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Metodologia e critérios utilizados na Codificação Espírita

Tomo: 1
Módulo: II
Roteiro: 3
Objetivos específicos:

Justificar a importância da aplicação do método experimental


para a elaboração da Doutrina Espírita.

Explicar por que a generalidade e a concordância se constituem


na garantia dos ensinos dos Espíritos.
Allan Kardec revela-se, em tudo e por tudo, um homem de
espírito científico pela sua própria natureza..., possuindo
condições indispensáveis ao espírito científico; tais como:

1.Primeiro lugar, a serenidade com que encarou os fatos mediúnicos, com


equilíbrio imperturbável, sem negar nem afirmar aprioristicamente;
2. Em segundo lugar, o domínio próprio, a fim de não se entusiasmar com
os primeiros resultados;
3.Em terceiro lugar, o cuidado na seleção das comunicações;
4.Em quarto lugar, a prudência nas declarações, sempre com a
preocupação de evitar divulgação precipitada de fatos ainda não de todo
examinados e comprovados;
5.Em quinto lugar, finalmente, a humildade, que é também uma condição
do espírito científico, interessado na procura da verdade, antes e acima de
tudo
1. O Espiritismo e a Ciência:

Espírito e matéria, de acordo com a Doutrina Espírita, são duas


constantes da realidade universal. Assim, Espiritismo e
Ciência não são forças antagônicas, mas, ao contrário,
completam-se reciprocamente, segundo o pensamento de
Kardec.

A Gênese: Introdução – Item: 16


1.2 O Espiritismo não é da alçada da Ciência:

O fato de a Ciência oferecer ao Espiritismo apoio e confirmação


não garante, no entanto, àquela a competência para se
pronunciar em questão de Doutrina Espírita. Eis os
argumentos apresentados pelo Codificador, com respeito a
este assunto.
É importante considerar-se que, ao referir-se às ciências
ordinárias, Kardec fazia alusão às ciências positivas,
classificadas por Augusto Comte em: Matemática, Astronomia,
Física, Química, Biologia e Sociologia.

Ver o porque: O Livro dos Espíritos. - Tradução de Guillon Ribeiro. 86.


ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Introdução, p. 28-29
2. O método de investigação científica dos
fenômenos espíritas

O método adotado por Allan Kardec na investigação e


comprovação do fato mediúnico — instrumento comprobatório
da existência e comunicabilidade do Espírito — é o
experimental, aplicado às ciências positivas, fundamentado
na observação, comparação, análise sistemática e conclusão.

Ver o colocações de Kardec: Obras póstumas. Tradução de Guillon


Ribeiro. 38. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Segunda parte. (A minha
primeira iniciação no Espiritismo), p. 268.
Definição do Método Experimental:

A Experimentação Científica é um método empregado para testar


idéias e descobrir os fatos sobre qualquer coisa que um
cientista possa controlar e observar. Os cientistas utilizam-no
para estudar os seres vivos ou brutos, em vários campos das
ciências físicas e da vida. [...] Qualquer experimento
científico válido deve ser capaz de ser repetido, não só
pelo pesquisador original, mas por outros cientistas. Se eles
concordam com as conclusões, atribui-se ao pesquisador
original o crédito de ter feito uma importante descoberta.
Desenho esquemático do Método Experimental:
Fases do Método Experimental:

Composto por: Métodos: Dedutivo e Indutivo.

Método dedutivo: é o processo de raciocínio pelo qual tiramos


conclusões por inferência lógica de premissas dadas.

As premissas iniciais podem ser artigos de fé ou suposições. Antes de


podermos considerar as conclusões tiradas dessas premissas como
válidas, precisamos demonstrar que elas são coerentes entre si e com
a premissa original. A matemática e a lógica são exemplos de
disciplinas que utilizam muito o método dedutivo. O método
científico exige uma combinação de dedução e indução.
Fases do Método Experimental:

Método dedutivo:
Fases do Método Experimental:

Composto por: Métodos: Dedutivo e Indutivo.

Método indutivo: é o processo de raciocínio pelo qual de uma


experiência particular se passa a generalizações. Pode-se começar
com ‘Todas as maçãs que comi são doces’. A partir dessa
constatação, conclui-se que ‘As maçãs são doces’. Mas a maçã
seguinte pode não ser doce. O método indutivo leva a probabilidades,
não a certezas.

Os cientistas utilizam a indução e a dedução. Na dedução, o cientista


começa com generalizações. Ele deduz afirmativas particulares a
partir delas. Pode testar suas suposições pela experimentação,
confirmá-las, revisá-las ou rejeitar suas generalizações originais.
Fases do Método Experimental:

Composto por: Métodos: Dedutivo e Indutivo.

Conclusões: Usando apenas a dedução, o homem ignora a experiência.


Empregando apenas a indução, ignora as relações entre os fatos. Pela
combinação destes métodos, a ciência estabelece uma união entre a
teoria e a prática.
3. O Espiritismo e a lógica indutiva:

A respeito do caminho das induções – percorrido pela Doutrina


Espírita –, Herculano Pires, em seu livro O Espírito e o
Tempo, infere que é a partir da observação dos fatos
positivos que o Espiritismo chega às realidades extrafísicas .

Em A Gênese, diz-nos o Codificador: Não foram os fatos que


vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio
subseqüentemente explicar e resumir os fatos. Fica, assim, a
estrutura lógica do Espiritismo caracterizada como de
natureza
indutiva .
3. O Espiritismo e a lógica indutiva:

No entanto, o processo dedutivo está igualmente consagrado na


Doutrina Espírita:

Nunca elaborei teorias preconcebidas; observava


cuidadosamente, comparava, deduzia conseqüências; dos
efeitos, procurava remontar às causas, por dedução e pelo
encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida uma
explicação, senão quando resolvia todas as dificuldades da
questão.

Obras póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 38. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.
Segunda parte. (A minha primeira iniciação no Espiritismo), p. 268.
4. O controle universal dos ensinos dos Espíritos:

Dois importantes critérios, igualmente tomados à metodologia científica,


foram adotados por Kardec na difícil tarefa de reunir informações para
a elaboração da Doutrina Espírita: a generalidade (ou universalidade)
e a concordância dos ensinos dos Espíritos. Esses critérios, com o
suporte do uso da razão, do bom senso e da lógica rigorosa
emprestam à Doutrina Espírita força e autoridade, como podemos
constatar na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005. Introdução, p. 36.
4. O controle universal dos ensinos dos Espíritos:

Retomando, em A Gênese, esse assunto, Kardec assim se expressa:


Generalidade e concordância no ensino, esse o caráter essencial da
doutrina, a condição mesma da sua existência, donde resulta que
todo princípio que ainda não haja recebido a consagração do controle
da generalidade não pode ser considerado parte integrante dessa
mesma doutrina.

A Gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 48. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Introdução, p. 11.
17
Marque V ou F

Kardec não era cientista, mas possuia condições


a) indispensáveis ao espírito científico. V
Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o
estudo das leis do princípio material, o objeto especial do
b) Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio
espiritual.
V
As ciências ordinárias assentam nas propriedades da matéria, que
se pode experimentar e manipular livremente; os fenômenos
c) espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de vontade
própria e que nos provam a cada instante não se acharem
subordinadas aos nossos caprichos.
V
O método adotado por Allan Kardec na investigação e
comprovação do fato mediúnico — instrumento

d)
comprobatório da existência e comunicabilidade do
Espírito — é o experimental, aplicado às ciências positivas, V
fundamentado na observação, comparação, análise
sistemática e conclusão 18
Marque V ou F
Kardec disse: elaborei teorias preconcebidas; observava
cuidadosamente, comparava, deduzia conseqüências; dos

f)
efeitos procurava remontar às causas, por dedução e pelo
encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida
V
uma explicação, senão quando resolvia todas as
dificuldades da questão

g)
Na indução científica, chega-se à generalização pela
análise das partes; Kardec também utilizou desta V
metodologia cientifica para elaborar a Doutrina Espírita.

No entanto, o processo dedutivo(**) está igualmente consagrado


h) na Doutrina Espírita , já que o método científico exige que se
combinem indução e dedução. V
O controle universal dos ensinos dos Espíritos, faz parte da
i) metodologia utilizada por Kardec na elaboração da Doutrina dos
Espiritos. V
19
Marque V ou F

Kardec disse que: A verificação universal constitui uma


k) garantia para a unidade futura do Espiritismo e anulará
todas as teorias contraditórias. V
O que deu lugar ao êxito da doutrina exposta em O Livro
dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns foi que em toda a
l) parte todos receberam diretamente dos Espíritos a
confirmação do que esses livros contêm
V

Generalidade e concordância no ensino, esse o caráter


essencial da doutrina, a condição mesma da sua existência,
donde resulta que todo princípio que ainda não haja
m) recebido a consagração do controle da generalidade não
pode ser considerado parte integrante dessa mesma V
doutrina.

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