84,3 0,0 -4,6 0,5 3,8
Cirurgia Pediátrica 22 1.205 3,9 66,0 22 1.163 3,8 60,9 0,0 -3,5 -0,1 -5,1
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética 20 1.071 5,9 85,0 20 1.121 6,0 94,0 0,0 4,7 0,1 9,0
Dermato-Venereologia 12 293 10,8 68,6 10 254 9,1 58,9 -16,7 -13,3 -1,7 -9,7
Doenças Infecciosas (Infecciologia) 36 513 18,6 69,1 36 443 20,4 68,7 0,0 -13,6 1,8 -0,4
Endocrinologia e Nutrição 2 28 10,8 42,1 2 44 7,3 43,7 0,0 57,1 -3,5 1,6
Gastrenterologia 14 467 10,4 93,3 14 483 10,8 101,5 0,0 3,4 0,4 8,2
Ginecologia 27 1.777 3,3 56,4 17 1.150 3,3 33,1 -37,0 -35,3 0,0 -23,3
Hematologia Clínica 28 614 16,2 96,9 28 639 15,7 98,3 0,0 4,1 -0,5 1,4
Medicina Interna 338 11.043 11,1 95,6 324 9.674 11,2 89,0 -4,1 -12,4 0,1 -6,6
Nefrologia 22 548 14,5 91,5 22 575 12,6 90,3 0,0 4,9 -1,9 -1,2
Neurocirurgia 52 1.448 12,2 79,1 52 1.452 11,4 87,8 0,0 0,3 -0,8 8,7
Neurologia 32 1.191 8,5 87,2 30 1.128 8,7 86,4 -6,3 -5,3 0,2 -0,8
Obstetrícia 90 7.272 3,2 64,5 52 5.435 3,5 58,8 -42,2 -25,3 0,3 -5,7
Oftalmologia (adultos) 10 651 3,2 57,6 10 628 3,0 51,5 0,0 -3,5 -0,2 -6,1
Ortopedia (adultos) 121 3.926 9,9 85,1 121 3.579 9,9 80,2 0,0 -8,8 0,0 -4,9
Ortopedia (pediátrica) 15 813 5,1 74,5 14 815 4,7 77,4 -6,7 0,2 -0,4 2,9
Otorrinolaringologia (adultos) 14 728 4,4 60,9 14 788 4,3 66,1 0,0 8,2 -0,1 5,2
Otorrinolaringologia (pediátrica) 7 318 3,2 55,7 7 281 3,3 52,0 0,0 -11,6 0,1 -3,7
Pediatria 79 2.299 7,6 62,9 75 2.264 7,8 67,4 -5,1 -1,5 0,2 4,5
Pneumologia 14 374 11,7 85,2 14 369 11,1 85,8 0,0 -1,3 -0,6 0,6
Psiquiatria da Infância e Adolescência 10 139 20,9 74,4 10 160 20,2 87,0 0,0 15,1 -0,7 12,6
Queimados 14 134 29,0 70,2 14 133 30,9 78,0 0,0 -0,7 1,9 7,8
Urologia 34 2.141 5,3 90,9 34 2.087 5,3 90,4 0,0 -2,5 0,0 -0,5
U. Cuidados Intermédios 72 1.330 16,7 78,1 72 684 19,4 88,6 0,0 -48,6 2,7 10,5
U.C.I. Cirurgia 31 194 49,4 84,4 31 757 23,8 78,8 0,0 290,2 -25,6 -5,6
U.C.I. Coronários 16 373 10,9 69,3 16 122 32,7 70,4 0,0 -67,3 21,8 1,1
U.C.I. Pediatria 12 51 55,9 66,1 12 42 70,4 67,4 0,0 -17,6 14,5 1,3
U.C.I. Polivalente 67 669 26,8 84,4 59 679 27,6 84,0 -11,9 1,5 0,8 -0,4
U.C.I. Outra 12 546 3,3 121,6 - - - -
U.C.I. Recém Nascidos 28 234 36,2 82,6 28 150 51,5 79,9 0,0 -35,9 15,3 -2,7
Berçário 70 6.063 2,5 54,3 28 4.241 2,4 42,9 -60,0 -30,1 -0,1 -11,4
Sub-Total UCI 238 3.397 19,7 82,2 218 2.434 26,6 81,0 -8,4 -28,3 6,9 -1,2
Sub-Total Especialidades Médicas 623 20.674 9,8 87,1 595 19.339 10,0 84,9 -4,5 -6,5 0,2 -2,2
Sub-Total Especialidades Cirúrgicas 721 31.914 6,7 78,8 649 28.444 6,9 76,9 -10,0 -10,9 0,2 -1,9
TOTAL (s/ Berçário) 1.582 55.985 8,6 82,5 1.462 50.217 9,0 80,8 -7,6 -10,3 0,4 -1,7

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


26
No que respeita aos GDH, a estrutura do CHLC,EPE manteve-se sem grandes alterações sendo de notar
apenas a diminuição do peso relativo das Grandes Categorias de Diagnóstico “Gravidez, Parto e
Puerpério” e “Recém-Nascido e Lactentes”.

Quadro: Internamento por Grande Categoria de Diagnósticos (dados consolidados)


2011 2012 Variação %
Grande Categoria de Diagnósticos N.º Demora N.º Demora N.º
% % %
Episódios Média Episódios Média Episódios
(Pré-Grandes Categorias Diagnósticas) 448 0,7% 44,50 396 0,7% 46,63 -11,6% 0 pp
Doenças e Perturbações do Sangue/Órgãos
656 1,1% 8,82 519 1,0% 10,89 -20,9% -0,1 pp
Hematopoiéticos e Doenças Imunológicas
Doenças e Perturbações da Pele, Tecido Celular
1.649 2,7% 8,64 1.371 2,5% 8,62 -16,9% -0,2 pp
Subcutâneo e Mama
Doenças e Perturbações do Aparelho Circulatório 8.370 13,5% 8,10 7.449 13,7% 9,09 -11,0% 0,2 pp
Doenças e Perturbações do Aparelho Digestivo 4.682 7,5% 9,33 4.490 8,3% 9,41 -4,1% 0,8 pp
Doenças e Perturbações do Aparelho Reprodutor
1.477 2,4% 3,71 1.222 2,2% 3,99 -17,3% -0,2 pp
Feminino
Doenças e Perturbações do Aparelho Reprodutor
909 1,5% 5,65 835 1,5% 5,35 -8,1% 0 pp
Masculino
Doenças e Perturbações do Aparelho Respiratório 4.755 7,6% 11,33 4.103 7,5% 10,83 -13,7% -0,1 pp
Doenças e Perturbações do Olho 848 1,4% 4,05 846 1,6% 3,80 -0,2% 0,2 pp

Doenças e Perturbações do Ouvido, Nariz, e Garganta 1.544 2,5% 4,45 1.554 2,9% 4,46 0,6% 0,4 pp

Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário 3.447 5,5% 8,92 3.219 5,9% 8,80 -6,6% 0,4 pp

Doenças e Perturbações do Sistema Hepatobiliar e


3.278 5,3% 8,35 3.142 5,8% 8,18 -4,1% 0,5 pp
Pâncreas
Doenças e Perturbações do Sistema Músculo-
6.014 9,7% 8,35 5.553 10,2% 8,44 -7,7% 0,5 pp
esquelético e Tecido Conjuntivo
Doenças e Perturbações do Sistema Nervoso 4.294 6,9% 12,38 3.775 6,9% 12,51 -12,1% 0 pp
Doenças e Perturbações Endócrinas Nutricionais e
1.400 2,3% 7,73 1.328 2,4% 8,12 -5,1% 0,1 pp
Metabólicas
Doenças e Perturbações Mentais 252 0,4% 13,25 260 0,5% 14,03 3,2% 0,1 pp
Doenças e Perturbações Mieloproliferativas e Mal-
772 1,2% 15,90 940 1,7% 14,32 21,8% 0,5 pp
diferenciadas
Doenças Infecciosas e Parasitárias (Sistémicas ou de
550 0,9% 11,92 514 0,9% 14,16 -6,5% 0 pp
Localização Não Específica)
Factores com Influência no Estado de Saúde e Outros
624 1,0% 5,39 485 0,9% 4,62 -22,3% -0,1 pp
Contactos com os Serviços de Saúde
Gravidez, Parto e Puerpério 7.545 12,1% 3,55 5.499 10,1% 3,90 -27,1% -2 pp
Recém-nascidos e Lactentes com Afecções do Período
7.026 11,3% 4,84 5.118 9,4% 5,32 -27,2% -1,9 pp
Perinatal
Infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana 129 0,2% 22,95 140 0,3% 22,26 8,5% 0,1 pp
Queimaduras 294 0,5% 18,56 263 0,5% 20,22 -10,5% 0 pp
Traumatismos Significativos Múltiplos 563 0,9% 19,15 635 1,2% 16,91 12,8% 0,3 pp

Traumatismos, Intoxicações e Efeitos Tóxicos de Drogas 576 0,9% 9,24 579 1,1% 8,28 0,5% 0,2 pp

Uso Álcool/Droga e Perturbações Mentais Orgânicas


47 0,1% 10,53 56 0,1% 13,38 19,1% 0 pp
Induzidas por Álcool ou Droga
Outros Grupos 30 0,0% 20,13 56 0,1% 12,46 86,7% 0,1 pp
Total 62.179 8,21 54.347 8,64 -12,6%

No quadro seguinte resumem-se os 25 GDH mais frequentes do ano de 2012, cuja produção representou
34% da actividade de internamento codificada. A demora média dos episódios de internamento
codificados foi de 8,64 dias.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 27


Quadro: Os 25 GDH mais frequentes em 2012 no Internamento (dados consolidados)
2011 2012
Tempo Tempo de Internamento
GDH N.º Médio N.º
Episódios Internament Episódios Mínimo Médio Máximo
o
Recem-nascido, peso ao nascer > 2499g, sem procedimento significativo
629 5.531 2,56 3.935 0 2,56 84
em B.O., com diagnostico de recem-nascido normal
373 Parto vaginal, sem diagnosticos de complicacao 3.014 2,70 1.961 0 2,66 30
372 Parto vaginal, com diagnosticos de complicacao 1.560 3,48 1.254 1 3,63 91
371 Cesariana, sem CC 1.267 4,21 912 2 4,54 107
Perturbacoes respiratorias, excepto infeccoes, bronquite ou asma, com
541 1.184 11,85 823 0 12,32 119
CC major
127 Insuficiencia cardiaca e/ou choque 976 8,99 813 1 9,32 149
14 Acidente vascular cerebral com enfarte 1.049 10,10 742 1 10,60 154
Perturbacoes circulatorias excepto enfarte agudo do miocardio, com
125 1.103 2,01 725 1 2,55 48
cateterismo cardiaco, sem diagnost. complexo
Procedimentos no utero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou
359 873 3,28 673 0 3,29 11
doenca nao maligna, sem CC
89 Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade > 17 anos, com CC 709 10,14 632 1 10,23 87
203 Doenca maligna hepatobiliar ou pancreatica 622 5,28 612 0 4,65 55
320 Infeccoes dos rins e/ou das vias urinarias, idade >17 anos, c/ CC 537 10,51 521 1 10,47 109
494 Colecistectomia laparoscopica, sem explor. do coledoco, sem CC 441 3,03 475 0 3,22 26
818 Substituicao da anca, excepto por complicacoes 501 10,73 458 3 12,07 76
Perturbacoes dos rins e/ou das vias urinarias, excepto insuficiencia renal,
569 441 14,54 429 1 13,41 393
com CC major
Outras perturbacoes do sistema nervoso, excepto acidente isquemico
533 473 20,42 415 1 20,11 251
transit., convulsoes e/ou cefaleias, com CC major
Procedimentos major nas articulacoes e/ou reimplante de membro
209 336 8,94 385 3 8,97 58
inferior, excepto anca, excepto por complicacao
Procedimentos no dorso e/ou pescoco, excepto artrodese vertebral sem
758 385 5,24 372 1 4,74 51
CC
557 Perturbacoes hepatobiliares e/ou pancreaticas, com CC major 364 15,05 366 0 14,43 126
Procedimentos nas valvulas cardiacas e/ou outros procedimentos
105 227 11,24 347 5 9,96 53
cardiotoracicos major, sem catet. cardiaco

544 Insuficiencia cardiaca congestiva e/ou arritmia cardiaca, com CC major 310 12,10 345 1 11,81 103

167 Apendicectomia sem diagnostico principal complicado, sem CC 400 3,14 344 1 3,23 20
380 Abortamento, sem dilatacao e curetagem 384 1,33 317 0 1,25 17
2 Craniotomia, idade >17 anos, sem CC 290 12,57 307 1 12,93 65
651 Cesariana de alto risco, sem CC 339 5,97 303 1 5,51 75
25 GDH mais frequentes 23.316 5,77 18.466 0 6,21 393
Total Codificado 62.179 8,21 54.347 0 8,64 2.626
Fonte: WebGDH.

À semelhança do ano anterior, os GDH mais frequentes foram da área da Obstetrícia: GDH 629 (recém-
nascido normal), o GDH 373 (Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação), o GDH 372 (Parto
vaginal, com diagnósticos de complicação) e o GDH 371 (Cesariana sem CC). Seguiram-se o GDH 541
(Perturbações respiratórias, excepto infecções, bronquite ou asma, com CC major) da área pulmonar e os
GDH da área cardiovascular: perturbações circulatórias com cateterismo cardíaco (GDH 125), a
insuficiência cardíaca (GDH 127) e os acidentes vasculares cerebrais (GDH 14).

A demora média dos episódios de internamento codificados foi de 8,64. Os GDH cirúrgicos registaram
uma demora média de 9,5 dias e os GDH médicos uma demora média de 8 dias.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 28


Por tipo de GDH verificou-se que 41% dos episódios de internamento ficaram classificados em GDH
cirúrgicos (38% em 2012), consequência do número de partos e do número de recém-nascidos.

O índice de case-mix (ICM) do internamento foi, em 2012, de 1,5707, consideravelmente mais elevado do
que o ICM médio previsto (1,4553) no Contrato Programa de 2012 e ao registado (1,4752) em 2011. Este
aumento do ICM é explicado, em grande parte, pela diminuição do número de partos e recém-nascidos e
da sua importância relativa no total da produção hospitalar.

Esta diferença de 0,1154 no ICM, entre o realizado e o contratado, corresponde, em termos reais, a um
sub-financiamento de cada doente equivalente do SNS de cerca de 231€, o que corresponde a um
subfinanciamento total de cerca de 12 milhões de euros.

Quadro: Demora Média, ICM e Taxa de Doentes Equivalentes por tipo de GDH (dados consolidados)
2011 2012 CP 202
Tipo GDH N.º Demora Tx. D. N.º Demora Tx. D.
ICM ICM ICM
Episódios Média Equiv. Episódios Média Equiv.
GDH Cirúrgico 23.731 9,2 2,2648 98,6% 22.243 9,5 2,3217 98,8% 2,2107

GDH Médico 38.448 7,6 0,9592 93,1% 32.104 8,0 1,0179 93,0% 0,9006

Total 62.179 8,2 1,4752 95,2% 54.347 8,6 1,5707 95,3% 1,4553

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 29


4.2. Consulta Externa

O CHLC, EPE efectuou 808.162 consultas externas médicas em 2012, ou seja, cerca de 3.233 por dia útil.
Face a 2011, registou-se uma diminuição de cerca de 3%, ou seja, menos 100 consultas por dia útil. O
peso das Primeiras Consultas, registou, em 2012, o valor de 25,6%, menos 1 p.p. face ao realizado em
2011.

Gráfico: Evolução do Total de Consultas e Peso de Primeiras Consultas

26.6

25.6

611,812

As especialidades que mais contribuíram para esta variação negativa foram a Anestesiologia (-2.811
consultas, -10%), a Cardiologia (-4.790 consultas, -9,4%), a Dermatologia (-5.694 consultas, -12,3%), a
Estomatologia (-1.108 consultas, -6,6%), a Gastrenterologia (-767 consultas, -8,1%), a Ginecologia (-
1.712 consultas, -4,6%), a Imuno-Hemoterapia (-2.883 consultas, -14%), a Medicina Física e de
Reabilitação (-1.467 consultas, -3,3%), a Medicina Interna (-7.232 consultas, -21,3%), a Obstetrícia (-
2.492 consultas, -7,6%), a Oncologia Médica (-2.379 consultas, -14,7%), a Ortopedia (-2.501 consultas, -
5%), a Senologia (-2.831 consultas,221,292
-37,1%) e a Urologia (-1.444 consultas, -5,2%). Por outro lado, as
206,792
especialidades que mais cresceram, no número de consultas, foram a Endocrinologia (741 consultas,
4,3%), a Hipertensão (45 consultas, 8,7%), a Infecciologia (1.270 consultas, 8,1%), a Nefrologia (865
consultas, 6,1%), a Neurocirurgia (715 consultas, 5,1%) e a Oftalmologia (6.125 consultas, 10,2%).

2011 2012
Estas variações são consequência do encerramento da Urgência do HCC em Dezembro de 2011 e
posterior repartição da área de influência deste Hospital pelo CHLC, CHLN e HBA. A abertura do HBA
fez-se notar, também, na saída de médicos do CHLC,EPE para este Hospital, nomeadamente na
especialidade de Dermatologia. Primeiras Subsequentes %P

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 30


Quadro: Número de consultas externas médicas por especialidade em 2011 e 2012 (dados consolidados)

2011 2012 Variação 2012/2011

Consulta Externa Médica %


% % 1.as Subseq. Total
1.as Subseq. Total 1.as Subseq. Total 1.as
1.as 1.as (%) (%) (%)
(p.p.)
Anestesiologia 25.602 2.423 28.025 91,4 22.544 2.670 25.214 89,4 -11,9 10,2 -10,0 -2,0
Angiologia e Cirurgia Vascular 3.051 10.915 13.966 21,8 3.365 10.673 14.038 24,0 10,3 -2,2 0,5 2,2
Cardiologia 6.984 43.735 50.719 13,8 6.706 39.223 45.929 14,6 -4,0 -10,3 -9,4 0,8
Cardiologia Pediátrica 2.368 4.304 6.672 35,5 2.529 4.425 6.954 36,4 6,8 2,8 4,2 0,9
Cirurgia Cardio-Torácica 1.105 4.487 5.592 19,8 1.228 4.498 5.726 21,4 11,1 0,2 2,4 1,6
Cirurgia Geral 13.374 44.800 58.174 23,0 13.828 44.865 58.693 23,6 3,4 0,1 0,9 0,6
Cirurgia Maxilo-Facial 1.734 2.850 4.584 37,8 1.653 2.703 4.356 37,9 -4,7 -5,2 -5,0 0,1
Cirurgia Pediátrica 4.172 9.821 13.993 29,8 3.905 9.714 13.619 28,7 -6,4 -1,1 -2,7 -1,1
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 2.520 6.035 8.555 29,5 2.501 5.644 8.145 30,7 -0,8 -6,5 -4,8 1,2
Dermato-Venereologia 22.817 23.652 46.469 49,1 19.567 21.208 40.775 48,0 -14,2 -10,3 -12,3 -1,1
Diabetologia 697 5.287 5.984 11,6 675 5.470 6.145 11,0 -3,2 3,5 2,7 -0,6
Dor 550 4.262 4.812 11,4 536 3.964 4.500 11,9 -2,5 -7,0 -6,5 0,5
Endocrinologia e Nutrição 3.743 13.589 17.332 21,6 3.623 14.450 18.073 20,0 -3,2 6,3 4,3 -1,6
Estomatologia 4.567 12.222 16.789 27,2 4.243 11.438 15.681 27,1 -7,1 -6,4 -6,6 -0,1
Gastrenterologia 3.142 6.381 9.523 33,0 2.616 6.140 8.756 29,9 -16,7 -3,8 -8,1 -3,1
Genética Médica 726 1.311 2.037 35,6 847 1.311 2.158 39,2 16,7 0,0 5,9 3,6
Ginecologia 14.078 22.795 36.873 38,2 13.526 21.635 35.161 38,5 -3,9 -5,1 -4,6 0,3
Hematologia Clínica 1.788 13.644 15.432 11,6 1.586 13.238 14.824 10,7 -11,3 -3,0 -3,9 -0,9
Hepatologia 539 3.044 3.583 15,0 604 2.918 3.522 17,1 12,1 -4,1 -1,7 2,1
Hipertensão 667 4.546 5.213 12,8 712 4.952 5.664 12,6 6,7 8,9 8,7 -0,2
Imuno-alergologia 2.380 12.773 15.153 15,7 2.753 12.102 14.855 18,5 15,7 -5,3 -2,0 2,8
Imuno-hemoterapia 2.019 18.597 20.616 9,8 1.917 15.816 17.733 10,8 -5,1 -15,0 -14,0 1,0
Imunologia 295 2.096 2.391 12,3 241 1.933 2.174 11,1 -18,3 -7,8 -9,1 -1,2
Infecciologia 1.951 13.638 15.589 12,5 729 16.130 16.859 4,3 -62,6 18,3 8,1 -8,2
Medicina Física e Reabilitação 11.740 32.667 44.407 26,4 10.642 32.298 42.940 24,8 -9,4 -1,1 -3,3 -1,6
Medicina do Trabalho 1.008 5.243 6.251 16,1 621 4.402 5.023 12,4 -38,4 -16,0 -19,6 -3,7
Medicina Interna 5.735 28.140 33.875 16,9 4.723 21.920 26.643 17,7 -17,6 -22,1 -21,3 0,8
Medicina Tropical - 1.112 5 1.117 99,6 - - - -
Nefrologia 1.810 12.350 14.160 12,8 2.136 12.889 15.025 14,2 18,0 4,4 6,1 1,4
Neonatologia 2.037 3.733 5.770 35,3 1.955 3.707 5.662 34,5 -4,0 -0,7 -1,9 -0,8
Neurocirurgia 4.806 9.215 14.021 34,3 4.878 9.858 14.736 33,1 1,5 7,0 5,1 -1,2
Neuroftalmologia 329 945 1.274 25,8 283 1.049 1.332 21,2 -14,0 11,0 4,6 -4,6
Neurologia 4.452 13.635 18.087 24,6 3.987 13.251 17.238 23,1 -10,4 -2,8 -4,7 -1,5
Obstetrícia 10.134 22.798 32.932 30,8 8.254 22.186 30.440 27,1 -18,6 -2,7 -7,6 -3,7
Oftalmologia 13.597 46.295 59.892 22,7 14.548 51.469 66.017 22,0 7,0 11,2 10,2 -0,7
Oncologia Médica 815 15.325 16.140 5,0 810 12.951 13.761 5,9 -0,6 -15,5 -14,7 0,9
Ortopedia 17.158 32.802 49.960 34,3 15.216 32.243 47.459 32,1 -11,3 -1,7 -5,0 -2,2
Otorrinolaringologia 7.144 18.877 26.021 27,5 6.411 20.292 26.703 24,0 -10,3 7,5 2,6 -3,5
Pediatria 6.421 24.448 30.869 20,8 6.957 24.737 31.694 22,0 8,3 1,2 2,7 1,2
Pneumologia 2.143 8.677 10.820 19,8 2.465 8.955 11.420 21,6 15,0 3,2 5,5 1,8
Psiquiatria 336 1.011 1.347 24,9 269 914 1.183 22,7 -19,9 -9,6 -12,2 -2,2
Pedopsiquiatria 1.721 14.302 16.023 10,7 1.803 16.877 18.680 9,7 4,8 18,0 16,6 -1,0
Senologia 965 6.660 7.625 12,7 602 4.192 4.794 12,6 -37,6 -37,1 -37,1 -0,1
Urologia 6.706 20.947 27.653 24,3 5.245 20.964 26.209 20,0 -21,8 0,1 -5,2 -4,3
Outras Consultas Médicas 1.366 6.535 7.901 17,3 1.441 9.091 10.532 13,7 5,5 39,1 33,3 -3,6
Total 221.292 611.812 833.104 26,6 206.792 601.370 808.162 25,6 -6,6 -1,7 -3,0 -1,0

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 31


Lista de Espera para Consulta

O Sistema de Informação da Consulta a Tempo e Horas (ADW) foi implementado no CHLC,EPE em


2008, apresentando ainda em 2012 diversos problemas que impediram que os mapas estatísticos dele
extraídos se afigurassem fiáveis por forma a espelhar os tempos reais de espera. Pese embora o tempo
decorrido desde a implementação da aplicação informática do Programa Consulta a Tempo e Horas
(CTH), o CHLC,EPE não consegue retratar através deste aplicativo, a realidade da Instituição no que
respeita ao acesso dos doentes às primeiras consultas de especialidade.

É esperado que as alterações que irão ser introduzidas na aplicação em 2013 permitam ultrapassar os
constrangimentos do actual programa informático, melhorando a integração com as restantes aplicações
existentes (SONHO e SAM) e permitindo, finalmente, a visão global da Lista de Espera para 1.ª Consulta
e respectivos tempos de espera por prioridade.

Pode ser consultada no Anexo I, do presente relatório, a Lista de Espera para 1.ª Consulta retirada do
CTH-ADW.

Analisando os pedidos electrónicos em 2012, verifica-se que é no HSAC que se encontra o maior número
de consultas realizadas fora do Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) para a prioridade
estabelecida, mantendo-se a especialidade de Oftalmologia a que concentra o maior número de pedidos
nesta situação. No entanto, é de assinalar o esforço desenvolvido pela especialidade que passou de 4.494
consultas realizadas fora TMRG em 2011, para 1.214 em 2012, tendo o número de 1ªs consultas da
especialidade aumentado 7%.

No HSM, a especialidade de Cirurgia Vascular continua a registar o maior número de consultas realizadas
fora do TMRG, em tendência crescente face a 2011. Também nesta especialidade, as 1ªs consultas
aumentaram 10,3%, face ao ano anterior, o que não foi, no entanto, suficiente para responder à pressão da
procura.

No HSJ, a resposta melhorou globalmente em todas as especialidades sendo que das 9.118 consultas
registadas apenas 172 (1,8%) se realizaram fora TMRG.

O HDE, registou 1,9% de consultas realizadas fora do TMRG, representando uma melhoria face ao ano
anterior.

No HCC, a percentagem de consultas realizadas fora TMRG é de 6,4%, com maior expressão na
especialidade de Dermatologia. Foram já desencadeadas medidas de reorganização interna envolvendo os
2 pólos hospitalares onde se realiza a consulta (HCC e HSAC), pelo que esta situação irá ser resolvida.

Na MAC, 4% das consultas foram realizadas fora do TMRG, ou seja 116 consultas.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 32


4.3. Urgência

O CHCL,EPE, efectuou 265.623 atendimentos em urgência (155.504 doentes), em 2012, ou seja, cerca de
726 por dia e registando uma diminuição de 27,5% face ao ano anterior (cerca de menos 278
atendimentos por dia). A actividade urgente no CHLC,EPE, em 2011, ficou marcada pela transferência da
urgência de Ginecologia/Obstetrícia para a MAC, em 6 de Junho, e pelo alargamento da área de
influência da urgência geral à freguesia Santa Maria dos Olivais do concelho de Lisboa em todas as
especialidades (a urgência geral começou por receber, em 18 de Julho de 2010, apenas os doentes de
cirurgia geral provenientes desta freguesia) e pelo encerramento da urgência do HCC em Dezembro,
tendo a área de influência desta urgência sido repartida pelos Centros Hospitalares de Lisboa Central e
Lisboa Norte. Em 2012, esta actividade ficou marcada pela fusão do HCC e da MAC no CHLC,EPE em
Março e pela abertura, em pleno, do Hospital Beatriz Ângelo (HBA) em Fevereiro, ficando afectas a este
último o Concelho de Odivelas e parte do Concelho de Loures de acordo com a reorganização da área de
influência no âmbito da ARSLVT.

Quadro: Atendimentos das Urgências do CHLC, EPE em 2011 e 2012 (dados consolidados)

2011 2012 Var. 12/11 (%)


Total Atendimentos 366.344 265.623 -27,5
Geral 231.353 150.784 -34,8
Ginec. / Obstet. 36.248 25.775 -28,9
Pediatria 87.615 81.524 -7,0
Psiquiatria 11.128 7.540 -32,2
% Internamento 8,8 10,1 1,3 p.p.
Geral 9,8 12,7 2,9 p.p.
Ginec. / Obstet. 16,8 17,7 0,9 p.p.
Pediatria 3,8 3,8 0 p.p.
Psiquiatria 0,0 0,3 0,3 p.p.
Tempo Médio na Urgência (horas) (*) 3,7 4,4 16,4
Geral 4,4 5,6 27,8
Ginec. / Obstet. 2,6 2,5 -2,1
Pediatria 2,4 2,5 2,9
Psiquiatria 4,3 5,7 31,8
(*) não inclui os abandonos.

Em 2012, em média, cada doente utilizou 1,5 vezes a urgência geral, ou seja, recorreu à urgência geral de
8 em 8 meses. O grupo etário dos 25 aos 35 anos com 15,3% do total de doentes foi o mais representativo
sendo o grupo etário dos 75 aos 85 o que, em média, mais recorreu à urgência (1,8 episódios por doente),
ou seja, de 7 em 7 meses. O grupo etário com 65 e mais anos representou 33% do total de doentes e, em
média, cada doente utilizou 1,7 vezes a urgência geral.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 33


Quadro: Atendimentos da Urgência Geral por Grupo Etário e Sexo (dados consolidados)
Homens Mulheres Total
Grupo
Epis./ Epis./ Epis./
Etário Doentes Episódios Doentes Episódios Doentes (%) Episódios
Doente Doente Doente
47,0% 46,6% 53,0% 53,4%
Total
46.986 70.269 1,5 53.033 80.515 1,5 100.019 150.784 1,5
[00 - 18[ 174 205 1,2 187 227 1,2 361 0,4% 432 1,2
[18 - 25[ 4.505 5.680 1,3 4.964 6.718 1,4 9.469 9,5% 12.398 1,3
[25 - 35[ 7.983 10.387 1,3 7.272 9.696 1,3 15.255 15,3% 20.083 1,3
[35 - 45[ 7.786 10.664 1,4 6.577 8.956 1,4 14.363 14,4% 19.620 1,4
[45 - 55[ 6.831 10.084 1,5 7.069 10.339 1,5 13.900 13,9% 20.423 1,5
[55 - 65[ 6.604 10.232 1,5 7.043 10.441 1,5 13.647 13,6% 20.673 1,5
[65 - 75[ 5.891 9.822 1,7 7.258 11.600 1,6 13.149 13,1% 21.422 1,6
[75 - 85[ 5.413 9.942 1,8 8.428 14.996 1,8 13.841 13,8% 24.938 1,8
[85 - ...[ 1.799 3.253 1,8 4.235 7.542 1,8 6.034 6,0% 10.795 1,8

Na urgência psiquiátrica, o grupo etário mais significativo é o dos 35 aos 45 anos com 22,8% do total dos
doentes tendo sido, também, o que mais recorreu à urgência com 1,5 episódios por doente.

Quadro: Atendimentos da Urgência Psiquiátrica por Grupo Etário e Sexo (dados consolidados)
Homens Mulheres Total
Grupo
Epis./ Epis./ Epis./
Etário Doentes Episódios Doentes Episódios Doentes (%) Episódios
Doente Doente Doente
41,6% 43,7% 58,4% 56,3%
Total
2.278 3.298 1,4 3.199 4.242 1,3 5.477 7.540 1,4
[00 - 18[ 9 12 1,3 4 5 1,3 13 0,2% 17 1,3
[18 - 25[ 210 287 1,4 228 302 1,3 438 8,0% 589 1,3
[25 - 35[ 438 604 1,4 563 768 1,4 1.001 18,3% 1.372 1,4
[35 - 45[ 579 930 1,6 672 937 1,4 1.251 22,8% 1.867 1,5
[45 - 55[ 465 686 1,5 655 866 1,3 1.120 20,4% 1.552 1,4
[55 - 65[ 269 384 1,4 461 600 1,3 730 13,3% 984 1,3
[65 - 75[ 147 189 1,3 294 376 1,3 441 8,1% 565 1,3
[75 - 85[ 124 161 1,3 237 288 1,2 361 6,6% 449 1,2
[85 - ...[ 37 45 1,2 85 100 1,2 122 2,2% 145 1,2

Na urgência de ginecologia/obstetrícia, o grupo etário mais representado é o dos 30 aos 35 anos com um
peso de 24,9%.

Quadro: Atendimentos da Urgência Ginec./Obstetrícia por Grupo Etário e Sexo (dados consolidados)
Epis./
Doentes (%) Episódios
Doente
Total 12.558 25.775 2,1
[00 - 13[ 4 0,0% 5 1,3
[13 - 16[ 72 0,6% 134 1,9
[16 - 18[ 218 1,7% 402 1,8
[18 - 25[ 2.234 17,8% 4.724 2,1
[25 - 30[ 2.602 20,7% 5.864 2,3
[30 - 35[ 3.129 24,9% 6.820 2,2
[35 - 40[ 2.287 18,2% 4.872 2,1
[40 - 45[ 913 7,3% 1.587 1,7
[45 - 50[ 426 3,4% 544 1,3
[50 - ...[ 673 5,4% 823 1,2
Na urgência pediátrica, o grupo etário mais representado é o dos 2 aos 6 anos com um peso de 29,6% no
total de doentes. O grupo etário que, em média, mais utiliza a urgência é o “menos de 1 ano” com 2,8 idas
à urgência por doente.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 34


Quadro: Atendimentos da Urgência Pediátrica por Grupo Etário e Sexo (dados consolidados)
Homens Mulheres Total
Grupo
Epis./ Epis./ Epis./
Etário Doentes Episódios Doentes Episódios Doentes (%) Episódios
Doente Doente Doente
53,0% 53,9% 47,0% 46,1%
Total
21.673 43.941 2,0 19.198 37.583 2,0 40.871 81.524 2,0
[00 - 01[ 3.118 9.014 2,9 2.640 7.101 2,7 5.758 14,1% 16.115 2,8
[01 - 02[ 2.326 5.964 2,6 2.045 5.106 2,5 4.371 10,7% 11.070 2,5
[02 - 06[ 6.594 14.031 2,1 5.511 11.066 2,0 12.105 29,6% 25.097 2,1
[06 - 10[ 3.962 6.485 1,6 3.534 5.777 1,6 7.496 18,3% 12.262 1,6
[10 - 15[ 3.891 5.920 1,5 3.431 5.466 1,6 7.322 17,9% 11.386 1,6
[15 - 18[ 1.745 2.484 1,4 1.980 2.987 1,5 3.725 9,1% 5.471 1,5
[18 - ...[ 37 43 1,2 57 80 1,4 94 0,2% 123 1,3

O CHLC,EPE atendeu doentes provenientes de todos os distritos do País e das Regiões Autónomas sendo
a grande maioria, cerca de 91%, proveniente do Distrito de Lisboa, seguido do Distrito de Setúbal com
4,3% e de Santarém com 0,8%. No seu conjunto, estes distritos têm uma frequência relativa de cerca de
94,5% no número de doentes e de cerca de 96,2% no número de episódios. Em ambas as urgências, estes
três distritos são os que apresentaram maior frequência, contendo a área de influência primária do
CHLC,EPE.

Quadro: Atendimentos nas Urgências do CHLC,EPE por Distrito (dados consolidados)


Urg. Urg. Total
Urg. Geral Urg. Pediátrica
Distrito Ginec./Obst. Psiquiátrica
(episódios) (episódios)
(episódios) (episódios) Doentes Episódios %
Total 150.784 25.775 81.524 7.540 155.504 265.623
Aveiro 150 9 14 5 162 178 0,07%
Beja 800 33 127 292 1.034 1.252 0,47%
Braga 117 7 27 5 138 156 0,06%
Braganca 32 4 11 1 39 48 0,02%
Castelo Branco 152 11 33 6 170 202 0,08%
Coimbra 159 13 31 6 180 209 0,08%
Evora 793 74 131 11 828 1.009 0,38%
Faro 822 42 200 192 1.109 1.256 0,47%
Guarda 81 2 12 2 82 97 0,04%
Leiria 409 67 271 11 569 758 0,29%
Lisboa 135.432 23.612 76.170 6.600 136.761 241.814 91,04%
Portalegre 592 34 130 44 676 800 0,30%
Porto 300 33 45 10 325 388 0,15%
Região Autónoma da Madeira 163 5 19 3 116 190 0,07%
Região Autónoma dos Açores 158 26 60 6 213 250 0,09%
Santarem 1.162 282 572 126 1.560 2.142 0,81%
Setubal 6.717 1.459 3.264 108 8.604 11.548 4,35%
Viana Do Castelo 39 6 8 1 46 54 0,02%
Vila Real 50 13 6 2 51 71 0,03%
Viseu 145 3 20 3 152 171 0,06%
Desconhecido 2.511 40 373 106 2.696 3.030 1,14%

Foram atendidos doentes provenientes de todos os concelhos do Distrito de Lisboa, sendo que os
concelhos de Lisboa com 67,2%, Loures com 15,7%, Sintra com 3,8%, Vila Franca de Xira com 3,0%,
Odivelas com 2,6%, Oeiras com 2,2%, Amadora com 2,1% e Cascais com 1,1%, representaram no seu

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 35


conjunto 91% do total geral dos episódios de urgência e cerca de 97,6% do total de episódios dos doentes
provenientes do distrito de Lisboa.

Quadro: Atendimentos nas Urgências do CHLC,EPE por Concelho do Distrito de Lisboa (dados consolidados)
Urg. Urg. Total
Urg. Geral Urg. Pediátrica
Concelho do Distrito de Lisboa Ginec./Obst. Psiquiátrica
(episódios) (episódios) Doentes Episódios %
(episódios) (episódios)
Total 135.432 23.612 76.170 6.600 136.761 241.814
Alenquer 544 92 302 136 788 1.074 0,44%
Amadora 2.578 679 1.717 53 3.399 5.027 2,08%
Arruda Dos Vinhos 179 84 179 47 322 489 0,20%
Azambuja 331 76 117 85 457 609 0,25%
Cadaval 92 9 20 58 140 179 0,07%
Cascais 1.189 402 1.120 28 1.913 2.739 1,13%
Lisboa 99.198 12.064 47.855 3.301 87.071 162.418 67,17%
Loures 19.853 4.649 12.751 688 22.123 37.941 15,69%
Lourinhã 152 20 54 144 258 370 0,15%
Mafra 418 452 757 162 1.053 1.789 0,74%
Odivelas 1.392 2.411 2.239 140 3.506 6.182 2,56%
Oeiras 1.700 564 3.005 44 3.644 5.313 2,20%
Sintra 4.455 964 3.066 703 6.441 9.188 3,80%
Sobral Monte Agraço 85 27 68 16 138 196 0,08%
Torres Vedras 509 112 172 351 885 1.144 0,47%
Vila Franca De Xira 2.757 1.007 2.748 644 4.630 7.156 2,96%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 36


4.4. Hospital de Dia

O CHLC,EPE efectuou, no total, 46.696 sessões em 2012, ou seja, cerca de 128 por dia útil. Em hospital
de dia registou-se uma diminuição da actividade (número de sessões) de -0,5% face a 2011, sendo que, o
número de sessões por doente, aumentou cerca de 0,7 sessões por doente, tendo passado de 5,5 para 6,2
sessões por doente.

Gráfico: Número total de sessões e número total de sessões por doente em Hospital de Dia

5.5

Quadro: Sessões de Hospital de Dia, Hemodiálise e Quimioterapia

2011 2012 Var. 12/11 (%)


Sessões Doentes Sessões Doentes Sessões Doentes
Hematologia 6.308 1.898 6.872 1.887 8,9 -0,6
Imunohemoterapia 5.023 852 4.843 738 -3,6 -13,4
Infecciologia 3.621 1.277 3.450 1.093 -4,7 -14,4
Psiquiatria 3.217 168 3.421 202 6,3 20,2
Hemodiálise (crónicos) (*) 3.078 51 46,954
3.688 60 19,8 17,6
Hemodiálise (agudos) (*) 910 135 1.454 184 59,8 36,3
Quimioterapia 12.320 1.798 12.086 1.756 -1,9 -2,3
(*) realizada em ambulatório

2011
Gráfico: Evolução das sessões de Hospital de Dia de Hematologia, Imuno-hemoterapia, Infecciologia e
Psiquiatria

14,000

Sessões Sessõe
12,000

10,000

8,000

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 37

6,000
O decréscimo acentuado registado no número de sessões de infecciologia é consequência da alteração da
metodologia de registo.

GDH Médicos de ambulatório

No âmbito da actividade de Hospital de Dia codificada em GDH, cerca de 90% pertence à Grande
Categoria de Diagnóstico (GCD) “Doenças e Perturbações Mieloproliferativas e Mal-Diferenciadas” e,
cerca de 5%, à GCD “Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário”.

Quadro: Frequência de GDH por Grande Categoria de Diagnóstico

2012 Var %
Grande Categoria de Diagnóstico 2011
12/11
Qtd. Peso
Doenças e Perturbações do Sistema Nervoso 364 156 1,4% -57,1
Doenças e Perturbações do Aparelho Respiratório 28 5 0,0% -82,1
Doenças e Perturbações do Aparelho Circulatório 770 445 3,9% -42,2
Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário 1.084 558 4,9% -48,5
Doenças e Perturbações Mieloproliferativas e Mal-diferenciadas 10.308 10.179 89,7% -1,3
Outras Grandes Categorias de Diagnóstico 9 9 0,1% 0,0
Total 12.563 11.352 -9,6
Fonte: WEB-GDH: Março de 2013

Os GDH mais frequentes foram os da quimioterapia, GDH 410 e GDH 876, que ocupam o 1.º e 3.º lugar.
O 2.º GDH mais frequente é o GDH 317 – internamento para diálise renal.

Quadro: Frequência de GDH Médicos de Ambulatório


Var %
GDH 2011 2012
12/11
410 Quimioterapia 9.906 9.808 -1,0

317 Internamento para dialise renal 908 469 -48,3


Quimioterapia com leucemia aguda como diagnóstico adicional ou com
876 402 367 -8,7
uso de alta dose de agente quimioterapêutico
Perturbações circulatórias excepto enfarte agudo do miocárdio, com
125 484 354 -26,9
cateterismo cardíaco, sem diagnóstico complexo
35 Outras perturbações do sistema nervoso, sem CC 356 153 -57,0

316 Insuficiência renal 104 89 -14,4

Outros GDH 403 112 -72,2

Total 12.563 11.352 -9,6


Fonte: WEB-GDH: Março de 2013

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 38


4.5. Actividade Cirúrgica

O CHLC,EPE realizou 42.882 cirurgias, em 2012, ou seja, cerca de 117 por dia. Verificou-se uma
diminuição de 4,5% no total de cirurgias realizadas face a 2011, embora com um aumento de 1,9% na
cirurgia convencional programada e uma diminuição de 2,8% na cirurgia de ambulatório e de 18,6% na
cirurgia urgente. A cirurgia de ambulatório representou 52,5% do total da cirurgia programada registando
uma diminuição de 1,1 p.p. face ao período homólogo. O número de doentes em espera inscritos a 31 de
Dezembro registou também um aumento de 6,1%, ou seja, mais 608 doentes, acompanhado de uma
ligeira diminuição do tempo médio de espera destes doentes (menos 1 dia).

Mais uma vez, os já referidos encerramento da urgência do HCC em Dezembro de 2011 e abertura do
HBA no início de 2012, foram, certamente, as principais causas para estas variações.

Quadro: Evolução da Actividade Cirúrgica (dados consolidados)

Actividade Cirúrgica 2011 2012 V.12/11


Total de Cirurgias 44.888 42.882 -4,5 %
Convencional Programada 16.351 16.665 1,9 %
Ambulatório 18.913 18.383 -2,8 %
Urgente 9.624 7.834 -18,6 %
% Ambulatório / Cirurgia Programada 53,6% 52,5% -1,1 p.p.
N.º de Doentes em Espera Inscritos 9.958 10.566 6,1 %
Média do Tempo de Espera (dias) 175 174 -0,6 %

Gráfico: Actividade Cirúrgica por Tipologia (dados consolidados)

20,000

16,000

Em Outubro de 2012, o CHLC,EPE iniciou o programa de cirurgia adicional absorvendo doentes inscritos
12,000
para a cirurgia de Oftalmologia de outros Hospitais. Concretamente, foram realizadas 57 cirurgias de
ambulatório sendo 27 do CH Setúbal, 4 do Hospital Garcia de Orta, 8 do HD Santarém e 18 do Hospital
Amadora-Sintra.
8,000

4,000

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 39

0
2011
Quadro: Actividade Cirúrgica por especialidade (dados consolidados)

2011 2012 Variação 2012/2011 (%)


Especialidade
Conv. Amb. Urg. Total Conv. Amb. Urg. Total Conv. Amb. Urg. Total
Angiologia e Cirurgia Vascular 850 122 265 1.237 870 225 291 1.386 2,4 84,4 9,8 12
Cirurgia Cardio-Torácica 995 1 195 1.191 1.127 0 202 1.329 13,3 -100 3,6 11,6
Cirurgia Geral 3.361 2.503 1.617 7.481 3.531 2.362 1.370 7.263 5,1 -5,6 -15,3 -2,9
Cirurgia Maxilo-Facial 250 165 544 959 255 174 445 874 2 5,5 -18,2 -8,9
Cirurgia Pediátrica 1.056 864 988 2.908 1.058 905 833 2.796 0,2 4,7 -15,7 -3,9
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 337 850 534 1.721 389 882 578 1.849 15,4 3,8 8,2 7,4
Dermato-Venereologia 15 2.000 2.015 16 1.819 0 1.835 6,7 -9,1 - -8,9
Estomatologia 96 2.471 3 2.570 87 2.124 3 2.214 -9,4 -14 0 -13,9
Ginecologia 1.385 2.745 73 4.203 997 2.452 15 3.464 -28 -10,7 -79,5 -17,6
Neurocirurgia 1.037 183 325 1.545 1.066 237 278 1.581 2,8 29,5 -14,5 2,3
Obstetrícia 543 179 2.323 3.045 490 170 2.106 2.766 -9,8 -5 -9,3 -9,2
Oftalmologia (adultos) 561 4.178 82 4.821 510 4.602 80 5.192 -9,1 10,1 -2,4 7,7
Oftalmologia (pediátrica) 13 153 4 170 14 162 1 177 7,7 5,9 -75 4,1
Ortopedia (adultos) 2.582 850 1.420 4.852 2.886 811 548 4.245 11,8 -4,6 -61,4 -12,5
Ortopedia (pediátrica) 465 227 222 914 502 268 205 975 8 18,1 -7,7 6,7
Otorrinolaringologia (adultos) 482 94 57 633 560 77 36 673 16,2 -18,1 -36,8 6,3
Otorrinolaringologia (pediátrica) 207 414 61 682 186 560 61 807 -10,1 35,3 0 18,3
Urologia 1.490 485 586 2.561 1.532 433 459 2.424 2,8 -10,7 -21,7 -5,3
Outras 626 429 325 1.380 589 120 323 1.032 -5,9 -72 -0,6 -25,2
16.351 18.913 9.624 44.888 16.665 18.383 7.834 42.882 1,9 -2,8 -18,6 -4,5
Total
36% 42% 21% 39% 43% 18% 2,5 p.p. 0,8 p.p. -3,1 p.p.

40
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
O regulamento do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) determina a existência
de uma Unidade Hospitalar de Gestão de Inscritos para Cirurgia (UHGIC) ao nível dos hospitais, com
atribuições definidas no seio interno, ao nível dos doentes utilizadores dos cuidados de saúde prestados,
das Especialidades Assistenciais e Órgãos Dirigentes e, também no seio externo, ao nível das
Administrações Regionais de Saúde e da Unidade Central do SIGIC.

O tempo médio de espera por uma cirurgia, é de 5,8 meses, resultado que se encontra dentro dos tempos
de máximos de resposta garantidos (TMRG) definidos pela Portaria n.º 1529/2008 de 26 de Dezembro.

Quadro: N.º de doentes em espera e mediana (os dados de 2010 e 2011 não incluem o HCC e MAC)
% %
LIC 31-12-2010 31-12-2011 31-12-2012*
2012/2010 2012/2011
Total de Doentes com Prioridade "Normal" 7629 9567 10322 35% 8%
Total de Doentes com Prioridade "Prioritário" 387 352 304 -21% -14%
Total de Doentes com Prioridade "Muito Prioritário" 56 32 12 -79% -63%
Total de Doentes com Prioridade "Urgência Diferida" 55 7 9 -84% 29%
Total 8127 9958 10647 31% 7%
Mediana do tempo de espera para cirurgia (meses) 3,50 4,10 3,30 -6% -20%
Média do tempo de espera (meses) 5,39 5,83 5,8 8% -1%

Fonte : SONHO - dados reportados a 31-12-2012 extraídos a 08-01-2013


* 2012 - Fusão do CHLC com o Hospital Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa a 01-03-2012

Verificou-se um aumento do número de doentes a aguardar cirurgia entre 2010 e 2012 (+31%), com
maior expressão nos anos de 2010 e 2011. No entanto, tem havido a preocupação em dar resposta a este
incremento da procura, através do aumento do número de cirurgias realizadas e também procurando fazer
uma programação das cirurgias ajustada à prioridade clínica e antiguidade do doente. O esforço realizado
permitiu responder, em tempo útil, às necessidades de tratamento do doente e manter a Mediana do
Tempo de Espera nos 5 meses.

Se considerarmos o tempo médio de espera face ao nível de prioridade clínica atribuído a cada doente
inscrito para cirurgia, o resultado no CHLC,EPE é o seguinte:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 41


Distribuição da LIC por níveis de prioridade
Total de Média do Tempo Tempos Máximos de
LIC
Doentes de Espera Resposta Garantidos
Nível de Prioridade "Normal" 10322 5,7 meses 9 meses
Nível de Prioridade "Prioritário" 304 1,8 meses 2 meses
Nível de Prioridade "Muito Prioritário" 12 14 dias 15 dias
Nível de Prioridade "Urgência Diferida" 9 1 dia 3 dias

Quadro: N.º de doentes em espera por especialidade (os dados de 2010 e 2011 não incluem o HCC e MAC)

Especialidade 2010 2011 2012* D % 2012/2011

Cirurgia Cardiotorácica 167 346 336 -3%


Cirurgia Geral 1.156 1.376 1.563 14%
Angiologia e Cirurgia Vascular 484 880 927 5%
Unidade de Tratamento Cirúrgico de Obesidade 173 223 293 31%
Cirurgia Pediátrica 768 796 532 -33%
Otorrrinolaringologia 590 789 660 -16%
Cirurgia Maxilo-Facial 264 321 288 -10%
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 1.068 1.283 1.452 13%
Estomatologia 258 207 186 -10%
Neurocirurgia 763 865 668 -23%
Oftalmologia 622 796 1.017 28%
Ortopedia 1.148 1.272 1.639 26%
Dermatologia 167 208 322 55%
Urologia 358 510 435 -15%
Obstetrícia 0 4 33 725%
Ginecologia 141 82 296 350%
Total 8.127 9.958 10.647 7%
Fonte : SONHO - dados reportados a 31-12-2012 extraídos a 08-01-2013
* 2012 - Fusão do CHLC com o Hospital Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa a 01-03-2012

Os serviços que apresentam um maior número de doentes inscritos são a Ortopedia (15,4%), a Cirurgia
Geral (14,7%) a Cirurgia Plástica e Reconstrutiva (13,6%) e Oftalmologia (9,6%).

Verificou-se uma diminuição, no período de 2011/12, no número de doentes na Cirurgia Pediátrica (-


33%), Neurocirurgia (-23%), Otorrinolaringologia (-16%),Urologia (-15%), Cirurgia Maxilo-Facial (-
10%) e Estomatologia (-10%).

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 42


GDH Cirúrgicos de Ambulatório

No que respeita à actividade cirúrgica de ambulatório realizada em 2012 e codificada, as Grandes


Categorias de Diagnóstico que tiveram maior frequência foram a DOENÇAS E PERTURBAÇÕES DO OLHO
(26,7%), a DOENÇAS E PERTURBAÇÕES DO APARELHO DIGESTIVO (18,9%), a DOENÇAS E PERTURBAÇÕES
DA PELE, TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO E MAMA (16,1%) e a DOENÇAS E PERTURBAÇÕES DO

APARELHO REPRODUTOR FEMININO (13%). No seu conjunto, estas grandes categorias representaram
cerca de 75% da actividade codificada. O mesmo se verificou em 2011, sendo de salientar o aumento dos
procedimentos relacionados com o Olho, face ao período homólogo.

Quadro: Actividade Cirúrgica de Ambulatório codificada por Grande Categoria de Diagnóstico


2012 Var %
Grande Categoria de Diagnóstico 2011
Qtd. Peso 12/11
Doenças e Perturbações do Sistema Nervoso 603 650 3,6% 7,8
Doenças e Perturbações do Olho 4.381 4.766 26,7% 8,8
Doenças e Perturbações do Ouvido, Nariz, e Garganta 700 725 4,1% 3,6
Doenças e Perturbações do Aparelho Respiratório 6 3 0,0% -50,0
Doenças e Perturbações do Aparelho Circulatório 354 289 1,6% -18,4
Doenças e Perturbações do Aparelho Digestivo 3.706 3.373 18,9% -9,0
Doenças e Perturbações do Sistema Hepatobiliar e Pâncreas 43 82 0,5% 90,7
Doenças e Perturbações do Sistema Músculo-esquelético e Tecido Conjuntivo 1.025 974 5,5% -5,0
Doenças e Perturbações da Pele, Tecido Celular Subcutâneo e Mama 3.334 2.872 16,1% -13,9
Doenças e Perturbações Endócrinas Nutricionais e Metabólicas 65 81 0,5% 24,6
Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário 493 532 3,0% 7,9
Doenças e Perturbações do Aparelho Reprodutor Masculino 600 564 3,2% -6,0
Doenças e Perturbações do Aparelho Reprodutor Feminino 2.694 2.330 13,0% -13,5
Gravidez, Parto e Puerpério 167 151 0,8% -9,6
Recém-nascidos e Lactentes com Afecções do Período Perinatal 1 3 0,0% 200,0
Doenças e Perturbações do Sangue/Órgãos Hematopoiéticos e Doenças Imunológicas 51 33 0,2% -35,3
Doenças e Perturbações Mieloproliferativas e Mal-diferenciadas 23 35 0,2% 52,2
Doenças Infecciosas e Parasitárias (Sistémicas ou de Localização Não Específica) 4 4 0,0% 0,0
Doenças e Perturbações Mentais 3 1 0,0% -66,7
Traumatismos, Intoxicações e Efeitos Tóxicos de Drogas 59 53 0,3% -10,2
Queimaduras 2 2 0,0% 0,0
Factores com Influência no Estado de Saúde e Outros Contactos com os Serviços de Saúde 209 281 1,6% 34,4
Traumatismos Significativos Múltiplos 6 7 0,0% 16,7
Outras Grandes Categorias de Diagnóstico 19 59 0,3% 210,5
Total 18.548 17.870 -3,7
Fonte: WEB-GDH

Na grande categoria DOENÇAS E PERTURBAÇÕES DO OLHO, salientam-se o GDH39-procedimentos no


cristalino, com ou sem vitrectomia (1.º GDH mais frequente), o GDH42-proced. Intra-oculares, excepto
na retina, íris e/ou cristalino (4.º GDH mais frequente) e o GDH40-proced. Extra-oculares, excepto órbita,
idade>17 anos (10.º GDH mais frequente).

Na grande categoria DOENÇAS E PERTURBAÇÕES DO APARELHO DIGESTIVO, salientam-se o GDH169-


proced. na boca, sem CC (3.º GDH mais frequente), o GDH187-extracção e/ou restauração dentária (9.º
GDH mais frequente – GDH médico realizado em ambulatório), o GDH162-proced. hérnia inguinal (12.º
GDH mais frequente) e o GDH163-proced. hérnia, idade <18 anos (17.º GDH mais frequente).

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 43


Na grande categoria DOENÇAS E PERTURBAÇÕES DA PELE, TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO E MAMA,
salientam-se o GDH270-outros procedimentos na pelo, no tecido subcutâneo e/ou na mama, sem CC (2.º
GDH mais frequente) e o GDH266-enxerto cutâneo e/ou desbridamento, excepto por úlcera da pele ou
celulite, sem CC (6.º GDH mais frequente).

Na grande categoria DOENÇAS E PERTURBAÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO, salientam-se o


GDH359-procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem
CC (5.º GDH mais frequente), o GDH360-procedimentos na vagina, colo do útero e/ou vulva (8.º GDH
mais frequente), o GDH369-perturbações menstruais e/ou outras perturbações do aparelho reprodutor
feminino (11.º GDH mais frequente) e o GDH364-dilatação e/ou curetagem e/ou conização, excepto por
doença maligna (14.º GDH mais frequente).

De salientar, também, o GDH6-descompressão do túnel cárpico (7.º GDH mais frequente).

A tabela seguinte apresenta os 20 GDH de ambulatório mais frequentes em 2012, referentes a 77% do
total de GDH.

Quadro: 20 GDH mais frequentes em 2012 da actividade cirúrgica de ambulatório


Var %
GDH 2011 2012
12/11
39 Procedimentos no cristalino, com ou sem vitrectomia 2.878 3.003 4,3
270 Outros procedimentos na pele, no tecido subcutâneo e/ou na mama, sem CC 2.276 1.585 -30,4
169 Procedimentos na boca, sem CC 1.006 1.353 34,5
42 Procedimentos intra-oculares, excepto na retina, iris e/ou cristalino 819 1.013 23,7
359 Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC 904 757 -16,3
266 Enxerto cutâneo e/ou desbridamento, excepto por ulcera da pele ou celulite, sem CC 390 703 80,3
6 Descompressão do tunel cárpico 565 611 8,1
360 Procedimentos na vagina, colo do útero e/ou vulva 619 589 -4,8
187 Extracções e/ou restaurações dentarias 1.241 566 -54,4
40 Procedimentos extra-oculares, excepto na orbita, idade > 17 anos 493 559 13,4
369 Perturbações menstruais e/ou outras perturbações do aparelho reprodutor feminino 479 431 -10,0
162 Procedimentos para hérnia inguinal e/ou femoral, idade >17 anos, sem CC 511 418 -18,2
229 Procedimentos na mão ou no punho, excepto procedimentos major nas articulações, sem CC 373 329 -11,8
364 Dilatação e/ou curetagem e/ou conização, excepto por doença maligna 411 317 -22,9
62 Miringotomia com colocação de tubo, idade < 18 anos 210 284 35,2
315 Outros procedimentos no rim e/ou nas vias urinarias, em B.O. 248 282 13,7
163 Procedimentos para hérnia, idade < 18 anos 219 240 9,6
867 Excisão local e/ou remoção de dispositivo de fixação interna, excepto da anca e fémur, sem CC 263 231 -12,2
119 Laqueação venosa e flebo-extracção 267 223 -16,5
60 Amigdalectomia e/ou adenoidectomia, idade < 18 anos 172 215 25,0
Outros GDH 4.204 4.161 -1,0
Total 18.548 17.870 -3,7
Fonte: WEB-GDH

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 44


4.6. Partos e Nascimentos

O CHLC,EPE realizou, em 2012, 4.632 partos (4.798 recém-nascidos), ou seja, cerca de 13 partos por dia
e registou uma diminuição de 27,6% face ao ano anterior (cerca de menos 5 partos por dia). O número de
cesarianas (1.390 em 2012), registou uma diminuição de cerca de 23% (menos 413 cesarianas) face ao
ano anterior, implicando um aumento da taxa de cesarianas em 2 p.p. para 30%.

Quadro: N.º de Partos e de Recém-Nascidos em 2012 e 2011 (dados consolidados)

2011 2012
Tipo de Parto N.º Recém-Nascidos N.º Recém-Nascidos
N.º Partos N.º Partos
Nado-Vivo Nado-Morto Total Nado-Vivo Nado-Morto Total
Eutócico 3.277 3.266 36 3.302 2.171 2.162 30 2.192
Cesariana 1.803 1.930 4 1.934 1.390 1.499 5 1.504
Outros Distócicos 1.320 1.352 1.352 1.071 1.101 1 1.102
Total 6.400 6.548 40 6.588 4.632 4.762 36 4.798
% Cesariana 28% 30%

Dos 6.432 partos realizados, 162 foram gemelares (3,5%), sendo que destes, 4 são tri-gemelares.

Quadro: N.º de Partos por tipo de parto e tipo de gestação em 2012 e 2011 (dados consolidados)
2011 2012 Var.
Simples Gemelar Total Simples Gemelar Total 12/11
Eutócico 3.252 25 3.277 2.151 20 2.171 -33,8%
Cesariana 1.679 124 1.803 1.279 111 1.390 -22,9%
Outros Distócicos 1.288 32 1.320 1.040 31 1.071 -18,9%
Total 6.219 181 6.400 4.470 162 4.632 -27,6%

O CHLC,EPE realizou 518 partos pré-termo e 4 pós-termo. O grupo etário mais frequente das
parturientes é o dos 30 aos 34 (32,7%).

Quadro: N.º de Partos por grupo etário e em 2012 e 2011 (dados consolidados)
Grupo
Pré-Termo Termo Pós-Termo Total %
Etário
[13 - 15] 3 11 14 0,3%
[16 - 17] 6 49 55 1,2%
[18 - 24] 62 673 735 15,9%
[25 - 29] 100 976 3 1.079 23,3%
[30 - 34] 180 1.334 1.514 32,7%
[35 - 39] 125 847 1 973 21,0%
[40 - 44] 40 209 249 5,4%
[45 - 50[ 2 11 13 0,3%
Total 518 4.110 4 4.632

A análise da evolução 2011/2012 do número partos por área de residência, salienta a importância da
abertura do Hospital Beatriz Ângelo no início de 2012, com o elevado decréscimo do número de partos

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 45


em todo o Concelho de Loures (-28%, ou seja, menos 331 partos) e no Concelho de Odivelas (-58%, ou
seja, menos 619 partos).

Quadro: N.º de Partos na Área de Influência do CHLC,EPE (dados consolidados)


2011 2012 Var %
Área de Influência do CHLC 2.624 2.217 -15,5%
Lisboa 1.926 1.624 -15,7%
Alto Do Pina 68 68 0,0%
Anjos 73 88 20,5%
Beato 99 83 -16,2%
Castelo 9 1 -88,9%
Coração De Jesus 49 25 -49,0%
Encarnação 14 15 7,1%
Graça 39 45 15,4%
Lapa 28 24 -14,3%
Madalena 3 6 100,0%
Mártires 3 1 -66,7%
Marvila 391 316 -19,2%
Merces 24 16 -33,3%
Nossa Senhora De Fatima 76 50 -34,2%
Pena 44 37 -15,9%
Penha De Franca 96 89 -7,3%
Prazeres 40 19 -52,5%
Sacramento 2 3 50,0%
Santa Catarina 16 14 -12,5%
Santa Engrácia 24 33 37,5%
Santa Isabel 28 21 -25,0%
Santa Justa 4 11 175,0%
Santa Maria Dos Olivais 266 231 -13,2%
Santiago 2 2 0,0%
Santo Estevão 13 8 -38,5%
Santos O Velho 15 11 -26,7%
São Cristóvão e São Lourenço 16 17 6,3%
São João 106 83 -21,7%
São João De Deus 32 26 -18,8%
São Jorge De Arroios 140 124 -11,4%
São José 18 22 22,2%
São Mamede 22 14 -36,4%
São Miguel 7 6 -14,3%
São Nicolau 16 10 -37,5%
São Paulo 18 18 0,0%
São Sebastião Da Pedreira 47 29 -38,3%
São Vicente De Fora 28 16 -42,9%
Sé 7 4 -42,9%
Socorro 43 38 -11,6%
Loures 698 593 -15,0%
Bobadela 60 55 -8,3%
Moscavide 97 76 -21,6%
Portela 39 32 -17,9%
Prior Velho 47 45 -4,3%
São João Da Talha 148 132 -10,8%
Sacavém 202 157 -22,3%
Santa Iria De Azoia 105 96 -8,6%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 46


Quadro: N.º de Partos Fora da Área de Influência do CHLC,EPE (dados consolidados)
2011 2012 Var %
Fora da Área de Infl. do CHLC 3.772 2.413 -36,0%
Lisboa 3.229 1.984 -38,6%
Alenquer 27 22 -18,5%
Amadora 119 133 11,8%
Arruda Dos Vinhos 19 15 -21,1%
Azambuja 16 14 -12,5%
Cadaval 6 -100,0%
Cascais 121 70 -42,1%
Lisboa 515 423 -17,9%
Ajuda 28 33 17,9%
Alcantara 19 15 -21,1%
Alvalade 22 17 -22,7%
Ameixoeira 22 29 31,8%
Benfica 47 48 2,1%
Campo Grande 20 21 5,0%
Campolide 84 47 -44,0%
Carnide 32 17 -46,9%
Charneca 18 14 -22,2%
Lumiar 73 69 -5,5%
Santa Maria De Belem 7 4 -42,9%
Santo Condestavel 19 24 26,3%
Sao Domingos De Benfica 103 70 -32,0%
Sao Francisco Xavier 5 4 -20,0%
Sao Joao De Brito 14 11 -21,4%
Freguesia Desconhecida 2 -100,0%
Loures 475 249 -47,6%
Apelacao 56 30 -46,4%
Bucelas 8 3 -62,5%
Camarate 173 111 -35,8%
Fanhoes 6 1 -83,3%
Frielas 8 1 -87,5%
Loures 56 40 -28,6%
Lousa 4 -100,0%
S Juliao Do Tojal 11 1 -90,9%
Santo Antao Do Tojal 3 1 -66,7%
Santo Antonio Dos Cavaleiros 60 24 -60,0%
Unhos 90 37 -58,9%
Lourinha 13 6 -53,8%
Mafra 156 91 -41,7%
Odivelas 1.073 454 -57,7%
Oeiras 112 96 -14,3%
Sintra 220 168 -23,6%
Sobral Monte Agraco 15 9 -40,0%
Torres Vedras 29 25 -13,8%
Vila Franca De Xira 313 209 -33,2%
Outros Distritos 543 429 -21,0%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 47


4.7. Cuidados Continuados

A intervenção da Equipa de Gestão de Altas do CHLC,EPE, em 2012, consequência da integração do


HCC e da MAC, foi desenvolvida com a perspectiva de unificação das estruturas nele existentes e
integração e normalização dos procedimentos e circuitos e demais normativos processuais, sem descurar a
prossecução dos seus principais objectivos (3,5% de candidaturas à RNCCI das altas hospitalares de
doentes adultos nas especialidades de Medicina Interna, Cirurgia Geral e Ortopedia e uma mediana de 10
dias).

Como pode ser observado no quadro seguinte, o número de candidaturas à RNCCI registou uma
diminuição de 7,8% comparativamente ao período homólogo (de 756 em 2011 passou para 697 em 2012),
diminuição verificada nas tipologias de UCP (-38,8%) e da ULDM (-20,6%). Em sentido inverso, as
tipologias de UC e de UMDR tiveram um acréscimo de sinalizações de 6,3% cada. A estes valores
acrescem mais 251 candidaturas (116 da UC, 70 da UMDR, 36 da ULDM, 28 da UCP e 1 da ECCI)
relativo ao HCC, o que perfaz 917 para todo o CHLC,EPE.

2011 2012 Variação (%) 2012/2010


Tipologia
M. Intern., M. Intern., M. Intern.,
de Outras Outras Outras
Total CHLC C. Geral e Total CHLC C. Geral e Total CHLC C. Geral e
Unidades Espec. Espec. Espec.
Ortop. Ortop. Ortop.
Total 756 534 222 697 487 210 -7,8 -8,8 -5,4
UC 302 214 88 321 235 86 6,3 9,8 -2,3
UMDR 141 84 57 150 104 46 6,4 23,8 -19,3
ULDM 141 109 32 112 85 27 -20,6 -22,0 -15,6
UCP 162 123 39 99 59 40 -38,9 -52,0 2,6
ECCI 10 4 6 15 4 11 50,0 0,0 83,3

Quanto às especialidades contratualizadas, e em termos globais e valores absolutos, verificou-se uma


redução de 8,8% para o qual contribuiu a Medicina Interna com -20,2%. As especialidades de Ortopedia e
a Cirurgia Geral, contudo, tiveram um aumento significativo relativamente ao período homólogo de 50%
e de 3,2%, respectivamente.

Em 2012, as especialidades não contratualizadas acompanharam o sentido de uma redução das


candidaturas em quase todas as tipologias e que totalizam -5,4% em relação a 2011, também reflexo da
diminuição dos doentes saídos na generalidade dos serviços.

Passando à análise do quadro seguinte, em que se visualiza o peso relativo das candidaturas, ressalta que,
as especialidades contratualizadas mantêm o mesmo valor médio do ano anterior (4,1%) o qual supera o
objectivo em 0,6 pontos percentuais. A Ortopedia, contudo, é a especialidade que evidencia uma maior
variação positiva a qual, de 3,5% em 2011, passou para 5,74% em 2012, tendo ultrapassado o rácio da
Medicina Interna.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 48


2011 2012 Variação 2012/2011
Especialidades N.ºRef/DS N.ºRef/DS N.ºRef/DS
N.º Ref. DS N.º Ref. DS Nº Ref. DS
(%) (%) (p.p.)
CHLC, EPE 756 27.826 2,7 697 27.784 2,5 -7,8 -0,2 -0,2
Sub-Total 534 12.785 4,2 487 12.257 4,0 -8,8 -4,1 -0,2
Cirurgia Geral 62 4.119 1,5 64 4.140 1,5 3,2 0,5 0,0
Medicina Interna 406 6.864 5,9 324 6.411 5,1 -20,2 -6,6 -0,9
Ortopedia 66 1.802 3,7 99 1.706 5,8 50,0 -5,3 2,1

No que se reporta aos valores da mediana e cujo objectivo é de 10 dias, ressalta a redução de 1 dia nos
valores globais do CHLC,EPE (de 16 em 2011 passou para 15 em 2012) e de 2 dias nas especialidades
contratualizadas (de 17 em 2011 passou para 15 em 2012), devendo realçar-se os 14 dias da Medicina
Interna.

Prosseguindo com a caracterização dos doentes sinalizados à RNCCI e compulsando os dados do quadro
seguinte, é visível uma constância na estrutura da pirâmide etária bem como da sua repartição por sexos,
com uma ligeira diminuição nos homens.

Grupo 2011 2012 Peso Relativo


Etário M F Total M F Total 2011 2012 Var. (p.p.)
Total 393 363 756 333 364 697
15-24 5 3 8 0 0 0 1,1 0,0 -1,1
25-44 13 9 22 15 7 22 2,9 3,2 0,2
45-64 100 34 134 85 37 122 17,7 17,5 -0,2
65-74 103 62 165 92 69 161 21,8 23,1 1,3
75-84 124 156 280 103 165 268 37,0 38,5 1,4
≥ 85 48 99 147 38 86 124 19,4 17,8 -1,7

Um dos pontos de análise com especial relevância reporta-se ao número de admissões à RNCCI e que
constitui um factor positivo e de estímulo a todos quantos concorrem para a sua viabilidade. Assim, e
apesar da diminuição do número de candidaturas, constata-se uma melhoria dos resultados, tendo havido
51,6% de doentes admitidos da totalidade das candidaturas (de 308 em 2011 passou-se para 360 em 2012)
valores que representam uma variação positiva de 10,9 relativamente ao período homólogo anterior, para
o total do CHLC,EPE, e de 19% na média das especialidades contratualizadas.

Aos 360 ingressos anteriormente referidos acrescem mais 106 admissões de doentes do HCC, 81 dos
quais relativos às especialidades contratualizadas (45 da Medicina Interna, 34 da Ortopedia e 2 da
Cirurgia Geral).

2011 2012 Var. 12/11


Tipologia
N.º Ref. N.º Admis. % Ad./Ref. N.º Ref. N.º Admis. % Ad./Ref. N.º Ref. N.º Admis. % Ad./Ref.
Total 756 308 40,7 697 360 51,6 -7,8% 16,9% 10,9 p.p.
UC 302 191 63,2 321 211 65,7 6,3% 10,5% 2,5 p.p.
UMD 141 64 45,4 150 76 50,7 6,4% 18,8% 5,3 p.p.
ULD 141 32 22,7 112 44 39,3 -20,6% 37,5% 16,6 p.p.
UCP 162 13 8,0 99 17 17,2 -38,9% 30,8% 9,1 p.p.
ECCI 10 8 80,0 15 12 80,0 50,0% 50,0% 0 p.p.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 49


Salienta-se que, nos dois últimos anos, 68% dos ingressos foram sinalizados pelas especialidades
contratualizadas (dos quais 43% da Medicina Interna, 16,4% da Ortopedia e 8,9% da Cirurgia Geral) o
que permite inferir a assertividade da acção das equipas multi-profissionais e da EGA do CHLC,EPE

Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos

Em 2012, a EIHSCP registou a saída de um dos dois elementos médicos o que originou alguns
ajustamentos ao seu funcionamento, bem como, teve que equacionar o apoio a dar aos doentes com
necessidades de Cuidados Paliativos do HCC.

No âmbito da intervenção da EIHSCP, não obstante os constrangimentos anteriormente mencionados,


registou-se o acompanhamento de 509 doentes internados em Unidades de internamento de adultos, que
corresponde a 1,77 dos doentes internados no CHLC,EPE (sem HCC e sem MAC) e a uma variação
positiva de 106 doentes referenciados relativamente ao ano anterior aos quais foram realizadas 3.000
consultas internas (mais 7,7% que em 2011).

Quanto à actividade em ambulatório, constata-se a realização de 570 consultas externas as quais


representaram um decréscimo de 10,8% relativamente ao período homólogo.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 50


4.8. Colheita e Transplantação

O GCCT é responsável por coordenar a actividade de colheita e transplantação de órgãos, tecidos e


células nas instituições de saúde, públicas ou privadas, da sua área de referência, com eventual extensão a
nível nacional e internacional, conforme descrito na Portaria n.º 357/08, capitulo III, ponto n.º 8 alínea a).
Ainda, de acordo com esta portaria devem, articular-se entre gabinetes e unidades de colheita e de
transplantação, bem como com os coordenadores hospitalares de doação e os centros de
Histocompatibilidade, estabelecendo protocolos de procedimento que agilizem a actuação de todos,
garantindo a atempada colheita e transplante de órgãos e tecidos. Nesta coordenação está implícita a
solicitação e organização de toda a logística necessária à deslocação das equipas de colheita, aos vários
hospitais da Rede, no menor espaço de tempo, para que a qualidade dos órgãos seja preservada.

Nas deslocações para o hospital do Funchal, Faro e Portimão é necessário activar o protocolo de
colaboração com a Força Aérea Portuguesa ou com o INEM, dependendo do destino da equipa de
colheita. No destino, são os Hospitais locais a organizarem o transporte das equipas de colheita para o
referido Hospital. Nas restantes deslocações, via terrestre, são activados os meios do CHLC,EPE para o
transporte das equipas e a GNR, para transporte, quer dos produtos biológicos para o Centro de
Histocompatibilidade, quer, por vezes, dos órgãos para as unidades de transplantação.

A ilustração seguinte, apresenta a rede de referenciação do GCCT reformulada após a fusão do HCC e a
MAC no CHLC,EPE em 1 de Março de 2012. Às unidades de transplantação já em funcionamento no
CHLC,EPE juntou-se a unidade de transplantação do HCC, que realiza transplante renal, hepático e
pancreático.

ARS Lisboa e Vale do Tejo


CHLC, EPE Hospital Garcia da Orta
Hospital S. José Hospital Barreiro
Hospital S. A. Capuchos Hospital Setúbal
Hospital S. Marta Hospital F. Fonseca
Hospital D. Estefânia Hospital C. V. Portuguesa
Hospital Curry Cabral Hospital D. Santarém
Maternidade Alfredo da Costa Hospital Militar Principal*

ARS Alentejo R. A. Madeira ARS Algarve


Hospital Beja Hospital Funchal Hospital Faro
Hospital Évora Hospital B. Algarvio
Hospital L. Alentejano
Hospital Portalegre

* Aguarda-se a assinatura de protocolo de colaboração com esta instituição


Hospital dador e transplantador Hospital transplantador e potencial dador
Hospital dador Hospital potencial dador

Ilustração: Rede de Referenciação Hospitalar do GCCT do HSJ

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 51


O GCCT tem uma área de influência alargada. A rede de referenciação da urgência, com a entrada em
funcionamento do Hospital Beatriz Ângelo e o encerramento da urgência do HCC e posterior integração
no CHCL,EPE sofreu alterações. A figura seguinte ilustra a aérea de influência do GCCT, sendo visível a
sua abrangência ao sul do país. Além disso, engloba concelhos tão povoados como os de Sintra, Setúbal,
Amadora e o arquipélago da Madeira.

Área de
Referência do
GCCT
≈ 3.562 140
Habitantes

Ilustração: Rede de Referenciação do GCCT para a actividade de colheita

Quadro: Actividade de Colheita e Transplante no CHLC, EPE (dados consolidados)


2011 2012
CHLC4 HCC MAC Total CHLC4 HCC MAC Total
N.º Colheitas (*) 36 36 23 23
N.º Órgãos Colhidos 92 0 0 92 73 0 0 73
Coração 7 7 2 2
Pulmão 2 2 10 10
Fígado 32 32 22 22
Rins 48 48 36 36
Pâncreas 3 3 3 3
N.º Tecidos Colhidos 224 0 0 224 195 0 10 205
Córneas 173 173 165 165
Válvulas 8 8 8 8
Osso 2 2 4 4
Pele 1 1 1 1
Membrana Amniótica 40 40 17 10 27
N.º Transplantes 278 164 0 442 242 136 0 378
Renal 51 51 41 41
Hepático 104 104 91 91
Pancreático 9 9 4 4
Pulmonar 18 18 14 14
Unilateral 10 10 8 8
Bilateral 8 8 6 6
Cardíaco 9 9 5 5
Córnea 188 188 162 162
Células Hematopoiéticas 63 63 61 61
(*) Não inclui membrana amniótica

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 52


4.9. Meios Complementares de Diagnóstico e
Terapêutica

O CHLC,EPE, em 2012, realizou internamente 16,6M actos ponderados, registando um decréscimo de


9,9% face a 2011. Praticamente, todos os grupos de MCDT registaram variações homólogas negativas
sendo de salientar as Análises Clínicas - Patologia Clínica e Genética (-15%), a Cardiologia (-18%), a
Ginecologia (-31%) e a Medicina Física e de Reabilitação (-13%). Por outro lado, os MCDT de
Oftalmologia registaram um aumento de 7% fruto do aumento de actividade verificado nas consultas
externas. Cerca de 79% da actividade ponderada é referente a actos de Anatomia Patológica, Patologia
Clínica e Genética, Cardiologia, Radiologia, Medicina Física e de Reabilitação e Imunohemoterapia, não
existindo grandes variações na distribuição relativa face a 2011

Quadro: MCDT realizados no CHLC,EPE

2011 2012 Variação %


Análises Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Estatística Ponderada Estatística Ponderada Estatística Ponderada
Análises Clínicas 6.224.795 5.296.175,8 5.314.325 4.510.329,3 -14,6% -14,8%
Bioquímicas 4.722.127 2.219.897,2 4.019.971 1.908.618,2 -14,9% -14,0%
Genéticas 2.364 22.567,8 2.585 23.756,5 9,3% 5,3%
Hematológicas (Hematologia; Hemostase) 987.643 1.135.248,8 860.912 955.813,8 -12,8% -15,8%
Imunológicas 143.046 453.996,8 117.243 390.796,4 -18,0% -13,9%
Microbiológicas 369.563 1.452.432,4 313.578 1.223.014,0 -15,1% -15,8%
Outras (análises clínicas) 52 12.032,8 36 8.330,4 -30,8% -30,8%
Anatomia Patológica 73.115 928.633,4 70.529 879.878,9 -3,5% -5,3%
Autópsias 358 28.502,6 284 22.510,8 -20,7% -21,0%
Citológicos 14.440 71.066,4 13.017 64.363,9 -9,9% -9,4%
Histológicos 40.899 735.594,6 39.426 692.575,6 -3,6% -5,8%
Outros (Anatomia Patológica) 17.418 93.469,8 17.802 100.428,6 2,2% 7,4%
Imuno-Hemoterapia 205.573 376.627,5 192.869 355.219,5 -6,2% -5,7%
Análises 178.115 228.895,1 167.702 216.168,0 -5,8% -5,6%
Outros (imuno-hemoterapia) 1.610 41.755,6 1.425 41.709,3 -11,5% -0,1%
Unidades Transfundidas 25.848 105.976,8 23.742 97.342,2 -8,1% -8,1%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 53


Grupo de MCDT 2011 2012 Variação %
Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Radiologia Estatística Ponderada Estatística Ponderada Estatística Ponderada
Angiografias 4.827 268.118,4 5.075 268.664,6 5,1% 0,2%
Abdómen e pélvis 864 64.981,2 841 63.773,7 -2,7% -1,9%
Cabeça E Pescoço 3.098 103.512,8 3.404 111.201,7 9,9% 7,4%
Membros 801 94.090,8 758 87.440,9 -5,4% -7,1%
Procedimentos especiais 1 87,9 1 87,9 0,0% 0,0%
Tórax 63 5.445,7 71 6.160,4 12,7% 13,1%
Ecografias 72.871 369.122,9 68.478 344.945,3 -6,0% -6,6%
Abdómen e pélvis 54.142 273.026,8 49.619 249.087,1 -8,4% -8,8%
Cabeça E Pescoço 6.771 33.191,9 6.434 31.541,6 -5,0% -5,0%
Canal raquidiano 12 58,8 26 127,4 116,7% 116,7%
Mama 5.801 28.424,9 6.044 29.615,6 4,2% 4,2%
Sistema músculo-esquelético 5.180 26.452,0 5.608 28.719,7 8,3% 8,6%
Tórax 290 1.421,0 290 1.421,0 0,0% 0,0%
Histerossonografia 675 6.547,5 457 4.432,9 -32,3% -32,3%
Estudos por Doppler 17.842 101.938,3 16.460 93.644,2 -7,7% -8,1%
Osteodensitrometria 478 1.845,1 919 3.551,8 92,3% 92,5%
Radiologia de Intervenção 4.539 261.804,8 4.779 293.738,7 5,3% 12,2%
Intervenção não vascular / Abdómen e Pelvis 475 47.286,8 481 42.324,7 1,3% -10,5%
Intervenção não vascular / Mama 431 9.997,5 413 11.470,1 -4,2% 14,7%
Intervenção não vascular / Musculo-esquelético 513 65.864,2 551 75.200,5 7,4% 14,2%
Intervenção não vascular / Pescoço 994 11.453,8 803 9.734,4 -19,2% -15,0%
Intervenção não vascular / Tórax 814 17.033,6 858 17.046,8 5,4% 0,1%
Intervenção Vascular / Abdómen e Pelvis 275 22.886,2 364 29.066,6 32,4% 27,0%
Intervenção Vascular / Cabeça e pescoço 416 40.380,1 519 49.937,5 24,8% 23,7%
Intervenção Vascular / Musculo-esquelético 5 394,6 32 2.565,6 540,0% 550,2%
Intervenção Vascular / Procedimentos Especiais 525 38.325,0 685 50.005,0 30,5% 30,5%
Intervenção Vascular / Tórax 91 8.183,0 73 6.387,5 -19,8% -21,9%
Ressonância Magnética 12.433 260.051,4 13.787 291.558,7 10,9% 12,1%
Abdomen e Pelvis 1.706 33.467,6 2.102 41.712,4 23,2% 24,6%
Cabeça E Pescoço 4.614 104.881,2 4.698 106.907,7 1,8% 1,9%
Coluna Vertebral E Bacia 3.697 84.291,6 4.126 94.072,8 11,6% 11,6%
Mama 369 8.413,2 382 8.709,6 3,5% 3,5%
Membros 891 20.314,8 1.355 30.894,0 52,1% 52,1%
Tórax 48 1.094,4 60 1.368,0 25,0% 25,0%
Suplementos e Exames Especiais 1.098 7.360,6 1.021 6.913,8 -7,0% -6,1%
Outros 10 228,0 43 980,4 330,0% 330,0%
Rx Convencional 321.517 658.173,9 260.968 544.768,4 -18,8% -17,2%
Abdómen E Tracto Digestivo / Abdómen e Pélvis 20.667 38.769,3 14.015 25.972,1 -32,2% -33,0%
Abdómen E Tracto Digestivo / Tracto Digestivo 1.582 18.704,9 1.325 15.361,9 -16,2% -17,9%
Aparelho Genito-Urinário 514 6.815,9 489 6.174,6 -4,9% -9,4%
Cabeça E Pescoço 12.696 28.250,5 10.451 23.936,2 -17,7% -15,3%
Coluna Vertebral E Bacia 39.755 76.220,6 30.329 58.365,7 -23,7% -23,4%
Esqueleto Apendicular 85.201 160.877,6 66.642 127.607,8 -21,8% -20,7%
Mama 5.224 36.665,2 5.781 39.695,9 10,7% 8,3%
Tórax 155.863 291.795,6 131.922 247.584,2 -15,4% -15,2%
Tórax / Exames especiais 14 70,0 14 70,0 0,0% 0,0%
Tomografia Clássica (Convencional) 1 4,3 -100,0% -100,0%
TAC 70.811 962.799,2 68.684 944.876,0 -3,0% -1,9%
Abdomen e Pélvis 24.081 335.058,0 24.379 340.202,6 1,2% 1,5%
Cabeça E Pescoço 25.514 322.104,7 22.470 283.651,8 -11,9% -11,9%
Coluna Vertebral E Bacia 5.232 69.585,6 4.877 64.864,1 -6,8% -6,8%
Membros 1.253 16.479,7 1.428 18.821,4 14,0% 14,2%
Suplementos e Exames Especiais 1.852 38.975,4 2.672 57.026,1 44,3% 46,3%
Tórax 12.879 180.595,8 12.858 180.310,0 -0,2% -0,2%
Outros (Radiologia) 74.507 262.835,2 84.814 347.294,8 13,8% 32,1%
Total 579.825 3.146.689,2 523.964 3.133.042,5 -9,6% -0,4%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 54


2011 2012 Variação %
Grupo de MCDT Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Estatística Ponderada Estatística Ponderada Estatística Ponderada
Dermatologia 11.737 55.421,2 10.921 49.311,6 -7,0% -11,0%
Gastroenterologia 28.733 276.010,2 25.121 267.294,9 -12,6% -3,2%
CPRE 572 33.633,6 542 31.869,6 -5,2% -5,2%
Endoscopias Altas 5.252 58.623,8 5.027 62.490,4 -4,3% 6,6%
Endoscopias Baixas 6.208 56.803,2 6.084 55.567,7 -2,0% -2,2%
Outras (gastro) 16.701 126.949,6 13.468 117.367,2 -19,4% -7,5%
Ginecologia 6.990 28.520,6 6.539 19.675,6 -6,5% -31,0%
Actos Cirurgicos(Ginecologia) 414 1.572,7 373 1.434,5 -9,9% -8,8%
Exames Endoscópicos(Ginecologia) 3.998 19.853,1 3.345 11.506,9 -16,3% -42,0%
Outros (Ginecologia) 2.578 7.094,8 2.821 6.734,2 9,4% -5,1%
Medicina Fisica E Reabilitação 1.176.937 2.171.658,1 1.041.264 1.888.272,2 -11,5% -13,0%
Técnicas Diagnósticas 10.056 70.929,8 3.219 22.292,9 -68,0% -68,6%
Técnicas terapêuticas 1.166.881 2.100.728,3 1.038.045 1.865.979,3 -11,0% -11,2%
Neurologia 12.533 194.003,1 12.965 196.157,2 3,4% 1,1%
EEG 2.569 40.498,4 2.574 41.563,9 0,2% 2,6%
Electromiografia 1.686 23.634,4 1.677 23.606,0 -0,5% -0,1%
Estudo do Sono 642 37.779,6 639 31.397,8 -0,5% -16,9%
Outros (Neurologia) 3.129 44.819,3 2.944 45.980,4 -5,9% 2,6%
Potenciais Evocados (Neurologia) 771 12.021,9 731 11.425,1 -5,2% -5,0%
Ultrassonografia 3.736 35.249,5 4.400 42.184,0 17,8% 19,7%
Obstetrícia 62.229 289.527,7 55.559 263.901,1 -10,7% -8,9%
Cardiotocografias (Obstetricia) 41.920 83.840,0 34.393 68.786,0 -18,0% -18,0%
Ecografias (Obstetricia) 18.249 118.415,1 19.440 128.669,9 6,5% 8,7%
Outros(Obstetricia) 2.060 87.272,6 1.726 66.445,2 -16,2% -23,9%
Oftalmologia 39.686 229.195,5 41.100 244.463,1 3,6% 6,7%
Electrofisiologia 315 5.157,9 340 4.945,8 7,9% -4,1%
Laser 1.907 11.781,3 2.332 14.442,0 22,3% 22,6%
Outros (Oftalmologia) 37.452 209.223,9 38.417 222.295,6 2,6% 6,2%
Terapia fotodinâmica macular 12 3.032,4 11 2.779,7 -8,3% -8,3%
Otorrinolaringologia 32.086 104.632,9 30.608 101.119,0 -4,6% -3,4%
Pneumologia 32.430 115.160,7 27.109 113.360,4 -16,4% -1,6%
Endoscopias (Pneumologia) 909 13.837,6 1.023 16.422,3 12,5% 18,7%
Provas de Função Respiratória 29.898 94.124,1 24.472 90.416,8 -18,1% -3,9%
Técnicas especiais de diagnóstico e tratamento 1.623 7.199,0 1.614 6.521,3 -0,6% -9,4%
Psiquiatria 79.184 286.776,7 71.355 260.133,6 -9,9% -9,3%
Outros (Psiquiatria) 45.533 176.409,2 42.722 159.864,0 -6,2% -9,4%
Procedimentos Psiquiatricos Terapeuticos 33.651 110.367,5 28.633 100.269,6 -14,9% -9,1%
Urologia 11.445 122.989,6 10.154 110.685,1 -11,3% -10,0%
Outros (urologia) 6.383 66.996,7 5.392 58.303,0 -15,5% -13,0%
Urodinâmica 5.062 55.992,9 4.762 52.382,1 -5,9% -6,4%
Outros MCDT 398.909 1.902.519,4 306.368 1.817.284,5 -23,2% -4,5%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 55


5. OUTRAS
ACTIVIDADES

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 56


5.1. Investigação

No Centro de Investigação funcionam actualmente dois gabinetes, sendo um para apoio em estatística e
epidemiologia e outro para apoio aos projectos e investigadores. Nos três anos da sua actividade, o Centro
de Investigação apoiou 180 projectos de investigadores do CHLC,EPE, sendo 26% referentes a teses de
doutoramento ou de mestrado.

Quadro: Apoio do Centro de Investigação a projectos no período 2010-2012 (3 anos).

Projetos Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 TOTAL


Total 44 66 70 180
- Teses de mestrado 5 10 5 20
- Teses de doutoramento 3 14 10 27
- Outros 36 42 55 133

O Centro de Investigação apoia ainda o registo e notificação da investigação no CHLC,EPE, em resposta


ao Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN). Esta resposta é obrigatória e da
responsabilidade dos directores das áreas/especialidades com actividade de I&D (investigação e
desenvolvimento definido no Manual de Frascatti 2002 1). Em cada ano é notificada a actividade de I&D
do ano transacto. Assim, embora o IPCTN11 reporte ao ano de 2011, foi notificado em 2012. Nos últimos
anos, tem havido, no CHLC,EPE, um aumento sustentado do número de Unidades I&D, de
investigadores e de projectos.

Resposta ao Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2011 e evolução da notificação entre 2009
e 2012.

IPCTN08 IPCTN09 IPCTN10 IPCTN11


Polos hospitalares 4a 4a 4a 6b
Unidades I&D ativas 34 34 35 49 (60)c
Unidades I&D com registo de projetos 24 24 26 40
Nº investigadores 163 283 257 531
Nº projectos 72 144 189 308
a
Hospitais de D. Estefânia, S.A. Capuchos, Santa Marta e S. José
b
Hospitais de Curry Cabral, D. Estefânia, S.A. Capuchos, Santa Marta, S. José e Maternidade A. Costa
c
11 Unidades I&D eliminadas, irão integrar outras Unidades I&D do CHLC, EPE

1
Frascati Manual 2002: Proposed Standard Practice for Surveys on Research and Experimental
Development.-
http://www.oecd.org/innovation/inno/frascatimanualproposedstandardpracticeforsurveysonresearchandex
perimentaldevelopment6thedition.htm

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 57


Listagem de 73 projectos desenvolvidos em 2012
Unidade
Investigador Carreira
Título Tipo de estudo Pólo funcional /
principal profissional
Especialidade
Prevalência de onicomicose em doentes com úlcera de Estudo Internato
HSAC Dermatologia Joana Cabete
perna activa e alterações ungueais observacional Médico
Avaliação dos microrganismos isolados nas amostras Estudo
HDE Microbiologia Margarida Pinto Médica
biológicas dos serviços do CHLC em 2011 observacional
Vólvulo intestinal en el período neonatal: 9 años de Estudo Aline Vaz da Internato
HDE Cirurgia
experiencia en un hospital pediátrico terciario observacional Silva Médico
Correlação entre a massa gorda e a comorbilidade da Estudo Laboratório de Internato
HDE Inês Madureira
obesidade. Resultados preliminares. observacional Nutrição Médico
Teste de fiabilidade de escala de avaliação de risco de Estudo Conselho
HSM Edite Diniz Enfermagem
ulceras de pressão em neonatologia observacional Administração
Estudo comparativo da troponina I e t. ultra-sensível no Estudo Maria Graça
HSJ Patologia Clínica Médica
diagnóstico precoce do SCA observacional Gouveia
Transmissão de vírus citomegálico através do leite Estudo Ana Rita
HSAC UCIP 2 Enfermagem
materno nos recém-nascidos prematuros observacional Campos
A influência da rotação no trabalho na satisfação
Estudo
profissional dos enfermeiros no serviço de cirurgia num HSM Cardiotorácica Liliana Dinis Enfermagem
observacional
hospital de Lisboa
Perfil de risco de infecção fúngica invasiva numa Estudo Andreia Internato
HDE UCIN
unidade médico-cirúrgica neonatal observacional Mascarenhas Médico
Is hypocalcemia a predictive factor for adverse skeletal Estudo Internato
HSAC Oncologia Pedro Barata
events in patients with bone metastases? observacional Médico
Melhor nutrir o doente crítico: criação de um protocolo Estudo
HSJ UCIP - CI Daniela Santos Enfermagem
de nutrição entérica e avaliação do mesmo observacional
Estudo "OPORTO": OPtimizing cOronary Risk Estudo Internato
HSM Cardiologia Ruben Ramos
sTratification by cardiac cOmputed tomography observacional Médico
Qual o custo em Portugal de uma infecção hospitalar Estudo Maria Teresa
HDE UCIN Médica
numa UCIN? observacional Neto
Avaliação da qualidade do Serviço da AGF e satisfação Estudo Área Gestão Técnica
HDE Rui Pereira
dos profissionais do CHLC observacional Formação Superior
Revisão de 10 anos da utilização de toracotomia
/toracoscopia no tratamento de empiemas no HDE e
Estudo Anaxore Internato
estudo prospectivo para avaliação da utilização de HDE Pediatria Médica
observacional Casimiro Médico
fibrinólise vs abordagem cirúrgica no tratamento de
empiemas.
Estudo Ana Luísa Internato
Dor fantasma após amputação de membro inferior HSM Anestesiologia
observacional Valente Médico
Estudo prospectivo randomizado para avaliação de
Estudo de Internato
agentes embolizantes na embolização portal pré- HSJ Radiologia Hugo Tinto
intervenção Médico
resseção major hepática
Eficácia da miectomia de Morrow na redução da massa
Estudo de Cirurgia Valdemar
ventricular e melhoria da classe funcional na cirurgia de HSM Médica
intervenção cardiotorácica Gomes
substituição valvular em doentes com estenose aórtica
Perfil de expressão dos membros da família isomerase
Estudo de
dissulfureto (PDI) em diferentes subtipos de melanoma HSAC Dermatologia Alexandre João Médica
intervenção
maligno.
Auditoria ao pedido e fornecimento de hemoderivados Estudo
HDE Auditoria Clínica Luísa Monteiro Médica
pela Farmácia do HDE em 2011 observacional
Quais as intervenções dos Enfermeiros no
Estudo
tratamento/reabilitação das alterações da eliminação HSAC Neurocirurgia João Luis Pêla Enfermagem
observacional
vesical dos doentes com AVC
Associação da adesão ao tratamento da diabetes com a Estudo
HDE Pediatria Médica Carlos Elias Enfermagem
qualidade de vida dos adolescentes observacional
Vigilância epidemiológica de infeção do local cirúrgico Estudo Cirurgia Maria das
HSAC Enfermagem
pós alta hospitalar em cirurgia de ambulatório observacional ambulatória Neves Dinis
Alterações microscópica da córnea na sindrome Estudo Ana Filipa Internato
HSAC Oftalmologia
pseudoexfoliativa observacional Duarte Médico
Apendicite aguda em idade pré-escolar: estudo Estudo Aline Vaz da Internato
HDE Cirurgia
retrospetivo de 5 anos no HDE observacional Silva Médico
Análise da satisfação dos clientes no Gabinete do Estudo
HSM Hemodinâmica Joaquim Lavado Enfermagem
Percurso Integrado do Doente do HSM - Cardiologia observacional
Impacto do internamento no valor da hemoglobina. Estudo Conceição
HSJ Medicina Interna Médica
Repercussões económicas e na qualidade de vida observacional Martins

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 58


Relação entre pressão intra-abdominal e lesão renal Estudo Internato
HSJ Medicina Interna André Borges
aguda no doente crítico observacional Médico
A vascularização do fundo gástrico após laqueação dos Estudo José Guedes da
HSAC Cirurgia Médica
vasos curtos e fundoplicatura. estudo em cobaias observacional Silva
Estudo Guida Maria
One year follow-up of hospitalized patients with bullous HSAC Dermatologia Médica
observacional Santos
Revisão da consulta de dermatologia pediátrica do
Estudo Guida Maria
Hospital de Santo António dos Capuchos - CHLC 2003- HSAC Dermatologia Médica
observacional Santos
2010
Gestão de Comportamentos agressivos e violentos em Estudo
HDE Pedopsiquiatria António Nabais Enfermagem
Psiquiatria da Infância e Adolescência observacional
Diminuição da adiposidade em crianças e adolescentes
Técnica
após intervenção nutricional: evolução ponderal e do Estudo Dietética e
HDE Mónica Dias Diagnóstico
índice de massa corporal comparadas com a da observacional Nutrição
Terapêutica
percentagem de massa gorda.
Avaliação da aplicabilidade e eficácia da Classificação
Internacional de Funcionalidade da Organização
Estudo Centro de Maria do Carmo
Mundial de Saúde, como instrumento de HDE Médica
observacional Desenvolvimento Vale
funcionalidade, em crianças com patologia
desenvolvimental
Symptom clusters in Portuguese advanced cancer Estudo Internato
HSAC Oncologia Pedro Barata
patients: a prospective study observacional Médico
Avaliação Ecográfica da resposta à terapêutica nos Estudo
HSAC Radiologia Luís Vieira Médica
doentes com Artrite Reumatóide inicial observacional
Que papel para o tecido adiposo na obesidade Estudo
HSM Medicina Interna José Cardoso Médica
sarcopénica? observacional
Avaliação por tomografia computorizada da aurícula Estudo
HSM Radiologia Hugo Marques Médica
esquerda e veias pulmonares - contexto anátomo-clínico observacional
Terapêutica inalatória na bronquiolite vírica: soro salino Estudo
HDE Pediatria Médica Mário Coelho Médica
hipertónico (NaCl 3%) vs soro fisiológico (NaCl 0,9%) observacional
Será possível simplificar os scores de estratificação de
Estudo Ana Teresa
risco em doentes com enfarte agudo do miocárdio HSM Cardiologia Médica
observacional Timóteo
submetidos a angioplastia primária?
Incidência de bradicardia fetal com sufentanil intratecal Estudo Catarina Internato
HSAC Anestesiologia
para analgesia de trabalho de parto observacional Esteves Médico
Estudo Internato
Utilização de anestesia regional na prática anestésica HSJ Anestesiologia Vânia Simões
observacional Médico
Estudo Rui Antunes Internato
Pneumonia adquirida na comunidade no CHLC em 2010 HSAC UCIP
observacional Pereira Médico
A prospective, single-center, randomized, double blind,
parallel group, clinical study to evaluate the efficacy and
Estudo de Internato
safety of oral lacosimide vs oral levetiracetam vs oral HSJ Neurocirurgia Lia Pappamikail
intervenção Médico
placebo in convulsive seizure prophylaxis of patients
with CSH
Estudo Internato
Migração de Banda Gástrica HSJ Cirurgia Teresa Oliveira
observacional Médico
Avaliação do efeito da suplementação de colecalciferol
Estudos de Internato
oral em crianças e adolescentes infetados pelo vírus da HDE Pediatria Médica Sara Batalha
intervenção Médico
imunodeficiência humana (VIH)
Efeitos agudos da injecção intracoronária de
Estudo António
célulasmesenquimatosas na microcirculação cardíaca – HSM Cardiologia Médica
observacional Fiarresga
comparação de dois protocolos de expansão celular
Fraccional flow reserve in patients with severe valvular Estudo de Internato
HSM Cardiologia Ruben Ramos
heart disease and concomitant coronary artery disease intervenção Médico
Estudo Internato
Cancro da Mama C-erb-B2 positivo – casuística do CHLC HSAC Oncologia Sónia Oliveira
observacional Médico
Avaliação do Estado Nutricional de Crianças e Estudo Ana Maria Internato
HDE Neurologia
Adolescentes com Paralisia Cerebral observacional Mateus Médico
Práticas de prescrição de nutrição parentérica neonatal Estudo Luís Pereira da
HDE Neonatologia Médica
em portugal observacional Silva
Estudo José Araújo Internato
Projeto SaudAR Projeto Reabilitaçao auditiva HSAC ORL
observacional Martins Médico
Potenciais miogénicos vestibulares evocados oculares Estudo de
HSJ ORL Patrícia Sousa Médica
(oVEMP): valores de referência na população normal intervenção
Cardiografia de Impedância, HTA e disfunção distólica do Estudo Imunohemoterapi Internato
HSJ Rodrigo Leão
VE observacional a Médico

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 59


Potenciais miogénicos vestibulares evocados cervicais Estudo de
HSJ ORL Patrícia Sousa Médica
(cVEMP): valores de referência na população normal intervenção
Angioplastia Primária num centro terciário - 5 anos de Estudo Internato
HSM Cardiologia Ruben Ramos
follow up observacional Médico
Timpanoplastia na criança: revisão de casuistica do Estudo
HDE ORL Inês Mendes Médica
serviço observacional
Estudo das pneumonias em idade pediátrica - Luanda- Estudo José Augusto de
HDE Pediatria Médica Médica
Lisboa observacional Oliveira Santos
Transmissão vertical do vírus da hepatite C - Estudo Estudo Maria Teresa
HDE Neonatologia Médica
multicêntrico observacional Neto
Infeção urinária na criança: da clínica à investigação Estudo Filipa Mestre A. Internato
HDE Ortopedia
imagiológica observacional Dias Médico
Estudo Ana Teresa
Serum uric acid: a forgotten prognostic marker? HSM Cardiologia Médica
observacional Timóteo
biomarcadores renais e a sua utilidade com marcadores
precoces, discriminativos e preditores no aparecimento Estudo Maria Isabel
HSAC Medicina Interna Médica
de insuficiência renalem doentescom cirrose hepática observacional Colaço
alcoólica
Renogram indicators of renal risk on neonatal Estudo Maria Teresa
HDE Neonatologia Médica
hydronephrosis observacional Neto
Estudo Ana Paiva
Modelo Preditivo AVC isquémico agudo HSJ Cerebro Vascular Médica
observacional Nunes
TroponinI and proBNP levels to prospectively assess
Estudo Internato
cardiac function in breast cancer patients treated with HSAC Oncologia Sónia Oliveira
observacional Médico
anthraciclines in adjuvant setting
Medição da massa gorda em crianças e adolescentes
obesos usando as equações de Slaughter baseadas nas Estudo Laboratório de Luís Pereira da
HDE Médica
pregas cutâneas: comparação com as medições por observacional Nutrição Silva
pletosmografia de deslocação de ar.
Inquérito de opinião sobre a qualidade da prática Estudo Internato
HSAC Anestesiologia Miguel Gusmão
anestésica no Centro Hospitalar de Lisboa Central observacional Médico
Verificação da exequibilidade e validação de uma
Estudo Luís Pereira da
Craveira com Miras Laser para medição à distância do HDE Neonatologia Médica
observacional Silva
comprimento de recém-nascidos pré-termo.
Tratamento estatístico de base de dados de síndrome
coronário agudo e doença coronária para preparação de Estudo Ana Teresa
HSM Cardiologia Médica
resumos para Congresso Europeu de Cardiologia. observacional Timóteo
Marcadores prognósticos
Ressonância Magnética Multiparamétrica no Cancro da Estudo Internato
HSJ Radiologia João Lopes Dias
Próstata observacional Médico
Incidência e prognóstico da gravidez e patologia Estudo Internato
HSM Cardiologia André Monteiro
associada em doentes com cardiopatia congénita. observacional Médico
Adaptação à cultura Portuguesa do Questionário SDQ de Estudo
HDE Pedopsiquiatria António Nabais Enfermagem
Follow - up. observacional

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 60


5.2. Ensaios Clínicos

Em 2012, foram realizados os seguintes ensaios clínicos:

Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
"Registo de stent com eluição (everolimus) em países europeus de Estudo Observacional
Cardiologia 4 Dr. Duarte Cacela BSC Portugal Lda
média dimensão." 18-03-2009 Prometeus - Promus
"Estudo multicêntrico, de dupla ocultação e com distribuição
Dr. José Alberto aleatória para avaliar o beneficio clínico e a segurança de Inegy vs. Schering-Plough
Cardiologia 4 IMPROVE _ IT P04103
Oliveira Sinvastatina em monoterapia em doentes de alto risco com síndrome Farma Lda
coronária aguda." 2/12/2009
Dr. Manuel "Avoid delivering therapies for non-sustained arrhythmias in ICD
Cardiologia 4 Medtronic Portugal ADVANCE III
Nogueira Silva patients III." 13-05-2009
Dr. Manuel "Terapia de Ressincronização Cardiaca Guiada por Ecocardiograma Biotronix SE
Cardiologia 4 EchoCRT
Nogueira Silva Investigação Clinica (Echo-CRT) 24-10-2012 &Co.KG
" Monitoring of Syncopes and/or Sustained palpitations of Suspected
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira Sorincardio SYNARR-FLASH
Arrhythmic origin with External Loop-Recorder"
"A prospective, randomized, open-label, parallel-group, active-
controlled, multicenter study exploring the efficacy and safety of
once-active-controlled, multicenter study exploring the efficacy and
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira safety of once daily oral Rivoraxaban compared with that of dose- Bayer Portugal Bay 59-7939/15693
adjusted oral Vitamin K Antagonist for the prevention of
cardiovascular events in subjects with nonvalvular atrial fibrillation
scheduled for Cardioversion" 17-10-2012
"A Randomized, international, multi-center, open label study to
document optimal timing of initiation of dronedarone Treatment
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira after conversion with loading dose of amiodarone in patients with Sanofi-Aventis DRONE-C-03668
persistent Atrial Fibrillation requiring conversion of AF"
6/04/2011
"Avaliação da monitorização à distância de dispositivos cardiacos
Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira Medtronic Portugal PORT LINK
implantaveis com o sistema Carelink" 21-12-2011

"Estudo sobre verbalakalant na prevençao da recorrência de


Cardiologia 4 Dr. Mario Oliveira Quintiles VERNAKALANT
fibrilhação auricular pos-conversão" 18-10-2007

"Double blind placebo controlled dose ranging study of the efficacy


Sanofi-Aventis -
and safety of celivarone at 50, 100 or 300 mg od with amiodarone as
Cardiologia 4 Dr. Pedro Cunha Produtos ALPHEE
calibrator for the prevention of ventricular arrhythmia-triggered ICD
Farmacêuticos, SA.
interventions."

"Avaliação clínica do sistema de endoprótese vascular coronária Sociedade Estudo Observacional


Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira (stent) com eluição de everolimus XIENCES V no tratamento de Espanhola de - Avaliação Clinica
doentes com oclusão coronária crónica." 03-06-2009 Cardiologia HHLP 003 - XIENCE V

Abbott
"Avaliação clinica do sistema stent coronário de eluição de
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira Cardiovascular -
everolimus xience v" 02-01-2008
Systems Inc.
Estudo Observacional
"Avaliação do sistema de Stent coronário revestido com zotarolimus Medtronic Bakken
Resolute
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira endeavor resolute numa população de doentes do "Mundo Real"" Research Center
Intternational -
18-02-2009 B.V.
Endeavor
"Estudo multicêntrico, com dupla ocultação, distribuição aleatória e
controlado com placebo para avaliar a segurança e eficacia de SCH schering
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira 530348 em associação com terapêutica convencional em individuos Corporation / Icon PO4736 - Tracer
com síndrome coronária aguda: antagonista do recptor da Clinical Research
23/07/2008
"Restauração ventrivular percutânea na insuficiência Cardiaca
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira CardioKinetix Inc. PARACHUTE
Cronica devido a doença isquemica cardiaca"

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 61


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
Cardiologia 4 Dr. Rui Ferreira "Um estudo multicentro de farmacovigilância" 6/12/2006 Cordis e-SELECT
"A multi-center, randomized, double-blind, parallel group, active-
controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 Novartis Farma -
Cardiologia 4 Dr. Rui Soares therapy compared to enalapril on morbidity and mortality in patients Produtos CLCZ696B2314
with chronic heart failure with reduced systolic function Farmacêuticos, SA
20/10/2010

"Long-term extension, multi-centre, multi-national study to evaluate


Cardiologia 4 Dr.ª Ana Agapito the ssafety and tolerability of oral Bay 63-2521 in patients with Bayer Portugal SA Patent 2 + Adenda
pulmonary arterial Hypertension (PAH) 6/04/2011

"Randomized, double-blind, placebo-controlled, multicentre, multi-


national study to evaluate the efficacy and safety of oral BAY 63-2521
Cardiologia 4 Dr.ª Ana Agapito Bayer Portugal SA Patent 1
(1 mg, 1,5 mg, 2mg, or 2,5 mg tid) in patients with symptomatic
Pulmonary Arterial Hypertension (PAH)" 06-04-2011

Estudo de extensão aberto de comprimidos de libertação United


Cardiologia 4 Dr.ª Ana Agapito proloangada UT-15C em doentes com hipertensão arterial pulmunar" Therapeutics TDE-PH-304
01-06-2011 Corporation
"Estudo internacional, multicentrico, em dupla ocultação,
Dr.ª Ana aleatorizado, controlado por placebo, de 16 semanas de duração, United
Cardiologia 4 Figueiredo sobre a eficacia e segurança de UT-15C por via oral de comprimidos Therapeutics TDE-PH-308
Agapito de libertação prolongada em doentes com hipertensão arterial Corporation
pulmo 20/10/2010

"RELY_ABLE long term multi-center extension of dabigatran


Dr.ª Ana Teresa treatment in patients with atrial fibrillation who completed the RE-LY Boehringer
Cardiologia 4 RELY_ABLE
Timoteo trial and a cluster randomised trial to assess the effect of knowledge Ingelheim
translation intervention on patient outcomes." 22/04/2009

"A multicenter, randomized, double-blind, assessor-blind, non-


inferiority study comparing the efficacy and safety of once-weekly Sanofi-Aventis -
Dr.ª Ana Teresa EFC 10295 BOREALIS
Cardiologia 4 subcutaneos biotinylated idraparinux with oral adjusted dose Produtos
Timóteo AF - BI 1184.14
warfarin in the prevention of stroke and systemic thromboembolic Farmacêuticos, SA.
23/07/2008

"A randomized, double-blind, triple-dummy trial to compare the


efficacy of otamixaban with unfractionated Heparin + eptifibatide, in Sanofi-Aventis -
Dr.ª Maria de TAO Protocolo EFC
Cardiologia 4 patients with unstable angina/non st segment elevation myocardial Produtos
Lurdes Ferreira 6204
infarction scheduled to undergo na early invasive strate Farmacêuticos, SA.
10/11/2010

"Estudo aleatorizado, em dupla-ocultação, controlado por placebo,


Dr.ª Maria de multicêntrico conduzido pela ocorrência de eventos, para avaliação Jassen-Cilag
Cardiologia 4 RIVAROX ACS3001
Lurdes Ferreira da eficacia e segurança do rivaroxabano em doentes com síndroma Farmacêutica
coronário agudo recente." 22-04-2009

"Um registo observacional, para avaliar a segurança e o desmpenho


do stent coronário NEVO com eluição de sirolimus na prática clínica Estudo Observacional
Cardiologia 4 Dr.Lino Patricio de rotina e para comparar a segurança e o desmpenho do mêsmo Johnson & Johnson Cynergy - Registo
com o stent coronário CYPHER Select plus com eluição de siro Cypher-Nevo
20/10/2010

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 62


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal

"determination of the efficacious and safe dose of ivabradine in


paediatric patients with dilated cardiomyopathy and symptomatic
Cardiologia heart failures aged from 6 months to less than 18 years. A
Dr.ª Fátima Pinto ADIR CL2-16257-090
Pediatrica 4 randomised, doubleblind, multicentre, placebo controlled, phase II/III
dose-finding study with a PK/PD characterisation and a 1 yar
efficacy/safety evaluation" 2/05/2012

"International randomized double-blind study evaluating the efficacy


Sanofi-Aventis -
Cirurgia and the safety of clopidogrel 0,2mg/Kg once daily versus placebo in
Dr. Jose Fragata Produtos Clarinet
Cardiotoracica neonates and infants with cyanotic congenital heart disease palliated
Farmacêuticos, SA.
with a systemic-to-pulmonary artery shunt" 14/06/2007

Cirurgia Dr. José Manuel


"Prefer MVP for elective replacement" 07-05-2008 Medtronic Portugal PREFERMVP
Cardiotoracica Conceição
"A multicenter, randomized, double- blind, comparison study of the
Dr. Carlos Pereira safety and efficacy of a once-daily dose of togecycline versus
Cirurgia Geral 2.6 Wyeth Farma, SA GAR 319
Alves ertapenem for the treatment of foot infections in subjects with
diabetes" 18/10/2007

"Registo de observação global para colecta de dados longitudinais Registo Observacional


Cirurgia Geral 2.6 Dr. Jorge Penedo Paraxel Nederland
sobre pacientes com gist avançado" 05-12-2007 Adenda 23-11-2009 Gist Avançado

"A safety and efficacy trial evaluating the use of apixaban in the
Cirurgia Geral 2.6 Dr.ª Ana Formiga treatment of symptomatic deep vein thrombosis and pulmonary PPD Global Ltd. CV185056
embolism" 29-10-2008

"Ensaio clinico multicêntrico, de dupla ocultação, controlado por


Prof. Dr. Carlos placebo, aleatorizado, para avaliar a eficácia e segurança de Doxium
Cirurgia Geral 2.6 OM Pharma, SA EDX09/01
Pereira Alves 500 três vezes ao dia, em doentes que sofram de insuficiência venosa
crónica (IVC) de classe C3 ou C4 segundo CEAP" 16/03/2011

"Estudo clínico global INPACT para o tratamento de lesões


Dr. João Medtronic Bakken Estudo Observacional
abrangentes da artéria poplitea e/ou femoral superficial com a
Cirurgia Vascular 4 Albuquerque e Research Center IN PACT GLOBAL
utilização do balão de eluição de fármaco IN.PACT Admiral"
Castro B.V. STUDY
12/12/2012

"Registo de dados clínicos (estudo observacional) ENGAGE - Endurant


Dr. João Medtronic Bakken
Stent Graft Natural Selection Global Postmarket Registry (Registo
Cirurgia Vascular 4 Albuquerque e Research Center ENGAGE
pós-comercialização, global e de selecção natural do Endurant Stent
Castro B.V.
Graft) numa população de doentes do "Mundo Real"" 9/12/2009

"A phase III, randomised, double blind, parallel-group study of the


efficacy and safety of oral dabigatran etexilate compared to warfarin
Boehringer
Cirurgia Vascular 4 Dr. Mota Capitao for 6 months treatment of acute symptomatic venous Re-Cover
Ingelheim
thromoembolism, following initial treatment with a parenteral anti
17/01/2007

"A phase III, randomised, multicenter, double blind, parallel-group,


active controlled study to evaluate the efficacy and safety of oral Boehringer
Cirurgia Vascular 4 Dr. Mota Capitao Re-Medy
dabigatran etexilate compared to warfarin for the secondary Ingelheim
prevention of venous thromboembolism 17/01/2007

"Ensaio clinico multicêntrico, de dupla ocultação, controlado por


placebo, aleatorizado, para avaliar a eficacia e segurança de Doxium
Cirurgia Vascular 4 Dr. Mota Capitao OM PHARMA, SA EDX09/01
500 três vezes ao dia, em doentes que sofram de insuficiência venosa
cronica de classe C3 ou C4 segundo CEAP2 1/06/2011

"Estudo de avaliação da eficacia e segurança do infliximab a longo


Dr. Ana Macedo
Dermatologia prazo no tratamento de Psoríase em placas moderada a grave." Schering Plough PO 4563
Ferreira
16-08-2007 adenda 19-03-2010

"um estudo de fase III, multicêntrico, aleatorizado, em dupla


ocultação, controlado por placebo, de grupos paralelos , para
Dr. Ana Macedo
Dermatologia avaliação da eficacia e segurança de 2 doses orais de CP-690,550 e 1 Phizer A3921080
Ferreira
dose subcutânea de Etanercept em doentes com psoriase em placa
26/10/2011

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 63


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 64


"Ensaio aleatório e aberto da segurança e eficácia de Infliximab
Dr. António Pinto
Dermatologia versus metotrexato no tratamento de psoríase moderada a grave." Schering Plough PO 4271
Soares
30-06-2006
Novartis Farma -
Dr. António
Dermatologia CASM981C2306 Produtos CASM981C2306
Soares
Farmacêuticos, SA

"Estudo de fase 3, multicêntrico, aleatorizado, em dupla ocultação,


Dr. Maria Joao controlado por placebo para avaliar a eficacia e a segurança de Jassen-Cilag CNTO-1275-PSO-3006
Dermatologia
Paiva Lopes Ustecinumab no tratamento de doentes adolescentes com Psoriase Farmacêutica CADMUS
em placas moderadas a grave" 06/04/2011

"Impacto dos antagonistas do TNF no perfil lipídico em doentes com


Dermatologia Dr.ª Sara Lestre Laboratorios Pfizer Estudo 0881X1-4624
psoríase em placas moderada a grave." 26-10-2010

"Estudo epidemiológico para avaliação da incidência de condilomas


Sanofi - Pasteur
Dermatologia 7 anogenitais na população que recorre a consultas de Dermatologia HERCOLES
MSD
e/ou de DST em Portugal" 05-09-2012

"Efficacy and safety of eslicarbazepine acetate (BIA 2-093) as therapy


Dor Crónica / Dr.ª Mafalda for patients with post herpetic neuralgia: a double-blind, double- Bial - Portela e
SCO/BIA-2093-207
Anestesiologia Rodrigues dummy, randomised, placebo-controlled, parallel-group, multicentre Companhia SA
clinical trial." 7/05/2008
"Estudo leatório, em dupla-ocultação, controlado por placebo e com
Dor Crónica / Dr.ª Teresa Vaz substância activa do carsbamato no tratamento da dor neuropática Jassen-Cilag
CARISNPP2003
Anestesiologia Pato na neuropatia periférica diabética, seguido de uma fase de extensão Farmacêutica
em ocultação." 2/12/2009
"Efficacy and safety of eslicarbazepine acetate (BIA 2-093) as therapy
Dor Crónica / Dr:ª Graça for patients with painful diabetic neuropathy: a double-blind, double- Bial - Portela e
SCO/BIA-2093-206
Anestesiologia Mesquita dummy, randomised, placebo-controlled, parallel-group, multicentre Companhia SA
clinical trial." 07/05/2008

"Estudo aleatório, em dupla ocultação, controlado por placebo,


multicêntrico para avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade de
Dor Crónica / Dr:ª Graça Jassen-Cilag
JNJ-42160443 como terapêutica adjuvante em doentes com dor 42160443PAI2001
Anestesiologia Mesquita Farmacêutica
oncológica, seguido de uma fase de extensão aberta."
02/12/2009

" A phase III, open label study of once daily BI 201335 240 mg for 24
weeks in combination with pegylated interferon and ribavirin in Boehringer
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas BI 1220,48
patients with genotipo 1 chronic hepatitis C infection who failed a Ingelheim
prior PegIFN/RBV treatment"

" A phase III, randomized, double-blind trial to evaluate the efficacy,


safety and tolerability of TMC435 vs. Telaprevir, both in combination
Jassen-Cilag
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas with PegIFN-2a and ribavirin, in chronic hepatitis C genotype-1 TMC435-HPC-3001
Farmacêutica
infected subjects who were null or partial responders to prior PegIFB
and ribavarin therapy"

" Antiviral effect safety and pharmacokinetics of once daily BI201335


NA in hepatitis C virus genotype 1 infected treatment-naive patients Boehringer
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas BI 1220.5
for 24 weeks as combination therapy with pegylated interferon- 2a Ingelheim
and ribavirin (double-blinded, randomised, placebo 08/01/2009

"A phase III, randomised, double-blind and placebo controlld study of


once daily BI 20135, 240 mg for 12 or 24 Weeks in combination with
Boehringer
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas pegylated interferon and ribavirin in patients with genotype 1 BI 1220.7
Ingelheim
chronic hepatitis C infection who failed a prior PegIFN"
01/06/2011

"A phase III, randomised, double-blind and placebo controlled study


of once daily BI 201335 120mg for 12 or 24 weekes or BI 201335 Boehringer
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas BI 1220,30
240mg for 12 weeks in combinayion with pegylated interferon and Ingelheim
ribavirin in treatment naive patients with genotype 1 chroni

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 65


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal

"a Phase III, randomized, double-blind trial to evaluate the efficacy,


safety and tolerability of tmc 435vs. Telaprevir, both in combination
Jassen-Cilag
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas with PegIFNa-2a and ribavirin, in chronic hepatitis C genotype-1 TMC435-HPC-3001
Farmacêutica
infected subjects who were null or partial responders to prior
PegIFNa and ribavirin therapy" 30-05-2012

"Ensaio observacional, randomizado de entecavir para avaliar os


resultados a longo prazo associados à monoterapia com Bristol Myers
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas REALM-AI463-080
nucleosidos/nucleótidos, em doentes com infecção crónica por VHB" Squibb
18/10/2007

"Estudo clinico de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação,


controlado por placebo para avaliar a eficacia, segurança e
Jassen-Cilag TMC-435-TIDP16-
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas tolerabilidade do TMC435 versus placebo como parte de um regime
Farmacêutica C216
terapeutico incluindo PegIFNa-2a e Ribavirina em doentes infectados
" 16/03/2011

"Estudo clinico do TMC435 de fase III, sem ocultação, em associação


com peginterferão alfa-2a e ribavirina em doentes infectados com o Tibotec TMC435-TIDP16-C213
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas
virus da hepatite C genotipo 1 que participaram no grupo placebo de Pharmaceuticals + Adenda
um estudo de fase II/III do TMC435, ou que receberam

"Estudo de Fase 3 deSegurança e Eficácia de


Boceprevir/Peginterferão Alfa-2a/Ribavirina em doentes com Merck Sharp &
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas MK3034-040/PO7755
infecção crónica porVHC DE Genótipo 1IL28B" 27-06- Dohme, Lda
2012

"Estudo de fase III, aberto, para avaliar a segurança, tolerabilidade e


eficacia da terapêutica tripla com TMC435 mais PegIFNa-2a e
Jassen-Cilag
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas ribavirina em doentes com hepatite C cronica infectados pelo VHC TMC435-TIDP16-C212
Farmacêutica
genotipo 1 que estão co- infectados pelo virus VIH-1"
21/12/2011

"Safety, antiviral effect and pharmacokinetics of BI 207127 in


combination with BI 201335 and with ribavirin for 4 and with or
Boehringer
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas without ribavirin for 24-48 weeks in patients with chronic HCV BI 1241.21
Ingelheim
genotype 1 infection (randomized, open label, phaseII)"
14/06/2010

Estudo clínico de fase Iib,aleatorizado, em dupla ocultação,


controlado por placebo para avaliar a eficácia, tolerância, segurança
Jassen-Cilag TMC 435 - TIDP16-
Gastrenterologia Dr. Filipe Calinas e farmacocinética do TMC435 como parte de um regime terapêutico
Farmacêutica C206
incluindo PegIFNa-2a e Ribavirina em doentes infectados com
16/03/2011

"Estudo Aberto e Multicêntrico para Avaliar o Impacto do


Adalimumab na Qualidade de Vida, Utilização e Custos dos Cuidados
Gastrenterologia Dr. Jaime Ramos AbbVie, Lda M13 - 045
de Saude de Doentes com Colite Ulcerosa num contexto de prática
Clinica Habitual" 12/12/2012

"Estudo clinico multicêntrico, controlado por placebo, com


distribuição aleatória e em ocultação simples para avaliação da Tecnimede -
DIL-UBI-DEX-CLO
Gastrenterologia Dr. Jaime Ramos eficácia e da tolerabilidade da associação de uma emulsão de Sociedade Técnico-
II/2003/003/PT
ubidecarenona, dexpantenol e clorohexidina e de uma pasta de Medicinal SA
cloridrato" 06/11/2009

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 66


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal

"Histological and endoscopic evaluation of remission induced by


Gastrenterologia Dr. Jaime Ramos infliximab in moderately to severely active ulcerative colitis patients" GEDII Herica
19-01-2011

"Validação psicométrica do questionário de satisfação (SPACE) em


Gastrenterologia Dr. Jaime Ramos Abbott P10-789
indivíduos com doença de Crohn"
"Avaliação do impacto de um programa de informação pelos Keypoint -
Dr.ª Maria
Ginecologia ginecologistas, na contracepção hormonal combinada, em Portugal." Consultoria IMAGINE
Filomena Sousa
14-01-2009 Cientifica, Lda
" Estudo de fase 3 com dupla ocultação, multicentrico, aleatorizado,
controlado com placebo, para avaliar a eficacia, segurança e
Dr.ª Aida Botelho
Hematologia tolerabilidade da Anfotericina B lipossomica profilactica para a Gilead Sciences GS-EU-131-0247
de Sousa
prevenção de infecções fungicas invasivas em individuos subm"
16/03/2011

Dr.ª Aida Botelho "A phase 3 clinical study to investigate the prevention of relapse in PRELUDE H6Q-MC-
Hematologia Lilly Portugal
de Sousa lymphoma using dailyenzastaurin" 22-08-2007 JCBJ(b)

"A prospective, randomized trial comparing the efficacy of


Dr.ª Aida Botelho anidulafungin and voriconazole in combination to that of
Hematologia Laboratorios Pfizer A8851009
de Sousa voriconazole alone when used for primary therapy of proven or
probable invasive aspergillosis" 22/10/2008

"A Randomized, Double-Blind, Multicenter Study of Denosumab Amgen


Dr.ª Aida Botelho Protocolo nº
Hematologia Copmpared With Zoledronic in the Treatment of Bone Disease in Biofarmacêutica,
de Sousa 20090482
Subjects with Neely Diagnosed Multiple Myeloma" 28/11/2012 Lda

"Ensaio de fase III, aleatorizado, controlado em dupla ocultação,


comparativo da Eficácia, Segurança e farmacocinética de GP2013 em
Dr.ª Aida Botelho
Hematologia associação com CVP, seguido de terapêutica de manutênção com GP13-301 + Adenda
de Sousa
GP2013 ou MabThera, em doentes com Linfoma Folicular de Estadio
Avançado, sem tratamento Prévio" 15-02-2012

"Ensaio de fase III, multicêntrico, aberto, de nilotinib em doentes


Novartis Farma -
Dr.ª Aida Botelho adultos com leucemia mielóide crónica recém-diagnosticada, CAMN Protocolo
Hematologia Produtos
de Sousa cromossoma de filadélfia e/ou bcr-abl positivo, em fase crónica" 107EIC 01
Farmacêuticos, SA
23/09/2010

"Estudo de fase 2, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado com


Dr.ª Aida Botelho placebo para comparar a combinação de CNTO 328 e velcade versus Jassen-Cilag
Hematologia CO328TO6
de Sousa velcade em monoterapia em doentes com mieloma múltiplo em Farmacêutica
recaida ou refractário" 13-02-2008

"Estudo de fase 3 com SAR302503, multicêntrico, aleatorizado, em


dupla ocultação, com 3 braços, controlado por placebo, em doentes Sanofi - Aventis-
Dr.ª Aida Botelho
Hematologia com Mielofibrose Primária de alto risco ou risco intermédio , Prod. JAKARTA
de Sousa
Mielofibrose Pós policitemia Vera ou Mielofibrose Pós Farmacêuticos
Trombocitemoa Essencial, com Esplenomegalia" 14/03/2012

"A randomised double-blind, placebo-controlled, parallelgroup trial


to evaluate efficacy and safety of tiotropium inhalattion solution
Dr.ª Paula Leiria Boehringer
Imuno-Alergologia delivered via Respimat inhaler once daily in the evening over 48 BI 205,445
Pinto Ingelheim
weeks in children (6 to 11 Years old) with moderate persistent
asthma" 25-07-2012

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 67


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal

"A randomised, double-blind, placebo-controlled, parallelgroup trial


to evaluate efficacy and safety of tiotropium inhalation solution
Dr.ª Paula Leiria Boehringer
Imuno-Alergologia delivered vianRespimat inhaler over 12 weeks as add-on controller BI 205,456
Pinto Ingelheim
therapy on top of usual care in adolescents (12 to 17 years old) with
severe persistent asthma" 18-07-2012

"A long: Na Open-label, mu7lticenter evaluation of the safety,


Imuno- Dr.ª Maria Joao pharmacokinetics, and efficacy of recombinant factor VIII FC Fusion Biogen Idec
997HA301
Hemoterapia Dinis protein in the prevention and treatment of bleeding in previously Hemophilia inc.
treated subjects with severe hemophilia A" 02/11/2011

"Estudo de Segurança, Multicêntrico, Aberto do Telaprevir em


Associação com Perinterferão Alfa e Ribavirina em Doentes co-
Dr. Fernando Jassen-Cilag
Infecciologia 7 infectados com Vírus da Imunodeficiência Humana / Genótipo 1 do VX-950HPC3005
Maltez Farmacêutica
Vírus Hepatite C Crónica com Fibrose Grave ou Cirrose Compensada"
25-07-2012

"Estratégias anti-hipertensoras Peridonpril arginina/Amlodipina


Institut de
versus valsartan / Amlodipina: eficacia e segurança em doentes com
Medicina Interna echerches
Dr. José Rola hipertensão ligeira e moderada. Estudo de 6 meses aleatorizado e CL3-0585-018
1.4 Internationales
em dupla ocultação seguido por um periodo de acompanhamento
Sservier
16/03/2008

"Multicenter, randomized, parallel group efficacy superiority study in


Medicina Interna Dr.ª Fatima MAGALLAN - BAY 59-
hospitalized medically ill patients camparing rivaroxaban with Bayer Portugal, SA
1.4 Lampreia 7939/12839
enoxaparin." 22-10-2008

"Estudo observacional não comparativo de observação que descreve


Medicina Interna Dr.ª Isabel
a duração e os resultados do tratamento em doentes seropositivos BMS REMAIN
1.4 Germano
virgens iniciados em ATV/RTV" 14-03-2012

"400mg QD ne virapine Extended Release formulation in comparison


Dr. Eugénio to 200mg BID ne virapin E immediate release in combination with Boehringer VERVE protocolo
Medicina Interna 2
Teofilo Truvada in antiretroviral therapy naive HIV infected patients" Ingelheim 1100,1486
26-03-2008

"A phase 2b multicenter, randomized, comparative trial of UK-


453,061 versus etravirine in combination with darunavir/ritonavir
Dr. Eugénio
Medicina Interna 2 and a nucleotide/nucleoside reverse transcriptase inhibitor for the Laboratorios Pfizer A5271022
Teofilo
treatment of antiretroviral experienced HIV-1 infected subje
1/07/2009

"BART - Estudo não interventivo, multicêntrico, para avaliar as


Dr. Eugénio barreiras à iniciação do tratamento anti- retroviral em indivíduos GX-EU-164-
Medicina Interna 2 Gilead Sciences
Teofilo com infecção por VIH-1, sem experiência terapêutica prévia." 0413+adenda
02-05-2012
"Ensaio de fase III para demonstrar a actividade anti-retroviral e a
Dr. Eugénio segurança do dolutegravir em doentes adultos imfectados com ViH-1
Medicina Interna 2 PPD Global ING112574
Teofilo com falência terapêutica a um regime contendo inibidor de
integrase" 19/11/2011

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 68


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal

"Ensaio multicêntrico aleatorizado, duplamente cego e comparativo


Dr. Eugénio de Maraviroc+Daruna/Ritonavir para tratamento de doentes
Medicina Interna 2 Phizer / Quintiles A4001095
Teofilo infectados com VIH que não tenham recebido tratamento com
antirretrovirais com VIH-1 CCR5-Trópico" 14/03/2012

Dr. Eugénio "Ensaio multicêntrico, em regime aberto de acesso alargado ao


Medicina Interna 2 Laboratorios Pfizer A4001050
Teofilo Maraviroc" 16-08-2007
"Estudo clinico de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação, de
comparação de TMC278 25 mg por dia versus Efavirenz 600mg por
Dr. Eugénio Jassen-Cilag
Medicina Interna 2 dia, em combinação com um regime de suporte de fumarato de TMC 278 - TIDP6 C209
Teofilo Farmacêutica
Disoproxil Tenofovir e Emtricitabina, em doentes infectados pelo VIH
22/10/2008

"Estudo de fase 3, aleatorizado, em dupla ocultação para avaliar a


segurança e a eficácia de atazanavir potenciado com GS-9350 em
Dr. Eugénio
Medicina Interna 2 comparação com atazanavir potenciado com ritonavir quando Gilead Sciences GS-US-216-0114
Teofilo
administrados com entricitabina/tenofovir disoproxil fumarato em a
22/10/2010
Dr. Eugénio
Medicina Interna 2 "Estudo Observacional A5271038 HIV" 17/02/2010 Laboratorios Pfizer A5271038
Teofilo
"Estudo observacional multicêntrico no ambito da pratica clinica em
Portugal para avaliar eficácia, segurança e custos associados ao
Dr. Eugénio
Medicina Interna 2 tratamento com Maraviroc + terapêutica de base optimizada, em Eurotrials MVC 115647
Teofilo
adultos infectados por VIH-1 que receberam tratamento prévio"
28/03/2012

"Estudo observacional não comparativo de observação que descreve a


Dr. Eugénio
Medicina Interna 2 duração e os resultados do tratamento em doentes seropositivos BMS REMAIN
Teofilo
virgens iniciados em ATV/RTV" 14-03-2012

"Um estudo de fase 3 multicêntrico, aleatorizado, de dupla ocultação


e duplo placebo para avaliar a segurança e eficacia de elvitegravir
Dr. Eugénio
Medicina Interna 2 reforçado com ritonavir (EVG/r) em comparaçao com raltegravir (RAL) Gilead Sciences GS-US-183-0145
Teofilo
quando administrados com uma terapêutica de base e
14/01/2009

Estudo de fase 3b, aleatorizado, aberto, para avaliar a mudança de


regimes compostos por um Inibidor da Protease potenciado com
ritonavir e uma associação de doses fixas de Emtricitabina/Tenofovir
Dr. Eugénio
Medicina Interna 2 para um regime de comprimido único de GS-US-236-0115
Teofilo
Elvitegravir/Cobicistat/Emtricitabina/Tenofovir Disoproxil Fumarato
em doentes infectados com VIH-1 em supressão virológica"
06-06-2012

"A Post-Marketing observacional Study (PMOS) to determine the


Dr.ª Sofia
Medicina Interna 2 effectiveness and patient satisfaction with adalimumab treatment in Abbott OPERA -P12-072
Pinheiro
patients with Rheumatoid Arthritis." 02-05-2012

"A randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel-group study


Novartis Farma -
to determine Whether, in patients with type 2 diabetes at high risk for CSPP100E2337
Medicina Interna 4 Dr. Pedro Silva Produtos
cardiovascular and renal events, aliskiren, on top of conventional Altitude
Farmacêuticos, SA
treatment, reduces cardiovascular and renal mo 7/05/008

"Estratégias anti-hipertensoras Peridonpril arginina/Amlodipina versus


Institut de
valsartan / Amlodipina: eficacia e segurança em doentes com
echerches
Medicina Interna 4 Dr. Pedro Silva hipertensão ligeira e moderada. Estudo de 6 meses aleatorizado e em CL3-0585-018
Internationales
dupla ocultação seguido por um periodo de acompanhamento
Sservier
16/03/2011

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 69


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
"Estudo pan-europeu, aleatorizado, em grupos paralelos, com 2
braços de tratamento, controlado com placebo, duplamente cego e Sanofi-Aventis -
Medicina Interna 4 Dr. Pedro Silva multicêntrico, com Rimonabant 20mg, administrado uma vez por dia, Produtos Eternal
no tratamento de doentes com obesidade abdominal e com dislipid Farmacêuticos, SA.
9/05/2007

"Segurança e tolerabilidade a longo prazo do REWGN727/SAR236553


em doentes de elevado risco cardiovascular com
hipercolesterolemia, não controlada de forma adquada com a
Medicina Interna 4 Dr. Pedro Silva Covance Inc. LTS11717
respectiva terapêutica de modificação de lípidos: um estudo
aleatorizado, em dupla ocultação, controlado por placebo."
16-05-2012

"Estudo de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado com


placebo, com desenho adaptativo para avaliar a eficácia, segurança e
tolerabilidade de uma perfusão única para avaliar a eficácia,
segurança e tolerabilidade de uma perfusão única de MK-3415 Merck Sharp &
Medicina Interna 7 Dr. José Malhado MK3415A-001
(anticorpo momoclonal humano contra a toxina A de clostridium Dohme
difficile), MK-6072 e MK-3415A em doentes com terapêutica
antibiótica para infecção por C. difficile"
27-06-2012

"A Global Comparative observacional Study in Rheumatoid Arthritis Roche


Dr.ª Maria
Medicina Interna 7 (RA) patients who are treated with a TNF inhibitor or Tocilizumab as Farmacêutica MA27950/ACT-ION
Francisca Fontes
the first biologic Therapy" 05-09-2012 Quimica

"MONotherapy Actemra Observation study (MONACO) - a multi- Roche


Dr.ª Maria
Medicina Interna 7 center non-interventional study in rheumatoid arthritis (RA) patients Farmacêutica ML28202/MONACO
Francisca Fontes
treated with tocilizumab (TCZ)" 05-09-2012 Quimica

Prof. Dr. "Estudo observacional prospectivo do uso de Certican na prevenção


Nefrologia 7 Fernando da nefropatia crónica do enxerto em transplantados renais de Novo" Novexem Portugal CRAD001APT03
Nolasco 06-06-2012

Prof. Dr. "Estudo observacional prospectivo do uso de Certican na prevenção


Nefrologia 7 Fernando da nefropatia crónica do enxerto em transplantados renais em Novexem Portugal CRAD001APT03
Nolasco manutenção" 06-06-2012

"Long-term extension of the multinational, double-blind, placbo


Sanofi-Aventis -
Dr. Armando controlled study EFC6049 (HMR1726D/3001) to document the LTS6050 com
Neurologia Produtos
Sena safetyof two doses odf teriflunomide in patients with multiple Teriflunomida
Farmacêuticos, SA.
sclerosis with relapses" 23/07/2008
"Prevenção de eventos cerebrocasculares e cardiovasculares de
Dr. Joaquim M. origem isquémica com o terutroban em doentes com história de CL3-18886-012 -
Neurologia Datamédica
Candido acidente vascular cerebral isquémico ou acidente isquémico Estudo Perform
transitório" 23/05/2006

"Efficacy and safety of BIA 9-1067 in idiopathic Parkinson's disease


Dr. Manuel patients with "wearing-off" phenomenon treated with levodopa plus Bial - Portela e
Neurologia BIA-1067-301
Almeida a dopa decarboxylase inhibitor a double- blind, randomised, placebo Companhia SA
and active-controlled, parallel-group, multicentre" 01/06/2011

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 70


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal

"Estudo multicêntrico, em dupla ocultação e com dupla simulação,


aleatorizado, de controlo positivo, para comparar a eficácia e
Dr. Manuel segurança de lacosamida com carbamazepina de libertação UCB BioSciences
Neurologia SPO993
Manita prolongada, em monoterapia em doentes diagnosticados GmbH
recentemente com epilepsia e com crises epilépticas parciais parciais
ou crises generalizadas tónico-clónicas" 15/02/2012

"A 12 mouth double-blind randomized, multicenter, active-


controlled, parallel-group study comparing the efficacy and safety of Novartis Farma -
Neurologia Dr. Rui Pedrosa 0,5 mg and 1,25 mg fingolimod administered orally once daily versus Produtos CFTY 720D2302E1
interferon b-1a administered i. m. once weekky in patients w Farmacêuticos, SA
23/01/2007

"A single arm, open-label, multicer sudy evaluating the long-term


Novartis Farma -
safety and tolerability of 0,5 mg fingolimod administered orally once
Neurologia Dr. Rui Pedrosa Produtos CFTY 720D2399
daily in patients with relapsing forms of multiple sclerosis"
Farmacêuticos, SA
29/12/2010

"Ensaio clínico de fase III, multicêntrico, aleatorizado, em dupla


ocultação e controlado com placebo do Rebif New Formulation em Merck Serono
Neurologia Dr. Rui Pedrosa REFLEX 27025
individuos com risco elevado de desenvolvimento de esclerose International
múltipla" 11-07-2007 Adenda

"Ensaio clinico de fase III, multicentrico, controlado por placebo,


duplamente cego, aleatorizado, com três braços, para avaliar a
Merck Serono
Neurologia Dr. Rui Pedrosa eficacia do oleo Vigantol como terapêutica add-on em doentes com SOLAR
International
Esclorose Múltiplica Recorrente-Remitente que recebem tratamento
com 44ug 3x/semana de Rebif" 4/04/2012

"Estudo de extensão de fase IIIb, em dupla ocultação, controlado por


placebo, multicêntrico, de grupos paralelos para avaliar a segurança Merck Serono CLARITY EXTENSION
Neurologia Dr. Rui Pedrosa
e tolerância da cladribina administrada por via oral em doentes com International Protocolo 27820-FCI
esclerose múltipla recidivante-remitente (EMRR) 23/07/2008

"Estudo de fase III, multicêntrico, aleatorizado, em grupos paralelos,


com dupla-ocultação, controlado com placebo, para avaliação da
eficacia e segurança de ocrelizumab em adultos com esclerose
Neurologia Dr. Rui Pedrosa PPD Global Ltd. WA25046
múltipla progressiva e Segurança de ocrelizumab em adultos com
esclerose múltipla progressiva primaria"
11-07-2012
"Estudo descritivo de doentes com esclerose multipla em tratamento
Neurologia Dr. Rui Pedrosa BioEpi SNAPSHOT
com Natalizumab" 12-10-2011
"Estudo multinacional, multicêntrico, aleatorizado, em dupla
ocultação, de grupos paralelos e controlado com placebo, para
Teva Pharma Allegro Protocolo MS-
Neurologia Dr. Rui Pedrosa avaliar a segurança, tolerabilidade e eficácia da administração oral
France LAQ-301
diária de 0,6 mg de laquinimod em doentes com esclerose múltipl
07/05/2008

"Extensão ao estudo 27025 (Reflex), em dupla ocultação, para


obtenção de dados de seguimento de longo prazo em doentes com
Merck Serono Reflexion Protocolo
Neurologia Dr. Rui Pedrosa esclerose múltipla clinicamente definida a doentes com um único
International 28981 + Extension
episódio desmielinizante com risco elevado de conversão para EM"
24/02/2010

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 71


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
"O impacto da depressão de base em doentes com esclerose multipla
Neurologia Dr. Rui Pedrosa que iniciaram tratamento com interferão-beta 1a IM(Avonex)" BioEpi IMPRESS
12-12-2011
"Ensaio multicêntrico, prospectivo, aleatorizado e aberto com
endpoint em dupla ocultação para determinar a eficácia do
Dr.ª Ana Instituto Medicina
Neurologia tratamento Trombolitico Endovascular comparativamente ao TO-ACT + Adenda
Vergamota Molecular
tratamento padrão em doentes com trombose dos seios venosos"
14/03/2012

"Estudo de titulação da dose multicêntrico, prospectivo, aberto, não


aleatyorizado e de braço único para investigar a segurança e eficácia
de NT 201 em individuos considerados como necessitando de doses
Dr.ª Luisa
Neurologia corporais totais de 800 unidades de NT 201 durante o estudo para o ICON MZR60201-3053-1
Medeiros
tratamento de espasticidade dos membros superiores e inferiores no
mesmo lado do corpo devido a causas cerebrais"
18/07/2012

"Eficacia e segurança de 3 doses de S 38093 versus placebo em co-


administração com donepezilo em doentes com doença de
Neurologia Dra. Rita Almeida Alzheimer moderada. Estudo de fase Iib de 24 semanas, ADIR CL2 38093-012
internacional, multicêntrico, aleotorizado, em dupla ocultação,
controlado por placebo" 08/11/2012

"Efficacy and safety of eslicarbazepine acetate (BIA 2-093) as


Dr.ª Ana Isabel adjunctive therapy for refractory partial seizures in children: a Bial - Portela e
Neurologia 5 SCO/BIA -2093-305
Dias double-blind, randomised, placebo-controlled, parallel-group, Companhia SA
multicentre clinical trial." 26/03/2008

"Estudo Multicêntrico da Eficacia e segurança do anti-corpo


Dr. Fernando monocolonal humano anti-tnf adalimumab como terapia de
Oftalmologia Abbott M 11 - 327
Pinto Ferreira manutenção em doentes com uveíte intermédia, posterior ou pan-
uveíte, inactiva não infecciosa" 21-01-2011

"Estudo Multicêntrico da Eficacia e segurança do anti-corpo


Dr. Fernando monocolonal humano anti-tnf adalimumab como terapia de
Oftalmologia Abbott M 10 - 877
Pinto Ferreira manutenção em doentes com uveíte intermédia, posterior ou pan-
uveíte, inactiva não infecciosa" 21-01-2011

"Estudo Multicêntrico da Eficacia e segurança do anti-corpo


Dr. Fernando monocolonal humano anti-tnf adalimumab como terapia de
Oftalmologia Abbott M 10 - 880
Pinto Ferreira manutenção em doentes com uveíte intermédia, posterior ou pan-
uveíte, inactiva não infecciosa" 21-01-20

"A phase 1, open-label study of latanoprost acid plasma


Dr. José Pedro da
Oftalmologia concentrations in pediatric and adult glaucoma patients treated with Pfizer A6111139
Silva
latanoprost 0,005%" 16-07-2008

Dr. José Pedro da "Efficacy and safety assessment of LT2345 unpreserved eyedrops Iris Pharma Clinical
Oftalmologia LT2345-PIII12/08
Silva versus xalatan." 09-06-2010 DPT / Lab. THÈA

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 72


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
"Ensaio clinico de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação com
duração de 6 meses, para comparar a eficacia e segurança da
Dr. José Pedro da Protocolo 201051 +
Oftalmologia combinação de dose fixa de gotas oftalmicas de tafluprost 0,0015% e PPD Global
Silva Adenda
timolol 0,5 sem conservantes versus a administração concomit
02-05-2012

"Estudo aleatorizado, multicêntrico, de grupos paralelos para avaliar


Dr. José Pedro da a sensação após aplicação e a segurança de carteolol LA 2% versus Pharma GMBH / #529CARTEOLOL VS
Oftalmologia
Silva timolol LA 0,5% em hipertensão intraocular simples e glaucoma." Bausch & Lomb TIMOLOL
23/01/2008

"Na evaluation of patient reported outcomes and ocular surface


Dr. José Pedro da DUO TRAV APS VS
Oftalmologia health in patients using duo trav APS eye drops solution versus Alcon Cusi SA
Silva XALACOM - C-09- 007
xalacom Eye drops solution." 10-11-2010

"Ensaio de 102 semanas, aberto, multicêntrico, para avaliar a eficácia


Dr. José Pita de macugen na preservação da função visual em indivíduos com
Oftalmologia Laboratorios Pfizer A5751017
Negrão degenerescência macular relacionada com a idade e os beneficios do
tratamento precoce da neovascularização coróideia." 30/06/2006

"Wnsaio de fase IIIb, com 2 anos de duração, aleatorizado, em


Dr. Miguel ocultação simples, multicêntrico, controlado para avaliação de
Oftalmologia Novartis Retain
Marques eficacia e segurança de 0,5mg de ranibizumab em dois algoritmos de
tratamento vs. 0,5 de ranibizumab conforme necessario em doente

"Efficacy and safety of brinzolamide 10 mg/ml/brimonidine 2 mg/ml


eye drops, suspension compared to brinzolamide 10 mg/ml eye
Dr.ª Ana
Oftalmologia drops, suspension plus brimonidine 2 mg/mg eye drops, solution in Alcon Cusi SA C-10-041 + Adenda
Vergamota
patients with open-angle glaucoma or ocular hypertension"
02/11/2011

"Avaliação da eficacia e segurança clínica de T2380 intracamerular


Iris Pharma Clinical
Oftalmologia Dr.Miguel Trigo para anestesia e midriase na cirurgia da catarata por LT2380-PIII-05/10
DPT / Lab. THÈA
facoemulsificação" 24-10-2012

"ML25434- Phase II, open-label study of erlotinib treatment in


patients with locally advanced or metastatic non-small cell lung Roche
Dr.ª Lurdes
Oncologia Médica cancer who present activating mutations in the tyrosine kinase Farmacêutica ML 25434/MUTAR
Batarda
domain of the epidermal growth factor reveptor (MuTAR) Quimica,Lda
16/03/2011

"Ensaio clínico de fase III com vinflunina IV versus um agente


Institut de
alquilante em doentes com cancro da mama metastático,
Oncologia Médica Drª Lígia Costa Recherche Pierre LOOO70 IN 308 BO
previamente tratados ou resistentes a antraciclinas, taxanos,
Fabre
antimetabolitos e alcalóides da vinca" 2/08/2007

"Ensaio clíniico de fase III de vinflunina com Gemcitabina versus


paclitaxel com gemcitabina em doentes com cancro da mama Institut de
LOOO70 IN 303BO
Oncologia Médica Drª Lígia Costa localmente recorrente ou metastático não-operável após Recherche Pierre
Victoria
quimioterapia adjuvante baseada em antraciclina" 02-08- Fabre
2007

"FACT - Monoterapia com anastrozol versus bloqueio máximo de


AstraZeneca -
estrogénio com terapia combinada de anastrozol e fulvestrant: um FACT Protocolo -
Oncologia Médica Drª Lígia Costa Produtos
estudo aberto, randomizado, comparativo, multicêntrico de fase III 9238SW/0001
Farmacêuticos, Lda
em mulheres pós-menopáussicas com cancro da mama e receptores

"Open-Label study of bevacizumab (AVASTIN) plus taxane


Roche
monotherapy or in combination for the first-line treatment of
Oncologia Médica Drª Lígia Costa Farmacêutica MO19391 ATHENA
patients with locally recurrent or metastatic breast cancer" 21-
Quimica,Lda
02-2007

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 73


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
"Randomized Phase II Multinational Trial to Evaluate the Safety of
two chemotherapy plus trastuzumab regimens as adjuvant therapy in
Schering-Plough BACH Protocolo
Oncologia Médica Drª Lígia Costa patients with HER2-positive Sbreast Cancer: Caelyx +
Farma Lda PO5048
cyclophosphamide + trastuzumab (C+C+H) or doxorubicin +
cyclophospham

Dr.ª Margarida "Concentrações inibitorias minimas da daptomicina e da vancomicina


Patologia Clinica DAPTONIC
Pinto para staphylococcus aureus em Portugal" 28-07-2010

"Estudo epidemiológico nacional de susceptibilidade de bactérias


Dr.ª Odete
Patologia Clinica isoladas em doentes com infecção respiratória adquirida no Glaxosmithkline Projecto Viriato
Chandre
comunidade" 24-04-2008

Dr.ª Rita Corte "Avaliação para desenvolvimento de Kit SID da Genómica"


Patologia Clinica Biomérieux -
Real 22-08-2012
"Estudo observacional de registo prospectivo da segurança e padrões Quintiles Sociedade
Dr. Isabel de de uso da darbepoetina alfa em doentes pediatricos com doença Limitada / Amgen
Pediatria Médica 5 Protocolo 20070211
Castro renal crónica na União Europeia, submetidos ou não a diálise." Biofarmacêutica,
14/01/2009 Lda
"Estudo clínico de fase II, aberto para avaliar a segurança,
tolerabilidade e actividade antiviral do tmc125 em crianças e Jassen-Cilag
Pediatria Médica 5 Dr. Lino Rosado TMC125-TIDP35-C213
adolescentes infectados pelo vih-1 e com experiência terapêutica." Farmacêutica
22/10/2008

"Na open-label, multicenter, multiple-dose pharmacokinetic and 48


week safety and efficacy trial of maraviroc in combination with
Pediatria Médica 5 Dr. Lino Rosado optimized background therapy for the treatment of antiretroviral Laboratorios Pfizer A4001031
experienced ccr5 tropic hiv -1 infected children 2-18 yerars"
03/06/2009

"A prospective, open-label study to assess the pharmacokinetics,


safety & efficacy of anidulafungin when used to treat children with
Pediatria Médica 5 Dr. Luis Varandas Laboratorios Pfizer A8851008
invasive candidiasis, including candidemia."
18-02/2009

"12-week, multicenter, double-blind, randomized, placebo-


controlled, parallel group study to investigate the efficacy, Sanofi-Aventis -
Dr. Margarida
Pediatria Médica 5 pharmacodynamic and safety of two doses of alfuzosin in the Produtos ALFACHIN
Abranches
treatment of children and adlescents 2-16 years of age elevated Farmacêuticos, SA.
detrusor lea" 25/10/2007

"A 24 week, randomized, double-blind, placebo controlled,


multicenter study to evaluate the efficacy and safety of 18 MCG of
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso tiotropium inhalation capsules administered by handihaler once-daily Laboratorios Pfizer SPIRIVA A 4471008
plus PRN albuterol (SALBUTAMOL) vs. Placebo plus PRN albutero
7/05/2008

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 74


Investigador
Serviço Título Promotor Referência
Principal
"A 52 weeks, double blind, randomized, placebo-controlled trial
evaluating the rffect of oral BIBF 1120,150 mg twice daily, on annual Boehringer
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso BI1199.34
forced vital capacity decline, in patients with idiopathic pulmonary Ingelheim
fibrosis" 9/11/2011

"A phase IIIb multicenter, 52 week treatment, randomized, blinded,


Novartis Farma -
double dummy, parallel group efficacy study comparing the effect of
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso Produtos CQAB149B149B2348
inhaled indacaterol 150 ug o.d. vs inhaled tiotropium 18 ug o. D. on
Farmacêuticos, SA
lung function, rate of exacerbations and related ou 3/06/2009

"A prospective, multinational multicenter, randomized, double-blind,


double dummy, controled trial comparing the efficacy and safety of
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso Bayer Portugal, SA MAESTRAL
moxifloxacin to that of amoxicillin-clavulanic acid for the treatment
of subjects with acute exacerbations of chronic b 10/12/2008

"A randomised, double-blind, parallel group study to assess the


efficacy and safety of 52 weeks of orally inhaled tiotropium +
Boehringer
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso olodaterol fixed dose combination compared with the individual Tonado BI 1237.5
Ingelheim
components in patients with chronic obstructive pulmonarydisease"
26/10/2011

"Na open-label extension trial of long term safety of oral BIBF 1120 in Boehringer
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso BI 1199.33
patients with Idiopathic Pulmonary Fibrosis" 20/06/2012 Ingelheim

"TO iMprove pulmonary fibrosis with BIBF 1120" 23-07- Boehringer Tomorrow Protocolo
Pneumologia 4 Dr. João Cardoso
2008 Ingelheim BI 1199,30
"Vascular Reconstruction Device and Delivery System." 22-10- SUNRISE REGISTRY
Radiologia Dr. João Reis Codman
2007 adenda 07-01-2010 Potocolo EN07-01
"Efficacy and safety of eraxis/ecalta (anidulafungin) compared to
UCIP 1 Dr. Vitor Lopes cancidas (caspofungin) in patients with candida deep tissue Laboratorios Pfizer A8851022
infection." 13-04-2009

"Estudo de fase 3, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado com


Lilly Corporate
placebo, multicêntrico, com drotrecogina alfa (activada)
UCIP 2 Dr. Rui Moreno Center / Parexel FIK-MC-EVDP
administrada como perfusão contínua de 96 h em doentes adultos
Nederland
com choque séptico." 13-03-2009

"Eficacia e segurança do Silodosin no tratamento dos LUTS em


Dr. Fernando doentes com hiperplasia benigna da próstata: um estudo clinico SIRE - KMD 32313 IT-
Urologia Eurotrials
Calais europeu, de fase IV o Silodosin num estudo de avaliação à escala CL 0376
real" 02-11-2011

" A Randomized, double-blind, factorial, parallel-group, active and


placebo-controlled, multicenter dose-ranging study to evaluate the
efficacy, safety and tolerability of six dose combinations of
Urologia Dr. Vaz Santos Chiltern 178-CL-100 + ADENDA
solifenacin succine and mirabegron compared to mirabegron and
solifenacin succinate monotherapies in the treatment of overactive
bladder" 02-11-2011

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 75


5.3. Formação

Formação Interna: Indicadores Globais

As principais áreas temáticas abordadas nos últimos anos, enquadraram-se nos objectivos estratégicos do
CHLC, EPE e nos critérios de acreditação, tendo incluído prioritariamente as seguintes:

1. Desenvolvimento científico e técnico dos profissionais, tendo em vista a inovação das práticas e
metodologias;
2. Apoio dos projectos de acreditação da qualidade;
3. Formação e actualização dos profissionais em áreas transversais e obrigatórias como as de
controlo de infeção hospitalar; saúde e segurança; saúde, segurança e higiene no trabalho;
4. Desenvolvimento e aprofundamento das competências técnicas, em especial, dos grupos
profissionais dos Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais, por se tratarem dos dois grupos
profissionais sem formação específica de base para o desempenho de funções em instituições
hospitalares;
5. Cuidados de emergência;
6. Formação em gestão do risco e segurança do doente;
7. Apoio na utilização das novas tecnologias e informatização dos processos e circuitos internos.

Quadro: Evolução dos Indicadores Globais de Formação


Indicadores Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Var % 12/11
Total de Ações 332 269 415 54,28
Total de participantes 5.743 5.403 8.080 49,55
Total de horas de monitoria 2.210 1.799,00 2.722,50 51,33
Volume de Formação (Som (2*3)) 39.335 33.710 48.736 44,57
Custos com Formadores 68.086 € 44.007,46 € 89.986,92 € 104,48
Custo médio p/participante (6/2) 12 € 8,12 € 11,14 € 37,19
Custo médio p/ hora monitoria (6/3) 31 € 24,31 € 33,05 € 35,95
Custo médio p/ hora de formação (6/4) 2€ 1,30 € 1,85 € 42,31
Duração média das ações (3/1) 7 6,71 6,56 -2,24

Pode verificar-se que, em 2012, foram realizadas pela AGF, 415 acções de formação (aumento de 54,3%
face a 2011), com um volume formação de 48.736 horas e envolvendo 8.080 participações, o que
considerando o número total de colaboradores do CHLC, EPE (7.590) e os resultados de anos anteriores,
representou um esforço formativo ímpar. Verificou-se igualmente um aumento significativo dos custos
com Formadores em consequência directa do elevado aumento do número de acções de formação
desenvolvidas.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 76


Em 2012, era objectivo estratégico, fundamental para a acreditação de algumas
áreas/especialidades/unidades funcionais, aumentar a formação em cuidados de emergência, certificando
nesta área médicos, enfermeiros, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica,
assistentes técnicos e operacionais em contacto directo com doentes, tendo-se abrangido um total de
1.269 profissionais.

Ainda na área dos cuidados de emergência, recorreu-se a entidade externa para formação de Enfermeiros
em Suporte Imediato de Vida, o que envolveu um custo elevado.

Também com o fecho da urgência do Hospital de Curry Cabral e com a integração dos seus profissionais
na urgência de S. José, houve necessidade de formar Médicos e Enfermeiros (estes últimos no sistema de
Triagem de Prioridades na Urgência), tendo sido formados 78 profissionais.

Existiu também um aumento, embora menos pronunciado, no custo médio por participante e por hora de
formação.

Quanto à duração das nossas acções, 64% teve duração de 4 horas ou menos. Contudo, a duração média
das acções foi de 6 horas.

Os Cursos tiveram a duração de acordo com os seus conteúdos e os objectivos pedagógicos e


organizacionais que se pretendiam atingir. Contudo, considerando os condicionalismos organizacionais e
o contexto, em formação apostou-se em menores cargas horárias.

Continua a persistir a necessidade de efectuar sensibilizações em diferentes temáticas, sendo uma forma
de chegar a um maior número de profissionais e realidades. Estas sessões têm abordagens breves, e
posteriormente, se necessário, dão origem a cursos de segundo nível, para populações alvo.

Tem havido uma aposta numa oferta formativa diversificada, que permita aliar a formação de curta
duração, de sensibilização e apelo à auto formação, à formação de maior duração, sempre que possível
modular e em alternância, com uma componente teórico-prática que promova a reflexão sobre as práticas
profissionais no sentido de as optimizar. Em 2012, desenvolveu-se também projectos adaptados às
necessidades de algumas áreas e/ou unidades, para responder a problemas organizacionais identificados.

Em 2012 houve um aumento de 50% no número total de participantes em formação face a 2011. Assim,
das 8.080 participações, 34% integravam o grupo profissional dos Enfermeiros, 20% dos Assistentes
Operacionais, 15% dos Médicos, 14% dos Assistentes Técnicos e 7% dos Técnicos de Diagnóstico e
Terapêutica.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 77


Quadro: Participantes e Volume de Formação por Grupo Profissional
Ano 2011 Ano 2012 Var % 12/11
Grupos Profissionais N.º % Volume % N.º % Volume % N.º Volume
Participantes Formação Participantes Formação Participantes Formação

Dirigente Superior 4 0,1 16 0 9 0,1 25 0,1 125,00 56,25


Dirigente Intermédio 30 1,1 220 0,7 51 0,6 277,5 0,1 70,00 26,14
Médico 573 10,6 3.693 11 1.229 15 5.113 10 114,49 38,44
Téc. Superior 148 2,7 1.005 3 199 2 1.213 2 34,46 20,65
Téc. Sup. Saúde 12 0,2 88 0,3 52 0,6 255,5 0,5 333,33 190,34
Enfermeiro 1.541 28,6 10.409,50 30,9 2.758 34 19.488 40 78,97 87,21
TDT`s 211 3,9 1.403,50 4,2 592 7 3.335 7 180,57 137,62
Ass. Técnico 945 17,4 7.370,50 21,9 1.093 14 8.503 17 15,66 15,36
Ass. Operacional 1.732 32,1 8.327 24,7 1.634 20 8.287 17 -5,66 -0,49
Outros ** 71 0,8 504,5 1,5 54 0,7 142,5 0,3 -23,94 -71,75
Informático 12 0,2 32,5 0,1 5 0,1 38 0,1 -58,33 16,92
Educador Infância 5 0,1 43,5 0,1 7 0,1 24,5 0,1 40,00 -43,68
Aluno de Enfermagem 4 0,1 4 0 14 0,2 32 0,1 250,00 700,00
Aluno de Medicina 27 0,3 67,5 0,1
Interno 143 1,8 625 1
Externo 94 1,8 412 1,2 154 1,9 1.122 2 63,83 172,33
Estagiário 19 0,4 158,5 0,5 29 0,4 88 0,2 52,63 -44,48
Não consta 2 0 22 0,1 30 0,4 102 0,2 1.400,00 363,64
TOTAL 5.403 100 33.710 100 8.080 100 48.736 100 49,55 44,58

*Inclui os Assistentes e Internos nos dados de 2011.

** Inclui os Alunos de Medicina nos dados de 2011.

Considerando os resultados dos diferentes agrupamentos profissionais, verificou-se um aumento


significativo na participação em formação nos médicos 114%, nos Técnicos Superiores de Saúde 333%,
nos TDT 180%; nos Enfermeiros 79% e nos Assistentes Técnicos de 15%. De forma inversa, verificou-se
um decréscimo nos Assistentes Operacionais de 5% e de 58% nos informáticos.

Os médicos frequentaram em grande número formação em Sistemas Informáticos específicos,


nomeadamente em Programas de Integração (internos), em áreas clinicas e de Emergência e em áreas de
Plano de Emergência.

Os Técnicos Superiores de Saúde aderiram a diversas áreas temáticas.

Os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica frequentaram Suporte Básico de Vida, áreas de Gestão do


Risco, Saúde e Segurança, Prevenção e Controlo da Infeção Hospitalar, Saúde, Segurança e Higiene no
Trabalho. Pode considerar-se ter sido um dos melhores resultados de formação neste agrupamento
profissional nestes últimos anos.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 78


Houve um acréscimo de 63% em participantes externos ao CHLC, EPE.

Analisando o volume de formação, verificou-se em 2012 um aumento de 44% relativamente a 2011.


Como sempre os Enfermeiros são o grupo profissional com maior volume de formação, seguido dos
assistentes técnicos e dos assistentes operacionais.

Os médicos, em 2012, também apresentaram um aumento significativo, sendo considerado um bom


resultado em comparação com anos anteriores.

No volume de formação, verificou-se que nos técnicos superiores de saúde houve um acréscimo de 190%,
nos TDT de 137%, de 87% nos Enfermeiros e de 172% nos formandos externos. Os Educadores de
Infância fizeram mais formação, mas com menos tempo, tendo um decréscimo no volume de formação de
43%.

Em 2012, para além do trabalho necessário para a acreditação de algumas áreas/especialidades/unidades


funcionais de alguns Hospitais, também existiu, em simultâneo, a integração dos Planos de Formação
específicos dos Pólos Hospitalares da MAC e do Curry Cabral.

Não obstante, as fortes restrições orçamentais, organizacionais e estruturais, é de realçar o enorme esforço
formativo que o CHLC, EPE decidiu manter, o que permitiu atingir estes resultados, que são considerados
muito bons.

As diferentes áreas/especialidades/unidades mantêm a dificuldade em disponibilizar os profissionais para


frequentar acções de formação em horário laboral, sendo igualmente baixa a adesão à sua frequência em
regime pós-laboral; a ausência de perspectiva de evolução de carreira mantém-se nas diferentes categorias
profissionais, constituindo estes, alguns dos fatores que exercem impacto negativo no clima e na
motivação dos profissionais e das equipas. Tendo-se, no entanto, adoptado estratégias que procuram
minimizar estes condicionalismos.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 79


Quadro: Acções de Formação por Área Temática
2011 2012 Var % 12/11
Área Temática N.º % N.º % Volume % N.º Ações % N.º % Volume % N.º N.º Volume
Ações Formandos Formação Formandos Formação Ações Formandos Formação
II - Integração Institucional 6 2,2 158 2,9 1.637 4,8 3 0,7 364 4,5 2.147 4,4 -50,0 130,4 31,1
SSHT - Saúde, Segurança e Higiene no 30 11,1 772 14,2 2.174 6,4 17 4,1 487 6,0 1.425 2,9 -43,3 -36,9 -34,5
Trabalho
SS - Saúde e Segurança 53 19,6 1.157 21,4 2.081 6,1 73 17,6 1.386 17,2 2.512 5,2 37,7 19,8 20,7
CE - Cuidados de Emergência 21 7,8 326 6 1.725 5,1 94 22,7 1680 20,8 8.584 17,6 347,6 415,3 397,6
PCIH - Prevenção e Controlo da Infecção 27 10,4 726 13,4 4.349,50 12,8 30 7,2 596 7,4 2.875,00 5,9 11,1 -17,9 -33,9
Hospitalar
GC - Governação Clínica 2 0,7 63 1,2 1.260 3,7 0 0 0 0 0 0,0 -100,0 -100,0 -100,0
GRSD - Gestão do Risco e Segurança do 19 7 443 8,2 2.697,50 8 35 8,4 636 7,9 4.927,50 10,1 84,2 43,6 82,7
Doente
CCSD - Colaboração Cuidados de Saúde 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0 0,0 0,0 0,0
ao Doente
CR - Competências Relacionais 14 5,2 289 5,3 2.699 8 16 3,9 391 4,8 3.642 7,5 14,3 35,3 34,9
CT - Competências Técnicas 13 4,8 199 3,7 4.281 12,6 12 2,9 178 2,2 2.334 4,8 -7,7 -10,6 -45,5
CP - Cuidados Paliativos 2 0,7 61 1,1 621 1,8 3 0,7 45 0,6 1434 2,9 50,0 -26,2 130,9
CC - Cuidados Continuados 7 2,6 163 3 1.328 3,9 6 1,4 166 2,1 1.335 2,7 -14,3 1,8 0,5
TIC - Tecnologias de Informação e 36 13,3 282 5,2 1.548 4,6 43 10,4 516 6,4 2.565 5,3 19,4 83,0 65,7
Comunicação
C - Clínica 24 8,9 498 9,2 3.944 11,6 41 9,9 917 11,3 7.905 16,2 70,8 84,1 100,4
GE - Gestão de Equipas 2 0,7 41 0,8 654 1,9 0 0 0 0 0 0,0 -100,0 -100,0 -100,0
GA - Gestão de Altas 1 0,4 13 0,2 52 0,2 0 0 0 0 0 0,0 -100,0 -100,0 -100,0
G - Gestão 10 3,7 182 3,4 2.070 6,1 20 4,8 307 3,8 3.756 7,7 100,0 68,7 81,4
Q - Qualidade 2 0,7 45 0,8 769 2,3 16 0 164 2,0 2841 5,8 700,0 264,4 269,4
P - Pedagogia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outro 0 0 0 0 0 0 6 1,4 247 3,1 454 0,9 0,0 0,0 0,0
Total 269 100 5.418 100 33.890 100 415 100 8.080 100 48.736 100 54,28 49,13 43,81

80
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Na tabela anterior constata-se que, de 2011 para 2012, as áreas temáticas que tiveram maior número de
acções foram:

• Cuidados de emergência com um acréscimo de 347%, de 21 acções em 2011 para 94 em 2012;


• Clínica, aumento de 70%, de 24 para 41,
• Gestão do risco e segurança do doente, aumento de 84%, de 19 para 35;
• Gestão da qualidade, aumento de 700%, de 2 acções para 16;
• Gestão, aumento de 100% de 10 para 20.

As áreas temáticas com maior índice participativo foram: cuidados de emergência com +20, 8%, saúde e
segurança com +17%, clínica com +11%, gestão do risco e segurança do doente com +8%, prevenção e
controlo da infecção hospitalar +7% e tecnologias da informação e comunicação com +6%.

Na prevenção e controlo da infecção hospitalar, apesar de terem sido realizadas 30 acções em 2012,
verificou-se um decréscimo de formandos de 17% e de 33% em volume de formação. Sendo uma área
crítica torna-se sempre fundamental dinamizar e promover esta temática junto dos diferentes
intervenientes.

Também na temática “competências técnicas” houve decréscimo de 7% em acções, 10% em participantes


e 45% em volume de formação. Houve acréscimos significativos na “qualidade” em número de acções
700%, nº de participantes 264% e volume de formação 269%.

De salientar a área de cuidados de emergência com 1.680 participantes, representando cerca de 21% do
total, a área de saúde e segurança com 1.386 participantes e cerca de 17% do total e a área clínica com
917 participantes e cerca de 11% do total.

Em 2012, a área de “saúde e segurança” foi a área mais investida em número de acções, número de
participantes e diversidade de conteúdos, a seguir aos cuidados de emergência.

Do total de 7.590 colaboradores do CHLC, EPE verificou-se uma taxa de participação global de 106%,
num total de 8.080 participantes, o que se considera um óptimo resultado.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 81


5.4. Sistemas e Tecnologias de Informação

A informatização, com especial enfoque no Processo Clínico Electrónico, tem constituído uma prioridade
estratégica de curto e médio prazo. No ano de 2012, foi dada continuidade a esta estratégia, através da
adopção de um conjunto de medidas transversais a todas as Áreas, permitindo reduzir ou mesmo eliminar
a circulação e consumo de papel, toner e outros produtos, minimizando o risco e contribuindo para
aumentar a segurança dos doentes.

No âmbito da Área de Sistemas e Tecnologias de Informação foram desenvolvidos vários projectos dos
quais merecem destaque os seguintes:

Interligação entre o Processo Clínico (SAM) do CHLC,EPE com Centros de Saúde e Hospitais: Foi feita a
interligação entre os processos clínicos electrónicos do CHLC, EPE e Centros de Saúde/Unidades
Hospitalares, através da plataforma de dados da saúde.

Expansão da prescrição electrónica (SGICM) em Ambulatório: O sistema de prescrição electrónica em


contexto de ambulatório, foi implementado em 2011. Em 2011, conseguiu-se atingir uma percentagem de
receitas electrónica internas de aproximadamente 60%. Em 2012, expandiu-se este sistema a Áreas que
ainda não estavam abrangidas, conseguindo-se informatizar de forma electrónica 80% do total das
receitas.

Expansão do projecto de Virtualização de Servidores: A virtualização não é mais do que a partilha de


recursos físicos de uma máquina (CPU, RAM, Disco Rígido) entre várias máquinas virtuais, ou seja, a
optimização da ocupação de recursos que estejam livres na máquina física. No caso do CHLC,EPE, este
tipo de tecnologia permitiu relevantes poupanças, quer em aquisição de hardware e respectivo suporte,
quer em consumo energético. A virtualização de servidores tem proporcionado maior facilidade de gestão
da infra-estrutura tecnológica, o aumento do número de servidores sem necessidade de alargamento do
data center que se encontra actualmente perto da sua lotação máxima e criou condições para o
provisionamento quase imediato. O CHLC,EPE tem aproximadamente 100 servidores, estando prevista a
continuidade de expansão deste projecto em 2013.

Aumento da capacidade de ligação de rede entre os hospitais do CHLC,EPE: Efectuou-se um upgrade da


ligação entre o data center e as restantes unidades do CHLC,EPE, garantindo uma ligação cuja
velocidade de transmissão é de 1 Gbps, em redundância. Atendendo ao acentuado crescimento do volume
de dados a circular entre os hospitais que constituem o CHLC,EPE, nomeadamente com a entrada em

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 82


produção do sistema PACS, este upgrade proporcionou uma melhoria na resposta às necessidades. Esta
interligação teve em conta a nova estrutura do CHLC,EPE, tendo-se expandido ao Hospital de Curry
Cabral e à Maternidade Dr. Alfredo da Costa.

Expansão do sistema DocBase na Área de Electrocardiografia: Em 2011, deu-se início à informatização da


Unidade de Electrocardiografia através de uma aplicação informática com interface com o SAM/SONHO.
Em 2012, expandiu-se este sistema a outros equipamentos, ainda não contemplados em 2011, permitindo
assim, que todos os relatórios e imagens, sejam armazenados e interligados com o processo clínico do
utente.

Implementação da prescrição electrónica de dietas de doentes: Foi dada continuidade à implementação do


sistema de prescrição electrónica de dietas no HSJ (urgência geral), HDE (internamento) e HSM
(internamento e hospital de dia).

Implementação do sistema Pyxis na Urgência Geral: Implementação de um sistema de cedência


automatizado de medicamentos na Urgência Geral integrado com a Farmácia e prescrição electrónica.
Este sistema, tem permitido uma redução de custos de medicamentos, pois controla o acesso aos
medicamentos mais dispendiosos, através de leitura biométrica.

Anatomia Patológica: Foi implementado um novo sistema informático de Anatomia Patológica no HCC e
feito o upgrade do mesmo sistema no HSJ.

Prescrição de protocolos de quimioterapia: Foi dada continuidade à implementação da prescrição


electrónica dos protocolos de quimioterapia na Oncologia e Hematologia.

Monitorização da prescrição médica (MPM): Desenvolvimento de um sistema de informação de retorno


aos médicos sobre a sua prescrição electrónica de MCDT e de medicamentos, bem como a prescrição
externa.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 83


Unificação das Base de Dados (CHLC, HCC e MAC): Foram iniciados os trabalhos de fusão dos principais
sistemas informáticos do CHLC, com o HCC e com a MAC, em sequência da integração desses hospitais
no CHLC,EPE. O arranque foi efectuado a 4/1/2013.

TBCA – Tableau de Bord para o Conselho de Administração: Em 2012, foi dada continuidade ao
desenvolvimento e expansão desta ferramenta de apoio à decisão, iniciando-se os trabalhos de integração
do HCC e da MAC. Este instrumento de gestão permite ao Conselho de Administração e às Estruturas
Intermédias de Administração conhecer online, em cada uma das suas áreas de informação (Actividade
Clínica, Valorização, Custos, GDH, Indicadores, Recursos Humanos, Consumos e Produção por Médico),
a situação do CHLC, EPE como um todo e de cada uma das áreas/especialidades da sua estrutura
organizacional. Esta informação de gestão permitiu ainda, comparar online o realizado em 2012 com o
previsto e com o período homólogo (2011).

SINAS (Sistema Nacional de Avaliação em Saúde): O Projecto SINAS da responsabilidade da ERS


(Entidade Reguladora da Saúde) em parceria com o consórcio formado pela Siemens e a Joint
Commission International, vem sendo desenvolvido, desde o seu início, em 2009, no CHLC,EPE. O
Projecto SINAS, de âmbito nacional e envolvendo estabelecimentos hospitalares públicos, privados e de
solidariedade social (misericórdias), na fase inicial, abrangeu apenas a especialidade de Ortopedia, tendo
sido posteriormente, extensivo a Obstetrícia, Ginecologia, Pediatria, AVC (Acidente Vascular Cerebral),
EAM (Enfarte Agudo do Miocárdio) e Cirurgia do Ambulatório. Em 2012, o SINAS, decorreu nos 6
hospitais que integram o CHLC,EPE, envolveu 12 diferentes áreas/especialidades (além das 7 referidas,
abrangeu os Cuidados Intensivos, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia do Miocárdio, Cirurgia Vascular e Cirurgia
do Cólon), implicou a consulta e recolha de dados em quase 2500 processos clínicos e envolveu cerca de
50 colaboradores.

Os resultados obtidos pelo CHLC,EPE, que podem ser conhecidos no site da ERS, têm constituído um
estímulo e permitido uma reflexão, para o trabalho que, diariamente, vem sendo realizado bem como para
a adopção e melhoria da prática clínica.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 84


6. RECURSOS
HUMANOS

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 85


A estrutura de recursos humanos do CHLC,EPE tem vindo a sofrer uma redução do número de efectivos
em resultado do processo de integração de especialidades clínicas e da unificação dos diversos serviços de
apoio existentes nas várias unidades hospitalares.

O desenvolvimento desta política tem conduzido também, a uma melhor adequação do perfil dos vários
grupos profissionais e à melhoria contínua da qualidade da prestação de cuidados de saúde que constitui
objectivo essencial de gestão do CHLC,EPE.

O quadro seguinte permite uma visão compreensiva da evolução comparativa, da estrutura de recursos
humanos do CHLC,EPE.

A nova realidade do CHLC,EPE, permitiu que a política de contratação pudesse oferecer maior
estabilidade (taxa de vinculação permanente, aproximadamente, de 91%), usando como critério o mérito
do desempenho.

Como se pode verificar a média de idades tem-se mantido sensivelmente constante, apesar da escassa
renovação de colaboradores, devido à aposentação dos elementos mais velhos.

Sublinhe-se também, a visível diferenciação do nível de escolaridade dos colaboradores com um número
crescente de habilitações literárias a nível de mestrados.

A taxa de rotatividade de 9,7% (em 2011 foi de 6,6%) reforça a ideia de estabilidade dos colaboradores.

A taxa geral de absentismo diminuiu ligeiramente, em 2012, mantendo-se, aproximadamente, dentro dos
valores do sector da saúde, em Portugal.

Os dias de ausência por acidente de trabalho / doença profissional diminuíram de 2011 para 2012,
impondo-se a continuação no desenvolvimento de acções preventivas de acidentes de trabalho que
deverão, a curto prazo, continuar a curva descendente da frequência de sinistros e do impacto dos
mesmos.

Pode-se ainda verificar a diminuição de quase menos 20%, ou seja, cerca de menos 3,5 milhões de euros
face a 2011 do valor pago em trabalho extraordinário (horas extraordinárias e de prevenção) consequência
do processo de reorganização dos serviços.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 86


Quadro: Evolução dos Indicadores de Recursos Humanos

Tipo de
Indicadores 2011 2012
indicadores

Efetivos Total 7.998 7.590


Taxa de Tecnicidade (1) 64,77 64,89
Estrutura Percentagem de Efectivos Inseridos em Corpos Especiais (2) 62,35 62,48
Profissional e
Percentagem de Médicos em Formação (Internos) 29,74 31,52
Orgânica dos
Efectivos Nº de Enfermeiros por Médico 2,33 2,20
Percentagem de Pessoal em Serviços Prestadores de Cuidados 85,65 85,70
Percentagem de Efectivos c/ Contrato p/ tempo indeterminado (ex-nomeados) 55,95 58,84
Vínculos
Percentagem de Efectivos com Contrato individual de trabalho 32,65 33.81
Percentagem de Efectivos Estrangeiros 2,15 1,82
Nacionalidade
Percentagem de Efectivos com Nacionalidade Espanhola 0,51 0,47
Idade Média Global 40,87 41,68
Idade Média dos Médicos (Total) 39,68 39,98
Idade Média dos Médicos (Não Internos) 50,02 50,49
Idade Média dos Enfermeiros 36,41 37,35
Idade e Sexo Percentagem dos Efectivos Totais com mais de 50 anos 25,51 27,91
Percentagem de Médicos com mais de 50 anos 59,91 62,82
Taxa de Emprego Feminino dos Efectivos Totais (%) 74,61 74,48
Taxa de Emprego Feminino do Pessoal Médico (%) 57,67 57,29
Taxa de Emprego Feminino do Pessoal de Enfermagem (%) 84,19 84,09
Nível de Percentagem de Efectivos com Licenciatura ou Superior 47,59 48,52
Escolaridade Percentagem de Efectivos com menos de 9 anos de escolaridade 11,27 10,91
Percentagem de Efectivos (Total) com 40 horas 37,17 38,14
Percentagem de Efectivos (Total) com 42 horas 7,05 4,23
Percentagem de Médicos (Não Internos) com 42 horas 24,03 20,20
Percentagem de Médicos (Não Internos) com 40 horas 15,78 16,88
Percentagem de Enfermeiros com Horário Acrescido 9,79 3,69
Carga Horária
Percentagem de Enfermeiros com 40 horas 35,85 36,60
Percentagem de TSS com Horário Acrescido 2,47 0
Percentagem de TSS com 40 horas 17,28 15,58
Percentagem de TDT com Horário Acrescido 5,51 2,02
Percentagem de TDT com 40 horas 18,07 18,30
Taxa Geral de Absentismo - valores acumulados no ano (%) 7,29 6,98
Absentismo
Taxa de Absentismo por Doença - valores acumulados no ano (%) 3,31 3,36
Horas Extraordinárias Processadas - valores acumulados no ano (€) 17.669.797€ 14.175.250€
Remunerações Variação Homóloga das Horas Extraordinárias Processadas (%) -16,46 -19,78
Processadas Horas de Prevenção Processadas - valores acumulados no ano (€) 3.429.000€ 2.812.031€
Variação Homóloga das Horas de Prevenção Processadas (%) -15,58 -17,99
(1) - Relação entre o número de efectivos com funções técnicas e o restante pessoal
(2) - Médicos, Enfermeiros, TSS e TDT

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 87


6.1. Grupos Profissionais

O total de colaboradores diminuiu 5,1% face ao período homólogo, correspondendo a menos 408
colaboradores.

Quadro: Evolução do número de efetivos por Grupo Profissional

Considerando os vários grupos profissionais verificaram-se reduções acima da média nos grupos
profissionais de dirigentes, enfermeiros e assistentes operacionais, situação explicável pela
operacionalização da nova estrutura organizativa, saídas por concurso para a ARSLVT, mobilidades para
o novo Hospital Beatriz Ângelo, bem como o efeito de aposentações antecipadas sem substituição.

Uma vez que se dispõe de colaboradores a 35h e a 40h importa efectuar a análise de valores padrão, ou
seja, os ETC (1 ETC = 1 efectivo em regime de 35h/semana). Assim, apesar da redução de efectivos de
5,1% entre 2011 e 2012, a capacidade de trabalho disponível (ETC) diminuiu 5,4%, fruto da melhoria dos
processos de trabalho e, também, da restrição de novas admissões que seriam a 40h/semana.

Quadro: Evolução do número de ETC por Grupo Profissional

A análise por grupo profissional permite verificar que houve reduções acima da média nos dirigentes,
técnicos superiores de saúde e assistentes operacionais. Verifica-se, também, variações mínimas
(inferiores a 1%) nos médicos e outros e uma variação positiva de 2,4% nos médicos internos resultado
dos protocolos de ensino com as Instituições Escolares.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 88


6.2. Relação Jurídica de Emprego

Analisando o quadro seguinte verificou-se, no período 2011/2012, que as situações de acumulação


diminuíram em cerca de 32,1%, as situações de Contratos a Termo Resolutivo (CTR) diminuíram cerca
de 6,3%, os Contratos Individuais de Trabalho (CIT) sem termo aumentaram ligeiramente (2,1%),
enquanto que os CIT com termo diminuíram cerca de 40,4% e os colaboradores com o vínculo de
Contrato de Trabalho em Funções Públicas (CTFP) diminuíram cerca de 0,2%.

Quadro: Evolução do número de efetivos por Tipo de Vínculo


Vínculo 2011 2012 ∆% 2011/2012
Acumulação 28 19 -32,1
CTR 542 508 -6,3
Cedência 29 22 -24,1
CIT com Termo 235 140 -40,4
CIT sem Termo 2.376 2.426 2,1
Comissão de Serviço 12 8 -33,3
CTFP 4.475 4.466 -0,2

Com a alteração do quadro legal do CHLC, EPE é normal a alteração dos vários tipos de vínculos
contratuais, verificando-se uma alteração dos vínculos ao de trabalho em funções públicas para vínculos
laborais ao abrigo do Código do Trabalho.

Quadro: Evolução dos Rácios de Vínculo a Termo no Total de Efetivos


Rácios 2011 2012
Contratos com Termo / Total de Efetivos 13,5% 8,6%
N.º contratos com vínculo permanente 6.920 6.941

A percentagem de contratos com termo sobre o total de efectivos, de 2011 para 2012, diminuiu 5p.p. No
período de 2011 para 2012, após os processos sistemáticos de avaliação de desempenho bem como da
aferição dos postos de trabalho indispensáveis à prestação de cuidados de saúde de qualidade, procedeu-
se à alteração do vínculo laboral temporário para definitivo, promovendo a estabilidade organizacional.

6.3. Estrutura Etária

A idade média dos colaboradores aumentou 1 ano no período em análise, situando-se nos 42 anos,
conforme se pode verificar no quadro seguinte.

Este ligeiro aumento é explicável pela reorganização do trabalho e das medidas de contenção de
admissões.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 89


Quadro: Evolução da Média de Idades por Grupo Profissional
Grupo Profissional 2011 2012
Dirigente 51 52
Médico 50 50
Internos 30 29
Enfermeiros 37 37
TDT 41 42
TS Saúde 45 46
Técnico Superior 39 40
Assistente Técnico 41 42
Assistente Operacional 44 45
Outro 45 46
Total 41 42

Abaixo da média estão os médicos internos (uma vez que se tratam de médicos em formação), os
enfermeiros e os técnicos superiores (nos últimos anos têm sido admitidos profissionais jovens).

Na média encontram-se os técnicos de diagnóstico e terapêutica e assistentes técnicos, ligeiramente acima


da média os assistentes operacionais e, acima da média situam-se os técnicos superiores de saúde,
médicos e dirigentes.

6.4. Níveis de Escolaridade

No que concerne à grande diferenciação dos colaboradores do CHLC,EPE, verificou-se, no período


2011/2012, um significativo reforço das habilitações literárias ao nível dos mestrados.

Quadro: Evolução do número de efectivos por Habilitação Literária


Habilitação Literária 2011 2012 ∆% 2011/2012
Doutoramento 13 13 0
Mestrado 75 125 66,7
Licenciatura 3.719 3.545 -4,7
Bacharelato 825 742 -10,1
10-12 Anos Escolaridade 1.657 1.581 -4,6
9 Anos Escolaridade 808 756 -6,4
6 - 8 Anos Escolaridade 467 449 -3,9
4 Anos Escolaridade 424 373 -12
< 4 Anos Escolaridade 11 6 -45,5
Total 7.999 7.590 -5,1

Sublinhe-se que cerca de 58,3% dos colaboradores dispõem de habilitações literárias superiores ao 12.º
ano de escolaridade, relevante para a qualidade científica e técnica necessárias para a melhoria contínua
da prestação de cuidados de saúde diferenciados.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 90


6.5. Absentismo e Mobilidade

Verificou-se que, em 2011 e 2012, o número de saídas é superior ao número de admissões pelo que os
efectivos vêm diminuindo.

Considerando a taxa de rotação de 10% (valor defendido por vários autores como sendo um valor que
gera dinamismo na empresa) verificou-se a existência da rotatividade normal dos médicos internos (com
valores a oscilar entre os 34% e 44%), os dirigentes apresentaram, em ambos os anos, valores de 14%, os
técnicos superiores 13,14% em 2011 e os restantes grupos profissionais apresentaram valores inferiores,
variando entre 3% (enfermeiros) e 6% (médicos e outros).

Em 2012, o valor global médio foi de 9,7% gerando mudança e renovação na organização e em 2011 foi
de 6,6% de rotatividade, facto que permite inferir que a organização entrou num processo de maior
dinamismo.

Quadro: Evolução da Taxa de Rotatividade por Grupo Profissional


ENTRADAS SAIDAS EFETIVOS Taxa de Rotação (%)
Grupo Profissional
2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012
Dirigente 5 3 11 9 56 43 14,29 13,95
Médico 48 141 91 147 1.115 1.084 6,23 13,28
Internos 195 248 125 187 472 499 33,9 43,59
Enfermeiros 58 53 117 244 2.594 2.388 3,37 6,22
TDT 28 39 38 56 725 694 4,55 6,84
TS Saúde 3 5 7 7 81 77 6,17 7,79
Técnico Superior 16 9 20 7 137 140 13,14 5,71
Assist. Técnico 26 37 56 57 848 820 4,83 5,73
Assist. Operacional 59 63 150 155 1.931 1.806 5,41 6,04
Outro 2 2 3 2 39 39 6,41 5,13
Total 440 600 618 871 7.998 7.590 6,61 9,69

O quadro seguinte permite conhecer, no período 2011/2012, o total de dias de ausência ao trabalho (não
tendo sido consideradas as férias) por grupo profissional.

Quadro: Dias de Calendário de Ausência por Grupo Profissional

∆%
Grupo Profissional 2011 2012
2011/2012
Dirigente 447 334 -25,3
Médico 16.347 16.547 1,2

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 91


Internos 13.734 12.813 -6,7
Enfermeiros 56.998 53.933 -5,4
TDT 16.990 14.620 -13,9
TS Saúde 2.047 1.031 -49,6
Técnico Superior 3.015 1.633 -45,8
Assistente Técnico 20.865 17.038 -18,3
Assistente Operacional 59.570 55.738 -6,4
Outro 741 200 -73
Total 190.754 173.887 -8,8
N.º Efectivos 7.998 7.590 -5,1
Rácio faltas per capita 23,9 22,9 -4,2%

A respectiva análise permite verificar que se passou de 24 dias de faltas por colaborador em 2011 para 23
dias per capita, em 2012. Verificou-se uma diminuição dos dias de absentismo em todos os grupos
profissionais, excepto nos médicos, que apresentou um aumento marginal.

O quadro abaixo permite analisar a evolução dos dias de ausência por tipo de falta.

Quadro: Dias de Calendário de Ausência por Motivo

∆%
Motivo 2011 2012
2011/2012
Acidente de Trabalho 16.045 8% 14.169 8% -11,7
Doença 86.596 45% 83.545 48% -3,5
Formação 12.617 7% 10.940 6% -13,3
Maternidade / Paternidade 60.586 32% 49.589 29% -18,2
Outras 14.910 8% 15.644 9% 4,9
Total 190.754 173.887 -8,8

As situações de acidente de trabalho, registaram uma diminuição de cerca de 12%, no período 2011/2012,
em parte, explicadas pelos programas de intervenção da Saúde Ocupacional colocando ênfase na
prevenção. Este valor é mais significativo se pensamos que o número de colaboradores diminuiu 5%, logo
há uma diminuição líquida de 7% que é devida a motivos intrínsecos à Instituição.

As ausências por doença diminuíram 3,5% face a 2011, embora se se considerar o valor da diminuição de
colaboradores, verifica-se um ligeiro aumento. Este é o maior motivo de ausência e registou um aumento
de 3p.p. no seu peso, face a 2011.

As ausências para formação diminuíram 13,3% de 2011 para 2012, o que indicia a manutenção de
temáticas formativas obrigatórias no âmbito do processo de acreditação. O seu peso percentual registou
uma diminuição de 1p.p. face a 2011, pelo que se necessita de incrementar a formação e o
desenvolvimento organizacional.

No que respeita às ausências por maternidade/paternidade verificou-se uma diminuição de 18,2. Estas,
representaram cerca de 29% do total de dias ausência, tendo verificado uma diminuição do seu peso em
3p.p.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 92


O outro tipo de faltas residual diz respeito, nomeadamente a faltas por greve, sendo certo que, 2012 foi
um ano de contestação social, o que explica este valor.

A taxa média de absentismo no sector da saúde foi de 6,9% em 2008, pelo que o CHLC,EPE situou-se, no
período de 2011/2012, no intervalo desse valor de referência conforme se pode verificar no quadro
seguinte.

Quadro: Taxa de absentismo


Grupo Profissional 2011 2012 ∆% 2011/2012
Dirigente 2,4% 2,4% -3,0%
Médico 4,5% 4,7% 3,9%
Internos 8,9% 7,8% -12,0%
Enfermeiros 6,7% 6,9% 2,5%
TDT 7,2% 6,4% -10,4%
TS Saúde 7,7% 4,1% -47,2%
Técnico Superior 6,7% 3,6% -47,2%
Assistente Técnico 7,5% 6,3% -15,8%
Assistente Operacional 9,4% 9,4% -0,3%
Outro 5,8% 1,6% -73,1%
Total 7,3% 7,0% -4,2%

Abaixo da média da taxa de absentismo do CHLC,EPE situaram-se os grupos profissionais dos dirigentes,
médicos, enfermeiros, TDT, técnicos superiores, técnicos superiores de saúde, assistentes técnicos e
outros. Acima da média estiveram os internos e assistentes operacionais.

6.6. Projectos Realizados/Em Curso

A política de Recursos Humanos do CHLC,EPE visa a consolidação de uma nova cultura organizacional
e uma gestão eficiente do capital humano altamente especializado.

A prossecução desta política, tem sido consubstanciada na implementação de projectos de intervenção


organizacional que se mantiveram em curso no ano 2012. Trata-se de projectos orientados para potenciar
a mudança da cultura organizacional, promoção do desenvolvimento de competências, da motivação e do
mérito dos colaboradores.

Com a integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE procedeu-se a uma nova reorganização da Área de
Recursos Humanos, uma vez que a dispersão geográfica entre Unidades Hospitalares, dificulta o processo
de uniformização de procedimentos e o permanente acompanhamento dos colaboradores. Assim,
procedeu-se à centralização da Área de Recursos Humanos, no Hospital de S. José. Para prossecução
desta política, deu-se continuidade aos projectos iniciados anteriormente, tendo havido necessidade de,
em alguns deles, proceder à sua implementação nas novas unidades hospitalares.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 93


Projecto de Melhoria do Sistema de Avaliação do Desempenho (SIADAP)

O Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de Desempenho na Administração Pública, vulgarmente


designado por SIADAP, tem vindo a ser progressivamente aplicado no CHLC,EPE, desde a sua
constituição.

Não obstante a experiência adquirida nos últimos anos, a existência de uma estrutura consolidada e a
aplicação de uma metodologia comum do SIADAP aos quatro hospitais que, até Fevereiro de 2012
constituíam o CHLC,EPE, foi necessário com a publicação do Decreto- Lei n.º 44/2012 de 23 de
Fevereiro, ampliar esses critérios ao HCC e à MAC. Nesse sentido, tendo-se detectado que os hospitais
que foram objecto de integração e fusão no CHLC,EPE, utilizavam diferentes metodologias e distintos
parâmetros de avaliação do desempenho, foi, desde logo, necessário iniciar um novo projecto com vista à
uniformização de procedimentos. Este projecto teve como objectivos:

• Criar a nova estrutura organizacional;


• Garantir o alinhamento dos objectivos estratégicos com os objectivos SIADAP;
• Estabelecer um processo de avaliação SIADAP comum a todos os colaboradores do CHLC,EPE
inseridos nas carreiras de regime geral;
• Uniformizar procedimentos para avaliação e harmonização de avaliações;
• Divulgar essas orientações pelo novo universo de avaliadores;
• Formar novos colaboradores capazes de utilizar as ferramentas informáticas de apoio ao
SIADAP, atendendo a que nos quatro hospitais que constituíam o CHLC,EPE, se utilizava o
PEOPLENET e nos dois novos o GEADAP.

De referir que, não obstante o curto período de tempo para o efeito, atendendo à data de integração do
HCC e da MAC no CHLC,EPE, ainda foi possível implementar todas estas medidas para o ciclo
avaliativo de 2012. Para o efeito, mantiveram-se em funcionamento as duas aplicações informáticas
existentes, uma vez que as mesmas possuem idênticas ferramentas e procedeu-se à respectiva
parametrização de forma a garantir a uniformidade do sistema para o conjunto dos seis hospitais que
passaram a constituir o CHLC,EPE. Desta forma, pese embora todo o processo reorganizativo que ainda
decorre, foi possível manter e até consolidar, a informatização dos procedimentos entre avaliador e
avaliado e a manutenção de avaliação e auto-avaliação online.

O investimento em formação verificou-se essencialmente em contexto de trabalho dos avaliadores, na


afinação do produto informático e na melhoria da informação de controlo de gestão.

De referir que em 2012, tal como no ano anterior, o processo de avaliação, abrangeu todo o universo de
colaboradores das carreiras de regime geral, independentemente do regime contratual subjacente, ou seja,
pessoal contratado em regime de contrato de trabalho em funções públicas e em regime de contrato
individual de trabalho.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 94


Por último, apesar de alguns constrangimentos pontuais, no cumprimento dos procedimentos necessários
à realização da avaliação de desempenho dos trabalhadores, no ano de 2012, nomeadamente no que se
refere à contratualização atempada dos parâmetros de avaliação, objectivos e competências, considera-se
que o processo tem vindo a decorrer com normalidade e aguarda-se que as alterações introduzidas à Lei
n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, nomeadamente a
alteração do ciclo avaliativo para bienal, permitam uma maior consolidação do processo avaliativo e
melhores condições para cumprimento dos prazos por parte de todos os intervenientes.

Projecto de melhoria do recrutamento e selecção (PROMERSE)

O projecto PROMERSE em desenvolvimento desde 2009, está associado à política de selecção e retenção
dos melhores profissionais.

Este projecto tem como principal objectivo alterar as metodologias utilizadas e melhorar os instrumentos
de recrutamento e selecção, visando uma melhor adequação do perfil do candidato às necessidades dos
diversos postos de trabalho a preencher.

Foram criados formulários electrónicos de recrutamento disponíveis no site do CHLC,EPE, introduziram-


se testes científicos e procedeu-se à alteração do guião de entrevista. A introdução da avaliação
psicológica informatizada permitiu seleccionar os candidatos dez vezes mais rapidamente e cinco vezes
com menos custos.

Em 2010, procedeu-se à análise do impacto deste projecto, tendo-se detectado que no prazo de um ano, a
taxa de rotatividade diminui de 119%, em 2008, para 24%, em 2009. Complementarmente, os custos
directos associados ao recrutamento diminuíram 75%.

Em 2012, face à diminuição das necessidades de recrutamento externo, foi implementada uma política de
identificação sistemática das características e competências dos vários postos de trabalho, com ênfase, nos
assistentes técnicos da área do internamento, tendo em vista o recrutamento interno. A adopção desta
estratégia, permite hoje dispor, de entrevistas estruturadas e documentadas que possibilitam a rápida
mobilidade interna dos colaboradores, e a sua adequação às necessidades estruturais (permanentes ou
temporárias).

Esta política centrada nas competências tem permitido também, detectar necessidades de formação dos
colaboradores na adaptação ao novo posto de trabalho e que têm sido ultrapassadas com sucesso, em
articulação com a Área de Formação.

Projecto de melhoria e implementação sistemática de estágios profissionais


(PROLEARN)

A Euroyouth e o CHLC,EPE estabeleceram uma parceria pela qual, em 2012, se acolhem 11 estagiários.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 95


N.º Sector Promotor e País Período de Estágio

1 Recursos Humanos CONFEBASK (Espanha) 26/03/2012 a 08/06/2012

1 Dietética IKASLAN (Espanha) 02/04/2012 a 01/06/2012

1 Técnico de Raio X Concello Ourense (Espanha) 15/10/2012 a 14/12/2012

2 Assistência Operacional IKASLAN (Espanha) 02/04/2012 a 01/06/2012

Fund. Com. Valenciana / Ayuntamiento de 14/05/2012 a 27/07/2012


2 Enfermagem
Ovideo (Espanha) 15/10/2012 a 21/12/2012

2 Higiene Oral EASO (Espanha) 24/09/2012 a 30/11/2012

IMEPE Alcorcon / Concello Ourense 08/10/2012 a 14/12/2012


2 Diagnóstico Clínico
(Espanha) 15/10/2012 a 14/12/2012

Acresce ainda os 20 estagiários do programa de intercâmbio clínico e mais alguns pedidos dispersos entre
Erasmus, IEFP, Citeforma o que totalizou, cerca de 40 pessoas em aprendizagem, que mobilizaram
tutores enriquecendo o próprio CHLC,EPE. Fruto deste dinamismo de 2012, em 2013, o CHLC,EPE foi
convidado para um encontro internacional, onde é solicitado para:

• Participar na reflexão sobre estágios e estagiários/as, através de entrevistas e questionários,


acerca de perfil de trabalho procurado, dificuldades, vantagens e desvantagens, necessidades
formativas, etc;
• Partilhar, em entrevista presencial ou vídeo, as boas práticas e/ou experiências de estágio mais
positivas;
• Participar no encontro internacional a decorrer em Lisboa;
• Apoiar a disseminação do projecto e dos seus resultados (através de páginas, mailing list, redes
sociais, etc.).

Consequentemente, tal participação irá projectar a imagem do CHLC,EPE a nível internacional (por
exemplo, temos solicitações de estudantes de medicina polacos para realizar estágios), alavancar a
diferenciação científica dos nossos colaboradores, promover a sua motivação promovendo a diferenciação
técnica da Instituição.

Projecto de informatização de escalas e horários de trabalho (MAX Pro RH-


SISQUAL)

Durante o ano de 2012, com a integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE, procedeu-se à integração
dos colaboradores destas duas unidades hospitalares, na aplicação MaxProRH, distribuindo-os pelas
Áreas/Especialidades, conforme definido no Regulamento Interno e tendo havido também a necessidade
de uniformizar as regras e procedimentos.

Portal do colaborador – Registo Electrónico de Assiduidade

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 96


O portal do colaborador, passou a disponibilizar, em 2012, via Intranet do CHLC,EPE, a folha de ponto
electrónica. A implementação desta funcionalidade, veio permitir, nomeadamente:

• Diminuir a impressão e circulação de papel entre a Área de Recursos Humanos e as


Áreas/Especialidades;
• Efectuar o registo de assiduidade em qualquer unidade hospitalar;
• Disponibilizar online os registos diários de presença/ausência dos colaboradores.

Durante o ano de 2012, deu-se início à implementação do registo electrónico às Áreas/Serviços de Apoio
e ainda, a algumas Áreas/Especialidades Clínicas. Prevê-se finalizar esta implementação durante o ano de
2013, uma vez que esta implementação requer o levantamento, ajustamento e informatização dos horários
de todos os colaboradores do CHLC,EPE.

Sistema Informatizado de Gestão Documental (SIGESDOC)

Manteve-se em curso o sistema de informatização de gestão documental, o qual está a ser efectuado de
forma faseada tendo, em 2012, sido implementada às restantes estruturas hospitalares.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 97


7. SITUAÇÃO
ECONÓMICA E
FINANCEIRA

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 98


7.1. Controlo Interno e Externo

Procedeu-se, em 2012, à actualização dos sistemas de monitorização e controlo, bem como à


implementação de medidas recomendadas pelas diversas entidades de fiscalização, aprimorando os
procedimentos, tendentes ao seu aperfeiçoamento, na conferência de facturas, processos contabilísticos e
de tesouraria, no sentido de melhorar a efectiva desagregação de funções.

Desta forma, aumentou o nível de reporte interno que disponibiliza informação para a gestão, permitindo
uma melhoria significativa na concretização dos objectivos do CHLC,EPE.

7.2. Gestão Orçamental

O controlo da execução orçamental e, em particular, da despesa pública é um elemento crítico para


garantir o cumprimento das metas orçamentais do Programa de Assistência Económica e Financeira
(PAEF) celebrado com a União Europeia (EU), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco
Central Europeu (BCE). Neste âmbito, o controlo dos pagamentos em atraso (arrears) assume uma
relevância particular, sendo a não acumulação de dívidas vencidas um critério quantitativo permanente de
avaliação do PAEF.

A interrupção de acumulação de dívidas implica a adopção de procedimentos mais estritos e de


emergência visando o controlo dos compromissos assumidos pelas entidades públicas.

Actualmente, o enfoque do controlo da despesa é colocado nos pagamentos. A eficácia do controlo


obriga, no entanto, a que este seja antecipado para o momento da assunção do compromisso, momento a
partir do qual a despesa é incorrida, não havendo alternativa que não seja o pagamento. O princípio
fundamental é o de que a execução orçamental não pode conduzir à acumulação de pagamentos em
atraso. Neste sentido, foi aprovada a Lei n.º 8/2012, de 21 de Fevereiro – Lei dos compromissos e
Pagamentos em Atraso (LCPA).

No sentido de cumprir rigorosamente a Lei n.º 8/2012, o CHLC,EPE, implementou o registo dos
compromissos com efeitos a 1 de Janeiro de 2012.

Deu-se continuidade ao modelo de controlo de gestão e de execução orçamental, através dos cabimentos,
possibilitando uma actuação, em tempo oportuno, face aos desvios verificados.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 99


Com a colaboração activa da Área de Gestão Financeira e Contabilidade (AGFC), foram realizadas
acções de formação, ao nível dos secretariados administrativos (front-office), com o fim de melhorar a
qualidade dos registos e, consequentemente, melhorar e aumentar a facturação a Terceiros.

De salientar o trabalho desenvolvido pela Área de Gestão de Compras, no sentido de se obterem as


melhores condições de aquisição, expressas essencialmente, em rappel, nomeadamente nos Produtos
Farmacêuticos e Consumo Clínico, bem como o trabalho desenvolvido pela AGFC, na obtenção de
descontos financeiros por parte dos fornecedores.

Com a publicação da primeira alteração à Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Orçamento do Estado
para 2012), através da Lei n.º 20/2012, de 14 de Maio, foi inscrita a dotação necessária para o programa
de regularização de dívidas a fornecedores do SNS. O CHLC,EPE, nos pagamentos efectuados, com base
no programa atrás descrito, observou os princípios fixados na Resolução do Conselho de Ministros n.º
44/2012, de 20 de Abril.

Reforçou-se o acompanhamento dos diversos contratos e arrendamento de espaços para exploração


comercial, a fim de obter-se os respectivos influxos em tempo oportuno.

7.3. Tesouraria e Cobranças

A alteração à verba do adiantamento do Contrato Programa de 2012, divulgada através da circular n.º
34/2012/CD, da ACSS, atribuiu ao CHLC,EPE, um valor, com efeitos a Julho, com uma redução mensal,
que veio dificultar o cumprimento das obrigações da instituição. Esta situação contribuiu para o
agravamento da situação financeira e implicou dificuldades acrescidas no processo de renegociação de
prazos e condições de pagamento com os fornecedores, de forma a optimizar os proveitos e obter
descontos financeiros.

Tendo em vista um melhor controlo sobre o pagamento das taxas moderadoras, procedeu-se à
implementação dos equipamentos de “Sistema de Atendimento” (Quiosque Electrónico) nas Consultas
Externas do HSAC e de HDE, deslocando-se os profissionais da Tesouraria aos locais, realizando a
recolha, controlo e registo das receitas, para posterior depósito bancário. Foram dotadas de equipamentos
multibanco, todas as unidades funcionais onde possam ocorrer pagamento de taxas moderadoras.

A AGFC, no decurso de 2012, em conjunto com a Área de Gestão de Sistemas e Tecnologias de


Informação, procedeu à emissão e envio de Notas de Débito aos utentes, onde consta a referência de
multibanco do CHLC,EPE, permitindo o pagamento por parte dos mesmos, com toda a comodidade

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 100


possível. Tem-se verificado uma aderência significativa a esta nova modalidade, tendo a cobrança das
taxas moderadoras aumentado em 62,2%, relativamente a 2011 (dados consolidados).

Em 2013, é esperada a obtenção de um aumento substancial na recuperação de créditos das Companhias


de Seguros com o funcionamento da Plataforma para facturação dos Hospitais às Seguradoras (FHS),
criada através do Despacho n.º 15264/2012, de 28/11, do Senhor Secretário de Estado da Saúde.

O Ministério da Saúde, através da Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS), e a


Associação Portuguesa de Seguradoras (APS) celebraram, em 3 de Junho de 2011, um protocolo de
cooperação referente à facturação e cobrança de encargos com prestações de saúde às seguradoras pelas
entidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Através deste protocolo, foi prevista a
implementação de um sistema informático, cujo objectivo é disciplinar e agilizar o processo de troca de
informações entre entidades do SNS e empresas de seguros, subjacente à facturação de cuidados de saúde
prestados nos hospitais a vítimas de acidentes que estejam abrangidos pela cobertura de um contrato de
seguro de responsabilidade civil automóvel ou de acidentes de trabalho, que deverá focar -se, num
primeiro momento, na fase de pré -contencioso.

Efectuou-se a circularização aos Clientes (Estado e não Estado), permitindo a resolução das divergências
existentes.

7.4. Investimentos

7.4.1. Execução do Programa de Investimentos

O CHLC,EPE, em 2012, aplicou em bens de investimento um valor de 2.806.473,23€. Deste valor, cerca
de 50% foi aplicado em equipamento básico, cerca de 29% em obras destinadas a remodelar e conservar
os edifícios e cerca de 14% em hardware/software informáticos. De realçar que 32% do valor total, foi
aplicado em equipamento médico-cirúrgico.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 101


Gráfico: Distribuição do Investimento de 2012 por rúbrica orçamental

4221 Edificios
6% 4% 4229  O.Construções
6%
4231 E. Medico Cirurgico

8% 4232  E Imagiologia
25%
4233 E Laboratorio
1%
0%
4234  Mob. Hospitalar

9% 4236  E. Hotelatia
4239 Outros
1% 425 Ferram. e utensilios
2%
2% 4261 E. Administrativo
4% 426211  Hardware
426221 Software
32% 429 O.Imob.Corp.

O Investimento, no ano de 2012, foi, à semelhança dos anos anteriores, caracterizado pela remodelação de
equipamento essencial à prática clínica, de forma a permitir uma maior eficiência, qualidade e segurança
na actividade assistencial. De salientar, também, o investimento na área da remodelação e conservação de
edifícios, bem como, na renovação do parque tecnológico na área de sistemas de informação, de forma a
aumentar a eficiência dos procedimentos.

O valor total do investimento de 2012 reflecte os bens adquiridos nesse ano, bem como o que diz respeito
à conclusão de diversos projectos iniciados em anos anteriores, tendo-se procedido à transferência desses
valores da rubrica 44-Imobilizações em curso para a 42-Imobilizações Corpóreas, traduzindo-se numa
redução desta rubrica de 1.412.185,53€.

Quadro: Activo Bruto


Ac tivo B ru t o
R eav aliaç ão / Tran s f erên cias /
Ru b ricas S ald o I n ic ial Au men t o s Alien aç õ es S ald o F in al
Aju s t amen t o s Ab at es
I m o b ilizaçõ es in c o rp ó reas:
Despesas de instalação 162.122,60 0,00 162.122,60
Despesas de inv estigação e desenv olvimento 0,00 0,00 0,00
162.122,60 0,00 0,00 0,00 0,00 162.122,60
I m o b ilizaçõ es co rp ó reas :
Te rrenos e R ecursos Naturais 14.559.087,04 14.559.087,04
Edifícios e outras construções 121.074.948,72 2.098.390,36 19.219,99 123.154.11 9,09
Equipamento básico 115.932.927,17 1.593.961,55 3.267.470,34 11 4.259.418,38
Equipamento de transporte 298.643,32 298.643,32
F erramentas e utensílios 367.570,45 757,93 50.573,47 317.754,91
Equipamento administrativ o 22.673.561,56 394.553,59 339.169,54 22.728.945,61
Ta ras e v asilhame 7.617,18 2.952,52 4.664,66
Outras imobilizações corpóreas 1.563.049,23 179.294,52 44.966,30 1.697.377,45
Imobilizações em curso 1.587.048,00 470.732,88 1.412.185,53 645.595,35
278.064.452,67 0,00 4.737.690,83 0,00 5.136.537,69 277.665.605,81
I n v est im en t o s f in an c eiro s :
Outras aplicações financeiras 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
278.226.575,27 0,00 4.737.690,83 0,00 5.136.537,69 277.827.728,41

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 102


7.4.2. Programas Comunitários e Projectos Co-Financiados

Investimentos com recurso a co-financiamento, já realizados ou em curso:

CANDIDATURAS E PROGRAMAS COMUNITÁRIOS

VALORES
RECEBIDO
DATA S ANOS VALOR VALOR
VALOR FINANC INICI ANTERIOR RECEBIDO RECEBIDO
CANDIDATURA APROVADO APROVADO O ES ANO 2011 ANO 2012
Programa de Rastreio para Identificação Grupos de Risco em Saúde Mental
da Infância e Adolescência: Filhos de Pais com Depressão 60.000,00 € 60.000,00 € 2009 15.000,00 €

OE - ACSS
Criação de Programas para Doentes Mentais Graves no CHLC 310.234,35 € 310.234,35 € 2009 77.558,59 €

OE - ACSS
Certificação dos Serviços Farmacêuticos 225.105,98 € 168.829,49 € 147.737,03 €

OE - ACSS
Sistema Dispensa Automatica Medicamentos Serviço Urgência Hosp. S. José 296.270,33 € 100.000,00 € 2010

OE - ACSS
Ambulatório Farmácia Hospital STº Ant. Capuchos 128.640,00 € 96.480,00 €

OE - ACSS
Ambulatório Farmacia Hospital S. José 128.640,00 € 96.480,00 €

Fundo Social Europeu


Formação para os Profissionais de Saúde 2010 34.436,37 € 106.403,01 €

Fundo Social Europeu


Qualificação dos Profissionais da Administração Pública 2010 12.712,86 € 5.665,16 €

FCT- FUNDAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA


SKIN2-PTDC/SAL-BMA/109886/2009 7.200,00 € 2009 1.440,00 €
NANOTOX-PTDC/CTM/099446/2008 20.850,00 € 2008 4.170,00 €
PIC/IC/82734/2007 10.560,00 € 2009 2.112,00 €
SHOCKALKC-PTDC/SAU-ENB/111941/2009 22.800,00 € 2009 4.560,00 €

TOTAIS 1.210.300,66 € 832.023,84 € 92.558,59 € 207.168,26 € 112.068,17 €

7.5. Análise Económica

A partir de 1 de Março de 2012, o CHLC, EPE passou a integrar o Hospital de Curry Cabral e a
Maternidade Dr. Alfredo da Costa, através do Decreto-lei 44/2012 de 23 de Fevereiro. Os dados
económico financeiros apresentados, são consolidados de forma a permitir a comparação homóloga.

Neste capítulo, procede-se à análise das contas de exploração, consolidadas, do período de 1 de Janeiro a
31 de Dezembro de 2012, avaliando o desempenho económico e alguns indicadores referentes à estrutura
financeira.

No decorrer do exercício foram efectuadas as especializações de todos os custos e proveitos, onde se


destaca a especialização mensal das Férias, Subsídio de Férias e Encargos Sociais, de acordo com o
estipulado no ponto 1 do art.º 21.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, que aprovou o OE para
2012, a estimativa do valor a facturar relativa ao Contrato Programa e Subsistemas, com base na
produção efectiva, convergência fixa e variável, os juros de aplicações financeiras e outros acréscimos de
custos e proveitos expectáveis.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 103


Quadro: Orçamento Económico (valores em euros)
Valores em euros

Orçamento Económico 2011 2012 Homólogo %


Proveitos e Ganhos Operacionais 421.596.960 382.898.607 - 38.698.353 -9%
Custos e perdas Operacionais 476.596.280 433.543.867 - 43.052.413 -9%
Resultados Operacionais - 54.999.320 - 50.645.260 4.354.060 -8%
-
Proveitos e Ganhos Financeiros 818.294 3.193.350 2.375.056 290%
Custos e Perdas Financeiras 1.638.589 1.513.802 - 124.787 -8%
Resultados Financeiros - 820.295 1.679.548 2.499.843 -305%
-
Proveitos e Ganhos Extraordinários 10.088.852 15.875.896 5.787.044 57%
Custos e Perdas Extraordinários 11.725.766 12.532.434 806.668 7%
Resultados Extraordinários - 1.636.914 3.343.462 4.980.376 -304%
-
Imposto s/ rendimento - 33.023 33.023 #DIV/0!
Resultado Liquido do Exercício - 57.504.563 - 45.655.273 11.849.290 -21%
EBITDA - 35.859.697 - 34.106.656 1.753.041 -5%
Resultados Económicos - Consolidado

Não obstante os esforços associados ao continuado programa de diferenciação técnica e assistencial, o


CHLC,EPE encerrou o exercício com um resultado líquido superior ao previsto em 52,2%, em virtude de
ter cumprido o estipulado na Circular Normativa n.º 15/2013 da ACSS, como resultado do acórdão do
Tribunal Constitucional 187/2013, que obrigou ao reconhecimento do subsídio de férias aos trabalhadores
a quem o mesmo tinha sido retirado. No entanto, relativamente ao período homólogo verificou-se um
decréscimo de 21%.

A degradação homóloga (-7,1%) nos Proveitos e Ganhos Operacionais deveu-se a um conjunto de


alterações conjunturais, decididas superiormente e não imputáveis ou controláveis pelo CHLC,EPE, bem
como da redução generalizada da actividade assistencial clínica. De salientar, a nova redução de 8% nos
preços das linhas de produção do contrato programa de 2012, no que concerne ao Internamento,
Urgência, Hospital de Dia e GDH de Ambulatório e de 28% nos preços da Consulta, que agrava o já
referido sub-financiamento no que respeita à actividade de internamento.

Verificou-se uma oscilação, nas rubricas de custos, de -43.052.413€ nos custos operacionais, de -
124.787€ nos custos financeiros e de 806.668€ nos custos extraordinários. Na rubrica de custos
financeiros encontram-se contabilizados os juros da divida ao Fundo Apoio ao Sistemas de Pagamentos
do SNS no montante de 1.333.660,81€.

No geral, relativamente ao Plano de Desempenho, os proveitos tiveram uma oscilação de 0,2% e os custos
sofreram um aumento de 3,8%. Em comparação com 2011, os proveitos diminuíram 7,1% e os custos
diminuíram 8,6%.

7.5.1. Proveitos

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 104


A diminuição verificada na prestação de serviços tem como causa as alterações dos preços pagos no
âmbito do Contrato-Programa, sobre os quais, o CHLC,EPE não tem qualquer capacidade de intervenção,
acrescida da diminuição da actividade, como consequência da abertura do novo hospital de Loures e da
reorganização da área de influência.

Quadro: Proveitos (valores em euros)

Proveitos 2011 2012 Homólogo %


Prestações de Serviços 378.331.382 355.484.319 - 22.847.063 -6,04%
Subsistemas e outras entidades 17.562.838 16.777.807 -785.031 -4,47%
SNS 360.768.544 338.706.512 -22.062.032 -6,12%
Proveitos Suplementares 1.248.307 1.446.956 198.649 15,91%
Transf. e Subsidios correntes obtidos 27.457.343 10.227.690 -17.229.653 -62,75%
Outros Proveitos Operacionais 14.559.434 15.724.090 1.164.656 8,00%
Proveitos e Ganhos Operacionais 421.596.466 382.883.055 -38.713.411 -9,18%
Proveitos e Ganhos Financeiros 818.294 3.193.350 2.375.056 290,24%
Proveitos e Ganhos Extraordinários 10.088.852 15.875.896 5.787.044 57,36%
Total de Proveitos 432.503.612 401.952.301 -30.551.311 -7,06%

Proveitos - Consolidado

Parte do valor inscrito nesta rubrica, foi estimado com base na casuística da produção e no histórico da
Instituição. Contribuíram para esta situação os seguintes pontos:

• Estimativa do valor remanescente a facturar à ACSS com base no Contrato-Programa de 2012


realizado entre a Tutela e a Instituição (negociado anualmente) onde estão inscritas a produção
que a Instituição se comprometeu a cumprir, a Convergência Fixa para compensar as obrigações
no contexto do SNS e a Convergência Variável em 70% do valor contratualizado que será
atribuído à Instituição conforme o cumprimento de objectivos de qualidade e eficiência fixados
pela ARSLVT.
• Taxas Moderadoras em dívida;
• Estimativas dos Programas Específicos previstos no Contrato Programa que ainda não tiveram
lugar a facturação: Incentivos à Transplantação e Colheita de Órgãos, Assistência Médica no
Estrangeiro, Planos de Saúde (Doentes do HIV), Ajudas Técnicas;
• Estimativa dos valores por facturar aos Subsistemas e outras entidades, com base na produção e
nos preços em vigor, referentes na sua maioria aos meses de Novembro e Dezembro.
• Estimativa dos MCDT realizados na Área de Hemodinâmica.

Numa análise mais detalhada da rubrica de prestações de serviços, representativa de 88,44% do total dos
proveitos, destaca-se o peso da actividade de internamento (45,58%).

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 105


Quadro: Prestações de Serviços em 2012 (valores em euros e consolidados)

Prestações de Serviços 2012 Peso%

Internamento 162.046.955 45,58%


Consulta 95.122.013 26,76%
Urgência 28.648.342 8,06%
Hospital de Dia 4.036.728 1,14%
GDH Ambulatório 31.878.757 8,97%
MCDT's 3.252.770 0,92%
Taxas Moderadoras 5.392.274 1,52%
Programas Verticais 7.841.122 2,21%
Plano de Convergência 17.247.466 4,85%
Outras Prestações de Serviço 17.891 0,01%
TOTAL 355.484.319 100%
Prestações de Serviços - Consolidado

Numa análise mais detalhada da rubrica de prestações de serviços, representativa de 88,4% do total dos
proveitos, destaca-se o peso da actividade de internamento (45,6%).

A rubrica Outros Proveitos Operacionais registou um aumento, relativamente ao período homólogo de


8%, essencialmente por alterações contabilísticas.

A rubrica Proveitos e Ganhos Financeiros, apresentou um aumento significativo, 290,2%, face ao período
homólogo, essencialmente derivado aos créditos cedidos pelos fornecedores, ao abrigo do acordo da
Apifarma com a ACSS. No que concerne ao previsto no Plano de Desempenho verificou-se uma ligeira
descida de 3,3%.

A rubrica Proveitos e Ganhos Extraordinários registou um aumento de 422,5% relativamente ao Plano de


Desempenho e de 57,4% face ao período homólogo, tendo contribuído para este resultado a anulação das
dívidas entre os hospitais que agora constituem o CHLC,EPE (CHLC/HCC/MAC).

Com o reconhecimento dos proveitos quando obtidos ou incorridos no ano a que dizem respeito,
respeitando, desta forma, o princípio contabilístico da especialização, existem cada vez menos valores
registados nesta rubrica.

7.5.2. Custos

Os custos, apesar do esforço significativo no controlo da despesa, registaram um aumento de 3,8%


relativamente ao Plano de Desempenho e uma diminuição de 8,7% face ao período homólogo, tendo
contribuído para este resultado a alteração aos custos, na sequência da Circular Normativa n.º 15/22013
da ACSS.

De salientar a diminuição contínua do recurso a MCDT ao exterior, o que se traduziu numa diminuição de
21,4% na rubrica de subcontratos, face ao período homólogo e de 3,1% relativamente ao previsto.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 106


Quadro: Custos (valores em euros)
Valores em euros

Custos 2011 2012 Homólogo %

Materias de Consumo 169.282.935 145.969.860 - 23.313.075 -13,8%


Subcontratos 8.357.948 6.573.167 - 1.784.781 -21,4%
Fornecimentos e Serviços 54.137.765 50.508.657 - 3.629.108 -6,7%
Trnasferencias Correntes Concedidas 12.942 1.817
Custos com Pessoal 225.425.489 211.420.709 - 14.004.780 -6,2%
Outros Custos Operacionais 239.577 228.185 - 11.392 -4,8%
Amortizações do Exercício 17.801.144 15.697.147 - 2.103.997 -11,8%
Provisões do Exercício 1.338.479 2.363.657 1.025.178 76,6%
Custas e Perdas Operacionais 476.596.279 432.763.199 - 43.833.080 -9,2%
Custas e Perdas Financeiras 1.638.589 1.513.802 - 124.787 -7,6%
Custos e Perdas Extraordinárias 11.725.766 13.132.434 1.406.668 12,0%
Total dos Custos 489.960.634 447.409.435 -42.551.199 -8,7%
-
-
Evolução dos Custos - Consolidado

7.5.2.1. CMVMC

Na sua globalidade o valor desta rubrica apresentou um decréscimo de 6,5% face ao previsto no Plano de
Desempenho e 12,4% relativamente ao período homólogo, resultado de uma política de rigor na
contratação e no acompanhamento mensal dos consumos.

Quadro: CMVMC (valores em euros)


Valores em euros

CMVMC 2011 2012 Homólogo %

Produtos Farmacêuticos 123.141.597 106.352.703 - 16.788.894 -13,6%


Material de Consumo Clínico 43.860.266 37.752.675 - 6.107.591 -13,9%
Produtos Alimentares 29.669 22.145 - 7.524 -25,4%
Material de Consumo Hoteleiro 678.884 612.272 - 66.613 -9,8%
Material de Consumo Administrativo 1.029.627 894.806 - 134.821 -13,1%
Material de Manut. e Conservação 540.941 334.992 - 205.949 -38,1%
Outro Material de Consumo 1.951 268 - 1.684 -86,3%
Total dos Custos 169.282.935 145.969.860 - 23.313.075 -13,8%

Evolução dos Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumíveis-Consolidado

A rubrica de Produtos Farmacêuticos representou 73% do valor total dos CMVMC, seguida do Consumo
Clínico com 26% ficando 1% do valor distribuído pelas restantes rubricas.

Gráfico: CMVMC em 2011

CMVMC
1%
Produtos
Farmacêuticos

26%

Material de
Consumo
Clínico

73%
Outros
Consumos

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 107


Compras

O CHLC,EPE registou uma diminuição do valor total das compras de 11,5% (-19M€) face ao período
homólogo e de 10,8% (-17,7M€) face ao previsto.

Estas reduções foram devidas, em grande parte, aos descontos obtidos pelo CHLC,EPE, por via do acordo
celebrado entre os Ministérios da Saúde e a Indústria Farmacêutica (Protocolo APIFARMA) que permitiu
uma redução de 12,7M€ e por via dos protocolos celebrados com algumas empresas fornecedoras de
medicamentos que possibilitou uma redução de 4,9M€.

Para as reduções, contribuiu ainda, a redução dos preços unitários de alguns bens com impacto financeiro.

Quadro: Compras - valores consolidados (valores em euros)

Rúbrica 2011 2012 Var 12/11


3161
Medicamentos 111.079.119 98.410.802 -12,7M€ -11,4%
1
3161
Reagentes e Produtos Diagnóstico Rápido 10.165.440 8.868.522 -1,3M€ -12,8%
2
3161
Outros Produtos Farmacêuticos 171.357 154.956 -0,02M€ -9,6%
9
3162 Consumo Clínico 41.485.381 36.820.426 -4,7M€ -11,2%
3163 Produtos Alimentares 28.487 22.197 -0,01M€ -22,1%
3164 Consumo Hoteleiro 686.431 607.831 -0,1M€ -11,5%
3165 Consumo Administrativo 949.931 881.396 -0,1M€ -7,2%
3166 Material de Manutenção e Conservação 598.387 392.594 -0,2M€ -34,4%
3169 Outro Material de Consumo 2.730 1.288 -0,001M€ -52,8%
Total 165.167.263 146.160.011 -19M€ -11,5%

Medicamentos

O consumo de medicamentos registou um decréscimo, face ao período homólogo de 13,1% (-14,8M€) e


de 14,1% (-16M€) face ao previsto.

O CHLC,EPE apresentou, em 2012, um aumento da despesa com os medicamentos cedidos para


utilização em ambulatório de cerca de 3% (2.028.418,99€) tendo o aumento do número de doentes
tratados sido de 1%.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 108


Medicamentos cedidos
50,000,000
40,000,000
2012
30,000,000
2011
20,000,000
10,000,000
0
CHLC_4 HCC MAC

Como se referiu, o CHLC,EPE integrou em Março a MAC e o HCC que possuem perfis de consumo e
ordem de grandeza de medicamentos completamente distintos.

O peso relativo da despesa com medicamentos cedidos em relação ao consumo total de medicamentos
varia conforme as unidades hospitalares.

Peso relativo dos med. cedidos no total do


consumo de medicamentos %

CHLC_4
HCC
MAC

A MAC apresenta consumos da ordem de um milhão de euros, com uma diminuição de 19%, em relação
ao período homólogo. Na MAC, os medicamentos cedidos para utilização em ambulatório apresentaram
um decréscimo de 38%. Os medicamentos cedidos pela farmácia hospitalar representaram 6,5% do total
de consumos e destinaram-se ao tratamento da patologia oncológica e de VIH em grávidas seguidas na
MAC.

Este decréscimo nos consumos foi-se revelando de forma consistente ao longo do período em análise.

O HCC apresenta um perfil de consumos semelhante ao do restante Centro Hospitalar, com especial
enfoque na dispensa de medicamentos para utilização em ambulatório, nomeadamente para tratamento de
doentes transplantados renais e hepáticos, insuficientes renais crónicos e VIH.

Os consumos desta unidade apresentam uma diminuição de 3,3% em relação ao período homólogo. Os
medicamentos cedidos pela farmácia hospitalar para utilização em ambulatório representaram cerca de
78% do valor total de consumos de medicamentos, com uma variação de 0,1% face ao período homólogo.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 109


80,000,000
70,000,000
60,000,000
50,000,000 2012
40,000,000
2011
30,000,000
20,000,000
10,000,000
0
CHLC_4 HCC MAC

As patologias responsáveis por 80% dos encargos com medicamentos são, conforme o gráfico o HIV, a
patologia oncológica, a artrite reumatóide e outras da mesma legislação e a esclerose múltipla:

HIV

Patologia Oncológica

Outras Patologias

Artrite Reumatóide

Esclerose Múltipla

Prof. Rej. Aguda Transp. Renal


Alog.

A artrite reumatóide e outras da mesma legislação, no período em análise, sofreu uma variação de 1,3%.
Os encargos com doentes do CHLC,EPE apresentaram um aumento de cerca de 1,8%.

2012 2011
Medicamentos biológicos ( artrite reumatóide e
outras) Dezembro Var.
nº doentes Valor nº doentes Valor
Enc. %
Privada 148 1.049.826,50 126 1.053.724,33 -0,37%
CHLC 408 4.228.173,16 419 4.155.345,14 1,75%
Total 556 5.277.999,66 545 5.209.069,47 1,32%

O número de doentes externos tem vindo a aumentar fruto da integração do HCC no Centro Hospitalar.

Analisando a despesa em medicamentos por grupo fármaco-terapêutico, a distribuição confirma o perfil


descrito acima com os anti-infecciosos, onde se incluem os anti-retrovirais a liderarem a despesa:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 110


Consumos por Grupo Fármaco-Terapêutico

Medicamentos anti-infecciosos

Medicamentos antineoplásicos e imunomoduladores

Sangue

Correctivos da volémia e das alterações electrolíticas

Aparelho cardiovascular

O perfil de consumos de medicamentos do CHLC,EPE tem vindo a manter-se com a dispensa de


medicamentos para utilização em ambulatório a representar de ano para ano, um peso relativo superior
em relação à despesa total com medicamentos. Esta tendência agravou–se com a inclusão do HCC no
CHLC,EPE.

Material de Consumo Clínico

Os encargos com consumo clínico do CHLC,EPE ascenderam, em 2012, a 37,75M€, sendo as rubricas de
maior relevância financeira as que se referem ao material de tratamento (39%) e próteses (27%).

Consumos por Família do Material de Consumo Clínico

8% 3% 13%
6%
21 Material de Penso

22 Artigos Cirúrgicos

23 Material de Tratamento

24 Material de Electromedicina

25 Material de Laboratório

27% 26 Próteses

27 Material de Osteosíntese
39%
2% 29 Outro Mat. de Consumo Clínico
2%

O valor do material de consumo clínico registou em 2012, um incremento de 4% (1,5M€) face ao previsto
e um decréscimo de 13,9%, (-6,1M€) face ao realizado em período homólogo. Para tal, contribuíram, com
grande peso, o encerramento da Urgência do HCC em Dezembro de 2011 (com a consequente repartição
da área de referência deste pelo CHLC,EPE e pelo CHLN,EPE), o encerramento da Unidade de
Cardiologia do HCC em Fevereiro de 2012, a visível redução da actividade clínica no geral, com especial

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 111


enfoque nas urgências e no internamento, bem como a redução dos preços unitários de alguns bens de
Cardiologia, Oftalmologia e Neuroradiologia, fruto de negociações.

7.5.2.2. Fornecimento e Serviços Externos

Na despesa com Subcontratos verificou-se uma diminuição, face ao previsto, de 3,1% e uma diminuição
de 21,4%, face ao período homólogo, tendo sido desenvolvidos todos os esforços no sentido de reduzir os
encargos na execução de exames no exterior. De salientar, o facto de oportunamente ter sido adquirido
equipamento de imagem que contribuiu para esta diminuição.

Em todas as áreas foram desenvolvidos todos os esforços para se alcançar a redução da despesa na
execução de exames ao exterior, proporcionando a diminuição de custos verificada.

A conta Fornecimentos e Serviços (6.2.2.) registou um aumento de 7,5% em relação ao previsto e um


decréscimo de 6,7% relativamente ao período homólogo. Apesar dos aumentos significativos da taxa do
IVA, contribuíram, também, para este resultado, a política de controlo de custos imposta na instituição,
bem como a negociação de preços com os fornecedores, nomeadamente nas rubricas de alimentação,
higiene e limpeza e segurança.

Se por um lado, a aquisição de equipamentos, em anos anteriores, levou a um acréscimo nos contratos de
assistência técnica, contribuindo para o aumento dos custos nesta rubrica, por outro lado, o desgaste e a
antiguidade de muitos equipamentos obrigam a custos de manutenção elevados, não obstante se ter
verificado um aumento de 1% relativamente ao previsto e uma diminuição de 16,7% no que concerne ao
período homólogo, fruto da renegociação de preços com os fornecedores.

FSE

Subcontratos
12%

Fornecimentos e
serviços
88%

7.5.2.3. Custos com Pessoal

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 112


Esta rubrica registou, face ao previsto, um aumento de 8,8% e, face ao período homólogo, uma
diminuição de 6,2%.

Quadro: Custos com Pessoal (valores em euros)


Valores em euros

Custos com Pessoal 2011 2012 Homólogo %

Remuneração Orgãos Directivos 844.401 493.343 - 351.059 -41,6%


Remuneração de Pessoal 189.365.147 178.247.806 - 11.117.342 -5,9%
Remuneração Base do Pessoal 130.122.074 125.689.039 - 4.433.035 -3,4%
Suplementos 45.442.274 40.443.621 - 4.998.654 -11,0%
Outras Remunerações 13.800.799 12.115.146 - 1.685.653 -12,2%
Pensões 2.555.030 547.628 - 2.007.403 -78,6%
Encargos sobre remunerações 30.794.943 30.435.337 - 359.606 -1,2%
Outros custos com Pessoal 1.865.967 1.696.596 - 169.371 -9,1%

Total dos Custos 225.425.489 211.420.709 -14.004.780 -6,2%

Custos com pessoal - Consolidado

No que concerne aos Órgãos Directivos, a diminuição de custos em 41,6% deveu-se à redução, a partir de
Março de 2012, da estrutura directiva com a fusão resultante da integração do HCC e da MAC no
CHLC,EPE, à aplicação das regras remuneratórias decorrentes da aplicação do OE de 2012 e à cessação
de funções de um Vogal Executivo do Conselho de Administração, a partir de 1 de Agosto de 2012, não
tendo sido substituído.

A despesa com Remunerações Base do Pessoal registou uma diminuição face ao ano anterior de cerca de
3,4%. Este resultado deveu-se a factores internos (diminuição do número de efectivos, consequência do
número de aposentações, em particular de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais - a sua
substituição foi muito reduzida, devido ao constrangimento orçamental e à reorganização dos processos
de trabalho) e a factores externos, como a continuação da redução remuneratória dos colaboradores
decorrente da aplicação do OE de 2012.

A rúbrica Suplementos registou uma diminuição de 10,4% face ao ano anterior, para a qual terá
contribuído o programa de cirurgias adicionais.

A rúbrica Pensões registou uma redução de 78,6% tendo por base o disposto no artigo 159.º do OE, que
transferiu a responsabilidade dos encargos com o pagamento das pensões relativas aos aposentados que
haviam passado a subscritores da CGA, nos termos do Decreto-Lei n.º 301/79, de 18 de Agosto, para a
Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, os quais representavam a maioria dos pensionistas aposentados
a cargo do CHLC,EPE.

Os custos com Trabalho Extraordinário, registaram uma redução de 19,2%, devida ao cumprimento das
reduções remuneratórias previstas no OE e das medidas de gestão implementadas, designadamente, a
constituição de equipas fixas de médicos na urgência geral e unidades de cuidados intensivos e a
reorganização de horários de alguns grupos profissionais, as quais permitiram, também, no global, do
CHLC,EPE uma redução de 6,2% no número de horas de trabalho extraordinário.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 113


No período entre 2011/2012, o CHLC,EPE reduziu, em cerca de 4 milhões de euros, os custos de trabalho
extraordinário.

Quadro: Custos com Horas Extraordinárias por Grupo Profissional (valores em euros)
Grupo Profissional 2011 2012 ∆ % 2011/12
Médicos 17.845.798 14.127.198 -20,8%
Enfermeiros 1.376.822 1.451.605 5,4%
TDT 415.498 281.884 -32,2%
Assistentes Técnicos 101.910 65.003 -36,2%
Assistentes Operacionais 834.507 547.844 -34,4%
Total Horas Extraordinárias 20.911.732 16.883.021 -19,3%

De salientar, quanto ao grupo profissional dos médicos, no período 2011/2012, foram reduzidos cerca de
3,7 milhões de euros fruto do encerramento da urgência do HCC, da implementação das equipas fixas de
médicos na urgência, da reorganização dos horários, bem como da redução remuneratória do OE.

No grupo profissional de enfermagem, há um aumento de 5,53% em custos de trabalho extraordinário no


período de 2011/2012, uma vez que se viveu um período transitório e, houve que fazer face a um grande
número de saídas para a ARSLVT.

Nos grupos profissionais assistentes técnicos, assistentes operacionais e TDT, deve salientar-se a redução
média de 34% em custos de trabalho extraordinário, face ao ano anterior, fruto também da reorganização
dos horários, da reorganização dos serviços e fruto da aplicação do OE para 2012.

7.5.2.4. Amortizações

As amortizações foram calculadas mensalmente na Aplicação do Inventário e integradas na aplicação de


Contabilidade. Relativamente ao período homólogo verificou-se uma diminuição de 11,8%.

7.5.2.5. Provisões

Foi reduzida a provisão para clientes de cobrança duvidosa, sendo que houve um aumento da provisão
para depreciação de existências e para outros riscos e encargos.

Por recomendação inscrita no despacho de aprovação do Relatório de Gestão e Contas relativa ao


exercício de 2009, no ponto II) da alínea d) e do Fiscal Único, foi também constituída provisão para uma
entidade responsável por um subsistema de saúde pública que não reconhece um conjunto de facturas de
antiguidade elevada, cujo montante foi provisionado em 75%, totalizando um valor de 894m€.

Estas situações traduziram-se num aumento de 76,6% referente ao período homólogo.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 114


7.5.2.6. Custos e Perdas Financeiras

Esta rubrica registou um aumento de 5,8% face ao previsto e uma diminuição de 7,6% na comparação
com o período homólogo, devido à diminuição de juros suportados referentes ao FASP.

7.5.2.7. Custos e Perdas Extraordinárias

Nesta rubrica foram registados os custos relativos a situações ocorridas em anos anteriores que não
estavam contabilizados nem estimados. Esta rubrica foi influenciada pela anulação de facturas inter
hospitais, em virtude da fusão do HCC e MAC com o CHLC,EPE.

Seguindo as recomendações inscritas no ponto III) da alínea d) do despacho dos Secretários de Estado do
Tesouro e Finanças e da Saúde, que aprova o Relatório e Contas de 2009, foi feita a correcção de duas
tipologias de custos, por não serem decorrentes da actividade normal da entidade.

De acordo com a legislação em vigor, o CHLC,EPE dispensa medicamentos em ambulatório a doentes


externos à sua actividade, tendo sido efectuada a correcção da rubrica 61611-Medicamentos por
contrapartida da 698-Outros Custos e Perdas Extraordinários.

Esta correcção aumentou os custos na rubrica 698-Outros Custos e Perdas Extraordinárias em


760.495,18€.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 115


Quadro: Demonstração de Resultados (valores consolidados)

Valores Consolidados Real 2011 Real 2012 Prev 2012 2012 / 2011 2012 / PD

Proveitos
711 - Vendas 494 15.552 3049,8 %
712 - Prestações de Serviços 378.331.382 355.484.319 366.693.338 -6,0 % -3,1 %
72 - Impostos
73 - Proveitos Suplementares 1.248.307 1.446.956 1.454.387 15,9 % -0,5 %
74 - Transferências Correntes Obtidas 27.457.343 10.227.690 10.262.612 -62,8 % -0,3 %
75 - Trabalhos para a própria instituição
76 - Outros proveitos operacionais 14.559.434 15.724.090 16.372.459 8,0 % -4,0 %
78 - Proveitos e Ganhos Financeiros 818.294 3.193.350 3.301.932 290,2 % -3,3 %
79 - Proveitos e Ganhos Extraordinários 10.088.852 15.875.896 3.038.161 57,4 % 422,5 %
Total dos Proveitos 432.504.106 401.967.854 401.122.889 -7,1 % 0,2 %
Custos
61 - C. M. V. M. C. 169.282.935 145.969.860 158.557.184 -13,8 % -7,9 %
Mercadorias
Materias de consumo 169.282.935 145.969.860 158.557.184 -13,8 % -7,9 %
- Produtos farmacêuticos 123.141.597 106.352.703 120.412.341 -13,6 % -11,7 %
Medicamentos 112.271.866 97.511.833 113.472.036 -13,1 % -14,1 %
Outros Prod. Farmacêuticos 10.869.731 8.840.871 6.940.305 -18,7 % 27,4 %
- Material de consumo clínico 43.860.266 37.752.675 36.291.977 -13,9 % 4,0 %
- Outros rubricas 2.281.072 1.864.482 1.852.866 -18,3 % 0,6 %
62 - Fornecimentos e Serviços Externos 62.495.713 57.081.824 53.758.732 -8,7 % 6,2 %
Subcontratos 8.357.948 6.573.167 6.785.713 -21,4 % -3,1 %
Fornecimentos e Serviços 54.137.765 50.508.657 46.973.019 -6,7 % 7,5 %
- Fornecimentos e Serviços I 6.768.436 8.016.364 7.940.175 18,4 % 1,0 %
- Fornecimentos e Serviços II 2.237.900 1.667.090 1.909.474 -25,5 % -12,7 %
- Fornecimentos e Serviços III 40.648.309 33.856.153 33.536.588 -16,7 % 1,0 %
- Outros fornecimentos e serviços 4.483.121 6.969.049 3.586.783 55,5 % 94,3 %
63 - Transferências Correntes Concedidas 12.942 1.817 833 -86,0 % 118,0 %
64 - Custos com Pessoal 225.425.489 211.420.709 194.372.142 -6,2 % 8,8 %
- Remunerações Base 130.940.790 126.182.382 122.398.125 -3,6 % 3,1 %
- Suplementos de Remuneração 45.442.274 40.719.994 40.051.582 -10,4 % 1,7 %
Trabalho Extraordinário 20.901.753 16.883.021 16.956.017 -19,2 % -0,4 %
Noites e Suplementos 11.967.045 11.817.654 11.485.455 -1,2 % 2,9 %
Outros Suplementos 12.573.477 12.019.319 11.610.110 -4,4 % 3,5 %
- Subsidios de Férias e Natal 13.132.422 11.848.915 2.507.199 -9,8 % 372,6 %
- Outras Desp. com pessoal 35.910.002 32.669.419 29.415.236 -9,0 % 11,1 %
65 - Outros custos operacionais 239.577 228.185 248.619 -4,8 % -8,2 %
66 - Amortizações do exercício 17.801.144 15.697.147 16.575.689 -11,8 % -5,3 %
67 - Provisões do exercício 1.338.479 2.363.657 71.864 76,6 % 3189,1 %
68 - Custos e perdas financeiras 1.638.589 1.513.802 1.430.351 -7,6 % 5,8 %
69 - Custos e perdas extraordinárias 11.725.766 13.132.434 6.108.207 12,0 % 115,0 %
Total dos Custos 489.960.635 447.409.435 431.123.621 -8,7 % 3,8 %
86 - Imposto s/ o rendimento do Exercício 48.034 33.023 -31,3 %
Resultados
Operacional -54.999.321 -49.864.592 -28.802.268 -9,3 % 73,1 %
Líquido do Exercício -57.504.563 -45.474.605 -30.000.733 -20,9 % 51,6 %
EBITDA -35.859.697 -31.803.788 -12.154.715 -11,3 % 161,7 %
Nota: No Plano de Desempenho foi considerado 70% do valor da Convergência Variável.
Compras 165.167.263 146.160.011 163.858.134 -11,5 % -10,8 %

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 116


7.6. Análise Financeira

A análise financeira a 31 de Dezembro de 2012, constatou que os Activos do CHLC, EPE ascenderam a
423,2M€, originando Activos Líquidos de 230,7M€, depois de deduzidas as Reintegrações, Amortizações
e Provisões no montante de 192,5M€.

Os Capitais Próprios são de -108,7M€ e o Passivo Exigível é de 339,4M€.

De salientar que, por incorporação do HCC e da MAC, o Capital Estatutário aumentou para 95.322.302€.

Os Resultados Operacionais situaram-se abaixo do previsto, embora se tenha verificado uma melhoria
face ao período homólogo.

Realizado Realizado Previsto


Situação Patrimonial
2011 2012 2012
Proveitos Operacionais 421.596.960 382.898.606 394.782.796
Custos Operacionais 476.596.281 432.763.198 423.585.064
Resultados Operacionais -54.999.321 -49.864.592 -28.802.268
Consolidados

O Resultado Líquido do Exercício antes de Impostos apresentou uma melhoria substancial relativamente
ao período homólogo e ao previsto.

Realizado Realizado Previsto


Situação Patrimonial
2011 2012 2012
Proveitos 432.504.106 401.967.853 401.122.889
Custos 489.960.635 447.409.435 431.123.621
Resultado Liquido do Exercicio
-57.456.529 -45.441.582 -30.000.732
antes de Impostos
Consolidados

De salientar que o aumento dos recebimentos se deve apenas ao valor atribuído ao CHLC, EPE no âmbito
do Programa de Pagamento Extraordinário a Fornecedores do SNS (Troika), que se traduziu no montante
de 111.190.011,46€, tendo-se verificado uma descida no valor dos recebimentos do Contrato Programa.

Tesouraria
2011 2012
Recebimentos 442.613.190 538.795.404
Pagamentos 441.558.867 536.171.085
Resultado Financeiro 1.054.322,80 € 2.624.318,90 €
Consolidados

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 117


7.7. Análise dos Indicadores

As demonstrações financeiras, os mapas, os indicadores e os rácios que integram este Relatório


objectivam o exame da situação actual e, também, a apreciação das tendências e perspectivas futuras do
CHLC,EPE.

A diminuição significativa da receita é consequência das já mencionadas diminuição dos preços do


Contrato-Programa, diminuição da actividade assistencial fruto do encerramento da urgência do HCC em
Dezembro de 2011, da abertura do Hospital Beatriz Ângelo no 1.º trimestre de 2012 e da reorganização
da área de referência e da área de influência no âmbito da ARSLVT em Abril de 2012.

Quadro: Prazo Médio de Pagamentos (valores consolidados)


Saldo de Fornecedores/Compras*365 2011 2012
Saldo de Fornecedores 247.857.729,03 € 175.390.600,84 €
Compras/FSE/Imobilizado 242.361.660,30 € 206.064.932,49 €
Prazo Médio de Pagamento 373 311

Em relação ao prazo médio de pagamentos, verificou-se uma diminuição de 62 dias em relação a 2011.
Em 2012, os pagamentos a fornecedores decorreram com disponibilidade financeira proveniente da
actividade normal da instituição e do Programa de Pagamento Extraordinário a Fornecedores do SNS. O
PMP, de 313 dias, incluiu, para além desses fornecedores as dívidas a instituições do SNS, grande parte
das quais regularizadas através do Clearing House.

A capacidade do CHLC,EPE, em satisfazer os seus compromissos financeiros aumentou ligeiramente em


termos de indicadores de liquidez (geral, reduzida e imediata).

Quadro: Rácios (valores consolidados)


Grau de Liquidez Geral
Activo circulante/Passivo circulante 2011 2012
Activo circulante 153.780.172,24 € 109.094.118,06 €
Passivo Circulante 449.757.887,88 € 295.671.226,46 €
Grau de Liquidez Geral 0,34 0,37

Grau de Liquidez Reduzida


AC-Existências/Passivo circulante 2011 2012
Activo circulante - Existências 138.193.037,65 € 93.754.988,64 €
Existências 15.587.134,59 € 15.339.129,42 €
Passivo Circulante 449.757.887,88 € 295.671.226,46 €
Grau de Liquidez Geral 0,31 0,32

Grau de Liquidez Imediata


Depósitos bancários+Caixa/Passivo 2011 2012
Depósitos bancários+Caixa 13.714.655,80 € 15.595.041,48 €
Passivo Circulante 449.757.887,88 € 295.671.226,46 €
Grau de Liquidez Geral 0,03 0,05

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 118


De salientar que, o Hospital do Espírito Santo, de Évora, EPE, mantém uma dívida de 3.600.000€, que
não assume e não declara para o encontro de contas através da Clearing House, apesar de todos os
esforços desenvolvidos pelo CHLC,EPE, no sentido de desbloquear esta situação.

Relativamente às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, verificou-se no decorrer de 2012 um


pagamento da RAM, no valor de 775.000€, reduzindo a dívida para 5.300.000€. No que concerne à RAA
não procederam a qualquer pagamento, encontrando-se a dívida em cerca de 11.700.000€, com a
agravante de não assumirem a mesma. Esta situação é insustentável para o CHLC,EPE poder satisfazer os
seus compromissos, com repercussões na manutenção do prazo médio de pagamento a fornecedores.

Merece grande preocupação o facto de se encontrar por resolver estas e outras situações. Pese embora, a
nossa convicção de que os valores facturados irão ser pagos, o prazo que tem vindo a decorrer contribui
para agravar a já de si preocupante situação de tesouraria do CHLC,EPE.

7.8. Proposta de Aplicação de Resultados

Propõe-se que o resultado líquido negativo de -40.861.151,97€ seja transferido para a conta de resultados
transitados.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 119


8. GOVERNO DA
SOCIEDADE

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 120


O objecto, a natureza, sede e vinculação, a missão, a visão, os valores e os objectivos do CHLC,EPE,
estão previstos nos artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º e 6.º do regulamento interno.

8.1. Missão, Objectivos e Políticas

A Missão, Valores e Objectivos do CHLC,EPE referenciados no presente relatório encontram-se


disponíveis para consulta por todos os seus colaboradores quer na Intranet quer na sua página Web. Além
disso, são referidos no Plano de Negócio, nos documentos sobre Política da Qualidade, nos Planos de
Desempenho e no Relatório e Contas de 2010 bem como no presente.

A organização clínica do CHLC,EPE, adopta de forma progressiva um modelo de governação, tendo


como missão assegurar a cada cidadão que necessita de qualquer dos cuidados de saúde que o Centro
Hospitalar disponibiliza, uma actuação apropriada às suas necessidades, seguindo as melhores práticas
clínicas, numa lógica de eficiente utilização dos recursos, garantindo o acompanhamento da evolução
tecnológica que a medicina actual exige.

As estratégias definidas para atingir os objectivos propostos encontram-se explicitadas, quer em termos
dos resultados alcançados em 2011, quer relativamente à actividade proposta para 2012.

Sem prejuízo da actividade corrente desenvolvida no CHLC,EPE, o Centro Hospitalar antecipa, desde já,
a entrada em funcionamento do novo Hospital de Lisboa Oriental que substituirá os Hospitais de Santa
Marta, S. José, Capuchos, Dona Estefânia, Curry Cabral e Maternidade Dr. Alfredo da Costa, cuja
concretização se prevê em 2016. Este hospital, parte fundamental do projecto de reorganização da rede de
prestação de cuidados na cidade de Lisboa, estará dotado do maior nível de diferenciação tecnológica,
com capacidade de resposta para as solicitações de todo o país, em algumas especialidades, conjugando a
excelência clínica com o ensino universitário e o reconhecimento por parte da população.

O CHLC,EPE estabeleceu oportunamente um Plano de Negócio (Business Plan) para o período de


2012/2015 onde definiu, de acordo com a Tutela, os seus objectivos organizacionais, nomeadamente a
integração do HCC e da MAC, que terá de ser ajustado anualmente no Plano de Desempenho, através da
contratualização anual dos níveis de actividade esperados.

O CHLC,EPE desenvolve a sua missão centrado no doente, pautado por um conjunto de valores como a
competência e a ética profissionais, inseridos numa cultura de responsabilização, transparência e de
melhoria contínua da qualidade e tendo como referências fundamentais para a governação clínica, os
seguintes pressupostos:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 121


 Planear as actividades e os cuidados centrados nas necessidades dos Doentes e das suas famílias,
disponibilizando informação acessível, numa relação correcta, transparente e de profundo respeito
pelo Doente;
 Responsabilizar a Instituição e os seus profissionais individualmente pela qualidade dos cuidados
prestados, apostando na sua melhoria contínua, e aumentando a confiança dos Utentes;
 Garantir a melhor articulação entre os diversos estratos profissionais procurando o equilíbrio entre
os recursos humanos e financeiros e a necessidade de práticas modernas e de qualidade adequadas
às necessidades sentidas pelos doentes e expectáveis pelos profissionais;
 Promover a redução de riscos para o doente através do desenvolvimento de uma cultura de
segurança;
 Reduzir a diversidade de processos organizativos, obtendo uma uniformização facilitadora e
coerente;
 Adoptar práticas baseadas em evidência, reduzindo e limitando os riscos inerentes à prática clínica.

Missão

O CHLC,EPE tem por missão prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com as demais
unidades prestadoras de cuidados de saúde integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A actividade
do CHLC,EPE assegura a cada doente, cuidados que correspondam às suas necessidades, de acordo com
as melhores práticas clínicas e numa lógica de governação clínica, promove uma eficiente utilização dos
recursos disponíveis, abrangendo, ainda, as áreas de investigação, ensino, prevenção e continuidade de
cuidados, conforme o primado do doente.

Valores e Objectivos

O CHLC,EPE pauta a sua actividade pelos seguintes valores:

• Competência técnica;
• Ética profissional;
• Segurança e conforto para o doente;
• Responsabilidade e transparência;
• Cultura de serviço centrada no doente;
• Melhoria contínua da qualidade;
• Cultura de mérito, rigor e avaliação sistemática;
• Actividade orientada para resultados;
• Trabalho em equipa/multidisciplinar e multiprofissional;
• Boas condições de trabalho.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 122


São objectivos do CHLC,EPE:

• Prestar cuidados de saúde diferenciados, de qualidade, em tempo adequado, com eficiência e em


ambiente humanizado;
• Intervir na prevenção da doença;
• Optimizar a utilização dos recursos disponíveis;
• Constituir-se como entidade de referência na elaboração de padrões para a prestação de cuidados
de saúde diferenciados;
• Promover o ensino, a formação e a investigação nas áreas clínicas e de apoio clínico, como
condição para uma prática de excelência;
• Prosseguir a melhoria contínua da qualidade no âmbito do modelo de governação clínica;
• Promover o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores através da responsabilização
por resultados, instituindo uma política de incentivos à produtividade, ao desempenho e ao
mérito bem como, uma política de formação contínua;
• Desenvolver programas de melhoria da eficiência operacional e da gestão clínica, tendentes a
garantir o equilíbrio económico-financeiro.

8.2. Regulamentos Internos e Externos

O CHLC,EPE integra o sector Empresarial do Estado desde 1 de Março de 2007, conforme estipulado
pelo D.L. n.º 50-A/2007 de 28 de Fevereiro. Em 1 de Março de 2012, o CHLC,EPE passou a integrar, por
fusão, o HCC e a MAC, conforme o exposto no Decreto-Lei n.º44/2012 de 23 de Fevereiro.

De acordo com os estatutos publicados no anexo II do Decreto-Lei nº 233/2005 de 29 de Dezembro, e nos


termos do Decreto-Lei n.º 558/99 de 17 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 300/2007,
de 23 de Agosto, conjugados com o artigo 18.º do anexo da Lei n.º 2/2002, de 8 de Novembro, o
CHLC,EPE é uma pessoa colectiva de direito público, de natureza empresarial, dotada de autonomia
administrativa, patrimonial e financeira.

A legislação que enquadra a orgânica e funcionamento do CHLC,EPE, é a seguinte:


- Decreto-Lei n.º44/2012 de 23 de Fevereiro (integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE);
- Constituição: Decreto-Lei n.º 50-A/2007 de 28 de Fevereiro;
- Estatutos: Decreto-Lei n.º 233/2005 de 29 de Dezembro;
- Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado e das Empresas Públicas:
- Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro com as alterações introduzidas;
- Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23 de Agosto.
- Regime Jurídico de Gestão Hospitalar: Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro;
- Estatuto do Serviço Nacional de Saúde: Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro;

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 123


- Lei de Bases da Saúde: Lei n.º 48/90, de 2 de Agosto.

Desde 17 de Março de 2008 o CHLC,EPE, possui um regulamento interno homologado pela Tutela, para
cuja formulação concorreu o contributo de um número significativo dos seus profissionais. Este
regulamento encontra-se amplamente divulgado e acessível na intranet.

Para além desse documento orientador de referência, o CHLC,EPE, detém um conjunto alargado de
normas e procedimentos escritos, construídos a partir de 2000, no âmbito dos processos de acreditação da
qualidade a que, alguns dos Hospitais que actualmente o integram, aderiram. Essas normas e
procedimentos operacionalizam as políticas e estratégias definidas e são controladas por um sistema de
gestão que assegura a sua permanente divulgação, actualização bem como a consistência com as mesmas.
Está em fase de concretização o alargamento progressivo deste processo a todos os hospitais integrados,
visando a uniformização de processos.

Em 2012 foram realizadas, pelo CHKS, auditorias de reacreditação visando a prazo, a acreditação de todo
o CHLC,EPE.

O regulamento interno do CHLC,EPE, após a fusão, está a ser revisto de acordo com o estabelecido no
Decreto-Lei n.º 244/2012.

8.3. Transacções relevantes com entidades


relacionadas

Não aplicável ao CHLC,EPE.

8.4. Outras transacções

Na aquisição ou locação de bens e na aquisição de serviços ou empreitadas, o CHLC,EPE adoptou


diferentes tipos de procedimento de formação de contratos em função da complexidade, objecto e valor
de cada aquisição. À formação de contratos de empreitada de obra pública e de locação ou aquisição de
bens móveis e de aquisição de serviços de valor igual ou superior ao referido, respectivamente, nas
alíneas b) e c) do artigo 7.º da Directiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de
Março, aplica o regime procedimental previsto na Parte II do CCP. À formação de contratos de
empreitada de obra pública e de locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços de valor
inferior ao referido, respectivamente, nas alíneas c) e b) do artigo 7.º da Directiva n.º 2004/18/CE, do

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 124


Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, cujo início dos procedimentos foi autorizado, antes
da entrada em vigor do Decreto-Lei 149/2012, de 12/07/2012, é aplicável o regime procedimental
previsto no Regulamento de Contratação do CHLC,EPE. Para procedimentos iniciados após a publicação
do Decreto-Lei n.º 149/2012 de 12/07/2012, aplica-se o Código dos Contratos Públicos.

Quadro: Fornecedores de Prestação de Serviços com encargo superior a 1M€


Fornecedor Valor
INST. PORT. DO SANGUE E DA TRANSPLANTACAO IP 5.721.044,85
IBERLIM LIMPEZAS TECNICAS LDA 5.043.794,14
SUCH (SOMOS) SERVIÇO UTILIZ COMUM HOSPITAIS 2.372.139,24
ICA 2.036.985,05
ITAU - INST.TEC.ALIMENTACAO HUMANA SA 1.911.523,48
EUREST PORTUGAL-SOC. EUROP. REST. S. A. 1.848.130,40
EDP SERVICO UNIVERSAL SA 1.761.795,85
SUCH - DALKIA 1.592.947,02
GERTAL-COMP GERAL REST E ALIMENTAÇÃO S.A 1.357.370,88
EPAL - EMPRESA PÚBL. DE ÁGUAS DE LISBOA 1.312.266,95
TRANSGAS 1.309.781,46
EFACEC-SERV. MANUT. ASSISTENCIA, S.A. 1.150.005,91
LAVAPOR LAVANDARIAS PORTUGAL SA 1.089.034,99
LISBOAGAS COMERCIALIZACAO SA 1.067.038,01
NOVA SERV. LIMPEZAS IND. CORMER. 1.033.138,32

8.5. Indicação do modelo de governo e identificação


dos membros dos órgãos sociais

Princípios Organizativos

O funcionamento do CHLC,EPE tem por objectivo a qualidade e eficiência na prestação dos cuidados de
saúde e assenta na responsabilidade da gestão.

O CHLC,EPE adopta um modelo de gestão participada que compreende os níveis de gestão estratégica,
intermédia e operacional e que assenta na contratualização interna de objectivos e meios.

Ao Conselho de Administração (CA), ao nível estratégico, compete estabelecer os objectivos, definir as


estratégias, consolidar os projectos, assegurar a sua execução, monitorização e controlo, através de
políticas de contratualização interna.

Às Áreas, ao nível intermédio de gestão, incumbe a transposição das estratégias, objectivos e metas do
CHLC,EPE para planos de actividade e orçamentos contratualizados com o CA e coordenar a sua
execução pelas Especialidades e Unidades Funcionais que as constituem.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 125


Às Especialidades e Unidades Funcionais, ao nível da gestão operacional, incumbe a prestação directa de
cuidados de saúde de acordo com objectivos e metas contratualizados pelo CA para a respectiva Área.

O CHLC,EPE organiza-se nas seguintes estruturas de actividade:


• Estrutura clínica;
• Estrutura de apoio clínico;
• Estrutura de ensino e de investigação;
• Estrutura de apoio e logística.

A estrutura clínica assenta em processos de gestão por patologias/especialidades, agrupados em áreas


com afinidade técnica e funcional, numa lógica potencialmente matricial. De forma a garantir uma
melhoria continuada da qualidade, deve adoptar um modelo de governação clínica, envolvendo todos os
profissionais, baseando-se num controlo rigoroso do exercício profissional, auto-regulado e de
responsabilização pelas práticas, exigindo o empenho de todos num compromisso de actualização
permanente e de formação contínua. Assumindo-se que, a qualidade dos actos clínicos é o principal factor
crítico de sucesso de todo o processo assistencial, a estrutura clínica deve adoptar métodos de trabalho
baseados em boas práticas, com definição prévia de padrões aceitáveis e implementar um sistema
integrado que garanta a qualidade dos mesmos, realçando e evidenciando o desempenho dos
profissionais. A estrutura de apoio clínico assenta em processos técnicos de apoio à actividade clínica,
numa lógica tendencialmente transversal. O ensino e a investigação, sem prejuízo da necessária
articulação com a estrutura clínica, dispõem de uma estrutura e órgãos próprios, com actividade
organizada em programas específicos. A estrutura de apoio e logística organiza-se verticalmente, mas
adoptando, sempre que possível, formas em torno de processos de trabalho.

O organigrama do CHLC,EPE encontra-se no ponto 3 do presente relatório.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 126


Órgãos Sociais

O CHLC,EPE compreende os seguintes órgãos sociais:

Conselho de Administração
Presidente Dr.ª Teresa Maria Silva Sustelo

Vogais Executivos Dr.ª Ana Isabel Higino Figueiredo Gonçalves


Dr.ª Laura Maria Figueiredo de Sousa Dâmaso da Silveira
Dr. Manuel Veloso Brito (cessou funções, por aposentação, em 01-08-2012)
Dr. Eduardo José Gomes da Silva – Director Clínico
Enf.ª Ana Maria da Mota Soares – Enfermeira Directora

Fiscal Único
Efectivo Victor e Almeida e Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

O CHLC,EPE é um estabelecimento público do Serviço Nacional de Saúde, dotado de personalidade


jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial e natureza empresarial. Os poderes de tutela
estão atribuídos ao Ministério das Finanças e Administração Pública (Tutela Financeira) e ao Ministério
da Saúde (Tutela Sectorial).

As funções e responsabilidades dos membros do Conselho de Administração são as seguintes:

Presidente - Teresa Maria da Silva Sustelo


Coordenação genérica de todas as áreas.

Director Clínico – Eduardo José Gomes da Silva


Coordenação das Áreas Clínicas (Verticais e Transversais), do Centro de Investigação, do Centro de
Ensino e do Gabinete de Coordenação e Colheita de Órgãos, bem como as competências relativas à
promoção da gestão clínica, designadamente, em matéria de boas práticas, protocolos clínicos e da
melhoria continua, e de coordenação e ligação aos órgãos de apoio técnico, tais como, Comissão Clínica,
Comissão de Ética para a Saúde, Conselho Técnico dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Comissão
de Controlo da Infecção Hospitalar, Comissão de Farmácia e Terapêutica, Comissão de Catástrofe e
Emergência, Direcção do Internato Médico, Comissão Técnica de Certificação da Interrupção da
Gravidez, Comissão de Coordenação Oncológica; incluindo, relativamente ao pessoal médico, a
competência para:
• Autorizar a mobilidade entre as várias Áreas;
• Autorizar a formação profissional e a realização de estágios, outorgando os respectivos
instrumentos de execução;
• Autorizar as várias modalidades de organização e duração do tempo de trabalho e aprovar os
horários do pessoal médico, técnico superior de saúde e técnico diagnóstico e terapêutica, de
acordo com as orientações do Conselho de Administração;

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 127


• Autorizar a constituição das equipas de urgência e a substituição pontual dos seus elementos;
• Autorizar a participação em júris de concursos noutras instituições;
• Homologar as avaliações de desempenho, designadamente, do pessoal técnico superior de saúde e
pessoal técnico de diagnóstico e terapêutica, afecto às áreas, especialidades e unidades funcionais
sob a sua coordenação;
• Autorizar a dispensa do Serviço de Urgência;
• Coordenar a vertente técnica da Área de Farmácia;
• Ordenar inquéritos e sindicâncias nas áreas e serviços sob a sua gestão.

Vogal Executivo – Ana Isabel Higino Figueiredo Gonçalves


Gestão corrente nas áreas de Gestão de Compras, Logística e Distribuição, da Gestão Hoteleira, da Gestão
de Instalações e Equipamentos, da Farmácia, e da Auditoria Interna, incluindo a competência para:
• Autorizar a abertura de procedimentos, a sua adjudicação e o pagamento de despesas até ao
montante de trezentos mil euros, nas empreitadas de obras públicas e na locação e aquisição de
bens e serviços;
• Conceder adiantamentos a empreiteiros e fornecedores de bens e serviços, desde que cumpridos os
condicionalismos previstos no Código da Contratação Pública;
• Designar os júris e delegar a competência para proceder à audiência prévia, mesmo nos
procedimentos de valor superior ao agora delegado;
• Praticar os actos consequentes ao acto de autorização da escolha e do início do procedimento cujo
valor não exceda o agora delegado;
• Aprovar as minutas de contratos relativos à aquisição de bens e serviços até ao montante de
trezentos mil euros, e representar o Centro Hospitalar na outorga desses contratos;
• Autorizar a constituição de arrendamentos para instalação dos serviços, nos termos do artigo 20.º
do D.L. 197/99, de 8 de Junho, aprovar as minutas e outorgar os respectivos contratos quando a
renda anual não exceda o montante de cento e noventa e nove mil euros;
• Autorizar o gozo e a acumulação de férias e aprovar os respectivos planos anuais dos
trabalhadores afectos às áreas e serviços sob a sua gestão;
• Homologar as avaliações de desempenho dos trabalhadores afectos às áreas e serviços sob a sua
gestão;
• Autorizar a formação profissional e a realização de estágios, outorgando os respectivos
instrumentos de execução;
• Autorizar a participação dos trabalhadores afectos às áreas e serviços sob a sua gestão em júris de
concursos noutras instituições;
• Ordenar inquéritos e sindicâncias nas áreas e serviços sob a sua gestão;
• Assinar a correspondência ou expediente necessário e autorizar publicações na imprensa diária e
no Diário da República;
• Substituir a Dr.ª Laura Silveira nas suas ausências e impedimentos.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 128


Vogal Executivo – Laura Maria Figueiredo de Sousa Dâmaso da Silveira
Gestão corrente nas Áreas de Gestão Financeira e Contabilidade; de Gestão de Doentes; de Gestão de
Sistemas e Tecnologias de Informação; do Planeamento, Análise e Controlo de Gestão; da Comissão de
Melhoria da Qualidade e Segurança do Doente e do Gabinete de Codificação, incluindo a competência
para:
• Autorizar a constituição de fundos permanentes das dotações do orçamento, com excepção das
rubricas referentes a pessoal, até ao limite de um duodécimo;
• Autorizar as despesas com seguros não previstas no n.º 2 do artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 197/99,
de 8 de Junho, nos termos e sem prejuízo do disposto no mesmo preceito;
• Autorizar os reembolsos de quantias relativas a taxas moderadoras cobradas em excesso;
• Proceder à anulação de facturas;
• Declarar as dívidas como incobráveis, nos termos do disposto no Despacho n.º 267/2005, de 7 de
Setembro;
• Autorizar o pagamento das despesas com a assistência médica de grande especialização no
estrangeiro, nos termos do Decreto-Lei n.º 177/92, de 13 de Agosto;
• Autorizar a realização de exames e o pagamento de despesas com MCDT, realizados em
estabelecimentos de saúde não integrados no Centro Hospitalar;
• Dar balanço mensal à Tesouraria;
• Autorizar, quer o gozo, quer a acumulação de férias e aprovar os respectivos planos anuais dos
trabalhadores afectos às áreas e serviços sob a sua gestão;
• Homologar as avaliações de desempenho dos trabalhadores afectos às áreas e serviços sob a sua
gestão;
• Autorizar a formação profissional e a realização de estágios, outorgando os respectivos
instrumentos de execução;
• Autorizar a participação em júris de concursos noutras instituições;
• Assegurar a correspondência ou o expediente necessário;
• Ordenar inquéritos e sindicâncias nas áreas e serviços sob a sua gestão;
• E, ainda, as seguintes competências na Área de Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação:
o Autorizar a abertura de procedimentos, até ao limite de cento e cinquenta mil euros;
o Designar os júris e delegar a competência para proceder à audiência prévia, mesmo nos
procedimentos de valor superior ao agora subdelegado;
o Praticar os actos consequentes ao acto de autorização da escolha e do início do
procedimento cujo valor não exceda o agora subdelegado;
• Substituir a Dr.ª Ana Isabel Gonçalves nas suas ausências e impedimentos.

Vogal Executivo – Manuel Veloso Brito (até 31 de Julho de 2012)


Gestão corrente do Gabinete de Comunicação e Imagem, do Gabinete do Utente, da Área de Apoio
Social, do Gabinete de Integração de Cuidados, Cooperação e Ensino, Unidade Hospitalar de Gestão de
Inscritos para Cirurgia (UHGIC), de coordenação das actividades de apoio social, de voluntariado e no
âmbito da assistência religiosa, bem como, as competências relativas à promoção da Gestão Clínica,

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 129


designadamente, a ligação aos órgãos de apoio técnico, tais como, a Comissão Permanente de Apoio
Técnico, a Comissão Consultiva de Apoio Técnico e a Comissão de Apoio à Criança e à Família,
incluindo a competência para:
• Autorizar, quer o gozo, quer a acumulação de férias e aprovar os respectivos planos anuais dos
trabalhadores afectos às áreas e serviços sob a sua gestão;
• Autorizar a formação profissional e a realização de estágios, outorgando os respectivos
instrumentos de execução;
• Autorizar a participação em júris de concursos noutras instituições;
• Homologar a avaliação de desempenho dos trabalhadores afectos às áreas e serviços sob a sua
gestão;
• Assinar a correspondência ou o expediente necessário;
• Autorizar a realização de cirurgias adicionais e o transporte de doentes para estabelecimentos de
saúde não integrados no Centro Hospitalar, no âmbito do funcionamento da UHGIC;
• Ordenar inquéritos e sindicâncias nas áreas e serviços sob a sua gestão.

Enfermeira Directora – Ana Maria da Mota Soares


Gestão corrente no âmbito da enfermagem nas Áreas Clínicas (Verticais e Transversais), bem como, as
competências relativas à promoção de boas práticas, protocolos e melhoria contínua dos cuidados de
enfermagem, e de coordenação e ligação aos órgãos de apoio técnico, tais como a Comissão Técnica de
Enfermagem, a Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar, incluindo, relativamente ao pessoal de
enfermagem e aos assistentes operacionais incluídos nas áreas clínicas, a competência para:
• Autorizar a mobilidade entre as várias Áreas;
• Autorizar a formação profissional e a realização de estágios, outorgando os respectivos
instrumentos de execução;
• Autorizar as várias modalidades de organização e duração do tempo de trabalho e fixar os horários
de trabalho do pessoal de enfermagem, dos assistentes operacionais colocados em Áreas Clínicas e
do pessoal da Unidade de Nutrição e Dietética, de acordo com as orientações do Conselho de
Administração;
• Homologar as avaliações de desempenho do pessoal de enfermagem e dos assistentes operacionais
colocados em Áreas Clínicas, e do restante pessoal afecto às áreas e unidades sob a sua
coordenação;
• Autorizar a participação em júris de concursos noutras instituições;
• Coordenar a Nutrição e Dietética.

Os curricula dos Órgãos Sociais estão publicado na internet no site do CHLC,EPE em:

http://www.chlc.min-saude.pt/ResourcesUser/CHL/Principios_Bom_Governo/
CHLCEPE_orgaos_sociais_e_modelo_governo_mod_4.pdf

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 130


8.6. Remuneração dos membros dos órgãos sociais

Tendo em atenção ao determinado pela Lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho, foi aplicado a todos os
membros do Conselho de Administração o corte de 5% nas remunerações. Adicionalmente, de acordo
com o OE de 2012, foi efectuado um corte suplementar de 10%, pelo que, os valores remuneratórios são
os seguintes:

MESA ASSEMBLEIA- GERAL: Não aplicável.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presidente: Remuneração 4.063,43€, 12 vezes por ano, mais


1.422,20€ em despesas de representação, 12 vezes por ano. Vogais Executivos: Remuneração 3.327,21€,
12 vezes por ano, mais 1.330,88€ em despesas de representação, 12 vezes por ano.
FISCAL ÚNICO: 1.624,35€/mês.

1. Mesa Assembleia Geral

2012
Mesa da Assembleia Geral Vice-
Presidente Secretário
Mandato I Presidente
Remuneração anual fixa n.a. n.a. n.a.
Redução remuneratória* n.a. n.a. n.a.
Remuneração anual efetiva n.a. n.a. n.a.
* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável

2. Órgão (s) de Fiscalização

Conselho Fiscal + ROC


2011 2012
Conselho Fiscal P V V P V V
Remuneração anual fixa n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
Redução remuneratória* n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
Remuneração anual efetiva
* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável

ROC 2011 2012


Remuneração anual auferida (€) 18.827 19.492

3. Auditor Externo

O CHLC,EPE não tem auditor externo.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 131


4. Conselho de Administração

Presidente Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal a)


A. M. L. M.
T. Sustelo E. G. Silva A. I. Higino M. V. Brito
Soares Silveira
Mandato I I I I I I
Adaptado ao EGP (Sim/Não) sim sim sim sim sim sim
Remuneração Total (1.+2.+3.+4.) 65.218,03 € 55.479,49 € 55.479,49 € 55.479,49 € 55.479,49 € 30.092,36 €
OPRLO não não não não não não
Entidade de Origem (identificar)
Entidade pagadora (origem/Destino) CHLC CHLC CHLC CHLC CHLC CHLC
1.1.Remuneração Anual 70.812,98 € 58.661,92 € 58.661,92 € 58.661,92 € 58.661,92 € 35.313,10 €
1.2.Despesas de Representação (Anual) 14.970,51 € 14.009,31 € 14.009,31 € 14.009,31 € 14.009,31 € 6.226,36 €
1.3.Senha de presença (Valor Anual) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
1.4.Redução decorrente da Lei 12-A/2010 4.289,17 € 3.633,56 € 3.633,56 € 3.633,56 € 3.633,56 € 2.076,97 €
1.5.Redução decorrente da Lei 64-B/2011 8.149,43 € 6.903,77 € 6.903,77 € 6.903,77 € 6.903,77 € 3.946,25 €
1.6.Suspensão do pagamento dos subsídios de férias e natal 8.126,86 € 6.654,41 € 6.654,41 € 6.654,41 € 6.654,41 € 3.327,21 €
1.7.Reduções de anos anteriores 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
1. Remuneração Anual Efetiva Líquida 65.218,03 € 55.479,49 € 55.479,49 € 55.479,49 € 55.479,49 € 32.1892,03
(1.1+1.2.+1.3-1.4-1.5-1.6-1.7)
2. Remuneração variável 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € € €
0,00
3. Isenção de Horário de Trabalho (IHT) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
4. Outras (identificar) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Subsídio de deslocação 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Subsídio de refeição 952,21 € 960,75 € 1.007,72 € 990,64 € 977,83 € 559,37 €
Encargos com benefícios sociais
Regime de Proteção Social (ADSE/Seg.Social/Outros) 799,59 € 1.093,83 € 765,21 € 799,59 € 704,37 € 451,89 €
Seguros de saúde 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Seguros de vida 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Seguro de Acidentes Pessoais 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Outros (indicar) CGA 4.797,42 € 6.563,19 € 4.591,11 € 4.797,42 € 4.226,19 € 2.711,48 €
Acumulação de Funções de Gestão (S/N) não não não não não não
Entidade (identificar)
Remuneração Anual 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Parque Automóvel
Modalidade de Utilização Não Não Não Não Não Não
Valor de referência da viatura nova Não Não Não Não Não Não
Ano Início Não Não Não Não Não Não
Ano Termo Não Não Não Não Não Não
N.º prestações (se aplicável) Não Não Não Não Não Não
Valor Residual Não Não Não Não Não Não
Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço Não Não Não Não Não Não
Combustível gasto com a viatura Não Não Não Não Não Não
Plafond anual Combustível atribuído Não Não Não Não Não Não
Outros (Portagens / Reparações / Seguro) Não Não Não Não Não Não
Limite definido conforme Art.º 33 do EGP (Sim/Não) Não Não Não Não Não Não
Outras regalias e compensações
Plafond mensal atribuido em comunicações móveis 80,00 € 0,00 € 80,00 € 80,00 € 80,00 € 80,00 €
Gastos anuais com comunicações móveis 960,00 € 0,00 € 454,17 € 263,92 € 619,99 € 612,31 €
Outras (indicar) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Limite definido conforme Art.º 32 do EGP (Sim/Não) SIM NA SIM SIM SIM SIM
Gastos c/ deslocações
Custo total anual c/ viagens 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Custos anuais com Alojamento 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Ajudas de custo (b) 1.667,82 € 0,00 € 2.025,21 € 0,00 € 0,00 € 1.667,82 €
Outras (indicar) 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável
a) O Vogal Dr. Manuel Veloso de Brito cessou funções no CA, por aposentação, em 1 de Agosto de 2012.
b) Despesas ao abrigo do protocolo de cooperação internacional com os PALOP do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da UNL

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 132


8.7. Análise de sustentabilidade da empresa nos
domínios económico, social e ambiental

8.7.1. Estratégias adoptadas

As orientações estratégicas do CHLC,EPE, são as seguintes:

• Desenvolvimento das opções de resposta em ambulatório, nas áreas médica e cirúrgica;


• Prosseguir a concretização da estrutura intermédia de gestão prevista no Regulamento Interno e
desenvolvimento dos princípios de contratualização interna de meios e resultados.

O desenvolvimento do CHLC,EPE encontra-se norteado, a médio prazo, pela construção e início de


actividade, do novo Hospital de Lisboa Oriental, que virá substituir os pólos assistenciais que actualmente
integram o CHLC,EPE. Este novo Hospital contribuirá para a redefinição da rede de prestação de
cuidados na cidade de Lisboa, será altamente diferenciado e compreensivo, com capacidade de resposta
às solicitações de todo o país, em algumas especialidades, conjugando a excelência clínica com o ensino
universitário e o reconhecimento por parte da população.

Para preparar a entrada em funcionamento do futuro Hospital, continuarão a ser concretizadas, de forma
progressiva e organizada, diversas acções, iniciadas em 2007, nomeadamente quanto ao modelo
organizacional. O processo de reestruturação iniciou-se com a concretização progressiva do modelo
organizativo, em unidades que congregam os anteriores serviços, captando sinergias, conferindo-lhes
massa crítica e atribuindo maior autonomia de gestão e responsabilidade.

A estratégia delineada pelo CHLC,EPE tem vindo a ser concretizada através da correcta reorganização
interna, em complementaridade com as Instituições que referenciam doentes, nomeadamente da zona sul
do país, ACES e U.S.F. onde se integra, bem como na imprescindível integração com os cuidados
continuados. Torna-se, ainda imperioso, caminhar para a partilha de risco com outras entidades, mais do
que simples protocolos, devendo ser desenvolvidas parcerias de modo a potenciar todas as sinergias.

A estratégia prosseguida tem tomado sempre em consideração os condicionalismos e constrangimentos


que decorrem de circunstâncias externas, pois à medida que abrirem os novos Hospitais previstos para a
Cintura de Lisboa e absorverem os doentes da sua área, que actualmente são tratados neste Centro
Hospitalar, reduzir-se-á progressivamente a lotação e o quadro de profissionais. Este trabalho deverá ser
desenvolvido de forma faseada, até se começar a delinear a transferência para a nova estrutura que é o
Hospital de Lisboa Oriental.

A estratégia em matéria de reorganização interna tem vindo a encorpar:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 133


• Fusão de Serviços idênticos ou afins, de modo a evitar duplicações de Serviços/Especialidades,
unidades funcionais e ou dimensões dos mesmos, promovendo a concentração de recursos humanos e
materiais, privilegiando formas organizativas abrangentes;
• Continuar o processo de concentração dos serviços comuns aos vários Hospitais quer sejam serviços
de apoio logístico, quer de apoio à actividade clínica;
• Utilização das novas tecnologias para flexibilizar processos e relações e, também, para ultrapassar os
constrangimentos da separação física das estruturas existentes;
• Uniformização e modernização dos Programas Informáticos e das tecnologias utilizadas;
• Privilegiar significativamente a área assistencial ambulatória, em detrimento do internamento
convencional;
• Rentabilizar os MCDT evitando o envio de doentes para o sector privado ou convencionado;
• Promover “a oferta” de MCDT a doentes de outras Instituições nomeadamente, dos nossos Centros de
Saúde de modo a garantir a utilização efectiva da capacidade instalada;
• Adequar o modelo de trabalho e horários dos profissionais às necessidades dos doentes, garantindo a
utilização dos recursos existentes no maior período de tempo diário possível, (das 08.00 horas às
20.00 horas), aumentando as equipas fixas no Serviço de Urgência Central e Pediátrica;
• Definição e avaliação de objectivos quantificados das unidades funcionais e dos respectivos
profissionais, associando no futuro essa avaliação a um quadro de incentivos;
• Definição de critérios muito rigorosos e responsabilizantes para a selecção e recrutamento de
profissionais tendo em consideração que no futuro Hospital de Lisboa Oriental, o quadro de pessoal é
substancialmente inferior ao actual, mas é imperioso rejuvenescê-lo;
• Criação de Centros de Responsabilidade/Resultados como forma de organização da prestação de
cuidados e de unidades funcionais, de modo a promover uma maior autonomia associada naturalmente
a um muito maior nível de responsabilização;
• Desenvolvimento de projectos ou programas transversais que permitam uma maior coesão interna e
rentabilidade dos recursos existentes nos diversos hospitais;
• Implementação de um plano que garanta que a produção assistencial respeite os parâmetros definidos,
quer em termos de qualidade clínica quer em termos de utilização de recursos, de modo a que os
custos operacionais convirjam para os valores das prestações fixados em contrato programa com o
SNS;
• Estabelecimento de protocolos clínicos e guidelines para o maior número possível de patologias
tratadas no CHLC,EPE e que deverão ser observadas por todos os profissionais no tratamento dos
doentes (e quando não o forem devem ser exaustivamente justificados);
• Continuação do desenvolvimento de projectos de Acreditação da Qualidade dos Cuidados que
prestamos.

O desenvolvimento da política de recursos humanos terá em consideração:

• Os recursos existentes e a sua projecção para os próximos anos;


• O equilíbrio entre as contratações e as aposentações, que garanta a renovação e a adequação ao perfil
assistencial;

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 134


• Disponibilidade das competências técnicas adequadas às necessidades das unidades orgânicas;
• Garantia do desenvolvimento e da formação profissional.

Na vertente económico-financeira continuarão como principais linhas de acção:

• Desenvolvimento do controlo orçamental global e descentralizado por unidades orgânicas;


• Garantia da sustentabilidade económica e financeira;
• Melhoria da eficácia na facturação e na cobrança;
• Racionalização das compras e dos stocks, designadamente da participação na Unidade de Serviços
Partilhados de Compras e Logística;
• Desenvolvimento de metodologia adequada para a contabilidade analítica.

Relativamente aos utentes, continuar-se-á a desenvolver uma política que visa garantir uma melhor
acessibilidade aos cuidados prestados, através da ligação efectiva com outros agentes prestadores,
nomeadamente, Centros de Saúde, USF, ACES, outros Hospitais e estruturas de cuidados continuados,
nas suas diversas modalidades, promovendo a adequação da utilização dos recursos e a melhoria da
satisfação dos utentes.

Procurar-se-á diversificar as linhas de produção de cuidados introduzindo formas inovadoras eficazes e


mais cómodas para os utentes potenciando as novas tecnologias e canais de comunicação.

Continuarão a ser desenvolvidos projectos de acreditação e de certificação da qualidade dos cuidados e


programas de benchmarking.

Continuará a ser desenvolvida a política de colaboração na sustentabilidade financeira e técnica do


Serviço Nacional de Saúde promovendo também a sua credibilidade através do estabelecimento das
melhores práticas de gestão.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 135


8.7.2. Grau de cumprimento das metas fixadas para 2012

Pode afirmar-se que o CHLC,EPE cumpriu, na sua generalidade, todas as metas fixadas para 2012, tanto
no domínio assistencial como na vertente económica e financeira.

Quadro: Metas fixadas para 2012 e respectivo cumprimento (os valores apresentados não incluem o Janeiro e
Fevereiro de 2012 do HCC e da MAC)

PD 2012 2012 PD2012/2012


Internamento
Lotação (*) 1.487 1.462 -1,7 %
Doentes Saídos 50.839 50.358 -0,9 %
Doentes Saídos (sem Berçário) 47.367 46.886 -1,0 %
Berçário 3.472 3.472 0,0 %
Demora Média (*) 9,1 9,3 2,2 %
Taxa de Ocupação (%) (*) 79,1 79,9 1,0%
Doentes Crónicos Ventilados (Dias) 3.405 3.269 -4,0 %
Dontes de MFR (Dias) 5.244 5.219 -0,5 %
Consulta Externa
Total de Consultas 771.404 755.985 -2,0 %
Primeiras 197.504 190.901 -3,3 %
Subsequentes 573.900 565.084 -1,5 %
% Primeiras / Total 25,6% 25,3% -0,3 p.p.
Urgência
Total de Atendimentos 259.396 260.697 0,5 %
Urgência Geral + Psiquiátrica 158.438 158.324 -0,1 %
Urgência Gin./Obstetrícia 21.317 20.959 -1,7 %
Urgência Pediátrica 79.641 81.414 2,2 %
% Doentes Internados 10,0% 10,1% 0,1 p.p.
Actividade Cirúrgica
Total de Cirurgias 40.430 40.498 0,2 %
Convencional Programada 15.416 15.724 2,0 %
Ambulatório 17.599 17.451 -0,8 %
Urgente 7.415 7.323 -1,2 %
% Ambulatório / Cirurgia Programada 53,3% 52,6% -0,7 p.p.
N.º de Doentes em Espera Inscritos n.a. 10.566 n.a.
Média do Tempo de Espera (dias) 160 174 8,7 %
Hospital de Dia
Sessões s/ GDH 28.038 27.916 -0,4 %
Sessões de Quimioterapia 11.885 11.763 -1,0 %
Sessões de Hemodiálise em Ambulatório 4.339 4.356 0,4 %
Partos
Total de Partos 3.827 3.780 -1,2 %
% Cesarianas / Partos 30,2% 30,1% -0,1 p.p.
Indicadores Económico-Financeiros
EBITDA -9.494.231,87 -16.336.666,61 72,1 %
Custos com MCDT requisitados ao Exterior 4.072.516,11 2.667.142,33 -34,5 %
Resultado Operacional (€) -25.381.972,50 -33.229.057,25 30,9 %
Consumos 150.080.557,72 137.862.231,15 -8,1 %
Fornecimentos e Serviços Externos 44.633.885,88 48.380.218,91 8,4 %
Custos com Pessoal 185.334.167,65 189.481.871,75 2,2%
(*) Não inclui Berçário

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 136


8.7.3. Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência
económica, financeira, social e ambiental e a salvaguardar as
normas de qualidade

O CHLC,EPE tem prosseguido uma gestão de rigor e de racionalização da utilização dos recursos
disponíveis, num contexto de elevadas restrições económicas, financeiras e sociais, no sentido de reduzir
o desperdício, aumentar a eficiência e garantir a melhoria da qualidade da prestação dos cuidados de
saúde e da segurança do doente. Tem ainda constituído especial preocupação, dotar o CHLC,EPE das
condições essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos seus colaboradores bem como a
sustentabilidade ambiental.

Sustentabilidade Económica e Financeira

A prestação de contas do CHLC,EPE, reporta-se ao período de Janeiro a Dezembro de 2012, comparando


os Custos e Proveitos previstos e os realizados no período homólogo de 2011.

De salientar que os dados foram consolidados em 2011 e 2012, do CHLC,EPE, HCC e MAC, de forma a
permitir uma análise viável.

No decorrer do exercício foram efectuadas as especializações de todos os custos e proveitos, onde se


destaca a especialização mensal das Férias, Subsídio de Férias e Encargos Sociais, a estimativa do valor a
facturar relativa ao Contrato-Programa e Subsistemas, com base na produção efectiva, convergência fixa
e variável, os juros de aplicações financeiras e outros acréscimos de custos e proveitos expectáveis.

Assim, são de realçar os seguintes dados do exercício:

 O resultado líquido foi de -45,4M€, o resultado operacional foi de -49,8M€ e o EBITDA foi de -
31,8€, resultando em reduções, face ao período homólogo, de cerca de -29,9%, -9,3% e -11,3%
respectivamente;
 A redução, face ao período homólogo, em cerca de -43,8M€ (-9,2%) dos custos operacionais;
 O total dos custos diminuiu, relativamente ao ano anterior, em cerca de 8,7% e aumentou 3,8%
em relação ao previsto;
 Os proveitos registaram uma diminuição de 7,1% face a 2011 e um aumento de 0,2% face ao
previsto;
 Os custos com pessoal, que representaram cerca de 47% do total dos custos, registaram uma
diminuição de 6,2% em relação ao período homólogo e um aumento de 8,8% face ao previsto.

O resultado financeiro de 2012 foi positivo, essencialmente originado pelos descontos financeiros
atribuídos pelos fornecedores ao abrigo do acordo com a ACSS, referente aos pagamentos realizados.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 137


O total de Proveitos cresceu 0,2% face ao previsto e diminuiu 7,1% relativamente a 2011.

Outros Proveitos Operacionais: registaram uma diminuição, face ao previsto, de 4% e um aumento de 8%


face ao período homólogo.

Proveitos e Ganhos Financeiros: esta rúbrica, apesar dos descontos financeiros obtidos dos fornecedores,
sofreu um decréscimo de 3,3% comparativamente com o previsto e um substancial aumento de 290% face
ao período homólogo.

Proveitos e Ganhos Extraordinários: tiveram um acréscimo de 422,5% face ao previsto e de 57,4% face
ao período homólogo.

A análise global revela que os custos sofreram um acréscimo de 3,8% face ao previsto e uma redução de
8,7% face a 2011.

CMVMC: o valor desta rubrica apresentou um decréscimo de 7,9% relativamente ao previsto no Plano de
Desempenho e de 13,8% face ao período homólogo em resultado de uma política de rigor na contenção
dos custos. A rubrica de “Produtos Farmacêuticos” apresentou um decréscimo de 11,7% relativamente ao
previsto e de 13,8% face a 2011. Na rubrica “Medicamentos” verificou-se um decréscimo de 14,1% face
ao valor previsto e de 13,1% em relação ao ano anterior. Na rubrica de “Outros Produtos Farmacêuticos”
verificou-se um aumento de 27,4% face ao previsto e um decréscimo de 18,7% face a 2011. O “Material
de consumo clínico” registou um aumento de 4% face ao previsto e um decréscimo de 13,9% face ao ano
anterior.

Fornecimento e Serviços Externos: houve um aumento de 6,2% face à previsão inicial e uma redução
8,7% em relação a 2011. Na despesa com “Subcontratos” verificou-se um decréscimo de 3,1% face ao
previsto e de 21,4% face ao período homólogo devido a terem sido desenvolvidos esforços no sentido de
reduzir a execução de exames ao exterior. A rúbrica de Fornecimentos e Serviços, registou um aumento
de 7,5% em relação ao previsto e uma diminuição 6,7% relativamente ao período homólogo.
Contribuíram para estas variações, além da política de controlo de custos, os aumentos do IVA e a
negociação de preços, sobretudo ao nível da alimentação, higiene e limpeza e segurança.

Custos com Pessoal: registaram um crescimento de 8,8% em relação ao previsto e uma acentuada redução
de 6,2% em relação a 2011. Se considerarmos que a despesa com pessoal no conjunto dos Hospitais
actualmente integrados no CHLC, EPE, era, em 2011, de 225.425.489€ e que em 2012 foi de
211.420.709€, facilmente se compreende o esforço de contenção e redução (-14.004.780€). A despesa
com Remunerações Base registou uma diminuição face ao ano anterior de 3,6% e um aumento de 3,1%
face ao previsto. Além da estabilização de efectivos, este resultado deveu-se também ao número de
aposentações, sobretudo pessoal médico e assistentes operacionais. Quanto aos custos com Trabalho
Extraordinário, registou-se uma diminuição de 0,4% relativamente ao previsto e 19,2% face a 2011, fruto
do cumprimento das reduções remuneratórias previstas no OE, das medidas de gestão entretanto

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 138


implementadas, designadamente a constituição de equipas fixas de médicos na urgência geral, unidades
de cuidados intensivos e reorganização de horários de alguns grupos profissionais.

Amortizações: tiveram um decrescimento de 5,3% face ao previsto e uma redução de 11,8% face ao
período homólogo.

Provisões: tiveram um aumento substancial face ao previsto e de 76,6% face a 2011.

Custos e Perdas Financeiras: registou um aumento de 5,8% face ao previsto e uma redução de 7,6% face
ao período homólogo.

Custos e Perdas Extraordinárias: registou um acréscimo 115% relativamente ao previsto e de 12% quanto
ao período homólogo, tendo contribuído para esta situação a anulação das facturas inter hospitais
(CHLC,EPE/HCC/MAC).

Analisando os recebimentos e pagamentos, constata-se uma diminuição de 60 dias do prazo médio de


pagamentos.

A capacidade do CHLC,EPE, em satisfazer os seus compromissos financeiros aumentou ligeiramente em


termos de indicadores de liquidez geral (de 0,34 para 0,37), reduzida (de 0,31 para 0,32) e imediata (de
0,03 para 0,05).

O CHLC,EPE, durante o ano 2012 continuou sem receber qualquer pagamento por parte da Região
Autónoma dos Açores e recebeu um valor insignificante, face à divida, da Madeira, cuja divida total
ascende a cerca 16 milhões de euros.

Merece grande preocupação o facto de se encontrar por resolver estas e outras situações. Pese embora a
convicção de que os valores facturados irão ser pagos às instituições. O prazo que tem vindo a decorrer
contribui para agravar a já de si preocupante situação de tesouraria da Instituição

Sustentabilidade Social

Apoio Social

No que respeita ao apoio social, o CHLC,EPE tem como missão colaborar na remoção dos problemas
psicossociais dos utentes/doentes, bem como desenvolver as suas potencialidades e enriquecimento das
suas vidas, ajudando a prevenir as disfunções que possam dificultar o seu tratamento e reabilitação/cura
com vista à sua reintegração social no pós-alta hospitalar. Assim, Área de Apoio Social efectua o
diagnóstico de necessidades de apoio social dos doentes e relevantes para a sua reabilitação plena,
promovendo, em articulação com as entidades competentes as acções necessárias para a sua
concretização; participa nas Equipas de Gestão de Altas, promovendo os contactos necessários e a

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 139


articulação com a família e/ ou instituição competentes permitindo a concretização da alta dos doentes no
momento da alta clínica, no âmbito do processo de continuidade de cuidados; efectua o levantamento,
caracterização e promover a actualização permanente do equipamento social que melhor resposta permita
às necessidades de apoio social dos doentes no âmbito do processo de diagnóstico, tratamento e
reabilitação dos doentes do CHLC,EPE e participa em estudos ou projectos sobre a satisfação dos doentes
e colaborar na análise e identificação das medidas que permitam optimizar os níveis de satisfação. No
âmbito destas funções, intervém nos serviços de Internamento e Ambulatório, procurando garantir o
acesso aos direitos básicos de cidadania e aos recursos institucionais ligados aos diversos sectores: Saúde,
Segurança Social (protecção social), Educação, Emprego/Formação Profissional, Habitação,
Misericórdias, ONG, IPSS, entre outras.

Dada a integração do HCC e da MAC ter ocorrido em Março de 2012 e dada a necessidade de
uniformização dos procedimentos, os dados do HCC e da MAC apenas dizem respeito ao 2.º semestre de
2012. O CHLC,EPE sem HCC e sem MAC será aqui abreviado de CHLC4.

Em 2012, verificaram-se 9.997 episódios sociais no CHLC4 (mais 263 do que em 2011) e 1.395 no HCC
e 3.289 na MAC durante o 2.º semestre de 2012.

Os doentes protelados por motivos sociais, são um problema que tem implicação directa na demora média
do internamento, pelo que tem sido uma preocupação constante do CHLC,EPE a diminuição do número
de doentes retidos por motivos sociais, fazendo um esforço integrado de recursos de apoio formal e
informal, sem nunca esquecer os valores deontológicos e éticos, a vontade do doente e a qualidade das
respostas equacionadas. Foram registados, em 2012, 185 doentes protelados (2.856 dias de internamento)
do CHLC4 e, no 2.º semestre, 22 doentes (1.192 dias) no HCC e 10 doentes (84 dias) na MAC.

Como principais motivos de protelamento, nos doentes adultos, temos as alterações associadas à estrutura
familiar actual, entre as quais a dificuldade em conciliar a vida profissional e familiar, a incapacidade ou
indisponibilidade das famílias para assumir o papel de principal cuidador, os baixos recursos económicos,
rede de suporte familiar inexistente e a falta de resposta atempada da rede de suporte formal. As doenças
do foro neurológico (com especial destaque para o AVC), são as que mais frequentemente resultam em
situações de protelamento devido à dependência física e/ou cognitiva destes doentes. No que respeita aos
menores, os principais motivos de protelamento foram a demora na definição e/ou aplicação de medida de
promoção/protecção, a ausência de vaga institucional adequada à criança/jovem (as CPCJ e os Tribunais
de Família e Menores, com as medidas aplicadas, são os responsáveis directos por estes factores
condicionantes e, por conseguinte, pelo acréscimo do número de dias de internamento hospitalar, pela
decisão de protelar o utente) e a mobilização da família alargada.

Participação do Utente

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 140


O CHLC,EPE prossegue como linha de orientação estratégica a procura sistemática de feedback dos
utentes, internos e externos, considerando, as suas opiniões/sugestões/reclamações como um instrumento
fundamental para uma análise das situações problema e sua eventual correcção.

O Gabinete do Utente, enquanto instrumento de gestão e meio de defesa dos Utentes dos Serviços de
Saúde, tem como objectivo, não só, ser um espaço de mediação, de diálogo e de participação dos
cidadãos, enquanto agentes detentores de direitos e deveres mas, também, tratar e encaminhar as
exposições que visam o funcionamento da instituição. Desde Fevereiro de 2007 que o CHLC,EPE regista
todas as exposições no Sistema de Gestão das Sugestões e Reclamações (SGSR) – Projecto Sim-Cidadão.

A cada exposição o sistema permite o registo de 3 ocorrências no máximo, desde que, de diferente
tipologia (reclamação, elogio e sugestão). De acordo com o manual Sim Cidadão é considerado:

• Exposição: a apresentação de reclamação, sugestão/opinião, elogio, com origem na percepção


do utente face às diferentes dimensões dos cuidados de saúde prestados pela Rede Nacional de
Prestação de Cuidados;
• Reclamação: a exposição que configura um desagrado, exigência ou reivindicação de, face a um
erro, negligência ou decisão que originou insatisfação.
• Elogio/Agradecimento: o reconhecimento manifestado pelo cidadão face ao desempenho de
profissionais, serviços ou Instituições.
• Sugestão: a proposta do cidadão para a melhoria do funcionamento e da qualidade da prestação
de cuidados.

A cada ocorrência, o sistema possibilita a tipificação, visando um ou mais problemas, um ou mais


serviços, um ou mais grupos profissionais e uma ou mais causas.

Quadro: Número de Exposições em 2012 no CHLC,EPE

Tipo de Exposição HSJ/HSAC HSM HDE HCC MAC Total

Reclamação 894 166 283 217 260 1820

Sugestão 2 1 1 1 5 10

Elogio 190 22 12 38 107 369

Total 1086 189 296 256 372 2199

Em 2012, no CHLC,EPE as reclamações baixaram cerca de 2,7% face a 2011, as sugestões também
reduziram em cerca de 60,9% e os elogios tiveram um acréscimo de 1,7%.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 141


Quadro: Exposições por Tipo

Tipo de Exposição 2011 2012 D 2011/2012

Reclamação 1870 1820 -50 -2,67% 

Sugestão 23 9 -14 -60,87% 

Elogio 268 369 101 37,69% 

Total 2161 2198 37 1,71% 

Em 2012, à semelhança de 2011, a maioria das reclamações incidiu no grupo profissional médico (45,6%)
e no pessoal dirigente (24,5%) embora, em 2012, se tenha registado uma redução de 11,8% das
reclamações no pessoal médico e um acréscimo de 11,9% no pessoal dirigente.

Quadro: Reclamações por Grupo Profissional

Grupo Profissional 2011 2012 D 2011/2012

Assistente Operacional 77 78 1 1,30% 

Assistente Técnico 193 260 67 34,72% 

Dirigente 464 519 55 11,85% 

Enfermeiro 144 132 -12 -8,33% 

Médico 1096 967 -129 -11,77% 

Outros 149 165 16 10,74% 

Total 2123 2121 -2 -0,09% 

O tipo de problema que, em 2012, originou maior número de reclamações é o tempo de espera pela
prestação de cuidados (26,2%), seguido pelo sistema de informação ao utente (15,4%) e cuidados
desadequados (13,3%).

Gráfico: Reclamações por Tipo de Problema


700

621 Reclamações por Tipo de Problema


600

500

400 365
316
292 291
300

209
200
146

100 73
56

0
Tempo Espera Sistemas de Cuidados Leis/Regras/Normas Atendimento Procedimentos Doentes sem Instalações e Cuidados Hoteleiros
Cuidados informação Desadequados Cuidados Equipamentos

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 142


Quadro: As 15 causas mais referidas nas reclamações
Causa da Reclamação Total
Tempo de espera no serviço de urgência 290
Falta de cortesia 232
Falta de Informação aos utentes 214
Tempo de espera para atendimento 168
Regras inadequadas/inaplicáveis 144
Taxas Moderadoras 135
Desorganização do serviço de admissão 116
Falta de informação adequada em tempo útil 101
Diagnóstico incompleto 74
Falta de Qualidade na Assistência 72
Tempo de espera para MCDT 66
Falta de Informação aos familiares 65
Falta de pessoal de enfermagem 54
Recusa de consulta 51
Tempo de espera para consultas de especialidade 42

Em 2012, os elogios incidiram predominantemente no pessoal médico (31,8%) e no pessoal de


enfermagem (28%). Na generalidade, os elogios, face a 2011, tiveram taxas de crescimento muito
significativas em todos os grupos profissionais.

Quadro: Elogios por Grupo Profissional

Grupo Profissional 2011 2012 D 2011/2012

Assistente Operacional 139 172 33 23,74% 

Assistente Técnico 79 108 29 36,71% 

Dirigente 18 17 -1 -5,56% 

Enfermeiro 187 270 83 44,39% 

Médico 204 307 103 50,49% 

Outros 58 91 33 56,90% 

Total 685 965 280 40,88% 

Os tempos médios de resposta às exposições efectuadas têm vindo a ter um significativo e sustentado
decréscimo, desde 2009, tendo-se verificado, em 2012, uma redução de cerca de 2 dias face a 2011.

Gráfico: Evolução do tempo médio de resposta às exposições

250,0 Tempos Médios de Resposta

204,8
200,0

150,0

105,1
100,0
71,0
68,7
50,0

0,0
2009 2010 2011 2012

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 143


O CHLC,EPE para dar cumprimento à sua linha de orientação estratégica neste domínio, além dos Livros
de Reclamações, tem a funcionar, projectos de recolha de sugestões/reclamações que possibilitam
aumentar de forma significativa essa participação e desenvolver simultaneamente acções que contribuam
para a melhoria da qualidade dos serviços que presta.

Como exemplo, pode referir-se o projecto “Mostre-nos um Cartão”, a decorrer no Hospital de Santa
Marta.

Como consequência deste projecto o Hospital vem desenvolvendo, ao longo dos últimos anos, um
conjunto de acções na sequência das reclamações ou sugestões dos doentes e profissionais que
representam um investimento significativo, em termos de melhoria das condições de privacidade,
conforto, minimização do ruído, beneficiação de instalações sanitárias, entre outras.

Sustentabilidade Ambiental

O CHLC,EPE, tem como premissa a sensibilização, a consciencialização e a responsabilização de todos


os profissionais para a gestão do risco nas suas várias vertentes. Quanto à preocupação ambiental, o
CHLC,EPE, tem vindo a desenvolver um conjunto de medidas concretas de melhoria, relacionadas com a
correcção de diversas situações.

No âmbito da Saúde Ocupacional, tem sido preocupação a melhoria das condições ambientais tendo sido
realizadas análises aos acidentes e incidentes de trabalho, análises de higiene e segurança nas zonas
comuns, registo e auditorias à utilização dos EPI, formações aos profissionais sobre exposição a fluidos
potencialmente infecciosos e movimentação inadequada de cargas e videovigilância de determinadas
zonas de risco do Centro Hospitalar.

No âmbito da Gestão de Resíduos, o CHLC,EPE, tem dado continuidade ao desenvolvimento da


actividade de identificação, análise e avaliação dos riscos nas áreas comuns e nos serviços do Centro
Hospitalar, de monitorização das medidas correctivas planeadas versus as implementadas e da reavaliação
dos riscos identificados. Tem desenvolvido um trabalho sobre a qualidade dos mesmos e nomeadamente
dos seus efluentes líquidos, o que possibilitou o controlo deste tipo de poluentes com as vantagens para o
ambiente da comunidade envolvente. Os resíduos abordados foram, entre outros, solventes, líquidos de
lavagem, licores não orgânicos, solventes não halogenados, corantes, líquidos desinfectantes, detergentes,
películas de raios-X contendo prata, resíduos hospitalares dos grupos III e IV, produtos químicos
contendo substâncias perigosas, papel e cartão e lâmpadas fluorescentes contendo mercúrio. As unidades
abrangidas foram diversas, nomeadamente a Patologia Clínica, Anatomia Patológica (neste momento de
Unidades centralizadas no HSJ), Blocos Operatórios, Estomatologia, Laboratório de Hemodinâmica,
Imagiologia, várias unidades de internamento, Unidade de Broncologia, Imunohemoterapia e Serviços
Farmacêuticos.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 144


Foi actualizada a política de Gestão de Resíduos do CHLC,EPE, sendo todos os resíduos produzidos
triados e adequadamente tratados. Para o efeito são programadas periodicamente auditorias internas, que
contam com a presença de elementos pertencentes ao CHLC,EPE e de elementos da empresa prestadora
de serviços (SUCH), servindo também como instrumento de controlo da prestação e de sensibilização dos
profissionais nesta matéria.

Foram igualmente realizadas sessões de formação visando a melhoria do controlo e triagem dos resíduos
produzidos, com vista a uma maior selectividade dos mesmos bem como a uma redução de custos.
Reforçou-se, ainda, a triagem de materiais novos, para reciclagem, de acordo com as boas práticas
ambientais.

O protocolo existente com a ECOLUB tem assegurado a recolha dos óleos industriais, sendo que, na área
alimentar, são assegurados por empresas credenciadas mediante acordos estabelecidos com os prestadores
de serviços.

O volume de cartão proveniente de todos os abastecimentos ao Centro Hospitalar assume, cada vez mais,
uma particular importância. Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e do SUCH, os compactadores
de cartão entretanto instalados, permitiram uma redução substancial do volume produzido, dos
inconvenientes ecológicos daí decorrentes, e, em última instância, numa adequada abordagem da
problemática ambiental, quanto ao tratamento daqueles resíduos e aos custos inerentes associados.

Assim, durante o ano de 2012, foram recolhidos e tratados no CHLC,EPE os seguintes resíduos (não
incluindo os resíduos dos grupos I e II – equiparados a urbanos – recolhidos gratuitamente pela CML):
• Resíduos Hospitalares dos Grupos III e IV (1.311.656,13 kg);
• Resíduos Líquidos Perigosos (79.700,65 L);
• Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (1.860,00 kg);
• Resíduos Recicláveis (19.316,00 kg);
• Outros Resíduos Especiais (Monstros, Entulho Obras, Lâmpadas) (64.577.45 kg).

No âmbito da Prevenção de Incêndios, a implementação da sua estratégia de responsabilização de todos


os profissionais para a Gestão do Risco e sendo a segurança contra incêndios uma das mais relevantes, o
CHLC,EPE tem vindo a desenvolver um programa global nesta área. Assim, tornou-se imperioso que os
profissionais desenvolvam conhecimentos e competências nesta área com vista à promoção de uma
cultura de prevenção e de segurança no CHLC,EPE, através da participação nos cursos de formação
adequados. No final destes cursos, os formandos ficaram habilitados a:

 Enunciar o fenómeno do fogo e principais riscos de incêndio;


 Adoptar os procedimentos básicos de prevenção contra incêndios;
 Identificar os aspectos gerais de organização da segurança definidos em planos de emergência;
 Interiorizar a conduta a ter em caso de detecção de um incêndio ou outra situação de emergência;
 Saber utilizar o agente extintor adequado ao tipo de combustível presente.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 145


No âmbito da concepção e construção de obras públicas, incluindo iluminação e equipamentos, o
CHLC,EPE nos cadernos de encargos para aquisição de obras, iluminação e equipamentos considerou
sempre que aplicável requisitos que melhorassem a eficiência energética, tais como:
• Instalação de torneiras com accionamento por célula fotoeléctrica tentando criar ciclos de
utilização equilibrados, racionalizando assim o consumo de água;
• Instalação de células fotoeléctricas para racionalização do consumo energético na iluminação de
zonas comuns;
• Substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras de baixo consumo;
• Substituição gradual dos autoclismos pelos de dupla carga; à medida da necessidade de
substituição;
• Colocação de portas automáticas com vista à melhoria do conforto térmico dos espaços
interiores, estando, este facto, associado a uma melhor eficiência energética dos sistemas de
climatização;
• Instalação de janelas com caixilharia com corte térmico e de vidros duplos;
• Instalação de estores com corte térmico.

No âmbito dos transportes, incluindo equipamentos e serviços de transporte, a frota automóvel do


CHLC,EPE é constituída, na sua maioria, por viaturas antigas (média superior a 16 anos), o que
determina encargos acrescidos com a sua manutenção, tendo presente que as mesmas têm uma utilização
intensiva.

Reparação de viaturas - 2011/2012


Hospital 2011 2012 Variação %
HSJ/HSAC/MAC/HCC (*) 83.963,76 € 71.483,18 € - 14,9
HSM 14.504,87 € 8.305,87 € - 42,7
HDE 11.531,53 € 6.077,70 € - 47,3
TOTAL 110.000,16 € 85.866,75 € - 21,9
(*) - Desde Maio de 2012 incluída a MAC e HCC

Nesta frota estão incluídas 10 ambulâncias, número insuficiente para fazer face ao número de doentes que
diariamente são necessário transportar, pelo que se torna necessário recorrer a entidades externas de
transporte de doentes (mediante concurso).

De modo a assegurar o transporte de profissionais entre os seis hospitais, racionalizando a utilização de


viaturas e a consequente emissão de CO 2, manteve-se implementado um circuito com recurso a uma
viatura de 9 lugares. O CHLC,EPE, para assegurar alguns transportes internos, dispõe, ainda, de viaturas
eléctricas, nomeadamente no HSM (transporte de roupa); HDE (transporte de roupa e medicamentos) e
HSAC (medicamentos e produtos esterilizados). Está igualmente estabelecido um protocolo com a
ValorPneu, para a recolha de Pneus Usados. As viaturas que integravam a frota automóvel do
CHLC,EPE, e que foram para abate, foram recolhidas pela Empresa Renascimento - Soc. de Recuperação
e Valorização de Resíduos.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 146


O actual concessionário do Serviço de Transporte de doentes está certificado pelo TUV, nas normas ISO
9001:2000 e ISO 14001:2004 – Responsabilidade Ambiental. As viaturas afectas à prestação de serviços
têm sido adquiridas de acordo com os normativos, sendo a manutenção e validação efectuada anualmente

Durante o ano de 2012, ocorreram mudanças significativas com o transporte de doentes não urgentes que
passaram a ser encargo do Hospital prescritor do acto clínico a montante do transporte pelo que, e de
acordo com o mapa seguinte, o nº de transportes e respectivos encargos aumentaram, respectivamente, em
83,7% e 41,8%.

Transporte de Doentes - 2011/2012

Aquisição de Serviços Externos


2011 2012 Variação %
Hospital
N.º Custos N.º Custos N.º Custos
HSJ/HSAC/MAC/HCC 1.511 132.615,06 € 3.245 234.033,36 € 114,8 76,5
HSM 636 77.000,00 € 562 57.500,00 € - 11,6 - 25,3
HDE 135 24.848,95 € 384 41.051,73 € 184,4 65,2
TOTAL 2.282 234.464,01 € 4.191 332.585,09 € 83,7 41,8

No âmbito da Energia:

Cogeração: o CHLC,EPE tem instalado desde Dezembro de 2005, no HSJ, um sistema de cogeração. A
cogeração consiste no aproveitamento local do calor residual originado no processo termodinâmico de
geração de energia eléctrica por combustão interna alimentada a gás natural. O aproveitamento dá-se sob
a forma de vapor e água quente que garante grande parte das necessidades de água quente para
aquecimento do hospital bem como águas quentes sanitárias.

Equipamentos: o CHLC,EPE tem como política na aquisição de equipamentos garantir que estes possuam
o melhor rácio entre a energia final e a energia inicial, ou seja, tentar enquadrá-los, sempre que possível,
nas classes energéticas superiores.

Gestão automática de sistemas: o CHLC,EPE tem um parque de equipamentos e sistemas de climatização


cujo controlo e funcionamento é maioritariamente efectuado de forma autónoma e automática. O HSJ o
HCC têm ainda, um sistema de gestão técnica centralizado, onde podem monitorizar e alterar parâmetros
em tempo real (actualmente no HSJ aplica-se a três sistemas de climatização). Esta metodologia permite
melhorar o conforto térmico dos espaços interiores, estando, este facto, associado a uma maior
racionalização no consumo e eficiência energética.

Banco de baterias de condensadores: o CHLC,EPE instalou, em 2009, bancos de baterias de


condensadores no PT 1 do HSJ e KGBT no HSAC. A instalação destes bancos de baterias traduz-se numa
poupança energética, dado que toda a energia consumida é energia activa (útil), deixando de haver
consumo de energia aparente (reactiva). Actualmente os seis hospitais do CHLC,EPE têm bancos de
baterias de condensadores.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 147


Isolamento térmico: com o objectivo de minimizar perdas de calor nas tubagens e depósitos de
acumulação de águas quentes, frias e vapor segue-se, no CHLC,EPE, uma rotina de
substituição/reparação de isolamentos térmicos das tubagens, traduzindo-se numa melhor eficiência
energética dos sistemas associados.

Energia eléctrica: no CHLC,EPE têm sido lançados, desde 2010, concursos públicos internacionais para
aquisição de energia eléctrica cujos cadernos de encargos possuem requisitos ecológicos.

Eficiência energética: o CHLC,EPE promove as boas práticas e instalações de sistemas que promovam a
eficiência energética das instalações e equipamentos com base em avaliação técnico-económica.

No âmbito das prestações de serviços de gestão e manutenção de equipamentos e de infra-estruturas


públicas, genericamente, as actividades de manutenção de equipamentos e de infra-estruturas, têm como
objectivo, o aumento do rendimento dos sistemas e equipamentos diminuindo assim, o consumo
energético dos mesmos bem como o possibilitando o aumento do seu ciclo de vida, contribuindo para
poupar o ambiente. A substituição de peças e acessórios nos equipamentos bem como os upgrades visam
melhorar a eficiência e rendimento dos equipamentos bem como prolongar o seu tempo de vida útil. Os
equipamentos do CHLC,EPE estão abrangidos por contratos anuais de manutenção e assistência técnica
que possuem requisitos ambientais, nomeadamente, a obrigatoriedade dos fornecedores tratarem os
resíduos sólidos e líquidos decorrentes das acções de manutenção nos termos da legislação em vigor.

No âmbito dos equipamentos de escritório, o CHLC,EPE tem adquirido equipamentos que cumprem os
diversos critérios de eficiência energética.

No que concerne aos produtos de higiene e limpeza, a preocupação do CHLC,EPE nesta matéria passou
por garantir que os produtos de limpeza das mãos são usados na quantidade apropriada pelo que
disponibiliza em todos os locais em que se utiliza este produto embalagens providas de doseadores. Desta
forma garante-se que não existe desperdício reduzindo o impacto ambiental deste tipo de resíduos.
Acresce referir que os produtos de limpeza adquiridos são, também, respeitadores do ambiente pois são
biodegradáveis e isentos de cloro.

É de salientar, que a informatização, com especial enfoque no Processo Clínico Electrónico, constitui
uma prioridade estratégica de curto e médio prazo. No ano de 2012, foi dada continuidade a esta
estratégia, através da adopção de um conjunto de medidas transversais a todas as áreas do CHLC,EPE,
que permitem reduzir ou mesmo eliminar a circulação e consumo de papel, toner, películas, energia e
outros produtos, dentro do Centro Hospitalar, minimizando o risco e o impacto ambiental e contribuindo
para aumentar a segurança dos doentes, designadamente:

 Alargamento de software que permite substituir o processo clínico em suporte de papel pelo
processo clínico electrónico, incluindo a prescrição interna de medicamentos ao nível do
internamento, consulta externa, hospital de dia, urgência e meios complementares de diagnóstico
e terapêutica;

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 148


 O sucesso da informatização da Patologia Clínica e da Anatomia Patológica, iniciada em 2010,
que permitiu a requisição de análises e a visualização dos resultados sem necessidade de recurso
a papel, com uma taxa de requisições electrónicas de cerca de 98%;
 Consolidação do sistema PACS, nos quatro hospitais, permitindo o armazenamento e
visualização de exames de imagem sem necessidade de impressão em película, contribuindo para
o aumento da segurança das prescrições, a minimização do risco para o doente e a redução dos
resíduos ambientais;
 Informatização integral do processo clínico nas urgências geral e pediátrica do CHLC,EPE que
permitiu entrar numa filosofia de paperless;
 Em 2012 integrou-se no sistema toda a área de Eletrocardiografia.
 Alargamento do sistema de comunicação Conexall, que permitiu a redução de papel, ao eliminar
requisições internas, reduzir o número de comunicações telefónicas e o número de deslocações
em viaturas entre os hospitais que integram o CHLC,EPE, o que levou a uma diminuição do
consumo de combustíveis e consequentemente à redução da emissão CO2;
 Expandiu-se o projecto de implementação de uma aplicação informática para os pedidos de
alimentação a doentes, substituindo os atuais impressos. Esta solução permite uma redução ao
nível do consumo de papel, assim como, um maior controlo nos consumos de alimentação;
 Expandiu-se a política de virtualização de servidores. Esta implementação, tem permitido
desligar alguns servidores, reduzindo o consumo de energia e otimizando a gestão do
equipamento informático;
 Implementou-se o sistema Pyxis na Urgência Geral, automatizando a cedência de medicamentos
ao utente, permitindo um maior controlo com acessos e consequentemente eliminando o
desperdício.
 O CHLC,EPE informatizou ainda, toda a área de eletrocardiografia, integrada com o processo
clinico eletrónico, seguindo a filosofia de integração entre todas as aplicações existentes, no
intuito, de informatizar o processo clínico.
 Criaram-se políticas ao nível do sistema central de minimização do consumo de toner colocando
as impressoras a imprimir em modo económico.
 Continuidade do projeto de informatização da gestão e planeamento de horários e registo de
assiduidade de todos os colaboradores do CHLC,EPE;
 Deu-se continuidade à informatização do processo de avaliação de desempenho (SIADAP),
pretendendo-se ainda, proceder à desmaterialização do mesmo a médio prazo (por exemplo,
redução de toner cerca de 11.000 folhas de papel anualmente);
 Foi adquirido em 2009, um software de gestão documental eletrónica cuja implementação teve
início em 2010 e que permitirá desmaterializar um importante conjunto de documentos que
circulam atualmente em papel. No âmbito deste projeto já está implementado o arquivo
eletrónico da Área de Gestão de Recursos Humanos que permitirá reduzir a circulação de
documentação em suporte de papel entre serviços;
 Utilização de envelopes reutilizáveis para comunicações internas;
 Utilização da plataforma eletrónica de compras públicas;

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 149


 Expansão das requisições de compra e de pedidos eletrónicos de materiais aos armazéns;
 Encontra-se em fase de implementação a introdução dos questionários de avaliação das
prestações de serviço em suporte informático em substituição dos anteriormente remetidos em
suporte de papel;
 Foram colocados na Intranet do Centro Hospitalar todos os Cadernos de Encargos referente às
prestações de serviços permitindo a sua consulta pelos diversos Serviços utilizadores,
substituindo o seu envio em suporte de papel.

Qualidade

Em conformidade com a sua missão e visão expressas no plano de acção de 2012, conteúdo do qual
salientamos “continuar o projecto de acreditação com a norma do chks-healthcare accreditation quality
unit de modo a acreditar as áreas não clínicas do CHLC,EPE e as áreas clínicas do HSJ e do HSAC em
2012 e 2013”, a Comissão da Qualidade e Segurança do Doente (CQSD), no sentido de melhor
operacionalizar esta vertente da sua intervenção e, após, a reestruturação interna criou cinco núcleos de
actividade: Núcleo de gestão documental; Núcleo de Auditorias Externas; Núcleo de Auditorias Internas;
Núcleo de Melhoria Contínua da Qualidade e Núcleo de comunicação.

Núcleo de gestão documental: O desenvolvimento e a actualização do sistema documental, enquanto


quadro de referência para garantir as melhores práticas e a melhoria dos cuidados, tem sido uma
prioridade e tem contado com o empenho e a participação dos profissionais das diversas áreas
operacionais do CHLC,EPE.

O sistema documental da qualidade foi elaborado numa perspectiva de transversalidade ao CHLC,EPE,


não descurando a especificidade dos diferentes polos que o integram e contando já com um vasto número
de documentos. A estrutura do sistema documental assenta em seis níveis de documentos,
respectivamente: políticas, procedimentos multissectoriais, normas de orientação clínica, protocolos
clínicos, procedimentos sectoriais e instruções de trabalho.

É da responsabilidade da CQSD a coordenação do processo de manutenção e monitorização da gestão


documental. Assim, com o objectivo de agregar toda a informação, relativamente à documentação (POL,
PM, PRT, PS e IT) realizada, referente ao sistema documental da qualidade, foi criada uma base de dados
em Access Q-DOC.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 150


Quadro: Apresentação da Q_DOC

Actualmente o sistema documental dispõe de 33 políticas, 260 procedimentos multissectoriais, 6


protocolos clínicos, 1268 procedimentos sectoriais e 245 instruções de trabalho.

O processo de revisão de documentos prevê a sua actualização de 3 em 3 anos. No entanto, os


documentos são revistos sempre que existam alterações normativas, de circuitos ou outras.
Presentemente, existem 43 edições B e 5 edições C.

Através da consulta à base dados Q_DOC podemos afirmar que, desde 2008, a CQSD controlou a
elaboração de 5.758 documentos, estando incluídos todos os tipos de documentos (POL, PM, PRT, PM,
PS e IT) e todas as edições (edição A, B e C). O número de profissionais envolvidos na elaboração de
documentos foram 1.104, o que dá uma percentagem de 18%, face ao universo dos profissionais do
CHLC,EPE (excluindo Hospital Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa).

A necessidade de elaboração de folhetos/guias informativos para os doentes e famílias pode estar


associada a PM, ou relacionada apenas com a actividade de uma área ou especialidade em particular, pelo
que houve necessidade de definir circuitos diferentes para cada uma das situações. Existem um total de
133 folhetos/guias/cartazes informativos disponibilizados na intranet, dos quais 27, foram publicados, em
2011, e os restantes 106, em 2012.

Conforme projecto do CHLC,EPE relativamente à reestruturação do novo SITE, foi realizada a


organização e estruturação da informação a ser divulgada ao público no campo de informação
institucional. Esta informação, foi concluída em Outubro de 2012, estando disponível no site do
CHLC,EPE.

Foi também proposto pela CQSD a divulgação de todas as políticas e alguns procedimentos
multissectoriais realizados pelos profissionais do CHLC,EPE. Para o efeito, foi criado um campo para a
divulgação da Base Documental da Qualidade e Segurança do Doente que integra normas de boa prática
para cada uma das áreas operacionais do CHLC,EPE estando, em fase de licenciamento de acordo com os
termos de licença pública Creative Commons.

Núcleo de Auditorias Externas: Este núcleo tem a função de monitorizar todas as fases do projecto de
acreditação do CHLC,EPE que, em 2012, teve como foco principal a realização da primeira auditoria a

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 151


áreas clínicas (8) do HSJ e do HSAC, realizada em Outubro de 2012, a conclusão da segunda auditoria às
normas Corporate, com a análise do relatório enviado pelo CHKS e as Auditorias focalizadas ao HSM e
HDE.

Foram realizadas duas auditorias de monitorização ao HSM e ao HDE pelo CHKS, previstas e necessárias
para a manutenção da acreditação destes Hospitais. A primeira auditoria externa às áreas clinicas (foram
auditadas 8 Áreas/Especialidades já referidas), decorreu entre os dias 22 e 25 de Outubro. Os resultados
provisórios, permitem destacar um nível de conformidade total de 95,7% o que significa que dos 3.668
critérios avaliados, 3.508 foram considerados com conformidade total, 151 (4,1%) com conformidade
parcial e 9 (0,2%) foram considerados não conformidades. Relativamente às normas específicas, podemos
constatar que, grande parte dos critérios, foi avaliado como conformidade total, existindo cerca de 50%
(4) das Áreas/Especialidades com resultados de 100% nas suas normas específicas, como se pode
verificar através dos gráficos seguintes:

Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Diagnóstico Biomédico

Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Diagnóstico Por Imagem

Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Hemato-Oncologia

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 152


Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Medicina Física e de Reabilitação

Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Gastrenterologia

Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Anestesiologia e Blocos Operatórios

Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Medicina

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 153


Gráfico: Conformidades relativas às normas específicas da Área de Urgência Geral e Cuidados Intensivos

Após a realização da auditoria a áreas Corporate, realizada em Dezembro de 2011, e com as correcções
implementadas em critérios não conformes, - constatadas pelo auditor coordenador/Client manager em
Outubro de 2012, foi enviado à CQSD um relatório final onde se pode constatar a existência de 17
critérios em conformidade parcial.

Quadro: Outstandings da auditoria às Áreas Corporate

Áreas/Especialidades Critérios
Technical Department 3
Support & Logistics Department 1
Hotel & Support Services 6
Clinical Support Services 7
TOTAL 17

Núcleo de Auditorias Internas: As auditorias constituem uma ferramenta de gestão, para a monitorização
e verificação da implementação eficaz da política da qualidade numa organização. Neste sentido, a CQSD
tem promovido desde 2011 a utilização de auditorias internas, como ferramenta do ciclo de melhoria,
através da elaboração e implementação de um Programa Anual de Auditorias Internas da Qualidade
(PAAIQ). O PAAIQ 2012 foi preparado pela CQSD em articulação com outras entidades do CHLC,EPE.

Foram planeadas 23 Auditorias Internas da Qualidade tendo sido executadas 22 que envolveram 71
profissionais do CHLC,EPE com formação em auditoria interna. Estas auditorias foram lideradas por
quatro Auditores Coordenadores e 13 Auditores Coordenadores em formação. A totalidade do tempo
utilizado durante o ano de 2012 para a concretização do PAAIQ foi de, aproximadamente, 2.600 Horas.
Foram auditadas 31 Normas do Manual do CHKS de 2010 com uma abrangência de 168 critérios e 28
Procedimentos Multissectoriais. Foi objectivo do PAAIQ de 2012 o envolvimento de quatro pólos do
CHLC,EPE (HSJ, HSM, HSAC e HDE) em todas as auditorias internas realizadas à semelhança do ano
anterior. Nas 22 auditorias realizadas foram envolvidas um total 32 Áreas/Especialidades e auditados
cerca de 162 Locais/Unidades. Para a concretização da constituição da Bolsa de Auditores Internos

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 154


existente, houve necessidade de ser alargada a um número maior de profissionais, pelo que a CQSD, em
parceria com a Área de Gestão da Formação, realizou uma acção de formação de “Auditorias Internas”
nos dias, 10 a 19 de Setembro de 2012, com o total de 40h, tendo sido formados 22 profissionais. Foram
também realizados dois cursos para formação de Auditores Coordenadores nos dias 8 a 12 de Março e de
9 a 13 de Abril de 2012 com uma duração de 15 h cada, tendo sido formados 16 profissionais. A
realização de duas auditorias por 29 profissionais formados com aproveitamento, bem como de 19
auditores que transitaram da bolsa de auditores de 2011 permitiu a constituição da presente Bolsa de
Auditores do CHLC,EPE, que, neste momento, abrange 48 profissionais.

Núcleo de Melhoria Continua da Qualidade: A “Acreditação” é um processo essencial para melhorar a


prestação e aumentar a segurança dos cuidados de saúde. Neste sentido, um dos objectivos da CQSD é a
adopção de uma metodologia de melhoria contínua que, pressupõe, uma abordagem sistemática e
sequencial de resolução de problemas. Em 2012, iniciou-.se a actividade deste núcleo para
implementação de um sistema de gestão de dispositivos electrónicos de perfusão no CHLC,EPE. A
grande variedade de equipamentos (modelos e marcas) existente nas Unidades do CHLC,EPE bem como
a não centralização dos equipamentos dificulta a sua gestão e potencia os riscos relativamente à segurança
do doente. Neste sentido, foi realizada a construção da base de dados e realizado levantamento dos DEP
existente no CHLC,EPE.

Núcleo de Comunicação: A Comissão da Qualidade e Segurança do Doente criou um novo “Núcleo”,


designado por Gestão da Comunicação (GESCOM), com as seguintes atribuições:

 Propor medidas para promoção da imagem da CQSD;


 Desenvolver as relações institucionais, nomeadamente através de eventos e actividades culturais,
que contribuam para a humanização e qualidade dos serviços;
 Editar uma Newsletter, trimestralmente, para circular em formato electrónico, divulgando o
trabalho desenvolvido pela CQSD;
 Dinamizar a página electrónica da CQSD no site do CHLC,EPE.

Workshops da Qualidade: Com a realização de um workshop anual, a CQSD pretendeu criar canais de
comunicação que permitissem dar visibilidade ao programa da qualidade em curso e incrementar os seus
níveis de aceitação. O 1.º evento, em 2010, esteve associado ao tema de elaboração de políticas e
procedimentos da Qualidade e teve o título “Da Prática à Norma, da Norma à Prática”. O 2.º evento, em
2011, preocupou-se com a temática do “Planear a Mudança” e o 3.º evento, em 2012, com a garantia de
resultados (outcomes) favoráveis.

8.7.4. Identificação dos principais riscos para a actividade e para o


futuro da empresa

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 155


Os principais riscos para a actividade e para o futuro do CHLC,EPE são os seguintes:

• Não construção do novo Hospital de Lisboa Oriental que substitua as actuais estruturas
profundamente degradadas e carentes de investimentos avultados;
• Infra-estruturas envelhecidas e inadequadas que, por questões de segurança, originam diversas
intervenções de conservação e manutenção com elevados custos e criam constrangimentos na
rentabilização óptima dos recursos;
• Pressão da inovação, especialmente na área do medicamento e dos dispositivos médicos com custos
elevados e ausência de partilha de riscos com a indústria;
• População envelhecida, elevada incidência de patologias crónicas e referenciação de doentes para
especialidades altamente diferenciadas e como tal consumidoras de recursos (por ex., transplantes,
mama e queimados);
• Dificuldade de retenção e de captação de profissionais qualificados em algumas áreas;
• Envelhecimento geral dos quadros médicos com especial relevância em anestesiologia, cirurgia
plástica, obstetrícia e otorrinolaringologia;
• Sub-financiamento crónico consequência do Contrato Programa se basear em ICM observados em
2011, que não reflectem as alterações ocorridas em 2012, bem como na falta de financiamento de
diversas linhas de produção nomeadamente quanto a alguns medicamentos cedidos gratuitamente
em ambulatório. De salientar que os preços de 2012 sofreram uma redução de cerca de 8,7% nos
GDH e urgência e de 39,3% nas consultas.

8.7.5. Forma de cumprimento dos princípios inerentes a uma


adequada gestão empresarial

O CHLC,EPE tem vindo a cumprir, com rigor e racionalidade de gestão, os princípios orientadores e as
metas fixadas pela Tutela, sendo de realçar os impactes positivos das boas práticas de governação clínica
quer no domínio da melhoria da qualidade da prestação de cuidados de saúde, quer na equidade do
acesso, quer nos resultados obtidos quando comparado com as metas contratualizadas com a Tutela num
processo de benchmarking, quer ainda na adopção de uma cultura de eficiência de gestão e de
sustentabilidade ambiental.

O CHLC,EPE, num contexto de restrições orçamentais únicas e numa conjuntura altamente desfavorável,
tem vindo, graças ao empenho, profissionalismo e elevada competência técnica e humana dos seus
colaboradores, e desempenhar um importantíssimo papel assistencial no âmbito do SNS, na senda do
antigo Grupo dos Hospitais Civis de Lisboa, contribuindo para elevar o prestígio da Medicina portuguesa
e garantir à população a melhor prestação de cuidados de saúde possível.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 156


8.7.6. Salvaguarda da competitividade

O CHLC,EPE continuará a reforçar as sinergias da integração realizada em 2007 e a articulação com


outros hospitais, na linha da reestruturação da rede hospitalar de Lisboa.

O CHLC,EPE continuará ainda, a prosseguir uma política de desenvolvimento da investigação, ensino e


formação, bem como à modernização dos sistemas de tecnologias de informação e comunicação.

O CHLC,EPE continuará também, a prosseguir uma estratégia de racionalização de investimentos no


sentido de garantir a melhoria contínua da qualidade da prestação de cuidados de saúde.

Constituirá ainda, como pilar nuclear da gestão do CHLC,EPE, a preocupação constante da contenção da
despesa e do aperfeiçoamento do processo de contratualização da actividade assistencial, quer através do
desenvolvimento da contratualização interna, quer através do reforço dos mecanismos de monitorização e
acompanhamento pelos órgãos de tutela, encaixando a pressão do crescimento dos custos, nomeadamente
os que advêm das novas terapêuticas medicamentosas.

8.7.7. Planos de acção para o futuro

8.7.7.1. Actividade Assistencial para 2013

O objectivo nuclear da actividade assistencial continuará a ser o de manter e diferenciar o nível e


qualidade da capacidade de resposta do CHLC,EPE, com ênfase em áreas organizacionais, que
promovam uma maior ambulatorização da actividade.

Assim, dar-se-á continuidade ao programa de ajustamento e articulação das unidades dos hospitais
integrados, continuando o processo de diminuição sustentada da lotação, com especial atenção a épocas
do ano mais sensíveis, procurando atingir uma redução gradual da demora média da instituição, tendo
como objectivo o seu alinhamento progressivo com as melhores práticas.

Por outro lado, e genericamente na Área Cirúrgica, dar-se-á continuidade ao desenvolvimento e


consolidação da actividade assistencial segundo unidades funcionais, agregando diversas disciplinas
médicas e cirúrgicas conforme as patologias prevalecentes no CHLC,EPE.

Continuar-se-á a manter uma forte aposta nas áreas de ambulatório, estimulando especialmente o
crescimento da Cirurgia em Ambulatória.

Continuará a constituir objectivo fundamental a rentabilização da utilização dos Blocos Operatórios


existentes, promovendo o alargamento do seu período de funcionamento, sempre que a procura de

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 157


cuidados o justifique. Todavia, a redução de médicos anestesistas e a persistente dificuldade no seu
recrutamento, que se vem verificando, poderá condicionar esta rentabilização.

A promoção do desfasamento da programação das Consultas Externas, melhorando a acessibilidade,


reduzindo os tempos de espera para marcação e no dia da consulta e, monitorizando as taxas de
cancelamento constituirá outro objectivo essencial. Prevê-se para 2013 que a referenciação de doentes
através do sistema informático aumente, o que permitirá monitorizar os tempos de espera e adequá-los às
regras da consulta a tempo e horas.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 158


Metas 2013 da Actividade Assistencial
2012
PD2013/
PD 2013 (consolidado
2012
)
Internamento
Lotação (Dezembro) (*) 1.329 1.490 -10,8 %
Doentes Saídos 53.167 54.458 -2,4 %
Doentes Saídos (sem Berçário) 49.769 50.217 -0,9 %
Berçário 3.398 4.241 -19,9 %
Demora Média (*) 8,7 9,2 -5,2 %
Taxa de Ocupação (%) (*) 89,4% 82,6% 6,8 p.p.
Consulta Externa
Total de Consultas 811.673 808.162 0,4 %
Primeiras 216.943 206.792 4,9 %
Subsequentes 594.730 601.370 -1,1 %
% Primeiras / Total 26,7% 25,6% 1,1 p.p.
Urgência
Total de Atendimentos 267.860 265.623 0,8 %
Urgência Geral 157.269 150.784 4,3 %
Urgência Gin./Obstetrícia 22.680 25.775 -12,0 %
Urgência Pediátrica 80.325 81.524 -1,5 %
Urgência Psiquiátrica 7.586 7.540 0,6 %
% Doentes Internados 8,5% 10,4% -1,9 p.p.
Actividade Cirúrgica
Total de Cirurgias 44.848 42.882 4,6 %
Convencional Programada 17.570 16.665 5,4 %
Ambulatório 19.735 18.383 7,4 %
Urgente 7.543 7.834 -3,7 %
% Ambulatório / Cirurgia Programada 52,9% 52,5% 0,5 p.p.
Hospital de Dia
Sessões 39.496 42.908 -8,0 %
Sessões de Quimioterapia 12.484 12.086 3,3 %
Sessões de Hemodiálise 5.277 5.142 2,6 %
Partos
Total de Partos 3.520 4.633 -24,0 %
Eutócicos 1.799 2.186 -17,7 %
Distócicos 1.721 2.447 -29,7 %
Cesariana 1.056 1.386 -23,8 %
Outros 665 1.061 -37,3 %
% Cesarianas / Partos 30,0% 29,9% 0,1 p.p.
(*) sem Berçário

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 159


8.7.7.2. Principais Investimentos Previstos para 2013

Os actuais equipamentos e infra-estruturas continuam a condicionar o exercício da actividade e a


eficiência do CHLC,EPE. No que concerne aos equipamentos, a maioria deles já ultrapassou a sua vida
útil, pelo que urge proceder à sua modernização. Em termos metodológicos, o plano de investimentos
continuará a obedecer ao desenvolvimento das seguintes acções e procedimentos:

• Levantamento dos recursos existentes;


• Acompanhamento da evolução tecnológica que a medicina actual e de qualidade exige;
• Necessidade de tratar os doentes de acordo com as melhores práticas e manter uma capacidade
competitiva em relação a outros hospitais congéneres;
• Necessidade de relocalização de algumas especialidades, no quadro da centralização de algumas
especialidades;
• Desenvolvimento de Sistemas de Informação Integrados eficientes e eficazes, que sustentem a
tomada de decisões estratégicas e operacionais aos diferentes níveis de decisão;
• Necessidade de remodelar algumas instalações que não reúnem adequadas condições de
segurança para doentes e profissionais.

A elaboração do orçamento de investimentos teve em consideração a aquisição do Imobilizado previsto


para o ano 2013, no Business Plan, acrescido do equipamento que não foi possível adquirir em 2012. O
Investimento a realizar, considerando a actual conjuntura económica, terá em conta essencialmente, a
segurança dos doentes e dos profissionais.

Do investimento em obras a efectuar salienta-se a necessidade de intervir no HDE para adaptar as


instalações à transferência da MAC. No equipamento médico-cirúrgico prevê-se a aquisição de novo
equipamento para substituição do actual, cuja vida útil tenha sido ultrapassada, com particular relevância
para ventiladores e aparelhos de anestesia.

No equipamento informático, prevê-se a expansão dos sistemas informáticos existentes nos serviços
clínicos para o HCC e substituição de equipamento obsoleto, essencial para assegurar a prescrição
electrónica, o processo clínico electrónico e o suporte à digitalização e arquivo de imagem, bem como a
comunicação entre os hospitais do CHLC,EPE.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 160


8.8. Avaliação de cumprimentos dos Princípios do
Bom Governo

O CHCL,EPE tem desenvolvido todos os esforços necessários conducentes ao cumprimento dos


objectivos definidos pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de Março, que
estabelece os princípios de bom governo do sector empresarial do Estado.

Princípio Cumprimento
Missão, Objectivos e Políticas da Empresa TOTAL
Regulamentos Internos e Externos TOTAL
Informações sobre Transacções Relevantes com Entidades Relacionadas Não se aplica
Informação sobre Outras Transacções TOTAL
Modelo de Governo TOTAL
Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais TOTAL
Análise da Sustentabilidade da Empresa TOTAL
Código de Ética TOTAL
Gestão do Risco TOTAL
Eficiência da Política de Financiamento TOTAL

8.9. Código de Ética

O Código de Ética do CHLC,EPE está aprovado e disponível quer na Intranet quer na Internet no site:

http://www.chlc.min-saude.pt/ResourcesUser/CHL/Principios_Bom_Governo/Codigo_Etica.pdf

É esperado que todos os trabalhadores do CHLC,EPE, cumpram os seus códigos de ética profissional e,
nomeadamente, os códigos deontológicos, aprovados e publicados pelas respectivas Ordens Profissionais.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 161


8.10. Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e
Infracções Conexas

O CHLC,EPE deu cumprimento à recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção procedendo à


elaboração do seu Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas, datado de
Dezembro de 2009. Este Plano de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas foi remetido ao Conselho
de Prevenção da Corrupção, bem como ao Ministério da Saúde, que tutela a empresa. Do mesmo plano
foi dado conhecimento a todos os trabalhadores da empresa através da sua publicação na intranet da
empresa.

O CHLC,EPE assegura a gestão do risco continuamente em todas as áreas, utilizando uma abordagem
sistemática e consistente, para a qual é vital uma gestão integrada e a implementação da metodologia de
gestão do risco ao nível global, abrangendo especificamente as seguintes áreas:

• Segurança do Doente;
• Reanimação;
• Controlo de Infecções;
• Segurança no circuito do medicamento;
• Segurança na gestão da informação clínica;
• Gestão de reclamações, queixas e processos litigiosos;
• Higiene e Segurança dos Profissionais;
• Gestão de Resíduos;
• Segurança Geral;
• Segurança Contra Incêndios;
• Plano de catástrofe e planos de emergência interno.

De salientar que a Gestão de Risco além da dimensão clínica, segurança e saúde, incide também nas áreas
económica, financeira e patrimonial.

O CHLC,EPE implementou um sistema de controlo interno suportado em manuais de procedimento e


auditoria interna, cujo âmbito de aplicação envolve todas as áreas e unidades orgânicas.

A actividade da Gestão do Risco, em 2012, teve como fio condutor à semelhança do ano anterior a
consecução dos seus objectivos destacando-se as seguintes intervenções:

- Promoção da cultura de gestão do risco e segurança do doente, através da disseminação das políticas e
procedimentos para a segurança do doente, dos profissionais e do ambiente em geral, assim como, da
realização de um conjunto de acções de informação/formação orientadas para a resolução de problemas,
através dos interlocutores/responsáveis e profissionais dos vários sectores e unidades funcionais;

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 162


- Promoção de um programa de formação transversal ao CHLC,EPE no âmbito da gestão do risco e
segurança do doente, em articulação com a área de gestão da formação;

- Implementação da estrutura operacional da gestão do risco através da organização e formação de


equipas de apoio à gestão do risco e interlocutores de gestão do risco local;

- Implementação de instrumentos de gestão de risco em articulação com os directores/responsáveis das


áreas/especialidades e unidades funcionais do CHLC,EPE;

- Coordenação das actividades de identificação e avaliação de riscos para a segurança do doente e


segurança geral;

- Gestão dos incidentes de segurança do doente, dos profissionais e do público em geral, promovendo
entre os profissionais a prática habitual de registo, análise e monitorização de medidas correctivas para os
incidentes detectados na sua actividade diária;

- Desenvolvimento de um aplicativo informático de gestão do risco, para relato de incidentes, tendo como
base a classificação internacional sobre segurança do doente da Organização Mundial de Saúde. Este
aplicativo permite o relato de incidentes através da Intranet e a gestão efectiva dos mesmos pelos
elementos do GGR e Grupos de Análise Local. Contém também um módulo para a avaliação do risco de
queda do doente (escala de Morse) e risco de úlceras por pressão (escala de Braden).

- Utilização de indicadores de qualidade clinica e de resultados de auditorias clinicas como ferramenta do


ciclo de melhoria continua;

- Colaboração no programa de acreditação do CHLC,EPE articulando com a Comissão da Qualidade e


Segurança do Doente na implementação e monitorização das normas da gestão do risco do Manual de
Acreditação.

- Colaboração no Projecto dos Padrões da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem, nomeadamente na


gestão da informação e de indicadores relacionados com a segurança do doente no âmbito das quedas de
doentes e úlceras por pressão.

- Realização auditorias internas no âmbito da gestão do risco e segurança do doente.

- Implementação do processo de identificação dos doentes, elaborando o procedimento multissectorial


que visa a utilização de pulseiras de identificação em doentes em todos os doentes internados, em
Hospital de Dia e Cirurgia Ambulatória;

- Promoção das boas práticas no âmbito do projecto “cirurgias seguras salvam vidas” com vista a
aumentar a segurança do doente e contribuir para a redução de incidentes relacionados com os
procedimentos cirúrgicos.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 163


- Articulação com as comissões de controlo da infecção do CHLC,EPE promovendo as boas práticas no
âmbito do projecto “medidas simples salvam vidas” com vista a aumentar a segurança do doente e
contribuir para a redução de incidentes de infecção associada aos cuidados de saúde.

- Actualização do folheto informativo para o cidadão, disponível no site do CHLC,EPE


(http://www.chlc.min-saude.pt/ResourcesUser/CHL/Info_Utente/Folheto18_08_Versao2.pdf), contendo
informações sobre questões de “segurança do doente” e como este pode contribuir para sua segurança.

Auditoria Clínica

A auditoria clínica é um instrumento fundamental da gestão do risco clínico, pelo que, em 2012 foi vital
dar continuidade ao desenvolvimento de um programa de auditoria clínica, que assentou numa
metodologia de avaliação do desempenho através da qual os profissionais de saúde examinaram a sua
prática com base em normas preestabelecidas e produziram mudanças, quando necessário, para atingirem
a conformidade com a norma.

No âmbito do programa de auditorias destacam-se as seguintes:

 Circuito dos gases medicinais;


 Utilização das reclamações e relatos de incidentes como indutor de melhorias;
 Segurança de edifícios e acessibilidade para utentes com dificuldades físicas ou sensoriais;
 Identificação do doente;
 Armazenamento de produtos;
 Identificação dos profissionais;
 Manuseamento e eliminação de resíduos nas áreas clínicas;
 Identificação e registo de alergias do doente internado;
 Sistemas de utilização e descontaminação de dispositivos médicos;
 Verificação da conformidade dos registos da prescrição, dispensa e administração de
Hemoderivados;
 Transporte do doente crítico;
 Programa”Cirurgia Segura – Salva Vidas”;
 Prevenção do crescimento da Legionella;
 Gestão do risco no medicamento;
 Registos do bloco operatório;
 Condições ambientais para a prevenção de quedas em doentes;
 Verificação da manutenção do sistema AVAC e SEGA dos blocos operatórios;
 Protecção de doentes vulneráveis.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 164


8.11. Identificação dos mecanismos adoptados com
vista à prevenção de conflitos de interesses

Na Área de Gestão de Compras, a medida adotada para a prevenção de conflitos de interesses consiste na
apresentação, pelos colaboradores da AGC e membros de júris/comissões técnicas que participem em
procedimentos aquisitivos, de uma declaração ética sobre o conflito de interesses e impedimentos e de
uma declaração de interesses nos processos em que tal se verifique.

8.12. Divulgação de Informação

A divulgação de informação, nos termos dos princípios de bom governo, encontra-se disponível nos sites
do CHLC,EPE e do SEE, conforme se pode visualizar nos quadros seguintes.

Quadro: Anexo 2 do Ofício Circular 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF


Divulgação
Informação a constar no site do SEE sim não n.a.
Comentários

Estatutos actualizados (PDF) X


Historial, Visão, Missão e Estratégia X
Ficha sintese da empresa X
Identificação da Empresa:
Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamento X
Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais:
Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) X
Estatuto remuneratório fixado X
Remunerações auferidas e demais regalias X
Regulamentos e Transacções:
Regulamentos Internos e Externos X
Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) X
Outras transacções X
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental X
Avaliação do cumprimento dos PBG X
Código de Ética X
Informação Financeira histórica e actual X
Esforço Financeiro do Estado X

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 165


Divulgação
Informação a constar no site do CHLC,EPE sim não n.a.
Comentários

Existência de Site X
Historial, Visão, Missão e Estratégia X
Organigrama X
Orgãos Sociais e Modelo de Governo:
Identifica dos orgãos sociais X
Identificação das áreas de responsabilidade do CA X
Identificação de comissões existentes na sociedade X
Identificar sistemas de controlo de riscos X
Remuneração dos órgãos sociais X
Regulamentos Internos e Externos X
Transacções fora das condições de mercado X
Transacções relevantes com entidades relacionadas X
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental X
Código de Ética X
Relatório e Contas X
Provedor do cliente X

O CHLC,EPE possui livro de reclamações e outros meios através dos quais pode ser exercido o direito de
reclamação dos utentes e dos cidadãos em geral, bem como a apresentação de sugestões.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 166


9. CUMPRIMENTO
DAS ORIENTAÇÕES
LEGAIS

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 167


9.1. Objectivos de Gestão

O CHLC,EPE tem vindo a cumprir na generalidade os objectivos fixados e, em especial, os que se


reportam a 2012. Com efeito, quer as metas fixadas para a actividade assistencial já referida no ponto
8.7.2. do presente relatório, foram na sua quase totalidade, cumpridas quer os objectivos nacionais e
regionais previstos no Plano de Desempenho foram atingidos na sua quase plenitude, conforme se pode
visualizar no quadro seguinte. Sublinhe-se que, inserindo-se estes objectivos no quadro de incentivos
institucionais previstos no Contrato Programa, o CHLC,EPE, apesar do seu cumprimento, ainda não foi
ressarcido do montante financeiro correspondente no valor de cerca 13M€.

Não foi considerado nos indicadores económico-financeiros, o valor do subsídio de férias.

Quadro: Incentivos Institucionais para 2012


Contrato- Taxa de
Incentivo Institucional Peso Realizado
Programa Cumprimento
Objectivos Nacionais de Acesso 15% 80,0%
A1 Percentagem de primeiras consultas médicas no total de consultas médicas 3% 25,6% 25,3% 98,8%
Permilagem de doentes sinalizados para a RNCCI, em tempo adequado, no total
A2 3% 3,70% 0,794% 21,5%
de doentes saídos (especialidades seleccionadas)
Percentagem de consultas realizadas e registadas no CTH relativamente ao total
A3 3% 23,0% 19,9% 86,5%
de 1ªas consultas
A4 Percentagem de doentes cirúrgicos tratados em tempo adequado 3% 84,0% 91,6% 109,0%
Percentagem de Utentes referenciados para consulta externa atendidos em
A5 3% 87,5% 92,6% 105,8%
tempo adequado
Objectivos Nacionais de Desempenho Assistencial 20% 94,5%

B1 Demora média 5% 9,1 9,3 97,8%


Percentagem de doentes saídos com duração de internamento acima do limiar
B2 3% 1,8% 2,0% 90,0%
máximo
B3 Percentagem de reinternamentos em 30 dias 3% 7,0% 7,6% 92,1%
B4 Percentagem de partos por cesariana 3% 30,2% 30,1% 100,3%
Percentagem de cirurgias realizadas em ambulatório no total de cirurgias
B5 3% 53,5% 46,7% 87,3%
programadas (GDH)
Percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos, no total de
B6 3% 35,0% 33,9% 96,9%
embalagens de medicamentos
Objectivos Nacionais de Desempenho Económico-Financeiro 15% 99,1%
Peso dos custos com pessoal ajustados nos proveitos operacionais (#64 + #62229
C1 3% 49,8% 52,3% 95,1%
+ #622364)/(#71 + … + #76)
Percentagem dos custos com Horas Extraordinárias, Suplementos e FSE III
C2 3% 18,2% 17,8% 102,5%
(selecionados) no total de Custos com Pessoal
Percentagem de proveitos operacionais extra contrato-programa no total de
C3 3% 9,0% 6,1% 148,2%
proveitos operacionais
C4 EBITDA (€) (#71 + … + #76) - (#61 + … + #65) 3% -9.494.232 € -16.336.667 € 58,1%
C5 Acréscimo de dívida vencida (€) (Dívida2012 - Dívida2011 ≤) (*) 3% 0 -112.142.283 € 120,0%

Objectivos da Região 50% 102,3%


D Redução da lotação praticada (nº de camas) (variação a 31 Dez) 15% -120 -120 100,0%
1
D Tempo médio de resposta para consultas realizadas no CTH (dias) 10% 70 67,6 103,6%
2
D Tempo médio de espera em LIC < X dias 15% 160 174 92,0%
3
D Custos com MCDT solicitados ao exterior (Var.%2012/2011) 10% -11,5% -45,5% 395,7%
4
Valor total do incentivo 13.723.622 € 13.300.499 € 96,9%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 168


Quadro: Anexo 6 do Ofício Circular n.º 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF

Cumprimento
Cumprimento das Orientações legais Quantificação Justificação
S N N.A.
Objectivos de Gestão:
Objectivos Nacionais de Acesso x 80,0%
Objectivos Nacionais de Desempenho Assistencial x 94,5%
Objectivos Nacionais de Desempenho Económico-Financeiro x 99,1%
Objectivos da Região x 102,3%
Gestão do Risco Financeiro x - Ponto 9.2 do R&C
Limites de Crescimento do Endividamento x - Diminuição de Proveitos
Evolução do PMP a fornecedores 36 dias
Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") x 126.521.084,28 € Diminuição de Proveitos
Deveres Especiais de Informação x Não aplicável
Recomendações do acionista na aprovação de contas:
Recomendação 1 x
Remunerações:
Não atribuição de prémios de gestão, nos termos artº 29º da
x
Lei 64-b/2011
Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º
x 38.749,57 €
60º da Lei 64-B/2011
Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei
x 20.394,49 €
n.º 12-A/2010
Orgãos Sociais-suspensão sub. Férias e Natal, nos termos do
x 38.071,71 €
artº21º da Lei 64-B82011
Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº
x não existe auditor externo
26º da Lei 64-B/2011
Restantes trabalhadores - redução remuneratórianos termos
x 8.091.760,75 €
do art.º 20º da Lei 64-B/2011
Restantes trabalhadores - redução remuneratórianos termos
x 16.980.715,03 €
do art.º 21º da Lei 64-B/2011
Artigo 32.º do EGP
Utilização de cartões de crédito x -
Reembolso de despesas de representação pessoal x 0,00€
Contratação Pública
Normas de contratação pública x n.a.
Normas de contratação pública pelas participadas x n.a.
34 contratos no valor Nenhum dos contratos teve valor superior
Contratos submetidos a visto do TC x
de 24.648.866,36€ a 5M€
Adesão ao Sistema Nacional de Compras Publicas
A quantificação apresentada refere-se às
compras adquiridas através da ANCP tendo
% vol. de aquisições objeto de consulta no SNCP x 0,2%
como valor de referência as compras totais
do CHLC em 2012
Parque Automóvel
O CHLC tem 17
Variação em 2012 do n.º total de veículos utilizados pela
x veículos, um dos quais
empresa
é um motociclo.
Princípio da Igualdade do Género
O CHLC tem aplicado as medidas do 9.10
Medida x
do presente relatório
Plano de Redução de Custos
Gastos com pessoal x -6,2%  (dados consolidados)
Fornecimentos e Serviços Externos x -8,7%  (dados consolidados)
Redução n.º efectivos e Cargos Dirigentes
Nº de efectivos x -5,1% (dados consolidados)
Nº de cargos dirigentes x -23,2% (dados consolidados)
Princípio da Unidade de Tesouraria
Princípio da Unidade de Tesouraria x 89%

9.2. Gestão do Risco Financeiro


Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 169
No que concerne à gestão do risco financeiro, nos termos do Despacho n.º101/2009-SETF, de 30 de
Janeiro, deve sublinhar-se que a actividade desenvolvida pelo CHLC,EPE, à semelhança do que sucede
com as restantes entidades hospitalares públicas inseridas no âmbito dos designados Hospitais E.P.E.,
encontra-se bastante condicionada, em termos das fontes potenciais a que pode recorrer para o
financiamento da sua actividade e, consequentemente, na própria capacidade de gestão dos riscos
financeiros.

Com efeito, conforme se estabelece no art.º 10.º do DL n.º 233/2005, a eventual contracção de
empréstimos, de montante superior a 10% do capital estatutário do CHLC,EPE, em termos individuais ou
acumulados, está sempre dependente de autorização prévia dos Ministros das Finanças e da Saúde.

Por outro lado, de acordo com o n.º 3 do art.º 12.º do mesmo diploma legal, o endividamento do
CHLC,EPE, à semelhança do que sucede com os demais hospitais empresa, não pode exceder 30% do
respectivo capital estatutário.

O entendimento generalizado consiste em considerar que este endividamento se refere essencialmente a


passivo remunerado, muito embora o financiamento que foi obtido através do Fundo de Apoio ao Sistema
de Pagamentos do Sistema Nacional de Saúde, apesar de ter carácter oneroso, não se enquadrar nestes
limites.

Deste modo, o financiamento da actividade do CHLC,EPE tem sido assegurado através dos proveitos
provenientes da sua actividade, essencialmente sustentada através dos Contratos-Programa celebrados
com a ACSS e a ARSLVT, tendo os défices gerados ao longo dos anos da sua exploração sido
financiados através das dotações de capital estatutário e do crédito de fornecedores, para além, como já
foi referido, do financiamento obtido do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Sistema Nacional
de Saúde.

Dado que estas fontes de financiamento, sendo as possíveis no contexto do desenvolvimento da


actividade do CHLC,EPE, se revelam também como as menos penalizadoras, em termos do respectivo
impacto sobre os resultados financeiros, não tem sido entendido como necessário, ou sequer possível, por
parte do Conselho de Administração, desenvolver quaisquer outros procedimentos adicionais de avaliação
de risco financeiro e, consequentemente, de identificação de medidas visando a respectiva cobertura.

No que se refere às políticas de reforço dos capitais permanentes do CHLC,EPE, as condições actuais de
exploração, condicionadas pela natureza do Contrato-Programa que sustenta a actividade desenvolvida,
não permitem assegurar o reforço sustentado dos capitais permanentes. De salientar que o Capital
Estatutário definido pelo Decreto-Lei 50-A/2007, com integração no período de 2007 a 2010, é
manifestamente inferior ao de outras Instituições comparáveis do ponto de vista da dimensão.

De salientar, no entanto, que, por incorporação do HCC e da MAC, o Capital Estatutário aumentou para
95.322.302€.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 170


Com efeito, qualquer outra medida de reforço dos capitais permanentes que vise o recurso aos mercados
financeiros e a obtenção de dívida onerosa iria necessariamente implicar o agravamento dos custos do
CHLC,EPE, com o consequente impacto negativo sobre o resultado líquido.

Assim sendo, e apesar das condicionantes existentes, entende-se que a optimização da estrutura
financeira, pelo menos a curto prazo, terá de continuar a passar por um esforço de manutenção da
actividade sem recurso a fontes onerosas de capitais, dada a incapacidade da actividade gerar recursos
para fazer face ao agravamento de custos que daí resultaria.

Em sintonia com esta actuação, o CHLC,EPE não possui contratos de swap em carteira e não contratou,
nem contrata, qualquer tipo de instrumento de gestão de risco financeiro. Por outro lado, o único
financiamento remunerado que foi contratado refere-se ao empréstimo contraído, em 2008, junto do
Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Sistema Nacional de Saúde

Em matéria de risco financeiro, nas actuais condições, o peso do custo dos capitais alheios não é
particularmente penalizador ao nível do resultado financeiro.

Contudo, importa ter presente que o elevado peso da dívida a fornecedores gera alguns condicionantes ao
nível da gestão da actividade, particularmente, ao nível do controlo da rubrica de Consumos, dadas as
naturais dificuldades de negociar preços de compra em condições mais favoráveis, face à contingência de
não ser possível, com a frequência desejável, contrapor prazos de pagamento mais competitivos.

De salientar, que o CHLC,EPE é uma instituição integrada do SNS, dependendo da tutela a fixação da
tabela de preços a praticar, bem como a definição da prestação de serviços às populações.

Medidas de Melhoria do Risco

As Auditorias ao CHLC,EPE, realizadas em 2011 e em 2012, pelo Auditor Interno e por entidades
externas, promoveram a melhoria dos Manuais de Procedimentos, nas áreas económica, financeira e
patrimonial.

A actividade do Auditor Interno é aprovada pelo Conselho de Administração, sendo as recomendações


importantes na promoção da melhoria dos procedimentos nas respectivas áreas. Na sequência da auditoria
ao grau de implementação do Modelo de Controlo interno nos Hospitais EPE, tem-se vindo a promover a
elaboração e revisão dos manuais de procedimentos.

De acordo com a Recomendação nº 1/2009, de 22 de Julho, do Conselho de Prevenção da Corrupção, o


CHLC, EPE, promoveu a identificação e avaliação do respectivo risco, nas Áreas Financeira, Recursos
Humanos, Gestão de Compras, Gestão de Doentes, Sistemas de Informação, Gestão Hoteleira e Gestão de
Instalações e Equipamentos.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 171


No decurso do ano de 2012, o CHLC,EPE deu continuidade ao trabalho desenvolvido nesta área,
proporcionando a melhoria nos processos de trabalho, promovendo a interacção entre todas as Áreas, de
forma a melhorar o desempenho da sua actividade.

9.3. Prazo Médio de Pagamentos e Atrasos nos


Pagamentos

Em relação ao prazo médio de pagamentos (PMP), verificou-se uma diminuição de 60 dias no Prazo
Médio de Pagamentos face a 2011. Em 2012, os pagamentos a fornecedores decorreram com
disponibilidade financeira proveniente da actividade normal da instituição e das verbas atribuídas no
âmbito do Programa de Pagamento Extraordinário aos Fornecedores do SNS.

O PMP de 311 dias inclui para além desses fornecedores as dívidas a instituições do SNS, grande parte
das quais regularizadas através do Clearing House.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 172


Quadro: Anexo 3 do Ofício Circular n.º 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF

Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores nos termos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009

PMP 1ºT 2011 2ºT 2011 3ºT 2011 4ºT 2011 1ºT 2012 (*) 2ºT 2012 3ºT 2012 4ºT 2012
PMP a Fornecedores (dias) 313,21 320,91 346,65 383,54 388,4 436,9 420 420
(*) integração do HCC e da MAC no CHLC,EPE

Mapa da posição a 31/12/2011 dos Pagamentos em Atraso, nos termos do DL 65-A/2011, de 17/Maio

Pagamentos em Atraso 0-90 dias 91-180 dias 181-240 dias 241-360 dias 361-540 dias 541-720 dias >721 dias
18.867.644,62
31.692.546,14€ 5.340.609,25€ 1.192922,49€ 36.880.255,06€ 31.103.659,77€ 1.443.446,95€

«Atraso no pagamento», o não pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços referidos no artigo seguinte após o decurso de 90
dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento da fatura ou, na sua ausência, sobre a data constante da mesma.

173
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
9.4. Cumprimento dos Deveres Especiais de Informação

O CHLC,EPE cumpre os deveres de informação nos termos do Despacho n.º 14277/2008, de 23 de Maio,
designadamente por via do reporte à DGTF, IGF, ACSS, ARSLVT, INE, Infarmed, Tribunal de Contas, IGAS e através
da publicação no site da empresa.

9.5. Resultados Obtidos e Recomendações do Accionista

O Relatório de Gestão e Contas do exercício de 2011 foi aprovado por despacho conjunto dos Ministérios das Finanças
e da Saúde de 24 de Janeiro de 2013.

O CHLC,EPE não tem accionistas.

9.6. Remunerações

O CHLC,EPE cumpriu com as orientações legais no que respeita às remunerações dos Órgãos Sociais e restantes
trabalhadores.

Consultar o anexo 4 do Ofício Circular n.º 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF, no ponto 8.6 do presente
relatório.

Consultar o anexo 6 do Ofício Circular n.º 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF, no ponto 9.1 do presente
relatório.

9.7. Estatuto do Gestor Público

O CHLC,EPE não disponibiliza cartões de crédito ou outros instrumentos de pagamento aos seus gestores para a
realização de despesas ao serviço da empresa.

O CHLC,EPE não reembolsou despesas de representação.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


174
9.8. Contratação Pública

Foram cumpridas as orientações constantes no despacho n.º 438/10-SETF, de 10 de Maio.

Na aquisição ou locação de bens e na aquisição de serviços ou empreitadas, o CHLC,EPE adopta diferentes tipos de
procedimento de formação de contratos em função da complexidade, objecto e valor de cada aquisição

À formação de contratos de empreitada de obra pública e de locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de
serviços de valor igual ou superior ao referido, respectivamente, nas alíneas c) e b) do artigo 7.º da Directiva n.º
2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, aplica o regime procedimental previsto na Parte II
do CCP.

À formação de contratos de empreitada de obra pública e de locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de
serviços de valor inferior ao referido, respectivamente, nas alíneas c) e b) do artigo 7.º da Directiva n.º 2004/18/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, cujo início dos procedimentos foi autorizado antes da entrada em
vigor do Decreto-Lei 149/2012, de 12/07/2012, é aplicável o regime procedimental previsto no Regulamento de
Contratação do CHLC,EPE.

Para procedimentos iniciados após a publicação do Decreto-Lei 149/2012 de 12/07/2012, aplica-se o Código dos
Contratos Públicos.

9.9. Adesão ao SNCP e Parque de Veículos do Estado

Foram adquiridas através da ANCP as seguintes categorias de bens/serviços: HCC (Gasóleo); MAC (Prestação de
Serviços de Seguro Automóvel para Veículos Ligeiros de Passageiros; Contratação em regime de ASP, de Plataforma
Electrónica para Contratação Pública; Prestação de Serviços de Vigilância e Segurança Humana na Região de Lisboa e
Vale do Tejo; Prestação de Serviços de Alimentação a Utentes e Colaboradores da MAC; Aquisição de Economato;
Aquisição de Consumíveis de Impressão; Fornecimento de Electricidade; Aquisição de Consumíveis de Impressão;
Aquisição de Serviços de Limpeza e de Fornecimento de Produtos de Higiene).

Nos CMVMC, a rubrica com maior impacto financeiro é a dos medicamentos.

O CHLC,EPE adquire estes bens, sempre que se encontram disponíveis, através de Contratos Públicos de
Aprovisionamento celebrados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. De igual forma acontece com o
material de consumo clínico que é adquirido através de Contratos Públicos de Aprovisionamento celebrados pelos
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, sempre que estes o incluam.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


175
Sistema de Controlo: Na Área de Gestão de Compras e na Área de Logística e Distribuição existem diversos
documentos/manuais que estabelecem e regulam a actividade destas Áreas, nomeadamente:

 Política de Aprovisionamento;
 Manual da Logística e Distribuição;
 Regulamento da Contratação (até à entrada em vigor do D.L. 149/2012, de 12/07/2012).

Para além do acima descrito, a Área de Gestão de Compras elaborou relatórios periódicos com informação e análise dos
consumos e possui um plano de riscos de corrupção e infracções conexas.

Refira-se ainda que, em 2012, as áreas de Gestão de Compras e de Logística e Distribuição foram alvo de uma auditoria
interna tendo por objectivo, entre outros, a análise e avaliação do sistema de controlo interno implementado nos
diversos serviços que as compõem.

9.10. Princípio da Igualdade de Género

O CHLC,EPE dispõe de um diagnóstico da situação de homens e mulheres na empresa, conforme previsto no n.º 1,
alínea a), da RCM, através do Balanço Social.

No sentido da não discriminação, o CHLC,EPE implementou as seguintes medidas:

 Incrementar a utilização de linguagem inclusiva, não discriminatória, na documentação produzida;


 Aplicar o princípio da igualdade de oportunidades na gestão de recursos humanos, nomeadamente
recrutamento, selecção e nomeação de cargos de chefia;
 Disponibilizar informação trimestral ao público na página da internet do CHLC,EPE do número de
colaboradores segundo o género;
 Atribuir as licenças de paternidade/maternidade sem discriminações e no estrito cumprimento da lei. O
regresso ao trabalho após o gozo da licença de parentalidade é facilitado e, se necessário, facultadas
actividades de formação profissional;
 O CHLC,EPE promove a conciliação de horários para que os seus colaboradores cumpram as suas obrigações
parentais.

9.11. Plano de Redução de Custos

O CHLC,EPE, foi criado em 1 de Março de 2007. Constituído por quatro Hospitais – S. José, Santo António dos
Capuchos, Santa Marta e Dona Estefânia, tendo a partir de 1 de Março de 2012, passado a integrar o Hospital de Curry
Cabral e a Maternidade Dr. Alfredo da Costa, através do Decreto-lei 44/2012 de 23 de Fevereiro. A lógica deste Centro

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176
Hospitalar, visou, para além de conseguir uma gestão integrada de recursos, criar as condições para a transferência
destes Hospitais, para o novo Hospital de Lisboa Oriental.

O projecto deste novo hospital, tem mobilizado os profissionais e gerado uma forte transformação na organização e
funcionalidade destes hospitais, na procura de os aproximar de um hospital único e moderno.

Só a motivação sustentada pelo projecto de um novo hospital, possibilitou que desde 2007 o Conselho de
Administração apoiado por todos os seus colaboradores, iniciasse um processo de racionalização e partilha de recursos e
saberes, bem como uma centralização de algumas áreas clínicas e serviços de apoio, tendo também procedido ao
encerramento do Hospital do Desterro.

Esta exigência, materializada num novo modelo de organização clínica, obrigou à fusão sempre difícil de serviços, á
criação de diversas Unidades Funcionais altamente diferenciadas e surgiram novas Áreas de excelência que reuniram,
de forma integrada e sinérgica, diversas Especialidades. Processo esse que se estende agora às duas novas instituições
integradas no CHLC,EPE.

Procedemos à elaboração de um plano de ajustamento do EBITDA no decorrer dos anos de 2012, 2013 e 2014, tendo-se
verificado uma melhoria significativa no ano de 2012.

Como consequência desta evolução e uma assumida preocupação na contenção de custos, possibilitou uma redução
gradual dos recursos humanos, que em 2012 se traduziu num decréscimo de 11,7%, relativamente a 2011, em
comparação com os valores agregados das instituições CHLC, HCC e MAC.

É óbvio, que um Centro Hospitalar constituído por seis hospitais condicionados pelo tempo – três dos quais antigos
conventos – separados, repartidos por inúmeros edifícios, com permanentes obras de manutenção, coloca sérios
constrangimentos à sua gestão corrente, ao seu equilíbrio económico e financeiro bem como pede, a todos os
profissionais, um esforço acrescido na salvaguarda de uma competência que garanta as boas práticas clínicas.

De salientar que os Fornecimentos e Serviços III, obteve uma redução de 17,6%, comparativamente aos custos
consolidados de 2011.

A perspectiva da transferência a curto prazo para um novo hospital, moderno e altamente diferenciado, tem funcionado
como um elemento facilitador de uma colaboração empenhada de muitos dos colaboradores deste Centro Hospitalar.

Apesar deste contexto manifestamente difícil, o CHLC tem assumido o seu compromisso de prestar cuidados
hospitalares de excelência a todos os seus doentes e dia a dia, vai construindo o seu futuro, projectado no novo Hospital
de Lisboa Oriental.

O incentivo à elaboração de protocolos e a sua aplicação de forma sistemática, trouxeram um controle a áreas de difícil
gestão, como sejam os medicamentos e os meios complementares de diagnóstico.

Na área de medicamentos, as medidas internas adoptadas, em conjunto com a negociação realizada ao nível do SNS,
possibilitaram uma redução de 13,1%.

Nos MCDT, a racionalização nalgumas áreas, bem como a internalização da realização de MCDT antes realizados no
exterior, possibilitaram uma redução de 41%.
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
177
A renegociação dos contratos com fornecedores permitiu reduzir a despesa e o desenvolvimento de sinergias nesta área,
poderá ser muito positiva, permitindo economias de escala significativas, tendo-se verificado uma redução de 14,7%
nas Matérias de Consumo, com significativa relevância para o Material de consumo Clínico, que comparativamente aos
custos consolidados de 2011, obteve uma redução de 13,9%.

A instalação e posterior manutenção do sistema PACS em todo o CHLC,EPE, tem permitido uma redução drástica do
consumo de películas.

A regular e sistemática aferição da actividade do CHLC,EPE em relação a outras instituições similares, passou a ser
uma prática corrente, através do IASIST, permitindo o benchmarking indispensável nos tempos actuais.

A abordagem que o CHLC,EPE perspectiva fazer em relação ao programa de redução de custos, passa em primeiro
lugar por um reforço e aprofundamento de uma série de medidas já elencadas anteriormente – muitas delas já fazendo
parte da gestão corrente - no sentido de obter, na sua projecção de impacto financeiro, as reduções financeiras exigidas.
Salienta-se a redução de 12% no total dos Custos, relativamente aos custos consolidados do período homólogo. Nesse
esforço, que obriga para além do aprofundamento de programas já em curso, novas medidas e opções ainda mais
rigorosas, consideramos como fulcral, a intervenção da Gestão ou Governação Clínica neste processo de contenção de
custos. Só o seu total envolvimento poderá garantir resultados coerentes com a missão da instituição hospitalar,
assegurar uma zona de protecção às boas práticas clínicas e consolidar de forma tranquila, uma evolução responsável e
consistente que certamente contribuirá para mudanças significativas da cultura hospitalar.

No âmbito do conceito da Governação Clínica, o CHLC desenhou duas estruturas já parcialmente implantadas na nossa
organização clínica e que poderão apoiar de forma decisiva este processo. Um Gabinete de Indicadores Clínicos fiáveis
e rigorosos e paralelamente, um Gabinete de Auditorias articulado com a área de gestão da Qualidade.

A monitorização permanente de toda a actividade clínica deverá garantir que a oferta de cuidados hospitalares não é de
forma perversa e sem critério afectada pela redução dos custos e as auditorias, assegurar que os procedimentos das boas
práticas não são postos em causa.

Transfere-se assim para o sector clínico, para além das opções concretas de racionalização ou mesmo de alguma
restrição tecnicamente sustentável, a monitorização dos resultados dessas intervenções. Restringe-se qualquer hipótese
para que opções fora do conhecimento científico, possam ganhar um poder de decisão ou condicionar a leitura de
indicadores.

Baseado nesta concepção linear, há três grandes áreas de intervenção clínica, particularmente decisivas num programa
de redução de custos: os medicamentos, meios complementares de diagnóstico e dispositivos médicos.

De comum, há duas referências consensuais: representam uma fatia muito pesada do orçamento hospitalar e só um
critério ou decisão clínica poderá condicionar, com segurança, a sua regulação.

A Governação Clínica deverá definir quais as áreas prioritárias de maior impacto financeiro a serem integradas nos
programas específicos de regulação e desenvolver ou acompanhar qualquer dos dois instrumentos dessa regulação.

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178
O C.A. do CHLC,EPE entende que deve contribuir para encontrar soluções que acrescentem mais valor à qualidade da
medicina prestada nas nossas Instituições, sendo certo que é inerente à qualidade fazer sempre melhor ao menor custo
possível.

Reconhece que a partir de determinado limiar são necessárias medidas estruturais que ultrapassam a capacidade dos
Centros Hospitalares individualmente considerados e que passarão para níveis regionais e também nacionais

Quadro: Demostração do Plano de Redução de Custos – 2012 (valores consolidados *)

Contas Descrição Dez-11 Dez-12 %


616 Matérias de Consumo 169.282.935 145.969.860 -13,8%
6161 Produtos Farmacêuticos 123.141.597 106.352.703 -13,7%
61611 Medicamentos 112.271.866 97.511.833 -13,1%
6162 Material de Consumo Clinico 43.860.266 37.752.675 -13,9%

62 Fornecimentos e Serviços Externos 62.495.713 57.081.824 -8,7%


621 Subcontratos 8.357.948 6.573.167 -21,4%
621892 Meios Complementares de Diagnóstico 3.547.495 2.093.588 -41,0%
621893 Meios Complementares de Terapêutica 2.518.150 1.210.782 -51,9%
622 Fornecimentos e Serviços 62.495.713 57.081.824 -8,7%
6221 Fornecimentos e Serviços I 6.768.436 8.016.364 18,4%
6222 Fornecimentos e Serviços II 2.237.900 1.667.090 -25,5%
6223 Fornecimentos e Serviços III 40.648.309 33.856.153 -16,7%
6229 Outros Fornecimentos e Serviços (**) 4.483.121 6.969.049 55,5%

64 Custos com Pessoal 225.425.489 211.420.709 -6,2%


64221 Trabalho Extraordinário 20.901.753 16.883.021 -19,2%

Custos Operacionais (61 a 67) 476.596.281 432.763.199 -9,2%

(*) os valores apresentados incluem os meses de Janeiro e Fevereiro do HCC e da MAC em 2012 e os valores anuais de 2011 do HCC e da MAC.
(**) Em 2012, inclui valores referentes a unidades de sangue anteriormente registadas no HCC na rubrica de subcontratos.

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179
9.12. Redução do número de efectivos e de cargos dirigentes

Quadro: Anexo 5 do Ofício Circular n.º 1578 de 28 de Fevereiro de 2013 da DGTF


Unid: €

Designação 2010 2011 2012

Gastos com pessoal (€) 263.440.423,98 225.425.489,10 211.420.709,00


Gastos com Órgãos Sociais (€) 1.116.897,59 818.715,94 471.143,45
Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 33.111,85 143.430,20 107.851,60
Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€) 0,00 0,00
Gastos com Dirigentes sem O.S. (€) 2.109.184,26 1.920.130,80 1.560.289,33
Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€)
Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€) 199.157,56 382.218,98
Gastos com Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (€) 260.148.336,15 222.598.968,50 196.947.755,15
Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€) 9.244.988,55 24.783.217,52
Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€)

Rescisões / Indemnizações (€) 66.005,98 87.673,86 29.691,99

Designação 2010 2011 2012

Nº Total RH (O.S. + Dirigentes + Efetivos) 8.184 7.998 7.590


Nº Órgãos Sociais (O.S.) (número) 16 14 5
Nº Dirigentes sem O.S. (número) 46 42 38
Nº Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (número) 8.122 7.942 7.547

NOTAS:
Valores Consolidados, com base nos Mapas Financeiros " 7.6 - Desenvolvimento das Despesas com Pessoal"

As reduções incluem a redução remuneratória (OE 2011 e 2012) e a suspensão dos subsídios de férias e Natal (OE 2012)
No que respeita às reduções com Ógãos Sociais foi ainda tida em conta a redução constante da Lei 12-A/2010

9.13. Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado

O CHLC,EPE tem vindo a dar escrupuloso cumprimento às orientações legais, no que concerne ao endividamento,
plano de redução de custos e princípio da unidade de tesouraria conforme se poderá analisar ao longo do presente
relatório.

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180
10. DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


181
Balanço Analítico

Balanço em 31 de Dezembro de 2012 (Valores expressos em euros)


2012 2011
ACTIVO BRUTO AMORTIZ. AJUST. ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO
Activo
IMOBILIZADO:
Bens de domínio público:
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação 162.122,60 162.122,60 0,00 0,00
Despesas de investigação e desenvolvimento 0,00 0,00 0,00 0,00
Propriedade industrial e outros direitos 0,00
Trespasses
Imobilizado em curso
Adiantamentos por conta imobilizações incorpóreas
162.122,60 162.122,60 0,00 0,00
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 14.559.087,04 14.559.087,04 0,00
Edifícios e outras construções 123.154.119,09 62.632.684,47 60.521.434,62 24.507.031,11
Equipamento básico 114.259.418,38 89.267.511,13 24.991.907,25 24.699.880,24
Equipamento de transporte 298.643,32 257.669,85 40.973,47 34.811,53
Ferramentas e utensílios 317.754,91 303.075,66 14.679,25 13.643,25
Equipamento administrativo 22.728.945,61 19.872.005,68 2.856.939,93 2.870.957,67
Taras e vasilhame 4.664,66 4.236,82 427,84 333,38
Outras imobilizações corpóreas 1.697.377,45 1.394.750,58 302.626,87 235.248,10
Imobilizaçõers em curso 645.595,35 645.595,35 1.587.048,00
Adiantamentos por conta imobilizações corpóreas
277.665.605,81 173.731.934,19 103.933.671,62 53.948.953,28
Investimentos financeiros:
Títulos e outras aplicações financeiras 0,00 0,00 0,00
Imobilizações em curso 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00

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182
Balanço em 31 de Dezembro de 2012 (Valores expressos em euros)
2012 2011
ACTIVO BRUTO AMORTIZ. AJUST. ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO
CIRCULANTE:
Existências:
Matérias primas, subsidiárias e de consumo 16.053.395,74 714.266,32 15.339.129,42 11.642.221,38
Mercadorias 0,00
16.053.395,74 714.266,32 15.339.129,42 11.642.221,38
Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo
Clientes C/C 0,00 0,00
Clientes e utentes de cobrança duvidosa 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
Dívidas de terceiros - Curto prazo
Clientes c/c 17.117.623,41 7.234.412,68 9.883.210,73 7.727.657,69
Utentes c/c 22.116,82 0,00 22.116,82 15.109,34
Instituíções do Ministério da Saúde 42.117.820,90 0,00 42.117.820,90 43.513.126,49
Clientes e utentes de cobrança duvidosa 10.239.380,15 9.352.509,86 886.870,29 901.629,36
Adiantamentos a fornecedores 361.671,57 0,00 361.671,57 251.263,50
Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 0,00 0,00 0,00 0,00
Estado e outros entes públicos 368.278,62 0,00 368.278,62 310.241,93
Outros devedores 25.837.404,21 1.317.425,98 24.519.978,23 22.726.905,98
96.064.295,68 17.904.348,52 78.159.947,16 75.445.934,29
Títulos negociáveis:
Outros títulos negociáveis
Outras aplicações de tesouraria 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
Depósitos em instituições financeiras e caixa:
Depósitos em instituições financeiras 15.595.014,57 15.595.014,57 9.722.496,83
Caixa 26,91 26,91 7.956,02
15.595.041,48 15.595.041,48 9.730.452,85
Acéscimos e diferimentos:
Acréscimos de proveitos 17.192.911,89 17.192.911,89 67.423.782,31
Custos diferidos 516.152,93 516.152,93 497.015,96
17.709.064,82 17.709.064,82 67.920.798,27
Total de amortizações 173.894.056,79
Total de provisões 18.618.614,84
Total do activo 423.249.526,13 192.512.671,63 230.736.854,50 218.688.360,07

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


183
Balanço em 31 de Dezembro de 2011 (Valores expressos em euros)
2012 2011
Fundos próprios e passivo
Fundos próprios:
Património 98.563.583,40 92.822.302,00
Reservas de reavaliação 5.178.847,06 5.178.847,06
Reservas:
Reservas legais 871.963,04 871.963,04
Reservas livres
Reservas de SPA 38.957.624,28 38.957.624,28
Reservas de EPE 204.671,16 204.671,16
Reservas contratuais
Subsidios 11.669.319,72 2.235.328,10
Doações 6.615.034,59 2.254.686,59
Reservas decorrentes da transferencia de activos 6.605.748,30
Sub-total 168.666.791,55 142.525.422,23

Resultados transitados -236.562.622,02 -206.343.688,57


Resultado líquido do exercício -40.861.151,97 -26.516.563,55
Total do capital próprio -108.756.982,44 -90.334.829,89

Passivo:
Provisões para riscos e encargos 4.636.699,18 2.311.222,07
4.636.699,18 2.311.222,07
Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:
Fornecedores de Imobilizado
Dívidas a terceiros - Curto prazo:
Adiantamentos de clientes, utentes e instituições do Ministério da Saúde 360.457,96 76.059,16
Fornecedores c/c 156.435.596,17 165.246.983,28
Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 9.920.867,49 6.514.667,71
Outros empréstimos obtidos 79.189.412,18 77.720.199,45
Fornecedores de imobilizado c/c 9.034.137,18 12.001.173,34
Estado e outros entes públicos 5.823.807,71 4.833.748,69
Outros credores 30.270.248,59 21.414.276,93
291.034.527,28 287.807.108,56
Acréscimos e diferimentos
Acréscimo de custos 31.554.623,83 14.225.930,99
Proveitos diferidos 12.267.986,65 4.678.928,34
43.822.610,48 18.904.859,33

Total do Passivo 339.493.836,94 309.023.189,96

Total dos fundos próprios e do passivo 230.736.854,50 218.688.360,07

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Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


184
Demonstração dos Resultados por Naturezas

Demonstraçao dos resultados por naturezas em 31/12/2012(Valores em euros)


2012 2011
CUSTOS E PERDAS

Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas


Mercadorias
Matérias 137.862.231,15 137.862.231,15 113.708.290,95 113.708.290,95
Fornecimentos e Serviços externos 54.262.476,88 54.262.476,88 44.128.368,56 44.128.368,56
Custos com o pessoal
Remunerações 170.663.992,07 137.731.036,55
Encargos sociais:
Pensões 543.800,57 575.613,06
Outros 30.685.907,75 201.893.700,39 23.933.631,78 162.240.281,39

Amortizações do exercício 14.959.919,71 11.134.583,11


Provisões do exercício 1.932.470,93 16.892.390,64 1.014.166,33 12.148.749,44

Outros custos e perdas operacionais 212.715,22 212.715,22 172.564,14 172.564,14


(A) 411.123.514,28 332.398.254,48

Custos e perdas financeiras 1.512.163,87 1.512.163,87 1.626.640,25 1.626.640,25


(C) 412.635.678,15 334.024.894,73

Custos e perdas extraordinárias 12.066.794,56 12.066.794,56 8.327.887,63 8.327.887,63


(E) 424.702.472,71 342.352.782,36

Imposto sobre o rendimento do exercício 32.611,81 32.611,81 32.167,66 32.167,66


(G) 424.735.084,52 342.384.950,02

Resultado Líquido do exercício -40.861.151,97 -26.516.563,55


383.873.932,55 315.868.386,47

PROVEITOS E GANHOS
Vendas e prestações de serviços:
Vendas 0,00 0,00
Prestação de serviços 341.965.303,43 341.965.303,43 295.612.688,61 295.612.688,61

Trabalhos para a própria entidade 0,00 0,00


Proveitos suplemantares 1.396.375,19 1.396.375,19 920.383,29 920.383,29
Transferências e subsídios correntes obtidos:
Transferências correntes obtidos 6.545.295,81 6.545.295,81 216.617,69 216.617,69
De outras entidades 0,00 0,00
Outros proveitos e ganhos operacionais 15.575.653,96 15.575.653,96 11.673.427,81 11.673.427,81
(B) 365.482.628,39 308.423.117,40

Proveitos e ganhos financeiros 3.185.796,42 3.185.796,42 712.929,45 712.929,45


(D) 368.668.424,81 309.136.046,85

Proveitos e ganhos extraordinários 15.205.507,74 15.205.507,74 6.732.339,62 6.732.339,62


(F) 383.873.932,55 315.868.386,47
Resumo:
Resultados operacionais: (B)-(A) = -45.640.885,89 -23.975.137,08
Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) = 1.673.632,55 -913.710,80
Resultados correntes: (D)-(C) = -43.967.253,34 -24.888.847,88
Resultados antes de impostos: (F)-(E) = -40.828.540,16 -26.484.395,89
Resultado líquido do exercício: (F)-(G) = -40.861.151,97 -26.516.563,55

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Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


185
Demonstrações dos Resultados por Funções

Demonstração dos Resultados por funções em 31/12/2012


2011 2012

VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 295.612.688,61 341.965.303,43


CUSTO DAS VENDAS E DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 118.373.682,14 143.744.489,12

RESULTADOS BRUTOS 177.239.006,47 198.220.814,31

OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS 12.810.428,79 23.517.324,96


CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 20.444.710,12 25.440.162,74
OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 193.579.862,22 241.938.862,42

RESULTADOS OPERACIONAIS -23.975.137,08 -45.640.885,89

CUSTO LIQUIDO DE FINANCIAMENTO


GANHOS (PERDAS) EM FILIAIS E ASSOCIADOS
GANHOS (PERDAS) EM OUTROS INVESTIMENTOS -913.710,80 1.673.632,55

RESULTADOS CORRENTES -24.888.847,88 -43.967.253,34

IMPOSTOS SOBRE OS RESULTADOS CORRENTES 32.167,66 32.611,81

RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS -24.921.015,54 -43.999.865,15

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS -1.595.548,01 3.138.713,18


IMPOSTOS SOBRE OS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

RESULTADOS LIQUIDOS -26.516.563,55 -40.861.151,97

RESULTADOS POR ACÇÃO

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186
Demonstrações dos Fluxos de Caixa

Demonstração dos Fluxos de Caixa


Metodo Directo

31.Dez.2012 31.Dez.2011

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de Clientes 422.767.375,75 298.444.932,27


Pagamentos a fornecedores -276.738.868,93 -129.463.507,89
Pagamentos ao pessoal -190.067.064,36 -171.643.344,73

Fluxo gerado pelas operações -44.038.557,54 -2.661.920,35

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -1.925,73 56.031,58


Outros pagamentos/recebimentos relativos à actividade operacional 47.123.503,66 4.937.846,84

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 47.121.577,93 4.993.878,42

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 52.115,31 43.384,00


Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -25.086,65 -147.098,86

Fluxos das actividades operacionais [1] 3.110.049,05 2.228.243,21

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de: 2.948.716,15 1.175.543,15

Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas 0,00 467.554,96
Imobilizações incorpóreas
Subsídios de investimento
Juros e proveitos similares 2.948.716,15 707.988,19
Dividendos

Pagamentos respeitantes a: -6.670.720,44 -3.669.069,82

Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas -6.670.720,44 -3.669.069,82
Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00

Fluxos das actividades de investimento [2] -3.722.004,29 -2.493.526,67

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


187
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Metodo Directo

31.Dez.2012 31.Dez.2011

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de: 5.614,82 50.009,30

Emprestimos obtidos
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão
Subsídios e doações 5614,82 50009,3
Venda de Unidades de Participação 0,00
Cobertura de prejuízos
Aplicações Financeiras (Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS)

Pagamentos respeitantes a: -102.020,25 -62.346,39

Empréstimos obtidos 0,00 0,00


Amortização de contractos de locação financeira 0,00 0,00
Juros e custos similares -102.020,25 -62.346,39
Dividendos
Redução de capital e prestações suplementares
Aquisição de acções (quotas) próprias
Aplicações Financeiras (Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS)

Fluxos das actividades de financiamento [3] -96.405,43 -12.337,09

Variação de caixa e seus equivalentes [4] = [1] + [2] + [3] -708.360,67 -277.620,55

Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 16.303.402,15 10.008.073,40

Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 15.595.041,48 9.730.452,85

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


188
11. ANEXO AO
BALANÇO E
DEMONSTRAÇÕES DOS
RESULTADOS DO
EXERCÍCIO DE 2012

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


189
Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados do exercício findo em 31 de
Dezembro de 2012

8.1. Caracterização da Entidade

8.1.1. Identificação

O Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE tem a sua sede social na Rua José António Serrano em Lisboa com o
número de identificação de pessoa colectiva 508080142.

8.1.2. Legislação

O Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE é uma entidade pública empresarial detida a 100% pelo Estado, constituída
de acordo com o Dec-Lei nº.50-A/2007, de 28 de Fevereiro, resultante da fusão das Unidades Hospitalares, Centro
Hospitalar Lisboa – Zona Central, Hospital de Dona Estefânia e Hospital de Santa Marta, EPE por sucessão de todos os
bens, direitos e obrigações de que eram titulares as três unidades de saúde. O Centro Hospitalar de Lisboa Central a
partir de 1 de Março de 2012, passou a integrar o Hospital Curry Cabral, EPE e a Maternidade Alfredo da Costa,
conforme Decreto de Lei nº 44/2012 de 23 de Fevereiro.

De acordo com o consagrado no artigo 5º daquele diploma, a sociedade rege-se, pelo regime jurídico aplicável às
entidades públicas empresariais, com as especificidades previstas nos seus Estatutos, bem como nos respectivos
regulamentos internos e normas em vigor para o Serviço Nacional de Saúde que não contrariem as normas aí previstas.

8.1.3 Estrutura organizacional efectiva

Os órgãos sociais do Centro são compostos pelos seguintes elementos:

Conselho de Administração
Presidente: Dra. Teresa Maria da Silva Sustelo
Vogal Executivo: Dra. Ana Isabel Higino Figueiredo Gonçalves
Vogal Executivo: Dra. Laura Maria F. S. Dâmaso Silveira
Director Clínico: Dr. Eduardo José Gomes da Silva
Enfermeira Directora: Enfª. Ana Maria Mota Soares

Por despacho nº 13919/2010 de 2 de Setembro, dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública e da Saúde, os
membros do Conselho de Administração foram renomeados.

Fiscal Único
Vitor Almeida & Associados, SROC, Lda., representada pelo Dr. Vitor Manuel Batista de Almeida

8.1.4. Descrição Sumária das Actividades

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


190
O Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE está integrado no Serviço Nacional de Saúde e tem por objecto a prestação
de cuidados de saúde à população, designadamente aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde e aos beneficiários
dos subsistemas de saúde, ou de entidades externas que com ele contratualizem a prestação de cuidados de saúde, e a
todos os cidadãos em geral.

O Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE, também tem por objecto desenvolver actividades de investigação,
formação e ensino, sendo a sua participação na formação de profissionais de saúde dependente da respectiva capacidade
formativa, podendo ser objecto de contratos-programa em que se definam as respectivas formas de financiamento.

A actividade do Centro é exercida em submissão às obrigações inerentes ao serviço público que presta, incluindo a
sujeição a orientações das autoridades nacionais de saúde relativas à execução da política nacional de saúde. Assim, os
preços praticados pelo Centro são fixados oficialmente, e a produção é contratualizada anualmente. Por razões de
política nacional de saúde, são praticados preços ou tarifas inferiores às que deveriam assegurar proveitos que
permitissem a cobertura dos custos totais de exploração e níveis adequados de remuneração do capital investido e de
auto financiamento.

8.1.5. Recursos Humanos

Desde 1 de Janeiro de 2012 até 31 de Dezembro de 2012, a Empresa manteve ao seu serviço uma média de 7.815
colaboradores. Em 31 de Dezembro de 2012, encontravam-se ao serviço do Centro Hospitalar 7.590 colaboradores,
incluindo os membros do Conselho de Administração e Diretores das Áreas Clínicas, Áreas de Apoio Clínico, de Apoio
Logístico e de Apoio Técnico, distribuídos de acordo com o quadro seguinte:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


191
Pessoal ao Serviço da empresa em 31 de Dezembro de 2012

Designação Categoria/Serviço Total

Conselho de Administração:
Dra. Teresa Maria da Silva Sustelo Presidente
Dr. Eduardo José Gomes da Silva Diretor Clínico
Enf.ª Ana Maria Mota Soares Enfermeira Diretora
Dra. Ana Isabel Higino Figueiredo Gonçalves Vogal Executivo
Dra. Laura Maria Figueiredo Sousa Dâmaso Silveira Vogal Executivo
5
Diretores das Áreas Clínicas:
José Manuel Santos Silva Videira Castro Diretor de Área - Especialidades Cirúrgicas
Maria Teresa Fontes Nunes Costa Graça Matias Diretor de Área – Medicina
João José de Carvalho Lopes dos Reis Diretor de Área – Diagnóstico por Imagem
Maria Aida Fraga Botelho Sousa Diretor de Área – Hemato-Oncologia
Maria Conceição Aguiar Costa Pedroso Botas Diretor de Área – Urgência e Cuidados Intensivos
Rosa Maria da Silva Machado Barros Diretor de Área –Diagnóstico Biomédico
Paolo Maria Casella Diretor de Área – Pediatria Cirúrgica
Manuel Gonçalo Cordeiro Ferreira Diretor de Área – Pediatria Médica
Ricardo Jorge Fuzeta Mira Diretor de Área – Ginecologia/Obstetrícia
Luis Manuel Facco Simões Ferreira Diretor de Área – Pedopsiquiatria
Maria Isabel Mimoso Antunes Diretor de Área – Medicina Física e Reabilitação
Maria Isabel Tavares Ribeiro Fragata Diretor de Área - Anestesiologia
12
Diretores das Áreas de Apoio Clínico:
João Luis de Paiva Alves Diretor de Área – Farmácia
1
Diretores das Áreas de Apoio Logístico:
Maria Teresa Portela Q. M. Alvim Poole da Costa Diretor da Área Administrativa de Recursos Humanos
António Pedro Romano Delgado Diretor da Área Estratégica de Recursos Humanos
Ana Paula Garcia Borges Diretor de Área – Gestão de Doentes
António José Gomes Lourenço Diretor Área – Gestão Sistemas e Tec. Informação
Rogério Joaquim Nogueira de Carvalho Diretor Área - Planeamento Analítico e Controlo Gestão
João Paulo Ventura Infante Diretor de Área – Instalações e Equipamentos
Maria João Manzano e Silva Diretor de Área – Saúde Ocupacional
Ana Maria Andrade Tavares Diretor de Área – Jurídico e Contencioso
Ana Teresa Jacinto de Oliveira Cruz Diretor de Área – Gestão de Compras e Logística
9
Diretores das Áreas de Apoio Técnico:
João Miguel Sousa Falcão Estrada Diretor de Área – Internato Médico
1
Restante Pessoal 7.562
Total 7.590

De salientar que face a 31 de Dezembro de 2011, aglutinando as dotações de pessoal do Centro Hospitalar de Lisboa
Central, EPE, Hospital Curry Cabral, EPE e da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, para efeitos de correcta aferição
homóloga, resultou uma dotação de 7.998 colaboradores constatando-se, assim, uma redução de 408 profissionais.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


192
8.1.6 Organização contabilística

No exercício de 2012, o CHLC, EPE manteve o sistema informático de registo contabilístico SHI – Software Hospitalar
Integrado, Lda, para suportar o lançamento e tratamento dos registos da contabilidade geral, analítica e orçamental. Esta
aplicação funciona em versão multiposto e permite a integração da informação gerada nas seguintes aplicações:

- RHV – Recursos Humanos e Vencimentos – remunerações e seus respectivos descontos, encargos e retenções;
especialização mensal de férias e subsídio de férias;

- CHC-HS – Logística e farmácia – processos de aquisição de bens, fornecimentos e serviços e imobilizado e


respectivas notas de encomendas; consumos;

- SONHO – registos dos actos médicos, processamento da facturação e respectiva emissão das facturas.

- SIGEHP – Gestão de Imobilizado – amortizações, abates e ofertas

Os documentos que suportam os registos contabilísticos que originaram as “contas a pagar” e respectivos
comprovativos de pagamentos são arquivados anexos às autorizações de pagamento, e tendo em conta a rubrica
económica e a numeração sequencial do número de caixa da despesa.

As facturas emitidas a clientes são arquivadas por entidade e por número sequencial da factura. Os documentos que
suportam os registos contabilísticos que originaram as “contas a receber”, e os respectivos comprovativos de
recebimento são arquivados por rubrica económica e a numeração sequencial do número de caixa da receita.

Mensalmente são lançados na contabilidade as especializações de Gastos/Perdas e Rendimentos/Ganhos referentes ao


período em análise, onde se destaca a especialização mensal do Subsídio de Férias e Encargos Sociais, dos
Suplementos de Remunerações, as Compras, os Fornecimentos e Serviços Externos, os Juros do Fundo de Apoio ao
Sistema de Pagamento do SNS, o valor a facturar relativamente ao Contrato Programa com base na produção efectiva, a
Convergência Fixa e Incentivos Institucionais e outros acréscimos de custos e proveitos expectáveis. Estes registos são
suportados por Operações Diversas arquivadas por ordem numérica do documento, na AGFC.

A classificação contabilística dos processos de aquisição bens, fornecimentos e serviços externos é atribuída no início
do processo de aquisição, de acordo com o bem ou o serviço a adquirir.

As notas de encomendas decorrentes do processo de aquisição são integradas na aplicação de contabilidade através de
ficheiro.

Os documentos externos que suportam os registos contabilísticos são recepcionados e previamente conferidos no AGFC
– Sector de Conferência de Facturas, sendo posteriormente enviados ao Sector da Despesa para a respectiva
contabilização.

As notas a seguir indicadas estão de acordo com a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade do
Ministério da Saúde (POCMS) e aquelas cuja numeração não consta deste anexo não são aplicáveis à Sociedade ou a
sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras em apreciação.

8.2. Notas ao Balanço e à Demonstração dos Resultados


Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
193
8.2.2 Comparabilidade das Demonstrações Financeiras

As quantias relativas ao exercício de 2011 (comparativo) incluídas nas presentes demonstrações financeiras estão
apresentadas em conformidade com o modelo resultante da utilização do POCMS. Dado que a 1 de Março de 2012, o
CHLC, EPE passou a integrar o Hospital Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa, aos mapas apresentados,
integra os valores das 3 instituições em 2011 e os valores acumulados a Fevereiro de 2012, da MAC e do HCC com os
valores de 2012 do CHCL, EPE, para ser possível a sua compatibilidade.

8.2.3 Critérios Valorimétricos e Métodos de Cálculo

As demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos da empresa, segundo a convenção dos
custos históricos e na base da continuidade das operações, em conformidade com os princípios contabilísticos
fundamentais da prudência, substância sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios.

8.2.3.1 Critérios Valorimétricos utilizados

Os principais critérios valorimétricos foram os seguintes:

a) Imobilizações

Imobilizações corpóreas

Estão registadas pelos valores de aquisição, ajustadas do aumento/diminuição resultante das avaliações efectuadas,
líquido de amortizações acumuladas.

As amortizações foram calculadas de acordo com o CIBE – Cadastro do Inventário dos Bens do Estado (Portaria
671/2000, de 17 de Abril).

As Imobilizações comparticipadas por Subsídios Comunitários são amortizadas na mesma base e às mesmas taxas dos
restantes bens do CHLC, EPE, sendo o respectivo custo compensado em Proveitos e Ganhos Extraordinários, pela
amortização das comparticipações registadas na Rubrica de Acréscimos e Diferimentos - Subsídio para Investimentos.

b) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, que


integram o respectivo imposto sobre o valor acrescentado. Utiliza-se o custo médio ponderado como método de custeio
dos consumos e saídas de armazém.

Existe provisão para depreciação de existências para todos os produtos que não registaram movimentos no exercício,
com a excepção de artigos que têm de existir em stock para o caso de virem a ser necessários, sendo esta situação muito
pontual.

Não houve alteração de critério em relação ao exercício anterior.

c) Dívidas de Terceiros
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
194
Clientes

As dívidas a receber de clientes estão registadas pelo valor da transacção real.

d) Acréscimos e diferimentos

O Centro regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as
receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas
ou pagas.

O Centro regista nestas rubricas do Activo e do Passivo, os efeitos decorrentes das operações de especialização
associadas a custos e proveitos cuja documentação de suporte ainda não estava disponível à data de 31 de Dezembro,
bem como outras estimativas associadas à aplicação do princípio da especialização dos exercícios, compreendendo
designadamente:

 Reconhecimento dos proveitos imputáveis ao período ainda não facturados, relativos a internamentos e actos
médicos;

 O montante actualizado dos encargos com férias e subsídio de férias, cujos direitos já se venceram, mas cujo
pagamento ainda não é devido, de acordo com o ponto 1 do artigo 21º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de
Dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para 2012;

 Juros a receber provenientes de aplicações financeiras em depósitos a prazo;

 Os prémios de seguro, repartidos pelos exercícios, de acordo com o respectivo período de vigência;

 Subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações, reconhecidos na demonstração dos
resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas.

e) Imposto sobre o rendimento (IRC)

A contabilização do imposto sobre o rendimento é efectuada de acordo com o método do imposto a pagar, com base na
estimativa do imposto sobre o rendimento a pagar em relação ao ano a que respeita. No caso em apreço, atendendo, à
existência de prejuízos fiscais, o imposto apurado respeita apenas às situações sujeitas a tributação autónoma.

f) Impostos diferidos

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporais entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de
reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.

8.2.3.2 Métodos de cálculo utilizados

a) Amortizações
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
195
Os bens do activo imobilizado corpóreo e incorpóreo são amortizados de acordo com as taxas da Portaria 671/2000, de
17 de Abril e de acordo com o Decreto Regulamentar n.º25/2009 de 14 de Setembro, utilizando-se o método das quotas
constantes a partir do dia da entrada dos bens em funcionamento, sendo calculadas numa base diária, de tal modo que os
bens fiquem amortizados durante o seu período vida útil estimada.

As principais taxas de amortização utilizadas são as seguintes:

Os bens com valor unitário inferior a 274,62 euros são amortizados integralmente no decurso do ano de aquisição.

b) Provisões

Foram constituídas as seguintes provisões:

 Provisões para clientes de cobrança duvidosa

Foram constituídas provisões para dívidas a receber, de acordo com o seguinte critério:

 Provisionadas em 25% as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de seis
meses e até 12 meses;

 Provisionadas em 50% as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de doze
meses e até 18 meses;

 Provisionadas em 75% as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de 18
meses e até 24 meses;

 Provisionadas integralmente as dívidas de entidades privadas cujos saldos estejam em mora há mais de
dois anos.

Para as dívidas de clientes privados em mora há menos de 6 meses, não foi efectuado qualquer provisão.

Por recomendação inscrita no Despacho de Aprovação do Relatório de Gestão e Contas relativa ao exercício de 2009,
na alínea d) ponto ii) e do Fiscal Único, foi também constituída provisão para uma entidade responsável por um
subsistema de saúde público, que não reconhece um conjunto de facturas de antiguidade elevada, cujo montante foi
provisionado em 75%, totalizando um montante de 894.000,00 €uros.

De acordo com este critério, o Conselho de Administração entendeu que ficavam acauteladas, com razoável segurança,
os riscos de crédito associados, pelo que se procedeu a uma redução da provisão existente, no montante de 118.662,18
€.
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
196
Deste modo, a provisão constituída para estes fins ascende, em 31 de Dezembro de 2012, a 17.904.348,52€.

 Provisões para depreciação de existências

O valor total da provisão em 2012 é de 714.266,32 €uros, tendo a mesma sido aumentada no montante de
410.270,93 €uros, correspondente ao valor das existências que não registaram qualquer movimento no decurso
do exercício de 2012, conforme anteriormente referido.

 Provisões para riscos e encargos

Foi constituída uma provisão considerando a situação dos vários processos e o seu possível desfecho, segundo
opinião técnica do causídico, em 31 de Dezembro de 2012, numa óptica de prudência.

De acordo com as estimativas efectuadas, foi apurado um montante potencial de responsabilidades máximas
expectáveis de 3.114.499,18 €uros, o qual está provisionado.

Consequentemente, foi efectuada a redução de 507.723,10 €uros, face ao montante de provisões para estes fins
existente nas demonstrações financeiras das três entidades que antecederam o Centro.

Foi constituída provisão para riscos em encargos, relativo a dívidas que a entidade pode ter que assumir o
respectivo encargo num montante de 1.522.200,00 €.

c) Responsabilidades com complementos de pensões de reforma e sobrevivência

De acordo com o oficio nº GAC-1 de 14 de Janeiro de 2010 da Caixa Geral de Aposentações, e tendo presente o
disposto no artigo 159º da Lei nº 55-A/2010, de 31 de Dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2011), os encargos
em pensões relativas aos aposentados cuja inscrição na CGA tenha ocorrido nos termos do Decreto Lei nº 301/79, de 18
de Agosto, deixaram de ser imputados ao CHLC, EPE, passando a ser devidos à CGA pela Secretaria-Geral do
Ministério da Saúde.

d) Impostos

O Centro encontra-se sujeito a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC, à taxa normal de 25%,
acrescida de 1,5% pela aplicação da Derrama, resultando numa taxa de imposto agregada de 26,5%.

Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, o Centro encontra-se
sujeito a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


197
Dada a existência de prejuízos fiscais, o montante de imposto apurado no exercício decorre apenas das situações
sujeitas a tributação autónoma. Contudo, dada a existência de retenções na fonte efectuadas por terceiros, o Centro tem
a pagar, relativas a IRC, o montante de 14.391,24 €uros.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham
existido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou
impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos.

Deste modo, as declarações fiscais do Centro referentes ao exercício de 2008 a 2012, poderão vir ainda a ser sujeitas a
revisão, embora o Conselho de Administração considere que eventuais correcções resultantes de revisões fiscais àquelas
declarações de impostos, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de
2012.

Impostos diferidos

Por não existirem na empresa situações materialmente relevantes que gerem diferenças temporais entre activos e
passivos numa base fiscal e contabilística, e atendendo a que, numa óptica prudencial, não se perspectiva que os
prejuízos fiscais reportáveis possam ser substancialmente recuperados no horizonte temporal legalmente admissível,
não foram reconhecidos impostos diferidos.

No final de 2012, os prejuízos fiscais serão decorrentes do exercício de 2008 a 2012 e dos transferidos do Hospital de
Santa Marta, susceptíveis de reporte até 5 anos. No entanto, conforme referido, o Centro não reconheceu
contabilisticamente, por uma questão de prudência, impostos diferidos activos.

8.2.6 Movimento ocorrido nas contas de despesas de instalação e despesas de investigação e desenvolvimento

8.2.7 Movimento do Activo imobilizado

Durante o exercício o movimento ocorrido com a rubrica imobilizações e respectivas amortizações e provisões foi o
seguinte:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


198
8.2.12 Imobilizações corpóreas em curso

O valor do imobilizado corpóreo em curso em 31 de Dezembro de 2012, ascende a 645.595,35 €uros e refere-se
principalmente as seguintes situações:

- Fornecimento e instalação de uma solução de Gestão Documental Electrónica; Obras de Beneficiação do Internamento
de Neurocirurgia; Empreitada de Recuperação da Abóbora da Igreja do Hospital de Santa Marta; Licenciamento do
PACS; Empreitada de substituição do elevador do Hospital São José.

8.2.15 Bens do Domínio Público

A maioria dos edifícios onde estão instalados os serviços do Centro é do domínio público, não estando incluídos nas
demonstrações financeiras, pelo que apenas são reconhecidas contabilisticamente, e amortizadas, as benfeitorias e
outras obras de conservação neles realizadas.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


199
8.2.18 Depósitos Bancários

As contas da Banca Comercial, destinam-se ao recebimento das taxas moderadoras, através de pagamentos por
multibanco

8.2.23 Dívidas de Cobrança duvidosa

Em 31 de Dezembro de 2012 existem dívidas de cobrança duvidosa incluídas na rubrica de dívidas de terceiros
constantes no Balanço, de acordo com o seguinte quadro:

O valor inscrito na rubrica 218 – Dívidas de Cobrança Duvidosa diz respeito apenas às situações que se encontram em
contencioso. Adicionalmente existem também na rubrica de Clientes de conta-corrente valores em mora, os quais foram
provisionados de acordo com a nota 8.2.3.2 Métodos de cálculo utilizados b).

8.2.24 Dívidas activas e passivas com o Pessoal (valores em euros)

Em cumprimento do principio da especialização do exercício, encontram-se registados neste exercício o valor estimado
relativo a Férias e Subsídio de Férias vencidos com a prestação de trabalho de 2012, a colocar à disposição dos
colaboradores em 2013, de acordo com a circular normativa nº 15/2013/CD-FIN de 10 de Abril de 2013 emanada pela
ACSS, e respectivos encargos sobre remunerações, Horas Extraordinárias e Noites e Suplementos de Dezembro a pagar
em Janeiro e outros custos com pessoal expectáveis.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


200
8.2.31 Movimento ocorrido com provisões

Durante o exercício de 2012 realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

8.2.32 Variação das contas de Fundos Próprios

A 1 de Março de 2012, o Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE passou a integrar o Hospital Curry Cabral, EPE e a
Maternidade Alfredo da Costa, através do Decreto Lei n.º 44/2012 de 23 de Fevereiro, tendo o valor do capital
estatutário sido alterado para 95.322.302 €uros, conforme previsto no Artigo 3.º do referido diploma.

O movimento ocorrido nas contas de fundos próprios durante o ano de 2012 foi o seguinte:

Na Constituição do Centro Hospitalar Lisboa Central, o Capital Estatutário atribuído foi de 60.446.000,00 €uros, sendo
29.930.000,00 do Capital Estatutário do Hospital de Santa Marta e de 30.516.000 €uros da dotação atribuída em 2007, e
a subscrição nos anos de 2008 e 2009, 20.932.000 €uros e de 5.092.000 €uros respectivamente. A 23 de Julho a RCM nº
116/2008, aprova a revisão do calendário de subscrição do Capital, distribuindo as verbas prevista para mais um ano,
passando a ser no ano de 2008 o montante de 11.109.000 €uros, no ano de 2009 o montante de 5.658.000 €uros e para o
ano de 2010 o montante de 8.717.000 €uros. Até ao ano de 2012, ainda não se encontra realizado o valor atribuído para
o ano de 2010, no montante de 8.717.000 €uros conforme definido na RCM de 116/2008 de 23 de Julho.

A rubrica 576 – Doações reflecte o valor das doações efectuadas ao CHLC,EPE, e que em 2012 se cifra num montante
de 13.274,06 €uros.

Os ajustamentos ocorridos em Resultados Transitados decorrem das seguintes situações:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


201
 Correcção do valor do imobilizado do Hospital Curry Cabral num montante de 2.971.191,95 €uros, no
imobilizado bruto e 468.299,59 €uros nas Amortizações Acumuladas;
 Correcção do valor do imobilizado da Maternidade Alfredo da Costa num montante de 152.190,55 €uros no
imobilizado bruto e 67.907,43 €uros nas Amortizações Acumuladas;
 Excesso de estimativa de Medicamentos de 2010 do CHLC,EPE de 341.535,75 €uros;
 Excesso de estimativa de Medicamentos de 2011 do CHLC,EPE de 208.311,00 €uros;
 Excesso de estimativa de Incentivos Institucionais de 2011 do CHLC,EPE de 271.881,37 €uros;
 Excesso de estimativa de Facturação aos Subsistemas de 2009 do CHLC,EPE de 3.248.093,87 €uros
 Excesso de estimativa de custos de despesas com pessoal referente à ADSE do CHLC,EPE de 532.036,32
€uros;
 Anulação das taxas moderadoras não cobradas do ano de 2007 a 2011 do CHLC,EPE de 2.522.991,53

8.2.33 Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

No valor das compras, foi considerado a regularização do Rappel concedido pelos fornecedores no ano de 2012, no
montante de 4.875.483,26€, o montante de 11.207.658,25€ de descontos comerciais, decorrente do Acordo entre os
Ministérios da Saúde e da Economia e a Apifarma.

De acordo com a legislação em vigor, o CHLC dispensa a doentes externos medicamentos da artrite reumatóide, não
sendo estes custos decorrentes da actividade normal da Instituição, procedeu-se ao abatimento na rubrica de compras
em 760.495,18 €uros por contrapartida Outros Custos e Perdas Extraordinárias.

Este movimento contabilístico, teve em consideração a recomendação inscrita no Despacho de Aprovação do Relatório
e Contas relativo ao exercício de 2009, ponto iii) na aliena d) e do Fiscal Único.

Os consumos do período representam a totalidade das saídas dos armazéns para os Serviços requisitantes,
independentemente do seu consumo efectivo na data da requisição.

8.2.35 Vendas e prestações de serviços por actividade e por mercados geográficos

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


202
No exercício, a empresa prestou serviços exclusivamente em Portugal.

8.2.37 Demonstração dos resultados financeiros

Os descontos de pronto pagamento conseguidos resultam das negociações com os fornecedores no momento do
pagamento. É de salientar que em 2012 foram concedidos descontos financeiros ao abrigo do Programa de Pagamento
Extraordinário a Fornecedores.

8.2.38 Demonstração dos resultados extraordinários

8.2.39 Outras informações relevantes


Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
203
a) Estado e Outros Entes Públicos

b) Dívidas
a terceiros

Em 31 de
Dezembro
de 2012
tinham a
seguinte

composição:

c) Acréscimos e diferimentos

Esta rubrica tem o desenvolvimento que se apresenta no quadro seguinte:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


204
d) Fornecimentos e Serviços Externos

O saldo desta conta é composto essencialmente por:

e) Custos com Pessoal

O saldo desta conta é composto essencialmente por:

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


205
f) Remunerações dos membros dos órgãos sociais

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais, foram as que constam no quadro seguinte:

À remuneração do Fiscal Único acresce o IVA à taxa em vigor.

g) Factos subsequentes à data de balanço

Desde 31 de Dezembro até à presente data não ocorreu nenhum facto relevante que pudesse alterar significativamente
as demonstrações financeiras do Centro.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


206
12. ANEXO À
DEMONSTRAÇÕES DOS
FLUXOS DE CAIXA DO
EXERCÍCIO DE 2012

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


207
Apenas nos referimos aos pontos 2, por os restantes não se aplicarem.

2.Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes:

2011 2012
Numerário 8.222,00 26,91
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 13.706.433,80 15.595.014,57
Equivalentes a caixa
Caixa e seus equivalentes
Outras disponibilidades (Depósitos a prazo) 0,00 0,00
Disponibilidades constantes no balanço 13.714.655,80 15.595.041,48

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


208
13. OUTROS MAPAS
FINANCEIROS

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


209
Fluxos Financeiros

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


210
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
211
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
212
Mapa de Controlo do Orçamento Económico

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


213
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
214
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
215
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
216
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
217
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
218
Mapa de Controlo do Orçamento de Compras

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


219
Mapa de Controlo do Orçamento de Investimentos

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


220
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
221
14. DÍVIDAS
VENCIDAS E NÃO
VENCIDAS A 31 DE
DEZEMBRO DE 2012

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 222


Está publicado no site da internet do CHLC,EPE as dívidas vencidas e não vencidas a 31 de Dezembro de
2012, identificando o fornecedor e o montante em dívida.

O endereço é o seguinte:

http://www.chlc.min-saude.pt/ResourcesUser/CHL/Informacao_Institucional/
Dividas_vencidas_Dezembro_2012.pdf

Excerto do Resumo dívidas Vencidas e Não Vencidas em 31 de Dezembro de 2012

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 223


15. CERTIFICAÇÃO
LEGAL DE CONTAS
Em anexo.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 224


16. RELATÓRIO E
PARECER DO FISCAL
ÚNICO

Em anexo.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 225


ANEXOS

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 226


Anexo I: Lista de Espera para Primeira Consulta em 31 de Dezembro de 2012

Consultas
Pedidos Tempo Consultas Muito Consultas Consultas
Tempo médio Prioridade
Hospital de agendados máximo de Consultas Prioritárias Prioritárias realizadas
Especialidade do pedido de resposta Normal
destino do pedido (para data resposta realizadas realizadas dentro realizadas dentro fora do
previsto (dias) realizadas dentro
futura) previsto (dias) do tempo do tempo tempo
do tempo
Angiologia/Cirurgia Vascular 663 224,2 326,1 1.367 23 351 442 551
Cardiologia 302 71,1 256,5 1.248 0 92 1.150 6
Cardiologia Pediátrica 38 93,4 190,8 133 1 16 100 16
Cirurgia Cardio-Torácica 0 0,0 0,0 40 1 21 14 4
CHLC - Hospital Cirurgia Geral 1 226,7 226,7 5 0 0 0 5
de Santa Marta Medicina Física e de Reabilitação - 0 0,0 0,0 2 0 0 2 0
Fisiatria
Medicina Interna 1 51,8 51,8 12 2 6 2 2
Pediatria 2 186,4 249,9 1 0 0 1 0
Pneumologia 112 80,9 219,0 547 19 57 445 26
Total 1.119 163,9 326,1 3.355 46 543 2.156 610
Angiologia/Cirurgia Vascular 0 0,0 0,0 1 0 0 1 0
Cirurgia Geral 84 133,7 573,9 1.228 75 328 815 10
Cirurgia Geral - Obesidade 69 520,0 926,6 34 0 0 6 28
Cirurgia Maxilofacial 46 57,6 174,1 352 0 24 327 1
Cirurgia Plástica Reconstrutiva 48 59,0 159,0 591 1 10 579 1
Estomatologia 66 45,5 271,0 554 2 12 537 3
Ginecologia 5 46,0 65,1 3 0 1 2 0
CHLC - Hospital Medicina Física e de Reabilitação - 10 56,1 72,0 51 2 5 44 0
de São José Fisiatria
Medicina Interna 4 38,1 60,0 81 20 56 4 1
Neurocirurgia 338 93,6 273,0 1.095 2 26 1.049 18
Neurologia 45 113,9 234,2 130 0 13 55 62
Ortopedia 382 80,9 266,9 1.893 13 39 1.823 18
Otorrinolaringologia 151 42,1 113,8 2.127 0 46 2.080 1
Pediatria 0 0,0 0,0 1 0 0 1 0
Urologia 104 67,1 196,9 977 41 203 704 29
Total 1.352 101,8 926,6 9.118 156 763 8.027 172

Pedidos Tempo Tempo Consultas Muito Consultas Consultas Consultas


Hospital de
agendados médio de máximo de Consultas Prioritárias Prioritárias Prioridade realizadas
destino do Especialidade do pedido
(para data resposta resposta realizadas realizadas dentro realizadas Normal fora do
pedido
futura) previsto previsto do tempo dentro do realizadas dentro tempo
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
227
(dias) (dias) tempo do tempo
Cardiologia Pediátrica 1 86,1 86,1 7 0 0 7 0
Cirurgia Geral 1 39,2 39,2 14 0 1 13 0
Cirurgia Maxilofacial 5 73,5 120,7 10 0 0 9 1
Cirurgia Pediátrica 98 88,8 335,2 682 0 0 679 3
Cirurgia Plástica Reconstrutiva 1 37,1 37,1 17 0 0 17 0
Doenças Infecciosas 0 0,0 0,0 1 0 1 0 0
Endocrinologia 16 133,5 183,0 7 0 3 3 1
Endocrinologia - Nutrição 6 247,3 324,0 40 2 1 17 20
Estomatologia 11 67,0 78,2 50 0 0 50 0
Gastrenterologia 3 94,8 134,3 35 0 10 25 0
Genética Médica 0 0,0 0,0 29 1 1 25 2
Ginecologia 158 59,0 197,0 839 13 102 706 18
Ginecologia - Apoio à Fertilidade 18 86,4 107,7 17 0 0 16 1
Ginecologia Oncológica 1 44,1 44,1 0 0 0 0 0
Ginecologia-Planeamento Familiar 1 33,8 33,8 0 0 0 0 0
Ginecologia-Senologia 6 59,8 109,0 0 0 0 0 0
Hematologia Clínica 5 43,5 69,9 43 1 11 29 2
CHLC - Imunoalergologia 143 83,2 144,1 599 3 26 567 3
Hospital Dona Medicina Física e de Reabilitação - Fisiatria 2 46,9 47,9 12 0 0 12 0
Estefânia Medicina Interna 0 0,0 0,0 2 0 0 2 0
Medicina Tropical 0 0,0 0,0 2 0 2 0 0
Nefrologia 0 0,0 0,0 10 0 1 9 0
Neurocirurgia 2 84,9 134,0 3 0 2 1 0
Neurologia 2 97,5 113,0 9 0 1 7 1
Neuropediatria 0 0,0 0,0 83 2 12 57 12
Obstetrícia 24 39,2 83,8 586 4 30 552 0
Obstetrícia - Alto Risco 3 26,5 32,9 0 0 0 0 0
Obstetrícia - Consulta da Gravidez Múltipla 1 23,0 23,0 0 0 0 0 0
Obstetrícia - Diabetes e Gravidez 1 19,8 19,8 0 0 0 0 0
Obstetrícia - Referência 17 32,5 92,2 0 0 0 0 0
Oftalmologia 104 64,6 133,9 566 0 5 560 1
Ortopedia 33 71,5 123,1 218 12 3 202 1
Otorrinolaringologia 48 51,8 89,0 534 0 18 515 1
Pediatria 71 103,4 846,8 466 6 80 356 24
Pneumologia 2 65,4 97,8 21 0 3 18 0
Urologia 2 131,6 166,1 45 0 0 44 1
Total 786 74,7 846,8 4.947 44 313 4.498 92

Pedidos Tempo Consultas Muito Consultas Consultas Consultas


Tempo médio
Hospital de agendados máximo de Consultas Prioritárias Prioritárias Prioridade realizadas
Especialidade do pedido de resposta
destino do pedido (para data resposta realizadas realizadas dentro realizadas Normal fora do
previsto (dias)
futura) previsto (dias) do tempo dentro do tempo realizadas tempo
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
228
dentro do
tempo
Anestesiologia 9 142,3 302,0 30 0 0 28 2
Angiologia/ Cirurgia Vascular 1 383,9 383,9 0 0 0 0 0
Cirurgia Geral 61 94,1 310,7 515 11 18 479 7
Cirurgia Plástica Reconstrutiva 0 0,0 0,0 1 0 0 1 0
Dermato-Venerologia 1.181 113,8 296,0 2.906 24 229 2.617 36
Doenças Infecciosas 0 0,0 0,0 1 0 0 1 0
Endocrinologia - Nutrição 0 0,0 0,0 1 0 0 1 0
CHLC - Hospital Gastrenterologia 645 199,1 611,7 1.038 21 203 602 212
dos Capuchos Hematologia Clínica 46 37,6 113,1 588 2 25 559 2
Medicina Física e de Reabilitação - Fisiatria 1 20,6 20,6 37 0 2 35 0
Medicina Interna 12 84,9 208,8 73 5 15 52 1
Neurocirurgia 64 37,3 110,1 827 2 11 813 1
Neurologia 181 84,5 182,0 716 0 22 611 83
Oftalmologia 2.274 119,6 379,9 6.489 3 53 5.219 1.214
Pediatria 3 96,5 119,7 18 0 1 17 0
Total 4.478 125,7 611,7 13.240 68 579 11.035 1.558
Cardiologia 0 0,0 0,0 22 0 1 21 0
Cirurgia Geral 16 62,5 413,8 678 8 31 620 19
Cirurgia Geral - Obesidade 1 52,0 52,0 35 0 0 35 0
Dermato-Venerologia 80 112,7 387,0 2.987 3 536 2.242 206
Doenças Infecciosas 14 62,9 203,2 62 0 1 60 1
Endocrinologia 162 76,1 351,1 1.270 221 248 671 130
Hospital Curry Endocrinologia - Nutrição 0 0,0 0,0 27 4 3 5 15
Cabral Imuno-hemoterapia 0 0,0 0,0 1 0 1 0 0
Medicina Física e de Reabilitação - Fisiatria 0 0,0 0,0 47 1 7 39 0
Medicina Interna 0 0,0 0,0 68 1 38 28 1
Nefrologia 69 80,3 287,0 276 10 48 207 11
Ortopedia 85 69,1 231,8 1.533 1 15 1.443 74
Urologia 129 117,1 498,0 588 0 98 460 30
Total 556 89,6 498,0 7.594 249 1.027 5.831 487

Consultas Consultas
Tempo Tempo Consultas
Pedidos Muito Prioridade Consultas
Hospital de médio de máximo de Prioritárias
agendados Consultas Prioritárias Normal realizadas
destino do Especialidade do pedido resposta resposta realizadas
(para data realizadas realizadas realizadas fora do
pedido previsto previsto dentro do
futura) dentro do dentro do tempo
(dias) (dias) tempo
tempo tempo
Maternidade Ginecologia 15 43,7 119,8 894 7 332 512 43
Dr. Alfredo Ginecologia - Apoio à Fertilidade 1 56,6 56,6 134 0 1 127 6
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
229
Ginecologia - Consulta de Ginecologia Infantil e Adolescente 0 0,0 0,0 18 0 2 15 1
Ginecologia - Consulta de Saúde Sexual Reprodutiva dos Adolescentes 0 0,0 0,0 4 0 0 3 1
Ginecologia Oncológica 1 29,1 29,1 89 8 50 29 2
Ginecologia - Menopausa 0 0,0 0,0 56 0 13 42 1
Ginecologia-Planeamento Familiar 1 36,2 36,2 228 2 8 193 25
Ginecologia-Senologia 0 0,0 0,0 259 1 121 132 5
Obstetrícia - Aconselhamento Genético 1 15,9 15,9 2 0 0 2 0
Obstetrícia - Alto Risco 2 15,4 16,0 257 25 27 193 12
Obstetrícia - Avaliação do Risco Obstétrico 0 0,0 0,0 39 2 6 31 0
Obstetrícia - Consulta da Gravidez Indesejada 0 0,0 0,0 37 4 17 16 0
Obstetrícia - Consulta da Gravidez Múltipla 0 0,0 0,0 7 0 2 5 0
da Costa Obstetrícia - Consulta de Adolescentes Menores de 17 Anos 0 0,0 0,0 22 3 2 17 0
Obstetrícia - Consulta de Doenças Auto-Imunes e Insucesso Obstétrico 0 0,0 0,0 6 0 1 3 2
Obstetrícia - Diabetes e Gravidez 0 0,0 0,0 24 11 6 2 5
Obstetrícia - Diagnóstico Pré-natal 0 0,0 0,0 55 0 4 47 4
Obstetrícia - Imunodepressão 0 0,0 0,0 3 1 2 0 0
Obstetrícia - Patologia 1º Trimestre 0 0,0 0,0 6 1 0 5 0
Obstetrícia - Patologia Aditiva 0 0,0 0,0 8 3 1 4 0
Obstetrícia - Pré-concepcional 0 0,0 0,0 11 0 0 11 0
Obstetrícia - Referência 17 24,5 52,0 696 46 29 614 7
Obstetrícia-Hipertensão 0 0,0 0,0 18 2 0 14 2
Total 38 32,6 119,8 2.873 116 624 2.017 116

Fonte: ADW-CTH

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE


230
Anexo II: Lista de Espera Cirúrgica em 31-12-2012

Média do Total de Doentes por Níveis de Prioridade


Total de
Unidade tempo de
Especialidade CHLC doentes Normal Prioritário Muito Prioritário Urgência Diferida
Hospitalar espera
em LIC
(em dias) Patologia Patologia Patologia Patologia
Oncologia Oncologia Oncologia Oncologia
Geral Geral Geral Geral
HDE CIR. PLASTICA RECONSTRUTIVA 50 79 50 - - - - - - -
HDE ESTOMATOLOGIA 27 67 27 - - - - - - -
HDE-CIRURGIA PEDIATRICA 236 97 233 - 3 - - - - -
HDE-GINECOLOGIA 110 48 105 4 1 - - - - -
HDE-OBSTETRÍCIA 12 24 10 - 2 - - - - -
H D. Estefânia HDE-NEUROCIRURGIA - - - - - - - - - -
HDE-OFTALMOLOGIA 22 83 22 - - - - - - -
HDE-ORTOPEDIA 307 263 269 - 30 - 7 - 1 -
HDE-OTORRINOLARINGOLOGIA 420 141 377 - 43 - - - - -
HDE-QUEIMADOS 17 74 16 - - - 1 - - -
HDE-UROLOGIA 229 127 227 - 2 - - - - -
HDE - Total de doentes 1430 - 1336 4 81 - 8 - 1 -

HSAC - CIRURGIA 2 527 172 492 7 10 18 - - - -


H Sto. António
HSAC - OFTALMOLOGIA 920 62 913 - 7 - - - - -
dos Capuchos
HSAC-DERMATOLOGIA 282 39 155 2 24 100 - - - 1
HSAC - Total de doentes 1729 - 1560 9 41 118 - - - 1

HSJ - CIRURGIA 1 643 141 621 19 1 2 - - - -


HSJ- Unidade de Tratamento Cirúrgico em Obesidade 236 372 235 - 1 - - - - -
HSJ - NEUROCIRURGIA 668 229 668 - - - - - - -
HSJ - CIRURGIA MAXILO FACIAL 288 180 278 - 7 3 - - - -
HSJ - CIRURGIA PLÁSTICA RECONSTRUTIVA 1452 296 1443 - 7 2 - - - -
H. São José HSJ - ESTOMATOLOGIA 159 36 158 - 1 - - - - -
HSJ - ORTOPEDIA 843 177 842 - - - 1 - - -
HSJ - UVM 39 249 39 - - - - - - -
HSJ - OTORRINOLARINGOLOGIA 240 89 237 - 3 - - - - -
HSJ - UNIDADE DE QUEIMADOS - - - - - - - - - -
HSJ - UROLOGIA 342 101 299 40 1 2 - - - -
HSJ - Total de doentes 4910 - 4820 59 21 9 1 - - -

HSM- CIRURGIA VASCULAR 927 201 926 - 1 - - - - -


H. Sta Marta
HSM-CIRURGIA CARDIOTORACICA 336 219 334 2 - - - - - -
HSM - Total de doentes 1263 - 1260 2 1 - - - -

HCC - CIRURGIA GERAL 378 111 359 8 7 3 - 1 - -


HCC - DERMATOLOGIA 39 61 21 18 - - - - - -
HCC - CIRURGIA HEPATO BILIAR 12 23 4 7 1 - - - - -
H. Curry Cabral HCC - ORTOPEDIA 448 103 446 - 2 - - - - -
HCC - Unidade de Tratamento Cirúrgico em Obesidade 57 133 57 - - - - - - -
HCC - Unidade de Transplante - - - - - - - - - -
HCC - UROLOGIA 93 66 74 18 1 - - - - -
HCC - Total de doentes 1027 - 961 51 11 3 - 1 - -

MAC GINECOLOGIA 77 64 70 1 3 2 - - 1 -
MAC GINECOLOGIA HISTERO./LASER 73 36 73 - - - - - - -
MAC INFERTILIDADE 13 45 13 - - - - - - -
MAC OBSTETRICIA 21 50 20 - - - - - 1 -
MAC
MAC ONCOLOGIA 4 29 1 - 1 1 1 - - -
MAC SENOLOGIA 2 14 - - 1 1 - - - -
MAC U.C.A. 16 38 16 - - - - - - -
MAC UROGINECOLOGIA 1 391 1 - - - - - - -
MAC - Total de doentes 207 - 194 1 5 4 1 - 2 -

CHLC EPE -Total de doentes em LIC 10566 174 dias 10131 126 160 134 10 1 3 1
Portaria 1529/2008
Fonte: SIGLIC- CHLC dados de LIC referentes a 31-12-2012 extraídos a 08-01-2013
de 26 de Dezembro
SIGLIC - MAC: dados de LIC referentes a 31-12-2012 extraída a 08-01-2013 Nível de Tempo de resposta
Prioridade (em dias)
Patologia Patologia
SIGLIC - HCC: dados de LIC referentes a 31-12-2012 extraídos a 07-01-2013
geral oncológica

Total de doentes em Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) - Total de doentes que aguardam a realização de intervenção cirúrgica
Normal 270 60
proposta por médicos especialistas e validada pelo Responsável pelo Serviço

Prioritário 60 45
Média de Espera para Cirurgia (em dias) - Média do tempo de espera que os doentes inscritos em LIC esperam até serem operados.
A média é obtida pela razão entre o somatório dos tempos de espera dos doentes em LIC e o total de doentes dessa mesma LIC. Muito
15 15
prioritário
Tempo de resposta: Tempo de resolução cirúrgica por níveis de prioridade desde o momento em que o doente entra em LIC até à Urgência
3 3
realização da cirurgia, definidos pela legislação em vigor; Diferida

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 231


Anexo III: Actividade Assistencial do CHLC,EPE em
2012 (SICA)

Actividade Cirúrgica (não inclui Janeiro e Fevereiro do HCC e MAC)

Cirurgia Cirurgia Cirurgia Cirurgia Total


Especialidade
Convencional Ambulatória Electiva Urgente Cirurgias

Angiologia e Cirurgia Vascular 870 225 1.095 291 1.386


Cirurgia Cardio-Torácica 1.127 0 1.127 202 1.329
Cirurgia Geral 3.263 2.215 5.478 1.290 6.768
Cirurgia Maxilo-Facial 255 174 429 445 874
Cirurgia Pediátrica 1.057 905 1.962 836 2.798
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética 389 882 1.271 578 1.849
Dermato-Venereologia 11 1.668 1.679 0 1.679
Estomatologia 87 2.124 2.211 3 2.214
Ginecologia 835 2.030 2.865 11 2.876
Neurocirurgia 1.066 237 1.303 278 1.581
Obstetrícia 403 135 538 1.729 2.267
Oftalmologia 524 4.764 5.288 81 5.369
Ortopedia 3.098 966 4.064 712 4.776
Otorrinolaringologia 746 637 1.383 96 1.479
Urologia 1.407 405 1.812 448 2.260
Outras 586 84 670 323 993
TOTAL 15.724 17.451 33.175 7.323 40.498

Partos (não inclui Janeiro e Fevereiro do HCC e MAC)

Nº de Partos
Partos Eutócicos 1.764
Partos Distócicos 2.016
Cesarianas 1.136
Outros 880
TOTAL 3.780

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 232


Hospital de Dia (não inclui Janeiro e Fevereiro do HCC e MAC)

Especialidade Nº de Sessões Nº de Doentes Tratados


Hematologia Clínica 6.872 1.887
Imuno-hemoterapia 4.649 721
Infecciologia 3.238 1.022
Psiquiatria da Infância e Adolescência 3.421 202
Pediatria 557 219
Pneumologia 108 38
Oncologia (Sessões que não geram GDH Médicos de Ambulatório) 3.335 625
Outras 5.736 1.082
Hemodiálise TOTAL 4.356 209
Hemodiálise (ambulatório programado) 3139 54
Hemodiálise (agudos) 1.217 155
Quimioterapia 11.763 1.730
TOTAL Hospital de Dia (exclui Hemodiálise, Quimioterapia) 27.916 5.796

Urgência (não inclui Janeiro e Fevereiro do HCC e MAC)

Nº de Atendimentos (Total) Nº de Atendimentos (Sem Internamento)


Urgência Geral 150.784 131.566
Urgência Obstétrica 20.959 17.215
Urgência Pediátrica 81.414 78.363
Urgência Psiquiátrica 7.540 7.517
Total Tipos Urgência 260.697 234.661

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 233


Internamento (não inclui Janeiro e Fevereiro do HCC e MAC)

Dezembro Acumulado Acumulado Acumulado Acumulado


Nº de Doentes Nº de Nº Doentes
Especialidade Lotação Nº de Dias
Saídos (S/ Transferência em
Praticada Internamento
Transf. Int.) Internas Tratamento
Angiologia e Cirurgia Vascular 38 1.117 1.131 23 10.772
Cardiologia 43 2.853 476 24 13.694
Cardiologia Pediátrica 9 453 202 3 2.866
Cirurgia Cardio-Torácica 27 1.056 921 12 7.434
Cirurgia Geral 169 6.251 1.190 111 56.293
Cirurgia Maxilo-Facial 16 913 266 12 4.936
Cirurgia Pediátrica 22 1.163 136 6 4.461
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética 20 1.121 114 18 6.879
Dermato-Venereologia 10 224 90 7 2.194
Doenças Infecciosas (Infecciologia) 36 368 31 16 7.411
Endocrinologia e Nutrição 2 32 3 1 239
Gastroenterologia 14 483 153 13 5.201
Ginecologia 17 980 33 1 3.155
Hematologia Clínica 28 639 106 26 10.073
Medicina Interna 324 8.969 1.430 297 100.953
Nefrologia 22 447 41 17 6.103
Neurocirurgia 52 1.452 544 45 16.714
Neurologia 30 1.128 288 28 9.807
Obstetrícia 52 4.427 9.135 34 23.631
Oftalmologia 10 628 5 0 1.886
Ortopedia 135 4.057 247 80 36.655
Otorrinolaringologia 21 1.069 343 8 4.338
Pediatria 75 2.264 257 41 17.996
Pneumologia 14 369 63 11 4.081
Queimados 14 133 65 10 3.997
Urologia 34 1.959 103 10 10.398
U. Cuidados Intermédios 72 1.049 1.814 59 18.506
U.C.I. Cirurgia 31 194 1.796 22 9.830
U.C.I. Coronários 16 122 1.412 13 4.124
U.C.I. Pediatria 12 42 497 10 2.959
U.C.I. Polivalente 59 624 2.540 49 17.581
U.C.I. Recém Nascidos 28 140 284 23 7.290
Psiquiatria e Abuso de Substâncias 10 160 2 6 3.183
Agudos 10 160 2 6 3.183
Berçário 28 3.472 172 17 8.232
Sub-Total UCI 218 2.171 8.343 176 60.290
Sub-Total Especialidades Médicas 617 18.389 3.142 490 183.801
Sub-Total Especialidades Cirúrgicas 627 26.326 14.233 370 191.549
TOTAL (s/ Berçário) 1.462 46.886 25.718 1.036 435.640

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 234


Consultas Externas (não inclui Janeiro e Fevereiro do HCC e MAC)

Consultas Todos os Tipos de


Especialidade Primeiras Consultas
Subsequentes Consulta
Anestesiologia 20.791 2.648 23.439
Angiologia e Cirurgia Vascular 3.365 10.673 14.038
Cardiologia 6.464 38.274 44.738
Cardiologia Pediátrica 2.529 4.425 6.954
Cirurgia Cardio-Torácica 1.228 4.498 5.726
Cirurgia Geral 12.646 41.734 54.380
Cirurgia Maxilo-Facial 1.653 2.703 4.356
Cirurgia Pediátrica 3.905 9.714 13.619
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética 2.501 5.644 8.145
Dermato-Venereologia 17.860 19.146 37.006
Diabetologia 634 5.163 5.797
Infecciologia 685 14.444 15.129
Dor 505 3.776 4.281
Endocrinologia e Nutrição 2.959 11.868 14.827
Estomatologia 4.243 11.438 15.681
Gastroenterologia 2.616 6.140 8.756
Genética Médica 847 1.311 2.158
Ginecologia 9.031 13.346 22.377
Hematologia Clínica 1.586 13.238 14.824
Hepatologia 604 2.918 3.522
Hipertensão 667 4.702 5.369
Imuno-alergologia 2.753 12.102 14.855
Imuno-hemoterapia 1.837 14.064 15.901
Imunologia 241 1.933 2.174
Medicina Física e Reabilitação 9.863 30.206 40.069
Medicina Interna 4.327 20.246 24.573
Medicina Tropical 930 5 935
Nefrologia 1.761 10.673 12.434
Neonatologia 1.589 3.168 4.757
Neurocirurgia 4.878 9.858 14.736
Neuroftalmologia 283 1.049 1.332
Neurologia 3.987 13.251 17.238
Obstetrícia 6.700 19.082 25.782
Oftalmologia 14.548 51.469 66.017
Oncologia Médica 774 12.444 13.218
Ortopedia 13.928 29.501 43.429
Otorrinolaringologia 6.411 20.292 26.703
Pediatria 6.957 24.737 31.694
Pneumologia 2.465 8.955 11.420
Psiquiatria 269 914 1.183
Psiquiatria da Infância e Adolescência (Inst) 1.803 16.877 18.680
Senologia 480 3.391 3.871
Urologia 4.784 19.698 24.482
Consultas a pessoal (Medicina do Trabalho) 573 4.275 4.848
Outras 1.441 9.091 10.532
Psicologia 1.572 6.279 7.851
Apoio Nutricional e Dietética 2.521 8.093 10.614
Outras consultas por pessoal não médico 844 1.651 2.495
Total Consultas Médicas 190.901 565.084 755.985
Total Consultas por Pessoal não Médico 4.937 16.023 20.960
TOTAL 195.838 581.107 776.945

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 235

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