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DIREITO CIVIL IV

Responsabilidade dos donos dos


animais

Componentes: Antonia Hêmille, Rodrigo Nogueira, Geraldo Coni, Janubia Santos,


Luana Faleiro.
Turma: 5° semestre noturno
ARTIGO 936

O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este


causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
A lei permite que, se o proprietário provar que houve culpa da
vítima, ou que o fato decorreu de força maior, ele não seja
responsabilizado.
O Código Civil de 1916, ora revogado, em seu artigo 1.527,
estabelecia a presunção juris tantum da responsabilidade do dono
do animal, sem dispensar a culpa como pressuposto da
responsabilidade.
FATO DO ANIMAL NOS CÓDIGOS CIVIS
ESTRANGEIROS
“Exceto o direito inglês e o Código Civil austríaco de 1811, as legislações
europeias admitem teoria geral da responsabilidade especial pelos danos
causados pelos animais. O que há de diferente é a solução adotada. Uns
recorrem ao risco: o Código Civil alemão, a doutrina italiana e a doutrina
francesa em alguns escritores, fundam a responsabilidade no risco, assunto
que merece trato especial; outros optam pela responsabilidade por culpa
presumida, e tal é o sistema suíço, bem assim o português e o brasileiro. [o
autor referia-se ao antigo Código Civil brasileiro; hoje, pode-se dizer que
nosso Código aproximou-se da teoria do risco]. (MIRANDA, 1966, p. 310)”
O Código Civil brasileiro foi, comparativamente com os demais, bastante
ousado, adotando uma redação enxuta e adotando a responsabilização
objetiva, o que está em plena consonância com as tendências do
moderno direito civil.
EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE DOS
DONOS DE ANIMAIS
O novo Código usou a teoria do risco, e com isso, o guardião somente se
eximirá se provar quebra do nexo causal em decorrência da culpa
exclusiva da vítima ou evento de força maior, não importando a
investigação de culpa.
Para que o dono ou detentor do animal se exonere da responsabilidade,
deve provar que o dano decorreu de culpa da vítima ou força maior.
Se o dano ocorre estando o animal em poder do próprio dono, dúvida
não há no sentido de ser este o responsável pela reparação, pelo fato de
ser o seu guardião presuntivo. Se, entretanto, transferiu a posse ou a
detenção do animal a um terceiro, entende-se que o seu dono se exime
de responsabilidade, por não deter o poder de comando sobre ele.
MAUS TRATOS AOS ANIMAIS

De acordo com a Lei federal 9.605/1998, é considerado crime "praticar ato


de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos".
 A pena é detenção, de três meses a um ano, e multa, podendo ser
aumentada de um sexto a um terço, se ocorrer a morte do animal.
A “lei especial”, sobre a fauna, a que alude o código civil, proíbe
terminantemente a prática de ato de abuso, maus-tratos, ferimento ou
mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos (Art. 32, Caput, da Lei nº 9.605/98). Impondo-se, assim, na seara
civil ao proprietário do animal um dever de abstenção da prática de
qualquer dessas condutas tipificadas na Lei como crime contra a fauna,
seja por ação ou omissão.
TRAFICO DE ANIMAIS

O tráfico de animais é uma prática ilegal que consiste em retirar os animais


de seu habitat natural e vendê-los clandestinamente a laboratórios de
pesquisas, pet shops e até para colecionadores.
De modo geral, as causas do tráfico de animais são frequentemente
atribuídas às características socioeconômicas do país e de suas regiões,
especialmente em nações com alta biodiversidade e desigualdade social.
O Projeto de Lei 4520/20 endurece a pena para quem matar, perseguir,
caçar, apanhar e utilizar sem permissão animais silvestres, passando a
prever reclusão de dois a cinco anos e multa. Para quem traficar espécies
silvestres, a pena prevista na proposta é reclusão de três a oito anos e
multa.

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