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MÓDULO I

Roteiro 4
Metodologia e critérios

utilizados na codificação espírita
facilitadores: Márcia Lima e Arthur da Paz
O que faremos
na aula de hoje?
• Analisar a metodologia e os critérios utilizados na
Codificação Espírita.

• Refletir sobre a importância dessa metodologia e dos


critérios para investigação e elaboração da Doutrina
Espírita
Ciência-Espiritismo
O Espiritismo e a Ciência se
completam reciprocamente; a
Ciência, sem o Espiritismo, se acha
na impossibilidade de explicar
certos fenômenos só pelas leis da
matéria; ao Espiritismo, sem a
Ciência, faltariam apoio e
comprovação
Comportamento
científico da investigação
kardequiana
Não estabeleceu nenhuma teoria
preconcebida; assim, não
apresentou como hipóteses a
existência e a intervenção dos
Espíritos, nem o perispírito, nem
a reencarnação, nem qualquer
dos princípios da Doutrina;
concluiu pela existência dos
Espíritos…
… quando essa existência
ressaltou evidente da
observação dos fatos,
procedendo de igual maneira
quanto aos outros princípios
As ciências só fizeram
progressos importantes depois
que seus estudos se basearam
sobre o método experimental;
até então, acreditou-se que esse
método também só era aplicável
à matéria, ao passo que o é
também às coisas metafísicas
Universalidade
Uma só garantia séria existe
para o ensino dos Espíritos: a
concordância que haja entre
as revelações que eles façam
espontaneamente, servindo-
se de grande número de
médiuns estranhos uns aos
outros e em vários lugares
Essa coletividade
concordante da opinião dos
Espíritos, passada, ademais
pelo critério da lógica, é
que constitui a força da
Doutrina Espírita e lhe
assegura a perpetuidade
Para que ela mudasse,
fora mister que a
universalidade dos
Espíritos mudasse de
opinião e viesse um dia
dizer o contrário do que
tem dito.
KARDEC,
CIENTISTA?
Allan Kardec, como se sabe, não
era um cientista no sentido
profissional, de especialista neste
ou naquele ramo da Ciência, mas
tinha cultura científica, espírito
científico.
Era membro de diversas
sociedades acadêmicas, entre as
quais o Instituto Histórico de Paris
e a Academia Real de Arras; esta
última, em concurso promovido em
1831, premiou-lhe uma memória
com o tema "Qual o sistema de
estudos mais de harmonia com as
necessidades da época?"
ESPIRITISMO
E CIÊNCIA
Espírito e matéria, de acordo
com a Doutrina Espírita, são
duas constantes da realidade
universal. Assim, Espiritismo e
Ciência não são forças
antagônicas, mas, ao contrário,
completam-se reciprocamente;
A Ciência, sem o Espiritismo,
se acha na impossibilidade
de explicar certos
fenômenos só pelas leis da
matéria; ao Espiritismo, sem
a Ciência, faltariam apoio e
comprovação.
Intervenção da ciência
materialista sobre a
ciência espiritista?
O fato de a Ciência
oferecer ao Espiritismo
apoio e confirmação não
garante, no entanto,
àquela a competência para
se pronunciar em questão
de Doutrina Espírita.
As ciências ordinárias assentam
nas propriedades da matéria, que
se pode experimentar e manipular
livremente; os fenômenos
espíritas repousam na ação de
inteligências dotadas de vontade
própria e que nos provam a cada
instante não se acharem
subordinadas aos nossos
caprichos.
As observações não podem,
portanto, ser feitas da mesma
forma; requerem condições
especiais e outro ponto de
partida. Querer submetê-las
aos processos comuns de
investigação é estabelecer
analogias que não existem.
A Ciência, propriamente dita,
é, pois, como ciência,
incompetente para se
pronunciar na questão do
Espiritismo: não tem que se
ocupar com isso e qualquer
que seja o seu julgamento,
favorável ou não, nenhum
peso poderá ter.
Método de
investigação
científica dos
fenômenos espíritas
Espiritismo procede
exatamente da mesma
forma que as ciências
positivas, aplicando o
método experimental.
Fatos novos se apresentam,
que não podem ser explicados
pelas leis conhecidas; o
Espiritismo os observa,
compara, analisa e, remontando
dos efeitos às causas, chega à
lei que os rege; depois, deduz-
lhes as consequências e busca
as aplicações úteis.
Não estabeleceu nenhuma
teoria preconcebida; assim,
não apresentou como
hipóteses a existência e a
intervenção dos Espíritos,
nem o perispírito, nem a
reencarnação, nem qualquer
dos princípios da Doutrina;
concluiu pela existência dos
Espíritos, quando essa existência
ressaltou evidente da observação
dos fatos, procedendo de igual
maneira quanto aos outros
princípios. Não foram os fatos que
vieram a posteriori confirmar a
teoria: a teoria é que veio
subsequentemente explicar e
resumir os fatos.
É, pois, rigorosamente
exato dizer-se que o
Espiritismo é uma
ciência de observação
e não produto da
imaginação.
As ciências só fizeram
progressos importantes depois
que seus estudos se basearam
sobre o método experimental;
até então, acreditou-se que
esse método também só era
aplicável à matéria, ao passo
que o é também às coisas
metafísicas.
Lógica indutiva
no método
científico
Na indução científica
chega-se à generalização
pela análise das partes.
Esse tipo de lógica exige
observações repetidas de
uma experiência ou de um
acontecimento.
Da observação de muitos
exemplos diferentes [partes]
os cientistas podem tirar uma
conclusão geral. Foi assim
que procedeu Kardec em
relação à Doutrina Espírita,
colocando-a confortavelmente
entre as demais ciências.
Controle
Universal dos
Ensinos dos
Espíritos
Dois importantes critérios,
igualmente tomados à
metodologia científica, foram
adotados por Kardec na difícil
tarefa de reunir informações
para a elaboração da Doutrina
Espírita:
a generalidade (ou
universalidade) e a
concordância dos
ensinos dos
Espíritos.
Esses critérios, com o
suporte do uso da razão,
do bom senso e da lógica
rigorosa emprestam à
Doutrina Espírita força e
autoridade
Quis Deus que a nova revelação
chegasse aos homens por mais
rápido caminho e mais autêntico.
Incumbiu, pois, os Espíritos de
levá-la de um polo a outro,
manifestando-se por toda a
parte, sem conferir a ninguém o
privilégio de lhes ouvir a palavra.
Um homem pode ser
ludibriado, pode enganar-se a
si mesmo; já não será assim,
quando milhões de criaturas
veem e ouvem a mesma coisa.
Constitui isso uma garantia
para cada um e para todos.
Uma só garantia séria existe
para o ensino dos Espíritos: a
concordância que haja entre
as revelações que eles façam
espontaneamente, servindo-se
de grande número de médiuns
estranhos uns aos outros e em
vários lugares.
Essa verificação universal
constitui uma garantia para a
unidade futura do
Espiritismo e anulará todas
as teorias contraditórias. Aí é
que, no porvir, se encontrará
o critério da verdade.
Valeu, gente!
🥰

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