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Resumo - Introdução à Economia: módulo I

Unidade 1
Capítulo 1: Alguns conceitos básicos

 Bens livres: bens que não estão em condições de escassez e, por isso, não
são bens inclusos na atividade econômica.
 Bens econômicos: bens limitados que por serem escassos, são apreçados e
alocados no mercado (bens de troca).

 “economia”: atividade voltada ao uso eficiente dos recursos materiais.

 “Economia”: ciência de estudo da atividade econômica. Estuda as


formas de utilização dos recursos escassos (bens e serviços) para a satisfação
dos desejos das pessoas.

 Economia normativa: área da Economia que se dedica a compatibilizar


diferentes interesses e juízos de valor (representação de como deve ser) nas
decisões em coletividades.

 Economia positiva: área de formulações de teorias, análises e explicações da


economia (tal como ela é)

 Política econômica: a arte de conciliar interesses conflitantes e opostos de


modo a satisfazer (ao menos parcialmente) os lados e que seja vantajoso para
a coletividade.

 Os oito primeiros princípios (de dez) básicos da Economia para Gregory


Mankiw:

1. Escolhas e trade-offs: trade-offs são escolhas entre opções que são


conflitantes entre si (uma decisão anula a outra) e estão relacionados às
decisões de consumo (no lado dos consumidores) e investimentos (no lado
dos produtores).
2. Trade-offs e o custo de oportunidade: O custo de oportunidade é o custo de
uma opção escolhida (o que se perde ao fazer determinada escolha).
3. Escolha e decisão “na margem”: a margem é o acréscimo de custo ou
benefício que determinada escolha resulta.
- O ganho marginal (ou utilidade marginal) decresce com a quantidade
consumida (exemplo do copo de água e a sede).
4. Decisões e incentivos: o comportamento de um indivíduo em sua atividade
econômica (suas escolhas) pode mudar caso o sistema de incentivos mude (caso
mudem os custos e benefícios de uma escolha).
5. Especialização na produção e trocas: esse princípio baseia-se na ideia de
que a especialização (cada produtor produz o que faz de melhor) amplia e
melhora a produção e consequentemente a vida dos agentes, pois propicia as
trocas.
6. Trocas e mercados: esse princípio diz que o mercado possui seu melhor
funcionamento quando age livremente, por meio das decisões descentralizadas
dos agentes (decisões essas mediadas pelos próprios interesses — custo de
oportunidade, benefícios e custos marginais, incentivos — e sinalizadas pelos
preços).
- As relações de produção e demanda se ajustam por meio de suas relações entre
si (e por intermédio do preço).
- Métodos de produção mais eficientes são exigências do mercado (os mais
atrasados pedem dinheiro em relação à concorrência e ficam para trás).Esses
métodos buscam a diminuição dos custos de produção. A queda do custo
acarreta na queda do preço, beneficiando os consumidores.
7. Falhas de mercado e funções econômicas do governo: o governo em certos
casos intervém corretiva ou coordenadamente com políticas. Esses casos
denominam-se falhas de mercado — quando este não funciona corretamente
por conta própria (como os conflitos entre os interesses individuais e o coletivo).
O governo também atua na redução de desigualdades (de forma indireta,
ao limitar o poder do mercado, por exemplo, contra os monopólios; ou de forma
direta, com políticas de distribuição de renda), no investimento em
infraestrutura, educação e saúde; e em áreas que a iniciativa privada não
consegue suprir de forma adequada.Além disso, o Estado fortalece a confiança
entre os agentes de mercado por meio de mediações e garantias de cumprimento
de contratio, direitos do consumidor, direitos trabalhistas, etc
8. Padrões de vida e produtividade: Países são agraciados com certos
recursos (“loteria econômica”).
- Instituições estatais mais confiáveis estimulam o investimento.
- O padrão de vida de um país relaciona-se com sua capacidade produtiva, esta
relacionada à eficiência (produtividade) da economia.
OBS: Produtividade – relação entre quantidade produzida e fatores de
produção utilizados. Produtividade de trabalho é a produção por homem-hora,
produtividade da terra é a produção por hectare, etc.. A produtividade depende
de mais tecnologia de produção e um maior nível de preparação, educação e
experiência da força de trabalho.
- O investimento é o principal fator que promove o crescimento econômico.

Capítulo 2: escolhas, custo de oportunidade e trocas

 Coeteris paribus: “tudo o mais mantido constante”. Expressão usada para


indicar que, na análise de um fenômeno, todos os outros dados e fatores que
influenciam o fenômeno se mantêm fixos, com exceção da variável em
análise.

 Bens: No sentido amplo, tudo aquilo que direta ou indiretamente contribui


para a satisfação dos desejos e necessidades dos indivíduos. Em sentido
estrito, são apenas os objetos (tangíveis), diferenciando-se dos serviços.

 Classificações dos bens segundo a disponibilidade, forma de utilização e


uso:
1. Disponibilidade: bens livres e bens econômicos.
2. Forma de utilização: Bens intermediários – Bens que irão compor ou se
transformar em outros bens; e bens finais – bens que não sofrerão mais
transformações ou agregações de valor.
3. Uso: bens de capital – apesar de não se transformarem em outros bens,
participam do processo de produção de outros; e bens de consumo – bens
capazes de satisfazer de imediato as necessidades das pessoas. São duráveis
se perdurarem por algum período de tempo, como automóveis e
eletrodomésticos, e não duráveis se forem inteiramente usados consumo. Há
ainda, algumas vezes, os bens semiduráveis, como roupas.

 Eficiência econômica: está relacionada a obtenção do máximo possível com


os recursos disponíveis, ou a atingir um objetivo (obtenção de certo
resultado) com o mínimo de recursos possível. Geralmente liga-se às
escolhas no sentido de “piorar” um lado pelo avanço de outro (diminuir o
consumo de um bem para consumir mais de outro, por exemplo). Costuma
ser associada à Pareto (eficiente = ótimo de Pareto)
 Eficiência x equidade: certas decisões necessárias na coletividade
representam trade-offs entre eficiência e equidade, pois a busca de um pode
(e acontece em grande parte dos casos) limitar a concreção da outra (como,
por exemplo, a implantação de impostos progressivos). A economia tende a
buscar eficiência e não equidade, e nisso se justifica certas intervenções do
Estado. A sociedade tenta debater melhores combinações entre equidade
econômica e eficiência.
 Fatores de produção: elementos básicos de produção de bens e serviços
- Terra: refere-se não somente a áreas de cultivo e construções mas também a
recursos como minério e água.
- Capital: produzidos pelos humanos, mas destinados a produção de outros bens
(maquinário).
- Trabalho: serviços humanos empregados na produção.

 LCP: linha de possibilidade de consumo


Curva que representa as possibilidades de consumo dado um orçamento.

Fast Food
14 - Orçamento: R$150,00
12 - Bens (no gráfico sempre serão duas
9 alternativas): RU (2,50) e fast food
6 (12,50)
: aumento de salário (diminuição
do salário promove o efeito inverso).
: aumento do preço do fast food
RU (diminuição do preço promove o efeito
15 30 60 70 inverso).
 CPP: curva de possibilidade de produção
Aqui, a restrição orçamentária é relacionada aos produtores (como os seus
recursos podem ser usados de forma a maximizar os ganhos).

Sacos de milho - São os recursos (terra,


capital e trabalho e
100 tecnologia) que definem a
75 curva, não sendo somente os
recursos financeiros, como
50 nas LCP.

20 40 80 Sacos de soja
Sacos de milho
- P: subutilização de recursos
120
produtivos.
100
- Q: situação inatingível de
90 Q
produção.
- : aumento da
P
capacidade produtiva
(aumentando a área de
possibilidade de produção).
- : Diminuição da
60 80 90 Sacos de
capacidade (diminuindo a
Soja
área de possibilidade de
produção).

 Situação de pleno emprego: situação em que os recursos são utilizados com


eficiência.
 Há a possibilidade de que somente uma das alternativas de produção se
altere.
Sacos de milho 120 Sacos de milho
100 100
90

70 80 90 80
Sacos de soja Sacos de soja

 Curva de possibilidade de produção e custo de oportunidade: segundo os


conceitos de custo de oportunidade e situação de pleno emprego, tem-se que,
para produzir determinado produto em determinada quantidade, deve-se abrir
mão de certa quantidade de outro bem.

 Cálculo de custo de oportunidade:

Para 20 sacos a mais de soja Abre-se mão de 25 sacos de milho


Para 1 saco a mais X

X = 25/20 = 1,25 sacos de milho (custo de oportunidade dos 20 sacos a mais de


soja).

 Se a CPP for retilínea, o custo de oportunidade é constante; se ela for


curvilínea, o valor vai variar ao longo da curva.
 O cálculo pode ser feito com os valores extremos dos eixos.

 Custo de oportunidade e trocas

- Vantagem absoluta: tem vantagem absoluta aquele que produzir em maior


quantidade. Tem ligação direta com a produtividade.
- Vantagem comparativa: tem vantagem comparativa o produtor que tiver o
menor custo de oportunidade.

 A vantagem comparativa caracteriza trocas simetricamente vantajosas.


 Em uma relação entre produtores, estes poderão estabelecer trocas, pois
tenderão a especializar-se na produção do produto que possuem vantagem
comparativa.
 Todos os lados das trocas tenderão a ganhar, sendo que a distribuição dos
ganhos é dada pelo preço que rege a troca.

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