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09/05/2022 16:57 A logística reversa de resíduos eletroeletrônicos – CIDES

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A logística reversa de resíduos eletroeletrônicos


Postado em 23/05/2018

O uso generalizado de produtos eletroeletrônicos tem aumentado a preocupação quanto aos seus
impactos ambientais.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho 

eletroeletrônicos2

O Brasil gera mais de 1,4 milhões de toneladas/ano de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos


(REEE) e menos de 3% são reciclados. Estima-se que 10% ou 140 mil toneladas/ano sejam de
equipamentos de informática e telecomunicações. A logística reversa recebe grande parte deste

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descarte, quase sempre em armazéns e locais sem o devido licenciamento ambiental, ignorando
as necessárias medidas para reduzir os riscos de contaminação ambiental.

Sem um sistema estruturado que receba todo esse descarte, grande parte dele para no mercado
informal com todas as complicações que isso acarreta. A logística reversa, conforme definição
apresentada na própria legislação, é um instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e
a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em
outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

É por meio desse sistema, por exemplo, que os materiais recicláveis de um produto eletrônico em
fim de vida útil, descartado pelo consumidor, poderão retornar ao setor produtivo na forma de
matéria-prima. De forma a viabilizar a logística reversa exigida pela Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), todas as partes relacionadas ao processo deverão contribuir para o
encaminhamento dos produtos em fim de vida útil para a reciclagem ou destinação final
ambientalmente adequada.

A legislação obriga os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos,


seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua
resíduo perigoso; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos
e seus componentes a: investir no desenvolvimento, fabricação e colocação no mercado de
produtos aptos à reutilização, reciclagem ou outra forma de destinação ambientalmente adequada
e cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível; divulgar
informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a
seus respectivos produtos; assumir o compromisso de, quando firmados acordos ou termos de
compromisso com o município, participar das ações previstas no plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística
reversa.

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Também se define que os equipamentos eletroeletrônicos são todos aqueles produtos cujo
funcionamento depende do uso de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos. Eles podem
ser divididos em quatro categorias amplas: linha branca: refrigeradores e congeladores, fogões,
lavadoras de roupa e louça, secadoras, condicionadores de ar; linha marrom: monitores e
televisores de tubo, plasma, LCD e LED, aparelhos de DVD e VHS, equipamentos de áudio,
filmadoras; linha azul: batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras, secadores de cabelo,
espremedores de frutas, aspiradores de pó, cafeteiras; e linha verde: computadores desktop e
laptops, acessórios de informática, tablets e telefones celulares.

Ao fim de sua vida útil, esses produtos passam a ser considerados REEE. De forma ideal, só
chegam a esse ponto uma vez esgotadas todas as possibilidades de reparo, atualização ou reuso.

Alguns deles, notadamente os equipamentos de telecomunicações, têm um ciclo de


obsolescência mais curto. Em outras palavras, devido à introdução de novas tecnologias ou à
indisponibilidade de peças de reposição, eles são substituídos e, portanto, descartados mais
rapidamente.

Os REEE são compostos por materiais diversos: plásticos, vidros, componentes eletrônicos, mais
de 20 tipos de metais pesados e outros. Estes materiais estão frequentemente dispostos em
camadas e subcomponentes afixados por solda ou cola. Alguns equipamentos ainda recebem
jatos de substâncias químicas específicas para finalidades diversas como proteção contra
corrosão ou retardamento de chamas.

A concentração de cada material pode ser microscópica ou de grande escala. A extração de cada
um deles exige um procedimento diferenciado. Deste modo, sua separação para processamento e
eventual reciclagem tem uma complexidade, um custo e um impacto muito maiores do que
aqueles exemplos mais conhecidos de recolhimento e tratamento de resíduos, como é o caso das
latas de alumínio, garrafas de vidro e outros.

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A NBR 16156:2013 – Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos – Requisitos para atividade de


manufatura reversa estabelece requisitos para proteção ao meio ambiente e para o controle dos
riscos de segurança e saúde no trabalho na atividade de manufatura reversa de resíduos
eletroeletrônicos. É aplicável a organizações que realizam atividades de manufatura reversa de
resíduos eletroeletrônicos como atividade fim.
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de
2010 regulamentada pelo Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010. Entre os conceitos
introduzidos em nossa legislação ambiental pela PNRS estão a responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos, a logística reversa e o acordo setorial.

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o conjunto de atribuições


individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos
produtos, nos termos dessa Lei.

A logística reversa é instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação. A Lei nº 12.305/2010 dedicou especial atenção à Logística
Reversa e definiu três diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação:
regulamento, acordo setorial e termo de compromisso.

A norma determina que a organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e


continuamente melhorar um sistema de gestão para resíduos eletroeletrônicos em conformidade
com os requisitos dessa norma e determinar como ela irá atender a esses requisitos. A
organização deve definir e documentar o escopo de seu sistema de gestão para resíduos
eletroeletrônicos.

A Alta Administração deve definir a política ambiental e de Saúde e Segurança no Trabalho (SST)
da organização e assegurar que, dentro do escopo definido de seu sistema de gestão para
resíduos eletroeletrônicos, a política: seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais e
de SST de suas atividades, produtos e serviços; inclua um comprometimento com a melhoria

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contínua e com a prevenção da poluição e de SST; inclua um comprometimento em atender aos


requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização que se relacionem a
seus aspectos ambientais; forneça uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e
metas ambientais e de SST; garanta o compromisso com o balanço de massa de todos os
resíduos eletroeletrônicos até sua destinação ambientalmente adequada; garanta o compromisso
com gerenciamento de partes e peças e materiais que possam conter resíduos eletroeletrônicos
perigosos; garanta o compromisso com a descaracterização; seja documentada, implementada e
mantida; seja comunicada periodicamente a todos que trabalhem na organização ou que atuem
em seu nome, e esteja disponível para o público.

Quanto aos aspectos ambientais e de segurança e saúde no trabalho, a empresa deve estabelecer,
implementar e manter procedimento (s) para: identificar os aspectos ambientais e de segurança e
saúde no trabalho de suas atividades, produtos e serviços, dentro do escopo definido de seu
sistema de gestão para resíduos eletroeletrônicos, que a organização possa controlar e aqueles
que ela possa influenciar, levando em consideração os desenvolvimentos novos ou planejados, as
atividades, produtos e serviços novos ou modificados; e determinar os aspectos que tenham ou
possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente e de SST.

Um ponto importante é que a organização deve assegurar o gerenciamento dos resíduos


eletroeletrônicos perigosos no local de trabalho com as práticas se procedimentos que garantam a
proteção ao meio ambiente e a segurança e saúde no trabalho.

Todas as partes e peças a serem recicladas e seus subprodutos devem ser agrupadas por tipo,
armazenadas, identificadas, transportadas e gerenciadas de modo a atender à legislação vigente.
Os procedimentos documentados devem ser determinados para que seja garantido no mínimo o
seguinte: a proteção às intempéries; a minimização de derramamentos acidentais ou quebras; e a
segurança contra a entrada de pessoas não autorizadas.

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Todo produto tem um efeito no meio ambiente, o qual pode ocorrer em algum ou em todos os
estágios do seu ciclo de vida: aquisição de matéria prima, fabricação, distribuição, uso,
manutenção, reuso e no fim de vida. O uso generalizado de produtos eletroeletrônicos tem
aumentado a preocupação quanto aos seus impactos ambientais. Como resultado disto, estão
surgindo legislações, assim como requisitos orientados ao mercado para o projeto
ambientalmente consciente.

Quando descartados de maneira incorreta, os produtos eletroeletrônicos podem causar grave


contaminação ao meio ambiente devido à presença de elementos perigosos como chumbo,
mercúrio, cádmio e arsênio. Além destes elementos, existem diversas outras substâncias
presentes nos equipamentos eletrônicos que, caso entrem em contato com o meio ambiente,
podem contaminá-lo, gerando por consequência sérios danos à saúde humana.

Quando o meio ambiente é afetado por estes compostos tóxicos, a contaminação do ser humano
se dá através da ingestão de água ou alimentos. Por exemplo, o arsênico se faz presente na forma
de arsenieto de gálio e é utilizado para a composição de condutores em chips nas placas de
circuito mais modernas.

Caso contamine o meio ambiente e venha a ser ingerido por seres humanos, pode causar
problemas na comunicação entre células e interferir nos gatilhos que geram crescimento celular,
possivelmente contribuindo para doenças cardiovasculares, câncer e diabetes, em caso de
exposição crônica.

O cádmio está presente em baterias de níquel cádmio, telas de televisores CRT (televisores de
tubo) e cartuchos e tonners de impressora. Caso contamine o meio ambiente e venha a ser
ingerido por seres humanos, o cádmio afeta a capacidade do corpo de metabolizar cálcio, o que
leva a dores ósseas e a ossos frágeis e gravemente enfraquecidos. Além disso, a contaminação
por cádmio pode causar câncer e mau funcionamento dos rins.

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O chumbo é incluído em baterias antigas, televisores CRT e utilizado como solda em placas de
circuito. Caso contamine o meio ambiente e venha a ser ingerido por seres humanos, o chumbo
pode causar danos aos rins e, caso crianças sejam contaminadas, pode causar danos ao sistema
nervoso e ao cérebro.

O lítio se faz presente em baterias de íons de lítio utilizadas em celulares modernos. Caso
contamine o meio ambiente e venha a ser ingerido por seres humanos, o lítio pode causar danos
aos rins e a tireoide, causando disfunções hormonais.

Por fim, os retardantes de chama a base de bromo, como os compostos polibromobifenilo (PBB),
éter difenil polibrominado (PBDE), tetrabromobisfenol (TBBDA), são utilizados nas placas de
circuito de todos os equipamentos elétricos. Caso essas placas de circuito sejam queimadas sem
o devido rigor técnico, a combustão pode gerar dioxinas que são extremamente tóxicas aos seres
humanos, podendo causar a sua morte.

A NBR IEC 62430 de 11/2010 – Projeto ambientalmente consciente para produtos


eletroeletrônicos especifica requisitos e procedimentos para integrar aspectos ambientais nos
processos de projeto e desenvolvimento de produtos eletroeletrônicos, incluindo a combinação de
produtos, os materiais e componentes dos quais eles são compostos. A existência desta norma
não impede que determinados setores gerem as suas próprias normas ou diretrizes, mais
especificas.

Caso estes documentos sejam produzidos, é recomendado que eles utilizem esta norma como
referência para assegurar a consistência ao longo do setor eletroeletrônico. O projeto
ambientalmente consciente deve ser baseado no conceito da abordagem de ciclo de vida, que
requer considerações durante o processo de projeto e desenvolvimento dos aspectos ambientais
significativos de um produto em todos os estágios de seu ciclo de vida.

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Os elementos-chave da abordagem de ciclo de vida são: ter como objetivo minimizar o impacto
ambiental adverso do produto com um todo; identificar, qualificar e, quando possível, quantificar os
aspectos ambientais significativos do produto; e considerar as compensações entre os aspectos
ambientais e os estágios de ciclo de vida. Tudo isso deve ser iniciado o quanto antes no processo
de projeto e desenvolvimento, quando há maiores oportunidades de mudanças e melhorias no
produto que afetem seu desempenho ambiental global ao longo do seu ciclo de vida.

eletroeletrônicos3

Como um primeiro passo para a abordagem do ciclo de vida, é recomendável que a função
prevista de um produto seja determinada. Durante os estágios seguintes de projeto e
desenvolvimento, é recomendado identificar a influência de qualquer modelo de negócio aplicado.
Os estágios de ciclo de vida de qualquer produto sob controle da organização geralmente incluem
o processamento de materiais, manufatura, distribuição, uso, manutenção e gerenciamento do fim
de vida (incluindo reuso, reciclagem, recuperação e disposição final).

Quando um produto faz parte de um sistema, o seu desempenho ambiental, durante um ou mais
estágios do ciclo de vida, pode ser alterado por outros produtos do mesmo sistema. O projeto
ambientalmente consciente requer colaboração e contribuições de todas as partes interessadas
ao longo da cadeia de fornecimentos.

O projeto ambientalmente consciente é realizado dentro dos limites estabelecidos pelos requisitos
regulatórios e os requisitos das partes interessadas. Tais requisitos devem ser regularmente
revisados, de modo que as alterações pertinentes sejam compreendidas pela organização
responsável pelo projeto ambientalmente consciente.

Os requisitos regulatórios e de partes interessadas podem incluir: restrições e obrigações


resultantes de regulamentos nacionais e internacionais; normas técnicas e acordos voluntários;
necessidades, tendências e expectativas do mercado e/ou dos clientes; expectativas da sociedade

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e dos investidores, por exemplo, avanços em tecnologia. O projeto ambientalmente consciente e o


seu objetivo de minimizar os impactos adversos globais do produto devem estar refletidos nas
políticas e estratégias da organização. Se uma organização possuir um sistema de gestão que
inclua a função de projeto e desenvolvimento de produtos, o processo de projeto ambientalmente
consciente deve ser parte integrante do sistema documentado.

Considerações ambientais podem ser um dos elementos do processo de gerenciamento global de


risco da organização. As organizações que realizam processos de projeto ambientalmente
consciente devem estabelecer, documentar, implementar e manter este processo como uma parte
integrante do processo de projeto e desenvolvimento do produto.

Este processo de projeto ambientalmente consciente inclui as seguintes etapas: analise dos
requisitos ambientais regulatórios e dos requisitos ambientais das partes interessadas;
identificação e avaliação dos aspectos ambientais e seus respectivos impactos; projeto e
desenvolvimento; revisão e melhoria contínua. Depois, a organização deve documentar os
resultados pertinentes e as conclusões subsequentes, bem como deve atribuir responsabilidades.

Como etapa inicial do projeto ambientalmente consciente, a ser realizada juntamente com a
identificação dos aspectos ambientais, a organização deve compreender os requisitos regulatórios
e dos requisitos ambientais das partes interessadas pertinentes, tanto horizontalmente como para
cada setor específico. Esses requisitos estabelecem a estrutura básica a partir da qual o produto é
desenvolvido.

A organização deve assegurar, conforme apropriado, que: os requisitos ambientais pertinentes


estabelecidos pelas autoridades regulatórias e pelas partes interessadas sejam identificados,
abrangendo as funções pertinentes do produto, os estágios pertinentes do ciclo de vida, os
aspectos ambientais pertinentes do produto, o âmbito geográfico do mercado pretendido, e as
atividades relacionadas da organização; os requisitos atuais e os novos sejam revisados e
identificados regularmente; seja feita e documentada urna análise sistemática desses requisitos,

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identificando as funções e estágio (s) do ciclo de vida do produto afetado, atividades relacionadas
e responsabilidades na organização e a (s) ação (ões) resultante(s) a serem tomada(s); os novos
requisitos ou alterações que apareçam durante a fase de projeto sejam avaliados de acordo com
seu impacto sobre o produto e que as modificações necessárias sejam realizadas.

Os requisitos horizontais aplicam-se normalmente a produtos eletrônicos e eletrotécnicos.


Requisitos setoriais específicos endereçam um determinado grupo de produto. A organização
deve estabelecer um procedimento para identificar os aspectos ambientais e impactos
correspondentes.

Tal procedimento deve englobar algumas etapas. A identificação de aspectos ambientais


pertinentes e impactos correspondentes. Para cada estágio pertinente do ciclo de vida, identificar
as entradas, tais como materiais, energia e outros recursos utilizados, assim como as saídas, que
causem impactos ambientais. Exemplos de saídas incluem o próprio produto, produtos
semiacabados, rejeitos, resíduos de produção e emissões.

É permitido o uso de informações ambientais qualitativas ou quantitativas associadas aos


processos, materiais, partes ou componentes identificados. Quando possível, o uso da abordagem
quantitativa é recomendado. A identificação de aspectos ambientais também pode ser realizada
para urna categoria de produto. A avaliação de impactos ambientais relativos aos aspectos
ambientais pertinentes identificados e determinação de aspectos ambientais significativos.

Após a identificação de todos os aspectos ambientais pertinentes, são determinados os aspectos


ambientais significativos através de avaliação e priorização, com base no quanto contribuem para
o impacto ambiental geral. A organização pode então endereçar, nas etapas subsequentes do
processo de projeto ambientalmente consciente, esses aspectos ambientais significativos
identificados para um produto ou categoria de produto.

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Deve-se evitar enfatizar de maneira arbitrária um único aspecto ambiental ou um único estágio do
ciclo de vida. É permitido o uso de avaliações e priorizações qualitativas ou quantitativas dos
aspectos ambientais. Quando possível, o uso da abordagem quantitativa é recomendado.

Quanto à documentação do processo de projeto ambientalmente consciente, como gestão do


conhecimento, deve-se ter os procedimentos e os registros usados para assegurar a conformidade
do produto com os requisitos especificados: identificação das normas e orientações aplicadas,
requisitos dos regulamentos; detalhes dos elementos significativos do projeto e desenvolvimento
adotados para reduzir os impactos ambientais adversos e dos procedimentos usados para
controlar as variações do processo de produção; resultados da avaliação do produto (avaliar
parâmetros ambientais) por todo o seu ciclo de vida, avaliando, ensaiando e elaborando protótipos
de variantes dentro de critérios, tais como econômicos, técnicos, sociais e ambientais.

Uma organização pode adaptar seu sistema de gestão existente de maneira a estabelecer um
sistema de gestão do conhecimento que seja adequado para assegurar a identificação dos
requisitos regulatórios e das partes interessadas pertinentes. Por fim, deve-se estabelecer,
implementar e manter um procedimento para revisão e melhoria contínua dos aspectos
ambientais significativos dos produtos durante todo o seu ciclo de vida.

A organização deve realizar revisões para avaliar se o projeto de produto atendeu às metas
definidas na especificação ambiental do produto, sempre que aspectos ambientais significativos
forem afetados ou que uma fase mais ampla do projeto for concluída. Quando as metas
ambientais do produto não são atendidas, ações de melhoria devem ser atribuídas e
implementadas ao projeto corrente ou futuro.

Uma iniciativa louvável é da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) que
criou GREEN Eletron – Gestora para Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos. Tem
como objetivo principal auxiliar as empresas no atendimento à Política Nacional de Resíduos
Sólidos e a proposta da é ter um sistema coletivo para operacionalizar a logística reversa de suas

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associadas. Para conhecer e disponibilizar os resíduos, acesse o


site https://www.greeneletron.org.br/

Importante também conhecer um estudo publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) que reflete sobre o conceito da economia
circular, bem como as oportunidades e desafios para a implementação desta nova economia na
Industria Brasileira. Para ler, acesse o link https://is.gd/Nrp2Yx

O modelo econômico linear de produção-consumo-descarte está atingindo seu limite. Nos últimos
30 anos, apesar dos avanços tecnológicos e do aumento da produtividade dos processos que
extraem 40% mais valor econômico das matérias-primas, a demanda neste mesmo período
aumentou 150%.

Um dos caminhos para o enfrentamento desse problema é por meio de um modelo econômico
circular, que associa o crescimento econômico a um ciclo de desenvolvimento positivo contínuo,
que preserva e aprimora o capital natural, otimiza a produção de recursos e minimiza riscos
sistêmicos, com a administração de estoques finitos e fluxos renováveis.

Coleta e gerenciamento de equipamentos na Universidade de São Paulo (USP)

Monitores, CPUs, cabos, aparelhos telefônicos móveis e fixos. Esses são apenas
alguns dos equipamentos de informática e telefonia que, funcionando ou não, podem
ser descartados no Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir) da
USP, responsável por gerenciá-los adequadamente.

Qualquer pessoa física pode realizar o descarte do lixo eletrônico no centro, bastando
levá-lo até o local. O Cedir está localizado na Cidade Universitária da USP, no Butantã,
em São Paulo, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 11h30 e das 14 às

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17 horas. Unidades USP precisam agendar a entrega pelo e-mail cedir@usp.br. Mais


informações podem ser obtidas através dos telefones (11) 3091-8237/8238. Para
assistir um vídeo sobre o assunto, https://youtu.be/QJBiclsotK8 

Fonte: Portal Revista AdNormas

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