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TAINARA TOMASI
ESTÁGIO I
ERECHIM
2013
2
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................... 7
1 ADMINISTRAÇÃO GERAL ................................................................. 8
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................... 8
1.1.1 Nome da Empresa ............................................................................................ 8
1.1.2 Histórico da Empresa....................................................................................... 8
1.1.3 Faturamento...................................................................................................... 8
1.1.4 Atividade Principal/Ramo ................................................................................ 9
1.1.5 Atividades Secundárias ................................................................................... 9
1.1.6 Portfólio de Negócios ...................................................................................... 9
1.1.7 Total de Empregados ....................................................................................... 9
1.1.8 Evolução de Capital ....................................................................................... 10
1.1.9 Sócio-gerente ................................................................................................. 10
1.1.10 Objetivos da Empresa para o Ano .............................................................. 11
1.1.11 Endereço e Telefone .................................................................................... 11
1.2 ESTRUTURA DA EMPRESA .............................................................................. 11
1.2.1 Descrição da estrutura da empresa .............................................................. 11
1.2.2 Organograma .................................................................................................. 13
1.2.3 Layout da Empresa ........................................................................................ 14
1.2.4 Relacionamento na empresa ......................................................................... 20
1.2.5 Controles de Empresa ................................................................................... 20
1.3 POLÍTICAS GERENCIAIS................................................................................... 20
2 DESCRIÇÃO DO MERCADO DE ATUAÇÃO DA EMPRESA........... 22
2.1 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE EXTERNO ........................................................... 22
2.1.1 Histórico do Setor (Segmento) ...................................................................... 22
2.1.2 Micro-ambiente ............................................................................................... 23
2.1.2.1 Consumidores ............................................................................................... 23
2.1.2.2 Concorrência ................................................................................................. 24
2.1.2.3 Fornecedores ................................................................................................ 24
2.1.2.4 Mercado de trabalho...................................................................................... 25
2.2 DESCRIÇÃO DE MACRO-AMBIENTE................................................................ 26
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INTRODUÇÃO
1 ADMINISTRAÇÃO GERAL
1.1.3 Faturamento
A empresa iniciou suas atividades com recursos limitados, onde o capital social
investido foi de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Porém, em 1998 a empresa pode
investir e aumentar seu capital para R$ 170.000,00 (cento e setenta mil reais),
totalmente integralizados divididos entre os dois sócios, sendo 50% para cada um.
Em 2000, cientes da necessidade de ampliar seu negócio, os proprietários
buscaram reinvestir grande parte de seus ganhos na construção de um prédio com
espaço amplo, tendo assim capacidade de manter um estoque maior de produtos
para atender a demanda, além de adquirir caminhões para o transporte próprio.
A última alteração do contrato social ocorreu em 2009 onde o capital social da
empresa passou para R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). Neste último ano (2012) a
empresa renovou sua frota de caminhões e investiu na melhoria de equipamentos
tecnológicos e informatizados buscando melhorar cada vez mais o exercício da
atividade.
1.1.9 Sócio-gerente
como encaminhamento dos pedidos para o financeiro para que seja feita a análise e
liberação de crédito e posterior emissão das notas fiscais de venda. Este setor é
supervisionado pela sócia Solange.
No setor financeiro uma funcionária é responsável pelo contas a receber, análise
e liberação de crédito, controle das vendas, fechamento mensal das vendas assim
como das comissões dos vendedores, SPED Fiscal e PIS/COFINS e também
realiza todas as atividades que englobam a área de recursos humanos dentre elas,
contratações, demissões e horas extras. O setor é supervisionado pela sócia
Solange, que além de responsável pelo setor também realiza todas as funções
relacionadas às contas a pagar, análise de custos, caixa, gerenciamento de
estoques, entrada de notas de compra, tributação e leis sociais, trabalhistas e
fiscais.
A empresa também conta com uma secretária/telefonista, responsável pela
recepção dos clientes, vendedores e fornecedores que chegam à empresa.
No almoxarifado, três funcionários são encarregados pela descarga, carga,
estocagem dos produtos, organização do estoque, controle da validade dos produtos
que varia entre um e três anos e pela movimentação. Este setor também é
supervisionado pela sócia Solange.
Dentre os setores supervisionados pela sócia Solange há também o setor de
distribuição, onde o quadro de colaboradores é composto por sete motoristas que
realizam a entrega dos produtos vendidos de acordo com a região e rota de venda
estipulada semanalmente. Em alguns casos específicos a empresa utiliza serviços
terceirizados, como transportadoras, para fazer a distribuição dos produtos.
Há também um responsável pela segurança do trabalho, serviço contratado de
uma empresa especializada, a ILLIMITATO, que se encarrega de repassar para a
empresa todos os procedimentos de segurança e treinamento relacionados ao seu
ramo de atividade. Uma engenheira química que assina a responsabilidade quantos
aos agrotóxicos, dando todo suporte quanto aos treinamentos, às leis e
procedimentos que enquadram a categoria (IBAMA, FEPAM, FATMA e demais
licenças), um veterinário, que é responsável pelo receituário conforme exigência do
CRMV – Conselho Regional de Medicina Veterinária e, um técnico agrícola que é
responsável pela verificação dos medicamentos, se estes estão regulamentados
pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério da Saúde. Os responsáveis acima
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1.2.2 Organograma
O organograma é uma
uma representação gráfica simplificada da estrutura
organizacional da empresa. O mesmo é elaborado
laborado com retângulos que representam
os órgãos e linhass que fazem a ligação hierárquica
hierárquica e de comunicação entre eles e, o
staff ou funções de assessoria são aquelas que prestam serviços aos setores de
execução.
Direção
Segurança do
Eng. Química
Trabalho
Segurança e
Contabilidade
Monitoramento
Comercial Administrativo
Financeiro
Gerente Comercial
Compras
Vendedores Faturamento
Almoxarifado
Recepção
Motoristas
De acordo com Viana (2000), o layout pode ser explicado por meio das palavras
desenho, plano, esquema, ou seja, é o modo pelo qual ao se inserirem figuras e
gravuras surge uma planta, podendo-se, por conseguinte, afirmar que o layout é
uma maquete no papel.
Em 2013 a empresa conta com um espaço físico de 4.000 m2 contemplando o
espaço para o almoxarifado, carregamento, e o setor administrativo. Futuros projetos
de expansão vêm sendo analisados pelos sócios-gerentes, porém em outro local,
considerando que o espaço físico não mais comporta a estrutura atual e
principalmente em função das restrições implantadas por órgãos como IBAMA e
FEPAM que não permitem que empresas desta atividade estejam localizadas
próximo às residências, sendo necessário mudar sua localização para áreas
designadas como industriais. A Figura 2 ilustra o layout atual da empresa.
A estocagem dos cabos para enxada, foice, machado e martelo, assim como
fogareiros, botas, plantadeiras e alguns tipos de tela encontram-se localizados
conforme ilustra a Figura 9.
Com o intuito de otimizar os serviços realizados por cada setor a empresa adota
certos critérios, e estes, são usados como regra por todos os setores:
• Venda para novos clientes: somente com aprovação de crédito e primeiro
pagamento à vista ou no mínimo com 50% de entrada.
• Restrição cadastral: clientes com débitos junto à empresa e/ou órgãos de
proteção ao crédito a mercadoria somente será entregue perante regularização
e com pagamento à vista, na maioria dos casos o depósito deve ser feito
antecipadamente.
• Juros: cobrados em decorrência do atraso de pagamentos, o percentual de
juros é de 3% ao mês.
• Devolução ou recusa da mercadoria por parte do cliente: somente com nota
fiscal de devolução de mercadoria e, dependendo do Estado e do tipo de
produto, perante o recolhimento da Guia de Substituição Tributária.
• Reposição do estoque: é atribuída a uma única pessoa a atividade de
compras.
• Recebimento de mercadorias: um único funcionário fica encarregado de
receber, conferir e destinar as mercadorias recebidas à armazenagem.
O setor agropecuário é um dos setores que mais tem crescido nos últimos anos
e a estimativa, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, é que o
setor cresça de 4% a 4,5% em 2013, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor
econômico como a questão tributária, Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS), custos trabalhistas, leis e normativas para a comercialização e
transporte dos produtos, infraestrutura ineficiente que impede o crescimento do país
além da dificuldade de planejamento do setor.
O Comércio Atacadista é a atividade do setor terciário da economia responsável
pela comercialização de grandes quantidades de produtos ou mercadorias, duráveis
ou não duráveis. Geralmente é uma etapa intermediária da distribuição de
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2.1.2 Micro-ambiente
De acordo com Cobra (2003), microambiente é formado pelo mercado, que por
sua vez constitui as fontes humanas que são os clientes, concorrentes,
distribuidores, fornecedores e o mercado de trabalho.
A análise do ambiente interno visa evidenciar os pontos fortes e pontos fracos,
as deficiências e qualidades da empresa em estudo.
A rapidez e agilidade na entrega dos produtos é fator que determina uma das
qualidades da empresa.
Identifica-se a carência de controles internos, sem um gerenciamento de estoque
adequado, causando prejuízos com o armazenamento de produtos desnecessários
e, falta de outros que giram no estoque.
2.1.2.1 Consumidores
2.1.2.2 Concorrência
2.1.2.3 Fornecedores
3.1 COMERCIAL/FATURAMENTO
3.1.1 Atendimento
O atendimento aos clientes é realizado por uma equipe de oito vendedores que
têm por função oferecer toda a linha de produtos, divulgar as promoções, apresentar
as condições e prazos de pagamento, além de realizar os pedidos junto aos clientes
e encaminhá-los a empresa via mobile, programa utilizado externamente com todas
as informações necessárias quanto a clientes, produtos, preços, prazos e
promoções. Cada vendedor utiliza um equipamento chamado tablet no qual lhe dá
acesso a todas as informações que abrangem suas regiões de cobertura e tudo que
diz respeito a sua carteira de clientes, ou seja, através do sistema mobile, o
vendedor tem todos os dados e informações necessárias para que ele possa
atender os clientes. A equipe desloca-se para o atendimento aos clientes na
segunda-feira e retornam à empresa na sexta-feira, exceto quando o vendedor
atende a uma praça menor, não necessitando da semana inteira para realizar os
atendimentos. Muitos dos pedidos realizados pelo vendedor são complementados
antes do fechamento da carga através de contato telefônico com o cliente.
Semanalmente são realizadas reuniões com a equipe de vendedores de modo
que sejam informados os novos prazos, novos preços, novos produtos e novas
promoções, além de ser feito um acompanhamento financeiro dos clientes de cada
vendedor deixando-os a par da situação cadastral e financeira de sua carteira de
clientes.
O controle de vendas também é acompanhado semanalmente, onde o sócio-
gerente e também vendedor, repassa aos vendedores o que cada um atingiu da
meta de vendas naquela determinada semana. Com isso é possível um controle
mais rígido das metas, permitindo que cada vendedor possa avaliar e melhorar seu
desempenho.
2 Fichas de Emergência: fichas técnicas dos produtos nos quais devem constar todas as informações de manuseio e segurança destes determinados
produtos em caso de acidentes. Isso se caracteriza apenas aos produtos perigosos (químicos e tóxicos).
3 Certificado de Análise ou Termo de Conformidade: Boletins que constam informações quanto ao período e formas de plantio, teste de germinação e a
germinação propriamente dita.
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3.2 FINANCEIRO
O fechamento das vendas do mês ocorre do 1º ao 10º dia útil de cada mês, onde
a funcionária do setor emite os relatórios de venda, relatório de contas a receber,
relatório de estoque, relatório de saídas com débito de ICMS, emissão da Nota
Fiscal de Crédito de ICMS, entrega de arquivos para SPED PIS/COFINS e SPED
FISCAL, fechamento da venda do mês para cálculo da comissão de venda a ser
pago para cada vendedor, conferência do relatório de comissão de venda e posterior
emissão dos recibos de comissão de venda.
3.3 COMPRAS
3.4 ESTOQUE/ALMOXARIFADO
3.4.2 Armazenagem
repassados para a relação de faltas, que então é conferida pelo faturamento para
finalmente chegar ao setor de compras que realiza a reposição dos mesmos.
A empresa conta com transporte próprio para a distribuição dos produtos que
comercializa. Com isso, após a separação, os pedidos seguem para a área de
carregamento que se dá em três momentos, porém com as cargas pré-definidas:
Classe 1 - EXPLOSIVOS
GASES, com as seguintes subclasses:
Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis;
Classe 2 -
Subclasse 2.2 – Gases não inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3 – Gases tóxicos.
Classe 8 - CORROSIVOS
A análise dos estoques é feita através do inventário físico, acurácia dos controles
e giro de estoque. Com ela é possível identificar e verificar se os estoques estão
bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam.
38
3.6.3 Armazenagem
O que dificulta a separação dos itens bem como o controle do estoque, é a falta
de um sistema informatizado e codificado. Em função desta carência divergências
nas quantidades ocorrem frequentemente e os erros na separação são constantes
ocasionando perdas significativas para a organização.
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Como a acuracidade dos estoques não é medida, não há como saber o quanto a
empresa precisa melhorar e, não havendo o comprometimento da equipe, deste o
chão do armazém até o administrativo, não são identificados os gargalos e por
consequência os resultados tendem a afastar-se cada vez mais da realidade.
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4.1 TEMA
Gestão de estoque
4.3 OBJETIVOS
4.4 JUSTIFICATIVA
4.5.1 Estoques
De acordo com Viana (2000), a atividade de compras tem por finalidade suprir as
necessidades da empresa mediante a aquisição de materiais e/ou serviços,
emanadas das solicitações de compras dos usuários.
Para Pozo (2010), o setor de compras tem responsabilidade preponderante nos
resultados de uma empresa em face de sua ação de suprir a organização com os
recursos materiais para seu perfeito desempenho e atender às necessidades de
mercado.
Outros autores como Cobra (2003) enfatizam a função de compras como crucial
no mundo dos negócios, e que para poder vender bem é preciso saber comprar
bem, portanto, é uma atividade essencial no ramo atacadista.
Para que a organização se movimente adequada e eficazmente, os materiais
devem estar disponíveis no momento certo, com as especificações corretas e
qualidade exigida para atender ao propósito a que se destinam.
A função compras trará resultados positivos à organização, se as informações
quanto às quantidades a serem supridas forem confiáveis, portanto, um sistema de
gerenciamento é essencial para que se tenha controle.
Segundo Martins e Alt (2010) a movimentação física dos materiais deve ser
reduzida ao mínimo possível, tanto em relação às quantidades transportadas quanto
às distâncias percorridas.
Para Francischini e Gurgel (2002), o principal elemento da movimentação é o
material, sendo classificados conforme a atividade funcional que neles será aplicada.
Para a empresa estudada a movimentação abrange atividades de armazenamento,
correspondendo ao recebimento, empilhamento ou colocação nas prateleiras; vias
de transporte, como carregamento, fixação no transporte, desembarque e
transferência de qualquer tipo de material, e análise de dados que, mesmo não
utilizada pela empresa, abrange os aspectos analíticos da movimentação,
treinamento, organização, segurança e outras técnicas para o desenvolvimento de
um sistema eficiente de movimentação de materiais.
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Para Dias (1995), antes da década de 80, a grande preocupação empresarial era
vender, produzir e faturar. Então vieram dois grandes problemas: o trabalhista e as
despesas financeiras elevadas. Esses dois fatores levaram as empresas menos
preparadas a esquecerem de seus estoques além da significativa parcela que
representam no seu capital de giro, elevando seus custos e os riscos de se manter
no negócio.
Diante da necessidade de melhor controlar seus materiais estocados as
organizações observaram a importância do controle de estoques e preocuparam-se
em conhecer seus procedimentos, a fim de proporcionar uma redução significativa
nos custos da empresa. Antigamente a forma utilizada para controlar os estoques
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era através de fichas de prateleiras ou fichas de controle, sendo ainda utilizadas por
algumas empresas.
Segundo Viana (2000), qualquer que seja o método, é fundamental a plena
observância das rotinas em prática a fim de se evitar problemas de controle, com
conseqüências no inventário, que redundam em prejuízos para a empresa.
De acordo com Francischini e Gurgel (2002), para que o controle de estoque
seja eficaz, é necessário que o fluxo de informações seja adequado e documentado.
Dessa forma, alguns documentos devem ser implantados sem a introdução de
burocracias desnecessárias.
Portanto, entende-se a importância do controle de estoque para a empresa,
dado ao fato do mesmo controlar as perdas, os desperdícios, os desvios sem deixar
de apurar os valores para fins de análise, bem como, apurar o demasiado
investimento que prejudica o capital de giro.
Segundo Dias (1995), toda a teoria dos estoques está pautada na previsão do
consumo do material. A previsão de consumo ou da demanda estabelece as
estimativas futuras dos produtos acabados comercializados pela empresa.
Para Pozo (2010), a previsão de estoques, normalmente, é fundamentada nos
informes fornecidos pela área de vendas onde são elaborados os valores de
demandas de mercado e providenciados os níveis de estoque.
De acordo com a definição de Viana (2000), toda previsão de estoque realiza-se
no momento que se aponta previsão para o consumo do material. Elas são
responsáveis pelo planejamento daquilo que à organização deseja comercializar.
Aponta quais os produtos a serem comprados, as quantidades de cada item e o
período de venda por material.
Entende-se que a falta de dados históricos que ajudam na decisão futura é um
dos problemas na previsão de demanda, muitas vezes sem as informações precisas
as previsões não acontecem de maneira sólida. Portanto, cabe à previsão de
demanda a preocupação em atender as vendas com a realização de cálculos
obtidos por médias históricas, e análise das vendas por período.
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será maior se o padrão de consumo for decrescente, ou seja, quanto mais crescente
for a tendência de consumo, menor será sua média, sendo decrescente a tendência
de consumo, maior será sua média futura. O método da média móvel busca prever a
demanda de produtos com instabilidade, ou seja, altos níveis de variação. Com isso,
propiciará equilíbrio nos períodos.
Para Arnold (2012), uma maneira simples de fazer previsões é tomar a demanda
média para os últimos três ou seis períodos e utilizar esse valor como previsão para
o próximo período. Dessa forma, ao findar o próximo período, a demanda do
primeiro período é desprezada e a demanda do último período acrescentada,
determinando uma nova média a ser utilizada em uma previsão.
Método da média móvel ponderada: para Dias (2012) este método é uma
variação do modelo anterior em que os valores dos períodos mais próximos
recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos anteriores.
Estimar os pesos a serem dados em cada período é a maior dificuldade desta
ferramenta.
Método da média com ponderação exponencial: é um método que elimina
muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada,
conforme definição de Dias (2012). Para esse método apenas três valores são
necessários para gerar a previsão do próximo período, sendo:
Dias (2012) completa dizendo que este modelo procura prever o consumo
apenas com sua tendência geral, eliminando a reação exagerada a valores
aleatórios, ou seja, parte da diferença entre o consumo atual e o previsto é atribuído
a uma mudança de tendência e o restante às causas aleatórias.
Arnold (2012) acrescenta que a suavização exponencial detecta tendências e,
com isso, fornece um método rotineiro para a atualização de previsões de itens,
funcionando melhor quando ligado com itens estáveis.
Métodos dos mínimos quadrados: esse método determina a equação da reta
que melhor representa um conjunto de dados. Em sua conceituação Dias (2012) diz
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que o método é usado para determinar a melhor linha de ajuste, que passa mais
perto de todos os dados coletados, ou seja, é a linha que minimiza as diferenças
entre os dados observados e um modelo de consumo linear.
4.5.4 Inventário
Segundo Viana (2000), a atividade inventário físico tem por objetivo garantir a
plena confiabilidade e exatidão de registros contábeis e físicos, essencial para que o
sistema funcione com a eficiência requerida.
O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja
diferença entre o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser
feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias (MARTINS e ALT,
2010).
É importante que as empresas busquem a máxima exatidão possível quanto a
seus estoques, contando com um inventário físico capaz de gerar informações
cabíveis e consistentes a cada decisão. Dá-se então a importância de uma estrutura
adequada e bem definida, através de softwares e documentos seguros que
registrem os estoques de materiais.
O inventário físico merece muita atenção por ser responsável na apuração e
levantamento dos recursos disponíveis, independente do tamanho da organização e
de seu volume de estoques. É uma ferramenta gerencial que torna possível a leitura
consistente das disponibilidades em estoques, permitindo saber se há excessos ou
faltas de produtos. A partir dessa análise é possível a aplicação de técnicas de
política de estoques que enquadram a empresa à sua correta posição no mercado.
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558.500,00
EM(jan-jun) = _________________ EM(jan-jun) = R$ 93.083,33
6
1.598.000,00
Giro de Estoques = __________________________ = 17,17 vezes
93.083,00
180
Cobertura = ______________ = 10,48 dias
17,17
Conforme Martins e Alt (2010) é comum ouvirmos que estoques custam dinheiro.
Pode-se dizer que a afirmação é verdadeira, e de certa forma leva a empresa a
manter a necessidade de ter este custo. Alguns países vêem os estoques como uma
forma de custos, como é o exemplo do Japão que com seus estudos foram um dos
pioneiros no uso do sistema just-in-time.
Segundo Martins e Alt (2010), podemos classificar custos de manter estoques
em três grandes categorias: custos diretamente proporcionais aos estoques,
inversamente proporcionais aos estoques e independente da quantidade estocada.
Neste contexto entende-se que os custos diretamente proporcionais são aqueles
que crescem de acordo com a média de estoques, portanto, quanto maior o estoque,
maior o custo de estocagem. Quanto aos custos inversamente proporcionais
caracterizam-se inversamente, ou seja, quanto maior a média do nível de estoques
menor os custos de estocagem. Já para os custos independentes, estes, podem ser
definidos como aqueles que não estão ligados ao estoque médio da empresa, mas
com seus custos fixos.
Conforme a definição dos autores os estoques são um custo para a empresa,
porém, de suma importância para o funcionamento da mesma. As organizações têm
conhecimento de que seu custo é alto e sua manutenção gera tempo, além de muito
trabalho e dinheiro. O ideal é administrar bem as compras e os recursos, a fim de
buscar um diferencial na administração dos materiais, sem deixar de considerar a
importância da diminuição dos recursos investidos nos estoques, buscando a
maximização constante dos recursos gerados pelos produtos.
atenções devem se concentrar nos itens que mais representam para o processo, ou
seja, aos itens que trarão maiores benefícios rumo aos objetivos da organização.
Para Martins e Alt (2010), é uma das formas mais usuais de se examinar
estoque. A análise consiste na verificação em certo espaço de tempo, sendo de seis
meses a um ano e deve ser feita em valores monetários ou quantidades físicas de
cada produto, definindo-os em ordem decrescente de importância. Com as
quantidades em estoques e o número de vendas, é possível à montagem da
classificação ABC a partir do conceito onde, na classe A encontram-se os itens de
maior importância, na classe B os intermediários, e na classe C todos os itens de
menor importância.
De acordo com Viana (2002, p.64),
Para Dias (2012), o modelo de duas gavetas é o método mais simples para o
controle de estoques. Consiste na observação do nível de estoques ideal, apontando
a geração de pedidos quando o nível de estoques chega a seu patamar de
segurança.
Este sistema ou modelo de duas gavetas é mais utilizado em empresas de
pequeno porte onde existe comercialização de produtos no varejo, como revendas
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diversas e lojas. O modelo também pode ser chamado de método de duas caixas, e
conforme Martins e Alt (2010), Modelo de Reposição Contínua.
Visando a redução do processo burocrático, o método ocorre de forma rápida e
fácil, por meio de tabelas e é controlado por responsáveis do setor. O usuário
informa-se da necessidade de cada produto, prevê o estoque de segurança e então
acompanha sua evolução de vendas, ao atingir a marca do estoque de segurança
efetua a reposição do produto.
ES = D x TR
ES = 200un x 7 dias
ES = 1.400un
Através deste cálculo observa-se que a informação se concretiza com o uso das
médias de Demanda e o Tempo de ressuprimento do produto, sendo assim, quanto
maior o tempo de espera pelo pedido, maior deverá ser o estoque de segurança,
sem trazer prejuízos à empresa.
PP = C x TR + E.Mn
4.6 METODOLOGIA
Neste capítulo serão abordadas as formas pela qual será realizada a pesquisa
deste trabalho, evidenciando as características da metodologia, compreendendo a
sua tipologia, os métodos de coleta e análise dos dados, bem como as suas
limitações.
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4.6.3 Descritiva
De acordo com Lakatos e Marconi (2010), coleta de dados é definida como uma
etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das
técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.
Os instrumentos utilizados para coleta de dados serão a entrevista e a
observação. A entrevista, através da comunicação oral, e recolha de informações
que permitirão uma análise específica do setor. Será realizada com a pessoa
responsável pelo ressuprimento de estoque da empresa. A observação é um método
científico de pesquisa e estudo que consiste em perceber, ver e não interpretar.
4.6.7 Entrevista
− Etapa 1 (Escolha do Tema): nesta etapa foi escolhido o tema a ser pesquisado
para o estágio II. A partir da realização da leitura de ambiência e análise situacional
da gestão de estoques da empresa, escolheu-se o tema para elaboração da questão
da pesquisa;
71
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira,
1997.