Você está na página 1de 66

Relação: Demanda x Preço

 Nossa intenção é fazer uma introdução a teoria da


demanda e, portanto, apresentar uma visão
simplificada do problema.
 A demanda se expressa por uma certa quantidade
em dado período. É o plano, a aspiração, o desejo
de se adquirir, e não a sua realização.
 O maior erro é confundir a demanda com compra,
e oferta com venda.
A demanda é relacionada com a escolha do consumidor
com base no que seu orçamento e preferência permite
adquirir.
Dx = f( Px, P1, P2 ... Pn-1, R, G);
Dx = demanda;
Px = o preço do bem x;
P1 = o preço dos outros bens, i = 1, 2, ... n-1;
R = renda;
G= preferências;
Relação entre quantidade
demanda e preço do bem:
A relação é dada pela
formula:
Dx = f(Px)
A relação entre os dois
elementos é inversa, ou
seja:
Px↑ - Qx↓ e quando, Px↓ -
Qx↑
Relação entre a demanda de um
bem, e o preço de outros bens.
Relação dada pela função: Dx = f(Pi) .
Para essa função não temos relação geral, o aumento
do preço do bem i poderá aumentar ou reduzir a
demanda do bem x. A reação depende do tipo de
relação existente entre os dois bens, por exemplo:
-> Se ocorre o aumento do preço do bem i aumentar a
demanda do bem x, os bens i e x serão chamados de
concorrentes ou substitutos, ou seja, ou consome um
ou o outro. Por exemplo, margarina e manteiga.
Os gráficos podem ser representados de duas
formas, diretamente ou por meio de
deslocamentos da curva de demanda do bem x.
-> Se o aumento do preço do bem i ocasionar
uma queda na demanda do bem x, serão
chamados de bens complementares, ou seja, são
aqueles que são consumidos conjuntamente.
Por exemplo: pão e manteiga.
Relação entre a demanda por um bem e a
renda do consumidor

Dx = f(R) , o resto permanece constante.


Existe uma relação crescente e direta entre a renda e a
demanda por um bem. Quando a renda cresce, a
demanda deve aumentar. O individuo ficando “mais
rico”, vai desejar aumentar seu padrão de consumo e,
portanto, demandar maiores quantidades de bens.
(1) bens
normais,
(2) bens de
consumo
saciados e
(3) bens
inferiores.
Deslocamento da Deslocamento da
curva de demanda curva de demanda
para bens de para bens de
consumo normais. consumo inferiores.
Relação entre a demanda do bem e o
gosto do consumidor.
Teoria Elementar da oferta

Define-se oferta como a quantidade de um bem que


os produtores desejam vender por unidade de
tempo. Assim como a demanda, a oferta depende
de inúmeros fatores:
A oferta de um bem, depende de seu próprio preço,
quanto maior o preço, mais interessante será
produzi-lo, e portanto a oferta é maior. A relação do
preço do bem com a quantidade ofertada nos dará
a curva de oferta
A oferta depende também do custo de
produção, que é o preço dos fatores de
produção, e da tecnologia empregada. Por
exemplo, se aumenta o preço da terra, teremos
aumento no custo de produção do café. Isso
acarretará alterações no lucro relativo das
produções, ocasionando deslocamentos nas
curvas de oferta de diversos bens e serviços.
A oferta de um bem pode ser alterada também
por mudança nos preços dos demais bens
produzidos. Por exemplo, se os demais
subirem o preço, e o bem x permanecer o
mesmo, será mais atraente a oferta dos demais
bens. Nesse caso teremos deslocamento para a
esquerda da curva de oferta.
Sintetizando:
Ox = f(Px, P1 ... Pn-1, &1 ... &m, T)
Ox= quantidade ofertada do bem x;
Px = o preço do bem x;
P1 = o preço do bem i;
& = preço dos fatores de produção;
T = tecnologia.
O equilíbrio de mercado

O preço no mercado depende tanto da oferta


quanto da demanda.
Quando o produto é muito barato, a oferta a
baixa e a demanda é alta. Na mesma linha ocorre
o inverso quando o produto é muito caro, a oferta
é alta e a demanda é baixa. Sendo assim o
mercado tem que arranjar uma maneira que seja
bom para ele e para o consumidor. O gráfico de
oferta é crescente, e o de demanda é decrescente,
logo, eles se cruzam em um único ponto, e é este
ponto que é o ideal de preço e quantidade
ofertada, vejam:
No ponto E(Po,Qo), nao existem pressões para alterações nos preços, os planos dos
vendedores e dos compradores se encaixam. Este é o ponto de equilíbrio do mercado.
Analisando o excesso de demanda:

-> os compradores se encontram incapazes de


comprar tudo oque querem e se dispõem a pagar
mais caro.
-> os vendedores vendo que o produto esta com mais
demanda do que oferta, veem que podem aumentar
os preços sem queda nas vendas.
Analisando o excesso de oferta:

-> os vendedores percebem que não conseguem


vender tudo oque desejam, seus estoques
aumentam, e se encontram forçados a abaixar os
preços.
-> os compradores notam a fartura e passam a
regatear no preço.
Mudança do ponto de equilíbrio

Suponha que o poder aquisitivo dos compradores


tenham aumentado, sendo assim a quantidade
demandada também será maior, logo a curva de
demanda se desloca para direita.
Agora suponha que a matéria prima de tal produto tenha
diminuído o preço. O produto terá sua oferta aumentada!

FIGURA
Elasticidade-preço da demanda

Vimos que a mudança no preço dos bens, altera a quantidade


demandada. Vamos analisar agora o grau em que a
quantidade demandada responde a uma variação dos preços:

FIGU
RA

No caso 1: Grande aumento na quantidade de equilíbrio e baixa variação no preço.


No caso 2: Ocorre o oposto, pequeno acréscimo na quantidade e grande redução no preço.
Exemplo
 Se o governo deseja aumentar o consumo de batatas e
concede estimulo aos produtores, que reagem aumentando
a oferta(deslocamento da curva). Se o mercado de batatas
for do caso 1 o governo obterá bons resultados. Haverá
grande aumento do consumo e pequena redução nos
preços.
 Para se medir a sensibilidade da demanda e variações nos
preços, a forma correta em economia de se medir é a
elasticidade-preço da demanda.
Elasticidade-preço da demanda
 Conceito: Variação percentual da quantidade demandada
do bem x, para cada unidade de variação percentual no
preço do bem x. Ou seja:
nD= Var.%Qx/Var.%Px
Onde,
Var=∆Q/Q
Var=∆P/P
 Na situação inicial o preço do bem x é p1 e a quantidade
demandada é q1.No segundo momento, o preço mudou
para p2, em que p2>p1. Logicamente, a quantidade
demandada passa a ser Q2<Q1.
Exemplo
A elasticidade-preço da demanda no ponto A será então:
Figura equação

o ponto B:

Mas e se o nosso interesse for em um ponto entre o ponto A e B, ou seja, no arco


AB?
Considerando a seguinte curva de demanda:
QD=10 – 2P
 Partindo do preço 2 e quantidade 6. Num segundo
momento o preço passa a 4 e a quantidade a 2. Resumindo:
Ponto A -> P1=2, Q1=6;
Ponto B -> P2=4, Q2=2.
Logo,
∆Q = Q2 - Q1 = -4
∆P = P2 - P1 = 2
∆Q/∆P = -4/2 = -2.
 Repare que ∆Q/∆P é o coeficiente angular da curva. Por ser uma curva
normalmente decrescente o valor da elasticidade-preço da demanda será
negativo. A razão para isto é que quanto mais os preços aumentam, a
quantidade demandada diminui, e o contrario ocorre quando os preços caem,
sendo assim as variações tem sempre sinais opostos, logo a elasticidade é, em
geral, negativa.
 Calculando a elasticidade no ponto A:
nDa = -2 . 2/6 = -2/3
No ponto B:
nDB = -2 . 4/2 = -4
Para calcular no arco AB usaremos a seguinte formula:
Figura, formula bitchonga
 Resolvendo,
nDaB = -2 . ( (4+2) / (2+6) ) = -3/2

Dizemos então que a elasticidade no ponto A é -2/3, no ponto


B é -4 e no arco AB é -3/2.
 O conceito de elasticidade é utilizado em referencia a
determinado ponto, preço e quantidade. É bom notar, e o
exemplo mostra, que a elasticidade varia conforme o ponto
que se tome.
Dividem-se as demandas em três categorias no que se refere a
elasticidade-preço da demanda:
 I – Demanda inelástica, quando
 (quando a variação percentual da quantidade demandada é menor que a variação percentual dos preços.)

 II – Demanda de elasticidade unitária, quando


 (quando ocorre igualdade entre essas variações percentuais.)

 III – Demanda elástica, quando


 (quando a variação percentual da quantidade demandada é maior do que a variação percentual de preços) III
Extremos

Nos casos I e III temos dois extremos. O primeiro de


demanda inelástica, é aquele em que nD=0. Isto é, qualquer
variação nos preços não provocara variação na quantidade
demandada.
 Gráfico 5.14
 O terceiro, é aquele que nD->∞, ou seja, a quantidade
demandada pode variar sem que haja modificação no
preço.
Fatores que influenciam a elasticidade-preço da
demanda

Existem certos elementos que podem explicar ou


influenciar a elasticidade.
I – A existência de bens substitutos – quanto
melhores substitutos tiver o bem, maior deverá ser
sua elasticidade. Isso porque o consumidor poderá
substituir o bem cujo preço aumentar por outro que
lhe seja concorrente.
II – O peso do bem no orçamento também influi na
elasticidade-preço. Se for pouco substituível, quanto
menor seu preço no orçamento, menor sera sua
elasticidade. Como exemplo, podemos citar o
cafezinho e o sal de cozinha.
III – Essencialidade do bem é outro fator importante
para determinar sua elasticidade. Quanto mais
essencial for o bem, menor deverá ser sua elasticidade-
preço.
Elasticidade-preço cruzada da demanda
A elasticidade-preço cruzada é a comparação das
variações percentuais de quantidade demanda de um
bem com variações percentuais de preço de outro bem
(admitindo-se constante o preço do bem em que se
considera o percentual de quantidade demanda).

Ƞxy = var.%Qx / var.%Py = (ΔQx / ΔPy) * (Py / Qx)


A razão (ΔQx / ΔPy) poderá assumir valores desde -∞
até +∞.
Se a razão (ΔQx / ΔPy) < 0 e, consequentemente Ƞxy =
(ΔQx / ΔPy) * (Py / Qx) < 0, os bens x e y serão
complementares, ou seja, quando o preço do bem y
aumentar a quantidade de demanda do bem x
diminuirá.
E quando Ƞxy = (ΔQx / ΔPy) * (Py / Qx) > 0, tem-se o
caso dos bens substitutos, no qual quando subir o preço
do bem y aumentara a quantidade de demanda do bem
x.
Elasticidade-renda da demanda do bem x

Elasticidade-renda da demanda é a variação percentual


da quantidade demandada de um bem x para cada
unidade de variação percentual da renda do
consumidor.

Ƞr = var.%Q / var.%R = (ΔQ / ΔR) * (R / Q)


A elasticidade-renda procura medir o que ocorrerá
quando houver variação na renda do consumidor.
Normalmente, quando se tem aumento da renda
espera-se o aumento da quantidade de demanda de
qualquer bem. Assim :
Ƞr = (ΔQ / ΔR) * (R / Q) > 0
Já nos casos de bens inferiores, a elasticidade-renda
será negativa.
Elasticidade-preço de oferta do bem x

É a variação percentual na quantidade ofertada do


bem x para cada unidade de variação percentual no
preço do bem x.
EO = var.%Q / var.%P = (ΔQ / ΔP) * (P / Q)
Se
EO > 1, a oferta será elástica;
EO = 1, a oferta será elasticidade unitária;
EO < 1, a oferta será inelástica.
Ao contrário da elasticidade da demanda, a
elasticidade-preço da oferta é positiva.
Casos particulares
I – Elasticidade-preço da oferta zero – nesse caso, a
curva de oferta será vertical. A qualquer preço a
quantidade ofertada será a mesma.
II – Elasticidade-preço da oferta infinita – a curva de
oferta será horizontal.
III – Elasticidade-preço da oferta unitária – qualquer
curva de oferta passando pela origem tem
elasticidade-preço unitária.
Fixação de preços mínimos
É muito comum a fixação de preços mínimos, o
garantia de preços mínimos. Essas medidas visam
proteger os produtores, em geral os agrícolas, das
flutuações do mercado, ou melhor, defende-los de
possível queda acentuada nos preços de seus produtos.
O Preço mínimo é Pm e o preço de equilíbrio é P0 .
quando o preço mínimo é inferior ao preço de
mercado, ninguém vai usar essa garantia. Nesse caso os
produtores estão garantidos contra uma queda
acentuada no preço.
1° caso: preço de equilíbrio do mercado superior ao
preço mínimo:
2° caso: preço de mercado inferior ao preço mínimo
estabelecido:

Nesse caso vai surgir excesso


de oferta. Os produtores
preferirão vender ao Pm a
fazer ao preço Po , pois Pm
>= Pó. A quantidade
oferecida a esse preço (Pm)
será Qo. O excesso de oferta
será a diferença: Qs – Qo.
O governo precisa, então, intervir nesse mercado
fazendo por meio de dois programas, que são:
I – programa de compras – O governo compra o
excedente ao preço Pm. Podemos representar essa
intervenção por meio de deslocamento para a direita da
curva de demanda.
A receita total dos produtores, que é igual ao
gasto dos consumidores mais o gasto do governo,
é:
RT = Pm * Qs = OPmBQs
Que pode ser divido em
RT = Pm * Qd + Pm * (Qs – Qd) = OPmAQd +
QdABQs
Ou seja , o gasto do governo (GG) nessa compra é
igual a
GG = QdABQs
II – Programa de subsidio – o governo permite que os
preços caiam, mas , para manter a receita dos
produtores, paga a estes um subsidio. Esse subsídio é
exatamente a diferença entre o preço mínimo e o preço
de mercado. Graficamente, temos:
Pra que os consumidores adquiram a quantidade a
quantidade QS, é preciso que o preço seja P1. os
produtores recebem dos consumidores o preço P1 e o
governo paga um subsídio por unidade vendida igual a
(Pm – P1), de forma que os produtores mantenha uma
receita total igual a: RT = Pm * Qs = OPmBQs.
Podemos verificar que os gastos dos consumidores
(GC’) serão: GC’= P1 * Qs = OP1AQs.
E o gasto do governo será: GG’ = (Pm – P1) * Qs =
P1PmBA.
Compararemos a despesa do governo nos dois casos a
fim de verificar qual programa deve ser adotado,
sempre será a mais barata para o governo.
Supondo inicialmente q a demanda seja inelástica, o
gasto do consumidor será Po* Qo. Caso aumente para
Pm, a despesa do consumidores passará para Pm *
Qd. Como a demanda é inelástica a despesa do
consumidor aumenta, logo:
Pm * Qd > Po* Qo
Caso o preço caia para P1, a despesa se tornara P1 *
Qs. Sendo a demanda inelástica, P1 * Qs < Po * Qo.
Comparando as desigualdades, temos:
Pm * Qd > P1 * Qs, como era de se esperar já que a
demanda é inelástica. Aumentando os preços, a receita
total aumenta. Logo:
GG = QdABQs < GG’ = P1PmBA.
Assim quando a demanda é inelástica, o programa de
compra deve ser utilizado. E no caso da demanda ser
elástica, ocorrerá o oposto, a queda de preços aumenta o
gasto dos consumidores. Logo, GG > GG’ e o programa
de subsídio deve ser adotado.
Controles de preços e racionamento
A política de preços mínimos visa defender o produto,
em geral agrícola. Vamos passar a analisar o
tabelamento ou controle de preços, cujo objetivo é
defender o consumidor. Em certar ocasiões, o governo
entende que o preço que vigoraria no mercado seria
muito alto e intervém, fixando o preço máximo pelo
qual a mercadoria poderia ser vendida. É óbvio que esse
preço deve ser inferior ao preço de equilíbrio de
mercado.
Sendo o preço fixado inferior ao equilíbrio surgira
excesso de demanda. Grafiçamente, temos:
Sendo (Qd – Qs) = excesso de demanda.
Estabelecido o tabelamento, os preços não poderão
subir. Serão necessários outros mecanismos para
distribuir a quantidade ofertada ente os
consumidores. Vários sistemas aparecem
espontaneamente.
I – Surgirem filas. Os primeiros que chegarem serão
contemplados.
II – Serem feitas vendas por debaixo do pano.
III - Surgir o mercado negro – surge quando a
autoridade não dispõe de meios adequados para
fiscalizar as vendas, podendo surgir no atacado ou
no varejo.
Essa três são as formas mais comuns e surgem
espontaneamente no mercado. O governo, por sua
vez, pode entender que essas formas de distribuição
ou alocação da quantidade ofertada entre os
consumidores não são adequadas e intervir no
mercado, determinando racionamento.
Esses racionamentos podem ser feito de varias
formas e de diversos critérios. Pode ser por meio de
cupons de consumo, por meio de fixação de um
consumo máximo. Pode-se proceder à distribuição
desses cupons ou dessas quotas segundo o sexo e a
idade, o estado civil, numero de filhos, e outros.
Lançamento de impostos sobre as vendas

É preciso inicialmente distinguir entre imposto


específico e imposto ad valorem. O imposto
específico recai sobre a unidade vendida, e o
imposto ad valorem recai sobre o valor da venda.
Imposto específico
A primeira repercussão do imposto específico é o
deslocamento da curva de oferta para a esquerda,
igual, verticalmente, ao valor do imposto. Isso ocorre
porque a oferta depende do preço que o produtor
efetivamente recebe e não do preço de mercado. Desse
ultimo, o produtor subtrai o imposto e fica com o
restante. Sendo P o preço de mercado, I o valor do
imposto, o preço que o produto receberá (P’) será:
P’ = P – I.
P1 é o novo preço de equilíbrio e Q1 a quantidade. P’ é o
preço efetivamente recebido pelo produtor e P’ = P1 – I.
Costuma-se dividir a diferença entre P e P’, ou seja, o
imposto em duas parcelas, ΔP e ΔP’.
A primeira igual a: ΔP = P1 – P0, que representa o
aumento do preço de equilíbrio; é chamada parcela do
imposto paga pelo consumidor.
A outra parcela é: ΔP’ = P0 – P’, que representa a
redução no preço recebido pelo produtor; é chamada de
parcela do imposto paga pelo produtor.
Com isso: ΔP + ΔP’ = P1 – P’ = I.
De outra parte, a proporção do imposto pago pelo
consumidor é dada por:
ΔP / I = ΔP / (ΔP’ + ΔP).
No gráfico são apresentadas duas curvas de demanda,
uma curva de oferta sem imposto e outra curva com
imposto específico.
O preço e a quantidade de equilíbrio inicial são os
mesmos para as demandas D1 e D2, mas os preços e
quantidades finais com imposto são diferentes, pois: P2
> P1; e Q2 > Q1.
Em outras palavras quando a reta da demanda é mais
horizontal o acréscimo de preço do mercado é menor e
a redução da quantidade é maior, acontece o contrario
se a reta for mais vertical. Sendo o aumento de preço a
parcela do imposto paga pelo consumidor, pode-se
concluir que essa será maior no caso 2 que no caso 1.
Podemos analisar rigorosamente o q determina tais
diferenças, tendo:
ΔQ = Q1 - Q0.
Já vimos que a elasticidade-preço da demanda no ponto
de equilíbrio inicial é:
ɳd = (ΔQ / ΔP’) * (P0 / Q0).
E a elasticidade-preço da oferta é:
Eo = (ΔQ / ΔP’) * (P0 / Q0).
Com isso temos:
ΔP = I * (Eo / (Eo + ɳd)).
Assim, a parcela do imposto paga pelo consumidor
(e analogamente do produtor) dependerá das
elasticidades-preços da oferta e da demanda do
bem.
Imposto ad valorem
Esse imposto incidirá o valor das vendas. O
imposto a ser pago representa uma porcentagem
da receita total do produtor. Em outras palavras,
poderíamos dizer que o preço efetivamente
recebido pelo produtor é uma parcela do preço
de mercado. Em termos gerais, se o imposto for
t%, o produto receberá (1 – t)%.
P’ = (1 – t)P.
É fácil verificar, observando a oferta com e sem
imposto que as alterações aparecem no
coeficiente angular da curva. Ele diminui, ou seja,
a curva de oferta se torna mais vertical
.
Com alteração da oferta, vão modificar-se preço e
quantidade de equilíbrio do mercado. O preço
aumentará e a quantidade vai reduzir.
Da mesma forma que no caso do imposto especifico,
costuma-se chamar o aumento de preços de parcela
paga pelo consumidor:
ΔP = P’ – P0,
Sendo o restante do imposto pago pelo produtor
ΔP’ = P0 – P’.

Você também pode gostar