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Livro Base:
PINHO, DIVA BENEVIDES; VASCONCELLOS, MARCO
ANTONIO SANDOVAL DE; TONETO JR, RUDINEI.MANUAL DE
ECONOMIA - EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Ed Saraiva.
6ª ed. São Paulo. 2011..

Caps. 1, 2 e 3:
A Economia e o Pensamento Econômico

Luiz Henrique Baptista - 26 / 08 / 2014

Universidade Federal do Espírito Santo

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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

1 – Introdução a Economia

2 – Aspectos da Evolução da Ciência Econômica

3 – De Smith a Marx: A Economia Política e a Marxista


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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

1 – Introdução a Economia
Apresentação de alguns problemas econômicos;
Método de análise científica;
A Economia como Ciência Social;
Relação da Economia com as demais áreas do conhecimento;
A escassez como objeto de estudo da economia
Os problemas econômicos básicos;
Economia de mercado;
O papel dos preços;
O Estado e a Economia de Mercado;
O sistema capitalista ou descentralizado;
O sistema centralizado ou planificado.
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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

• Alguns Problemas Econômicos:

 a) Por que a renda nacional cresceu do após guerra até 1980 acima de 7,0% ao ano,
superando o Japão e, daí então, praticamente estacionou?

 b) Por que o nordestino possui uma renda per capita muito inferior à do paulista?

 c) Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação?

 d) Por que o governo que não tem superavit fiscal apresenta dificuldade em financiar
seus deficits públicos?

 e) Como pode uma desvalorização cambial conduzir a uma melhora na balança


comercial e a uma redução do salário ?
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• Alguns Problemas Econômicos:


 f) Será que o sistema de indexação de salários, câmbio e juros interfere no processo
inflacionário?

 g) Por que a taxa de juros de mercado e o preço esperado de venda do produto são
dados importantes para as decisões de investimento das empresas?

 h) Até onde juros altos reduzem o consumo e estimulam a poupança?

 i) Por que os fumantes são mais penalizados quando sobe o preço de todos os
cigarros relativamente à alta de preço de apenas uma marca?

 j) Serão as negociações coletivas a solução alternativa ao mercado quando a


economia é fortemente marcada por oligopólios e sindicatos fortes, acompanhado de
baixa abertura ao comércio internacional? Na ausência dessa solução até onde o
congelamento de preços apresenta-se como alternativa para conter a inflação?
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• Alguns Problemas Econômicos:


 k) Por que os impostos sobre alguns produtos como cigarros, veículos e
eletrodomésticos são por demais elevados?

 l) Quais as justificativas técnicas para a existência de tantas empresas estatais na


economia brasileira?

 m) Por que as universidades públicas são predominantemente federais?

 n) Como os bancos interferem nas taxas de juros e apenas intermediam. a poupança


financeira do país?

 o) A propaganda cria necessidades ou apenas informa sobre as características dos


bens e serviços?

 p) Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar?


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Economia da Ciência Econ. Marxista

• Método de análise científica:


Definição / (Teoria econômica)

Componentes da Teoria

Modelos
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• Método de análise científica:

Métodos de Análises
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• Natureza da investigação na ciência econômica:


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• Concepções e definições sobre a Ciência Econômica:

Teoria Organicista

Teoria Mecanicista

Teoria Humana
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• Autonomia e inter-relação com as demais ciências:


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Economia da Ciência Econ. Marxista

• Objeto da ciência econômica: a lei da escassez


 O homem tenta satisfazer primeiramente suas necessidades básicas:
alimentação, vestuário, moradia. Depois, passa a desejar outras coisas:
carro, casa maior, viagem de férias. Na prática o homem nunca está
satisfeito?

O Problema:
Não há recursos disponíveis para todo mundo.

Logo:

Objeto de Estudo da Economia é a


ESCASSEZ.
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Economia da Ciência Econ. Marxista

• Problemas econômicos básicos:

Quadro do Objeto de Estudo da Economia:


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• Problemas econômicos básicos:

O que, como e para quem produzir:


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• Problemas econômicos básicos:

O que, como e para quem produzir:


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• Problemas econômicos básicos:

O que, como e para quem produzir:


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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Economia é uma ciência ligada a problemas de escolha:

Decidir o que, como para quem, mas também


e o quanto produzir.

Ex.: Produção de Carros (em milhares) ou camisas (em milhões)


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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Ex.: Produção de Carros (em milhares) ou camisas (em milhões)
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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Ex.: Produção de Carros (em milhares) ou camisas (em milhões)

Sumarizando: as condições básicas para a existência do custo de oportunidade são:


- recursos limitados;
- pleno emprego dos recursos.
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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Ex.: Produção de Carros (em milhares) ou camisas (em milhões)

se estivesse em B (carros = 140, camisas = 10) e passasse


a C (carros = 120, camisas = 20), o custo de oportunidade
seria o sacrifício de se deixar de produzir 20 mil carros)
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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Alterações na curva de transformação:
Recursos Ociosos (sem pleno emprego dos fatores)

produção em P significa 100 mil carros e 15


milhões de camisas. Poderse-ia mover para o
ponto C apenas pondo os recursos ociosos a
trabalhar, aumentando a produção de carros e
camisas a um só tempo. O custo de
oportunidade para o ponto P é zero, porque não
há sacrifício algum para se produzir mais ambos
os bens.
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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Alterações na curva de transformação:
Recursos Ociosos (sem pleno emprego dos fatores)

produção em P significa 100 mil carros e 15


milhões de camisas. Poderse-ia mover para o
ponto C apenas pondo os recursos ociosos a
trabalhar, aumentando a produção de carros e
camisas a um só tempo. O custo de
oportunidade para o ponto P é zero, porque não
há sacrifício algum para se produzir mais ambos
os bens.
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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Alterações na curva de transformação:
Recursos Ociosos (sem pleno emprego dos fatores)

quanto maiores forem as disponibilidades de


recursos produtivos da Economia, mais
afastada da origem a curva estará.
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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Alterações na curva de transformação:
Variações Tecnológicas

Segundo: variações tecnológicas iguais para


os processos de produção dos dois bens
deslocarão a curva para a direita e
paralelamente.
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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Alterações na curva de transformação:
Variações Tecnológicas (diferentes nos recursos)

Se a variação tecnológica for maior para o


processo de produção do bem Y, maior será o
deslocamento em relação a esse eixo.
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• As opções tecnológicas. Conceitos de curva de transformação e custos


de oportunidade
Alterações na curva de transformação: Custos Crescentes
A razão da curva de formação ser decrescente se deve ao fato de os recursos disponíveis serem
limitados. O formato da curva mostra que se decresce a taxas crescentes; isto significa que a
substituição entre quantidades dos dois bens se torna cada vez mais difícil.

Isto quer dizer que, na medida em que se está consumindo (produzindo) pouco de um bem, o sacrifício
de se consumir (produzir) menos ainda é muito grande. Por exemplo, passando de B para C, ganham-se
10 milhões de camisas e sacrificam-se 20 mil carros. Agora, ao se passar\ de C\ para D, ganham-se 10
milhões de camisas, porém, sacrificam-se 30 mil carros. (treinamento, produtividade marginal, curva de
aprendizagem
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• O problema da organização econômica

Dadas as limitações dos recursos produtivos e do nível tecnológico, as nações procuram


organizar sua economia a fim de resolver os problemas do quê, quanto, como e para
quem produzir, de forma eficiente, isto é, com o menor desperdício possível

1) Lei da Oferta e da Demanda: Os mecanismos de preços resolvem todos os problemas.

Sobram bens, o preço cai;


Faltam bens, o preço sobe.

No final, sempre haverá equilíbrio;

2) Economia Mista: é o mais comum, onde governo e mercado interagem juntos na busca de
soluções dos problemas econômicos.

3) Economias com planejamento central: O estado é proprietário de tudo e decide tudo


(exemplos próximos: China e Cuba);
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• O problema da organização econômica


O sistema privado de preços. Livre iniciativa

• Numa economia privada de livre iniciativa, nenhum agente econômico (indivíduo ou empresa) se
preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços.

• Preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios negócios.

• Procuram apenas sobreviver na concorrência imposta pelos mercados tanto na venda e compra
de produtos finais como na dos fatores de produção;

• O futuro é incerto, mas as prospecções se apoiam nas probabilidades de ocorrência, daí o risco
estimado. O lucro pode ser o prêmio pelo risco assumido;

• Acontece que todos agindo dessa forma egoísta, no conjunto se resolvem inconscientemente os
problemas básicos da coletividade;

• Os economistas do século XVIII acreditavam que a ação de cada indivíduo era dirigida por uma
"MÃO INVISÍVEL", a fim de contribuir para o bem-estar geral e o bom funcionamento do sistema
econômico.
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• O problema da organização econômica


O sistema privado de preços. Livre iniciativa
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• O problema da organização econômica


O sistema privado de preços. Livre iniciativa
O FLUXO CIRCULAR DE RENDA

MERCADO DE
BENS E SERVIÇOS
• EMPRESAS VENDEM
• FAMÍLIAS COMPRAM

EMPRESAS FAMÍLIAS
• VENDEM BENS
E SERVIÇOS • COMPRAM BENS E
• COMPRAM SERVIÇOS
SERVÇOS DE • VENDEM SERVIÇOS
FATORES DE FATORES

MERCADO DE
FATORES DE PRODUÇÃO
• FAMÍLIAS VENDEM
• EMPRESAS COMPRAM
O FLUXO CIRCULAR DE RENDA

MERCADO DE
BENS E SERVIÇOS
• EMPRESAS VENDEM
• FAMÍLIAS COMPRAM

EMPRESAS FAMÍLIAS
• VENDEM BENS
E SERVIÇOS • COMPRAM BENS E
• COMPRAM SERVIÇOS
SERVÇOS DE • VENDEM SERVIÇOS
FATORES DE FATORES

OFERTA DE
SERVIÇOS DE
FATORES DE
PRODUÇÃO
TERRA,
MERCADO DE TRABALHO E
FATORES DE PRODUÇÃO CAPITAL
• FAMÍLIAS VENDEM
• EMPRESAS COMPRAM

DEMANDA POR FATORES DE


PRODUÇÃO
O FLUXO CIRCULAR DE RENDA

MERCADO DE
BENS E SERVIÇOS
• EMPRESAS VENDEM
• FAMÍLIAS COMPRAM

EMPRESAS FAMÍLIAS
• VENDEM BENS
E SERVIÇOS • COMPRAM BENS E
• COMPRAM SERVIÇOS
SERVÇOS DE • VENDEM SERVIÇOS
FATORES DE FATORES

OFERTA DE
SERVIÇOS DE
FATORES DE
PRODUÇÃO
INSUMOS PARA A
PRODUÇÃO TERRA,
MERCADO
ADQUIRIDOS DE TRABALHO E
FATORES DE PRODUÇÃO CAPITAL
• FAMÍLIAS VENDEM
• EMPRESAS COMPRAM
RENDIMENTOS
DEMANDA POR FATORES DE DE FATORES
PRODUÇÃO SALÁRIOS,
LUCROS E
ALUGUÉIS
O FLUXO CIRCULAR DE RENDA
DEMANDA POR BENS E
SERVIÇOS
MERCADO DE
BENS E SERVIÇOS
• EMPRESAS VENDEM
OFERTA DE BENS • FAMÍLIAS COMPRAM
E SERVIÇOS

EMPRESAS FAMÍLIAS
• VENDEM BENS
E SERVIÇOS • COMPRAM BENS E
• COMPRAM SERVIÇOS
SERVÇOS DE • VENDEM SERVIÇOS
FATORES DE FATORES

OFERTA DE
SERVIÇOS DE
FATORES DE
PRODUÇÃO
INSUMOS PARA A
PRODUÇÃO TERRA,
MERCADO
ADQUIRIDOS DE TRABALHO E
FATORES DE PRODUÇÃO CAPITAL
• FAMÍLIAS VENDEM
• EMPRESAS COMPRAM
RENDIMENTOS
DEMANDA POR FATORES DE DE FATORES
PRODUÇÃO SALÁRIOS,
LUCROS E
ALUGUÉIS
O FLUXO CIRCULAR DE RENDA
RECEITA DA VENDA DE BENS
E SERVIÇOS DEMANDA POR BENS E
SERVIÇOS
MERCADO DE
BENS E SERVIÇOS
• EMPRESAS VENDEM
OFERTA DE BENS • FAMÍLIAS COMPRAM
BENS E SERVIÇOS
E SERVIÇOS
ADQUIRIDOS
p

q
EMPRESAS Sistema FAMÍLIAS
• VENDEM BENS
E SERVIÇOS
de • COMPRAM BENS E
• COMPRAM
SERVÇOS DE
preços SERVIÇOS
• VENDEM SERVIÇOS
FATORES DE FATORES

p
OFERTA DE
SERVIÇOS DE
FATORES DE

INSUMOS PARA A
q PRODUÇÃO

PRODUÇÃO TERRA,
MERCADO
ADQUIRIDOS DE TRABALHO E
FATORES DE PRODUÇÃO CAPITAL
• FAMÍLIAS VENDEM
• EMPRESAS COMPRAM
RENDIMENTOS
DEMANDA POR FATORES DE DE FATORES
PRODUÇÃO SALÁRIOS,
LUCROS E
ALUGUÉIS
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Economia da Ciência Econ. Marxista

• O problema da organização econômica


O sistema privado de preços. Livre iniciativa
Preço e Quantidade de Equilíbrio
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Economia da Ciência Econ. Marxista

• O problema da organização econômica


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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

• O problema da organização econômica


O sistema privado de preços. Livre iniciativa
Preço e Quantidade de Equilíbrio
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Economia da Ciência Econ. Marxista

• O problema da organização econômica

Economia mista de mercado. A presença do Estado

Na verdade, o sistema descrito no gráfico apresenta inúmeras imperfeições no seu


funcionamento, além de uma grande simplificação da vida real. As falhas no
funcionamento da economia de mercado impedem-na de atingir suas metas:
- eficiente alocação dos recursos escassos;
-distribuição justa da renda (não confundir com igualdade, que não existe);
-estabilidade dos preços (baixíssima inflação);
-crescimento econômico.

As falhas são basicamente duas:


- imperfeições na concorrência dos mercados caracterizada pela presença de
poucos produtores (monopólio ou oligopólio e sindicatos)
- efeitos externos que o mercado é incapaz de internalizar no cômputo dos seus
benefícios elou custos
Necessidade do Governo para intervir para corrigir as imperfeições
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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

• O problema da organização econômica

O funcionamento de uma economia centralizada

Nas economias centralizadas, os três problemas básicos


-o que e quanto, como e para quem são determinados pelos órgãos planejadores
centrais e não pelo sistema de preços como nas economias de mercado.

O planejamento é, grosso modo, formulado da seguinte maneira:

- Primeiro: Faz-se um -inventário" das necessidades humanas a serem atendidas.

- Segundo: Faz-se um "inventário" dos recursos e das técnicas disponíveis para a


produção.

- Terceiro: Com base nessas disponibilidades, faz-se uma seleção das necessidades
prioritárias e fixam-se as quantidades a serem produzidas de cada bem - são as
chamadas "metas" de produção consumo.
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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

• Uma divisão didática do estudo da ciência econômica:

A Teoria Econômica constitui-se de um corpo unitário de conhecimento da


realidade, passível de uma divisão, principalmente por razões didáticas:

a)Teoria dos Preços (Microeconomia) Estuda a formação dos preços nos diversos
mercados, a partir da ação conjunta da demanda e da oferta. Os preços constituem os
sinais para o uso eficiente dos recursos escassos da sociedade e funciona como um
elemento de exclusão.

b) Equilíbrio da Renda Nacional (Macroeconomia): Estuda as condições de


equilíbrio estável entre a renda e o dispêndio nacional. As políticas econômicas de
intervenção procuram sempre estabelecer tal equilíbrio.
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Introdução a Aspectos da Evol. A Economia Politica e


Economia da Ciência Econ. Marxista

• Uma divisão didática do estudo da ciência econômica:


A Teoria Econômica constitui-se de um corpo unitário de conhecimento da
realidade, passível de uma divisão, principalmente por razões didáticas:

c) Desenvolvimento Econômico: Estuda o processo de acumulação dos recursos


escassos e da geração de tecnologia capazes de aumentara produção de bens e
serviços para a sociedade.

d) Economia Internacional: Estuda as condições de equilíbrio do comércio externo


(importações e exportações), além dos fluxos de capital.
Próxima Aula

2 – Aspectos da Evolução da Ciência Econômica

3 – De Smith a Marx: A Economia Política e a Marxista


Atividade

• Baseado na aula de Introdução a Economia

Baseado nos assuntos abordados na CAP. 1


“Introdução a Economia” e no jornal
disponibilizado em sala, escolha uma matéria e:

1) Explique a Matéria do Jornal;


2) Explique a ligação com a aula apresentada;
3) Redija para entrega essa relação indicando
o dia e a página da matéria .
Elasticidade-Preço da Demanda (ou da oferta)

Elasticidade-Preço da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado uma
variação percentual no preço deste bem.

Para cálculo de elasticidade, precisamos primeiramente de uma série histórica de dados. São necessários ao
menos 2 períodos, mas quanto maior o número de dados, mais apurado poderá ser o cálculo, principalmente
se utilizar técnicas econométricas.

Abaixo demonstraremos um cálculo de elasticidade para um produto qualquer, com apenas 2 períodos e
aplicando-se a fórmula padrão de cálculo:

PERÍODO PREÇO QUANTIDADE


JAN/20X1 R$10,00 500
FEV/20X1 R$10,50 480
Elasticidade-Preço da Demanda (ou da oferta)

PERÍODO PREÇO QUANTIDADE


JAN/20X1 R$10,00 500
FEV/20X1 R$10,50 480

Entendendo o resultado:
para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a quantidade variará em 0,8%. O sinal negativo da
elasticidade indica que a variação na quantidade será em sentido contrário da variação de preço. Se o preço
aumentar em 1% a quantidade demandada cairá em 0,8%. No nosso exemplo o preço aumentou em 5%
(passou de R$10,00 para R$10,50) enquanto nossa quantidade caiu em 4% (passando de 500 para 480). Para
verificar a quantidade demandada para as diferentes variações de preço basta multiplicar a variação de preço
pela elasticidade. Se variássemos o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 12% (15%*0,8).
Elasticidade-Renda da Demanda

Elasticidade-Renda da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado


uma variação percentual na renda do consumidor.

Para cálculo de elasticidade, precisamos primeiramente de uma série histórica de dados. São necessários ao
menos 2 períodos, mas quanto maior o número de dados, mais apurado poderá ser o cálculo, principalmente
se utilizar técnicas econométricas.

Abaixo demonstraremos um cálculo de elasticidade para um produto qualquer, com apenas 2 períodos e
aplicando-se a fórmula padrão de cálculo:
:
PERÍODO RENDA QUANTIDADE
JAN/20X1 R$1000,00 480
FEV/20X1 R$1100,00 500
Elasticidade-Preço da Demanda

PERÍODO RENDA QUANTIDADE


JAN/20X1 R$1000,00 480
FEV/20X1 R$1100,00 500

Entendendo o resultado:
para cada variação percentual de 1% na renda do consumidor, a quantidade demandada variará em 0,4%.

Se a elasticidade-renda for menor que 1 e positiva o bem é inelástico a renda. Se for maior que 1 e positivo o
bem é elástico a renda. Se for negativo o bem é considerado inferior, ou seja, aumentos de renda geram
redução na quantidade demandada, normalmente devido a substituição por outros bens. Por exemplo a carne
de segunda, um aumento da renda gera uma redução de demanda via substituição da carne de segunda por
outra de melhor qualidade.
Elasticidade Cruzada da Demanda

A elasticidade cruzada da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado
uma variação percentual no preço de outro bem substituto. Por exemplo, de quanto seria o aumento na
quantidade demandada de margarina se houvesse um aumento no preço da manteiga.

Para cálculo de elasticidade, precisamos primeiramente de uma série histórica de dados de preço e
quantidade para os bens analisados. São necessários ao menos 2 períodos, mas quanto maior o número de
dados, mais apurado poderá ser o cálculo, principalmente se utilizar técnicas econométricas.

Abaixo demonstraremos um cálculo de elasticidade cruzada, com apenas 2 períodos e aplicando-se a fórmula
padrão de calculo:
DEMANDA POR
PERÍODO PREÇO MANTEIGA
MARGARINA
JAN/20X1 R$10,00 480
FEV/20X1 R$10,50 500
Elasticidade-Preço da Demanda

DEMANDA POR
PERÍODO PREÇO MANTEIGA
MARGARINA
JAN/20X1 R$10,00 480
FEV/20X1 R$10,50 500

Entendendo o resultado:
para cada variação percentual de 1% no preço da manteiga, a quantidade demandada por margarina
aumentará em 0,83%. Por serem bens substitutos é de se esperar que o aumento do preço de um produto
gere aumento da demanda de seu concorrente. Repare que do resultado apresentado não se pode inferir em
quanto reduziu a demanda por manteiga, que pode ou não ter sido de 0,83. Apenas podemos afirmar que a
demanda por margarina deve aumentar em 0,83% para cada 1% de aumento no preço da manteiga. Os
consumidores podem ter migrado para outros substitutos que não a margarina, podem ter migrado para a nata,
o requeijão, a maionese, etc.
Elasticidade-Preço da Demanda

DEMANDA POR
PERÍODO PREÇO MANTEIGA
MARGARINA
JAN/20X1 R$10,00 480
FEV/20X1 R$10,50 500

Caso os bens fossem complementares, e não substitutos, é esperado que a elasticidade cruzada da demanda
entre eles seja negativa e não positiva como no exemplo apresentado. Vejamos o caso do café e o açúcar.
Pode parecer um exemplo bobo, mas a título de ilustração parece ser bastante válido. É de se esperar que um
aumento das vendas de café solúvel gere um aumento no consumo de açúcar (a menos que as pessoas optem
por tomar café amargo, mas excluiremos de nossa análise a preferência do consumidor). Então um aumento
no preço do café, gerará uma redução na demanda por café e consequentemente uma redução na demanda
por açúcar.
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Agradecimento

Agradeço a todos pela atenção e participação.

Luiz Henrique Baptista - 15 / 04 / 2014

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