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XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.
São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

CONTABILIDADE E GESTÃO
AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO
SOBRE O DISCLOSURE AMBIENTAL
DA COMPANHIA PETRÓLEO
BRASILEIRO S/A (PETROBRAS)
Marcos Leandro Bernardo (FAFIT-FACIC)
mlb_rvs@hotmail.com
Daniele Caroline Machado (FAFIT-FACIC)
dcmachaddo@hotmail.com

A preocupação com a proteção, preservação e recuperação dos


recursos naturais deixou de ser um ideal revolucionário somente dos
organismos ambientalistas. Atualmente, a consciência ambiental vem
se disseminando nas sociedades, remodelando oo modo de pensar e de
consumir, criando um cenário onde, produtos e serviços oriundos de
processos “limpos” e “ambientalmente corretos” ganham maior valor
agregado e competitividade. Esta pressão vem desencadeando uma
revolução no modo de agir das organizações, a ponto dessas aceitarem
a ideia de que não há formas de desenvolvimento dissociadas dos
recursos naturais. Neste sentido, a prestação de contas a respeito da
interação da organização com os elementos naturais é fundamental.
Dentro desse contexto, a Contabilidade torna-se o principal elo entre
as empresas e seus stakeholders. Esta pesquisa tem por objetivo
realizar um estudo sobre a Gestão Ambiental e Contabilidade
Ambiental, e a importância de ambas no contexto dos desafios do
desenvolvimento sustentável e seus temas correlatos. Através do estudo
de caso, foi possível identificar e analisar como a companhia Petróleo
Brasileiro S/A - (PETROBRAS) evidencia suas informações de caráter
contábil/ambiental, bem como às relacionadas ao SGA utilizado. A
metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica e estudo de caso de
caráter analítico, descritivo e exploratório. Com a finalização da
pesquisa constatou-se que, os eventos ambientais, se contabilizados
estão agregados às demais contas sem receber devido destaque. Tem
em vista o conteúdo do disclosure ambiental da companhia, vê--se a
predominância de informações qualitativas,que não proporcionam
uma visão global dos resultados da interação entre empresa e
ambiente onde atua, impossibilitando análises mais aprofundadas.
Devido a isso, o disclosure representa, basicamente, as ações
efetuadas, não abrangendo o montante destinado à realização destas.

Palavras-chaves: Contabilidade Ambiental, Disclosure Ambiental,


Gestão Ambiental
1. Introdução
Hoje, sob a disseminação das projeções catastróficas a respeito dos resultados da interação
entre humanidade e recursos naturais há um consenso, de abrangência global, sobre a
necessidade de a sociedade mundial despertar-se para os efeitos negativos desta interação
sobre sua qualidade de vida e sobre sua economia.
O estabelecimento de padrões sustentáveis passou a ser vislumbrado como a solução cabível
para os futuros impactos, uma vez que, os impactos já causados necessitarão de atenção
diferenciada.
A sustentabilidade começa a ser inserida dentro das organizações, os stakeholders estão
exigindo uma postura concisa com suas ações, obrigando-as a estabelecer ferramentas para
gerir os recursos utilizados, bem como os impactos causados por suas atividades.
Estas ferramentas configuram-se como Sistemas de Gerenciamento Ambiental, bem como
Sistemas de Gerenciamento Contábil Ambiental, onde entra em cena a Contabilidade de
Gestão Ambiental que, por sua natureza, possibilita a mensuração dos eventos ambientais os
quais possam exercer influência sobre o patrimônio de uma entidade, sendo uma fonte
fidedigna de informações para subsidiar decisões.
Neste sentido, o presente estudo visa apresentar em seu desenvolvimento o tema Gestão
Ambiental e Contabilidade Ambiental como ferramenta para a gestão da sustentabilidade,
dando um enfoque especial sobre a questão do disclosure ambiental e, por meio de um estudo
de caso, analisar o conteúdo do disclosure ambiental da companhia Petróleo Brasileiro S.A. –
(PETROBRAS), nas Demonstrações Contábeis, Relatório Anual e Balanço Social e
Ambiental de 2008.
A presente pesquisa classifica-se como exploratória, envolvendo levantamento bibliográfico e
estudo de caso de caráter analítico, descritivo e exploratório.
2. Desenvolvimento
2.1 A questão ambiental na sociedade e nas organizações
Nota-se que, a partir do século XX as questões ambientais e os impactos negativos da ação do
homem sobre o meio ambiente, passaram a assumir uma posição de destaque nas discussões
sobre o futuro da vida e da economia do planeta. A percepção de que as irresponsabilidades
cometidas já não eram de atribuição regional, mas sim, de responsabilidade global,
disseminou-se pela sociedade global (FERREIRA, 2003).
Vários foram os acontecimentos que marcaram a evolução das discussões ambientais no
mundo. Dentre eles, podem-se citar os mais expressivos, que são apresentados por Tinoco e
Kraemer (2008). Sendo eles, o Clube de Roma (1972); a Declaração de Estocolmo (1972); a
Carta de Belgrado (1975); o Protocolo de Montreal e o Relatório Bruntland (1987); a
elaboração da ISO 14.000 (1991); a ECO-92 e o Protocolo de Quioto (2005). No Brasil,
podem-se citar a Lei 6.938/81 e a Resolução CONAMA nº 1 de 1986.
Mais recentemente, foi realizada em Copenhague na Dinamarca a 15ª Conferência da ONU
sobre Clima (COP 15), na tentativa de negociar um novo acordo global para o clima
(PRADO, 2009).

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Entende-se que, no campo organizacional, o desenvolvimento da vertente ambiental foi
reflexo do nível de consciência adquirida pelos stakeholders após inúmeras evidências de que
não há formas de desenvolvimento dissociadas aos recursos naturais. As irresponsabilidades
cometidas nos últimos 200 anos permitiram a aderência a tal movimento (JUNG, 2006).
Neste cenário, entende-se que a pressão exercida pelos stakeholders reflete, por sua vez, o
conceito de organização como um sistema aberto, que não se encerra em seus limites
territoriais, pois a organização também é parte integrante no meio natural onde está inserida
ou exerce influência. Neste contexto, as organizações também são responsáveis pelas
alterações que nele ocorrem e, por sua vez, estão sujeitas às alterações causadas por demais
integrantes deste meio (BOWDITCH; BUONO, 1997 apud JUNG, 2006).
Portanto, visualizando a organização como um sistema integrante do meio natural, e ainda,
analisando os prejuízos ambientais gerados aos ecossistemas, percebe-se que as mesmas, por
meio de seus processos e produtos, sejam bem ou serviços, configuram-se como as maiores
geradoras dos prejuízos ambientais.
2.2 Gestão Ambiental: um novo paradigma
Percebe-se que, o processo de conscientização para as questões ambientais desencadeou uma
evolução das estratégias empresariais, as quais passaram a abranger o meio natural e as
influências, positivas ou negativas, exercidas sobre o mesmo. Neste cenário a gestão
ambiental pode ser visualizada como uma ferramenta estratégica, que permite gerir os
aspectos e impactos ambientais no sentido de eliminar ou mitigá-los.
Sob a visão de Tinoco e Kraemer (2008), a gestão ambiental representa um sistema que inclui
dentro da estrutura organizacional um processo de melhoria contínua, que visa manter uma
política ambiental estabelecida para a organização.
Queiroz et. al. (2007), apresenta uma conceituação mais ampla da gestão ambiental,a qual
representa as estratégias para o alcance de um modelo de negócio focado no desenvolvimento
sustentável.
O gerenciamento ambiental compreende um conjunto de rotinas e procedimentos que
permitam a uma organização gerir as relações entre o meio ambiente e suas atividades
(RIBEIRO, 2006). As atividades nesse caso são aquelas que possuam aspectos ambientais que
possam vir a causar impactos internos como saúde e segurança e externos como poluição,
contaminação, devastação, etc.
Para Donaire (1999), a gestão ambiental significa integrar as questões ambientais ao
planejamento estratégico, conciliando-as às demais estratégias empresariais.
Percebe-se que, a gestão ambiental passa a ser tratada como um importante instrumento
gerencial, gerando benefícios relativos à capacitação e a competitividade para as organizações
(TACHIZAWA, 2002) e benefícios econômicos e estratégicos sob a visão de Donaire (1999).
Neste cenário, os benefícios econômicos representam a economia de custos e aumento das
receitas, os estratégicos podem ser representados pela melhoria da imagem organizacional,
aumento da capacidade produtiva, comprometimento do pessoal, rápido acesso ao mercado
internacional e adequação aos padrões ambientais.
Os objetivos do gerenciamento ambiental configuram-se em atender a legislação vigente para
determinada atividade ou processo, desde a produção ao descarte final do produto. É função
de um sistema de gerenciamento ambiental, manter sistemas de procedimentos de prevenção e

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de ação com base nos aspectos ambientais de cada atividade, bem como, atender as
expectativas das partes interessadas (RIBEIRO, 2006).
De modo geral, a gestão ambiental compreende estratégias conjuntas que visam o
cumprimento da legislação ambiental, o controle dos impactos ambientais por meio de
tecnologias limpas e gerenciamento dos parâmetros ambientais e a antecipação de aspectos
que possam causar impactos ao meio ambiente e a saúde humana (ANTONIUS, 1999 apud
TINOCO; KRAEMER, 2008).
Portanto, endente-se que todos os elementos da gestão ambiental devem estar registrados em
sistemas de informações contábeis ambientais, os quais proverão aos usuários internos e
externos informações relevantes para a tomada de decisões, a fim de se avaliar o desempenho
ambiental de determinada organização. A contabilidade para que possa absorver as
informações de caráter ambiental precisa, antes de tudo, estar estruturada e integrada ao
sistema de gestão ambiental.
Nota-se que, a eficiência de ambos os sistemas proverá aos usuários internos e externos de
informações preciosas e fidedignas a respeito da ecoeficiência de uma organização ou
processo específico, que no caso pode ser o processo de produção de determinado bem.
2.3 Contabilidade Ambiental
A preocupação com a continuidade dos recursos naturais vem gerando comoção pela busca de
soluções ecologicamente corretas e economicamente atraentes, tanto para sanar os problemas
atuais quando para garantir, às futuras gerações, os recursos necessários para seu próprio
desenvolvimento. Neste cenário, a questão que cabe a contabilidade é, como mensurar os
recursos naturais e os impactos, negativos ou positivos, da ação humana sobre os ecossistemas
e evidenciá-los nas demonstrações contábeis.
A contabilidade é mantida para as entidades, que compreendem um conjunto de pessoas, de
recursos e organizações que possam desempenhar atividade econômica como meio ou como
fim (IBRACON, 1994). Para Marion (2005), a contabilidade é um sistema de informações,
destinado a prover aos usuários de informações substanciais para auxiliá-los no processo de
tomada de decisão. Para Carvalho (2009) é a ciência que controla o patrimônio de uma
organização, que é afetado por aspectos internos e externos.
A contabilidade deve abranger a temática ambiental, uma vez que, a organização também está
inserida em um meio ambiente e suas ações, positivas ou negativas sobre este meio, podem
acarretar perdas ou ganhos, os quais irão influenciar na dinâmica patrimonial. Entende-se que,
em casos externos como a falta de recursos essenciais, por exemplo, a água para alimentar os
processos, poderá causar danos severos à posição patrimonial de uma entidade,
comprometendo sua continuidade.
Neste contexto, segundo Junqueira et. al. (2006), como forma de assegurar a continuidade das
operações empresariais, faz-se necessário a criação e estabelecimento de mecanismos que
venham a evidenciar os resultados da relação “empresa-meio ambiente”.
Entende-se que, a demanda por informações relativas à interação da empresa com o meio
ambiente fez com que a contabilidade, já amplamente conhecida, inserisse em seus veios a
vertente ambiental como forma de atender a essa nova demanda.
A contabilidade de gestão ambiental ou, simplesmente, contabilidade ambiental como será
conceituada neste estudo, pode ser entendida como uma segmentação da tradicional
contabilidade já conhecida (RIBEIRO, 2006).

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Esta segmentação pode ser visualizada como um sistema de informações destinado a prover
as partes interessadas de informações sobre a rarefação dos recursos naturais utilizados e, as
ações desenvolvidas para evitar esta rarefação (PAIVA, 2003).
Os objetivos da contabilidade ambiental compreendem, basicamente, a mensuração e os
registros de transações que possuam aspectos ambientais e que possam exercer influência
sobre a situação financeira e econômica de uma entidade.
Ribeiro (2006) apresenta os objetivos da contabilidade da gestão ambiental à luz dos objetivos
da contabilidade tradicional, ou seja, identificar, mensurar e esclarecer as atividade e
transações econômico-financeiras que estejam relacionados à preservação, proteção e
recuperação ambiental. Ainda cabe a mesma evidenciar os resultados destes eventos sobre o
patrimônio de uma entidade.
Quanto à finalidade da contabilidade da gestão ambiental, esta pode ser dividida em três
enfoques, ou seja, a gestão eficiente dos recursos naturais, exigências legais e a necessidade
de atender as expectativas dos stakeholders (TINOCO; KRAEMER, 2008).
Neste sentido, cabe uma visão mais detalhada dos enfoques da Contabilidade Ambiental para
maiores entendimentos.
2.4 Enfoques da contabilidade de gestão ambiental
No que se refere a seus enfoques, conforme demonstrado pela Environmental Protection
Agency - EPA (1995), estes podem ser conceituados de acordo com seus usuários e sua
aplicabilidade, sendo eles:

 Enfoque Nacional: utilizada por governos para definição de políticas públicas ambientais,
bem com a prestação de contas do desempenho ambiental a organismos internacionais.
 Enfoque Gerencial: utilizada para fins gerenciais, ou seja, para analisar o desempenho
global ou por segmento de uma organização, como a econômica de matéria-prima, análise
de custos ambientais, geração de resíduos sólidos, particulados, gases e outros itens
existentes dentro de um processo produtivo ou na prestação de serviços.
 Enfoque Financeiro: possibilita a elaboração de relatórios financeiros utilizados pelos
usuários como forma de análise do desempenho financeiro e ambiental de uma entidade,
bem como comparar seus resultados com os resultados de demais entidades.

Sob o enfoque financeiro, percebe-se a necessidade de definir os elementos que irão compor
os demonstrativos contábeis como ativos, passivos, custos, receitas, despesas, ganhos e perdas
ambientais.
2.5 Ativos, Passivos, Custos, Receitas, Despesas e Perdas Ambientais
A contabilidade ambiental sendo uma especialização da contabilidade tradicional, que é
composta de grupos de contas para caracterizar seus elementos patrimoniais e financeiros. A
contabilidade ambiental, conseqüentemente, necessita ter claramente definidos os elementos
patrimoniais e financeiros de caráter ambiental, sendo eles:
 Ativo ambiental: bens e direitos sob posse de uma entidade, que possam gerar benefícios
econômicos futuros que culminem na preservação, proteção e recuperação dos recursos
naturais (RIBEIRO, 2006). Para Jung (2006) representam os bens e direitos em estado
natural ou que possam retomar esta forma, os ativos decorrentes aplicações que visem à
sustentabilidade, sendo de propriedade de uma entidade e que sejam potenciais geradores

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de riquezas sem agredir o meio ambiente. Quanto à contabilização dos ativos ambientais,
estes devem ser destacados nos grupos que compõem o ativo e, tendo sua natureza e
finalidade informadas em notas explicativas (RIBEIRO, 2006).
 Passivo ambiental: sacrifícios de benefícios econômicos ou resultados acumulados que
visem preservar, proteger ou recuperar os recursos naturais, proporcionando a
compatibilidade entre estes e o desenvolvimento econômico (RIBEIRO, 2006). Entende-se
como passivo ambiental o conjunto de obrigações legais, justas e construtivas decorrentes
de agressão causada ao meio ambiente ou de uma responsabilidade socioambiental de uma
entidade. Ribeiro (2006) sugere que os passivos ambientais sejam apresentados em
subgrupos específicos à natureza ambiental dentro do quadro de exigibilidades, tendo sua
composição e respectivos valores informados em notas explicativas, salvo quando o
montante de uma exigibilidade for relevante. Neste caso é necessária sua contabilização e
evidenciação dentro do Balanço Patrimonial. (RIBEIRO, 2006)
 Custos ambientais: ligados ao setor operacional de uma entidade, os custos ambientais
representam, dentre outros, a aquisição de insumos para redução da geração e emissão de
poluentes, gastos com tratamento e disposição de resíduos poluentes, gastos com a
restauração de áreas contaminadas e a mão-de-obra especializada para controle,
preservação ou recuperação ambiental (RIBEIRO, 2006). Ainda conforme autora os custos
ambientais relevantes devem ser registrados dentro da Demonstração de Resultado do
Exercício agregados aos demais, porém, devem ser discriminados por sua natureza e
valores em notas explicativas.
 Receitas ambientais: os recursos auferidos em decorrência da comercialização de
subprodutos, produtos reciclados, transferência de know-how, redução do consumo de
matéria-prima, água e energia (TINOCO; KRAEMER, 2008).
 Despesas ambientais: compreende todos os gastos diretamente relacionados à atividade
produtiva de uma entidade que tenham relação com o meio ambiente (CARVALHO,
2009). Despesas ambientais para Ribeiro (2006) representam todos os gastos relativos à
atividade de gerenciamento ambiental incorridos no setor administrativo em determinado
período.

Tendo definidos os termos pertinentes à contabilidade ambiental, posteriormente se faz


necessária sua apresentação ou evidenciação (disclosure) aos usuários, sejam internos ou
externos, como forma de subsidiar decisões relacionadas, dentre outros, ao grau de risco do
investimento, os resultados ambientalmente corretos, a quantidade de resíduos gerados e o
impacto destes sob o meio ambiente e sob a dinâmica patrimonial.

2.5 Disclosure Ambiental


O disclosure ou evidenciação contábil representa a divulgação de informações de natureza
financeira de uma entidade em dado período, normalmente anual, dentro de relatórios
financeiros (HENDRIKSEN; BREDA, 1999).
Contudo, sob a ótica da contabilidade ambiental, o termo disclosure deve ser entendido sob
uma visão ampliada de organização, levando em consideração os aspectos sociais e
ambientais além do econômico.
Para Braga e Pinho (2007), para estabelecer um modelo de disclosure ambiental, é necessário
levar em considerações os aspectos da contabilidade financeira, possuindo os atributos
apresentados pelo FASB (1974 apud HENDRIKSEN; BREDA, 1999) como

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compreensibilidade, benefícios e custos, relevância confiabilidade, comparabilidade e
materialidade.
Entende-se que é necessário estabelecer quais são os usuários do disclosure ambiental. Os
gestores, investidores, clientes, empregados, fornecedores, instituições financeiras,
comunidade e sociedade representam, neste cenário, os principais interessados pelo disclosure
ambiental (BRAGA; PINHO, 2007).
Portanto, percebe-se que, para que os interessados no disclosure ambiental possam utilizar as
informações para subsidiar suas decisões, é necessário um sistema de gestão ambiental
eficiente. Este deve ser capaz de gerar informações para os diversos grupos tomadores de
decisão, com o grau de detalhamento compatível com a relevância do tema, levando em
consideração a tempestividade dos eventos (BRAGA; PINHO, 2007).
Logo, para a apresentação destas informações, devem ser elaboradas demonstrações
contábeis, notas explicativas e demonstrativos complementares, de acordo com a natureza e a
complexidade dos eventos ambientais.
Os principais meios de disclosure dão-se, de acordo com Tinoco e Kraemer (2008), por meio
das demonstrações contábeis, notas explicativas, quadros e demonstrativos suplementares,
comentários do auditor, relatório do conselho de administração da diretoria.
A omissão, ou mesmo o disclosure inadequado dos eventos ambientais pode, conforme
Junqueira et. al. (2006), levar o usuário a uma avaliação errônea.
Cabe ressaltar a crescente difusão do Relatório de Sustentabilidade, o qual é padronizado de
acordo com a Global Reporting Initiative (GRI) a nível internacional, e a crescente utilização
do Balanço Social como formas de disclosure ambiental, bem como social e econômico.
3 Estudo de caso: análise do conteúdo do disclosure ambiental nas demonstrações
contábeis e relatórios anuais da companhia Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) de 2008.
3.1 Apresentação
O estudo de caso, a ser descrito foi desenvolvido com base nas demonstrações contábeis,
relatório anual e balanço social da companhia Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) do ano de
2008. Yin (2005, p.32) define um estudo de caso como “uma investigação empírica que
investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente
quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”.
A metodologia utilizada foi de caráter exploratório, bem como descritivo, por meio de
pesquisa documental. Os dados utilizados foram obtidos por meio de leitura e análise do
Relatório Anual, Demonstrações Contábeis e Balanço Social e Ambiental, todos do ano de
2008 e, disponíveis no site da Petrobras.
Fundada em 1953, a Petrobras teve, inicialmente, a missão de desenvolver a produção
petroleira em solo brasileiro.
Atualmente a companhia atua no segmento de exploração, produção e refino de petróleo e
gás, segmento petroquímico, produção de bicombustíveis, geração de energia elétrica e
distribuição (PETROBRAS, 2009).
A Petrobras é uma sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas na BM&F
Bovespa, NYSE, Latibex e BCBA (PETROBRAS, 2008). Considerada pela PFC Energy

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(2010), a quarta maior empresa de energia do mundo e, pelo Reputation Institute (2009), a
quarta empresa mais respeitada do planeta.
Em 2008, a Petrobras manteve inserida no Dow Jones Sustainability Indexes (DJSI)
(PETROBRAS, 2008). Quanto às certificações de seus Sistemas de Gestão Ambiental - SGA,
conforme Petrobras (2009), a companhia possui quarenta unidades certificadas de acordo com
a Norma NBR ISO 14.001, a qual, conforme Ribeiro (2006), estabelece os pressupostos
básicos para a implementação de um SGA, constituindo um processo estruturado, visando à
melhoria contínua do desempenho empresarial e global.
Com base nas informações anteriormente apresentadas, o presente estudo foi conduzido com
o objetivo de identificar e analisar como a presente companhia evidencia suas informações de
caráter contábil/ambiental, bem como às relacionadas ao SGA utilizado.
O estudo busca enfatizar os métodos de disclosure adotado, o conteúdo evidenciado e os
meios utilizados.
As demonstrações contábeis e o balanço social terão maior enfoque, bem como as
informações que necessitariam estar contidas no disclosure conforme o referencial teórico
sobre contabilidade ambiental e disclosure ambiental.
3.2 Modelagem
O estudo iniciou-se com a análise do Relatório Anual de 2008 com a finalidade de identificar
elementos que possam refletir a postura da companhia perante as questões ambientais.
Em uma segunda análise, o objeto de estudo será o conjunto de demonstrações contábeis
obrigatórias perante a Lei 11.638/07 referentes a 2008, sendo elas, o Balanço Patrimonial
(BP), Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e Demonstração do
Valor Adicionado (DVA). As notas explicativas também serão objeto de análise dentro deste
estudo.
Como fechamento deste estudo, o Balanço Social de 2008 será analisado visando identificar
indicadores ambientais que possam justificar as políticas ambientais da companhia.
3.3 Análise
3.3.1 Relatório Anual de 2008
Contido no Relatório Anual de 2008, o Relatório da Administração traz importantes
informações a respeito da postura da companhia perante as questões ambientais. A Petrobras
(2008) expõe seu comprometimento com o desenvolvimento sustentável, norteada pelos
princípios de transparência, responsabilidade social e ambiental.
Como forma de assegurar a seriedade de sua postura, a Petrobras (2008) evidencia que, no
referido ano ela manteve-se dentro do Dow Jones Sustainability Indexes (DJSI), pelo terceiro
ano consecutivo.
A Petrobras (2008) apresenta, no presente relatório, um quadro demonstrativo de sua
Estratégia de Crescimento Integrado onde, dentre 2008 a 2020, prevê objetivos e metas para
todas as áreas de atuação, tendo como balizadores o crescimento integrado, a responsabilidade
social e respeito ao meio ambiente.

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Quanto aos valores investidos em meio ambiente, a Petrobras (2008) apresenta que, o
montante destinado corresponde a R$ 1,7 bilhão. Ainda complementa a informação afirmando
que, o montante investido teve como finalidade o aumento a ecoeficiência de seus produtos.
A Petrobras (2008) segmenta o item Meio Ambiente sem seis subitens e seus principais
resultados como segue:
 Emissões atmosféricas e mudanças climáticas: por meio de um Sistema de
Gerenciamento de Emissões Atmosféricas (SGEA), evitou-se a emissão de 680 mil
toneladas de dióxido de carbono à atmosfera.
 Recursos Hídricos e Efluentes: neste subitem, sem maiores detalhamentos, a companhia
evidencia que possui cerca de sessenta projetos de tratamento de água e efluentes.
 Resíduos: em 2008 foram gerados cerca de 230 mil toneladas de resíduos sólidos
perigosos, deste total 30% foi reaproveitado.
 Biodiversidade: a companhia possui centros de monitoramento da biodiversidade nas
regiões onde exerce influência, como meio de auxílio na prevenção de possíveis impactos
aos ecossistemas.
 Atuação em emergências: a companhia expõe que possui dez Centros de Defesa
Ambiental permanentemente em operação.
 Vazamento de Petróleo e Derivados: no período em questão, a companhia conseguir
reduzir em 40% o volume de vazamentos.

Conforme Petrobras (2008), em 2008 foi destinada R$ 53 milhões a 173 projetos patrocinados
pela companhia.
Com base na análise do Relatório Anual de 2008, visualiza-se uma companhia comprometida
com os desafios do desenvolvimento sustentável, tendo todas suas atividades norteadas pelos
princípios pertinentes ao tema sustentabilidade.
Contudo, cabe ressaltar a natureza qualitativa das informações evidenciadas no presente
relatório, impossibilitando, muitas vezes, uma avaliação quantitativa e monetária das
informações apresentadas.
Este fato reforça a visão sobre a essência qualitativa dos dados apresentados dentro do
relatório da administração, estando estes sujeitos ao subjetivismo e às conveniências da
organização.
3.3.2 Demonstrações Contábeis consolidadas de 2008
A análise das demonstrações contábeis deu-se, primeiramente pelo Balanço Patrimonial (BP)
sucedido pela analise da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) e, posteriormente,
pela análise da Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração de
Fluxo de Caixa (DFC), Demonstração de Valor Adicionado (DVA) e Notas Explicativas às
Demonstrações.
Ao analisar o Balanço Patrimonial de 2008, optou-se pela divisão do mesmo em ativos e
passivos. Em se tratando dos elementos do ativo, não foram identificadas contas que se
configurem como ativos ambientais dentro do BP da Petrobras (2008).
Portanto, partindo do pressuposto de que houve o registro destes elementos e com base na
revisão bibliográfica, percebe-se que a Petrobras (2008) não distinguiu os ativos de natureza
ambiental das demais contas, impossibilitando ao usuário identificar elementos ambientais

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dentro do ativo, dificultando, ou até mesmo impedindo, a identificação destes elementos
mesmo em notas explicativas.
Em se tratando dos passivos, a Petrobras (2008), não faz nenhuma distinção entre passivos
“tradicionais” e passivos ambientais.
Portanto, com base na presente análise do BP da companhia, não é possível identificar
informações ambientais, tanto no grupo do ativo quanto no passivo. Sabe-se que, o conjunto
de passivos ambientais representa o ponto de maior ênfase na análise dos stakeholders,
devendo receber atenção especial dentro do disclosure ambiental.
Neste caso, a companhia em questão, mesmo pela sua grandeza e importância, deixou a
desejar, tanto em se tratando das informações não visualizadas no balanço quanto em notas
explicativas.
Dentro do corpo da Demonstração de Resultado do Exercício da Petrobras (2008), não há,
claramente identificável, a existência de receitas ambientais. Quanto aos custos ambientais, há
na DRE as contas de “Custos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico” – R$ 7.211.566
mil e “Custos exploratórios para a extração de petróleo e gás” – R$ 3.494.258 mil. Ambas as
contas podem se tratar, inteira ou parcialmente, de custos ambientais, uma vez que não há
maiores informações em notas explicativas relacionadas às mesmas.
Dentro da DMPL, DVA e DFC não foram identificados registros que se configurem como de
natureza ambiental.
Dentro das notas explicativas das demonstrações contábeis da Petrobras (2008), identificou-se
um montante de R$ 1.715.000 mil, investidos em Saúde, Meio Ambiente e Segurança, que
não poder ser identificado dentro das demonstrações.
3.3.3 Balanço Social e Ambiental de 2008
Devido ao fato de o relatório “Balanço Social e Ambiental” conter, além do Balanço Social
como demonstração contábil, uma séria de informações complementares a respeito das ações
da companhia no segmento social e ambiental, optou-se por efetuar a análise individual de
ambos, ou seja, a demonstração Balanço Social e o restante do conteúdo do relatório.
A Petrobras (2008) evidencia que o relatório, ora analisado, foi elaborado com base nos
diretrizes propostas pela GRI e, com seu foco voltado ao desenvolvimento sustentável,
mantém um sistema de gestão ambiental, de forma a garantir a melhoria contínua de seus
processos. Neste caso, a existência de sistemas de gestão ambiental pode ser comprovada
pelas certificações ISO 14.001, como já exposto nesta pesquisa.
Utilizando-se de uma tabela demonstrativa, a Petrobras (2008), evidencia o montante de seus
gastos e investimentos efetuados no segmento ambiental, como pode ser visualizado a seguir:
Descrição R$ Mil
 Gastos ambientais relacionados com a produção/operação da
empresa 1.635.203
 Gastos com projetos de recuperação de áreas degradadas, de
reflorestamento, etc. 185.664
 Gastos com equipamentos e sistemas de controle de poluição 98.884
 Patrocínios 53.763
TOTAL 1.973.514
Fonte: Adaptado de Petrobras (2008)
Tabela 1 – Total de gastos e investimentos em meio ambiente

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Tendo em vista as informações ora apresentadas na Tabela 1, percebe-se a grandeza dos
gastos ambientais relacionados à produção e operação de companhia, porém, a mesma não os
destacou dentro das demonstrações contábeis.
Com base na análise do Balanço Social como demonstração contábil da Petrobras (2008),
pode-se visualizar a composição dos indicadores ambientais e sua relação com o Resultado
Operacional (RO) e Receita Líquida (RL), como visualizados na tabela a seguir:

% sobre
4. Indicadores Ambientais Valor (mil) % sobre RO
RL
 Investimentos relacionados com a
produção e operação da empresa 1.919.751 3,98% 0,89%
 Investimentos em programas e ou
projetos externos 53.763 0,11% 0,02%
Total de investimentos em meio ambiente 1.973.514 4,09% 0,92%
Fonte: Adaptado de Petrobras (2008)
Tabela 2 – Indicadores ambientais no Balanço Social de 2008

Através da Tabela 2, percebe-se que, menos de 1% da RL representa todo o montante


destinado a investimentos ambientais relacionados à produção e operação da companhia.
Ao analisar a relação da marca “Petrobras” com as questões ambientais e, o peso do
marketing ambiental e de sustentabilidade da companhia e, a eles compararem os percentuais
apresentados, visualiza-se uma organização que faz mais uso do marketing ambiental para
fortalecer sua marca, do que efetivamente investe em ações que resultem em benefícios
ambientais equivalentes aos seus resultados financeiros obtidos pela exploração dos recursos
naturais.
Sob análise geral dos relatórios ora apresentados, percebe-se que, se houve contabilização dos
eventos ambientais, estes valores estão agregados às demais contas, não recebendo maior
ênfase no disclosure. As informações ambientais, em sua maioria, configuram-se como
qualitativas, impossibilitando análises precisas.
Cabe ressaltar a escassez de informações ambientais que reflitam, de maneira global, os
resultados da interação da companhia Petrobras com o meio ambiente onde atua.
Portanto, quanto às formas de apresentação do disclosure ambiental, a presente companhia
poderia apoiar-se nas possibilidades de evidenciação encontrados nos relatórios ora
analisados. Em se tratando da evidenciação de informações relacionadas ao SGA adotado, a
companhia apenas expõe em seu site as unidades certificadas de acordo com a NBR ISO
14.001. Com relação aos métodos de disclosure, percebe-se a predominância de informações
qualitativas, representando basicamente as ações efetuadas, não englobando o montante
destinado à sua realização.
4. Considerações Finais
Com base no estudo apresentado, pode-se afirmar a importância da gestão ambiental e da
contabilidade ambiental para a gestão dos impactos ambientais e recursos naturais.
A aplicação da contabilidade ambiental em uma organização proporcionaria uma visão ampla
do conceito na entidade, registrando todos os efeitos que possam gerar alterações em sua
posição patrimonial e financeira. Isso possibilitaria aos stakeholders, em especial aos
investidores, instituições de crédito e consumidores a visualizar a organização como um todo,

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ocasionando maior segurança nos investimentos e financiamentos, uma vez que a organização
conseguindo gerir seus aspectos e impactos ambientais, oferecerá menores riscos aos
investidores.
Através da análise do disclosure ambiental da Petrobras, nota-se uma realidade vista na
maioria das organizações, a predominância de informações qualitativas sobre as questões
ambientais pertinentes aos processos de produção, gestão, mitigação de impactos, programa
ambientais e ações ambientais desenvolvidas na organização.
Conclui-se que, a contabilidade ambiental ainda é uma realidade distante nas organizações,
isso pode ser justificado pela ausência de normas contábeis e legislação específica que
estabeleça a obrigatoriedade dos registros ambientais. Está em discussão a implementação de
uma Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Específica que trata da contabilização da
interação da entidade com o meio ambiente.
A aplicação desta norma certamente garantiria maior transparência aos stakeholders, e
refletiria de monetariamente os impactos dos processos produtivos aos meios naturais e, que
estariam presentes nas demonstrações contábeis.
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