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TECNOLOGIAS E O GERENCIAMENTO AMBIENTAL


 Aula 1 - Tecnologias limpas

 Aula 2 - Ecoeficiência

 Aula 3 - Tecnologias e o gerenciamento ambiental

 Aula 4 - Avaliação de desempenho ambiental

 Aula 5 - Revisão da unidade

 Referências

Aula 1

TECNOLOGIAS LIMPAS
Nesta aula, exploraremos soluções inovadoras e práticas para reduzir o impacto ambiental das
atividades humanas, abordando desde energias renováveis até processos de produção mais eficientes e
conscientes.

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Nesta aula, exploraremos soluções inovadoras e práticas para reduzir o impacto ambiental das atividades
humanas, abordando desde energias renováveis até processos de produção mais eficientes e conscientes.

A aplicabilidade profissional desses conhecimentos é vasta e abrange setores como indústria, energia,
agricultura e muito mais. Ao compreender as tecnologias limpas, você estará preparado para liderar
mudanças positivas em suas futuras empreitadas profissionais, contribuindo para a mitigação das mudanças
climáticas e a conservação dos recursos naturais.

Como complemento, você verá que a série de normas ISO 14.000 desempenha um papel crucial ao fornecer
diretrizes e ferramentas que promovem a implementação de sistemas de gestão ambiental nas organizações.
Isso contribui para equilibrar a proteção ambiental com as necessidades sociais e econômicas, e impulsiona a
sustentabilidade e a melhoria contínua nos processos das organizações.

Ao mergulhar nesse conteúdo, convidamos você a se tornar um agente ativo na busca por soluções
ambientais. Aproveite essa oportunidade para se inspirar, fortalecendo seu compromisso com a inovação e a
sustentabilidade, pois, assim, você pode cultivar seu conhecimento e moldar um futuro mais limpo e resiliente
para todos.

Bons estudos!
CONCEITOS ESSENCIAIS

As tecnologias limpas podem ser definidas como aquelas que têm como principal propósito diminuir a
geração de resíduos antes da fase final, resultando na redução da poluição e, por consequência, minimizando
os efeitos prejudiciais em termos biológicos e socioculturais. Além disso, é fundamental reconhecer que a
tecnologia não apenas impacta o meio ambiente, mas também tem ramificações sociais e econômicas,
podendo ter influências positivas ou negativas. A avaliação de tais tecnologias também incorpora despesas,
que, por vezes, são consideráveis, sendo crucial reconhecer as restrições associadas à avaliação. Nesse
contexto, estabelecer de forma clara os objetivos e a proposta da avaliação é de extrema importância antes de
sua execução (ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012).

Estas afirmações são corroboradas por Philippi Jr. e Pelicioni (2014), os quais afirmam que as tecnologias
limpas (também chamadas de sustentáveis ou verdes) referem-se a abordagens inovadoras que visam reduzir
o impacto ambiental das atividades antrópicas, ao mesmo tempo em que promovem eficiência e
sustentabilidade dos processos produtivos. Assim, o conceito central das tecnologias limpas é minimizar o
consumo de recursos naturais, a geração de resíduos e as emissões poluentes, promovendo práticas mais
responsáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente.

Este propósito de diminuição na geração de resíduos na produção levou o Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (PNUMA), no início da década de 1990, a criar o conceito de produção mais limpa (P+L), que
consiste na aplicação constante de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e
serviços, visando aumentar a ecoeficiência e diminuir os potenciais riscos para o ser humano e o meio
ambiente (ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012).

De acordo com Dias (2017), a produção mais limpa pode ser descrita como uma abordagem ambiental
preventiva, implementada em processos, produtos e serviços corporativos, que se concentra na utilização
otimizada de recursos e na redução de suas influências adversas no meio ambiente. Diferente dos processos
industriais que visam ao tratamento de seus efluentes finais, a produção mais limpa caracteriza-se pela busca
de prevenir a contaminação diretamente na fonte, ao invés de gerenciar os impactos ao final do processo.

Pensando em estratégia ambiental preventiva, a ISO (sigla do inglês “International Organization for
Standardization”, ou seja, Organização Internacional de Normalização) criou uma série de normas, intituladas
ISO 14.000. Elas compreendem um conjunto de normas que tem como principal meta oferecer orientações e
recursos para facilitar o estabelecimento de sistemas de gestão ambiental eficazes em diversas organizações.
Essa abordagem visa facilitar a uniformização de procedimentos e a adoção de métodos que resultem em
aprimoramentos constantes no âmbito das instituições (ABNT, 2015).

Philippi Jr. e Pelicioni (2014) explicam que o propósito da série de normas ISO 14.000 reside na certificação
ambiental de empresas, obtida por meio do cumprimento de requisitos específicos, conforme delineado na
norma britânica BS 7.750 da British Standards Institution (Instituição Britânica de Normalização).
TRILOGIA AMBIENTAL: TECNOLOGIAS LIMPAS, P+L E NORMAS ISO 14000

Conforme conceituado anteriormente, as tecnologias limpas, a produção mais limpa (P+L) e a série de normas
ISO 14.000 são fundamentais na busca por um futuro sustentável por meio da preservação do meio ambiente.
Podemos chamar os três conceitos como “trilogia ambiental”, pois, mesmo que cada um possua uma função
específica, todos estão interligados e com um objetivo em comum.

As inovações que configuram as tecnologias limpas têm a capacidade de reduzir significativamente o impacto
negativo das atividades antrópicas no meio ambiente, abordando questões que fazem parte do dia a dia de
todos, como a poluição do ar e da água, a emissão excessiva de gases de efeito estufa e a degradação dos
recursos naturais. Ao promoverem alternativas mais eficientes e menos prejudiciais, como energias
renováveis, processos de produção ecoeficientes e sistemas de reciclagem avançados, as tecnologias limpas
não apenas ajudam a mitigar as mudanças climáticas, mas também a conservar a biodiversidade e a
qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

O modelo de produção mais limpa (P+L), por sua vez, vem sendo desenvolvida pelo Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em parceria com a Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Industrial (ONUDI). Esse esforço conjunto deu origem ao estabelecimento do Centro
Nacional de Produção mais Limpa (CNPML). A proposta central desse programa é fomentar a criação de
centros de P+L, com especial atenção a nações em desenvolvimento. Nesse contexto, a ONUDI desempenha
um papel como agência executora, gerenciando os recursos financeiros e oferecendo orientação técnica para
os processos industriais abordados pelos centros. Por outro lado, o PNUMA assume a responsabilidade de
disseminar conceitos, desenvolver estratégias, ferramentas, políticas e fornecer recursos informativos
relacionados à P+L (ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012).

De acordo com Dias (2017), são adotados os seguintes procedimentos na P+L:

No que tange aos processos de produção: preservar tanto as matérias-primas quanto a energia,
eliminar aquelas que apresentam toxicidade e diminuir tanto a quantidade quanto a toxicidade de todas
as emissões e resíduos.

Com relação aos produtos: mitigar os efeitos adversos ao longo do seu ciclo de vida, desde a extração
das matérias-primas até o seu descarte final, mediante uma concepção adequada dos produtos.

Referente aos serviços: incorporar as considerações ambientais ao design e à provisão dos serviços.

O objetivo por trás desta sequência de normas é harmonizar a salvaguarda ambiental e a prevenção de
poluição com as demandas sociais e econômicas. No entanto, é importante destacar que essa norma não
estabelece critérios absolutos para a performance ambiental, além do compromisso, expresso na política, de
estar em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis e de se empenhar na constante evolução. Por
conseguinte, duas organizações que compartilhem atividades similares, mas revelem diferentes níveis de
desempenho ambiental, ambas têm a capacidade de cumprir seus requisitos. Portanto, a adoção dessa
norma, por si só, não assegura a obtenção de resultados ambientais ideais (ABNT, 2015).

As principais normas da série ISO 14.000 são:

ISO 14.001: estabelece requisitos para um sistema de gestão ambiental eficaz.

ISO 14.004: fornece diretrizes para a implementação do sistema de gestão ambiental.

ISO 14.040 e ISO 14.044: tratam de avaliação do ciclo de vida, avaliando impactos ambientais de
produtos.

ISO 14.031: define diretrizes para avaliação do desempenho ambiental e indicadores.


TRILOGIA AMBIENTAL NA PRÁTICA

Em resumo, as tecnologias limpas, a P+L e as normas ISO 14.000 desempenham papéis cruciais na busca por
um desenvolvimento mais sustentável e na redução dos impactos ambientais das atividades humanas. A
adoção dessas abordagens contribui para a preservação do meio ambiente, a melhoria da qualidade de vida e
a construção de um futuro mais equilibrado e saudável.

As tecnologias limpas, portanto, exercem papel importante na transição que vai das atuais práticas em
direção a uma economia mais verde. Como exemplos, podemos citar:

a. Energias renováveis: solar, eólica, hidrelétrica e biomassa são exemplos de fontes de energia que
substituem os combustíveis fósseis, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

b. Eficiência energética: tecnologias que melhoram a eficiência no uso de energia, como iluminação LED,
isolamento térmico avançado e sistemas de gestão energética.

c. Reciclagem avançada: processos que permitem a reciclagem de materiais complexos, como eletrônicos,
plásticos e baterias, reduzindo a necessidade de extração de matérias-primas virgens.

d. Tratamento de água e efluentes: tecnologias para purificação de água e tratamento de efluentes


industriais, reduzindo a poluição hídrica.

e. Mobilidade sustentável: veículos elétricos, compartilhamento de caronas e infraestrutura para bicicletas


visam reduzir a poluição do ar e a dependência de combustíveis fósseis.

f. Tecnologias de agricultura sustentável: agricultura de precisão, agroecologia e métodos de cultivo que


minimizam o uso de agroquímicos e a erosão do solo.

A P+L, tomada como de ordem estratégica nas organizações, baseia-se em sete princípios:

1. Prevenção: evitar a geração de resíduos e poluentes.

2. Redução: minimizar a quantidade de resíduos gerados.

3. Reuso: utilizar materiais e produtos novamente.

4. Reciclagem: transformar resíduos em novos produtos.

5. Tratamento: processar resíduos de maneira ambientalmente segura.

6. Disposição final: descartar resíduos de forma responsável.

7. Monitoramento: avaliar continuamente os processos para identificar melhorias.

No Brasil, em 1995, foi instituído o Centro Nacional de Tecnologias Limpas, situado nas instalações locais do
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), sob a égide da Federação das Indústrias do Rio Grande
do Sul. Entre as atividades preponderantes do centro, destaca-se a disseminação de informações, a
implementação de programas de produção mais limpa nos setores produtivos, a capacitação de profissionais
e o engajamento em políticas ambientais. Os ganhos de ordem econômica e ambiental decorrentes da adoção
de programas de P+L englobam a redução do desperdício, a minimização ou eliminação de matérias-primas
de impacto ambiental negativo, a diminuição de resíduos e emissões, a redução dos custos associados à
gestão de resíduos, entre outros (ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012).

Como exemplo significativo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) utilizou a ferramenta
“Waste Minimization Tool” (em inglês, “Ferramenta de Minimização de Resíduos”), a qual fornece uma análise
abrangente dos custos ligados à geração de variados tipos de resíduos.
As medidas adotadas se concentraram principalmente na melhoria no sistema de reatores, nos quais foram
efetuadas modificações nos equipamentos empregados para a higienização das instalações e reatores da
unidade fabril, com o propósito de encurtar o tempo necessário para a realização das tarefas e minimizar a
produção de resíduos. Detalhando mais o processo, elevou-se a pressão operacional do aparelho de limpeza
de alta pressão e diminuiu-se o diâmetro da saída da água pressurizada pelo bico de lavagem.

Como resultado, houve uma diminuição de cerca de 3% no volume de efluentes gerados, totalizando
aproximadamente 39 m3/ano, e gerando uma economia de aproximadamente R$ 100.000,00/ano,
correspondente à redução nos custos associados às horas de trabalho da equipe de limpeza técnica e ao
consumo de água.

VIDEO RESUMO

Neste vídeo, você verá as soluções inovadoras e práticas para reduzir o impacto ambiental das atividades
humanas e o destaque para a aplicabilidade profissional das tecnologias limpas.

 Saiba mais
Fique por dentro de mais conteúdos sobre tecnologias limpas em: “Energia limpa: o que é, vantagens e
exemplos” do blog FIA.

Aula 2

ECOEFICIÊNCIA
Nesta aula, você vai explorar um mundo onde sustentabilidade e eficiência caminham juntas. Aprender
sobre ecoeficiência não é apenas acompanhar uma tendência global, mas também adquirir habilidades
essenciais para a sua futura carreira.

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Nesta aula, você vai explorar um mundo onde sustentabilidade e eficiência caminham juntas. Aprender sobre
ecoeficiência não é apenas acompanhar uma tendência global, mas também adquirir habilidades essenciais
para a sua futura carreira.

Ao longo da aula, mergulharemos em conceitos que abrangem desde a gestão inteligente de recursos naturais
até a redução de resíduos e emissões. Compreenderemos como otimizar processos, minimizar impactos
ambientais e maximizar resultados econômicos. A beleza desta aula reside na sua aplicabilidade imediata e
duradoura no mundo profissional.

Tenha a certeza de que cada tópico da aula foi pensado para que possa lhe dar as ferramentas necessárias
para enfrentar os desafios da atualidade, além de prepará-lo para as demandas do futuro. Convidamos você a
participar ativamente das aulas e a se engajar neste conteúdo enriquecedor. Afinal, dominar a ecoeficiência
não é apenas uma vantagem competitiva, mas um compromisso valioso com um mundo mais equilibrado e
próspero. Vamos iniciar essa jornada juntos!

Bons estudos!

O CONCEITO DE ECOEFICIÊNCIA

Em 1992, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, em seu documento intitulado


“Mudando o Curso”, destacou que empresas ecoeficientes seriam aquelas que constantemente aprimoram
sua eficiência, adotando a substituição de materiais, tecnologias e produtos por alternativas mais limpas e
aprimorando a gestão de recursos (SCHMIDHEINY, 1992).

Desde então, o conceito de ecoeficiência tem sido desenvolvido e aprimorado por diversas entidades e
instituições. Em 1993, durante um workshop pioneiro sobre o tema, os participantes delinearam, conforme
apontado pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD, 2000, [s.p.]), a seguinte
definição:

A ecoeficiência é alcançada ao fornecer bens e serviços a preços competitivos que, por um


lado, atendam às necessidades humanas e melhorem a qualidade de vida, e por outro,
reduzam gradualmente o impacto ecológico e a intensidade do uso de recursos ao longo
do ciclo de vida, até atingir um nível que pelo menos esteja dentro dos limites estimados
de sustentabilidade do planeta Terra.

Segundo essa mesma publicação (WBCSD, 2000), os fatores de sucesso para a ecoeficiência são apontados a
seguir:

Minimizar a quantidade de materiais utilizados em produtos e serviços.

Diminuir o consumo de energia associado a produtos e serviços.

Limitar a liberação de substâncias tóxicas no ambiente.

Aumentar a capacidade de reciclagem dos materiais empregados.

Maximizar a utilização responsável de recursos renováveis.

Prolongar a vida útil dos produtos da organização.

Aumentar a eficácia dos serviços oferecidos.

Estes princípios corroboram o exposto por Dias (2017), o qual explica que o conceito de ecoeficiência abrange
três metas fundamentais:

1. Diminuir o consumo de recursos: isso engloba a minimização do uso de energia, materiais, água e solo,
promovendo a reciclabilidade e durabilidade do produto e estabelecendo ciclos de materiais fechados.

2. Reduzir o impacto ambiental: inclui a redução de emissões gasosas, descargas líquidas, minimização do
desperdício e dispersão de substâncias tóxicas, além de promover a utilização sustentável de recursos
renováveis.

3. Aprimorar o valor de produtos e serviços: isso se traduz em proporcionar mais benefícios aos clientes
por meio da funcionalidade, flexibilidade e modularidade do produto, fornecendo serviços
suplementares e focando nas reais necessidades funcionais dos clientes. Isso abre espaço para a
possibilidade de atender às mesmas necessidades funcionais com menos materiais e menor uso de
recursos.

Conforme mencionado por Wenzel e Alting (2006), o conceito de ecoeficiência envolve a utilização de uma
métrica para avaliar e comunicar como as necessidades humanas são satisfeitas por meio dos sistemas
existentes, como de manufatura, considerando o impacto ambiental que esses sistemas causam ao atender a
essas demandas. Essa métrica é calculada através da relação entre o resultado obtido a partir de um processo
ou produto e a soma dos insumos e impactos ambientais gerados durante seu desenvolvimento.

Em complemento, Barbieri (2007) afirma que a ecoeficiência tem sua base no princípio de que a diminuição da
quantidade de materiais e energia necessária por unidade de produto ou serviço não apenas melhora a
competitividade da empresa, mas também alivia as tensões sobre o ambiente. Isso acontece porque essa
abordagem impulsiona uma utilização mais eficiente dos recursos e uma redução na produção de resíduos.

A ECOEFICIÊNCIA E SUA ABORDAGEM

Dando continuidade aos conceitos de ecoeficiência citados anteriormente, entramos na etapa de


interpretação do conceito em tela. Já estudamos o conceito de produção mais limpa (P+L), que tem como
principal propósito diminuir a geração de resíduos antes da fase final. A ecoeficiência e a P+L caminham
juntas, porém com algumas especificidades para cada.

Barbieri (2007) ressalta que a ecoeficiência valoriza de forma substancial tanto a reciclagem interna quanto a
externa, diferentemente do enfoque da P+L, para a qual essa abordagem é considerada uma opção de níveis
secundário e terciário.

Ambos os conceitos orientam as empresas para estratégias de gestão ambiental preventiva, através da
incorporação dos aspectos ambientais ao longo do ciclo de vida de seus produtos e serviços. Além disso, essas
abordagens de gestão ambiental possibilitam que as empresas identifiquem oportunidades de negócios e
melhorias na eficiência ao longo de toda a cadeia de suprimentos (WBCSD, 2000).

Uma das diferenças fundamentais entre a abordagem da produção mais limpa e a ecoeficiência está
relacionada às especificidades dos produtos gerados. Enquanto a P+L enfoca principalmente a prevenção da
poluição durante o processo de produção, a ecoeficiência amplia seu escopo para abranger também o
produto em si e seus impactos ambientais, justificando o interesse em prolongar a vida útil dos produtos
(BARBIERI, 2007).

De acordo com o WBCSD (2000), existem quatro “áreas-chave” que oferecem oportunidades para melhorar a
ecoeficiência, abrangendo todo o ciclo de vida do produto ou serviço, conforme ilustrado na figura a seguir:

Figura 1 | “Áreas-chave” para a ecoeficiência


Fonte: elaborada pelo autor com informações de WBCSD (2000).

O World Business Council for Sustainable Development – WBCSD (2000) ressalta que a transição para a
ecoeficiência deve ocorrer de forma gradual e recomenda a consideração de vários aspectos para melhorar a
perspectiva de negócios das empresas:

Cultura empresarial: é crucial que a visão da ecoeficiência seja adotada em todos os níveis da empresa,
envolvendo tanto os funcionários quanto os fornecedores e clientes, a partir do mais alto nível de gestão.

Capacitação: as empresas desempenham um papel importante ao oferecer treinamento sobre


ecoeficiência aos funcionários e ao público em geral, visando aumentar a conscientização e a
compreensão deste conceito.

Reconhecimento: reconhecer a finitude dos recursos naturais e a necessidade de preservação do meio


ambiente é fundamental, pois as pressões para adotar práticas de produção mais sustentáveis
aumentarão com o tempo.

Ferramentas gerenciais: as empresas devem identificar e adotar as ferramentas de gestão disponíveis,


como a avaliação de impacto ambiental e o inventário do ciclo de vida do produto, que melhor se
adequem às suas necessidades.

Pesquisa e desenvolvimento para a ecoeficiência: investir em pesquisa e desenvolvimento tecnológico


é essencial para identificar oportunidades de redução no uso de materiais e energia.

Design para a ecoeficiência: o design de produtos desempenha um papel significativo na eficiência


ambiental, afetando o uso de recursos durante a fabricação, uso e descarte.

Compra e comercialização para a ecoeficiência: as empresas podem influenciar tanto consumidores


quanto fornecedores ao estabelecer políticas que promovam práticas mais sustentáveis em suas
operações de compra e venda.
Serviço pós-venda: a responsabilidade da empresa não se encerra na venda de produtos; oferecer
serviços pós-venda pode agregar valor aos clientes e garantir um ciclo de vida adequado para os
produtos.

Fechamento do ciclo: as empresas devem adotar uma abordagem que leve em consideração todo o
ciclo de vida de seus produtos e serviços, assegurando seu desempenho adequado ao longo de todas as
fases.

Cabe destacar que o poder público figura como um player importante para que as empresas possam produzir
de maneira ecoeficiente. Como exemplos, podemos citar as medidas abaixo:

Incentivar a conformidade voluntária por parte da indústria, usando manuais abrangentes e flexíveis,
bem como facilitando o diálogo aberto entre reguladores (governo) e regulados (empresas).

Priorizar a produção mais limpa em vez do controle da poluição, evitando regulamentações que se
concentram em tecnologias específicas.

Estabelecer novas regulamentações que recompensem as empresas que adotam processos mais limpos
e sustentáveis.

ECOEFICIÊNCIA NA PRÁTICA

A avaliação ambiental está se tornando cada vez mais valorizada e crucial, sendo cada vez mais integrada aos
procedimentos de trabalho das empresas. Ela serve como uma base sólida para a elaboração de planos e
projetos que facilitam o controle dos riscos associados às atividades de produção, contribuindo para o
aprimoramento da ecoeficiência da organização. O diagnóstico da situação ambiental engloba uma análise
abrangente de todos os impactos resultantes dos processos, serviços e produtos realizados pela empresa
(SCHWANKE, 2013).

No entanto, ainda de acordo com Schwanke (2013), a maioria das organizações enfrenta uma carência de
informações e registros sistematizados em relação a diversos elementos cruciais para a criação interna de
indicadores de gestão ambiental. Isso inclui dados como volumes de consumo de água, matérias-primas
(sejam elas plásticas, biodegradáveis, tóxicas, etc.), energia, efluentes, resíduos, entre outros. A falta dessas
informações sistematizadas dificulta a análise dos procedimentos e a implementação de ações corretivas ou
preventivas. Além disso, essa carência implica um desconhecimento dos custos e benefícios reais de medidas
ambientalmente conscientes para as empresas. Isso muitas vezes leva à crença equivocada de que investir em
processos de gestão mais limpa resulta unicamente em aumento dos custos operacionais e diminuição da
competitividade da empresa.

Por outro lado, um exemplo de sucesso de ecoeficiência no Brasil é o da empresa Natura, que superou todas
as dificuldades supracitadas. A Natura é uma das maiores empresas de cosméticos do país e tem sido
reconhecida internacionalmente por suas práticas de sustentabilidade e ecoeficiência. Para conseguir este
reconhecimento, a empresa adotou diversas estratégias ecoeficientes em suas operações, por exemplo:

Uso de ingredientes sustentáveis: a Natura tem um compromisso de longa data com a obtenção de
ingredientes naturais de maneira sustentável. Isso inclui a promoção do comércio justo e a colaboração
com comunidades locais na Amazônia e outras regiões do Brasil para obter ingredientes como óleos
essenciais, ervas e frutas. A empresa trabalha para garantir que essas práticas beneficiem não apenas
seus produtos, mas também as comunidades locais e a preservação da biodiversidade.

Embalagens sustentáveis: a Natura investe em pesquisa e desenvolvimento de embalagens


ecologicamente corretas. Isso envolve a redução do uso de plástico, o uso de materiais reciclados e a
promoção de embalagens reutilizáveis. Além disso, a empresa criou o programa “Natura Ekos Recicla”,
incentivando os clientes a devolverem embalagens vazias para reciclagem.

Eficiência energética: a Natura se concentra na eficiência energética em todas as etapas de produção, o


que inclui a otimização de processos de fabricação, transporte e distribuição para reduzir o consumo de
energia. A empresa também investe em fontes de energia renovável e busca reduzir suas emissões de
carbono.

Compromisso com a biodiversidade: a empresa mantém uma forte ligação com a biodiversidade
brasileira e apoia projetos de conservação, incluindo a promoção do uso sustentável de recursos naturais
e o financiamento de iniciativas de proteção ambiental.

Desenvolvimento sustentável: além de focar na ecoeficiência, há também uma preocupação com o


desenvolvimento sustentável das comunidades onde atua. A empresa promove a inclusão social e
econômica, oferecendo oportunidades de trabalho e renda para as populações locais.

O compromisso da Natura com a ecoeficiência não apenas a tornou uma líder em sustentabilidade no Brasil,
mas também lhe trouxe reconhecimento internacional. A empresa demonstrou que é possível alcançar o
sucesso comercial ao mesmo tempo em que se adotam práticas ambientalmente responsáveis. Assim, ela se
tornou um exemplo inspirador para outras empresas no Brasil e em todo o mundo.

VÍDEO RESUMO

Neste vídeo, você verá o tema da ecoeficiência e suas aplicações. Perceberá que é possível alcançar o sucesso
comercial ao mesmo tempo em que se adotam práticas ambientalmente responsáveis.

 Saiba mais
Aprofunde mais seu conhecimento sobre o caso da Natura no site da empresa.

Aula 3

TECNOLOGIAS E O GERENCIAMENTO AMBIENTAL


Ao longo da aula, exploraremos as técnicas, métodos e estratégias necessárias para realizar análises
comparativas eficazes, e você compreenderá como o benchmarking pode ser aplicado em diversas áreas,
desde o desenvolvimento de produtos até a gestão ambiental.

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Esta aula trata sobre o tema de benchmarking. Esta disciplina desempenha um papel fundamental no mundo
dos negócios, permitindo às organizações identificar melhores práticas, analisar seu desempenho em
comparação com os líderes do setor e impulsionar melhorias significativas.
Ao longo da aula, exploraremos as técnicas, métodos e estratégias necessárias para realizar análises
comparativas eficazes, e você compreenderá como o benchmarking pode ser aplicado em diversas áreas,
desde o desenvolvimento de produtos até a gestão ambiental. Mais importante ainda, vamos destacar como
esse conhecimento se traduz em oportunidades reais de crescimento profissional.

Desafiamos você a se envolver profundamente nesta disciplina, a buscar exemplos práticos e a aplicar esses
conceitos em seu futuro profissional. Ao final desta aula, você terá não apenas conhecimento teórico, mas
também habilidades práticas valiosas que podem abrir portas para o sucesso em sua carreira. O aprendizado
não termina aqui, é apenas o começo de uma jornada contínua que vai impulsionar sua trajetória profissional.

Bons estudos!

BENCHMARKING: INÍCIO E CONCEITO

A abordagem mais comum para impulsionar a otimização dos procedimentos com base na concorrência é
amplamente reconhecida como “benchmarking”. Em sua essência, o benchmarking é um método de
aprimoramento no qual uma empresa avalia sua eficácia ao compará-la com organizações consideradas
líderes em seu setor, com o objetivo de entender como essas empresas atingiram tal excelência operacional.
As conclusões obtidas por meio dessa análise são, então, aplicadas para aprimorar o desempenho da
organização em questão. O benchmarking pode ser aplicado em diversas áreas, englobando estratégias,
operações, processos e também a área ambiental (PALADINI, 2019).

De acordo com Sousa (2009), as organizações têm buscado de maneira sistemática aprimorar suas práticas.
Muitas delas têm adotado uma abordagem individual para examinar seus processos e mercados, enquanto
outras recorrem ao estudo de casos, que consiste em analisar tanto os êxitos quanto os fracassos de ações
empresariais específicas, promovendo reflexões entre todas as partes envolvidas, sejam elas participantes
diretas ou afetadas pelas decisões tomadas. Mais recentemente, a comparação entre empresas e processos
tem se tornado uma ferramenta valiosa para a análise e implementação de estratégias, produtos e sistemas
que demonstraram ser fatores-chave de sucesso em determinados setores.

O benchmarking, por sua vez, representa um processo contínuo de avaliação e comparação do desempenho
das empresas líderes de mercado. Seu objetivo fundamental é a obtenção de melhorias no desempenho,
usando a concorrência como parâmetro de comparação e, em alguns casos, até mesmo recorrendo a
empresas de outros segmentos industriais para enriquecer essa análise comparativa (SOUSA, 2009).

Sousa (2009) ainda apresenta uma outra perspectiva do conceito de benchmarking como o processo contínuo
e metodológico que possibilita a avaliação do desempenho de organizações e suas respectivas funções ou
processos em relação ao que é considerado como o “padrão de excelência”, com o objetivo não apenas de
igualar esses níveis de desempenho, mas também de superá-los. Nesse contexto, o benchmarking emerge
como um novo paradigma na gestão empresarial, incentivando a colaboração entre empresas concorrentes
diretas e tornando-se uma realidade tangível. Um exemplo disso é a parceria entre produtores e
hipermercados, refletida na aplicação do conceito de ECR (Eficient Consumer Reponse, isto é, Resposta
Eficiente ao Consumidor), de modo que ambas as partes buscam vantagens mútuas e benefícios
compartilhados.

A sinergia entre a melhoria do desempenho ambiental e a competitividade no mercado depende


essencialmente de alterações tanto tecnológicas quanto gerenciais. Desta forma, a adoção do benchmarking
ambiental desempenha um papel crucial na busca contínua pelo aperfeiçoamento das práticas ambientais
integradas nos sistemas de gestão ambiental das organizações (LAVORATO, 2004).
Ainda segundo Lavorato (2004), o benchmarking ambiental é uma prática que se baseia no aprendizado
obtido por meio de comparações competitivas, com um foco especial nos processos e resultados de empresas
e instituições que são reconhecidas como referências em termos de boas práticas ambientais. Em termos
mais simples, o benchmarking ambiental consiste na comparação das abordagens adotadas por empresas do
mesmo setor ou de setores diferentes, com o objetivo de aprimorar e continuamente melhorar a gestão
ambiental empresarial.

O BENCHMARKING E SUAS FORMAS

O benchmarking é amplamente reconhecido como uma prática empresarial enriquecedora, que promove a
troca de conhecimento, a acumulação de experiências, o reconhecimento de melhores práticas, a formação
de laços colaborativos, o respeito pela diversidade, a integração de diferentes setores e a construção de novos
conhecimentos. Além disso, desempenha um papel fundamental na promoção de relações empresariais
baseadas em valores éticos, transparência e solidariedade, tanto entre as empresas quanto dentro de seus
diversos segmentos (LAVORATO, 2004).

Robert Camp (1989), um dos pioneiros do benchmarking, é amplamente reconhecido por ter sistematizado
muitos dos conceitos que foram inicialmente aplicados na Rank Xerox Corporation e posteriormente adotados
com sucesso por diversas outras empresas, incluindo a Ford Motor Company, Alcoa, Milken, AT&T, IBM,
Johnson & Johnson, Kodak, entre outras. Ele enfatizou aspectos cruciais associados a esse conceito:

Processo contínuo: o benchmarking é percebido como um processo em constante evolução, orientado


para a busca da excelência. É dinâmico e se adapta de forma flexível às condições em constante
mudança.

Avaliação de desempenho: a comparação de desempenhos, por meio da análise de práticas e


resultados, é uma ferramenta valiosa para ganhar insights e impulsionar melhorias nas empresas.

Amplitude de aplicação: o benchmarking vai além dos processos e contribui para uma melhor definição
de produtos, serviços e práticas empresariais.

Empresas de destaque: o foco recai sobre empresas que são reconhecidas como líderes em seus
respectivos setores.

Desta forma, o benchmarking começa internamente, com uma análise aprofundada dos processos da própria
empresa, visando compreender e aprimorar sua operação atual. Em seguida, exploram-se as melhores
práticas adotadas por outras empresas, especialmente aquelas que tiveram um impacto significativo em seu
desempenho. Por fim, essas práticas são internalizadas e adaptadas às necessidades específicas da empresa
(CAMP, 1989).

Figura 1 | Processo de benchmarking


Fonte: Camp (1989).

Conforme explicado por Sousa (2009), a abordagem metodológica do benchmarking é um modelo contínuo
que pode ser aplicado a práticas de excelência e engloba as seguintes etapas:

Planejamento: esta fase envolve a elaboração de todo o processo em torno dos fatores críticos de
sucesso.

Exploração: durante essa etapa, buscam-se identificar as melhores práticas e coletar dados relevantes.

Análise: aqui, os desempenhos são comparados, e são identificadas áreas que podem ser aprimoradas.

Adaptação: a última fase consiste na implementação das melhores práticas, adaptando-as à realidade
específica da empresa.

Também de acordo com Sousa (2009), existem diferentes tipos de benchmarking, cada um com seu foco e
particularidades:

Benchmarking interno: compara funções ou processos dentro da mesma organização, seja em


departamentos distintos ou entre unidades de negócio. Embora seja de fácil execução e obtenção de
dados, a escolha dos padrões de comparação pode ser questionável.

Benchmarking competitivo: comparação de produtos, serviços, processos ou metodologias entre a


empresa e seus concorrentes. Esse tipo de benchmarking é mais complexo devido à confidencialidade de
algumas empresas ou à dificuldade de encontrar dados de concorrentes dispostos a compartilhá-los.

Benchmarking funcional: compara atividades funcionais entre empresas de setores diferentes, com
maior disposição para compartilhar informações. No entanto, é necessário cuidado ao adaptar processos
de outros setores à realidade da empresa.
Benchmarking genérico: analisa processos que interagem com várias funções da empresa, muitas vezes
em setores não relacionados. Essa abordagem destaca o potencial de inovação, mas também apresenta
maior complexidade na implementação de novos conceitos.

Em suma, o benchmarking não se limita apenas a identificar melhores práticas internamente na empresa, ele
destaca a busca pela excelência empresarial como um pré-requisito fundamental para conquistar vantagens
competitivas sustentáveis na organização. Abaixo um resumo do que é e o que não é o benchmarking.

Quadro 1 | O que é e o que não é benchmarking

O que o benchmarking é: O que o benchmarking não é:

Um processo contínuo Um ato isolado

Um processo empresarial Um processo isolado em determinado setor da


empresa

Um processo de aprendizagem com entidades Uma cópia ou imitação


exteriores à empresa

Um processo de construção progressiva Um processo rápido de resultados imediatos

Fonte: adaptado pelo autor a partir de Camp (1989).

BENCHMARKING NA PRÁTICA

Por meio do benchmarking, torna-se possível comparar indicadores-chave, incluindo a identificação de áreas
de excelência nas próprias organizações, destacando as principais discrepâncias e vulnerabilidades em
relação a seus pares. Isso permite avaliar o impacto financeiro dessas fragilidades e estabelecer prioridades
nas áreas que necessitam de melhorias para alcançar resultados mais satisfatórios, entre outros benefícios.

As etapas para aplicação do benchmarking, conforme Lavorato (2004), são:

1. Inicialmente, é fundamental estabelecer a área de foco, a finalidade e os objetivos do processo de


benchmarking.

2. Em seguida, forme uma equipe de trabalho dedicada a conduzir o benchmarking de maneira eficaz.

3. Identifique as instituições que serão objeto de estudo e análise durante o processo.

4. Elabore uma metodologia detalhada para a coleta e organização dos dados a serem obtidos.

5. Prossiga com a coleta de dados, assegurando que todas as informações necessárias sejam adquiridas.

6. Realize uma análise comparativa, destacando as principais diferenças entre seus próprios processos e
aqueles das organizações estudadas.

7. Por fim, implemente um novo processo, adaptando e desenvolvendo-o com base no aprendizado
adquirido por meio do benchmarking, com o objetivo de aprimorar as operações da sua organização.

O processo de benchmarking não se limita apenas a grandes organizações. Ele também se aplica a micro e
pequenas empresas, permitindo que elas adquiram vantagens competitivas sustentáveis. Isso pode ser
alcançado através da criação de sinergias entre as habilidades de recursos humanos, tecnológicos e de gestão,
ou por meio da criação de centros tecnológicos que ofereçam apoio, avaliação e comparação do desempenho
das empresas em relação aos níveis de excelência globais.
Nesta linha, na União Europeia, foi estabelecida uma rede europeia de benchmarking que utiliza indicadores
genéricos, financeiros e modelos de excelência para avaliar áreas como gestão e produção. Os dados são
analisados e comparados, resultando na elaboração de planos de ação para melhorias. Além disso, foi
implementado um programa de trabalho de médio prazo para promover um contínuo debate sobre a
competitividade.

Em termos históricos, um exemplo bastante interessante e remoto do uso do benchmarking refere-se aos
hábitos desenvolvidos pelos exércitos aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Eles adotavam a prática de
capturar aeronaves, tanques e outros equipamentos utilizados pelos inimigos, e realizar análises detalhadas
deles. O objetivo era adquirir um profundo entendimento de sua capacidade de operação, poder de fogo,
facilidade de uso e outras características específicas. Isso não apenas permitia determinar como desativar
esses dispositivos, mas também possibilitava a construção de equipamentos mais avançados e eficazes com
base no conhecimento adquirido.

No contexto ambiental, o governo do estado do Ceará enfrentou um desafio significativo – garantir o


fornecimento de água em meio à ameaça iminente de escassez hídrica, dando prioridade ao abastecimento
humano. Confrontado com essa imensa dificuldade, o governo começou a explorar projetos estruturantes,
com o objetivo de diversificar as fontes de captação de água durante os períodos de estiagem. Um desses
projetos se trata da planta de dessalinização do Ceará.

Para que o projeto tivesse mais respaldo e segurança em sua concepção, equipes do estado visitaram três
instalações de dessalinização em Israel, realizando um benchmarking, com o objetivo principal de ilustrar o
processo de dessalinização e, ao mesmo tempo, buscar inovações que possam tornar o projeto mais eficiente
e sustentável, contribuindo assim para garantir o abastecimento de água na capital cearense e em sua região
metropolitana.

VIDEO RESUMO

Neste vídeo, você verá o benchmarking e suas aplicações. Entenderá que é possível alcançar a excelência em
seus processos produtivos a partir de experiências de outras organizações.

 Saiba mais
Aprofunde mais seu conhecimento sobre benchmarking e conheça mais exemplos de sucesso em
Benchmarking Brasil.

Aula 4

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL


A compreensão dos princípios por trás da avaliação de desempenho ambiental e a habilidade de
implementar estratégias eficazes são competências valiosas em diversos campos profissionais, desde a
gestão ambiental até a consultoria e o empreendedorismo sustentável.
INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Esta aula, com foco na avaliação de desempenho ambiental e indicadores, aborda um valioso conhecimento
para que você possa fazer a diferença na sua carreira. A compreensão dos princípios por trás da avaliação de
desempenho ambiental e a habilidade de implementar estratégias eficazes são competências valiosas em
diversos campos profissionais, desde a gestão ambiental até a consultoria e o empreendedorismo
sustentável. A partir do conhecimento destes conceitos, você estará apto para avaliar e melhorar o impacto
ambiental das organizações, contribuindo para um futuro mais sustentável.

Além disso, o estudo de indicadores oferece ferramentas sólidas para medir e comunicar o progresso em
direção a práticas mais sustentáveis. Isso não agrega apenas valor ao currículo, mas também possibilita a
tomada de decisões e traçar estratégicas em suas futuras carreiras. Portanto, esta aula não trata apenas de
conhecimento acadêmico, mas também o inspira a buscar oportunidades de aplicação prática e a continuar
aprimorando seu conhecimento sobre tecnologias limpas por toda a vida.

Bons estudos!

INDICADORES AMBIENTAIS: CONCEITO

A preocupação com um desenvolvimento sustentável, levando em consideração seus três pilares básicos –
econômico, social e ambiental – tem evoluído a passos largos, e tem levado cada vez mais os países a orientar
a elaboração de suas políticas e diretrizes, privilegiando a prevenção e manutenção das condições ambientais.
Inicialmente, a demanda por informações ambientais estava estreitamente relacionada com a definição e
implementação das políticas ambientais e seus efeitos no estado do ambiente. Ao longo dos anos, as
prioridades políticas evoluíram, assim como as demandas por informações confiáveis e de fácil compreensão,
não só da comunidade ambiental, mas também de autoridades públicas, empresas, público em geral, ONGs
ambientais e outras partes interessadas (OCDE, 2003).

Nesta mesma linha, muitas instituições estão atualmente em busca de meios para compreender, demonstrar
e aprimorar seu desempenho ambiental. Isso pode ser alcançado por meio da gestão eficaz dos elementos de
suas operações, produtos e serviços que têm um impacto significativo no meio ambiente (ABNT, 2015).

Um meio bastante utilizado para realização de avaliação ambiental é a avaliação de desempenho ambiental
(ADA), conceituada como o processo de facilitação das decisões de gestão em relação ao desempenho
ambiental de uma organização. Ela envolve diversas etapas, incluindo a seleção de indicadores apropriados, a
coleta e análise de dados pertinentes, a avaliação dessas informações em relação aos critérios de
desempenho ambiental estabelecidos, a produção de relatórios e comunicados, análises críticas periódicas e a
implementação de melhorias contínuas nesse processo (ABNT, 2015).

Desta forma, com o intuito de aumentar a capacidade de monitoramento e realizar uma avaliação de
desempenho ambiental, além das condições das tendências ambientais, passou-se a utilizar indicadores, os
quais, quando empregados como forma de composição de um índice, ganham clareza e operacionalidade,
simplificando assim as informações sobre fenômenos complexos e facilitando o entendimento e a
comunicação (DGA, 2000).

De forma geral, pode-se dizer que indicadores são parâmetros, ou funções derivadas, que têm a capacidade
de descrever um “estado” ou uma “resposta” dos fenômenos que ocorrem em um meio. Quando um
parâmetro é entendido como indicador, seu valor transcende o número ou a característica em si, adquirindo
outro significado. Por exemplo, o valor de um parâmetro relacionado ao meio urbano pode ter diferentes
significados quando analisado sob a forma de indicador em diferentes regiões. Há diferentes visões, linhas de
interpretação, usos e destinações para um mesmo dado ou informação (SANTOS, 2004). Corroborando, Braga
et al. (2009) destacam que os indicadores emergem como um importante recurso apto a traduzir realidades
complexas em formas sintéticas e de fácil compreensão.

Segundo Van Bellen (2005), os indicadores se configuram como um retrato da realidade; porém, não podem
ser declarados como a realidade em si, ao passo que devem ser construídos a partir de uma visão genuína e
por meio de metodologias harmônicas de medição.

Como complemento, os indicadores, além de validarem a real presença da questão em foco, viabilizam uma
compreensão mais abrangente dela. Eles não apenas oferecem medidas numéricas para o problema, mas
frequentemente permitem uma análise qualitativa, considerando variáveis específicas, como sua incidência
em diferentes contextos temporais, geográficos, demográficos, socioeconômicos, níveis educacionais e acesso
a serviços de saneamento, entre outros aspectos (PHILIPPI JR.; PELICIONI, 2014).

Complementarmente ao exposto acima, um indicador é, em suma, um agregado de índices variados, os quais


fornecem informações por meio da aferição de determinados componentes e fenômenos reais, sempre
baseados em padrões de referência, com o intuito de tornar o seu sentido, ou significado, o mais claro
possível, facilitando assim a comunicação (OCDE, 1987).

INDICADORES NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL

A avaliação do desempenho ambiental consiste na análise dos resultados quantificáveis da gestão de uma
organização em relação aos seus impactos ambientais. Quando uma empresa implementa um sistema de
gestão ambiental (SGA), esses resultados podem ser avaliados com base na política ambiental, nos objetivos e
metas estabelecidos pela organização. A norma que regula a avaliação de desempenho ambiental é a ABNT
NBR ISO 14.001:2004.

A avaliação de desempenho ambiental é uma ferramenta interna de gestão, projetada para fornecer à
administração informações confiáveis e verificáveis. Isso permite determinar se o desempenho ambiental da
organização está em conformidade com os critérios estabelecidos pela administração. Ao avaliar o estado do
seu desempenho ambiental, são identificadas áreas que necessitam de melhorias e correções para garantir o
funcionamento adequado da empresa, em consonância com sua política e as normas aplicáveis. Esse
processo deve ocorrer de forma contínua, proporcionando benefícios à organização ao aumentar sua
eficiência, identificar tendências e oportunidades para melhorar a gestão de seus aspectos ambientais
significativos e determinar as ações necessárias para atender aos critérios de desempenho ambiental (ABNT,
2015).

A NBR ISO 14.031:2004 complementa os requisitos da NBR ISO 14.001, mas também pode ser utilizada de
maneira independente. De acordo com a NBR ISO 14.031, o modelo do processo envolve três fases principais:
planejamento, execução, verificação e ação para melhorias. Esse ciclo é conhecido como PDCA (plan-do-check-
act).

A sigla PDCA, originada do inglês, corresponde a plan-do-check-act, que se traduz como planejar-fazer-
verificar-agir. Essa abordagem representa uma metodologia de gestão iterativa composta por quatro etapas,
cujo objetivo é a melhoria contínua dos processos e produtos. O ciclo é composto por atividades que devem
ser planejadas e realizadas de forma recorrente, sem um término determinado.

O ciclo PDCA segue a sequência indicada pela sigla. Inicia-se com o planejamento (P), no qual a ênfase está na
estratégia, coleta de informações e análise. Em seguida, passa-se para a etapa da execução (D), na qual o
planejado é colocado em prática. A fase subsequente é a verificação (C), na qual as ações são avaliadas e
revisadas. Essa avaliação resulta em ações corretivas ou ajustes (A) para resolver problemas e discrepâncias
identificadas durante a verificação. O ciclo PDCA continua de maneira cíclica e iterativa, contribuindo para
aperfeiçoar constantemente os processos e produtos.

A NBR ISO 14.031 dispõe de duas categorias de indicadores: IDA – indicador de desempenho ambiental e ICA –
indicador de condição ambiental. A construção e utilização de indicadores ambientais é uma forma
diferenciada e promissora de realizar análises de dados, em virtude da qualidade intrínseca de os indicadores
potencializar a utilidade e a capacidade de transferência de conhecimento. Não obstante, ainda possuem a
capacidade de sintetizar e simplificar informações, facilitando desta forma a compreensão e a análise crítica
dos resultados pelos diferentes stakeholders envolvidos (MAGALHÃES JÚNIOR, 2007).

A utilidade de um indicador está estreitamente relacionada à sua seleção e à sua organização em uma
estrutura hierárquica, que pode incluir sistemas, subsistemas ou mesmo dimensões. Essas dimensões podem
abranger aspectos sociais, como decisões, valores e atitudes; ou ambientais, que envolvem degradação,
conservação e biodiversidade. No entanto, a escolha e o uso de indicadores devem ser realizados com cautela,
muitas vezes exigindo uma avaliação hierárquica de sua importância e uma ponderação cuidadosa para
determinar quais são mais relevantes para alcançar os objetivos estabelecidos.

Conforme Gallopin (1996) destaca, a busca por indicadores deve ser orientada por aqueles que conseguem
sintetizar e simplificar um vasto conjunto de informações, tornando fenômenos complexos mais
compreensíveis. Isso se revela como um dos aspectos mais cruciais no contexto da gestão ambiental. Tunstall
(1992) reforça a importância dos indicadores, destacando suas funções, tais como:

Avaliação de condições e tendências.

Comparação entre lugares e situações.

Avaliação de condições e tendências em relação às metas e aos objetivos.

Prover informações de advertência.

Antecipar futuras condições e tendências.

UTILIZANDO INDICADORES

A busca por soluções eficazes para os desafios ambientais tem sido uma preocupação constante em todo o
mundo, e o Brasil não é exceção. Diante da crescente degradação ambiental e da necessidade de promover o
desenvolvimento sustentável, os governos, as empresas e organizações de uma maneira geral têm adotado
uma série de ferramentas e estratégias para monitorar e melhorar seu desempenho ambiental. Nesse
contexto, e como já citado anteriormente, os indicadores ambientais entram em cena.

Como forma de exemplificar o uso de indicadores ambientais, podemos citar dois casos interessantes que
tiveram bastante êxito nos seus propósitos, auxiliando a avaliação, o controle e o desenvolvimento da
sustentabilidade em diferentes níveis e setores. Os exemplos tratam do índice de desenvolvimento
sustentável da Amazônia (IDS) e o cadastro ambiental rural (CAR), que figuram como experiências inovadoras
para tratar das questões ambientais no país.

O IDS da Amazônia foi desenvolvido em resposta à preocupação com a crescente e acelerada degradação
ambiental na Amazônia brasileira. A região enfrentava um alto índice de desmatamento devido a atividades
como agricultura, pecuária e extração de madeira, trazendo impactos negativos tanto no equilíbrio ecológico
quanto no bem-estar das comunidades locais. A criação do IDS da Amazônia foi impulsionada pela
necessidade de:

Avaliar o desempenho socioambiental da região e identificar áreas críticas que requerem atenção.
Monitorar os efeitos das políticas públicas para conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

Fornecer informações para orientar políticas públicas e investimentos em projetos de conservação e uso
sustentável dos recursos naturais.

O IDS da Amazônia ajuda a quantificar e comunicar o impacto das atividades humanas na região, permitindo a
tomada de decisões informadas e a alocação eficaz de recursos para promover a sustentabilidade.

O outro exemplo é o CAR, que foi criado em decorrência da necessidade de regularizar a situação ambiental
de propriedades rurais no Brasil. A intensa expansão agrícola, a falta de monitoramento e o desmatamento
ilegal estavam causando sérios danos ambientais, especialmente sobre as áreas de preservação permanente
(APPs). O CAR foi implementado em virtude de algumas necessidades, como:

A urgência de identificar áreas em não conformidade com o Código Florestal Brasileiro e promover a
regularização ambiental.

A necessidade de mapear as áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente nas propriedades
rurais, para posteriormente realizar um monitoramento mais eficaz.

A busca por uma ferramenta que permitisse o monitoramento eficaz e a fiscalização do uso da terra em
áreas rurais.

O CAR se tornou uma ferramenta essencial para a conservação ambiental ao incentivar a regularização de
propriedades rurais e garantir a proteção de áreas ambientalmente frágeis ou que demandam uma maior
atenção. Houve uma contribuição significativa para a redução do desmatamento ilegal, além da promoção do
uso sustentável da terra, alinhando-se com os objetivos de conservação e sustentabilidade ambiental.

Nesse contexto, pode-se afirmar que os indicadores desempenham um papel importante como subsídio para
realização de avaliações de desempenho ambiental, possibilitando a orientação na criação de políticas
públicas e na tomada de decisões em diversos níveis da sociedade. Contudo, é importante observar que esses
indicadores devem abranger uma ampla gama de questões fundamentais relacionadas a uma região
específica ou ao seu campo de aplicação. Devem, igualmente, ser mantidos em quantidade reduzida, porém,
ao mesmo tempo, devem ser abrangentes e resumidos. A criação de indicadores deve ser um processo
participativo, incorporando perspectivas regionais, e sua definição deve ser clara, tornando-os práticos e de
fácil reprodução e compreensão.

VIDEO RESUMO

Neste vídeo, você verá como a avaliação de desempenho ambiental, por meio da utilização de indicadores
ambientais, auxilia o alcance da sustentabilidade nas organizações.

 Saiba mais
Aprofunde mais seu conhecimento em avaliação de desempenho ambiental em Certificação ISO.

Veja esta notícia sobre o IDS amazônico no site do Instituto Cidades Sustentáveis.

Leia esta dissertação de mestrado sobre a utilização de indicadores na metodologia Pressão-Estado-


Resposta.
Aula 5

REVISÃO DA UNIDADE

RELEMBRE OS CONCEITOS

Olá, estudante! Neste resumo, você terá a oportunidade de compreender os conceitos essenciais abordados
ao longo da disciplina, como a ecoeficiência, benchmarking, indicadores ambientais, entre outros. Esses
tópicos são fundamentais para o seu desenvolvimento profissional, pois estão intrinsecamente ligados à
gestão ambiental e à busca por práticas mais sustentáveis.

Tecnologias limpas
As tecnologias limpas têm como principal objetivo a redução de resíduos e da poluição, visando minimizar
impactos negativos tanto no meio ambiente quanto na sociedade. Elas englobam não apenas aspectos
ambientais, mas também consideram implicações sociais e econômicas. É importante definir claramente os
objetivos e a proposta de avaliação antes de implementar essas tecnologias.

Produção mais limpa (P+L)


A produção mais limpa é uma estratégia ambiental preventiva que se concentra na redução da geração de
resíduos desde a fonte, em oposição ao tratamento de efluentes finais. Essa abordagem visa aumentar a
eficiência e reduzir os riscos ambientais e para a saúde humana. Foi desenvolvida pelo Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e promove a ecoeficiência nas organizações.

Ecoeficiência
A ecoeficiência busca reduzir o consumo de recursos naturais, a emissão de poluentes e o impacto ambiental
ao longo do ciclo de vida de produtos e serviços. Isso é alcançado através da minimização de materiais e
energia, limitação de substâncias tóxicas e aprimoramento do valor de produtos e serviços. A ecoeficiência
promove a competitividade das empresas e a sustentabilidade.

Benchmarking
O benchmarking é uma ferramenta que permite comparar o desempenho de uma organização com líderes de
mercado, visando aprimorar sua eficiência. Pode ser aplicado em várias áreas, incluindo a ambiental. As
empresas aprendem com o sucesso de outras, buscando identificar práticas e estratégias que levaram a
resultados superiores.

Benchmarking ambiental
O benchmarking ambiental envolve a comparação das abordagens adotadas por empresas do mesmo setor
ou de setores diferentes para melhorar a gestão ambiental. Isso contribui para o aprimoramento das práticas
ambientais nas organizações.
Indicadores ambientais
Indicadores são parâmetros que descrevem o estado ou a resposta de fenômenos ambientais. Eles são
essenciais para avaliar o desempenho ambiental de uma organização. Permitem medir a eficácia das ações
ambientais a partir da coleta e análise de dados pertinentes. Os indicadores facilitam a comunicação e
compreensão de informações complexas relacionadas ao meio ambiente.

Avaliação de desempenho ambiental (ADA)


A ADA é um processo que envolve a seleção de indicadores apropriados, a coleta e análise de dados
relevantes, a avaliação em relação a critérios de desempenho ambiental estabelecidos e a implementação de
melhorias contínuas. Ela contribui para a gestão eficaz dos elementos que impactam o meio ambiente nas
operações, produtos e serviços das organizações.

Em resumo, esses conceitos são essenciais para a gestão ambiental responsável e para a promoção da
sustentabilidade, pois permitem que as organizações adotem práticas mais eficientes, reduzam seu impacto
ambiental e melhorem sua competitividade no mercado. Além disso, os indicadores ambientais
desempenham um papel fundamental na avaliação e comunicação do desempenho ambiental. Ao
compreender e aplicar esses conceitos, você estará preparado para contribuir positivamente para a
preservação do meio ambiente e para o sucesso de organizações comprometidas com a sustentabilidade.

Lembre-se de que a prática e a aplicação desses conceitos em situações reais são essenciais para o
desenvolvimento de competências na área ambiental. Portanto, continue explorando esses tópicos e
procurando oportunidades para aplicá-los em projetos e estudos relacionados à gestão ambiental.

REVISÃO DA UNIDADE

Neste vídeo, mergulharemos em um conteúdo valioso sobre tecnologias limpas, ecoeficiência, benchmarking
e indicadores ambientais. Neste conteúdo, você entenderá como esses conceitos são fundamentais para a
gestão ambiental e a busca por práticas sustentáveis. Vamos explorar juntos o mundo da sustentabilidade e
suas aplicações práticas. Prepare-se para uma jornada de aprendizado!

ESTUDO DE CASO

A busca pela ecoeficiência na indústria brasileira


Você faz parte da equipe de gestão de uma indústria brasileira de médio porte que atua no setor de
alimentos. Nos últimos anos, a empresa enfrentou desafios crescentes relacionados ao aumento dos custos
de produção, regulamentações ambientais mais rigorosas e pressões dos clientes por produtos mais
sustentáveis.

A situação-problema que sua empresa enfrenta é a seguinte: como tornar a produção mais eficiente, reduzir
os impactos ambientais e atender às demandas dos clientes por produtos sustentáveis, ao mesmo tempo em
que se mantém competitiva no mercado?

Contexto
Sua empresa produz alimentos processados e embalados para o consumidor final, e os principais desafios
enfrentados incluem o uso excessivo de matéria-prima, altos gastos com energia e água, emissões de resíduos
orgânicos e plásticos, além da necessidade de reduzir as emissões de carbono em toda a cadeia de
suprimentos. Dado este panorama, temos alguns desafios específicos.
Desafios específicos
Redução de resíduos: como reduzir o desperdício de alimentos e embalagens, minimizando os custos
associados à produção de resíduos?

Eficiência energética: como otimizar o consumo de energia nas instalações de produção?

Gestão de água: como diminuir o uso de água na produção, considerando que a oferta hídrica não é
abundante?

Sustentabilidade da embalagem: como tornar as embalagens mais sustentáveis, considerando a


crescente pressão dos consumidores por redução de produtos provenientes de petróleo?

Emissões de carbono: como reduzir as emissões de carbono em toda a cadeia de suprimentos, desde a
produção de matérias-primas até a distribuição dos produtos?

Ações necessárias
Você, coordenador do setor de gestão ambiental da empresa, recebeu a tarefa da alta gerência para
desenvolver um plano de reestruturação do setor que aborde todos esses desafios. Isso envolverá a
implementação de tecnologias limpas, a adoção de estratégias de produção mais limpa (P+L) e a busca pela
ecoeficiência em todas as operações.

Resultados esperados
Espera-se que, ao final desse plano de reestruturação, sua empresa seja capaz de reduzir significativamente o
desperdício de alimentos, melhorar a eficiência energética, reduzir o consumo de água, adotar embalagens
mais sustentáveis e contribuir para a redução das emissões de carbono em sua cadeia de suprimentos.

Passos sugeridos
1. Realize uma análise detalhada das operações atuais da empresa para identificar os pontos de ineficiência
e os principais impactos ambientais.

2. Pesquise e identifique tecnologias limpas que possam ser aplicadas na empresa.

3. Desenvolva um plano de produção mais limpa (P+L) que foque na redução de resíduos.

4. Colabore com fornecedores e parceiros para reduzir as emissões de carbono em toda a cadeia de
suprimentos.

5. Implemente medidas de eficiência energética e gestão responsável de água em suas instalações.

Este é o desafio que sua empresa enfrenta; a busca pela ecoeficiência e sustentabilidade é fundamental para
permanecer competitiva e alinhada com as expectativas do mercado global em relação ao meio ambiente.
Agora é hora de você analisar, planejar e agir para encontrar soluções eficazes que tragam benefícios tanto
para a empresa em questão quanto para o planeta.

 Reflita
Agora que você está imerso na situação-problema da indústria de alimentos, é hora de refletir sobre
como aplicar os conceitos estudados para enfrentar esses desafios reais.

Primeiramente, lembre-se de que as tecnologias limpas, como mencionado no texto, têm como objetivo
a redução de resíduos e a minimização dos impactos ambientais. No contexto da sua empresa, isso pode
envolver a implementação de sistemas de gestão de resíduos mais eficazes, a reciclagem de subprodutos
e a otimização de processos para evitar desperdícios.
A produção mais limpa (P+L) é uma estratégia fundamental. Concentre-se na identificação de áreas em
que a prevenção da geração de resíduos pode ser aplicada. Isso inclui a reavaliação dos processos de
produção, a busca por matérias-primas mais sustentáveis e a revisão das embalagens utilizadas.

A ecoeficiência é um conceito-chave aqui. Lembre-se de que envolve a minimização do uso de recursos


naturais, emissões de gases de efeito estufa e impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos. Ao
repensar processos, reciclar subprodutos e reduzir o consumo de água e energia, você caminhará na
direção da ecoeficiência.

No entanto, não se esqueça de que a colaboração é essencial. Trabalhar com fornecedores, parceiros e
outros stakeholders para reduzir as emissões de carbono em toda a cadeia de suprimentos é crucial.
Essa colaboração pode abrir oportunidades para aprimorar a sustentabilidade de ponta a ponta.

Por fim, lembre-se de que a avaliação de desempenho ambiental (ADA) é uma ferramenta poderosa.
Utilize indicadores ambientais adequados para monitorar o progresso e fazer ajustes conforme
necessário.

Esteja ciente de que a busca pela ecoeficiência é um processo contínuo. Requer comprometimento,
aprendizado constante e uma mentalidade voltada para a inovação e a sustentabilidade. No entanto, ao
enfrentar esse desafio, sua empresa não apenas reduzirá seu impacto no meio ambiente, mas também
poderá colher benefícios financeiros e manter sua posição no mercado em constante evolução. Lembre-
se de que a mudança começa com a ação, e você é fundamental para esse processo. Boa reflexão e
sucesso na resolução do estudo de caso!

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Agora que entendemos os conceitos e as ferramentas, vamos abordar a resolução do nosso estudo de caso
sobre como melhorar a ecoeficiência na indústria de alimentos em tela.

Primeiramente, é importante realizar uma avaliação completa das operações da empresa para identificar
oportunidades de melhoria. Para isso, é fundamental a implementação de um sistema de gestão ambiental,
com base no que recomenda a norma ISO 14.001, para estabelecer metas claras e direcionar os esforços.

Uma área-chave para focar é a minimização de resíduos e desperdícios. Isso pode ser alcançado através da
revisão dos processos de produção. Pergunte a si mesmo: Existem etapas no processo que podem ser
otimizadas para reduzir o consumo de matéria-prima, água ou energia? Será que podemos encontrar
alternativas mais sustentáveis para nossas matérias-primas? Uma análise do ciclo de vida dos produtos
também pode ajudar a identificar áreas em que as melhorias são mais necessárias.

Além disso, considere a reutilização de subprodutos. Se a sua indústria gera resíduos que podem ser
reaproveitados como matéria-prima em outros processos ou vendidos para terceiros, isso não apenas
reduzirá o desperdício, mas também pode gerar receita adicional.

Outro aspecto importante é a eficiência energética. Avalie se há oportunidades para reduzir o consumo de
energia nas operações, como a atualização de equipamentos para modelos mais eficientes ou a
implementação de medidas de conservação de energia, como painéis de energia solar.

Colaboração é fundamental. Trabalhe em parceria com seus fornecedores para adquirir matérias-primas mais
sustentáveis e com seus clientes para criar produtos mais ecoeficientes. Isso não só reduzirá seu impacto
ambiental, mas também pode ser um diferencial competitivo. Uma opção é negociar com associações de
catadores de papel, por exemplo, para adquirir matéria-prima reciclada para utilizar em embalagens.
Lembre-se de monitorar seu progresso. Utilize indicadores de desempenho ambiental para acompanhar as
melhorias ao longo do tempo. Isso permitirá que você identifique áreas necessitando de ajustes e demonstre
o impacto positivo das mudanças para os stakeholders.

No entanto, a ecoeficiência não é apenas uma questão técnica, mas também envolve uma mudança cultural.
Certifique-se de envolver seus funcionários e promover uma mentalidade voltada para a sustentabilidade em
toda a organização. A capacitação e o engajamento da equipe são competências fundamentais para o sucesso
desse processo. Para isso, promova cursos, incentive o uso de materiais reciclados pela equipe. Lembre-se de
que o exemplo deve vir de cima.

Em resumo, para melhorar a ecoeficiência em sua indústria de alimentos, você deve focar na minimização de
resíduos, na eficiência energética, na colaboração com parceiros e na medição constante de seu desempenho
ambiental. Lembre-se de que a jornada em direção à ecoeficiência é contínua, e seu compromisso com a
sustentabilidade terá impactos positivos não apenas no meio ambiente, mas também nos resultados da sua
empresa.

RESUMO VISUAL

Há uma hierarquia lógica em que os conceitos se desdobram a partir do conceito central de ‘Tecnologias
Limpas” e depois se expandem em direções específicas, culminando na “Trilogia Ambiental”. É possível
conectar visualmente esses elementos em um infográfico, bem como em uma sequência lógica textual, ambos
mostrados a seguir.

A ordem lógica para representar esses conceitos em um fluxograma pode ser a seguinte:

1. Tecnologias Limpas.

2. Produção mais Limpa (P+L).

3. Ecoeficiência na Produção mais Limpa.

4. Benchmarking
1. Benchmarking Ambiental.

5. Indicadores Ambientais.
1. Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA).

6. Trilogia Ambiental.
Fonte: elaborada pelo autor.
REFERÊNCIAS

Aula 1

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Sistemas de gestão ambiental – Requisitos com
orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. Disponível em:
https://www.ipen.br/biblioteca/slr/cel/N3127.pdf. Acesso em: 25 ago. 2023.

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo: Grupo GEN, 2017.
E-book. ISBN 9788597011159. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011159/. Acesso em: 25 ago. 2023.

PHILIPPI JR., Arlindo P.; PELICIONI, Maria Cecília F. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Editora
Manole, 2014. E-book. ISBN 9788520445020. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520445020/. Acesso em: 23 ago. 2023.

ROSA, André H.; FRACETO, Leonardo F.; MOSCHINI-CARLOS, Viviane. Meio ambiente e sustentabilidade.
Porto Alegre: Grupo A, 2012. E-book. ISBN 9788540701977. Disponível em:
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Aula 2

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DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo: Grupo GEN, 2017.
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011159/. Acesso em: 30 ago. 2023.

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Manole, 2014. E-book. ISBN 9788520445020. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520445020/. Acesso em: 30 ago. 2023.

ROSA, André H.; FRACETO, Leonardo F.; MOSCHINI-CARLOS, Viviane. Meio ambiente e sustentabilidade.
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PHILIPPI JR., Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília F. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Editora
Manole, 2014. E-book. ISBN 9788520445020. Disponível em:
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Aula 4

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Aula 5

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desempenho ambiental – Diretrizes. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2015. 44 p.

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https://www.proquest.com/publication/536313?accountid=134629&decadeSelected=2020+-
+2029&yearSelected=2022&monthSelected=01&issueNameSelected=02022Y01Y01$232022$3b++Vol.+17+$28
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TUNSTALL, Dan. Developing environmental indicators: definitions, frameworks, and issues. Washington:
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WENZEL, Henrik; ALTING, Leo. Architecture of environmental engineering. In: IV Global Conference on
Sustainable Product Development and Life Cycle Engineering. 2006.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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