Você está na página 1de 12

TEMA 2: CONCEITOS BÁSICOS DE

ECONOMIA
(PARTE 1)

Fundamentos de Economia
OBJECTIVOS DO CAPÍTULO

No final do presente capítulo espera-se que estudante adquira conhecimentos sobre:


 A escassez e seu impacto no comportamento do indivíduo;
 O conceito de custo de oportunidade e sua relação com a fronteira de possibilidades de
produção;
 O retornos marginais decrescentes dos factores de produção;
 A importância dos interesses individuais na analise económica,
 O conceito de função- utilidade;
 O papel das restrições orçamentárias nos modelos económicos;
 A maximização do lucro por parte das empresas;
 Efeito da alteração de preços na quantidade de bens e serviços consumidos.
ESCASSEZ, CUSTO DE OPORTUNIDADE
Os recursos e produção que existem no espaço e no tempo gozam de duas
propriedades:

 A primeira propriedade refere-se à escassez, isto é os recursos e produção


acabam, são finitos e;

  A segunda propriedade resulta do uso alternativo, isto é, os recursos podem


ser aplicados para produzir diferentes bens em diferentes ocasiões. Por
exemplo os grãos de trigo podem servir para fazer a farinha e posteriormente
confeccionar o pão ou semear para dar nova espiga.
ESCASSEZ, CUSTO DE OPORTUNIDADE

Escolhas
 A impossibilidade de um individuo realizar duas actividades diferentes em tempo e espaços iguais
implica a tomada de decisão sobre que factor de produção, bem ou serviço usar e qual não usar (fazer
escolhas).

Restrições
 Ao contrário das necessidades humanas (que são infinitas), os factores de produção, os bens e serviços
existem em quantidades limitadas (finitas).

Custo de Oportunidade
 As escolhas de indivíduos estão necessariamente associadas ao custo de não escolher uma outra
determinada alternativa. Os economistas descrevem este fenómeno através do conceito de custo de
oportunidade, que é definida como o valor da melhor alternativa sacrificada.
FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

 Formalmente, o conceito de custo de oportunidade é estudado através da fronteira de


possibilidades de produção (FPP).
 A FFP é o lugar geométrico que representa as combinações de factores de produção de bens ou
serviços maximamente possíveis de produzir. Representa a quantidade máxima de produção
que pode ser obtida por uma economia dados os conhecimentos tecnológicos e dados os
factores de produção. Os factores nestas circunstâncias devem ser completamente e
eficientemente empregues. Os factores nestas circunstâncias devem ser completamente e
eficientemente empregues.
 Para a representação da FPP é necessária a observância das seguintes hipóteses:

1a. hipótese: Existência de dois bens a serem produzidos.


2a. hipótese: Existência de um único tipo de bem de capital por exemplo: tractor e de um único
tipo de bem de consumo por exemplo: pão 
FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

O gráfico da FPP (pag. 18 do texto de apoio) ilustra três ideias básicas a saber:

 Limitação – que se refere ao facto de que a produção não é possível fora da FPP;

 Substituição – isto é, significa que (com base no exemplo do texto de apoio), para
aumentar a produção de “GPA” teremos que reduzir (substituir) a produção de “Income” e;
 

 Três posições – a ineficiência produtiva graficamente representado pelo ponto Z, a


produção no ponto de eficiência em qualquer dos pontos ao longo da FPP e a produção
impossível em qualquer ponto acima da FPP.
EXEMPLO DE FPP

Combinações Bens de Capital Bens de Consumo


A 300 0
B 280 15
C 240 30
D 180 45
E 100 60
F 0 75
EXEMPLO DE FPP
 As posições A, B, C, D, E e F correspondem às combinações maximamente possíveis
de produzir e são parte dos pontos de eficiência produtiva.

 O termo eficiência quer significar o uso máximo e racional (coerente com os


objectivos) dos recursos. O que quer dizer por outras palavras a satisfação das
necessidades.

 Quando nos deslocamos de A para B e de B para C assim sucessivamente estamos a


transferir os recursos de produção de bens de capital para bens de consumo mantendo
o mesmo nível de eficiência. Estamos a alocar os recursos de produção de bens de
capital para produção de bens de consumo – isto é, estamos apenas a substituir os bens
que estão a ser produzidos.
EXEMPLO DE FPP
 Nestas circunstâncias de eficiência produtiva a sociedade não pode aumentar a
produção de um bem sem reduzir a produção do outro. As cominações de bens
maximamente possíveis de produzir podem ser resumidas em conformidade com a
tabela abaixo. Nos extremos onde a produção de um bem é máxima, embora a
eficiência prevaleça nestas circunstâncias, a produção de um outro bem será mínima,
isto é igual a zero.

 A sociedade tem que ao seu melhor critério escolher produzir ou mais bens de capital
ou mais bens de consumo.
EXEMPLO DE FPP
 A combinação B (280,15) pode significar opção pela produção de bens de capital no
presente para garantir maior e mais rápido desenvolvimento económico da sociedade
em presença ou significar um país que já resolveu as suas necessidades alimentares e
se preocupa com outras. Para a posição E (100,60) – uma opção pela produção de
bens alimentares ou pais em fase de desenvolvimento em que dedica quase todos os
recursos a produção deste bem.

 As diferentes combinações são possíveis graças ao processo de transformação dos dos


recursos para a produção dos bens de capital em recursos para a produção de bens de
consumo. A relação dos recursos nesse processo de transformação é designada de taxa
marginal de transformação.
TAXA MARGINAL DE TRANSFORMAÇÃO (TMT)

A Taxa Marginal de Transformação (TMT) indica a quantidade de recursos por


exemplo de produção de bens de capital que é necessário sacrificar para a obtenção de
uma unidade adicional do outro recurso por exemplo de produção de um bem de
consumo. Possibilita-nos deslocarmos ao longo de Fronteira das possibilidades
produtivas. A TMT é designada de custo de oportunidade definida como a melhor
alternativa sacrificada.

TMT=- Variação da produção de bens de capital


Variação da produção de bens de consumo
RETORNOS MARGINAIS DECRESCENTES (RMD)
OU LEI DE RENDIMENTOS DECRESCENTES
O conceito de RMD será abordado com mais detalhe no capítulo sobre a teoria
de produção. Neste momento importa apresentar a definição geral que é:
“à medida que aumentamos o uso de um recurso, com respeito a outros fixos, a
produção total aumenta numa primeira fase com os rendimentos crescentes,
depois com os rendimentos decrescentes e finalmente a produção descresce.
A falta da linearidade na relação entre os factores de produção e o nível de
produção explicada pela lei dos rendimentos decrescentes explica a concavidade
da curva da FPP também designada da lei da economia marginalista.

Você também pode gostar