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GESTÃO AMBIENTAL NA ÁREA DOS PROCESSOS DE

FUNDIÇÃO

EQUIPE: Karla Fernandes Passos, Kaylane de Almeida de Oliveira, Kethellyn Figer


Neitzel, Luiza Alves Curto e Maria Eduarda Ramos Salles.
INSTRUTOR: Rodrigo de Oliveira Pezzin.

SERRA/2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................3
NORMAS AMBIENTAIS .............................................................................................................................3
AÇÕES TOMADAS PELAS EMPRESAS .......................................................................................................4
COMO REAPROVEITAR OS RESÍDUOS DA FUNDIÇÃO ..............................................................................5
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ..................................................................................................................6
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................8
INTRODUÇÃO

É de conhecimento de todos que no cenário mundial, as questões ambientais,


além das socioeconômicas e culturais, assumem uma crescente importância para a
sociedade. Por isso, as indústrias que almejam de desenvolvimento sustentável,
necessitam trabalhar com a formação de passivos ambientais. (FAGUNDES; DA
SILVA, 2011)
Dentre essas indústrias, estão incluídas as indústrias da área de fundição que
possuem como resíduo de maior volume gerado as areias de fundição (ADF). Essas
areias, após utilizadas nos processos de fundição, acabam em sua composição
química elementos que podem ser prejudiciais ao meio ambiente caso a mesma seja
descartada de forma inadequada. Por essa razão, muitos esforços têm sido feitos no
sentido de orientar legalmente o descarte destes materiais de forma adequada, como
exemplo desses esforços de orientação, temos normas como a NBR 15702, que
ressalta a importância do estudo das normas, leis ou regulamentações de interesse
ambiental que reflitam sobre o referido resíduo abordado na indústria de fundição.
Neste presente trabalho, serão abordados os meios utilizados para orientar a
forma adequada de tratamento desses resíduos, desde equipamentos até normas
que estabeleçam a forma de tratamento dos resíduos gerados na indústria de
fundição.

NORMAS AMBIENTAIS

A norma ABNT NBR 15702:2009 define as condições a serem obedecidas


(classificação do resíduo, concentrações máximas de alguns elementos químicos em
ensaios determinados, obtenção de autorizações ambientais junto aos órgãos
competentes, entre outras), as documentações a serem geradas e os procedimentos
a serem executados por todos os envolvidos: geradores (utilizadores de areias em
seus processos de fundição), gestores (responsáveis por receber, beneficiar ou não,
e dar destinação de reciclagem ou reutilização às ADF) e usuários (responsáveis por
receber, reciclar ou reutilizar as ADF).

NORMAS:

NBR 10004 - Resíduos Sólidos - Classificação: Classifica os resíduos sólidos quanto


aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser
gerenciados adequadamente.
NBR 10151 - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da
comunidade. Fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído
em comunidades, independentemente da existência de reclamações.
NBR 12235 - Armazenamento de resíduos perigosos. Fixa as condições exigíveis
para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde
pública e o meio ambiente.
NBR 15515-1 - Estabelece os procedimentos mínimos para avaliação preliminar de
passivo ambiental visando à identificação de indícios de contaminação de solo e água
subterrânea. Sem revisão até o momento.
NBR 15702 - Areia descartada de fundição - Diretrizes para aplicação em asfalto e
em aterro sanitário.
NBR 7195 - Fixa cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes,
empregadas para identificar e advertir contra riscos.

AÇÕES TOMADAS PELAS EMPRESAS

As empresas de fundição têm aumentado seu interesse pelo cumprimento das


legislações ambientais devido à crescente competitividade do mercado, em que se
faz necessário o esclarecimento do atendimento das responsabilidades ambientais
perante clientes, fornecedores, órgãos ambientais, sociedade, investidores e ONGs.

AÇÕES FEITAS:

Desenvolvimento de Posturas Sustentáveis Proativos em Atividades de Gestão


Ambiental na Busca da Lucratividade; Aplicação e Desenvolvimento do Conceito de
Produção mais Limpa em Empresa de Fundição no Rio Grande do Sul. Este estilo é
denominado Lista com Marcadores.
Este trabalho se desenvolveu em uma organização empresarial que teve o
início de suas atividades no ano de 1992, na cidade de Caxias do Sul, Rio Grande do
Sul, com o objetivo de oferecer matérias-primas de alta qualidade. Buscando a
ampliação do mercado, procurando novas linhas de fornecimento, adquiriu em 2003
uma unidade de fundição de grande porte e passou a garantir aos seus clientes uma
linha de produtos de ferros fundidos e usinados, conquistando a indústria
automobilística, rodoviária e agrícola.

METODOLOGIA DE TRABALHO:

Busca identificar modelo de sustentabilidade, desenvolvidos através de um


sistema de gestão ambiental proativo, implantado em organização, com potencial
poluidor, que procura se manter competitiva, em mercados emergentes e
extremamente disputados. Destacar a importância da incorporação da cadeia
produtiva na análise de custos ambientais que poderá aumentar o valor gerado para
o acionista baseando–se na não geração de desperdícios e resíduos no processo
produtivo como também nos retornos vindos da pós-venda e dos pós consumo, relata
os resultados obtidos com a aplicação de sistemas de gestão ambiental proativos em
empresa do ramo de fundição no estado do Rio Grande do Sul, onde por meio da
utilização de ferramentas sustentáveis foram aplicados os conceitos de PmaisL.
AÇÃO NÃO FEITA:

Várias metodologias de gerenciamento ambiental vêm sendo incorporadas à


rotina de produção, onde uma destas metodologias é o Programa de Produção Mais
Limpa (P+L). Neste trabalho, é avaliada a geração de diferentes resíduos gerados em
fundições, tomando como base uma empresa gaúcha de pequeno porte, que não
possui um gerenciamento de resíduos estabelecido. É apresentado um diagnóstico
ambiental da geração de diversos resíduos e medidas iniciais tomadas para sua
minimização.

A EMPRESA:

Empresa de pequeno porte, com aproximadamente 40 funcionários, localizada


no município de São Sebastião do Caí, cerca de 50 km de Porto Alegre, foi fundada
em 1998, após a compra de uma antiga fundição que já existia no local. Operando,
hoje, praticamente com toda a sua capacidade, produz peças de ferro fundido nodular
e cinzento, grandes e pequenas, atendendo a diversos setores. Desde a aquisição
até o momento, várias mudanças já ocorreram, principalmente voltadas para a
Qualidade. Junto com essas mudanças, veio a preocupação com o desperdício de
matéria-prima e a grande quantidade de resíduos sólidos gerados pela empresa.

COMO REAPROVEITAR OS RESÍDUOS DA FUNDIÇÃO

A fundição compreende todo processo de fusão e vazamento de metais em


moldes obtendo a requerida forma sólida. Os moldes de areia a verde são
constituídos de uma mistura de areia base (5%), bentonita (1%), pó de carvão (2%) e
areia do sistema (92%) (ABIFA, 2003). Após o processo de moldagem seguem-se as
etapas de vazamento e desmoldagem, e a maior parte da areia usada retorna ao
sistema para ser reutilizada sem qualquer tratamento prévio. Contudo, grande parte
desta areia é perdida durante o processo de moldagem e desmoldagem, variando
entre 10% e 20% aproximadamente do total produzido diariamente (REBELATO et
al., 2017).
Ainda conforme Rebelato et al. (2017), gerenciar técnica e economicamente
este excedente de areia torna-se importante em razão da majoração dos custos da
areia base incluindo custos de transporte, diminuição da ação extrativa para
preservação dos recursos naturais e dos custos elevados para disposição em aterros
sanitários. Para tratar da disposição de excedentes como este, a Lei nº 12.305/10,
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contendo instrumentos
importantes para o enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e
econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos (LEMOS,
2012).
Segundo Agrawal et al. (2015), a logística reversa pode trazer ganhos diretos
às empresas através da recuperação de produtos e redução de custos com o descarte
de materiais usados, não somente pela oportunidade de recuperar o valor de bens
materiais, mas também, pela oportunidade de diferenciar os níveis de serviços
oferecidos. Existem alguns fatores que precisam ser considerados na aplicação da
logística reversa, sendo eles: fatores econômicos, governamentais, responsabilidade
corporativa, tecnológicos e logísticos, além de fatores sociais que incluem governo,
empresas e a sociedade em geral (AGRAWAL et al., 2015). O reaproveitamento de
materiais e a economia com embalagens retornáveis trazem ganhos que estimulam
ainda mais novas iniciativas e unem esforços para desenvolvimento e melhoria nos
processos.
A disposição de resíduos de forma indiscriminada no solo pode causar poluição
do ar, água, solo e lençol freático. Porém a localização adequada, a elaboração de
projetos rigorosos, adoção de medidas operacionais, controles específicos e técnicas
de reaproveitamento desses resíduos podem minimizar esses impactos. As indústrias
de fundição têm como principal insumo a areia nova, que tem seus custos afetados
principalmente pelo frete e tem como principal resíduo a areia descartada em seu
processo, com os custos afetados pelas taxas cobradas para utilização de aterros.
Os anseios dos órgãos ambientais para redução da destinação desse resíduo em
aterros sanitários e geração de descartes não nocivos ao meio ambiente, têm
levantado a necessidade às fundições e aos fornecedores de matéria-prima,
tecnologia e equipamentos de estudarem processos de reciclagem de areia, com o
objetivo de não aumentar os impactos ambientais causados. Para tal, vem se
tentando diminuir o uso de aterros para descarte de resíduos e como alternativas aos
aterros é preciso buscar maneiras para o reaproveitamento desses materiais
(KLINSKY et al., 2014).

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Segundo Filho (2005), são muitos os tipos de processos e operações


poluidoras na indústria de fundição, e os principais poluentes gerados, são: a emissão
de gases e de materiais particulados. Os gases emitidos pelos processos de fundição,
podem ser os: monóxidos de Carbono, dióxido de Enxofre, Gás Sulfídrico,
Folmaldeído, Amônia, Hidrocarbonetos e Fluoretos; E os particulados gerados no
processo são dos materiais presentes nas areias utilizadas durante as etapas de
fundição, como: Ferro, Sílica e óxidos metálicos.
Devido ao fato de tais poluentes causarem um considerável impacto ambiental
ao meio ambiente, é exigido o uso de equipamentos de tratamentos de gases e de
materiais particulados para, dessa forma, manter um controle ambiental dos
processos realizados nas indústrias de fundição.
Ao decorrer do presente trabalho, serão abordados os principais equipamentos
utilizados para se realizar os tratamentos dos poluentes gerados na área de fundição.
Coletores Centrífugos (Ciclones):
Figura 01: Representação da forma que acontece o processo de ciclone.

Fonte: (HENRIQUE E WALDIR, 2007)


http://www.fap.if.usp.br/~hbarbosa/uploads/Teaching/FisPoluicaoAr2016/Lisboa_Cap7_controle_p
oluicao_atmosferica_2007

Ciclones são coletores que utilizam primariamente a força centrífuga para a


coleta de partículas. Os ciclones podem ter entrada tangencial ou radial. São
compostos por um corpo cônico cilíndrico, ao qual entram tangencialmente os gases
a depurar, por uma abertura na parte superior do equipamento. As partículas,
submetidas à força centrífuga no final de certo número de voltas chocam-se com a
parede e terminam depositando-se na parte inferior do cone.
Lavador Spray Atomizado pelo Gás (Venturi):
Figura 02: Representação do lavador de gases.

Fonte: https://www.vacuoindustrial.com.br/lavador-gas-tipo-venturi

O lavador de gases é um equipamento amplamente utilizado no segmento


industrial, que tem a função de coletar todas as partículas de vapores e gases de um
ambiente, através de pulverização de água ou outros líquidos neutralizantes,
controlando a poluição do ar e garantindo que os processos de produção industrial
não prejudiquem a saúde das pessoas e o meio ambiente.

REFERÊNCIAS
https://www.sifumg.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cartilha-de-fundicao.pdf
http://www.tmm.periodikos.com.br/article/doi/10.4322/tmm.00401011
http://www.tmm.periodikos.com.br/article/10.4322/tmm.00401011/pdf/1573492069-4-
1-59.pdf
https://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/9503/Um%20estudo%20de%20alternati
vas%20para%20reaproveitamento%20da%20areia%20descartada%20no%20proce
sso%20de%20fundi%C3%A7%C3%A3o.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://www.fap.if.usp.br/~hbarbosa/uploads/Teaching/FisPoluicaoAr2016/Lisboa_Ca
p7_controle_poluicao_atmosferica_2007
https://www.vacuoindustrial.com.br/lavador-gas-tipo-venturi
https://www.econebra.com.br/lavador-gases-tipo-venturi
http://www.fap.if.usp.br/~hbarbosa/uploads/Teaching/FisPoluicaoAr2016/Lisboa_Ca
p7_controle_poluicao_atmosferica_2007

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