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COMPILAÇÃO DE TEXTOS
INTRODUÇÃO À ECONOMIA 1
PARTE 1
1
PROGRAMA DA DISCIPLINA DA INTRODUÇÃO À ECONOMIA 1
2
V. PROCURA E COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
CURSO DE ECONOMIA
3
1º SEMESTRE – OUTUBRO DE 2022 A FEVEREIRO DE 2023
OBJECTIVOS GERAIS
1. Transmitir aos discentes a essência dos conceitos básicos da Ciência Económica afim de dota-los da
capacidade para analisar os diferentes fenómenos e questões de índole económica; e
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
4
.
COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS
1. Abordagem preliminar das questões económicas que impactam na vida quotidiana das populações;
2. Perceção nítida da visão global sobre a essência do pensamento económico; e
3. Interpretação dos principais conceitos económicos para uso prático.
METODOLOGIA DE ENSINO
CONTEUDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução
2. Escolas Mercantilista e Fisiocrática
3. Escola Clássica
4. Escolas Marxista e Marginalista
5. Escola Keynesiana
6. Escola Neoclássica
7. Escola de Chicago
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IV. APLICAÇÕES DA OFERTA E DA PROCURA
1. Maximização do Lucro
2. Concorrência Perfeita
3. Conceito de Eficiência
4. Falhas de Mercado
5. Papel da Intervenção do Governo
1. Comportamento do Oligopólio
2. Noções básicas de Teoria de Jogos
X. EXTERNALIDADES
6
3. Equilíbrio Geral em todos os Mercados
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
(iv) Samuelson, P e W. Nordhaus: Economia 16ª Ed., Tradução de Elsa N. Fontainha, Mc Graw HILL, Lisboa,
1988
(v) N. Gregory Mankiw: Princípios de Microeconomia, 3ª edição Norte Americana
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
7
TEMA I. INTRODUÇÃO - FUNDAMENTOS DA ECONOMIA
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1.1. DEFINIÇÃO DO CONCEITO “ECONOMIA”
9
Para os economistas clássicos como Adams Smith, David Ricardo ou John
Stuart Mill, a economia é o estudo do processo de produção,
distribuição, circulação e consumo de bens e serviços (Riqueza)
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A essência da Ciência Económica é compreender a realidade da escassez
e, de seguida, prever como deve a sociedade organizar-se de um modo
que corresponda ao uso mais eficiente dos recursos.
Podemos afirmar que o objecto de estudo da economia consiste na acção
dos homens em reduzir aquele desequilíbrio sempre renovado entre as
necessidades e a sua satisfação, desequilíbrio.
2.1. INTRODUÇÃO
2.2. CRITERIOS
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MACROECONOMIA, (iii) MESOECONOMIA, (iv) MEGAECONOMIA e (v)
ECONOMIA COMPARATIVA.
E conforme o segundo critério de Carácter das Conclusões da Matéria
estudada, distinguimos: (i) ECONOMIA POSITIVA e (ii) ECONOMIA
NORMATIVA.
Como em outras disciplinas, a economia tornou-se um espectro da teoria
econômica, que visa construir um corpo de resultados fundamentais e
abstratos sobre o funcionamento da economia, para a economia aplicada,
que usa Ferramentas de Teoria econômica e Disciplinas afins para estudar
áreas específicas como Trabalho, Saúde, Ímóveis, Organização industrial
ou Educação.
2.3.1. MICROECONOMIA OU TEORIA MICROECONÓMICA
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A Nova Microeconomia estuda os princípios e os critérios do
comportamento económico racional das empresas em função dos
indicadores globais da dinâmica da economia e numa investigação
profunda de marketing da conjuntura do mercado.
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2.3.2. MACROECONOMIA
NOTA IMPORTANTE
14
2.3.3. MESOECONOMIA
15
2.3.6. ECONOMIA POSITIVA
16
3. PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA
3.1. INTRODUÇÃO
A ciência e a experiência enfrentam constantemente problemas
relacionados com a escassez (limitação) dos recursos e o crescimento das
necessidades. Por si mesmo, esta contradição implica uma das variantes
possíveis. Conforme expressão bem feliz de Benjamin Franklin, os pobres
têm pouco, os mendigos nada, os ricos demasiados, mas nenhum deles o
suficiente.
3.2. PROBLEMAS ECONÓMICOS FUNDAMENTAIS
Qualquer sociedade humana, seja um pais industrial avançado ou não,
tem de enfrentar e resolver três problemas fundamentais e
interdependentes:
(i) Que bens devem ser produzidos e em que quantidades? Quanto de
cada um dos possíveis bens e serviços deve a sociedade produzir? E
quando deverão ser produzidos? Devemos hoje produzir olhos ou
camisas? Poucas camisas de alta qualidade ou muitas camisas
baratas? Devemos produzir muitos bens de consumo e muitos de
investimento?
(ii) Como devem os bens ser produzidos? Com que recursos e de que
forma tecnológica devem ser eles produzidos? Os bens serão
produzidos á mão ou com máquinas? Por sociedade anonima ou por
empresa publica do Estado?
(iii) Para quem devem ser produzidos os bens? Quem beneficiará dos
frutos, dos esforços económicos? Ou, de um modo mais técnico,
como irá o produto nacional ser repartido entre as diferentes
famílias? Iremos ter uma sociedade onde, muito poucos serão ricos
e muitos serão pobres? Deve a maior parte do rendimento
pertencer aos accionistas, aos trabalhadores ou aos proprietários da
terra.
17
4. PRINCÍPIOS DO PENSAMENTO ECONÓMICO
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ilimitadas. Isto torna necessário procurar um aproveitamento
eficiente e uma gestão racional dos recursos.
PRINCÍPIO EXEMPLOS
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anuidades, livros,
moradia e alimentação
bem como o seu
tempo de ler os livros
e assistindo as aulas.
O custo de
oportunidade de um
item é aquilo que se
abre mo para obter
aquele item. Atletas
universitários que
poderiam tornar-se
esportistas
profissionais e ganhar
milhões abandonando
os estudos estão bem
conscientes de que o
custo de oportunidade
de seus estudos é
muito alto. (Não
surpreende que
muitas vezes decidam
que o benefício não
compensa o custo.
Um tomador de
decisões racional
empreende uma acção
3. As pessoas se e somente se o
racionais pensam em benefício marginal de
margem tal acção exceder seu
custo marginal. Ex. O
gestor da empresa de
transportes aéreos
que vende os
restantes assentos aos
passageiros standby a
um preço em baixa do
planificado pensando
no se avião vazio na
descolagem (200-195
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e 5 lugares não
comprados).
O tomador de
decisões pode mudar
o seu comportamento
quando os custos ou
os benefícios se
alteram. Um imposto
4. As pessoas sobre a gasolina, por
reagem a incentivos exemplo, incentiva as
pessoas utilizar o
transporte publico em
vez do automóvel. A
lei do cinto de
segurança afecta a
segurança no transito.
A teoria subjacente à
planificação central
era a de que só o
governo poderia
organizar a actividade
económica de forma a
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promover o bem-estar
económico para o pais
como um todo.
Numa economia de
II. COMO AS 6. Os mercados mercado as decisões
PESSOAS são geralmente uma do planificador central
INTERAGEM boa maneira de são substituídas pelas
organizar a actividade decisões de milhões
económica de famílias e
empresas.
Em seu livro de 1770,
o economista Adam
Smith fez a mais
famosa observação de
toda a teoria
económica: As famílias
e as empresas, ao
interagiram nos
mercados, agem como
que guiados por uma
“mão invisível”, que as
conduz a resultados
de mercados
desejáveis.
O governo intervém
na economia para
promover a eficiência
e a equidade. A mão
invisível orienta, em
geral, os mercados
7. Os governos, às para uma alocação
vezes, podem eficiente de recursos.
melhorar os Contudo, por várias
resultados dos razoes, a mão invisível
mercados as vezes não funciona.
Uma das possíveis
causas de falhas de
mercado são as
externalidades. A
externalidade é o
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impacto das acções de
alguém sobre o bem-
estar dos que estão
em torno (ex. A
poluição).
Outra possível causa
das falhas do mercado
é o poder de mercado
que é a capacidade
que uma única pessoa
(ou pequeno grupo de
pessoas tem para
influenciar
indevidamente os
preços de mercado.
24
Para melhorar o
padrão de vida, os
formuladores de
políticas publicas
devem aumentar a
produtividade
assegurando que os
trabalhadores tenham
III. COMO bom ensino, aa
FUNCIONA A ferramentas
ECONOMIA necessárias para
produzir bens e
serviços e acesso à
melhor tecnologia
disponível.
Em muitos casos de
inflação longa ou
persistente, o culpado
9. Os preços é sempre o mesmo, o
sobem quando o aumento na
Governo emite quantidade de moeda.
moeda demais A inflação é o
aumento de nível
geral de preços da
economia.
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RESUMO:
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TEMA II: GRANDES CORRENTES DO PENSAMENTO ECONÓMICO
2. ESCOLA MERCANTILISTA
3. ESCOLA FISIOCRÁTICA
4. ESCOLA CLÁSSICA
5. ESCOLA MARXISTA
6. ESCOLA MARGINALISTA
7. ESCOLA NEOCLÁSSICA
8. ESCOLA KEYNESIANA
9. ESCOLA DE CHICAGO
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1. INTRODUÇÃO: VISÃO GLOBAL
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Estes autores acabavam por se interessar mais pelos aspectos normativos,
isto é, interessavam-se sobretudo pelo que entendiam deve ser a
sociedade do se empo e pela justificação das suas próprias
recomendações. Ainda não vemos nestes autores o predomínio do
pensamento interpretativo, isso é, o domínio dos aspectos positivos,
afinal, daquilo que entendemos hoje por ciência económica.
2. MERCANTILISMO
(iii) Importação isenta de taxas de matérias primas: que não podiam ser
produzidas internamente, protecção para bens manufaturadas e
matérias-primas que podiam ser produzidas internamente e
restricção sobre importações de matérias-primas.
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(v) Oposição a pedágios (portagem), impostos e outras restrições sobre
o transporte de bens: Os escritores e profissionais liberais
mercantilistas reconhecem que os pedágios e os impostos poderiam
estrangular as empresas e elevar o preço das exportações de um
pais.
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2.4. AUTORES
Jean Baptiste COLBERT (1619-1683) representa o coração e a alma do
mercantilismo, que é chamado de Colbertismo na França. Ele foi ministro
da Fazenda (finanças) em França de 1661 a 1683, no Reinado de Louis XIV.
Colbert era bulionismo que acreditava que a força de um Estado depende
das suas finanças, que as suas finanças estão na colecta de impostos, por
sua vez, são maiores quando o dinheiro é abundante.
Colbert empenhou-se em facilitar o comercio interno. Era a favor de uma
população grande, trabalhadora e mal paga.
3. A ESCOLA FISIOCRÁTICA
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São os primeiros autores a colocar Nesse seu ideal surge como tema
a questão de quais as melhores central: a defesa e o
instituições para realizar o seu desenvolvimento da propriedade
ideal de organização económica privada
Como resultado dessa concepção,
viam a actividade económica em
São os primeiros autores a ver a
termos de circuito económico onde
actividade económica como um
uma divisão da sociedade em
fluxo continuo.
classes socias estava presente
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3.3. QUEM A ESCOLA FISIOCRÁTICA BENEFICIOU OU PROCUROU
BENEFICIAR?
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A receita para os fazendeiros, por sua vez, permite que eles comprem
bens manufacturados dos fabricantes /mercadores (Fluxo C).
Os fabricantes /mercadores utilizam essa receita para comprar alimentos
de fazendeiros (Fluxo D), o que cria receita para eles.
Os fazendeiros pagam o aluguer correspondente ao arrendamento com as
suas receitas da agricultura (Fluxo E), e o ciclo se repete.
Classe
Classe proprietária Classe estéril
produtiva (Proprietários (Fabricantes e
(Fazendeiros) de terra) mercadores)
Produto Bruto
Total;
alimentos dos
fazendeiros,
sementes e Exporta metade
ração animal de seus alimentos
para o proximo e importa bens
ciclo manufacturados
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de terras
Receita de bens
manufacturados
vendidos para os
fazendeiros
Receita com os
alimentos
/matérias
vendidos para
a Classe estéril
Receita de
arrendamento
dos
Fazendeiros
O CICLO CONTINUA
Renda
monetária
(Salários,
Mercado de rendimentos,
Custos Recursos juros, lucros)
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empresarial
Empresas Famílias
Bens e
Serviços Bens e Serviços
4. ESCOLA CLÁSSICA
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vontade de Deus, anteriormente. Se a vontade divina tivesse criado um
mecanismo que funcionasse harmoniosa e automaticamente em
interferências, o “laissez-faire seria a forma mais alta de sabedoria nas
questões sociais. As leis naturais guiariam o sistema económico e as
acções das pessoas.
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As características desse conjunto de pensamentos serão resumidas como
se segue:
(i) Envolvimento mínimo do Governo: O primeiro princípio da escola
clássica era que o governo governa o mínimo. As forças do mercado
livre e competitivo guiariam a produção, a troca e a distribuição. A
Economia era considerada auto-ajustável e tendendo na direcção
do emprego total sem intervenção do Governo. A actividade do
Governo deveria ser limitada à aplicação dos direitos de
propriedade e ao fornecimento da defesa nacional e da educação
pública.
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quantitativa da moeda e a teoria do valor-trabalho. Os clássicos
acreditavam que as leis da economia são universais e imutáveis.
40
O ataque dos fisiocratas ao mercantilismo e suas propostas para remover
as barreiras comerciais ganharam sua admiração.
A “Riqueza das Nações” constitui o tratado económico de 900 páginas de
Smith. “An Inquiry into the nature and causes of wealth of nations” surgiu
em 1776, o ano da Revolução Americana. Foi o livro que o consagrou
como um dos principais pensadores na história do pensamento
económico. Por isso, as reflexões contidas em “The wealth of nations”
exigem um exame cuidadoso.
A “Divisão de trabalho”, ou seja, “Of the Division of Labour” é o primeiro
capítulo do livro “The wealth of nations”, uma frase pouco conhecida na
época de Smith. A primeira passagem é a seguinte:
VALOR
41
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DE ADAMS SMITH
Smith viu a economia como um crescimento e um desenvolvimento
económico global e acentuado. A figura a seguir resume os vários
elementos constituintes da Teoria do Desenvolvimento Económico de
Smith.
Acumulo
Divisão de de Capital
Trabalho (seta a)
Increment
Increment o da
o da Reserva
Produtivid de
ade (setas salários
b e c) (seta g)
Increment
o da Salários
Produção mais altos
Nacional (seta h)
(seta d)
Increment
oa
Riqueza
da Nação
(seta e)
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O incremento na produtividade do trabalho aumenta a produção nacional
(seta d), que amplia o mercado e justifica a distância entre a divisão de
trabalho e o acúmulo de capital (seta f).
Como o resultado do acumulo de capital, as reservas de salários crescem
(seta g) e os salários aumentam (seta h).
Os salários mais altos motivam o crescimento inda maior da produtividade
(seta i).
O crescimento da produção nacional aumenta o número de bens
disponíveis para o consumo, o que, para Smith, constitui a riqueza de uma
nação (seta e).
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CONTROLES PREVENTIVOS E POSITIVOS DO CRESCIMENTO DA
POPULAÇÃO
Os controles preventivos do crescimento da população são aqueles que
reduzem a taxa de natalidade. O controle preventivo que Malthus
aprovava era denominado restrição moral. As pessoas que pudessem
sustentar filhos deveriam adiar o casamento ou nunca casar.
Malthus também reconhecia certos controles positivos da população –
aqueles que aumentam a taxa de mortalidade. Eles eram a fome, a
miséria, a praga e a guerra. Malthus elevou esses controles à posição de
fenómenos ou leis naturais. Eles eram males necessários para limitar a
população. Esses controles positivos representavam punições para as
pessoas que não tinham praticado a restrição moral.
De acordo com Malthus, então, a pobreza e a miséria são o castigo natural
para o fracasso das “classes inferiores” na tentativa de restringir sua
reprodução. Desse ponto de vista, seguiu-se uma conclusão política
altamente significativa: Não deve haver ajuda do Governo para o pobre.
Fornecer ajuda a eles poderia fazer com que mais crianças sobrevivessem,
piorando, em última análise, o problema da fome. Esta foi a maneira como
ele colocou a questão na segunda edição de “Essay”, em 1805.
Embora Smith tenha siso o Fundador da Escola Clássica e tenha lhe dado
sua forma dominante, David RICARDO, um contemporâneo de Malthus,
foi a figura principal na promoção do maior desenvolvimento das ideias da
escola. Ricardo demonstrou as possibilidades de utilizar o método
abstrato de raciocínio para formular as teorias económicas. Ele ampliou o
escopo de investigação económica para a distribuição de renda.
RICARDO foi o terceiro de 17 filhos de imigrantes judeus que se mudaram
da Holanda para a Inglaterra. Ele foi educado para os negócios de
corretagem de acções do seu pai.
Os princípios de Ricardo para ganhar dinheiro na Bolsa de valores podem
ser para muitos tão interessantes quanto ao desenvolvimento de sua
teoria de economia abstrata. Ricardo também creditou seu sucesso
financeiro ao facto de se satisfazer com os pequenos lucros, nunca
44
retendo mercadorias ou títulos por muito tempo quando pequenos lucros
poderiam ser auferidos rapidamente.
QUESTÃO DA MOEDA
Em 1797, mais de duas décadas depois da guerra entre a Inglaterra e a
França, um pânico e uma corrida ao ouro esgotaram perigosamente as
reservas no Banco da Inglaterra. Quando o governo suspendeu o
pagamento em dinheiro, a Inglaterra se encontrou numa situação
irreversível, no que diz respeito ao papel-moeda. Em outras palavras, as
pessoas que acumulavam o papel – moeda na podiam troca-lo por ouro.
O preço de ouro subiu gradualmente da paridade de preço de
aproximadamente 3,17 libras esterlinas por onça para um preço de
mercado de 5,10, em 1813. Isso foi acompanhado por uma inflação geral
de preço.
O problema de acordo com Ricardo, não era o alto preço do ouro, mas
particularmente o baixo valor da libra esterlina. Agora era necessário,
simplesmente oferecer mais libras para comprar uma onça de ouro. A
solução que Ricardo propus foi o retorno ao padrão ouro.
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tempo da derrota de Napoleão em Waterloo, SAY tornou-se professor de
Economia política, após ter ficado vários anos envolvido nos negócios.
Mas o que deu fama a SAY foi a sua teoria de que a superprodução em
geral é impossível. Smith mesmo lembrou de tal lei e afirmou
especificamente: Um determinado mercador, com uma abundância de
bens em sua loja, pode algumas vezes ser arruinado por não ser capaz de
vende-los a tempo. Mas uma nação não deve estar sujeita ao mesmo
desastro.
5. ESCOLAS MARXISTA
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Alguns historiadores concluem que o fracasso do sistema anterior
ofereceu uma força adicional à ascensão do Socialismo Marxista, e mais
socialistas moderados persuadiram os industriais a se unirem aos
movimentos humanitários.
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Embora Marx e Engels desprezassem o capitalismo com entusiasmo, eles
respeitavam o grande aumento na produtividade e a produção resultantes
dele.
Os críticos socialistas da economia pregavam uma reforma drástica: Sua
objecção ao Capitalismo e aos males reias era moral. Karl Heinrich MARX
(1818-1883), o líder teórico do “Socialismo Científico”, descartava essa
abordagem. Ele procurava mostrar que o Capitalismo tinha contradicções
internas que garantiriam seu possível fim.
Marx acreditava que a revolução social era inevitável nos países
capitalistas desenvolvidos. Juntamente com o seu compatriota, Friedrich
ENGELS (1820-1895), defendia a ideia de que os trabalhadores de todo o
mundo deveriam se unir para antecipar esse evento.
A classe trabalhadora, ao derrubar o Estado burguês, estabelecerá sua
própria ditadura do Proletariado para destruir a classe burguesa.
Com o socialismo resultante, a propriedade privada dos bens de consumo
é permitida com a exepção da terra e do capital, em geral possuídos pelo
governo central. A produção é planificada, assim como a taxa de
investimento, sendo o objectivo do lucro e o livre -mercado eliminados
como as principais forças da economia.
5.2.6. COMUNISMO
De acordo com Marx, o Comunismo é o estado da sociedade que
finalmente substitui o socialismo. Sob o socialismo, o slogan é “De cada
um de acordo com sua habilidade, para cada um de acordo com o seu
trabalho.”
Sob o comunismo, o slogan torna-se “De cada um de acordo com a sua
habilidade, para cada um de acordo com sua necessidade.”.
Isso pressupõe uma superabundância de bens em relação aos desejos, a
eliminação dos pagamentos em dinheiro com base no trabalho realizado e
uma devoção á sociedade tão abnegada quando a lealdade de uma pessoa
á sua família.
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Actualmente, os chamados países comunistas têm estabelecido, na
verdade, o socialismo de Estado ou então no processo de estabelece-lo.
O Comunismo não existe em nenhum lugar, exceto em pequenas
comunidades cooperativas, geralmente motivadas por uma religião
comum ou outras campanhas ou fervores.
5.2.7. REVISIONISMO
Na Alemanha, o revisionismo era defendido por Eduard BERNSTEIN (1850-
1932). Na Inglaterra, os socialistas fabianos, liderados por Sydney e
Beatrice Webb (1859-1947; 1858-1943), eram revisionistas, mas
diferentemente do movimento de esquerda alemã, eles nunca aderiram
ao marxismo para qualquer iniciativa significativa.
O revisionismo abjurava a luta de classes; negava que o estado fosse
necessariamente um instrumento da classe rica e fixava suas esperanças
na educação, nas propagandas eleitorais e no ganho do controle do
governo por meio do voto secreto.
5.2.8. SINDICALISMO
Georges SOREL (1847-1922) promoveu e popularizou este tipo de
socialismo nos círculos de trabalho nos países latinos da Europa.
Os sindicalistas eram contra o parlamentar o militarista. Eles acreditavam
que o socialismo deteriora as crenças burguesas quando empregado na
actividade política e parlamentar.
O sindicalismo se diferenciou do anarquismo, pois acreditava
exclusivamente no unionismo revolucionário e na greve em geral para
derrubar o governo. Mas favorecia a abolição da propriedade privada e a
extinção do governo político.
4.2.9. SOCIALISMO DA GUILDA
G.D.H. COLE (1889-1959), professor de economia de Oxford University, foi
o principal defensor desse tipo de socialismo. Era primeiramente um
movimento britânico, de gradualismo e de reforma, e atingiu seu apogeu
aproximadamente na época da Primeira guerra Mundial.
Os socialistas de guilda aceitaram o Estado como uma instituição
necessária para expressar os interesses gerais dos cidadãos enquanto
50
consumidores. O governo deveria desenvolver a política económica geral
para a comunidade, não meramente para os trabalhadores. A Nação não
seria dividida entre campos opostos de capital e mão de obra.
5. ESCOLA MARGINALISTA
1. VISÃO GLOBAL
O início da Escola marginalista data de 1871, o ano em que JEVONS e
MENGER publicaram seus influentes livros sobre a Teoria da Utilidade
Marginal. O economista David RICARDO aplicou a abordagem marginal em
sua teoria sobre a Renda. Entre esses precursores estavam, Antoine
COURNOT e Jules DUPUIT, em França, e Johann Von Thunen, na
Alemanha.
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Graves problemas económicos e sociais permaneceram sem solução até
um século após o início da Revolução Industrial. A pobreza espelhava-se,
embora a produtividade estivesse aumentada drasticamente.
A tendência do século XIX, na Europa, era desenvolver três métodos de
ataque, pressionando os problemas sociais, e todos os três ignoravam os
preconceitos da economia clássica. Esses métodos deveriam promover o
socialismo; apoiar o sindicalismo ou exigir do governo uma acção para
melhorar as condições controlando a economia, eliminando abusos e
redistribuindo renda.
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um mundo de empreendedores pequenos, individualistas e
independentes, inúmeros compradores, muitos vendedores,
produtos homogéneos, preços uniformes e nenhuma propaganda.
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Os marginalistas procuraram favorecer os interesses de toda a
humanidade, promovendo um melhor entendimento de como um sistema
de mercado aloca os recursos com eficiência e promove a liberdade
económica. Em grande escala, os marginalistas atingiram seu objectivo
com êxito.
O marginalismo – economia do liberalismo ou o conservadorismo político
– também beneficiou aqueles cujo interesse era simplesmente a
manutenção do statu quo: isto é, aqueles que resistiam a mudança. Este
tipo de teoria beneficiou os empregadores (embora na verdade, a maioria
deles não tenha compreendido isso) opondo ao Sindicalismo e atribuindo
o desemprego a salários artificialmente altos, inflexíveis por um ou por
ambos os lados.
5. AUTORES
Antoine Augustin COURNOT (1801-1877) foi um matemático francês que
publicou tratados sobre matemática, filosofia e economia.
Ele foi o primeiro economista a aplicar a matemática na análise
económica, mas seu primeiro trabalho foi esquecido até depois de sua
morte, quando JEVONS, MARSHALL e FISHER continuaram sua obra.
Ele foi o primeiro economista a desenvolver modelos matemáticos
concisos sobre monopólio, duopólio e livre concorrência.
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COURNOT é considerado o precursor da Escola Marginalista porque
muitas duas suas análises enfatizaram as taxas de variação do custo total e
das funções da receita.
6. GRÁFICO DA EVOLUÇÃO
Concorrência Imperfeita
Percursores
Cournot, Dupuit
Marginalismo e Neoclassismo
Jevons, Menger, Von Wiesser, Clark e Marshall
Economia Matemática
Walras, leontief, Hicks
Escola
Keynesiana
Economia Financeira
Wicksell, fisher, Hawtrey
6. ESCOLA NEOCLÁSSICA
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Alfredo MARSHALL (1842-1924) foi o grande sintetizador, procurando
combinar o melhor da economia clássica com o pensamento marginalista,
produzindo, assim, a economia neoclássica.
Marshall popularizou o método diagramático moderno para a economia –
para o desenvolvimento dos estudantes iniciantes – que ajudou a elucidar
certos princípios fundamentais. Embora fosse um matemático experiente
que generosamente colocou a matemática nos rodapés e nos apêndices,
era céptico em relação ao valor geral da matemática na análise
económica.
2. UTILIDADE E DEMANDA
De acordo com Marshall, a demanda baseia-se na lei da utilidade
marginal decrescente. “A utilidade marginal de algo para uma pessoa
diminui a cada aumento no total daquilo que ele já utiliza desse item”.
Marshall introduziu duas qualificações importantes nesse ponto.
(i) Primeiro, ele indicou que se preocupava com um momento no
tempo, que um intervalo de tempo é muito curto para se considerar
qualquer mudança no caracter e nos gastos de uma pessoa em particular.
(ii) A segunda qualificação de Marshall sobre a lei de utilidade marginal
decrescente refere-se a bens de consumo que são individuais.
3. LEI DA DEMANDA
A Lei da Demanda de Marshall é resultante de suas noções de utilidade
marginal decrescente e da escola racional do consumidor. Marshall
ilustrou a lei da demanda com uma tabela e uma curva da demanda. Ele
desenhou essa curva da demanda assumindo que o período do tempo é
suficientemente curto para justificar uma suposição ceteris paribus.
4. EXCEDENTE DO CONSUMIDOR
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Marshall defendia que a utilidade total de um bem é a soma das utilidades
marginais sucessivas de cada unidade adicionada.
7. ESCOLAS KEYNESIANA
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As ideias de Keynes receberam ímpetos da Grande Depressão dos anos 30
(1929), a pior que o mundo ocidental já conhece. Os fundamentos de suas
ideias datam de antes de 1929. O trabalho de muitos economistas,
incluindo o de Mitchell e seus associados no National Bureau of Economic
Research, estava na estrutura da economia agregada, ou macroeconomia,
em vez de na microeconomia da escola neoclássica.
A Primeira Guerra Mundial e os controles económicos exigiam uma visão
geral da economia. O crescimento da produção e do comercio em larga
escala deixou a economia mais susceptível às medidas e aos controles
estatísticos, tornando-se cada vez mais necessário á medida que o publico
esperava que o governo tratasse mais activamente do desemprego. O
pensamento Keynesiana também teve suas raízes na grande preocupação
com a estagnação secular ou com a taxa decrescente de crescimento.
Depois que a Grande Depressão começou no início dos anos 30, muitos
economistas dos Estados Unidos defenderam políticas que mais tarde
seriam chamadas de Keynesianismo.
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De acordo com os Keynesianos, a economia tende a aumentos rápidos
recorrentes, porque o nível de gastos planeados com investimentos é
irregular. As alterações no plano de investimento fazem com que a renda
e a produção nacional mudem em quantias maiores do que as mudanças
iniciais nos investimentos.
(iv) INFLEXIBILIDADE NOS SALÁRIOS E NOS PREÇOS
Os Keynesianos apontam que os salários tendem a ser inflexivelmente
decrescentes, devido a factores institucionais como os contratos com os
sindicatos, as leis de salário mínimo e os contratos implícitos. Em períodos
de queda na demanda agregada por bens e serviços, as empresas
respondem às vendas mais baixas com a redução de preços e a demissão
de empregados, sem insistir nas reduções salariais.
Os preços também caem; a queda na demanda efectiva causa inicialmente
reduções na produção e no emprego em vez de queda no nível dos
preços. A deflação ocorre somente em condições de recessão
extremamente grave.
59
3. QUEM A ESCOLA CLÁSSICA BENEFICIOU OU PROCUROU
BENEFICIAR?
O grande sucesso da economia Keynesiana ocorreu principalmente
porque ela tratou de um problema urgente de seus dias: a depressão e o
desemprego. Além disso, ela oferecia algo para quase todas as pessoas e
racionalizava o que já estava seno feito por necessidade.
A sociedade ganha com o pleno emprego, e os indivíduos ou grupos que
perdem por causa dele (por exemplo, os administradores de programas de
assistência aos desempregados) podem ser facilmente ignorados.
Os contratos do governo beneficiavam os juros e estimulavam o governo a
tirar a economia da recessão ou depressão. Os fazendeiros, por muito
tempo, foram favorecidos com políticas monetárias confortáveis e baixas
taxas de juros.
Nas décadas de 1960 e 1970, os consumidores em geral olhavam de forma
favorável para a redução dos impostos e apoiavam os políticos que a
sugeriam e votavam a seu favor.
4. AUTORES
60
John Maynard KEYNES (1883-1946) era filho de pais eminentemente
intelectuais, que viveram mais que ele. Seu pai era John Neville Keynes,
um ilustre economista lógico e político.
Keynes foi uma figura importante tanto no mundo dos assuntos práticos
como na vida académica. Foi presidente de uma empresa de seguros de
vida, actuou como director de outras empresas e foi membro do corpo
administrativo do Banco da Inglaterra.
(ii) Preços e Salários controlados tendem a ser uma boa estimativa dos
preços e salários da concorrência a longo prazo.
61
(iii) Orientação Matemática: a escola de Chicago confia muito na
teorização matemática, utilizando o método de equilíbrio
marshalliano e a abordagem de equilíbrio geral de Walras.
63
As ideias marxistas foram criticadas por Bohm-Bawerk, Ludwing Von
Mises, Friedrich Hayek e outros. Estes constituíam a escola neoclássica,
que dominou o pensamento económico até à década de 30 do século XX.
A decadência da econ0omia clássica fez surgir a economia neoclássica,
que se debruçou, sobretudo, sobre as políticas governamentais, no âmbito
da economia do bem-estar, e aplicou o marginalista à economia.
O marginalismo surgiu, no final do século XIX, de uma série de obras que
trouxeram os fundamentos par uma nova concepção da Economia, que
introduz na análise clássica formulação matemática e a teoria subjectiva
do valor, as quais contribuíram para o desenvolvimento da ciência
económica. Carl Menger (1840-1921), Jevons (1835-1882), Walras (1834-
1910) foram a primeira geração de marginalistas. O marginalismo,
desenvolvido na escola de Cambridge teve em Alfred Marshall o seu
expoente máximo. A análise de Marshall considerou que os preços são
determinados, simultaneamente, por factores de custo e de procura e
reconhece as complexas interdependências que concorrem no mercado.
As escolas de Lausana e Viena foram outros grandes centros dos
marginalistas.
O marginalismo será grande importância para o desenvolvimento da
Microeconomia como ramo da Economia, como iremos comprovar na s
próximas lições.
Nos anos 30, a teoria económica neoclássica foi posta em causa por John
Maynard Keynes. A teoria económica defendida pelos economistas
liberais não apresentava soluções para resolver a crise capitalista de 1929,
proporcionando o aparecimento da contribuição de John Maynard Keynes
(1884-1946), com a sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro. A
teoria Keynesiana pôs em causa a lei clássica de Jean-Baptiste Say que
sustentava que a superprodução era impossível. As teorias neoclássicas
defendidas por Alfred Marshall e Irving Fisher, nomeadamente sobre a
moeda e a nível dos preços, foram reformuladas em bases Keynesianas. A
teoria Keynesiana aceitou a Microeconomia da escola neoclássica,
desenvolveu a Macroeconomia e apresentou uma nova interpretação da
realidade económica. Propôs a intervenção do Estado na economia com o
objectivo de estimular o crescimento e baixar o desemprego.
64
A economia Keynesiana é o principal suporte das economias dos Estados
Unidos, da Europa, do Japão e, mais recentemente, dos países da Europa
do Leste. Actualmente não se pode falar de uma economia de mercado e
de uma economia de direcção central puras. Ambas utilizam princípios da
outra. Daí se designarem por economias mistas.
Os economistas liberalistas da escola de Chicago (Milton Friedman, Hayek,
Knight, Stigler, e Gary Becker) referem o papel do indivíduo na economia e
no mercado, e defendem o papel reduzido do Estado. São os novos
defensores do laissez-faire. Pensam que o Estado não deve interferir em
certos domínios como a assistência social às classes sociais necessitadas, a
prevenção rodoviária, o auxílio a doentes com Sida, etc. Milton Friedman,
no seu livro Capitalismo e Liberdade, de 1992, critica os programas dos
governos por interferirem na liberdade individual e não serem eficazes.
As ideias por eles defendidas foram bem aceites pelos conservadores, na
década de 1980.
Surgem igualmente outras correntes que se opõem às ideias
Keynesianas:
65
FICHA COMPLEMENTAR – TEMA II
I. INTRODUÇÃO
66
A estatística – chave usada para monitorar o crescimento económico é o
PIB per Capita, ou seja, o produto interno bruto real dividido pela
população.
O PIB mede o valor total da produção de bens e serviços finais de uma
economia bem como a renda obtida nessa economia em dado ano. O PIB
real separa mudanças na quantidade de bens e serviços dos efeitos de um
nível de preços (inflação) que esteja subindo. O PIB per capita isola os
efeitos de uma mudança na população.
Por exemplo, tudo o mais mantido constante, um aumento na população
reduz o padrão de vida para a pessoa media. Haverá mais pessoas para
dividir dado montante de PIB real. Um aumento no PIB real que é igual ao
crescimento da população deixa o padrão de vida media sem modificação.
68
3. POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS
Políticas Governamentais podem aumentar a taxa de crescimento
económico através quatro (4) canais principais:
(i) Subsídios do Governo à Infraestrutura
Os governos podem desempenhar um papel importante directo
construindo infraestruturas tais rodovias, linhas de transportes de energia
eléctrica, portos, redes de informação e outros projectos de capital fixo
em grande escala que fornecem uma base ou os fundamentos para a
actividade económica.
(ii) Subsídios Governamentais à Educação
Diferente do capital físico, que é criado principalmente através de gastos
de investimento dos indivíduos e companhas privadas, grande parte do
capital humano de uma economia.
É o resultado de gastos governamentais em educação.
(iii) Subsídios do Governo à Pesquisa
O progresso tecnológico é em larga medida resultado da iniciativa do
sector privado. Mas em países avançados muita pesquisa e
desenvolvimento de grande importância é feita também por agências
governamentais.
(iv) Manutenção de um Sistema Financeira que funcione.
Os governos também têm um papel importante indirecto tornando
possíveis elevados gastos de investimento privado. Tanto a quantidade de
poupança quanto a capacidade de uma economia de canalizar a poupança
para o gasto em investimentos productivos dependem das instituições da
economia.
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4. “O MILAGRE DA LESTE ASIÁTICO”: EXEMPLO DE SUCESSO
Em 1960, a Coreia do Sul era um pais muito pobre. De facto, em 1960, seu
PIB real per capita era mais baixo que o da India hoje. Mas, a partir do
início dos anos 1990, a Coreia do Sul começou uma ascensão económica
extremamente rápido; o PIB real per capita cresceu mais de 7% ao ano
durante nas de 30 anos. Hoje, a Coreia do Sul, embora um pouco mais
pobre que a Europa ou os Estados Unidos, parece muito mais como um
pais economicamente avançado.
A Coreia do Sul, contudo, é apenas parte de um fenómeno mais amplo
frequentemente mencionado como o Milagre Economico do Leste
Asiático. Elevadas taxas de crescimento primeiro aconteceram na Coreia
do Sul, em Taiwan, Hong Kong e Singapura, mas depois se espalharam
pela região, nomeadamente para a China.
70
TEMA III. FORÇAS DE MERCADO DA PROCURA (DEMANDA) E
DA OFERTA
1. INTRODUÇÃO
71
FORÇAS DE MERCADO: A PROCURA (DEMANDA)
1. INTRODUÇÃO
2. FUNÇÃO PROCURA
72
2.2. PREÇOS RELATIVOS VERSUS PREÇOS MONETÁRIOS
O preço relativo de qualquer bem é o seu preço em termos de outro bem.
O preço monetário de um bem é o preço que é pago, correntemente, em
unidades monetárias (euros, dólares, kwanzas, etc…)
2.3.1. BEM SUBSTITUTO: Aquele bem que pode ser usado no lugar de
outro, satisfazendo, pelo menos aproximadamente, as mesmas
necessidades. Por exemplo, a margarina e a manteiga. Se o preço de
um bem substituto aumento a quantidade procurada do outro bem
tende a aumentar.
2.3.4. BEM NÃO RELACIONADO: Os bens que não são relacionados são
designados por bens independentes, significando que a variação do
preço de um bem não afecta a quantidade procurada do outro,
tendo apenas em consideração o efeito rendimento.
73
2.3.5. BEM NORMAL: É aquele bem para o qual, com todo o resto
contante (ceteris paribus), a quantidade procurada varia
directamente com o rendimento, ou seja, a procura aumenta com a
subida do rendimento e desce com a diminuição do rendimento.
2.3.7. BEM GIFFEN: É o bem inferior cuja procura varia inversamente com
o preço do bem.
2.3.9. BENS DURADOUROS: Aqueles que podem ser várias vezes. (Ex:
Computador, automóvel, casa…).
74
substituídos na satisfação de uma necessidade: Óleo e azeite ou
água e sumo.
2.3.16. BENS MATERIAIS: Aqueles que têm existência física (Ex: pão,
máquina…).
2.3.17. BENS NÃO DURADOUROS: Aqueles que são utilizados só uma vez
para a satisfação das necessidades. Extinguem-se no momento em
que são utilizados (Ex: o leite, a batata…).
75
2.4. FACTORES DETERMINANTES DA PROCURA
A quantidade procurada de um bem qualquer, x, que um individuo deseja
comprar é determinado por vários factores, entre os quais se destacam:
(i) Px: o preço desse bem c;
(ii) Ps: os preços dos bens substitutos;
(iii) Pc: os preços dos bens complementares;
(iv) Pn: os preços de outros bens;
(v) Y: rendimento Y;
(vi) T: gostos;
(vii) Pe: expectativas dos futuros preços;
(viii) Dy: distribuição de rendimento Dy;
(ix) B: efeito bandwagen;
(x) F: Preços de Factores de produção (Custos de produção)
(xi) W: riqueza;
(xii) N: variação da população.
A função procura é dada pela expressão:
D = f (Px,Ps,Pc, ………Pn,Y,T,Pe, Dy, B, W,F,N)
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O efeito framing, que consiste no efeito de enquadramento da
apresentação de um determinado bem ou serviço, influenciará a procura
dos indivíduos, nomeadamente: através da ligação que produz dos
factores externos aos factores internos desencadeando uma tendencial
escolha de um determinado individuo pelo produto em questão.
2.5. EFEITOS DE VARIAÇÃO DE PREÇO
A variação do preço (explicito ou implícito) leva à existência de dois
efeitos:
(i) O efeito Rendimento; e
77
desejam associar em termos de status, deve-se ao facto de se poderem
considerar dentro da moda, pelo efeito imitação.
78
Segunda essa lei, portante, toda a vez que o preço diminui a quantidade
procurada aumenta. Toda a vez que o preço aumenta, a quantidade
procurada diminui,
3.2. FUNÇÃO DA PROCURA
Podemos apresentar a expressão analítica de uma função procura através
de uma equação de primeiro grau, expressando a procura do bem por X,
por simplificação: X = a – bP
Onde, X representa a procura do bem que é a variável dependente, P
representa o preço do bem, sendo a variável independente, e a e b são
parâmetros.
A função inversa da procura é dada pela seguinte expressão:
P = a – 1/b X
Em termos gráficos, a função procura (inversa) numa versão linear
apresenta o seguinte decliva ou inclinação:
Curva da procura (função inversa)
79
e o preço do bem, para a maioria dos bens (excepto para os bens Giffen e
para os bens com o efeito snob ou bens Veblen).
O efeito da variação do preço de um bem X, mantendo-se constante os
restantes factores, faz com que o consumidor altere a quantidade
comprada do bem.
4. FUNÇÃO OFERTA
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(iii) Para além de certo montante de produção, os custos aumentam
cada vez mais rapidamente.
O primeiro e o terceiro determinantes afectam a oferta no curto prazo,
enquanto o segundo afecta-a no longo prazo.
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O gráfico mostra a relação positiva entre o preço e a quantidade oferecida
pelos productores. Um aumento do preço leva a uma maior oferta do
bem.
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(b) O maior lucro de produtos alternativos (produtos substitutos); se
um produto substituto se torna mais rendível para os productores a
sua produção aumentará com sacrifício do menos rendível;
Ou
83
QsA= f ( PA, PB, PC, T, F, M, E, ….)
Onde
QsA , quantidade oferecida do bem A
PA, Preço do bem A
PB e PC como Preços dos bens relacionados que são produzidos (n
sucedâneos/complementares na produção – B, C)
T, Tecnologia
F, Preços dos factores de produção (Custos de produção)
M, meteorologia
E, Expectativas
84
O gráfico anterior representa o equilíbrio de mercado do bem X. O ponto
de equilíbrio do mercado é dado pela intercessão das curvas de procura
(D= Demand em inglês) e da oferta (O = S - Supply), determinando o preço
e a quantidade que equilibra este mercado.
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RESOLUÇÃO
Começamos por explicar a função da oferta no mercado que é dada por:
(i) Xs ou S = n.x Xs = 50 (20P – 2) Xs mercado = 1.000P –
100
A função da procura global no mercado (Xd) será dada por:
(ii) Xd ou D = 10.000(14 – 2P) X = 140.000 – 20.000P
O equilíbrio no mercado resultará da igualdade entre a procura (D) e a
oferta (S) globais no mercado, ou seja, D=S. Então, igualando as duas
funções da procura e da oferta, tem -se:
(iii) 140.000 – 20.000P = 1.000P - 100
Resolvendo esta equação do primeiro ordem a P, tem-se
(iv) - 20.000P – 1000P = - 140.000 – 100 - 21.000P = - 140.100
O que significa que o preço de equilíbrio é:
(v) P = - 140.100/- 21.000 = 6,67 Euros
Pelo simples facto de existir, como pressuposto, a soberania do
consumidor, optamos por calcular a quantidade de equilíbrio através da
função de procura: X = 140.000 – 20 (6,67);
Quantidade Quantidade
Preço por Kg Procurada Oferecida Pressão sobre o
(Akz) (Kg por mês) (Kg por mês) Situação do Mercado Preço
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Excedente ou Excesso Descida
A - 100,00 20 150 de oferta (+130) (descendente)
Este equilíbrio tem lugar para o preço igual à 40,00 Akz por Kg. Para o
preço maior, a quantidade oferecida excede a procurada e as existências
fazem com que o preço diminui.
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Se a oferta A curva da Oferta desloca-se Quantidade
aumenta para direita Preço - +
Se a oferta A curva da Oferta desloca-se Quantidade
baixa para esquerda Preço + -
NOTA
6.2. A demonstração nas diferentes curvas será feita nas aulas práticas
(Ver Economia – Samuelson, páginas 56 e 57)
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