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Capítulo 3

Reinaldo Fagundes dos Santos


Fernando Augusto Silva Marins

Resumo: Em agosto de 2010, foi sancionada a Política Nacional de Resíduos


Sólidos (PNRS). Ela apresenta inovações como a Logística Reversa, que determina
que fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores realizem o recolhimento
de embalagens usadas. Qual a real dificuldade para o atendimento da PNRS pelas
empresas em geral? O objetivo trabalho é propor um modelo de gestão, utilizando a
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e a WEB, de forma a ajudar na
integração de todas as camadas da Cadeia de Suprimentos dos produtos
eletroeletrônicos e seus componentes. A pesquisa é de natureza aplicada, com
uma abordagem qualitativa e, após uma análise crítica da PNRS, foi fundamentada
em uma pesquisa bibliográfica envolvendo o estado da arte da Gestão da Cadeia
de Suprimentos, da TIC e a evolução dos sistemas Enterprise Resource Planning
(ERP). A possível aplicação do modelo proposto, na cadeia de suprimentos de
produtos eletroeletrônicos poderá, por meio da proteção do meio ambiente e de
interação direta com o consumidor final possibilitando a geração de vantagem
competitiva e, desta forma, mitigar perdas financeiras associadas a multas e
infrações. As próximas etapas desta pesquisa incluem o desenvolvimento de um
portal WEB utilizando o modelo proposto e sua disponibilidade para uso
governamental, permitindo assim testes em ambiente real. A primeira fase dos
testes poderá ser feita pelo Governo do Estado de São Paulo e depois expandido
para outros Estados da Federação.

Palavras-chave: Logística Reversa, PNRS, Tecnologia da Informação e


Comunicação, Modelo Integrado de Gerenciamento, ERP de 3 a Geração.

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1. INTRODUÇÃO um dos aspectos potenciais para avaliação


da sustentabilidade. Assim, surge a questão
Em Agosto de 2010, foi sancionada pelo
principal da pesquisa aqui descrita: qual a
Presidente do Brasil a Lei 12.305, que instituiu
real dificuldade para o atendimento da PNRS
a Política Nacional de Resíduos Sólidos
pelas empresas em geral?
(PNRS). Esta lei é o marco regulatório na área
de resíduos sólidos, distinguindo o lixo que A PNRS apresenta inovações como à logística
pode ser reciclado e o que não e passível de reversa, que determina que fabricantes,
reaproveitamento. Siena (2008) aponta a importadores, distribuid
redução na geração de resíduos sólidos como
ores e vendedores realizem o recolhimento de “cabe aos fabricantes, importadores,
embalagens usadas. Foram incluídos nesse distribuidores e comerciantes [...] tomar todas
sistema produtos como, agrotóxicos, pilhas, as medidas necessárias para assegurar a
baterias, pneus, óleos lubrificantes, todos os implementação e operacionalização do
tipos de lâmpadas e eletroeletrônicos. sistema de logística reversa sob seu
encargo”;
Alguns objetivos e a proposta da PNRS são
sumarizados a seguir: “Os consumidores deverão efetuar a
devolução após o uso, aos comerciantes e
Ela tem como objetivo a não-geração,
distribuidores, dos produtos e das
redução, reutilização e tratamento de resíduos
embalagens...”;
sólidos, bem como destinação final
ambientalmente adequada dos rejeitos. “Os comerciantes e distribuidores deverão
Redução do uso dos recursos naturais (água efetuar a devolução aos fabricantes ou aos
e energia, por exemplo) no processo de importadores dos produtos e embalagens...”;
produção de novos produtos, intensificação
“Os fabricantes e os importadores darão
de ações de educação ambiental, aumento
destinação ambientalmente adequada aos
da reciclagem no país, promoção da inclusão
produtos e às embalagens reunidos ou
social através da geração de emprego e
devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para
renda de catadores de materiais recicláveis.
a disposição final ambientalmente
Sua proposta é instituir o princípio de adequada...”;
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
“Com exceção dos consumidores, todos os
vida dos produtos, abrangendo fabricantes,
participantes dos sistemas de logística
importadores, distribuidores, comerciantes,
reversa manterão atualizadas e disponíveis ao
consumidores e titulares dos serviços
órgão municipal competente e a outras
públicos de limpeza urbana e manejo de
autoridades, informações completas sobre a
resíduos sólidos. Ou seja, propõe atribuições
realização das ações sob sua
compartilhadas, tanto das instituições
responsabilidade”.
públicas como das particulares, como
também da sociedade em geral. Um dos A instabilidade dos mercados e a intensa
pontos fundamentais da PNRS é a chamada competição entre as empresas vêm se
logística reversa, que se constitui em um tornando um grande desafio para a gestão
conjunto de ações para facilitar o retorno dos empresarial (HILSDORF, ROTONDARO e
resíduos aos seus geradores para que sejam PIRES, 2009). O maior desafio que as
tratados ou reaproveitados em novos empresas têm enfrentado para atender à
produtos. PNRS e manter uma posição competitiva nos
negócios é estabelecer uma ligação entre
Dentre os grandes desafios impostos pela
consumidor final, clientes e fornecedores de
PNRS às empresas manufatureiras se
forma a rastrear seus produtos ao longo da
destacam os parágrafos terceiro, quarto,
cadeia de suprimentos. Apesar da quebra de
quinto, sexto e oitavo do artigo 33 que trata do
paradigmas desta nova geração de Enterprise
retorno de agrotóxicos, seus resíduos e
Resource Planning (ERP), de terceira
embalagens; de pilhas e baterias; pneus;
geração, para melhorar o gerenciamento da
óleos lubrificantes, seus resíduos e
cadeia de suprimentos, seu uso ainda é
embalagens; lâmpadas fluorescentes, de
limitado, devido a atual cultura que envolve o
vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
uso de dados confidenciais na Internet.
produtos eletroeletrônicos e seus
Muitas empresas preferem manter o uso do
componentes. Nestes parágrafos ficou
ERP tradicional, que é baseado na forma com
instituído que:

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que os negócios foram estruturados nas Informação e Comunicação (TIC) e a WEB, de


últimas duas décadas. forma a ajudar na integração de todas as
camadas da Cadeia de Suprimentos dos
Um investimento na implantação dos atuais
produtos pertencentes ao artigo 32 da PNRS
modelos de Sistemas de Gestão é substancial
e mais especificamente os produtos
e acaba desviando esforços de áreas que
eletroeletrônicos e seus componentes.
realmente importam na empresa. O uso da
nova geração de ERPs, de terceira geração, Para consecução deste objetivo foram
não só ajudaria no atendimento da legislação, estabelecidos alguns objetivos específicos:
mas também poderia permitir a otimização
Revisão bibliográfica envolvendo o estado da
dos recursos da empresa, tais como tempo,
arte da Gestão da Cadeia de Suprimentos
financeiro e funcionários. Com isso pode-se
(Supply Chain Management – SCM), suas
observar que o sistema ERP, que era
definições e objetivos, a TIC e a evolução de
inicialmente um tipo de sistema produzido por
seus sistemas, desde os ERPs tradicionais,
renomadas empresas de software e utilizado
seguido dos ERPs de segunda geração até as
apenas por grandes empresas, passou, há
novas configurações denominadas ERPs de
alguns anos, a migrar sua atenção para
terceira geração;
empresas menores (SEBRAE, 2016).
Propor um modelo integrado de
“A revolução da tecnologia da informação é
gerenciamento da Logística Reversa (LR)
um evento histórico, pois introduziu um
para a disposição dos produtos
padrão de descontinuidade nas bases
eletroeletrônicos e seus componentes em final
materiais da economia, sociedade e cultura”
de vida.
(NOVAES, 2004). Na atualidade, devido à
tecnologia da comunicação vive-se um Este trabalho procura apresentar uma visão
momento histórico na tecnologia da bem delimitada quanto a sua abordagem. O
informação. Os sistemas de informações primeiro limite colocado é sobre o estudo ser
ligadas através de hipermídia (WEB), mais direcionado à PNRS, um segundo limite se
especificamente os Web-Services estão refere ao estudo da LR de produtos
mudando radicalmente o cotidiano das eletroeletrônicos e seus componentes e, um
pessoas e a maneira das empresas terceiro limite se refere ao modelo se limitar ao
trabalharem. A Internet de alta velocidade uso da WEB integrada aos ERPs de terceira
(banda larga) está disponível em grande parte geração.
das empresas de pequeno porte e na maioria
Para atender os objetivos deste trabalho, a
das empresas de médio porte, o que, ajuda
metodologia de pesquisa utilizada foi
na inclusão destas empresas no mundo da
estruturada sobre quatro pilares: quanto a sua
comunicação digital, viabilizando a
natureza, abordagem, objetivos e
implementação de sistemas de comunicação
procedimentos técnicos, representados na
eletrônica.
Figura 1.
O objetivo geral deste trabalho é propor um
modelo de gestão, utilizando a Tecnologia da

Figura 1. Proposta Metodológica

Fonte: SANTOS, 2010

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Optou-se por um trabalho de natureza evolução de seus sistemas, desde os ERPs


aplicada que, de acordo com Fulgencio tradicionais, seguido dos ERPs de segunda
(2007), a pesquisa aplicada é uma geração até as novas configurações
investigação original concebida pelo interesse denominadas ERPs de terceira geração.
em adquirir novos conhecimentos. É,
entretanto, primordialmente dirigida em
função de um objetivo prático específico. 2.1. GERENCIAMENTO DA CADEIA DE
Ainda para Fulgencio (2007), a pesquisa SUPRIMENTOS (SCM)
aplicada é realizada para determinar os
O ambiente vivenciado atualmente pelas
possíveis usos para as descobertas da
empresas exige a integração de toda cadeia
pesquisa básica, para definir novos métodos
de suprimentos através do seu
ou definir maneiras de alcançar certo objetivo
gerenciamento, que abrange todo o fluxo de
específico e pré-determinado.
transformação do produto (SANTOS e
O trabalho terá uma abordagem qualitativa FORCELLINI, 2012). Sellitto e Mendes (2006)
pois, segundo Gressler (2004), essa complementam afirmando que o SCM não
abordagem é utilizada quando se busca deve apenas focar processos logísticos, mas
descrever a complexidade de determinado sim todos os processos de negócios
problema, não envolvendo manipulação de relacionados aos requisitos dos clientes finais.
variáveis e estudos experimentais. Dentro de Assim, o SCM pode ser considerado um
tal conceito amplo, os dados qualitativos importante modelo para alcançar vantagens
incluem também informações não expressas competitivas, tendo como objetivo adicionar
em palavras, tais como pinturas, fotografias, valor na visão dos clientes e demais
desenhos e filmes. Sendo assim de acordo stakeholders incluindo a logística reversa dos
com Malhotra (2004), a pesquisa qualitativa produtos e embalagens impostas pela PNRS
proporciona melhor visão e compreensão do (MELO e ALCÂNTARA, 2011).
contexto do problema, enquanto a pesquisa
Neste trabalho, a Cadeia de Suprimentos se
quantitativa procura quantificar os dados e,
ramifica desde o consumidor final até a
normalmente, aplica alguma forma da análise
matéria-prima básica, porém seu
estatística.
gerenciamento ocorre somente a partir de
Optou-se por uma pesquisa exploratória e uma empresa denominada “Empresa Focal”,
descritiva para o desenvolvimento deste como representado na Figura 2.
trabalho, pois, conforme Santos e Candeloro
A gestão adequada da cadeia de suprimentos
(2006), as pesquisas de delineamento
permite uma produção otimizada para
descritivo-exploratório têm o objetivo
oferecer ao cliente final o produto certo, na
fundamental de proporcionar ampla visão
quantidade certa. O objetivo é reduzir os
sobre o tema selecionado, sendo uma
custos ao longo da cadeia, levando sempre
pesquisa exploratória, que não requer a
em conta as exigências do cliente (COELHO,
coleta de dados. Para os procedimentos
2010). Para que isso aconteça, existem
técnicos, optou-se inicialmente por uma
diversas ferramentas que podem facilitar o
pesquisa bibliográfica seguida de uma
SCM, como a Tecnologia da Informação (TI)
proposição de modelo de gerenciamento.
que poderá ser uma forte aliada integrando
Esse trabalho está organizado em quatro em tempo real todas as partes do processo.
seções. Na Seção 2 apresenta-se a Nos últimos anos a TI se fortaleceu muito,
fundamentação teórica, na Seção 3 descreve- contudo para que haja rapidez e segurança
se o modelo proposto e na Seção 4 estão as nas relações se faz necessária a utilização de
conclusões do trabalho seguidas das vários sistemas de apoio como, por exemplo,
referências bibliográficas utilizadas. os ERPs (GONÇALVES, 2015).

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta Seção faz uma breve explanação sobre o
SCM, suas definições e objetivos, a TIC e a

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Figura 2. Cadeia de Suprimentos da Empresa Focal.

Fonte: SANTOS, 2010.

considerada como o cerne para um eficiente


SCM.
2.1.1. GESTÃO DOS PROCESSOS NA
CADEIA DE SUPRIMENTOS
Nos anos 1980 e 1990, as organizações 2.1.2. GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM
manufatureiras concentraram esforços na OS CLIENTES
mudança de gestão departamental para a
Para Ballou (2006), a dependência entre
gestão por processos. No final da década de
organizações reflete a diferença de poder
1990 surgiu um novo paradigma onde, os
entre elas, pois uma organização tem mais ou
processos de negócio se tornaram os
menos poder, em relação às outras, à medida
processos da cadeia de suprimentos e não
que controla os recursos necessários pelas
mais somente da organização.
outras ou reduz sua própria dependência, por
A mudança da gestão individual para o meio do controle dos recursos. O poder
gerenciamento das relações entre os exercido na cadeia de suprimentos sofre
membros de uma cadeia de suprimenos é mutações ao longo do tempo onde, na
requerida visando à integração dos processos década passada, boa parte do poder passou
de negócio na cadeia de suprimentos, dos fabricantes para os varejistas, em função
criando um sistema de valor (SANTOS e do exercício o de preferência do consumidor.
FORCELLINI, 2012). Diante desta
As indústrias são afetadas por diversos riscos
necessidade de integração, Martins (2011)
de desabastecimento e interrupção, que
destaca o modelo de Cooper, Lambert e Pagh
podem incorrer de várias formas e serem
(1998), que apresenta três elementos: os
influenciados por diversos fatores. Estes
processos de negócio, o gerenciamento dos
fatores variam desde uma instabilidade
componentes e a estrutura da cadeia de
geopolítica em uma região fornecedora até
suprimentos. Lambert (2010) afirma que os
fatores mais localizados, como as greves nos
oito macroprocessos de negócio,
fornecedores, no entanto, o risco de
apresentados na Figura 3, correspondem a
desabastecimento está normalmente
um longo processo de desenvolvimento do
relacionado ao poder exercido na cadeia e,
próprio autor, iniciado em 1992. Destes
consequentemente, ao processo de gestão
processos, a gestão do relacionamento com o
de relacionamento.
cliente e a gestão da demanda tem sido

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Figura 3. SCM: Integrando e Gerenciando os Processos de Negócio através da Cadeia de


Suprimentos.

Fonte: COOPER, LAMBERT D e PAGH, 1998.

2.1.3. SUSTENTABILIDADE NA CADEIA DE ambiente. A atuação mais integrada das


SUPRIMENTOS cadeias de suprimentos pode favorecer a
gestão ambiental e proporcionar
Segundo Lages, Lages e França (2010), o
oportunidades importantes para o
termo desenvolvimento sustentável nasceu
desenvolvimento de negócios alinhado com a
durante a Comissão Mundial sobre o Meio
sustentabilidade (PEDROSO e SWICKER,
Ambiente e Desenvolvimento, criada pela
2007).
ONU em dezembro de 1983, e a publicação
do relatório final – conhecido como Relatório Para Oliveira et al. (2012), um negócio deve
de Brundtland – em 1987. Define-se por ser avaliado não somente com relação aos
Desenvolvimento Sustentável um modelo resultados financeiros, mas também diante do
econômico, político, social, cultural e seu impacto sobre a economia como um todo,
ambiental equilibrado, que satisfaça as da consciência ambiental e da
necessidades das gerações atuais, sem responsabilidade social, que correspondem
comprometer a capacidade das gerações aos três pilares do Triple Bottom Line (3BL).
futuras de satisfazer suas próprias Kleindorfer, Singhal e Wassenhove (2005)
necessidades (CATALISA, 2016). destacam que um dos sintomas da atual
pressão pela sustentabilidade é o movimento
Nas empresas manufatureiras, após o
3BL relativo à relação entre o lucro, as
reconhecimento da qualidade como gerador
pessoas e o planeta atuando na cultura,
de vantagens competitivas, foram criados
estratégia e operação das empresas.
sistemas de gestão para atender a outras
questões importantes, tais como o meio

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Para Lages, Lages e França (2010), as organizações que adotarem o conceito e as


iniciativas do 3BL devem estar alinhadas com práticas do 3BL, conforme ilustrado na Figura
as diretrizes estratégicas das organizações 4, tendem a ter uma gestão mais consciente e
para garantir uma implementação eficaz nas uma maior clareza quanto à própria missão
três dimensões básicas da sustentabilidade: (LAGES, LAGES e FRANÇA, 2010).
econômica, ambiental e social. As

Figura 4. Ilustração do 3BL (Triple Bottom Line).

Fonte: PEDROSO e SWICKER, 2007; LAGES, LAGES e FRANÇA, 2010.

2.2. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E 2.2.1. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE


COMUNICAÇÃO - TIC COMUNICAÇÃO
Segundo Pires (2009), o desenvolvimento da Antes da introdução dos sistemas
TIC ganhou força desde 1990 até os dias computacionais na produção, as técnicas de
atuais e com a Internet está se tornando algo administração eram manuais, penosas e
revolucionário. Santos (2010) afirma que a lentas. O avanço da tecnologia de informação
evolução e o aprimoramento dos modelos de permitiu a utilização de sistemas
SCM demandaram um consequente aumento computacionais por parte das empresas para
da necessidade em se utilizar os sistemas de suportar suas atividades. Geralmente, em
TIC como suporte às suas operações. cada empresa, vários sistemas foram
desenvolvidos para atender aos requisitos
A TIC tem mostrado sua importância na
específicos de suas diversas unidades de
geração de benefícios em termos de
negócio, plantas, departamentos e escritórios.
eficiência e transformação, atingindo os
A informação ficava dividida entre os
indivíduos, as unidades funcionais e a
diferentes sistemas. Os principais problemas
organização como um todo. A evolução da
dessa fragmentação da informação eram
TIC foi além da automação, provocando
relacionados à dificuldade de conciliar as
implicações organizacionais e
informações e a inconsistência de dados
proporcionando às pessoas informações mais
redundantes armazenados em mais de um
corretas, base para o aperfeiçoamento do
sistema.
processo decisório e desenvolvimento de
produtos e serviços. A TIC assume papel MRP é a sigla de Material Requirement
relevante como fonte de vantagem Planning, que pode ser traduzido por
competitiva não só por facilitar a decisão e planejamento das necessidades de materiais,
ação dos gestores, mas também por agregar ele surgiu nos anos 70 e atendia somente às
valor aos produtos e serviços da organização. necessidades de materiais. MRP é um
sistema computadorizado de controle de

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inventário e produção que otimiza a gestão de corporativas de informática. Entre as


forma a minimizar os custos, mas mantendo explicações para esse fenômeno estão as
os níveis dos materiais adequados e pressões competitivas sofridas pelas
necessários para os processos produtivos da empresas, que as obrigaram a buscar
empresa. A partir dos anos 80 os sistemas e alternativas para a redução de custos e
conceitos do planejamento de materiais foram diferenciação de produtos e serviços. Em
expandidos e integrados a outras partes da função desse contexto, as empresas foram
empresa. Com esta versão ampliada do MRP, forçadas a rever seus processos e sua
surgiu o MRP II (SANTOS, 2010). maneira de trabalhar e reconheceram a
necessidade de coordenar melhor suas
Já o MRPII (Manufacturing Resource
atividades dentro da sua cadeia de valor para
Planning) funciona de forma integrada na
eliminar desperdícios de recursos, reduzindo
cadeia de suprimento, uma vez que a
o custo e melhorando o tempo de resposta às
previsão de demanda é fundamental,
mudanças das necessidades do mercado.
tornando-se um grande diferencial sobre o
MRP que trata apenas de suprimento de
materiais. A capacidade é outro upgrade
2.3.1. ERP DE PRIMEIRA GERAÇÃO
obtido com o MRPII, ou seja, o MRPII leva em
consideração a capacidade da planta, dos O ERP de primeira geração surgiu para
equipamentos, das instalações e da mão-de- automatizar processos chave de
obra disponível, gerando uma necessidade administração. Um modelo desktop que dava
de material, ou seja, matéria prima e produto basicamente suporte para transações
acabado (SANTOS, 2010). rotineiras e era insuperável sua capacidade
de gerenciar atividades administrativas como:
Nos anos de 1990, surgiu o ERP, que é um
folha de pagamentos, estoque e
sistema que sincroniza, integra e controla em
processamento de pedidos. No entanto, ele
tempo real os processos de uma empresa
não dava o suporte no planejamento continuo
pelo emprego de tecnologia de informação
da cadeia de suprimentos.
avançada e que foi concebido dentro do
conceito de um sistema de informação único
para toda empresa.
2.3.2. ERP DE SEGUNDA GERAÇÃO - APS
Segundo Teixeira (2009), os softwares APS
2.2.2. INTERNET (Advantage Planning and Scheduling) são
sistemas de apoio à decisão que não visam
A Internet nasceu em 1969, sob o nome de
substituir os gerentes de produção, e sim
ARPANET, resultado de um projeto de
potencializar seu trabalho, por meio de
interconexão dos computadores de
sofisticadas interfaces com o usuário,
instituições de pesquisa, de ensino e
permitindo qualquer tipo de alteração nos
governamentais. Em 1994 surgiu a Netscape,
planos gerados e fazendo com que as
que expandiu o acesso ao e-commerce e
adequações sejam viáveis ao se considerar
serviu de precedente para o desenvolvimento
as particularidades de uso em cada indústria.
de software de baixo custo aos consumidores
Essas características fazem com que os
(SILVA FILHO, 2000).
softwares APS sejam vistos como uma nova
O B2B (Business to Business) se refere à fronteira tecnológica para uma gestão
realização de negócios entre duas empresas eficiente da produção. No entanto, o acesso a
através da internet (SANTOS, 2010). Mason et esse sistema geralmente é limitado às
al. (2003) afirmam que o comércio eletrônico grandes empresas devido ao alto custo de
integrado ao B2B mudou o modo de operação aquisição e implementação, pois envolve
nas cadeias de suprimentos. Segundo Santos tecnologia e fornecimento internacionais.
(2010), segurança é um dos aspectos
fundamentais da TI e são definidas como:
confidencialidade, integridade e 2.3.3. ERP DE TERCEIRA GERAÇÃO
disponibilidade.
Este novo modelo deverá incorporar
funcionalidades relacionadas ao SCM onde,
após a integração dos processos internos da
2.3. ERP
empresa, toda cadeia poderá ser integrada.
Nos anos de 1990 ocorreu o surgimento dos Estes recursos apoiam-se fortemente na
sistemas ERPs no mercado de soluções internet, uma vez que com a evolução da

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globalização as relações comerciais um usa uma tecnologia diferente para ler e


ultrapassam as fronteiras dos países, o que decodificar: leitores de tipo esferagráfico,
torna a internet um meio de comunicação scanner, laser, leitores CCD e leitores com
extremamente barato e viável para este tipo câmeras descritos a seguir.
de aplicação.
A quebra deste paradigma não é simples e a
2.4.1. TIPOS DE LEITORES DE CÓDIGOS DE
migração para esta nova geração de
BARRAS
aplicativos ERP, apesar de necessária, exigirá
tempo para ser aprimorada. Este novo modelo Leitores Esferagráficos e laser
incorporará as funcionalidades dos ERPs
Os leitores do tipo esferagráfico consistem em
convencionais associadas aos APSs, porém,
uma fonte de luz e um fotodiodo que estão na
migrando para um ambiente Cloud Computing
ponta de uma caneta ou objeto similar. Para a
(Computação em Nuvem), caracterizado pela
leitura, arrasta-se a ponta sobre o código de
quebra da necessidade de uma estrutura
barras num movimento linear e delicado. O
interna de TI, não sendo relevante a
fotodiodo mede a intensidade da luz refletida
preocupação com gastos para manter o
a partir da fonte de luz e gera uma onda que é
servidor dentro da empresa (CIS-ERP, 2016).
usada para medir o tamanho das barras e os
Para ser considerado um ERP de terceira espaços no código. As barras escuras do
geração, onde a possibilidade de uso não código de barras absorvem luz e os espaços
estará restrita as grandes empresas, algumas brancos a refletem e assim formam a onda
questões precisarão ser respondidas: que volta para o fotodiodo. Este tipo de onda
é decodificado pelo scanner de uma maneira
1 - "Usar e Aprender", em vez de "Aprender a
semelhante à decodificação dos pontos e
Usar". Os ERPs precisarão ser tão intuitivos
riscas do código Morse.
como as demais plataformas cloud
(Facebook, gmail, skype, etc.) de forma a Os scanners a laser funcionam da mesma
atender a nova geração “Y”. maneira que os leitores esferagráficos exceto
que usam um raio laser como fonte de luz e
2 - “Mobilidade”, deverá ser parte integrante
normalmente usam um espelho ou um prisma
destes ERPs onde, eles deverão
para dirigir o raio sobre toda a superfície do
disponibilizar, através de APPs, acesso a
código de barras. Um fotodiodo é responsável
qualquer plataforma digital (smartphones,
por medir a intensidade da luz refletida a
tablets, etc.).
partir do código. Em ambos os leitores, a luz
3 - “Integração Plena”, a integração plena emitida pelo leitor tem uma frequência
entre as empresas, de uma determinada determinada e o fotodiodo é desenvolvido
cadeia de suprimentos, passa a ser o grande para detectar esta mesma frequência.
diferencial na utilização de uma plataforma
Os leitores CCD (Charge Coupled Device)
popularizada de gestão empresarial.
usam uma matriz com centenas de pequenos
sensores de luz alinhados em uma linha na
cabeça do leitor. É como se cada sensor
2.4. USO DA TIC PARA IDENTIFICAÇÃO -
fosse um fotodiodo que mede a intensidade
CÓDIGO DE BARRAS
da luz recebida. Cada sensor de luz individual
O código de barras nada mais é do que a no leitor CCD é muito pequeno e, como há
representação gráfica da sequência de centenas de sensores alinhados, gera-se um
algarismos que vem impressa logo abaixo padrão idêntico ao padrão do código de
dele. A vantagem das barras é que elas barras.
podem ser identificadas rapidamente, e sem
A diferença mais significativa entre um leitor
risco de erros, por aparelhos portáteis de
CCD e um leitor laser ou do tipo esferagráfico
leitura óptica, como os usados pelos caixas
é que o primeiro mede a luz ambiente refletida
de supermercado (MUNDO ESTRANHO,
pelo código de barras enquanto os outros
2016). Segundo Terra (2016), os códigos de
emitem sua própria luz para fazer as
barras são o meio mais eficaz para a
medições.
identificação rápida de produtos mediante a
conversão pelo computador da leitura feita O quarto tipo, o mais moderno, é o leitor que
por um sensor. usa uma pequena câmera de vídeo para
capturar a imagem do código de barras. O
Ainda segundo Terra (2016), Existem quatro
leitor usa então sofisticadas técnicas de
tipos de leitores de códigos de barras e cada

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processamento de imagem digital para padrão unidimensional e sequencial do


decodificar o código de barras. As câmaras modelo, ou seja, cada caractere equivale a
de vídeo usam a mesma tecnologia dos uma sequência de barras com diferentes
leitores CCD exceto que, ao invés de ter uma larguras e espaçamentos. Quanto maior a
única linha de sensores, uma câmera de mensagem inserida no código, maior será sua
vídeo tem centenas de linhas dispostas numa largura, o que obviamente limita muito seu
matriz bidimensional para que possam gerar uso. Na atualidade os códigos de barras são
uma imagem. A vantagem deste sistema é divididos em dois grupos, os unidimensionais
que se pode manusear o leitor de qualquer e os bidimensionais com ênfase no QR Code.
maneira, permitindo a interpretação do código
Criado em 1994 pela empresa japonesa
em qualquer posicionamento.
Denso-Wave, o QR Code é um código
bidimensional (2D), ilustrado na Figura 5, que
pode ser lido diretamente por uma câmera de
2.4.2. TIPOS DE CÓDIGOS DE BARRAS
celular (mesmo com imagens de baixa
Desde que surgiu, há mais de 35 anos, resolução, feitas por câmeras digitais em
o código de barras mudou a vida de varejistas formato VGA) e interpretado pelos programas
e consumidores. Esse antigo conhecido foi o desenvolvidos pelo fabricante. Armazena até
ponto de partida para outros sistemas de sete mil letras e quatro mil números, contra os
decodificação de dados como a Identicação apenas 20 caracteres do código de barras
por Rádio Frequência (Radio Frequency unidimensional (VERSA, 2016). Atualmente, o
Identification – RFID) e o código da Resposta QR code é muito usado pela mídia impressa
Rápida (Quick Response – QR code) (VERSA, (revistas, panfletos, outdoors e outros) e
2016). também pode ser uma ferramenta de grande
auxílio na movimentação e armazenagem dos
Versa (2016) apresenta como sendo a grande
produtos.
desvantagem do uso do código de barras, a
necessidade de um leitor apropriado e a
limitação na entrada de dados, devido ao

Figura 5. QR Code (Quick Response Code).

Uma das vantagens do QR Code é que ele O objetivo desta Seção é apresentar uma
dispensa a necessidade de se digitar proposta de um modelo integrado de
endereços da WEB, é só iniciar o aplicativo de gerenciamento da logística reversa de
leitura e apontar o celular para um QR Code produtos eletroeletrônicos e seus
para que o conteúdo adicional seja exibido no componentes de forma a atender a PNRS de
leitor ou navegador de internet. forma operacional sem a demanda de custos
desproporcionais para as organizações.

3. O MODELO INTEGRADO DE
GERENCIAMENTO DA LOGÍSTICA REVERSA 3.1. ESTRUTURAÇÃO DO MODELO
PROPOSTO PROPOSTO
A PNRS publicada em 2010 impõe uma série Este modelo foi concebido pela utilização dos
de deveres para que as organizações conceitos e princípios da WEB de forma a
desempenhem seu papel social no que diz integrar consumidores finais, distribuidores,
respeito à proteção do meio ambiente. Em comerciantes, cooperativas, em fabricantes e
geral as empresas têm muita dificuldade em importadores de forma gerenciável pelo poder
cumprir estas diretrizes e acabam se público.
sujeitando a multas.

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A Figura 6 ilustra a estrutura básica do facilitador na operação e gestão da PNRS.


modelo proposto, que tem por objetivo ser um

Figura 6. Estrutura do Modelo Proposto.

A base do modelo é a criação de um portal - Interação entre os Fabricantes e


governamental centralizado para que todos os Importadores e o Portal PNRS
elos da cadeia de suprimentos o utilizem
Será obrigatório através de regulamentação
como interface de comunicação de forma a
da PNRS que as empresas conheçam o
cumprir as diretrizes estipuladas pela PNRS e
endereço no portal onde deverão cadastrar as
mais ainda poderem, através de um ato de
formas e locais adequados para disposição
cidadania, garantir o correto descarte dos
dos produtos eletroeletrônicos por eles
produtos eletroeletrônicos e seus
fabricados. Através de acesso com
componentes. É fundamental que, depois de
certificação digital estas organizações
implantado, ocorra uma interação ampla e
manteriam atualizados os dados no endereço
imediata de forma a garantir a credibilidade
específico e passariam a disponibilizar, tanto
do modelo.
no produto como nas respectivas embalagens
3.2. OPERACIONALIDADE DO MODELO um código de barras bidimensional (QR
PROPOSTO Code) com o endereço WEB das informações.
Segundo Santos (2010), quando todos os - Interação entre as Cooperativas e o Portal
participantes de uma SC estão integrados e PNRS
atuam como uma entidade única, havendo a
As cooperativas e ONGs também teriam
conciliação entre fornecimento e demanda
acesso ao portal da PNRS de forma a auxiliar
por todos os elos, o resultando deverá ser a
e incluir alternativas para um correto descarte
melhora do desempenho. Passa-se a
e tentar mudar a realidade onde, segundo
comentar as atividades incluídas no modelo
Conceição e Silva (2009), a presença das
proposto:
cooperativas de reciclagem de lixo neste
- Interação entre os Órgãos Governamentais e processo é ainda modesta, fruto da sua
o Portal PNRS própria gestão e infraestrutura precárias.
Ainda segundo Conceição e Silva (2009), o
Será de incumbência dos órgãos
trabalho de reciclagem de resíduos
governamentais a publicação e manutenção
inorgânicos vem sendo realizado, de forma
do portal PNRS com o objetivo de dispor de
amadora e informal por catadores de lixo de
um modelo onde os demais integrantes da
rua e o presente modelo teria como um dos
cadeia de suprimentos possam interagir
objetivos profissionalizar a gestão deste
adequadamente.
processo de forma a dar vazão ao grande
volume de lixo eletrônico a ser disposto.
Com a indicação, no portal PNRS, de
endereços e forma de envio de lixo eletrônico

Logística - Volume 2
37

os consumidores finais poderiam estar envolvidas, aliado com a busca de


enviando os materiais eletrônicos sem uso e preservação ambiental e respeito às pessoas.
assim buscar o equilíbrio ambiental.
O modelo proposto busca maximizar as
- Interação entre os Consumidores Finais e o vantagens de cada um dos sistemas
Portal PNRS estudados e, ao mesmo tempo, minimizar as
limitações apresentadas por estes e, desta
Com o QR Code gravado nos produtos e
forma, apresenta ferramentas de simples
embalagens, como ilustrado na Figura 6, para
utilização que atendem às necessidades dos
o consumidor final basta iniciar o aplicativo de
gestores na busca do sucesso para suas
leitura (qualquer aplicativo de leitura QR
empresas.
Code) e apontar o celular para um QR Code
do produto ou embalagem para que o Sendo este trabalho apenas um esforço inicial
conteúdo disponível no Portal PNRS esteja na busca de ganho de vantagens
disponível em sua tela através de seu competitivas para as organizações
navegador de internet. Desta forma e manufatureiras e evolução na proteção do
associado a um programa de conscientização meio ambiente, novos trabalhos científicos
o consumidores finais poderiam participar de podem e devem abrir novas oportunidades,
forma ativa e sem grande esforço da aprimorando seu desempenho e ampliando o
disposição final do lixo eletrônico em seu leque de aplicação do modelo através de
poder. simulações do processo e estudo de casos
além de análises da aderência dos
consumidores finais ao processo. Uma nova
4. CONCLUSÕES possibilidade surgiu em um estudo integrado
com pesquisadores de Universidades
Operando em um ambiente globalizado e
Italianas onde, uma análise comparativa entre
competitivo, as empresas manufatureiras têm
a atual proposta é comparada e analisada
tido dificuldade para implementar um modelo
sob a ótica de receber contribuições do
de SCM capaz de suprir suas necessidades
modelo de LR utilizado na Europa.
de forma a garantir o desenvolvimento de
vantagens competitivas sustentáveis e
atender as exigências relacionadas à PNRS.
5. AGRADECIMENTOS
De forma semelhante, consumidores finais
têm dificuldade na busca de informações que A arte do contínuo aprimoramento não é o
o ajudem a dispor dos lixos eletroeletrônicos resultado de um simples esforço pessoal.
em seu poder. Gostaria de agradecer principalmente a Deus
que tento sempre retribuir com a dedicação
A possível aplicação do modelo proposto, na
dos dons que me foi dado, à minha esposa
cadeia de suprimentos das empresas
pelo contínuo apoio além da abdicação de
fabricantes e importadoras de produtos
diversos finais de semana e feriados para que
eletroeletrônicos, aponta para um resultado
eu pudesse me dedicar ao estudo.
que, através da proteção do meio ambiente e
de interação direta com o consumidor final, Quero também agradecer meu orientador, o
poderá gerar vantagem competitiva, além de Prof. PhD Fernando Augusto Silva Marins,
mitigar perdas através de multas e infrações pela continua dedicação e imensurável
devido ao não cumprimento da legislação colaboração, sempre com muita ponderação
pertinente. O modelo também demonstrou o e serenidade.
alinhamento dos possíveis resultados com o
Agradeço, também, aos meus colegas deste
movimento Triple Bottom Line, garantindo
programa, iniciado em 2014, que sempre de
prosperidade econômica e aumento da
forma amável contribuíram de forma robusta
vantagem competitiva para as empresas
no processo de desenvolvimento do projeto.

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