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Oferta e Demanda
Microeconomia Macroeconomia
A Microeconomia estuda o processo A Macroeconomia estuda o
de formação de preços e o comportamento do sistema econômico
funcionamento dos mercados. como um todo, tratando do estudo da
determinação e do comportamento dos
grandes agregados, como o investimento
agregado, o consumo nacional, a
exportação, o Produto Interno Bruto (PIB),
o nível geral de preços, dentre outros.
Assim, caso fosse considerada uma floresta, a Microeconomia estudaria as espécies vegetais que as
compõem, enquanto a Macroeconomia se preocuparia com a qualidade do produto total, a floresta
como um todo.
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Conceitos
Condição Coeteris Paribus
Expressão do latim que significa “tudo o mais constante”. Para poder analisar um mercado de
maneira isolada, a Microeconomia supõe todos os demais mercados constantes.
Este ramo da teoria econômica supõe que o mercado em análise não impacta e não
é impactado pelos demais mercados. A mesma condição é utilizada para verificar o
efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis.
Desta forma, para analisar o efeito isolado de uma variação de preço sobre a quantidade demandada
de determinado bem, independentemente do efeito de outras variáveis que afetam a procura, adota-
se a hipótese coeteris paribus.
Considerando, por exemplo, que a renda do consumidor também afeta a procura de um bem, esta
variável é mantida constante, hipótese que permite avaliar o impacto da alteração de outra variável,
o preço, sobre a quantidade demandada do bem de maneira isolada.
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Representa um desejo, sendo o máximo que o consumidor pode aspirar, dada a sua renda e os
preços no mercado.
Não se deve confundir demanda por compra e nem oferta com venda. Além disso, a demanda é o
fluxo por unidade de tempo, devendo sempre ser expressa por certa quantidade em dado período.
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Assim:
R = renda do consumidor/t;
Mantendo-se as variáveis ps, pc, R e G constantes, tem-se que a quantidade demandada é uma função
do preço do bem.
Δqid
qid = f(pi), sendo <0
Δpi
Significa dizer que se o preço diminui (aumenta), a quantidade demandada pelo consumidor aumenta
(diminui).
Quando o preço do bem cai, este fica mais barato em relação a seus concorrentes, com o que a
quantidade demandada aumenta. É o chamado efeito substituição.
Ao mesmo tempo, com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade
demandada do bem tende, normalmente, a aumentar. É o chamado efeito renda.
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Esta relação inversa é válida para os bens denominados normais. Existe uma exceção à Lei Geral da
Demanda, em que a curva de demanda é positivamente inclinada.
É o chamado Paradoxo ou Bem de Giffen que é um conceito mais teórico do que efetivo.
Oferta
A oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores (ou vendedores,
fornecedores, firmas ou empresas) desejam vender, num determinado período.
Em que:
T = tecnologia adotada.
De acordo com a Lei Geral da Oferta, a quantidade ofertada de um bem ou serviço varia na relação
direta de seu preço, coeteris paribus. Assim, mantendo-se as outras variáveis constantes, temos:
Δqio
qi = f(pi), sendo
d
<0
Δpi
Significa dizer que à medida que o preço aumenta (diminui), aumenta (diminui) a quantidade ofertada
pelo produtor ou vendedor.
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A curva de oferta é positivamente inclinada, ou seja, demonstra a relação direta entre a variável
independente, o preço, e a variável dependente, a quantidade ofertada.
Qd = 5000 - 500P
Qs = -400 + 400P
a. vendedor; $ 6,80.
b. vendedor; $ 7,00.
c. comprador; $ 6,80.
d. comprador; $ 7,00.
Resposta:
900P = 5400
P = 6 e Q = 2000
A nova curva de oferta será -400 + 400 (P-1,80) e o novo equilíbrio será:
6120 = 900P
P = 6,8 e Q = 1.600
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Note que, graças ao tributo o preço subiu (de 6 para 6,8) e a quantidade do bem
trocada naquele mercado caiu (de 2000 para 1600 unidades). Se não houvesse
tributo e houvesse apenas 1600 unidades naquele mercado, qual deveria ser o
preço justo?
Essas duas variáveis (preço e quantidade) são, portanto, variáveis endógenas ao modelo, isto é,
estão dentro daquilo que queremos explicar.
Mas sabemos que existem muitas outras variáveis que estão fora do modelo, como taxas de juros,
desemprego, inflação, taxa de câmbio, etc. Todas essas variáveis, embora ausentes da lei da oferta e
da demanda, teriam impactos sobre as curvas. Essas são variáveis exógenas ao modelo.
Qx = 135 – 55Px
A essa altura você já deve ter reconhecido que é uma função demanda pelo coeficiente
negativamente inclinado.
Podemos ver o que acontece com essa função se consideramos um preço de, digamos, $1,20.
Encontraríamos 135 – 55 (1,20) = 69 unidades.
Podemos continuar testando outros preços, que são variáveis endógenas. Sempre chegaríamos a
outras quantidades, mas sempre dentro da função demanda existente.
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Imagine que o Governo criou um imposto que não existia até ontem. O imposto é obviamente uma
variável exógena, não é nem preço nem quantidade, mas vai afetar a ambos.
O que você imagina que vai acontecer com a demanda sobre determinado bem quando o imposto
for criado?
Se antes a um preço de 1,20 consumiríamos 69 unidades, agora para consumir as mesmas 69 unidades
pagaremos mais, porque além do preço de 1,20, pagamos também o imposto adicional.
Em outras palavras, o equilíbrio ocorre sempre no ponto em que a quantidade demandada pelos
consumidores é igual à quantidade ofertada pelos produtores, com o preço do bem sendo igual ao
seu preço de equilíbrio.
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O mercado encontra-se, portanto, em equilíbrio com alocação eficiente de recursos, uma vez
que o benefício marginal para a sociedade se equipara ao custo marginal de se produzir naquela
quantidade.
Em qualquer outra situação o benefício marginal será diferente do custo marginal e o mercado não
estará em equilíbrio.
PE Benefício Custo
Marginal Marginal
> Custo > Benefício
Marginal Marginal
QE Q
A alocação eficiente de recursos ocorre sempre que a quantidade produzida do bem é igual à
quantidade em que o benefício marginal, BMg, é igual ao custo marginal, CMg.
Qualquer ponto diferente do ponto de equilíbrio (PE e QE) gera uma alocação ineficiente de recursos.
A subprodução reflete uma produção abaixo do ponto ótimo, ou seja, a esquerda da quantidade
de equilíbrio.
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Neste sentido, consumidores estão dispostos a pagar mais do que o custo da oferta do bem ou do
serviço, ou seja, o benefício marginal é superior ao custo marginal.
Por sua vez, a superprodução reflete uma produção acima do ponto ótimo, isto é, a direita da
quantidade de equilíbrio.
Assim, os consumidores estão dispostos a pagar menos que o custo da oferta do bem ou do serviço,
isto é, o benefício marginal é inferior ao custo marginal.
A quantidade de equilíbrio é o único ponto de produção que não ocorre o peso morto, já que é um
ponto eficiente de alocação de recursos.
Desta forma, existe apenas um preço em que as quantidades demandadas e ofertadas se igualam
que é o preço de equilíbrio:
QE Q
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QE Q
Teto de preços e seus impactos: o preço teto ou preço máximo é o limite máximo
de preço que o produtor pode cobrar pelo bem. Se o preço teto Pteto estiver acima do
preço de equilíbrio PE não terá efeito.
Se o preço teto Pteto estiver abaixo do preço de equilíbrio PE, o resultado será a falta de produto no
mercado em função do excesso de demanda. Neste caso, a quantidade demandada Qd é maior do
que a quantidade ofertada Qo.
Os consumidores estão dispostos a pagar um preço Pcp (preço que embute o custo da procura) para
uma quantidade Qo e os produtores estão dispostos a vender ao preço teto Pteto.
Os consumidores estão dispostos a pagar um valor adicional de Pcp - Pteto pelo esforço adicional
resultante da procura pelo bem escasso. A redução na quantidade comercializada em função do
preço teto Pteto cria uma perda de eficiência, o peso morto, conforme ilustra a figura a seguir.
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―― Consumidores podem ter que esperar em longas filas para fazer compras e
pagam um preço por isso. Esse é o custo de oportunidade pelo tempo perdido.
A fila para comprar carne durante o Plano Cruzado no Brasil é um exemplo;
Por ser um valor fixado de forma artificial, isto é, pelo preço não ser aquele decorrente do equilíbrio
de mercado, existe um peso morto e uma alocação ineficiente de recursos.
Conceitualmente, o preço piso ou preço mínimo equivale ao valor mínimo que o comprador poderá
oferecer pelo bem ou serviço.
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Por sua vez, é o preço mínimo que o trabalhador poderá oferecer sua mão-de-obra ao empregador.
Em vários países, dentre eles o Brasil, existe a fixação do salário mínimo que impede os empregadores
de contratarem trabalhadores com um salário inferior ao mínimo legal. Se o salário mínimo (Wmin/P)
estiver acima do salário de equilíbrio (W/PE), haverá um excesso de oferta de trabalhadores e um
aumento de desemprego.
A figura a seguir (a) e (b) ilustra os efeitos de impostos sobre os produtores e sobre os compradores
(por exemplo, um imposto sobre as vendas).
Qimposto QE Q Qimposto QE Q
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Na figura (a) os pontos indicados pelo preço de equilíbrio PE e pela quantidade de equilíbrio QE
descrevem o equilíbrio antes do imposto.
Como resultado deste imposto sobre as vendas, a curva de oferta se desloca para cima e para a
esquerda de O para Oimposto, onde a quantidade Qimposto é precificada ao nível Pimposto.
O montante do imposto é dado pela diferença entre o que os compradores pagam e o que os
vendedores ganham por unidade. Este montante é ilustrado pela distância vertical entre a curva de
oferta O e a curva de oferta Oimposto.
Na nova quantidade, Qimposto, os compradores pagam Pimposto, e as firmas recebem somente Po, líquido
de imposto.
A região triangular é um peso morto, ou seja, a perda dos ganhos de produção e do comércio que
resultam do imposto (ou seja, a quantidade produzida e consumida é inferior à quantidade eficiente).
Note que na figura (b), embora a incidência do imposto recaia sobre os compradores, o impacto do
imposto sobre a produção e o respectivo peso morto é similar à figura (a) em que o imposto recaia
sobre os vendedores.
A receita fiscal total é dada pela diferença de preços, ou seja, Pimposto - Po multiplicado pela quantidade
do novo equilíbrio, Qimposto.
Os agentes econômicos, sejam eles compradores ou vendedores, arcam com a carga das receitas
fiscais, a chamada carga tributária. A área retangular denominada “receita fiscal dos compradores”
representa a parcela da receita fiscal que os compradores efetivamente assumem.
A área retangular denominada “receita fiscal dos vendedores” ilustra a parcela do imposto que os
fornecedores ou produtores efetivamente arcam.
Subsídios: são pagamentos feitos pelo governo aos produtores, com maior
frequência, agricultores. Os efeitos de subsídios são ilustrados na figura abaixo
através do mercado de soja.
Sem subsídio, a quantidade de equilíbrio no mercado de soja é de 60 toneladas por ano a um preço
de R$ 60,00 por tonelada.
Um subsídio de R$ 30,00 por tonelada provoca um deslocamento para baixo e para a direita na curva
de oferta de O para (O - subsídio), resultando em um aumento na quantidade de equilíbrio para 90
milhões de toneladas por ano e em uma diminuição do preço de equilíbrio (pago pelos compradores)
para R$ 45,00 por tonelada.
No novo equilíbrio, os agricultores recebem R$ 75,00 por tonelada (o preço de mercado de R$ 45,00,
acrescido de R$ 30,00 de subsídio).
Reconhecendo que a curva de oferta (não subsidiada) representa o custo marginal e que a curva de
demanda representa o benefício marginal, o custo marginal é maior que o benefício marginal no
novo equilíbrio com o subsídio.
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O recurso utilizado para produzir 30 milhões de toneladas de soja adicionais tem um valor, se utilizado
de outra forma, maior que o valor (ou benefício) da soja adicional para os consumidores.
As cotas são usualmente adotadas pelo governo para regular os mercados agrícolas. Ainda
considerando o exemplo do mercado de soja, considere que o governo imponha uma cota de
produção de soja de 60 milhões de toneladas por ano.
Na figura a seguir, verifica-se que, na ausência de cotas, a produção de soja seria de 90 milhões de
toneladas por ano a um preço de R$ 45,00 por tonelada. Com a adoção da cota limita-se a produção
para 60 milhões de toneladas e o preço aumenta para R$ 75,00 por tonelada.
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A redução na quantidade de soja produzida devido ao limite imposto pela cota leva a uma
subprodução e a uma alocação ineficiente de recursos, além de gerar um peso morto para
a economia.
Além de a cota aumentar o preço de mercado, reduz o custo marginal de se produzir na quantidade
estabelecida pela cota. Nesta quantidade, o benefício marginal ou preço excede o custo marginal,
explicando o motivo de produtores muitas vezes procurarem a imposição de cotas.
Observe que se a cota for maior do que a quantidade de equilíbrio de 90 milhões de toneladas,
nada vai mudar, porque os agricultores já estariam produzindo menos do que a produção máxima
permitida pela cota.
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