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Logística Reversa – um nicho repleto de oportunidades


By Leandro Callegari Coelho in Gestão, Logística

Com o aumento da consciência ambiental entre os consumidores, o reforço do quadro jurídico para o
cuidado ambiental e o desenvolvimento de materiais recicláveis, a logística reversa se destaca como
oportunidade de sucesso para novos negócios
O contexto social e econômico do mercado sobre as
questões ambientais globais tem impactado os processos
logísticos da maioria das empresas. Recentemente,
conceitos como Green Logistics e logística reversa têm sido
estudados e postos em prática por algumas organizações,
embora muitos países em desenvolvimento (e seus
governantes) ainda acreditem que isto é assunto para os
países já desenvolvidos, jogando a culpa para além de suas
fronteiras. No entanto, parecem ignorar os benefícios da
aplicação desses conceitos.
Logística Reversa é um item de moda? As empresas estão
prontas para adotar o conceito e colocá-lo em prática?
Ainda existe dúvida sobre a efetividade de ações de logística reversa e práticas ambientalmente corretas: é
difícil mensurar as oportunidades criadas por aqueles que a adotaram, como a redução dos custos
operacionais ou aumento dos lucros, a manutenção (e o número de novos) clientes, ou o aumento na
competitividade. Mesmo sem os números que dêem suporte a esta tomada de decisão, qualquer esforço que
vise melhorar a imagem da empresa, reduzir os custos e ganhar um novo mercado são válidos. Nota-se uma
preocupação crescente das empresas para maximizar as vantagens que a logística reversa oferece, sempre
diminuindo os custos da mesma.

A logística reversa deve ser vista como uma alternativa para a busca pela maior competitividade e pode
tornar-se uma oportunidade de negócio – poderá tornar-se uma estratégia corporativa de sucesso ao mesmo
tempo em que se recupera e preserva o meio ambiente. Esta oportunidade de negócio apresenta-se quando
as empresas transformam os riscos ambientais em oportunidades de negócio.

Assim, criando uma consciência social nas empresas, governos e legisladores têm a oportunidade de
direcionar esforços privados para o bem comum. É essencial que os responsáveis pelas funções de logística,
tanto das empresas quanto do governo, estejam atentos para a criação de indústria de reciclagem e
cooperativas de logística reversa. A estratégia para reduzir impacto ambiental gerado por uma empresa passa
a ser vista como estratégia de sustentabilidade da própria empresa no momento em que o mercado
consumidor estiver mais atento, como já é o caso de vários nichos no Brasil.

Da mesma forma, adicione-se a isto o interesse de pesquisas acadêmicas, governo, setor produtivo e
comunidade em geral para criar uma consciência cultural para a logística reversa para ajudar a preservar o
meio ambiente e seus ecossistemas.

Finalmente, com o aumento da consciência ambiental entre os consumidores, o reforço do quadro jurídico
para o cuidado ambiental e desenvolvimento de materiais recicláveis, a logística reversa estará
permanentemente instalada como um instrumento fundamental na gestão de canais de distribuição.

Fonte: www.logisticadescomplicada.com.br
A nova onda: Logística Reversa
By Leandro Callegari Coelho

Logística reversa: o transporte de trás pra frente


Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos transportados
diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que precisam ser mandados de
volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes
em direção às indústrias) precisa ser tratado adequadamente, para evitar trabalho e custos extras.

A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo:
reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as
regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de
agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo.
Veremos mais detalhes ao longo deste artigo.
Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a
reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além de contribuir
legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de imagem para a empresa que
o faz. Há exemplos de reciclagem que já são práticas comuns: latas de alumínio, garrafas pet, papel, dentre
outros itens de pós-consumo.

Há também a reutilização, notadamente com as sobras industriais, partes de equipamentos e sucatas em


geral. No entanto, existe também o fluxo de produtos do consumidor de volta ao vendedor por iniciativa do
usuário: quando ele não está satisfeito com uma compra, ele devolve o produto (bastante comum no
comércio eletrônico ou erro de escolha do produto em lojas físicas).

De maneira geral, três fatores estimulam o retorno de produtos: (1) consciência cada vez maior da população
para a necessidade de reciclar e de se preocupar com o meio ambiente; (2) melhores tecnologias capazes de
reaproveitar componentes e aumentar a reciclagem; (3) questões legais, quando a legislação obriga que as
empresas recolham e deem destino apropriado aos produtos após o uso.

Do ponto de vista das empresas, alguns cuidados precisam ser tomados. Nos locais de armazenagem, faz-se
necessário estruturar sistemas capazes de lidar com estes volumes crescentes (e dificilmente previsíveis).
Além disso, assim como a logística tradicional, a logística reversa tem como um dos principais componentes
os sistemas de transporte. É necessário que os sistemas de roteamento sejam capazes de solucionar os
complexos problemas de entregas e coletas simultaneamente, levando em conta, dentre outras restrições, as
capacidades dos caminhões e os intervalos de tempo.

Identificar as melhores estruturas de transporte capazes de recolher estes produtos, normalmente muito
dispersos nos centros de consumo, e levá-los de volta às fábricas ou centros de tratamento é um grande
desafio que precisa ser corretamente modelado. As práticas neste recente segmento ainda não estão
consolidadas, e há espaço para diversas inovações.

Portanto, faz-se necessário planejar estrategicamente os sistemas internos (gerenciamento de estoques,


sistemas de informação, espaço físico) e externos (transporte e relacionamento com clientes), a fim de
aproveitar este novo mercado, atraindo e fidelizando clientes com mais uma opção de serviço pós-venda.

Fonte: www.logisticadescomplicada.com.br

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