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l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 1 de 164


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INTRODUÇÃO À
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ECONOMIA
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APOSTILA N 2 º
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MÓDULO li
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íUNlDADES 3 e 4J
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( Listas de Exercícios
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e 3A� 38'9 3C e 4
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( Simulado ll
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 2 de 164

,,
UNIDADE 3
Bruno Pereira Rezende e Flávio Rabelo Versiani

Partiremos agora para o estudo da Contabilidade Nacional e do Balanço de Pagamentos.


f ;. Contabilidade Nacional (ou as •contas Nacionais") objetiva mensurar a produção total de bens e
l serviçds numa economia, em determinado período, e bem assim mostrar a composição da renda gerada pela
atividade produtiva (entre salários, lucros, etc.) e dos gastos efetuados (especialmente a divisão entre gastos db
consumo e de investimento).
A Contabilidade Nacional guarda semelhanças com os sistema.s contábeis das em presas, e tem
essencialmente o mesmo propósito: facilitar o acompanhamento da atividade produtiva e fornecer elementos
e_ara sua melhor administra.cão - no caso, para a formulação e implementação de políticas econômicas
governamentais.
O estudo das Contas Nacionais envolve al guns conceitos e definições que devem ser bem compreendidos.
(
A medida mais abrangente da produção total num pais ou região, em dado perlodo, é o Produto Interno Bruto
(PIB); mas falaremos também no Produto Nacional, na diferença entre valores brutos e lí quidos. no conceito dê
(
Renda Nacional, etc. A melhor forma de entender e reter esses conceitos, sem recorrer a um "decoreba"
(
mecânico, é resolver os exercícios da Unidade. Faça os exercícios da lista 3A para fixar melhor esses pontos.
A medida da produção em vários períodos nos permite analisar sua ·variação ao longo do tempo. Nesse
caso, é necessário considerar as mudanças nos preços dos vários bens e serviços. Quando ocorre, por exemplo,

,· um aumento no valor da produção de um ano para outro, será importante saber se houve aumento efetívo da
produção, em termos da quantidade de bens e servi ços, ou se aumentaram apenas os preços. Para eliminar o
efeito das variações de p�os (ou se ía, para deflacionar os valores monetários correntes, e chegar a v�es reai s/
é preciso primeiro medir essas variações. Isso é feito por meio de índices de preços, que estudaremos também

(
nessa Unidade.
Os índi s e r o são números que mostram a variação média de preços de certo conjunto de bens e
serviços. Um objetivo freqüente do exame das mudanças de preços é avaliar seu impacto no or çamento dos
consumidores ; se há inflação, por exemplo (uma alta generalizada de preços) , o poder de compra de meu salário
\ obviamente diminui. Assim, o índice de Preços ao Consumidor (IPC, também chamado de Índice do Custo de Vida,
ICV) é provavelmente o indicador de preços que mais chama a atenção do público.

----
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É fácil perceber que pode haver vários IPCs: o conjunto de bens e serviços aser considerado é diferente,
.
...Jlara diferentes consumidores (familias de baixa renda, por exemplo, não consomem produtos mais carõsj'; e
----
( preços variam entre localidades (o custo de moradia é mais alto em Brasília do que em outras cidades). Assim, um
( d_os índices produzidos pelo ln<tituto Br asileiro de Geog rafia e Estatística (IBGE), órgão do governo federal, é
calculado para cada uma das onze capitais mais importantes, e se baseia na estrotura de consumo de familias
í com renda entre l e 6 salários mínimos. A agregação desses onze índices fornece o indic;Nacio,;;ld;-P-;z�; ao
- Consumidor {INPq. ---------

{
r
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t importante entender a idéia básica de um IPC: trata•se de uma média dos preços dos vários bens e
serviços consumidos na faixa de renda estabelecida, cada preço ponderado pela importância relativa do bem ou
serviço respectivo nas d•�spesas desses consumidores. Faça os exercícios da Lista 30 para garantir que voce
entenda bem essa parte da matéria.

O Balanço de Pagamentos é o registro contábil das transações efetuadas por um pais com o exterior em
-· ---·---�=--:-- ----�- -- --·-·- -- ___.
um período cfeOO'ITlll1õl!uinOrm·a1mente um ano). Estudaremos a estrutura do balanço de pagamentos, suas

con�sromponentes, os conceitos de deficite �úperávlt e a relação entre o balanço de pagamentos e a variação


das reservas internacionais de um pais. Essa parte da unidade será multo importante posteriormente, quando
estudarmos noções de Economia Internacional. Fique atento e resolva os exercícios da Unidade para averiguar se
entendeu bem essas questões.
A Contabilidade Nacional, como voce verá, inclui também o estudo de outras medidas importantes
relacionadas à atividade econômica de um pais e sua relação com o resto do mundo. O conteúdo visto na

. '
disciplina Introdução à Economia é àpenas uma pequena pane de um ramo muito mais amplo de conhecimento.
Caso tenha interesse em aprofundar seus conhecimentos nessa área (muito requisitada em concursos públícos,
por exemplo), uma sugestão é cursar a disciplina Contabilidade Nacional, ofertada todos os semestres pelo

Departamento de Economia da UnB, sendo Introdução à Economia seu ünico pré-requisito.


Não deixe de fazer os exercícios das Listas 3A (mensuração do produto), 38 (referente aos índices de
preços) e 3C (referente ao Balanço de Pagamentos), no final desta apostila, para conferír se entendeu bem a
matéria e está preparado para os controles de leitura e a próxima prova.

Bons estudos!

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feJii/AlJ1{fjf CONTABILIDADE NACIONAL


Uma introdução às Contas Nacionais
Bruno Pereira Rezende
1. INTRODUÇÃO

Você está iniciando seus estudos no campo da Macra.ecculi10'lia, que é o campo da economia que

--
estuda as variáveis econômicas agregadas, tendo por objetivo principal determinar quais são os fatores que
inffuendam nos níveis de renda e produto na economia. Segundo Gregory Mankiw (200S), os estudos de
Microeconomla e Macroeconomia podem ser definidos como:

(

----
Microeccocmla · '"'o estudo de como famílias e empresas tomam decisões e de como
�ragem nos mercados";
• Macroeconomia: "o estudo de fenômenosque afetarn a economia como um todo, inclusive

_inflação, desemprego e crescimento econômico•.


(
Como visto no início do curso, a Economia lida com um problema básico que é a alocação de recursos
(
escassos. Essa alocação deve se dar de maneira eficiente, de modo que se maximize a produção em função
(
!los fatores utilizados. Assim, surse ai a nec,,ssidade de se registrar os dados da atividade econômica de
modo a permitir que tal análise seja possível. Surge, entao, a �tabj!jdade NacjonaJ (CN), que é, segundo
Bresser-Pereira e Nakano (1972), •o conjunto de estatísticas de ordem econômica, preparadas e

(. .sjstematizadas com o objetivo de possibilitar uma visão quantitativa, a mais precisa possível, da economia
( de um país..É uma síntese contábil dos fatos que caracterizam a atividade econômica de um pais.•
Os primeiros estudos de CN datam de fins do século XVII, quando se introduziu o conceito de renda
nacional. Mas seria somente no século XX que a CN se desenvolveria de maneira mais sistemática,
especialmente após a crise econômica das décadas de 1920 e 1930, seguida pela Segunda Guerra Mundial.
t A partir de então, os economistas passaram a perceber a necessidade de criar técnicas que permitissem a
( mensuração e avaliação das atividades econômicas, e aí teve origem a CN moderna, também referida como
( Contabilidade Social. Trata-se, portanto, de uma técnica que apresenta, por termos quantitativos, o quadro
•r-,:;;I do conjunto da economia de determinada região (seja ela um muniápio, um estado, um �aís, um
bloco econômico etc.) durante certo período de tempo.
(
Antes de iniciarmos os estudos de Contabilidade Nacional, é importante distinguir dois tipos de
-,-.-------
variáveis utilizadas em pesquisa econômica: as/yariávels \variáveis estoque�As
de fluxoJe a!i �-�primeira
>.;.; ssão
medidas ao longo de determinado período de tempo, ou seja, mensuram a produçllo o consumo �
(
investimentos etc. por unidade de tempo. Já as segifn"cra's são medidas num determinado moment9,. e

( _exemplos tipices são reservas de dinheiro, montante dívida etc. A CN trabalha essencialmente com

�--------�
variáveis de fluxo, uma vez que trabalha com períodos de tempo (geralmente um trimestre ou um ano).

(
---
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":"-.:------:
-
A CN tem por objetivos básicos a mensuração da atividade econômica (valendo-se de indicadores
como produção, consumo, investimento, rendimento etc.), a -�"ração ao longo do tempo e do espaç

(o que permite comparar a economia de dois países, por exemplo, com relação ao seu produto).,.!
_

-· - -
elaboraç�o de previsões de caráter econômico e sua utilização como instrumento de política econômica.
-
Mas a CN taC!1!>�s.sw..lim�- Por só registrar atividades remuneradas, sua mensuração não

___
---
considera os setores informai�da economia (embora pesquisas recentes venham faicndo e'silmãlivãl.......

-.:_________
_,..
-
desse valor), não registra as atividades ilícitas (tais como o tráfico de drogas, armas etc.), não leva em
consideração os��ntais ou a importância social dos bens produzidos e não mensura �

------- ---------·�-'-�;;::::=-=�-:----:---:::-------__:­
autoconsumo. Ao conjunto de atividades, legais ou ilegais, que não são declaradas às autoridades e que,
portant _?:.. � são incluídas na C�.s!Jj_ma-se._��bter.™>eil '.'.7
Existem diversos sistemas de CN, mas nos ateremosà Contabilidade da Renda Nacional ou Sistema

-de Contas Na�i!.is�.q,.,e se trata do •�egistro sistemático ·-- dos fatos econômicosque realizam as diversas
-···-··---
---
-·entidades do_pais"
·- - . ,, ,,_,., .... ··-
(BRESSER-PEREIRA e NAKANO, 1972). Preocupa-se, portanto, com a descrição do fluxo

-----·-
'

de bens e serviços finais produzidos cm uma unidade territorial em certo período de tempo, e pode ser
J!lensu�Ç.9-$,ggw:LJ!J)Jili..i!i�os gue permitem, assim, descrever o que se pasla_em__®lgcmi.n�da

..____
____
economia em_determinado
___ espaço temporal produto, espesa 'renda.

2. MEDINDO A RENDA NACIONAL


)
)
Nos noticiários, estamos acostumados a ouvir constantes referências ao produto interno bruto )
(PIB) quando se analisa a renda total obtida na economia. E, dessa maneira, podemos dizer que •� )
� ���� ao mesmo tempo: a renda total de todas as pessoas da economia e a despesa total com )
bens ese.cv.iços..p.cQdmicios oa ecooom,!t' (MANKIW, 2005). o que explica o fato de o PIB ser capaz de )
medfr tanto a renda quanto a despesa em uma economia vem da Igualdade entre essas duas, ou seja:� )
,.)l-analisarmosaeconomia como um todo, podemos dizer q!Je a renda dev�ser igual à despesa. Mas por quê? )
A explicação para tal fato pass,i pelo diagrama de fluxo circular da renda, que será apresentado abaixo. J
/ )
2.1 O FLUXO QRCULAR DA RENDA
)
)
)
Para fins didáticos, imaginemos uma economia bastante simplificada, onde existam apenas as
)
empresas, j)rodutoras de bens e serviços, e as famr1ias, �nsumidoras de bens e serviços e fornecedoras de
l1 -�
fato<es de produção (terra, capital e trabalho) às empresas. Desconsideremos as hipóteses de comércio
)
com o exterior, de intervenção estatal na economia, de produção de bens intermediários e de formação de )
\
\ estoques. Nesse sistema, as empresas recebem das famílias os fatores de produção e pagam a elas uma )
'' {emuneração na forma de renda (salários, aluguéis, lucros e/ou juros). Utilizando esses fatores comprados )
da { famr1ias, as empresas produzem bens e serviços que serão vendidos às familias, que poderão comprar )
'·-... )
2 )
<*Y..Z. '.::i'";Í 5
á �s-fi?- $(;. )
\
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tais produtos com a remuneração recebida pela venda de fatores de produção às empresas. Desse modo, o
que ocorre na economia é um cido da renda e da despesa: v;eoda Q11i através dos mercados de fatores de
produção, enquanto a despesa
--..h --
flui através do mercado de bens e serviços (veja imagem abaixo).
-
Receita MERCADO DE BENS Des sa
E SERVIÇOS:
Bens e ser.iços _. As empresas vendem Bens e sen,içes
��� -. As fammas compram comprados

( FAMÍLIAS:.
Eh-'PREsi\s=· ':-:·�-' ·., .·. -�me
-.Produzem e vendem·· consomem bens e
Bens e Serviços ·seMÇOS.
- Contratem e utilizam _. São proprietárias
( fatores de· Pf?dução ,. de fatores de produção
( e os vendem

Insumos MERCADOS OE FATORES Terra. Cepital e


( DE PRODUÇÃO: trabalho
e + As famiftas vandem
_. As empresas compram
(
f Salérios, Aluguéis e Lucros Renda

Setas Interna� indicam o fluxo de bens e serviços


Setas externas: indicam o fluxo de dinheiro

O PIB dessa economia pode, dessa maneira, ser calculado de d� maneiras: somando-se a despesa
total das famílias com os bens e serviços vendidos pelas empresas oJ,omando•se a renda total (isso é,
salários, aluguéis.jµros e lucros) paga às famílias pelas empresas.
Evidentemente, as economias na realidade não são tão simples, e uma série de condições foi
imposta acima para que esse fluxo circular seja válido. Na vida real, as famllias não gastam toda a sua
renda, os agentes econômicos realizam transações com o exterior, famílias e empresas paaam impostos ao
governo, nem todos os bens e serviços produzidos s5o consumidos, M formação de estoques para
(
consumo futuro, há produção de bens intermediários (que, como você Já viu na unidade 1 do curso,

e entrarão na composição de um bem final) etc. Entretanto, simplíficações são extremamente importantes
para o estudo econômico. Além disso, in_dependente de uma transação envolver governos. empresas ou
�mil_ias, ela possui necessariame para a e<:onomia
como um todo, a despesa e a renda são sempre iguais• (MANKIW, 2005).
1 • \ ) . .:.._ ,,A;r-,J_�
V� •"'·'\' .,>..> .. \'-"\
2.2 DEFINIÇÃO DE PRODUTO INTERNO BRUTO

e Antes de prosseguir à mensuração do PIB, é necessário definir, em te rmos formais, o que se


entende por produto interno bruto, e para isso usaremos a definiçlio de Gregory Manklw:

( b
r
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!_i'(;.. "Produto inremo bruto (PIB) é o valor de mercado de rodos os bens e serviçosfinais
--- -----
'✓ ·-----,,-----:-:----:-:-
p;;;;;;;idos em um pois em um dado per/oda d; �m,;;:"

Analisaremos agora cada parte dessa definição separadamente.


Por somar diferentes tipos de bens e serviços em uma mesma medida da atividade econômic., (isso
é, não se faz distinção se os produtos ali englobados são iPods, bananas ou cortes de cabelo), utiliza-se para
mensuração do PIB os preços de mercado de cada um dos produtos envolvidos. Assim, ao dizer que o PIB

___ - ---------------.:..
"é o valor de merc;ido", quer-se dizer que engloba o valor total dos produtos em questão, ou seja,
corresponde ao somatório dos valores que as pessoas pagam por esses bens e serviços.

-. ------- ·--�---- -_...--•


..... ...
Quanto ao termo "todos•, é necessário fazer uma il])�t1tc_ressalva: o PIB tenta ser o mais
.. -- '"'.""".""�----
1!.btan_&erite_po"._ �el, mas há certas atividades que, como vimos acima, não são incluídas nas contas

�·--'---------�-
nacionais, dada a sua dificuldade de mensuração. Trata-se, sobretudo, d;s atividades llegals.Assím;-ão
dizer que o PIB equivale ao somatório do valor de mercado de todos os bens e serviços, deve-se ter em
mente que são todos os itens produzidos naquela economia e vendidos lego/mente no mercado. e,l.ém de.
cxclu� s .�e.�zidos e vendidos ilegalmente, o PIB também exclui os it!U'..S. prod��-coasutnidos
em casa (autoconsumo}. Isso qu�dizer que, caso você produza um bolo de laranja em casa e o utilize para
consumo próprio, ele não entrará no cômputo do PIB. Mas se você for dono de uma pequena padaria e

-- ---
vender o bolo para um consumidor qualquer, ai, sim, o valor do bolo será incluído no PIB. Com rei� à
moradia, seu valor é incluído no cálculo do PIB por meio da estimativa do valor do aluauel do imóvel. lssg_. )
'I
---·----------------
�ca que, ainda que o imóvel seja próprio, o governo estima qual seria o valor do aluguel desse imóvel
er• que esse l(<l.lor.{�ãJ>Jtllil.LgL!gtal do imóvel) seja incluído no PIB.
)
)
Por "bens e serviços", o que se quer dizer é que o PIB Inclui tanto bens tangíveis (por exemplo,
)
iPods e bananas) quanto serviços intangíveis (cortes de cabelo e ingressos de shows}. E s�o bens e serviços
)
finois apenas, excluindo•se, portanto. os bens intermediários do cômputo. Isso visa e\iftar o chamado
)
Je'�,;;;;;ro·àupla conrogem,\que ocorrer � se somássemos tantoo valor dos bens intermediários quanto
✓ ��r dos bens finais. No preço final do iPod, já estao inclusos os valores de todos os itens que entram em
)
1
sua composição, ou seja, não é necessário incluir no cálculo do PIB, além do valor do IPod, também o valor )
dos bens intermediários utilizados para a sua produção. Caso ísso fosse feito, lncorrer-se:,a na dupla )


contagem, distorcendo-se o valor verdadeiro do PIB. Além disso, dizer que se trata de bens e serviços finais )
produzidos envolve apenas aqueles produzidos no presente. Desse modo, um veiculo produzido em 2009 )
7=-:-:7:-::; -:::::-: ::-:
"'"-'="""""',.,
9,"',�ndepe nden�te men te d:e e,e s:e r o-;;" não vendido no ano em questão. E caso um
entrará no PIB de 2i'.f0"' )

·---·
veículo produzido e vendido em 2007 seja revendido em 2009, ele não entrará no PIB de 2009, uma vez )
--·•·- -::::::::-::::::::::;::;:==-
-((ü'e não foi produzido nesse ano, mas apenas recomerciafmd<>. )

O PIB leva em consideração o espaço geográfico e o horizonte temporal. Com relação ao espaço )
geográfico, mede a produção total no interior de determinado país. 'e;um cidadão brasileiro vai trabalhar )
)

cm uma loja de fost food nos Estados Unidos, o valor rç[ere.n_tP à sua produção entrará no PIB
)
�americano# e não no brasilelr �D � �esma maneira,.º valor da pro �uç:lo da rede norteamericana )
4 )
-,
-r \

)
)
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-McDonald's ·----- ---------


no Brasil é incluído no PIB br•sileiro, apesar de sua matriz estar localizada fora do pais. O que
se vê aqui é que, quanto às fronteiras geográficas, o PIB envolve o que foi produzido no Interior de
determinado território, independentemente da nacionalidade da empresa ou do trabalhador. Com relação
ao hori20nte temporal, o PIB mensura a produção em determinado período de tempo especifico,
geralmente um ano ou um trimestre. O PIB se trnta, portanto, de uma variável de fluxo, e por isso é
mensurado ao longo de determinado tempo.
Quando se fala de PIB trimestral, às vezes se apresenta o •p1B anualizado" ou "a uma taxa anual".
isso significa apenas que, grosso modo, multiplicou-se o valor do PIB trimestral por 4, como estimativa de
quanto seria o PIB anual caso se mantivessem as condições de produção no período considerado. Mas para
isso é necessário um ajustamento sozonol, visto que a economia produz mais bens e serviços em
determinadas épocas do ano que em outras (no mês de dezembro, por eJ<emplo, a produçlo é geralmente

-
maior devido às festas de fim de ano). Assim, normalmente os dados aoµallzados. do PIB
. sãO-�JustadQS.-
sazonalmente de modo a refletir de maneira mais verossímil qual seria a produção anual ��t:QJol mia em
(

---
( questão caso se ma�se o ritmo de produção do trimestre considerado, respeitando-se as variações
· -·· ..
e sazonais.
....... _
(
{ 2.3 CÁLCULO DO PIB
(
( Como exposto acima na explicaç3o sobre o fluxo circular da renda, a atividade econômica pode ser
medida sob três óticas diferentes: como todu� como �e co���� Como fõii;_ló{ �­
_
(
corresponde à soma total dos bens e serviços finais produzidos no espaço geográfico e período de tempo
(
considerados; como�lz respeito à remuneração paga às famílias pelos fatores de produção Que elas
fornecem às empresas; e com efere-se à despesa total das famílias ao comprar os bens e

serviços produzidos pelas empresas.assãrêmos agora ao cilc�lo do PIB sÕb.cadauma.dessas ótlc�:

(
( 2.3.1 ÓTICA DO PRODUTO
r' '-
e De acordo com o esquema do Ruxo circular, você viu que o produto coincide com a soma das
( vendas das empresas sob a forma de bens e serviços às familias, supondo que não existam nem bens nem
( serviços intermediários (na definição de PIB, você viu que, ao somar os valores de bens finais e bens
(
intermediários, incorre-se no erro da dupla contagem). f' ótica do produto leva em consideração, em
( primeiro lugar, o valor bruto da produção do bem final. Isso significa dizer que, se estamos analisando a
( contribuição do setor de vestuário para o PIB de determinada economia, não levaremos em consideração
(
os valores da produção no setor produtor de algodão e no. setor de tecidos, que são setores Intermediários
(
na produção de roupas, mas apenas os valores da produç5o de tecido, que é o bem final em questão. Veja
(
o exemplo numérico abaixo.

5
(
(
(
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'i:,·)

Algodão Tecido Roupa


ObseNe o setor produtor de
Jnsumos 1 1 - 50 120
algodão. Não há valor de insumos, Lima ve2 Valor Adicionado' 50 70 130
que consideramos aqui esse setor como a Valor Bruto da Produção' 50 120 250
primeira do processo produtivo. O valor adicionado (ou valor agregado) nesse setor foi igual a 50 unidades
monetárias (UM). Isso significa dizer que, ao longo da produção nesse determinado setor, agregou-se valor
ao produto em questão (algodão) no valor de SOUM. Como o valor dos insumos é zero, temos que o valor
bruto da produção no setor de algodão corresponde a 0+50=50UM.
Passando ao setor produtor de tecidos, podemos observar que há um valor de insumos igual a
SOUM. Isso porque todo o algodão produzido na etapa anterior do processo produtivo foi utilizado para a
produção de tecidos, entrando aí como insumo a essa produção. Ao longo dessa segunda etapa produtiva,
o valor adicionado ao valor já existente (ou seja, o valor adicionado às SOUM correspondentes à produção
de algodão realizada na primeira etapa da produção) foi igual a 70UM. Desse modo, o valor total da
produção nessa etapa corresponde ao somatório do valor agregado especificamente nessa etapa com o
valor de seus Insumos. Dessa maneira, temos que o valor bruto da produção de tecido é igual a 120.
Por fim, analisando-se a terceira etapa de produção, que é a de roupas, temos que o valor dos
insumos é igual a 120UM (isso é, assumindo que todo o tecido foi empregado na produção de roupas,
temos que todas as 120UM de tecido foram empregadas corno insumo para fabricar roupas). Se o valor
adicionado a essa etapa da produção é igual a 130UM, logo temos que o valor bruto da produção de roupa
é igual a 120+130=250UM. Como dito anteriormente, a ótica de mensuração do PIB pelo produto leva em
consideração o valor bruto da produção do bem final. Dessa maneira, podemos dizer que o valor do
produto para essa economia (ou seja, o PIB dessa economia, considerando que só existem esses três
setores de produção) é igual ao valor bruto da produção de roupas, ou seja, 250UM.
'
Mas há também outra maneíra de se chegar ao valor do PIB pela ótica do produto (repare que não -'

se trata de uma nova ótíca de mensuração, é apenas mais uma maneira de se obter o PIB pela mesma )
ótica). Como você deve ter reparado, em cada uma das três etapas produtívas, o valor adicionado J
corresponde à díferença entre o que havia de produto antes daquela etapa e o que há de produto ao fínal )
daquela etapa (ou seja, valor bruto de produção menos insumos). Se o valor dos insumos na etapa 1 é igual l
)
a zero, podemos dizer que o valor bruto da produção do bem final, portanto, nada mais é que a soma dos
)
1 )
Em Economia, insumo refere-se bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços, sejam eles
matêriQS-primas, uso de equipamentos, bens intermediários, capital, horas de trabalho etc )
2 �Ior adicionado corresponde a quanto cada empresa adiciona ao valor dos bens e serviços que ela processa,
)
�rrespondendo ao Rf�� elo qual ela vende seus produtos (isso é, ao valor bruto de sua produçâõ)-ltfent1S" os
lo.s.uo.to� {ou seja, Q.t,materiais uti 1za os na pro . N<10 h<fõ"êêe�mentêtr<1nsformação do�di:itO(o )
comércio, por �xernplo,�dicróriãr-vãlõr ao vender' um produto mais caro que seu preço de compra, sem que )
efetue quaisquer transformações no produto).
'O valor bruto da produção corresponde ao somatório de insumos e valor adícionado naquela etapa-depr,q.d.ução (o )
Valor 'adicionado emc'ãõ�tap�e,.;p�o, encontrado subtraindo-se os gastos com insumos do valor bruto )
da produção em cada etapa produtiva).
)
6
)
)
)
)
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,..
'' valores adicionados em cada etapa do processo produtivo. Vejamos os números. Somando-se os valores
l adicionados e cada uma das três etapas do processo produtivo acima, temos: 50+70+130=250UM.
( Encontramos as mesmas 2S0UM do valor bruto da produção de roupas! Isso significa que, no cômputo do
( PIB pela ótica do produto, tanto faz se observarmos o valor bruto da produção do setor que produz o bem
( final (no caso, o setor produtor de roupa) ou se somarmos os valores adicionados em todas as etapas de
( produção.
(
Atenção: não confunda o somatório do valor adicionado com o problema da dupla contagem I O
1
problema da dupla contagem ocorre quando, além do valor bruto da produção do bem final, também
(
somamos o valor bruto a produç�o dos bens Intermediários (nesse caso, o valor - errado - do PIB nessa
(
situação seria igual a So+12o+250=420UM). O somatório do valor adicionado leva em consideração apenas

{ o que cada setor agregou de valor ao produto em questão (ou seja, do valor bruto da produção de cada
( setor, é excluído o valor gasto com insumos: 50·0=50; 120-50=70; 250-120•130). Não há, portanto, dupla
contagem no cálculo do PIB pelo somatório dos valores adicionados.
( Podemos, portanto, elaborar outra definição de PIB complementar à outra acima apresentada. O
( PIB pode ser tanto •o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um pais em um
( dado período de tempo• quanto "a soma dos valores adicionados por_cada setor econômico do processo
( de produção de bens e serviços finais em um país em um dado período de tempo•. Isso porque, como você
( viu acima, ambas as metodologias empregadas levam ao mesmo resultado.
<
Você acabou de ver como o PIB pode ser mensurado pela ótica do produto. Passaremos agora à
(
análise dessa mensuração pela ótica da renda, que leva em consideração a remuneração paga aos fatores
(
de produção.
(
(
2.3.2 ÓTICA DA RENDA
l_
,_
( A ótica da renda permite que se meça o produto por meio da renda gerada no processo produtivo.
( Essa renda corresponde à remuneração dos fatores de produção empregados no processo produtivo, e os
( tipos de remuncraçJo existentes são: §r,o J (pagos ao trabalhador, como remuneração pelo fat;­
( j
trabalho). aluguéls (pagos aos proprietários de bens de capital, como remuneração pelo fator terra),rucros
e (pagos como remuneração pelo capital de empréstimo) eluros�pagos como remuneraçao pelo capital
l produtivo). O valor adicionado cm cada etapa do processo produtivo corresponde à remuneração dos

e ---------�--;--------
fatores de produção envolvidos naquela �ª- Desse modo, podemos estabelecer a igualdade entre
produto e renda, ou seja:
(
e
PRODUTO= valor agregado= RENDA= Salários+ Aluguéis+ lucros+ Juros
(
r
( 7
(
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 11 de 164

Tomemos o mesmo exemplo Algodão Tecido Roupa


utilizado acima, agora com alguns dados Insumos - so 120
Salários 10 20 30
adicionais (veja o quadro ao lado).·lncluímos Aluguéis 20 20
·10
agora os valores das.rendas em cada uma das Lucros 10 10 50
Juros 20 20 30
etapas de produção. Já vimos que o PIB pode
Valor Adicionado 50 70 130
ser calculado, pela ótica do produto, tanto Valor Bruto da Produção 50 17.0 250
pelo valor bruto qa produção do bem final (no caso, roupas) quanto pelo somatório dos valores
adicionados em cada etapa de produção. No parágrafo anterior, afirmou-se que o somatório das rendas em
cada etapa de produção corresponde ao valor adicionado nessa etapa. Vejamos:
Etapa 1 -Algodão - Somatório das rendas = 10+10<·10+ 20 =50UM
Etapa 2 -Tecido -Somatório das rendas= 20+20+10+20=70UM
'
Etapa 3 -Roupa -Somatório das rendas= 30+20+50+30 =130UM '
Como você pode ver, o valor adicionado a cada etapa de produção corresponde, de fato, ao
somatório das rendas pagas nessa etapa. Se acima você viu que o somatorio dos valores agregados em '
todas as etapas da produção é igual ao PIB dessa economia, logo podemos dizer que o somatório das
)
rendas em todas as etapas de produção também corresponde ao PIB dessa economia. Assim, pela ótica da
;
renda, podemos dizer que: )
' PIB= Salários+ Aluguéis+ lucros+ Juros )
No exemplo dado, temos que:

'
)
L Salários= 10+20+30=60UM
L Aluguéis= 10+20+20=SOU_M )
L Lucros= 10+10+50=70UM )
l Juros= 20+20+30=70UM )
Logo, PIB= 60+S0+70+70=250UM (valor igual ao do PIB pela ótica do produto). )
A - · ara fins de exercícios, nem sempre são dados os valores de todos os componentes da °)

�enda Ipode-se, por exemplo, omitir os juros}. Nesse caso, considere que o valor do componente em )
)
�qtJestãG-fóiôesprezado por ser igual a zero.
)
)
Como você viu até agora, o PIB pode ser calculado tanto pela ótica do produto quanto pela ótica da
)
despesa, dando em ambos os casos o mesmo resultado final. Veremos agora a última ótica de mensuração
)
do PIB, a ótica da despesa (ou do dispêndio). )
)
2.3.3 ÓTICA DA DESPESA )
)
A mensuração do PIB pela ótica da despesa permite medir o produto po, meio do dispêndio ou da )
demanda (compras de bens e serviços finais), ou seja, leva em consideração os possíveis destinos do )
)
8
JÍ )
)
)
)
'
(
r INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 12 de 164

(
(
(
( produto, considerando•se quem os ad uire e para quais fins. A ótica da despesa i:>Óssui quatro
°
comeonentes básicos, que são:�onsum5 investimento, astos do governo xportações 1qu1ifas. ada um
( deles será discutido separadamente a seguir.
( . O consumo se refere aos bens adquiridos para satisfação das necessidades pessoais das famílias
( �pr:a de bens e serviços, excetuando-se a compra e mo enoais novos. eg ndo
( Mankiw (2005), •os 'bens' incluem as despesas das famílias em bens duráveis, como carros e
l eletrodomésticos, e bens não-duráveis, como alimento e vestuário. Os 'serviços' incluem itens Intangíveis,
como cortes de cabelo e serviços de saúde. As despesas da família em educação também são incluídas no
(
consumo de serviços".
{ Os gastos em investimento se referem às "despesas em equipamento de capital, estoques e

( estruturas, Incluindo a compra de novos imóveis residenciais pelas famílias" (MANKIW, 2005).
( �orrespondem, portanto. à compra de bens que serão, no futuro, utilizados para a produção de bens e
serviços (bens de capital). O�es são aqui contabilizados devido ao fato de ser intenção dos
( contadores de renda nacional mensurar toda a produ ão no eríodo uestão, independentemente de
( ela ser vendida ou não. Quando se u em que é estocado, considera-se como se a mpresa
( ti comprado" o produto dela mesma, entrando assim como des esa de Investimento da empresa.
( uando a empresa vende o bem que estava estocado, esse valor é então descontado do valor de
( Investimento, entrando aí com sinal negativo de modo a compensar a despesa positiva de seu comprador
t (e evitar que esse valor seja contabilizado outra vez).
(
Gastos governamentais dizem respeito a às despesas produtivas do governo em todos os llmbltos,
(
municipal, estadual e federal. Mas nem todos os gastos governamentais são contabillzados no PIB. O PIB
(
tem o propósito de mensurar a renda e a despesa referentes à produção de bens e serviços. Portanto, o
(
pagamento de benefícios de seguridade social (chamado de pagamento de transferência}, por exemplo,
(
não é aqui contabilizado como gaSt-o governamental, uma vez que, apesar de afetar a renda das famílias,..

( não reflete a produção ec� Mas pagamentos do governo a uma professora de uma escola
e pública, por exemplo, são, sim, contabilizados como gastos governamentais para fins de mensuração do
( PIB, uma vez que se refere a um pagamento por um serviço efetuado (refletindo, portanto, na produção
dessa economia).
Por fim, as exportações líquidas' referem-se à diferença entre exportações• e imnoctaçõP<'
( (exportações menos importações), A subtração das importações é feita devido ao fato de as importações
de bens e serviços já serem incluídas em outros dos componentes do PIB pela ótica da despesa vistos
acima. Quando você importa um iPod dos Estados Unidos no valor de US$300, essa transação aumenta o
(
(
( • Em Economia, o termo "líquido" tem por referência uma operação de subtração. "Exportações líquidas" se refere à
diferença entre exportações e importações {isso ê. exportações menos importações); "importações liquidas·, por sua
vez, equivale a importações menos exportações.
5
Exportaçõc� referem-se às compl'as, por estrangeiros. de bens prodvzidos internamente.
( 6
Importações referem-se às cOIT'lpras interiias de bens estrangeiros.
( .9
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
\mr,'J\ ),1�5 nôb ::> !\I
21-�êr.'0 o Página 13 de 164

� \tb, i?
componente consumo em US$300, uma vez que o ,Pod faz parte das despesas de co�o das famílias
Entretanto, o objetivo do PIB é mensurar os bens e servi�os que são produzidos internamente. Dessa

-
maneir.J, os US$300 das importações ent:_g.co...Go.A�ioal oeg,;:,.t'tV-0-paca CO"'f'et-1��
Reduz-se, portanto, as exportações liquidas em US$300. "Em outras palavras, as exportaçõ.esJíq.w.d.as
'-
incluem os bens e serviços produzidos no exterior (com sinal negativo) porque esses bens e �viçõsjá
-�ctu/tllJST'l@"t&A-SUmo,,,-A{J�mento e nas compras do governo (com in:i-Ôsitivo). Assim sendo,
·-qüãncro--ama-1'-amilia;-em resa ou governo adquire _':'111 bem ou serviço do e?: te rio r, ª com =pra;_.:..re:::.d::.u::.z=-=a�s_,
__ .:::.::..:::_:_:__:.::.: :.:
--e-><f)�ulci<rs= mas como também aumenta o con ,..o..ir. wesllroento ou as c.ompr-as-mrgov.em_a,--

-------------
·---,__
nii&-afeta o PIB" ortanto, lembre-se: apesar de estarem inclusas nas exportações líquidas, as importações
não afetam o PIB.
Pela ótica da despesa, temos que o PIB corresponde ao somatório desses quatro componentes:
Y = e+ 1 + G + El, sendo:
Y=PIB, C=Consumo, l=lnvestimento, G=Gastos do Governo e EL=Exportações líquidas.
Essa equação é utilizada para economias abertas (que realizam transações com o exterior, isso é,
exportam e importam bens e serviços). Em uma economia fechada (isso é, uma economia que não realiza
,
transações com o exterior), não temos nem exportações nem importações. O valor das expo1,ações
líquidas é, portanto, igual a zero, e o PIB pode ser calculado por:
Y=C+ l+G '
J

No anexo 1, ao final deste texto, você encontra uma série de dados do 16GE relativos ao PIB )

brasileiro de�d� 195, com sua distribuição setorial na economia, bem como sua divisão entre os diversos )
componentes da ótica do dispêndio. Sobre a denominação "PIB a preços de mercado" indicada na tabela,
você verá abaixo, no item 2.6, AS DIVERSAS MEDIDAS DO PRODUTO. )
)

2.4 PIB REAL e PIB NOMINAL )


)
)
Vimos acima que o PIB mede a despesa total em bens e serviços em uma economia. Se a despesa
aumenta de um ano para o outro (ou seja, se o valor do PIB aumenta), há duas possíveis explica ões para
)
esse fato: em primeiro lugar, pode-se dizer que a economia está produzindo mais, e o valor dos
)
componentes do PIB aumenta por isso; mas tambémlÍ oossível que a economia tenha produzido o mes'!)_o )
tanto, ou até menos, e os preços tenham aumentado. E ai surge um problema na análise do PIB como >
indicador da produção de um país: como saber se as alterações do PIB de um erfedo--para-e-<'>1,!ti:a_são )
. frutos de ma,s produção ou de uma a�.çãQJlos pre�os? É para isso que os economistas efetuam a )
�eni'fü PIB real e PIB nominal.\. )
)
'--------r�---
O PIB �a�bens e serviços a preços constantes de um ano-base (um ano cujos
preços de mercado são estabelecidos como padrão para mensuração), ou seja, faz-se a seguinte hipótese:
)
)
qual seria o PIB no período analisado se os preços do ano-base tivessem se mantido, segundo as
)
1.0 l
)
'7 1
1 ·1

)
)

(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 14 de 164
(

( quantidades atuais? Desse modo, o cálculo do�não faz nada mais que multiplicar as quantidades
( comercializadas de todos os bens no ano corrente (isso é, no ano em análise) pelos preços dos mesmos
bens no ano-base. Você verá abaixo um exemplo numérico. Mas antes disso, vamos definir PIB nominal.
(
O PIB nominal avalia a produção de bens e serviços a preços correntes, ou ·seja, considera as
<. ...._,
r
(
....____-==-,.....r.:-,c-:::::-:=::--::::-:-:;-:-::-:-::-".C""',....-=
variações de preços ocorridas na economia. O PIB nominal não está preocupado em retirar os efeitos da
inflação da economia (que é o que o PIB real fa2), mas sim em avaliar o montante total de produção do
período em questão, quanto de dinheiro "circulou" no fluxo da renda nesse período. O PIB nominal é dado,
portanto, pelo produto de quantidade vendida no ano corrente pelos o do próprio a orrente.
( Como você pode ver, a única coisa que se altera nas mensurações do PIB real e do Pi8 nominal sao os
(_ preços: no primeiro caso, os preços são do ano-base; no segundo, do ano corrente. E a diferença de valores
( re o: s�do:is nos: �mostr• os e feitos da
..,:e: ::,n::t:: i• ça-º de p reç os t ota 1 na: :..ec� ,:: o.n
, ,, ..._...
-.,.. '"
·,a'4:qu��'o-cê v_e_r 'á-_. n_a_p_r�õ-XJ·m_a_
:,: :_.::::_ : : :_::,: � ::'. : _:,::::_:::_:
:,:::::_:.::_: : � : : : : :._: ; �v=a�r; � :'.
( '...:'.
unidade deste módulo, tratar-se da inflação). Vejamos agora o exemplo numérico.
Suponha uma economia simples em que existam apenas dois mercados, de batata frita e
( refrigerante. Os dados de preços e quantidades dessa economia ao longo dos anos de 2007, 2008 e 2009
(_ estão apresentados na tabela abaixo.
( 2007 2008 2009
O PIB nomlnal ., como vimos acima, é
Preço da Batata Frita R$4,00 RSS,00 R$5,S0
dado pelo produto de preços e quantidades no
( Quantidade de Batata 100 80· 80
próprio ano em questão. Desse modo, temos Frita
(
que: Preço do Refrigerante R$2,00 R$2,S0 R$1,20
{
PIBn 2007 = 4xl00♦2x150 = R$700 Quantidade de 150 120 200
( Refrigerante
( PIBn,ooa = Sx80♦2,Sx120 = R$700
I PIBn,.,. = 5,Sx80+1,2x200: R$680
( O PIB nominal revela, portanto, que a produção da economia permaneceu constante de 2007 para
1.. 2008, sofrendo uma ligeira queda em 2009. Vejamos agora o que o PIB real tem a nos dizer.
( Consideraremos como ano-base o ano de 2007.
( PIBr 2..,: 4xl00+2x1S0: R$700

-
(
Como você pode perceber: o PIB real no ano-base coincidiu com seu PIB nominal. E isso sempre
e
\

ocorre, uma ve2 que os preços tomados para o cálculo do PIB real são os preços do ano-base (que, no caso,
f
é o próprio ano em Questão).
(
PIBr,008 • 4x80+2x120 • R$560
(
PIBr20o, • 4x80+2x200 • R$720
(
Observe agora que, se descontarmos os efeitos das variações de preços (Isso é, calculando-se o PIB
(
real), temos uma situação diferente da mostrada por meio do PIB nominal: o PIB real em 2008 foi menor
(
e que o de 2007 (lembre-se que o PIB nominal de 2007 e 2008 é igual), enquanto o PIB real em 2009 foi

l maior que o de 2008 (lembre-se que o PIB nominal de 2009 é menor que o de 2007).
(
(
e 11

er J(,I
;., 1
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 15 de 164

Mas então, qual das duas formas é a correta? Não existe forma correta ou errada. Ambas servem
para seus próprios propósitos. Como você viu acima, se você quiser saber qual foi a produção de fato de
um ;mo, sem deixar que as variações de preços interfiri!m na sua análise, você deve observar o PIB real; se
você quiser saber qual foi o montante total de dinheiro (ou seja, a despesa total) que circulou na economia,
independentemente de suas variações de preços, aí o recomendável é utilizar o PIB nominal

2.4.1 DEFLATOR IMPLÍCITO DO PIB

Como você viu, o PIB nominal reflete, ao mesmo tempo, os preços dos bens e serviços e as
quantidades comercializadas desse bem no ano corrente, enquanto o PIB real, ao considerar os preços
apenas do ano-base, reflete apenas as quantidades produzidas. Temos, portanto, a seguinte situação:
PIB nominal= preços correntes x quantidades correntes
PIB real= preços do ano-base x quantidades correntes
Se quisermos, portanto, avaliar a variação dos preços ocorrida do ano-base para o ano corrente em
questão, é possível fazê-lo observando os valores do PIB nominal e do PIB real do ano corrente. Se
dividirmos PIB nominal por PIB real, temos:
,
PIB nominal preços correntes x quantidades correntes preços correntes
J
PIB real preços o ano-base x quantidades correntes preços do ano-base
)
Temos, portanto, que � razão entre PIB nominal e PIB real nos dá a relação entre os r os
)
correntes e; os ereços do ano-base. Dessa maneira_, urge o chamado Detrator Implícito do PIB "uma )
- - - �-:::-::--�-,----::c,::----;--,,,......,.--,--...l "------=..
medida do nível os calculada como a razão entre o PIB nomina e o PIB real multip icada por cem"
(MANKIW, 2005). Portanto, )
Deflator Implícito = PIB nominal x 100 J
do PIB PIB real
)
Como PIB nominal e PIB real no ano-base são iguais, o deflator implícito do PIB para o ano-base é )
sempre igual a cem. Para os anos subsequentes, o deflator mede as variações nos preços (e não nas j
quantidades), ou seja, ele "mede a variação do PIB nominal a partir do ano-base que não pode ser atribuída )
a uma variação do PIB real" (MANKIW, 2005). )
Tomemos os exemplos dados acima: )
)
P1Bn2007 R$700; P16n2003 = R$700; PIBn200, = R$680
=

)
P1Br 200 , = R$700; P1Br20 ,, = R$560; PIBr 20"' = R$720
)
O valor do dellator implícito do PIB para cada um desses anos será, portanto:
)
Deflator200, = (700/700)x100 = 100
)
Deflator20oo= (700/5G0)x100= 125 )
Deflator,00 , = (680/720)x100= 94,44 _)
)
)
12 )
iS 'J
✓-
)

}
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 16 de 164
(
(
(
(
( O deflator é, dessa maneira, uma das medidas da variação do nível geral de preços em uma
( economia. Você verá no prox,mo texto outra medida, o Índice de Preços ao Consumidor, e aprenderá as
diferenças básicas entre esse índice e o deflator para a mensuração da alteração de preços. Pelos valores
calculados, podemos chegar ao valor da inflação medida pelo deflator i ' ·to do PIB. Essa variação pode
(
ser medida da seguinte maneira:
(
Taxa de Inflação = DIP., 02 • DIP.,. 1 x lOO
( OJP�no 1
2.5 PIB E BEM-ESTAR ECONÔMICO

(
O PIB é regularmente utilizado como indicador de bem-estar econômico, seja por indicar a riqueza
(
total de um país ou pelo PIB per capita (que é obtido pela divisão do valor total do PIB pela população
(
( local}. Mas não é um indicador ideal. O PIB per copito, por exemplo, não leva em consideração a
distr lbuiç5o de renda, o acesso a saúde e educação etc. (o assunto indicadores sociais e desigualdade será

( tratado na última unidade do curso). O próprio PIB não indica a preservação do meio ambiente. Um pais
( pode experimentar um rápido crescjmento econõmico em detrimento da preservação ambiental, o que
( esconderia seus verdadeiros efeitos sobre o "bem-estar• dessa população. Q PIB não considera tampouco-
( as atividades que ocorrem fora dos mercados. Produção doméstica, seryiço..de dona-de-casa. trabalho
( voluntário, horas de lazer perdidas com o aumento do trabalho: nada é computado OQ PtB. Mas isso não faz
do PIB uma medida desprezível do bem-estar econômico. No fim das contas, pode-se dizer que o PIB é, sim,
{ uma boa medida do bem-estar econômico, uma vez que nos permite mensurar a renda, a despesa e o
( produto totais de uma economia ao longo de um período. Dessa maneira, permite-nos avaliar o
desenvolvimento e o crescimento médios da economia como um todo. Assim, o PIB não se revela uma
(
medida eficaz do bem-estar econômico para a maioria dos propósitos a que se destina, mas não para
(
todos.
(
(
2.6 AS DIVERSAS MEDIDAS DO PRODUTO
(
(
( o PIB, como você viu acima, é uma das maneiras de mensuraç3o do produto disponível em

( Economia. Mas não é a única. Inicialmente, você já viu que há diferentes óticas de mensurnção do PIB, cada
t
'-:;;:;--:-:-;,-:-:==------------------
uma analisando diferentes componentes. Dessa maneira, qual será a relação entre o PIB medido pela ótica
( da pmd11ção omedjdopela despesa e o medido pela renda1
( Você deve se lembrar que o [!'.10 pela ótica da despes?Jreflete os valores que foram pagos no
( mercado para compra dos bens e serviços produzidos, dividindo-se entre �onsumo, investimento. gastos do
(
(. ----------
governo e exportações líquidas. Dessa maneira, ao calcularmos o PIB peta ótica da despesa, obtemos o

-
chamado PIBapreços cie roeccaciP foy P!Bpm). que reflete; portanto, o valor de mercado pago pelos bens e
(
e serviços na econof(lla.

(
13
(
(
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 17 de 164

Já o f18 pela ótica da rendg mensura �-!_emuneração dos fatores de produção em todas as etapas
do processo de produção, e por isso é chamado PIB a custo de fatores (ou PIBcf) !)Iãodeveriam portanto,
daro mesmo valor os produtos calculados taat.o;ela ótica eia despesaquantopela.ót-i�� nda? �
se não houver partici ação overnamental na economia. O Governo pode intervir na economia por meio da
1t çobrança de impostos indiretos 'e pelttconcessão de subsídios. )?essa maneira, o valor de mercado dos
ens diferencia-se do custo de seus fatores de produção por esses dois componentes:· impostos indiretos e
--sub+idios. Qual é, então, a relação existente entre o PIB calculado a preços de mercado e o PIB a custo de ,
fatores? Observe a relação abaixo:
PIBpm- impostos indiretos+ subsídios= PIBcf )
)
Ou
)
PIBcf + impostos indiretos- subsídios= PIBpm
)
Isso porque, €nauanto o: impostos jpdiretos são gastos pelo produtor, sendo portanto adicionados
)
ao custo de produção para que se componha o preço de mercado do produto, 9s subsídios funcionam
)
�omo auxilio à produção, e seu valor é descontado do custo de produção J2.ª!à]nunaropreço de merca�o.
)
É essa, portanto, a relação que se estabelece entre PIBpm e PIBcf.
>
Como você viu acima, o valor PIB pela soma dos valores adicionados )
ao PIB pela ótica da renda. Dessa maneira, o PIB calculado pela ótica da produção sai, como pela renda, a )
custo de fatores. )
Veremos agora outras medidas diferentes do PIB, mas antes definiremos alguns conceitos )
econômicos importantes: )
� o "B" de PIB indica que está incluso no valor do PIB os gastos com depreciação, ou seja,_j.... )
deterioração do.s.,bens de ç;ipitaLRa �rerlw� Os gastos com teparos):le máquinas, por exemplo, entram )
como depreciação, e a depreciação está inclusa no PIB. )
caso se exclua o valor da depreciação com máquinas e equipamentos do produto bruto, )
� )
teremos então o produto liquido, que é, portanto, a quantidade total de produção, descontados o valor da
)
depreciação.
)
7INTERNJ":f o__'.'I" do PIB indica que se inclui no PIB o valor de todos os bens e serviços. ptb.d.!J_zjdos
)
internamer,te em um pais, independentemente da nacionalidade da empresa ou funcionár.i.o� os
)
� --;p::;r:;:o:;:;;::;::;--_;-A;:
in::d;:a:--:q::u-;;e;-::-
um a-;e:;mp::::;rse-;:a-;e:::s;:
tr;:a: :;;n:;;ge:;; ir:: r°'aT.,na:st" a"'r-.:aaa'
ª '"'n"'o""""pa",s"'r-;::
"' em::::e:
te:::--:
: - ;;,; das para o exterior, esse valor é
_ d uzi_y,
;:: =
)
incluído no produto interno, uma vez que foi produzido dentro dos limites geográficos desse país. Se uma
)
empresa do país em questão está instalada no exterior, ainda que ela remeta rendas para esse pais, suas )
rendas não entrarão no produto interno, uma vez que não foi produzida no próprio país. )
{NA�ALj-quando se ue contabiliz r n~ u. · roduzido dentro das fronteiras do país, mas )
sim tudo o que foi produzido por emwesas e pessoas rio pcóll(i.0..12._aís e enviado para o país (afinal, de nada )
adianta uma empresa nacional produzir no exterior e manter renda lá fora), utiliza-se o produto nacio�. )
)
1
Impostos indiretos são aqueles cobrados por produto. Os impostos diretos correspondem ao imposto de renda. )
14 )
)
)
1 •.
- )
)
l

INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 18 de 164


(

(
(
( Ele inclui, portanto, os rendimentos enviados para o país {e texc.lui os rendimentos enviados para o
exterior)8 .

(
( Agora, sim, qual a relação entre essas medidas?
Produto Bruto - depreciação e Produto líquido
(
ou
Produto Uquido + depreciação= Produto Bruto

(
(
Prodvto Interno - renda enviada ao exterior+ renda recebida do exterior• Produto Nacional
Como você já aprendeu, podemos utilizat. a terme ""líqe,id,Q_" indicando uma subtraç!_o. Nesse caso,

.--
(
podemos diter que renda nviada ao exterior - renda recebida do exterior a renda liquida enviada ao
exterior. Assim,
Produto lnterno-(renda enviada ao exterior-renda recebida do exterior) e Produto Nacional
l Prodvto Interno - renda líquida enviada ao exterior= Produto Nacional
ou
( Produto Nacional + renda líquida enviada ao exterior = Produto Interno
(
( Em resumo, temos:
( Produto Bruto-depreciação • Produto líquido
(
Produto Interno - renda líquida enviada ao exterior= Produto Nacional
Produto a preços de mercado -impostos indiretos+ subsídios* Produto a custo de fatores
(
e
As nomenclaturas para os conceitos apresentados acima são: Bruto - B; Líquido - L; Interno - f;
\..
(
e..'.F::;:ato
Nacional - N; Preços de Mercado-PM; Custo �d!:. � r:'.! e
! �s,:.-:êcf. �º�=ll!.!::od
::S , !:é.!:po�ssi
� �o,_ :'.: o�� s..1c=J!bl!i!!na!!:ç�õ�e�s
: :l; '...:t:!erm
� ve
( dessas várias medidas do produto, taís como. PIBpm, PIBcf, PNBpm, PNBcf, Pllpm, Pilei, PNLpm e PNLcf.
( Para achar o valor de um a partir do outro, basta ver o que muda na nomenclatura de um para a do outro,
( e então efetuar as transformações necessárias. Por exemplo: se você tem o PIBpm e deseja encontrar o
( PNBpm. A única alteração é do "I" e do "N", ou seja, você deve transformar o valor interno em valor
I._ nacional. Para fazê-lo, basta seguir conforme explicado acima. Assím,
( PIBpm - renda líquida enviada ao exterior a PNBpm
e
(
e
e
(. Atenção: Renda enviada e renda recebida não são equivafentes de importação e exportação. ma ernpresa brasUcira
em Angola que env,a rendimentos para su nz no Brasil o az s.em com ar a quer produto cm troca. Deisa
( maneira, não há relação entre renda liquidll enviada ao exterior e importações liqt,aidas. N3o confunda!
(
e 15

(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 19 de 164
)
)
)
Procedc..se da mesma maneira quando hâ mais de uma transformação. Por exemplo, Para
)
transformar o PIBpm em PNLcf, deve-se fazer o seguinte:
J
PIBpm-depreciação - renda líquida enviada ao exterior-impostos indiretos+ subsídios: PNLcf )

2.6.1 O PIB E O PNB )


)
Como o que diferencia PIB e PNB é a renda líquida enviada ao exterior, é de se esperar que o PNB )
---- ­
seja maior naqueles países em que a renda líquida enviada ao exterior seja menor, ou seja, aqueles paises }
que recebem mais de suas empresas e residentes no exterior do que enviam para o exterior as empresas e )
)
residentes estrangeiros instalados nesse pais. E o caso de países como os Estados Unidos. Esses países
)
possuem, portanto, um PNB maior que seu PIB. Em países como o Brasil, em que a renda líquida enviada ao
)
exterior é positiva (ou seja, há mais renda de estrangeiros enviada para o exterior do que renda de
)
empresas e indivíduo_s brasileiros no exterior enviada para o Brasil), o PIB é, por consequência, maior que o
)
PNB.
)
A importância disso reside no fato de qual indicador utilizar como medida da produção nacional. É
)
evidente que é mais interessante para um país parecer (ao menos nos números) que sua economia é maior, )
mais forte e produz mais. Dessa maneira, é de se esperar que os países analisem qual o maior indicador )
dentre PIB e PNB e o utilizem com mais predominância. �esse modo, o PIB é a medida do produto mais )
utilizada no Brasil, enquanto o PNB é o mais utilizado nos Estados Unidos. )
)
BIBllOGRAFIA )
)
)
MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Trad. Allan Vidigal Hastings. São Paulo: Pioneira Thomson
Learníng, 2005 )
)
GREMAUD et ai. Economia Brasileira Contemporânea. 4ed. São Paulo: Atlas, 2002. Cap. 2
_)
Introdução à Economia - A Representação da Vida Econômica
)
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. NAKANO, Yoshiaki. Contabilidade Social. Apostila da FGV/SP : EC­
)
MACRO-L-9, agosto de 1972.
)
)
)
j
)
)
)
)
)
)
16 )
)
j'-)
,- .
)
)
�����r�����A�A0���n������n����������-n0��G�n����-
Página 20 de 164

Anexo 1 · Tabela - Indicadores de volume e valores correntes


Valores Correntes (1 000 000 R $ } _
lmpo$tOS Despesa de. Importação
PIB a Despesa de Formação E>cportação
Valor liquides consumo da val'lação de de bens e
Periodo Agropecuâria Indústria Serviços pre�osde. consumo das bruta de de bens e
adicionado sobre administração estoques servlç-os
me.reado familias capital fixo serviços
produtos pública (-)
1995 35 555 169 578 410 938 616 071 89 570 705 641 440 712 148 433 129 297 (·) 2 088 51207 61 920
1996 40958 193 025 508 878 742 861 101104 843 966 545 735 169 604 142 382 1 430 55 421 70 606
1997 44 824 217 033 568 771 830 628 108 518 939 147 609 294 186 854 163134 524 64 056 84 714
1998 47 845 222 200 595 951 865996 113 280 979 276 629 994 202 108 166174 581 67 890 87 471
1999 50 782 240 735 636 321 927 838 137 162 1 065 000 689 376 216174 166 745 7 666 100 229 115 191
2000 57 241 283 321 681 086 1 021648 157 834 1 179 482 758 941 226085 198151 17 106 117 691 138 492
2001 66819 301171 750 623 l 118 613 183 523 1 302 136 826 468 258 043 221 772 12 982 158 619 175 748
2002 84 251 344 406 844 472 1 273 129 204 693 1 477 822 912 058 304 044 241162 (-}2 811 208 323 185 954
2003 108 619 409 504 952 491 1 470 614 229 334 1 699 948 1 052 759 329 596 259 714 8381 254 770 205 272
2004 115194 501 771 1 049 293 1 666 258 275 240 1 941 498 1 160 611 373 284 312 516 19 817 318 892 243 622
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

2005 105163 539 283 1 197 807 1 842 253 304 986 2 147 239 1294 230 427 553 342 237 5 739 324 842 247 36· 2
2006 111 229 585 602 1 337 903 2 034 734 335 063 2 369 797 1428 906 474 773 389 328 8 012 340 457 271 679
2007 133 015 623 721 1 466 783 2 223 519 374 092 2 597 611 1 579 616 517 287 455 213 5 459 355 399 315 362
2008.1 43 745 150 442 367 404 561591 104 052 665 643 417 705 129 341 122 801 H 416 79 166 82 954
2008.11 53 688 168 483 398 261 620 433 109154 729 586 435 725 138 691 134 961 18 111 96883 94 784
2008.111 37 330 189 255 404 973 631558 115 779 747 337 452164 138 004 152 589 748 113 664 109 832
2008.IV 28 772 174 316 424 384 627 471 119 680 747 152 447 821 178 372 138406 (·) 20 133 124 544 121 858
2008 163 536 682 497 1 595 021 2 441 054 448 665 2 889 719 1 753 414 584 408 548 757 H 1 690 414 257 409 427
2009.1 41194 142 803 400 607 584 605 100 005 684 609 443 961 153 272 113 812 \·) 22 349 85 967 90 054
Fonte: IBGE
Observe que "2008.1" refere-se ao primeiro trimestre de 2008, "2008.11" ao segundo trimestre desse ano e assim sucessivamente.
Consulte outras tabelas e dados sobre as Contas Nacionais brasileiras no site do IBGE, em:
http://www.ibge.gov. br /home/estatistica/i ndicadores/pib/defaultcnt.shtm
rD
l C;;,
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 21 de 164
)
)

Solclim do e;;inoo Ce11!ral do Brasil Jv;ho2009


)
)
1.2 - Produto Interno Bruto (PIB) )

·0�
,t;i )
'<"º(('\ À)
J
..... ·-·-•-•·.... , .,.....-·· .. ·-· -·- ·--··· ..... . ··--·---·-· ·- ····--·-··· .... '
Ano PIB <1 J')CCÇ0$ flator ia.x.,s reais de varlaçao (%) População PJB per capita }
corr�nlc$ ícito
....... -····-··-····· ------··--· (1.000 hab.) )
emR$ ('lo) Agrope-lndüstrla Serviços PIB Pre-ços cons• Taxa real indicc real
cu:'iria t.an(cs dç dç v;tri.i• 2007 = 100
)
2001 (R$} ç.aot¼) )
1986 1 274 149,2 -8,Ô 11,'1 6,1 7,5 60.S 134 653 11 668,21 5,4 85,0 )
1907 4 030 206.2 15,0 1,0 3,1 3,5 62.G 137 268 11 049.90 1,G 80.'1 )
19e8 29376 628,0 0,8 • 2,G 2,3 -0,1 62.G 139819 11 626,78 -1.9 8�.7
i9&9 425505 1 304.4 2.0 2.9 3.5 3,2 64.0 142307 11 78'1.-19 1,4 8:3.0
)
1990 11546795 2 731.0 ·J,7 -8,2 ·0,6 • -1,3 61,8 146593 10 942.33 - 7.1 70.7 )
1{101 GO 285 999 416,7 1,4 0,3 2.0 1,0 62,4 149094 to 8Q9.5S - 0.7 79,2
199.l. 640 956 766 969,0 4.0 • 4,2 1,5 • 0.5 62,0 151 547 10 63-5,51 • 2.2 77,5
)
1993 1'109711 4182 1 996,1 -0,1 7,0 :;,2 4,9 65,1 153 986 10{182,55 3,3 80,0 )
1094 3-10 204 679 000 2 240.2 5,5 ô,7 4,7 5,9 68,9 158 431 1 f 443,61 4,?. 83.4
)
1995 705 640 892 0!)2 9J.9 5,7 4,7 3,2 4,2 11.8 158875 11 743,40 2,G &5.G
1096 643 965 631 310 17,1 3,U 1,1 )
2,2 2,2 73.4 101 323 11 813,99 M 66.1
4,2
1997 939 146 616 912 7,6 0.8 2.6 3.• 75,6 163 780 f2 029.55 1.8 87,7 )
1990 970 275 748 883 4,2 3,4 • 2,6 1,1 o.o 75,9 166 2.$2 11 854,66 • 1.5 86.4
1999 1064 999 71 l 799 8.5 õ,5 -1,9 1,2 0,3 70,1 168 754 11 708,60 . i,2 85.3
)
iOCô 1 179 48.? 000 000 6.2 2.7 4,8 3,6 4,.S 79,3 171280 12 032,87 2,S 37.7 )
2001 1 302 130 000 000 9,0 6.1 • 0,8 1,9 1.3 80,4 1'13622 i2 012.59 • 0,2 87,5
)
2002 1 477 822 000 000 1M M 2,1 ,3,,. 2.7 82,5 176 391 12152,?.9 1.2 88,6
Wô3 1 699 948•000 000 13.7 5,8 1,3 0,8 1,1 83.5 178 085 12 113,47 .o.3 88.3 )
2004 1 941 496 000 000 o.o 5,0 5,7
2,3 7,0 &8.2 181 566 12622,02 4,2 92.0
)
2005 2 147 239 000 000 7,2 0,3 2.1 3.7 3,2 91,0 184 184 128 - 37.15 1,7• 93,6
2006 2 369 797 000 000 6,t 4,5 2,3 4,2 la.O 04,6 186 771 13 162.07 2.5 95 ,9 )
2097 2 597 611423 918 3,7 5,9 4,7 5,4 5,7 100,0 160 300 13 722,19 4,3 100.0 )
Fonto: ltJGE )
)
J
}

)
)
)
)
)
)
)

)
)
)
)
(.'· \ )
j
)
(
( .
INTRODUÇÃO
,_, .
À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 22 de 164

(
fNDICES DE PREÇOS
Definições Conceituais, C6/culo do
<.. IPC, fndices de Preços Brasileiros, Defloçfio, lndexoçõo
(
Redação inicial: Bruno Pereira Rezende e Michael William Dantas Lima
(
Revisão e adendos: F. R. Versiani

(
( 1. INTRODUÇÃO
( Na segunda unidade do curso estudamos a determinação de preços, pela interaçao da
oferta e procura; vimos como o preço de determinado bem pode tender ao aumento ou à
redução, sob certas circunstâncias. Por exemplo: se um artigo fica na moda, a demanda por ele
(
aumenta, e seu p·reço tenderá a subir. Mas sabemos que os movimentos de preços podem
(
( ta mbém ocorrer de forma generalizada, ao longo do tempo, havendo períodos de alta geral de
l p!eços lo gue caracteriza uma inflaçjl:l) e, menos comumente, períodos de queda conjunta de
(
�os(•:Ma Elefl�o). Essas alterações gerais de preços podem afetar profundamente os agentes
e
econômicos: a inflação onera o orçamento dos assalari�dos pode levar à falência, pelo aumento
(
de custos, quem tenha se comprometido a produzir algo por um valor fixo, etc. Isso ressalta a
(
( Importância de medir a s variações gerais de preços. Esse é o propósito dos índices de preços.

(
( 2, DEFINIÇÕES CONCEJTUAJS
e
( 2.1 Índices de Preços
(
Um · ice de preços é um Indicador da variação média de um conjunto de preços, entre um
r �
período tomado como base e o período considerado. t� ui-se ao período-base o lndice 100; qya!pr do
(.
índice para o outro eriodo indicar� a porcentagem de aumento ou redução média de preços, nesse
(
Intervalo de tempo.
e
( Por exemplo: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor definido abaixo), tendo como base
( dezembro de 1993 (INPCal00), foi, em fevereiro de 2009, igual a 3.003,43. Considerando que o INPC do
{
mês anterior fora 2.994,lS, conclui-se que o aumento de preços, medido por esse índice, foi de 0,31%,
(
entre Janeiro e fevereiro de 2009.
(
( Ou seja, o aumento percentual de preços em fevereiro, em relação a janeiro (a taxa de inflação de
( !:_vereíro), medida pelo INPC, foi:

1 µ fe- [ndi.c.e Uô<!1orel


(
1
(
preços � Cor;'5(..)CT1 i dor
(
1�x:i \nC. líl:2 .� � - 1 pc""fs l , !O,()
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 23 de 164 )
\ PC (Y) -es J
)
ÍNDICE DE PREÇOS CF<v.) -ÍNDICE DE PREÇOS QAN.J
)
TAXA DE INFLAÇÃO lffV.I = -------- ----------------- ------------------ X 100
ÍNDICE DE PREÇOS IIAN.) )
)
)
� rão há uma única taxa de inflação, pois há vácia.s--eluS-fJGSSÍ�de construção de um
)
índice de preços, dependendo do uso que se pretenda faze0esse íos•C1ua>er->t-Q-da.m_e.1fu!!
)
- 2.2 Os Índices de Preços ao Consumidor )
)
!.A�c'.!la::s�se:...'.:d�e:...!'.
ín� l c::es
d� :: :...'..'.m�•'.'.:is'....:con'.'.. �h'..'.: ec� :: d
:i::'.:a�é'....'.!a..:d�os� �ín.lld;:.:i:,.
ce.,s�d::;.
e_Pr� :.,ea,co,: s� .lª:;;º�C�o=n�s,� ,mid
= ::o:\:.C JIPCs), também
)
chamados de �0dices do Custo de Vld,;t. que expressam a variação de preços dos bens e serviços
)
consumj<lQ.â poru�a unidade familiar típica.

)
O cômputo de um índice de preços baseia-se num 5i5tsma de pendocaçã" que define a
)
�ortância relativa de cada bem ou serviço no conjunto de preços çoosi �o. No caso do IPC, utiliza-se
)
o peso relativo de cada item no dispêndio do consumidor. Obviamente a variação no preço de y�m
)
que constitui boa parte d a despesa mensal de um consumidor (como aluguel, ou gastos de ali �çãol
}to mais importante, em seu orçamento, do ue a de um artigo que pesa pouco em seus gastos
----�--- 1
)

dia fbf d.er,o�


(_saiX,as.,ie úísfQrqs por exemplo). Assim, os P C s s:'.ão'. m
: édias�o,,n,,d,s.e.ra""'"'�ª da variação de preços que afeta
( � � � '..'.: . � ::'! � !l )
�m co nsumidor típico. ---,,
cri 'J tpés �
I )
)

cad, 1 PC. Por exemplo; o� Bca<jleiro de Geografia e Estatística (IBGE) vinculado ao Ministério do
)
Planejamento, produi dois IPCs: o Índice Nacional de Preços ao Co nsumidor (INPC)eo Índice Nacion�e
)
P,-;os ao Consumidor Amplo {IPCA). OÔe destina a medir a variação de preços para�com o
)
chefe assalariado, de renda mais baixa (que são geralmente as famílias mais afetadas pela inflação), '
./

procurando c.9brir cerca de metade daquelas familias. Assim, baseia-se atualmente numa amostra de
f
f�mílias com o rendimento familiar mensal de a 6 salários mínimos �na amostragem definida emÉ?�Já
)
)
o���cura medir o movimento geral de preços no mercado varejista, e assim considera famílias com·
_ )
renda, de qualquer fonte, entre 1 a 40 salários mínimos (excluindo, dessa forma, famílias de rendas muito )
baixas ou muito altas, cujos hábitos de consumo são em geral menos uniformes). As família ssa faixa e )

1
renda repre total de famílias brasileir s. �S' (/1.JÍ� · - Ô�70 )
1 (�
A determinação das pondera�ões, nos I PCs, é feita por meio de uma Pes uisa de Or amento
farn; ·ar _/
)

)
Familiar {P;� aplicada a uma amostra de famílias do nível de renda escolhido. A POF determina
.-
percentual da des e mensal, nas famílias da amostra, correspondente a cada bem ou serviço;< )
tpercentual define o peso a ser aplicado à variação do preço respectivo, no cálculo.Jio_jo.dice. No ca )
IBGE, a última POF foi feita em 2002-2003, e sua popàeração implantada em 2006. )
)
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Járiº� )
)

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..__\\ cj5\', )
(
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 24 de 164

(
e
(
( A coleta de preços, feita periodicamente (nos principais IPCs, semanalmente) é outra etapa
e fundamental. ES5a coleta abjpilit.a..deteffflinar u preço itlédtc,-,_,:µiiLcada bem ou serviço é �
(
comercializado, em uma dada localidade.
(
(
Há vários outros IPCs calculados no Brasil; por exemplo, índices de cobertura regional ou local.
(
Além disso, outras entidades que não o IBGE1 como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Fundação Institui�
( . --......,
de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo {FIPE-USP), produzem também seus índices. EsS3,
(
multiplicidade de indicadores de preços se relaciona com o longo e intenso processo inflacionário po_r que
( passou a economia brasileira, até o Plano Real, em 1994. Nos dez anos anteriores a 1994, raramente o
( aumento de preços mensal foi menor do que 10%, e muitas vezes excedeu 20%. Nesse regime de alta
( inflaçJo, há grande Interesse por parte da população em saber como variam os preços, pois isso define a
( evolução do valor real dos rendimentos de cada um (se meu salário não varia e os preços dobram, meu
(_ poder de compra se r.eduz à metade). ê•e interesse estimulou o surslmento de diversos IPCs. na busca de
( indicadores que refletissem, da forma mais acurada possível, a variação de preços (e da renda real) para
( determinadas parcelas da população. IPCs eram amplamente utilizados, naquele período, como evidência \'hl.
( d erda de poder de com ra dos salários, o ue embasava reivindicações de aumentos nos salários 1P\
nominais que compensassem tais perdas.
(
.-
2.3 Outros índices
( Além de consumidores, outros grupos têm também interesse no acompanhamento de
(
variações de preços (especialmente quando a inflação é muito alta). Assim, o[ndice de Preços por
(
-�tacado {IPA}. Jcalculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mede a variação média dos preços
( P@
( dc._matérías-primas (relevante, por exemplo, para grandes empresas), 9IPA é também uma média ,l.fnftS-
( é
,Ponderada, mas o sistema de ponderação diferente do usado nos IPCs. oiú)dice Nacional de �rr,a"3
e Preços da Construção Cívil (INcc !:}calculado também pela FGV. mede, como o nome indica, a
( variação dos preços que incidem sobre o custo d e construç5o, ponderados pela incidência relativa
( no custo total de uma obra típica (há subíndices para diferentes tipos de obras). E existem
(
também lndices abrangentes, como ol!._ndlçe Geral de Preços IIGPlje o[Deflator Implícito do PI'
(_
e que serão discutidos abaixo.

(
Veremos abaixo um panorama mais detalhado dos índices de preços mais importantes.
l
Antes, porém, vamos examinar mais de perto a forma de cálculo de um IPC. Isso nos ajudará a
(
compreender melhor a significação desse índice.
(
e
e
(
3
(_
(
J

)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 25 de 164 )
l
)
3. CÁLCULO DO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
)
o cálculo do IPC pode se dar, em princípio, de diferentes formas, de acordo com a )
metodologia e a ponderação adot a das. )

\Ponderação.Existem duas maneiras bási,as de ponderar os preços dos diversos bens e_ )


serviços, no cálculo de um índice de preços: ou se toma, para ponde ração,.a estrutura de conSUj]lD )

d9-1�'Í-OJ�·gb{ )
a�:J(�o�qu� �e�o'.:s�e:st� :at�ís�tic
se � �o�s�c �l:'.'.'ªm
:'. a� m
� ��de
; �'�c' r:_r: '!!t• �éri� �o�de� �L�as� pe
� :.)y�r::_:e s"), ou a �rutura de
)
consumo do ano atual ("critério de Pa.asche"). A literatura técnica discute as vantagens e
)
desvantagens teóricas desse critérios (e de outros que têm sido propostos); na maioria das vezes, )
!1º entanto, considerações de ordem prática (em particular, a complexidade e custo de realização )

. . no
das Pesquisas de Orçamento Familiar), fazem com que se adote uma pooderação com base )
)
___,
passado. Enquanto não se faz POF - ue od var vários anos -, mantêm-se as
)
ponderações derivada s da POF anterior. (No caso do IBGE, por exemplo, as última
)

_____ __ ________ ______--------�


feitas em 1987-1988, 1995-1996 e 2002-2003).
)

---
___ Em situações concretas, portanto, os cálculos têm características COffiiiOS A
_;_ __:_. _:__
compreensão de como é c a lculado o IPC para uma pequena cesta hipotética de consumo, com
__..,,
)
)
dois ou três bens apenas facilita o e.o.te�os. Vamos supor um índ_ ice )
,,-
calculado por ponderação a partir do ano-base, o que será apresentado a seguir. )
}
)
Considere as seguintes inform�ções a respeito do consumo de uma cesta de bens
)
simplificada de um consumidor típico, em 2008 e 2009:
)
2008 2009 )
Preço Quant. Preço Quant. )
Refrige rante 2,00 7 2,50 5 }
Sanduíche 3,00 6 2,10 8 )

Batata Frita 4,00 2 4


J
4,00
)
)
Tomando 2008 como o ano-base, vamos utilizar para ponderação as· quantidades )
consumidas nesse ano. Percorremos, então, os passos que se seguem: )
1) Cálculo da despesa com cada bem da cesta de consumo, em 2008. )
2) Cálculo d·o percentual da despesa total correspondente a cada bem, em 2008 (o )
)
que define a ponderação).
)
3) Cálculo dos índices parciais (variação percentual no preço de cada bem).
)
4) Cálculo do IPC: média ponderada dos índices parciais. )
4· )
ili,� -+0, ;,S­ )
l� 1 CO ➔ Q,'{'i, . )
5,G-Q -10,�
)
)
)
e
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 26 de 164
(
(
(
(
(
2008 2009
(
Preço Quant. Preço Quant. Despesa Pesos índices de Cálculo do
(
(R$) (R$) em (participação preço IPC{média
( 2008 de cada bem parciais ponderada
( lRS) na despesa (2008=100) dos
e total em
2008)
índices
parciais)
(
r
Refrigerante 2,00 7 2,50 4 14,00 0,35 125 43,75'

�anduiche 3,00 6 2,00 9 18,00 0,45 66,7 30,02


(
e Batata Frita 4,00 2 4,00 3 8,00 0,20 100 20,00 ·':

( Totais 40,00 1,00 93,77


(

e Siga os passos no quadro acima.

e 12 passo. Primeiramente, calculamos a despesa do consumidor com cada bem. Isso


pode ser feito multiplicando-se as colunas "preço" e "quantidade H no ano-base (2008). A despesa

( com refrigerante, portanto, é igual a 7 x R$2,00 = R$14,00, e assim sucessivamente. Está

terminada a primeira etapa' do cálculo do IPC. A segunda etapa refere-se ao cálculo do peso de

cada bem na cesta.


22 passo. Para calcular o peso do bem na cesta, basta dividirmos a despesa individual
(
do bem pelo somatório de todas as despesas. Somando-se R$14 + R$18 + R$8, temos uma
(
despesa total de R$40. Assim, os pesos de cada bem podem ser calculados dividindo-se a 'despesa
(
( com esse bem por 40. Para o refrigerante, por exemplo, o peso será igual a: 14/40 = 0,35.

( Devemos fazer o mesmo para os demais bens.

3º passo. Agora, devemos calcular a variação do preço de cada bem da cesta de 2008
( _para 2009J9u seja, os índices de preço parciais). Para fazer isso, devemos dividir o preço do bem
(
e em 2009 pelo preço do bem em 2003emultiplicar o valor resultante por 100. Para o refrigerante,
.....-
teremos: lOO•x 2,50/2,00 = 125. Fazendo isso para os demais bens, agora só resta calcularmos a
(
( média ponderada desses índices parciais.
e 42 passo. O IPC, ou seja, a média ponderada dos índices parciais, é obtido
multiplicando-se cada Úm desses índices (abti4es "º 39 pafle-)-pai-pectivo peso {obtido oo-22
( passo), e somando esses produtosyAssim, para o refrigerante teremos: 0,35 x 125 = 43,75.
(
e Procedendo da mesma maneira para os demais bens, e somando os resultados, che

ao

e número final, mostrado na célula inferior da última coluna, na tabela aci°:a: o valor do �m

l &o9Jigual a 43, 75 +30,02+ 20�,7 ?]

/ . s
(rdoes pa C1·8/-9.: véf'r1 r.9�
(
(
r
(
ele t:ô4o bem (Iem pe!j i6
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 27 de 164 )

)
O que isso significa? Nosso IPC passou de 100, em 2008, para 93,8 (arredondando), em
)
2009. O consumidor típico gastaria, em 2009, uma quantia menor (6,2% menor), para comprar i! )

mesma cesta de consumo que comprava em 2008. J

De fato, no entanto, nosso consumidor típico em geral não compraria as mesmas )

eria a reduzir seu consumo do que ficou mais caro, e comprar


quantid ')
mais do que ficou mais barato, como indicado na curva de demanda usual {o que é exemplificado
)
na tabela acima). Com os dados da tabela poderíamos também calcular um IPC utilizando a '
)

ponderação dada pelas quantidades consumidas no ano presente {2009); os pàssos a seguír )
seriam inteiramente análogos. Quem se der ao trabalho de segui-los, verá que o resultado será )

{<J inferior ao obtido acima: �e ca1c1,1lado pelo "crjtériQ de Paasch�" {ponderação pelo. ano.
J
)
corrente) é, em números redondo:;, 9J .3 (em vez de 93,8). Isso é o que geralmente acontece,
)
justamente por causa do efeito da variação de preços sobre a quantidade demandada: os bens

_
��.:..::.._���c...c..::.---------�
..;....:_:
�_:__:_:,:___;...�
que aumentaram de preço (e tiveram redução na quantídade demandada) tenderão a tér
)

--:----:---,-'� . )
-__:__:_ __;__�...:....:..;_:--..:_,:_::..:..::._:�_::._:_::�
ponder�ção maíor, pelo critério do ano-base {quando eram mais demandados). �ostuma-se dize:
AA
)
que a ponderação pelo ano-base tende a exagerar aumentos de preços (e a ponderação pelo ano ,

corrente tende a mascará-los). )

Esse tipo de consideração leva os estatísticos a discutirem os prós e contras da )


)
ponderação pelo ano-base ou pelo ano corrente (ou de outras metodologias possíveis), no
)
cômputo de;um IPC. Mas isso não precisa nos preocupar aqui. Pois, como se disse acima, nos
1
casos concretos se usa, quase sempre, a ponderação a partir de uma dada POF, pela maior
)
praticidade e menor custo. Ou seja: a generalidade dos IPCs se baseia numa ponderação passada. )
)
·�� ara quem gosta de fórmulas, o cálculo pelas duas ponderações pode ser )

representado como se segue:


)
)
Ponderação pelo ano-base:
)

,,..;J,
G"' !PCc = -
--1:x
Pc X q b)
Sendo: 1
)
L (pb X qb) Pc - preço no ano corrente
)
Pb - preço no ano base )
Ponderação pelo ano corrente:
)
qc-quantídade no ano corrente
L (p, X q,) J
IPC, =
í (pb X q,) qb - quantidade no ano base )
)

6 )
)
)
)
)
J
(
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 28 de 164

(
(
(
Os resultados do cômputo das fórmulas serão, evidentemente, os mesmos obtidos a partir

dos passos indicados acima. Mas atenção: caso se peça que você mostre o peso relativo de
(
cada bem n a cesta, você deve fazer o cálculo passo a passo, para determinar essas
(
ponderações.

(
,,.J) .3 /rmik?5e5
( 4. PROBLEMAS E LIMITAÇÕES DOS ÍNDICES DE PREÇOS
t� fífnop��
Como a maioria dos métodos e ferramentas utilizados em ciências sociais, o IPC'
{
e apresenta alguns problemas e limitações..Cabe indicar aqui três dessas limitações.
Dois deles envolvem a questão da pooderação 11t.all.ada. Como visto acima, os IPCs em
(
geral trabalham, durante certo período, com uma cesta fixa de consumo, determinada por uma
Pesquisa de Orçamento Familiar. Disso decorrem problemas: a substituição de itens de consumo,
( consequente à variação de preços, e a introdução de novos bens na cesta de consumo.
( Em primeiro lugar, como dito acima, mudanças de preços tendem a provocar uma
(
e
substituição de itens de consumo por outros: quanto maior o preço de um bem, maior será a

procura por bens mais baratos que possam substituí-lo, na cesta de consumo (caso existam esses

-
(
substitutos próximos). Baseado em cesta de consumo fixa, um IPC pode apontar uma yariaçã�de
e
( preços que distorce a realidad:, Por exemplo: se ocorre um griinde aumento no preço7do arroz, é

( possível que os consumidores diminuam o consumo desse artigo e aumentem, por exemplo, suas
( compras de macarrão. Nesse caso, pode-se dizer que o efeito do aumento do preço do arroz sobre
( o bem-estar do consumidor será exagerado, quando se usa um índice baseado no consumo de
(
arroz no ano-base.
(
Em segundo lugar, a introdução de novos bens pode também trazer distorções. O IPC
(
baseado numa Pesquisa de Orçamento Familiar de anos atrás não medirá o gasto dos
(
( consumidores com bens que foram introduzidos desde então. Enquanto não houver uma nova
( POF, o IPC ficará defasado, especialmente em períodos que presenciam grandes inovações na
( composição do consumo da família típica. A comparação entre as duas últimas POFs feitas pelo

'---- --------:..·------=----
(
IBGE (a de 2002·2003 e a de 1995·1996) ilustra isso: verificaram·se alterações significativas n:
( �
estrutura de consumo, em todas as faixas de renda, com o aumento de importância, por exemplo,
(
l de tos com telefones celulares, computadores, locadoras de vídeo, lan houses, etc.

( Em terceiro lugar, deve-se notar que os IPCs não indicam mudanças de qualidade. Um
( produto pode, com o passar dos anos, manter o mesmo preço mas ter seu valor de uso
( substancialmente aumentado, ou gerar um fluxo maior de serviços, como resultado de
r'
incrementos de qualidade. Ou o preço pode subir, sem que de fato Isso decorra de um processo
(
7
(

(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 29 de 164 }
)
)
inflacionário,

já que a qualidade também aumentou. Se um artigo é mais caro, mas tem ---
maior )
• 'le •

durabilidade, envolvendo menores gastos de conserto e reposição, no firo das contas pode )
'
resultar mais barato; mas isso não será refletido � como habitualmente computado. O )

contrário também é válido: quedas de qualidade não são, igualmente, detectadas. )


)
--------------------------
Além dos três problemas supracitados, relacionados ao IPC, o uso de índices de preços
)
pode também envolver outros tipos de problemas, derivados, por exemplo, de características de
)
seu cálculo. Nesse sentido, a metodologia de cálculo do Índice Geral de Preços, da Fundação )
Getúlio Vargas, muito utilizado' em nós (e sobre o qual falaremos a seguir), tem- sído criticada )
recentemente por vários economistas; ver, sobre isso os textos de Roberto �ô )
)
Rabello de Castro, disponíveis na página do curso de Introdução de Economia (pasta "Material
)
Complementar'').
)
)
5. ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS )
�lndice Geral de Precas (IGP). � Fundação Getúlio Vargas, instituição fundada em )
1944, produz desde aquela época vários índices de preços, destacando-se um � inicialmente )
restrito ao Rio de Janeiro e agora com cobertura nacional), o Índice e recos por Atacado IIPA) )
)
Índice Nacional de Pre os da Constru ão Civil INCC já mencionados acima. Com base nesses
)
três índíçes, a FGV elabora o' Índice Geral de Preços, como um indicador-síntese da inflação no
)

-
País. O IGP- :é uma média ponderada do IPA (com peso de 60%). IPC(peso de 30%) e INCC (peso de
)
10%). Estabelecidas em 1950, período em que a produção de estatísticas econômicas era ainda )
incipiente no Brasil, essas ponderações pretendiam representar, grosso modo, a importância )
relativa, no PIB, do valor adicionado nas atividades ligadas à produção e comercialização por J
)
atacado {IPA), no comércio de varejo e serviços de consumo {IPC), e na construção civil (INCCJ.,i_
)
evidente que tais proporções, a.inda que fossem aproximadamente corretas naquele petiQQ_o,

.. --- -
-- )
perderam desde. muito uma relação a,:óxima çon, as Contas Nacionais. A aplicação, ainda hoje, )
desse critério original de ponderação está muito associada à ampla utilização do IGP, desde os )
anos iniciais de seu cômputo, como indicador da inflação (especialmente na correção de valores )
'
em contratos de obras públicas e de aluguéis, e em transações financeiras). Dado esse uso )
generalizado, uma mudança no cálculo do IGP poderia afetar, num dado momento, usuários do )
)
índice em vários setores da economia: De certa forma, a manutenção de uma �
\ )
metodologia, por mais de meio século - embora sem nenhuma lógica econômica-, é vista pelo�
)
ercado como um fator de credibilidade do IGP._j )

urrB �� �r�rk c\o 8


)
)

(®!) 1 ?C\ 3ai) e


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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

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Página 30

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( � rna4S
( Por outro lad a correção monetária pelo IGP pode trazer distorções, em certos casos.
/
USqJa,
( A grande ponderação atribuída ao IPA torna o IGP muito sensível a variações na cotação do dólar, -,'r7
( pois uitas matérias-primas têm seu preço diretamente relacionado ao preço no mercado
(
e 8
internaci�. Com isso, o IGP pode se afastar consideravelmente de outros indicadores, como o

e em períodos de grande d�svalorização {ou valorização) do real. Essa é o foco de críticas que

( têm sido dirigidas ao IGP, como as mencionadas nos textos citados acima.
( /A FGV computa duas séries de� que dão origem a � ois IGPSJ a série'
e #disponibilidade interna" e a série "oferta global". A primeira (a mais usada) exclui alguns
(
produtos que são basicamente de exportação.
{
( qrndice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). �s resultados mensais do IGP, assim
como da maioria dos índices de preços, são divulgados nos primeiros dez dias do mês
(
e subsequente. Assim, a correção monetária de um valor feita no final de um determinado mês (o

( que é comum em certos contratos, como os de aluguel) teria que usar o índice do mês anterior; no
( período de alta inflação, antes de 1994, isso causava problemas. A FGV passou então a calcular um
(
novo índice, que em lugar de se basear no levantamento de preços do primeiro ao último dia do
(
e mês, parte do cotejo de preços apurados entre o dia 20 de um mês e o mesmo dia do mês

( <seguinte. Dessa forma, o índice relativo a março, por exemplo· (na verdade, relativo ao , período de

( 20 de fevereiro a 20 de março), estará disponível já no final de março. Esse novo índice é o JGP-M.
(
(
,1arneote 11sado, até hoje, DOmercado financeiro.
Lb cPO 8. J,,D-=. tflP-m
e O Deflator Implícito do PIB. O cômputo do Produto Interno Bruto, como parte da
(
elaboração das Contas Nacionais pelo IBGE, tem como subproduto um índice geral de preços da
(
( economia: 9-pe(lator Implícito do PIB. O PIB é calculado inicialmente a preços correntes; em

( seguida, · procede-se ao cálculo da variação real da produção em relação ao ano anterior


( {descontada a inflação), setor a setor da economia, com a utilização de índices de preços setoriais,
f
o que converge na determinação do PIB a preços constantes.
(
e A relação entre
define o Deflator___
m
1 _:;__
o PIB
ci--to__
p 1r__
nominal (a preços correntes) e o. PIB real (a preços constantes)

: d:::._o_P__
( 1s:___
: ____ ______ ____-.._,
e
Deflator Implícito do PIB:: PIB Nominal x 100
(
PIB Real
(
e
e 9
(
(
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 �rB{)gen\-e
Página 31 de 164 )
)
econom;a_ )
O eflator Implícito · assim, uma média da variação de preços de todos os bens e )
serviços produddos no país, ponderada pela participação relativa, no PIS, do valor adicionado por )
cada um desses setores produtivos. Nesse sentido, ode ser considerado o índice de preços mais )
)
abrangente a economia.
)
)
6. OS ÍNDICES DE PREÇO BRASILEIROS: VISÃO DE CONJUNTO
)
O Brasil se destaca·internacionalmente pelo considerável número de índices de preços, )
particularmente IPCs, calculados no País· como vimos, isso é uma herança de nosso passado )
inflacionário. Mesmo após o fim da alta inflação, manteve-se essa multiplicidade de indicadores, )
pois continuou a haver demanda do público por eles. Algumas mudanças intempestivas na )
')

metodologia dos índices oficiais de inflação, anos atrás, despertaram em alguns a desconfiança de
)
que houvesse uma manipulação deliberada desses índices, por parte do governo. Mesmo que
)
ninguém ponha em dúvida, hoje em dia, a correção técnica dos índices do 18GE, permanece· a )
preferê_ncia de certos usuários por índices elaborados por instituições independentes. •As ·mais )
importantes dessas são a FGV e a FIPE-USP, já mencionadas, e o Departamento lntersindical de )
Estatística e Estudos Socioeconômicos �- )
)
)
Instituto Brasileiro de Geografia e E/statística • IBGE
)
Como vimos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC} e o Índice de Preços ao )
Consumidor Amplo /IPCA) são os principais índices elaborados pelo ISGE. Ambos têm os dados )
coletados em onze regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, Porto' Alegre, Belo Horizonte, Recife, )
São Paulo, Belém, Fortaleza, Sal'(ador e Cu�itiba, além de Brasília e do município de Goiânia. }
)
Para ilustrar a diferença entre esses dois índices, a tabela a seguir compara as ponderações
)
em que se baseia o cômputo do INPC e do IPCA, no que se refere aos principais itens de despesa
)
(segundo a últíma Pesquisa de Orçamento Familiar, feita em 2002-2003). Como visto acima, o )
INPC toma como base a estrutura de consumo de famílias com renda entre 1 e 6 salários mínimos, )
enquanto o IPCA se baseia no orçamento de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. )
)
----------------e._________
Pode-se notar, por exemplo, que no primeiro caso os gastos de alimentação e habitação absorvem
)
_quase metade da renda das famílias (46%), P,roporção que se reduz a 35.4%, quando se incluem
)
familias de maior renda. �
)
Cabe lembrar que o IPCA é de fundamental importância para a definição da política )

-----------�
monetária no Brasil. To.dos os anos, o Conselho Monetário Nacional estabelece uma meta de
)
)

10 )
)

31. )
)
)
)
t
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 32 de 164
(
(
(
t
( in��ão, medida pelo IPCA; e o Comitê de Política Monetária (COPOMJ do Banco Central agirá,

( então, alterando periodicamente os juros, como forma de possibilitar o alcance de tal meta.
(
(
k:°!'iv...í:�:;�1Ú��J� .TíP'O• a·e·:Gis(o:;�Jj,tt-1:"��J
i
.
· W?Tt..�t;;tifti�����tJ�.e ·eSó: ( �%: do·_Gasto ,To�al )J �<��;. .. 1-., ...�:.: , :
(
,�%í'!-'/XP�����1ulll!iifi!i'f!'..;f1��kMfl(*W.h'..�,Sf,li,ii!;li;��!i?í'&. 1N �.Q. (�! ã,6tSM)�fií�l/?:i:IP,CA· (1 a. 40 SM). ,.
(
\Alimentação 1 29,8 1 22, 1
( fHabitação 16,2 / 13,3 -i ·
!Transportes 16,2 1 20,8 1
( 1Saúde e cuidados pessoais 9,2 10,5
!Vestuário 7,5 6,2
( J Artigos de residência 6,6 5,5
1 Despesas pessoais 6,4 9,2
e (Educação 3,0 6,6

( !Comunicação 5.0 5,9

e
(
e fonte: IBGE. Sistema Naclon1I de (pdiç,s de P.(g_cQi ao Consumidpc.; Estruturas de Ponderação a partir da Pesquba de O,ç,amé<Uos

-
hmilliilres 2002-2003. Rio d� Janeiro, 2005.

(
( Fundação Getúlio Vargas - FGV

( Além dos índices citados acima (IPC, IPA, INCC, IGPJ, que se desdobram em vários
( subíndlces, a Fundação Getúlio Vargas produz ainda �umerosos índices de preços setoriais,. como
( os de produtos e Insumos agrícolas, de custos referentes a vários setores produtivos, etc.
(
(
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP - FIPE
(
O IPC da FIPE mede a variação dos preços ao consumidor na cidade de São�- tomando

( por base consumidores que ganham de um a vinte salários mínimos. Oe modo geral, a ponderação

( é similar à utilizada pelo IBGE. O período de pesquis _a das variações de preços vai do primeiro ao
( último dia útil de cada mês, e a publicação dos dados ocorre normalmente entre os dias dez e
( vinte do mês seguinte.
(
É o mais tradicional indicador da evolução do custo de vida no Brasil, sendo publicado
( � _
e continuamente desde janeiro de 1939.

(
( Departamento lnterslndical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos - DIEESE
( O Índice de Custo de Vida (ICV) do DIEESE, medido na. cidade São Paulo, tem como
(
população-alvo famílias com renda média de até trinta salários mínimos, e tem como principal
(
11
( 30
(
e
>
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 33 de 164

)
objetivo prover a diversos sindicatos dados visando Informar negociações salariais. t calculado )
descte Hl5P

COMPARAÇÕES ENTRE OS ÍNDICES J


)
Baseando-se em cestas de consumo e ponderações distintas, os vários índices mostram,
naturalmente, resultados diferentes, no curto prazo. Para exemplificar, a medida da Inflação em
)
fevereiro de 2009, segundo os seis principais lndices, revelou um amplo leque de variação relativa: )
+0,55% (IPCA); +0,31% (INPC); +0,27% (IPC•FIPE); +0,21% (IPC-FGV); +0,02 (ICV·D1EESE); e -0,13% )

-
(IGP: uma redução de preços, o·u deflação). �o longo de um período maior, no entanto, em geral
os indices tendema convergir. especialmente os lndices de preços ao consumidor. Para o ano de
)
2008, por exemplo, os lndices acima mostraram os seguintes resultados: +5,9% (JPCA); +6,5%
)
(INPC); +6,2% (IPC-APE); +6,1% (IPC-FGV); +6,5% {ICV·DIEESE); e +9,l'Yo (IGP); e a variação do
Dellator Implícito do PIB foi de +5,9%.' Em prazos mais longos, a convergenda é mais acentuada.

(
)
como mostra o gr�fico a seguir, que compara a evolução do IGP (disponibilidade interna) e do
IPCA, par.i os anos desde 1980.
/!'€A
Gráft,i:o 4 - IPCA • IGP.. 01 .. V..-naçócu �nva1i.-- 1980/2005 (%J
2.aoo
2.400
)
�.DOO
1.eoo
,.ao o
)
•••
100
)
1e1$ 1090 1995 2000 zoo• )
-1 .. CA --IOP-01
)
)

----
Ou seja: a inflação tem várias medidas, e não é surpreendente que um indivíduo possa
)
Julgar, em certo momento, que um dado índice n�o representa adequadamente a variação de
)
preços que ele ou ela enfrenta: "como posso acreditar quea inflação foi só X%, se mjnha conta no
'
)
��er mereadoaµment�", dirá alguém. _::, M::,:a::s:._e:_· _:q'.:u:e::.• .:.1_:r�ig�o::r::.
• _:c.1 :da: p:esso a:..t::;e:.:r.!!ia:..o ,...ue....,t,.e._.....
:'..;'. _::::::
r seu )
próprio indice de preços, para medir precisamente o Impacto da Inflação sobre sua cesta
particular de consumo. Os índices referidos acima são médias para grupos de consumidores (ou
)
)
)
1 f011te do, percentuais: IPCidata (http://www.lpe•d1ta.gov,b,),
)
12 )

)
'(

( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 34 de 164


(
,,.
\

(
(
e para setores da economia), e devem ser vistos como tais, e não como medidas exatas, de
e
aplicabilidade geral.
(
e Dados acerca dos índices acima mencionados, e outros índices brasHeiros, podem ser

( facilmente encontrados na Internet, nos endereços:


\ http://www.ipeadata.gov.br/ http://www.fipe.org.br/
( http://www.ibge.gov.br/ http://fgvdados.fgv.br/
http ://www.dieese.org.br/

(
e ÍNDICES DE PREÇOS, DEFLACIONAMENTO, INDEXAÇÃO

e Def)acionando valores nominais. Uma utilização importante dos índices de preços é na


determinação do valor 1ªfil de uma grandeza econômica. em distinção a seu valor nomma�
(_ Suponhamos que se saiba que o salário mensal de João da Silva foi R$ 1.000,00 em 2007, e R$
e 1.100,00 em 2008. Essa informação não nos autori2a a dizer que João poderia consumir em 2008
( 10% a mais do que consumia em 2007 (supondo que consuma sempre toda sua renda), pois não
( sabemos como variaram os preços do que ele compra.
(
A pergunta que interessa responder é: com seu salário de 2008, João poderia consumir
(
e mais ou menos do que em 2007? Qual o poder de compra de seu novo salário, em comparação

( com o d e 2007? Para comparar o poder de compra em dois periodos, temos que manter os preços
( constantes. Suponhamos que o índice de preços relevante para a faixa de renda de João tenha
e
e
variado d e 100, em 2007, para 104, em 2008. Podemos estabelecer a seguinte proporção (regra de
três):
(
índice de preços Salário
(
100 X
(
e 104 1.100
(
e onde X representa o poder de compra do salário de João em 2008, �o nível de preços de
(
e 2007.

e 1.100 X 100
X=------ "'1.058
(
e
104

( Ou seja: o salário real de João em 2008, aos preços de 2007, é aproximadamente


( R$1.058,00 (para um salário nominal de RSl.100,00). O valor de R$1.058 pode ser comparado
( diretamente com o salário d e João em 2007, pois ambos os valores se referem a um mesmo
e ✓

(
13
(
(
}
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
v?Áor • [CD Página 35 de 164 )
)
)
r egime de preços. Assim, podemos dizer que o po_der de compra de João passou de R$1.000, em
)
2007, para próximo de RSl.058, em 2008, aumentando cerca de S,So/o." )

Generalizando: para transformar um valor nominal em real. num dado período. basta

divi or 100. )

)
Mais precisame nte, temos:
)

VNu x 100
VR ll/11 : )
IP,u11
)
onde VR 12,11 é o valor real no perfodo t2, aos preços do período tl; )
)
VN 12 é o valor nominal no período t2; e

IP 1�1 é o ln dice d e preços no período t2 com bas e no período tl


)
)
Indexação. A indexação consiste na correção de valores n ominais de uma cifra
)
monetária, buscando compensar os efeitos da inflação. S e um determina do contrato, assinado no
)
val or de R$1.000,00, estiver indexado a um fndlce de pre ços, 1 � significa que, para uma d �da )
I do c�
v ari a ç ã o s o rrid a p elo f ndic e, o va lo r noml n a!_ o�nt · Se o fndice indicar
�� � � : : � ; ; ; � � �� � ;�� � ; �� � �� �� � �� = = � �����:��:� )
um aumento de lSo/o nos preços, o novo valor nominal do contrato será 15% maior (ou seja, )

RSl.150,00), mantendo ínaltera do seu valor real. )

No per/oda de alta inflação, antes de 1994, era amplament e difundida a Indexação de )


)
contratos, salários, Impostos, tarifas públicas, etc., pois t o dos procuravam se defender da perda
de poder de compra decorrente do constante aumento nos preços. Se era favorável, do ponto de
vista individual (reduzi ndo; por exemplo, a corrosão do valor real dos salári os pela inflaçã o),.!.. )
indexação, assim generalizada, tr ouxe um efeito macroeconOmico muito desfavorável, )

contribuindo para tornar cWnlco o preeesso infbcioo;f,do - como veremos mais tarde, em outra ,

-
)
unidade do curso. Uma das maiores dificuldades enfre ntadas p elos r esponsáveis pela poli1ica
...... )
· e.conõmic � 2aís, em suai tenleflvas de debelar a Inflação, foi Justamente a prática quase
)
universal da indexaçllo, na economia brasileira, naquele perlodo.

corre..16
� 11 )
)

u0ia ci-0-a rnOf\clári � { )

\J D sC8r\ do cornçerr;er os
)
14 )
)

e-(0-ros <ló (� \acy6 )


)
)
)
e
(
{ INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 36 de 164

(
(
(
e
(
( BALANÇO DE PAGAMENTOS
(
( Patrícia Costa Rodrigues/ F.R.Versiani
( 1) Introdução
(
Na Contabilidade Nacional estudamos formas de medir, como um todo, a atividade econômica que
( l '
(····,
"•-·
se desenvolve no país, durante certo período. Vamos agora estudar a medida das relações econômicas do.
(
( país com o exterior. Num mundo em que as economias nacionais são cada vez ma is interdependentes, tem
( grande relevância a análise quantitativa dessas relações.
( Preocupações com as transações externas de um país, por parte de seus governantes, têm uma
( longa história. Nos séculos XVI a XVIII, como se sabe, muitos palses adotaram políticas ditas mercantilistas,
( buscando ma.xJmi2-ar o saldo das exportações sobre as Importações. Mas o registro sistemático dessas
( transações é bem mais recente. _No Brasil, esse registro passou a ser feito em 1947, Inicialmente µ.e.ta..
( Fundação.G.e!@o Vargas, e mais tarde pelo Banco Central.
( \O mento� pode ser
(
( agentes das trallsações podem ser indivíduos, empresas, o Governo, etc.; ng_c.aso de Indivíduos,

-·-----
(
.consideram-se as transações efetuadas por residentes no ll,ais . O valor das transações é medido em moeda
(
e de_curso internacional, conventiQOalrneo.te-dálar-es-nortea&me�
A partir de 2001, o Banco Central adota. na preparação do Balanço de Pagamentos bwJ].eir.Qr-a
(
ecomendada pelo Fundo Monetário Internacional. O Boletim Mensal do Banco, publicado na
(
Internet (www.bcb.gov.br), divulga o Balanço de Pagamentos em dados anuais e mensais.
(
(
e 2) Cgnceitgs báslcos

( \ O Balanço de Pagamentos, como um registro contábil, :;;se::icu:.:e:..::


o�m étO do de
;;.:::.:.::.::.::...::.::.w:.;;;.
::::::':::�=::=:J
( familiar aos contadl)rgs. Para �da transação, faz-se um lançamento {ou "partida") a crédito de uma conta,
e e outro lançamento da mesma Importância a débito de outra conta - de tal forma �_s_gma dos créditos
e é sempre lgua� à dos débltos.•.E � representa a origem dos recursos. e o débito sua aplicação.l Por
e exemplo, se é feita uma importação de equipamentos, no valor de US$ SO milhões, financiada por
( empréstimo concedido por um banco estrangeiro, haverá lançamento de um crédito desse valor na conta
(
e
"Empréstimos•, e de um débito na conta "Importações". E se há exportação de um avião da Embraer no

e valor de US$ 20 milhões, resultando em acréscimo dessa importância nas reservas e moeda estrangeira do
Banco Central, haverá um crédito em "Exportações" e um débito em "Reservas Internacionais". 1
(
e
( 1 Notar que a conta ..Reservas lnternacíonais1' , tal como o conto ''Caixa,,. das emp(esas, tem débitos quando entra
( dinheiro, e créditos quando sai dinheiro - o que â primeira vista parece paradoxal. Mas deve-se lembtat ,empre que
(
(
(
:13+ )
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 37 de 164 )
)
)
�alanço de Pagam_entos registra apenas o total líquido de todos os lançamentos em cada conta, )
. no período considerado. Por convenção, uma conta terá sinal positivo(+) quando representa uma entrada )
líouida de divisas no país (um crédito líquido). e um sinal negativo(-} quando representa saída liquida de )
divisas (um débito líquido). Fica claro, assim, que a conta "Exportações" terá sempre sinal positivo, pois )
vendas ao exterior são sempre fonte de recursos; e a conta "Importações'' terá sem re sinal O.t;,gativo. Já )
contas como "Empréstimos" poderão ter sinal positivo ou negativo. "Empréstimos" tem sinal(+) quando os )
f"i',
empréstimos concedidos ao pais forem maiores do que os empréstimos que o país concedeu ao exterior; ·e
··.,,_,/
)
sinal (-} no caso contrário. {Observe que um empréstimo externo é visto como uma entrada de moeda no )

país, mesmo que concreta mente isso não ocorra: no caso de um financiamento à importação, como no
)
)
exemplo acima, o banco estrangeiro em geral paga o valor da importação.diretamente ao vendedor do
)
produto, no exterior. Mas, por convenção, supõe-se que o dinheiro do empréstimo entrasse no país e
)
depois saísse, para efetivação do pagamento).
)
Dado que cada transação origina um crédito (sinal +) e um débito {sinal -) do mesmo valor, a soma
)
dos créditos e dos débitos é necessariamente igual a zero. Ou seja, gJ3alailço de Pagaf11eAtQSestá sempre )
em equilfbrio. Mas isso só será verdade se incluirmos no Bafanço a conta de Re�ervas Internacionais. Na )
� prática, é usual defxar .essa conta de lado e falar num superávit do Balanço de Pagamentos quando há, nas
.l<3J )
demais contas, uma entrada líquida de divisas {o que trará um aumento nas Reservas Internacionais). )
S1metr icamente, um déficit no Balanço de Pagamentos significa uma saída líQuida de divisas (com )
conseqüente redução nas Reservas lnternacionsJs). )
)
3) A estrutura do Balanco de Pagamentos )

Q -1=---=--=--�-c-
As transações registradas no Balanço de Pa
---::--:-�=-�7� Ws
entos estão reunidas em dois grandes grupos: )
)
Transações Correntes Conta Capital e Financeira. s Transações Correntes aparecem principalmente as
exportações e importações de bens e serviços, assim como os rendimentos de fatores de produção(iuros, )
lucros, etc.) enviados ao exterior, ou recebidos do exterior por residentes no país. A Conta Capital e )
)
Financeira inclui investimentos e outras transações financeiras (empréstimos, financiamento de
J
exportações e importações, aplicações em bolsas de valores, etc.} efetuados pelo resto do mundo no país
)
considerado, ou vice-versa.
)
� Costuma-se
.
dar destaque ao resultado {déficit ou superávit) das Transações Correntes. É importante
. -------,c--:::-:--:---:--:--- )
notar que um déficit nesse item não é necessariamente algo negativo. Esse déficit pode ser compensado
)
por um resultado positivo na Conta Capita I e Financeira, o que significa entrada de recursos externos no
)
país, como investimentos; e isso é, em principio, favorável para a economia, representando um acréscimo
)
ao esforço interno de investimento. Mas um déficit grande, ou crescente, em Transações Correntes pode )
)
)
ill..®º, significa or;gem de recursos, e débito sua apliçação. A redução de Reservas ê fonte de recursos, portanto um )
crédito; e o aumento de Reservas urna aplicação de recursos, portanto um débito.
)
)
)
)
)
)
\

(
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 38 de 164
(
( �··
(
(
(
e
ser um problema, por tornar o país excessivamente dependente de financíamento externo, ou provocar
perda de Reservas Internacionais, se o déficit for maior que o superávit na Conta Capital e Financeíra.
{
e No que se segue, vamos examinar as contas que compõem as Transações Correntes e a Conta Capital e
Financeira.
(

(
(
e 1. TRANSAÇÕES CORRENTES
As Transações Correntes são compostas por três subcontas: Balança Comercial {Balança de
- ,,.....
. iJ ..,1
l._/

( a a ança de Transfer ências Unilaterais.


� .
(
( 1.1. Balança Comercial
( A Ba lança Comercial registra a venda e a compra de mercadorias entre residentes e não residentes
( de um país. Desse modo, inclui:
(
• Exportações (que entram com sinal positivo, como vimos); e
( • Importações (com sinal negativo).
(
.u �r:!:e�s..':c�o:!:!m:!EJU!!!!l/.U!!í!2..!!!�:!:!.!Ll<:U�S..l!.!!i!!:!.!������lll'�
É lmp!'.:ortan'.;:te:..!.! � t!:JaJ! ;.J�'-"�v@alo
� � � � � � � '.: no
(_
e merca orias, o seguro e outras �p.esas. Diz-se, assim, que são valores FOB (da expressão Inglesa free on
�- Ou seja, a mercadoria posta no navio, no porto de origem (ou no avião). Os fretes, seguros, etc., são
(
registrados separadamente.
(
(
( 1.2. Balança de Serviços e Rendas

( A Balança de Serviços e Rendas inclui as Transações Correntes �s v s charnadas de "lnvj<i)l$k",


( por não envo s angívels. É dlvi a em duas partes: Balança de Serviços e Balança de Rendas.
e _;__--,-�--:--:-�-
A Balança de Serviços, como o nome Já diz, registra os pagamentos e recebimentos relativos a
e serviços prestados entre residentes e não residentes. Os principais serviços incluídos estão nas categorias
( de:
( • Transportes: fretes de cargas e transporte de passageiros (valor das passagens);
(
e •

Viagens Internacionais: aquisição de bens e serviços por viajantes;
Seguros:
(
• Royalties e licenças: uso autorizado de marcas comerciais, patentes, franquias, filmes, etc.;
(
( • Aluguel de equipamentos:

( • Serviços empresariais. proflssionai,;e técnicos: consultorias, publicidade, etc.;


( • Serviços de computação e informação.
(
e A Balança de Rendas registra os pagamentos e recebimentos de rendas de fatores de produç� -
( capital e trabalho. Principais itens:
(
e
• Juros de empréstimos e financiamentos, títulos de dívida pública, etc.

(
(
;Js1
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 39 de 164 )
)
)
• Lucros e dividendos de ações remetidos ao exrerior ou recebidos. ).
)
1.3. Transferências Unilaterais )
�,s as movimentações financeiras sem contra artida: não há prestação )
de serviço. São principalmente rem�� .e.. m,g<ante.s.• �uas famílias no ·país de origem, e d�ações )
- --- )
_,.-- -
-d�fanto privc1das como governamentais1 ou por organi�i;i°er-nãt�ais.
)
)
2) CONTA CAPITAL E FINANCEIRA
)
)
2.1. Conta Capital'
)
E Conta Capital j egistra principalmente transferências de patrimônio por migrarytes entre )
países. S5o transações de pequena Importância, em nosso caso, em relação às da Conta Financeira.
)
)
2.2. Conta Financeira )
� Conta Fina�em quatro subcontas: Investimento Direto, Investimento em Carteira, )
Derivativos e Outros Investimentos. )
)
2.2.1. Investimento Direto )
Os Investimentos Diretos referem-se à transferência de recursos para estabelecer instalaçpes )
produtivas em 011tcopaís (como quando a Fiat italiana investe na construção ou ampli _ação de fábricas no J
Brasil), ou para assumir o controle de empresas produtivas em outro ruiís (como quando a Vale do Rio Doce )

co:npra uma mineradora no Canadá,. ou uma empresa européia participa da privatização da telefonia, no )
Brasil). São investimentos de longo prazo, feitos em geral por empresas multinacionais, supondo um
)

interesse óuradouro no empreendimento envolvido. )


)
)
7..2.2. Investimento em Carteira
)
_Esta-conta registra investimentg:;que visam em geral, obtenção de ganhos em prazo.cu.cto. São )
aplicações em ações, títulos óa dívida pública, títulos privados de renda fixa ou variável, etc. Ao contrário )
do caso dos Investimentos Diretos, não há relação de longo-prazo nem interesse duradouro em ]
determinado empreendimento, ou controle sobre a administração de seus negócios; trata-se apenas de )
uma aplicação financeira. )
)
2 É born atentar para um ponto de nomenclatura. Até 2001, a "Conta Capital e Financeira,.. era chamada apenas de )
"Conta de Capital" OIJ "Movimento de Capitais.... Esses termos ainda aparecem corn freqüência na literatura )
ec-onõmica, para designar o segundo grupo de contas do Balõnço de Pagamentos (que em inglês é chamado,·
)
analogamente, de capitol occounl'}. Na nomenclatura atualmente adotada pelo Banco Central, no entanto, a "Conta
Capital" se refere tão-somente a transferências de patrimônio, que têm, no Brasil, importância' muito reduzida (ao )
contrário da "Conta Financeira", altamente importante).
)
)
)
)
)
)
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 40 de 164

e
(
(
(
( 2.2.3. Derivativos
Derivativos são Instrumentos financeiros que�_dqtJUlr-am-relel.ãncia na< ,;1.t;fl"l�õdas;-e-s!i�
( baseados em expectativas quanto ao valor futuro de�t-iva;-rrre-rc<n:Fõna;-tax- a-<:..ambia�tc:;"'ãõr11�.
'
e _algumas oper õ s de rande complexidade.
(
(
e
2.2..4. Outros Investimentos ,O-s'�'
Este item residual inclui contas de..1mmde importância no Bqlanço de Pagamentos brasileiro:

... .�
e
• �os.comerciais: financiamentos associados a exportações e importações;
(
e • Empréstimos: de longo prazo (especialmente de Instituições internacionais, como o Banco

( Mundial e o Fundo Monetário Internacional) e de curto prazo (em geral, empréstimos

e bancários), e suas amortizações (pagamentos de empréstimos).


( • Depósitos bancários no exterior.
(
( Notar que a mortização e um empréstimo externo é registrada nesta conta (com sinal negativo),
( mas os Juros respecttiivvio'R"(!l>n,.,,,l\.dos(também com sinal negativo) em Transações Correntes, na Balança
( de Rendas.

-----::::::::���������;==�====�==
(
(
CONTAS AUXILIARES
(
-Há ,- alJ\8'! contas auxiliares: uma para compensar inexatidões na apuração do valor das
(
transações (ErroseOmjssões).eoutra relatfva ao saldo final do Balanço de Pagamen
(
créditos e débitos nas Reservas Internacionais (Resultado do Balanço).
(
(
( • Erros e Omissões

( Em prlndpio, o saldo do Balanço de Pagamentos deveria ser Igual à soma algébrica dos dois grupos
( de contas, Transações Correntes e Conta Capital G Financeira, Mas, na apuração dos milhares de transaçaes
i
( externas que se dão anualmente, é inev tável a ocorrência de erros e discrepãnáas. Nem todas as
( transações são registradas formalmente los gastos de turistas, por exemplo, são calculados por estimação);
( existem discrepâncias temporais (como no caso de transações ocorridas no final do ano), e assim por
e diante. Para compensar essas diferenças foi criada a conta de Erros e Omissões, que é, de fato, um "conta
e de chegar", onde se registra a falta de correspondência entre os lançamentos a crédito e a débito. Como se
r' pode observar nos dados do Balanço de Pagamentos divulgados pelo Banco Central, os valores dessa conta
(
não são altos, mas variam bastante de ijno a ano, com sinal ora positivo ora negativo.
{
( •R�_u 1t a _d o_d_o_ Ba_ �l�•-nAç0"-- d_e__
Pa.,,g""a-'me-' "n-'to-' .....
__ s
e _ __
Consiste na soma algébrica dos saldos de Transações Correntes, Conta Capital e Financeira e Erros e
(
Omissões. Se o saldo é positivo (superávit), a entrada de moeda estrangeira superou a salda, havendo
(
(
(
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 41 de 164
�!// l)
)
)
então um aumento nas Rese. rvas Internacionais do Banco Central; se o saldo é negativo (déficit), a saída de )
divisas foi maior que a entrada, acarretando uma redução nas Reservas Internacionais. Assim, a variação )
nas Reservas Internacionais é a contrapartida do resultado do Balanço de Pagamentos.' )
A manutenção de Reservas Internacionais tem principalmente um objetivo de precaução, servindo )
como instrumento regulador na ocorrência de desequilfbrios. Quando da crise finaoreica de 2008, o fato de )
o Brasil ter acu do anteriormente um volume substancial de reservas teve efeito bastante positivo, )
contribuindo para afastar o temor de que a fuga de capitais para o exterior, que de fato ocorreu, pudesse )
trazer problemas sérios para o Balanço de Pagamentos do País. )
)
)
)
)
)
)
)
)
)
)
)
)
)
)
)
')
)
)
)
>
)
)
)
)
)
)
)
)
� Na realidade, as Reservas Internacionais poõem variar tarnbém por outros fatores, como o recebimento de juros
pela aplicação das reservas em instituições financeiras. Para simplificar, desconsideraremos esses fatores, e supomos )
aqui (como nos exercícios que faremos sobre o assunto) que a variação nas Reservas é a cõntrnpartida exata do ;aldo )
no Balanço de Pagamentos.
)
)
)
L-tL
)
)
)
...
r
,,
l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 42 de 164
(
r
(
(
( UM EXEMPLO HIPOTfTICO DE BALANÇO DE PAGAMENTOS
( Segue-se um conjunto de dados que usaremos para calcular o Balanço de Pagamentos de uma
( economia hipotética, no ano de 2008.
(
(
Identidade Tronsaçllo Volor (,m
(
'.Pi'\
mllh6es
( �• US$} ··-·'
)

(. (A) Eicpor,açllo de mercadorias (FOB) 700


(
e J!!.. Recebimento de fretes do exterior

Recebimento de e.mprtstimo do FMI


50

75
( 'Q9)
e (D) Pagamento de royalties e licenças ao exterior 40
( �E)} Remessa ao exterior referente à amonliação da divida 1S
( (F) Remessa ao exterior referente a pagamento de juros da dívida externa 20
( i
(G) Remessas ao exter or de lucros 100
(
(H) Importação de mercadorias (FOB) 900

( (1) Recebimento de donatrvos do exterior 10


( (J) Transferêncfa de patrimônio por )migrante (receita) 10
( Gastos de turistas estrangeiros no pais 30
--{14.
(
{!L) ) Investimento externo direto no país 120
(
e (M) Recebimento d& dMdend0$ do exteriot 10
Compra de ações de empre,sas estrangeiras por investJdore.s nacionais (sem controle 30
( �) do capital)

Derivativos o

( (P) E.rros e Omissões + 60
(
(
(
Primeiro, calculamos a conta de Tr�nsacões Correntes. que compreende a Balança Comercial, a
(
( Balança de Serviços e Rendas e as Transferências Unilaterais. Comecemos então pela Balança Comercial:

( Balança Comercíal {6C) =Exportações-Importações


(
BC =A· H
(
BCª 700-900
(
= US$ -200 milhões
(
e
e

(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 43 de 164
')-1/.S}
)
)
Repare que as importações superaram ·as exportações efl) valores, o que sie,nifica que o pais tem )
um déficit comercial. Calculemos agora a Balança de Serviços e Rendas (BSR): )
)
BSR= BS + BR
)
BSR = (8-D + K)+(-F-G + M) )
BSR = {50-40 +30)+( -20-100 +10) =
40 -110 = US$ -70 milhões
,,-,
'' 8 .'
)
)
·,._/
J
Repare que os valores estão separados de acordo com as balanças a que pertencem. Vamos agora
)
para as Transferências Unilaterais (TU}:
)
TU = 1 = US$ 10 milhões )
)
Com todos esses valores em mãos, calculemos agora o saldo das Transações Correntes (TC):
)
Transações Correntes (TC) =BC+ BSR + TU )
TC = -200 -70 + 10= US$ -260 milhões )
)
Vamos calcular agora a Conta Capital e Financeira (CCF), que compreende a Conta Capital e a Conta )
Financeira. Calculemos primeiramente a Conta Capital (CC): )
CC=J )
= US$ 10 milhões )
)
Agor a, a Conta Financeira (CF), que compreende valores de Investimento Direto, Investimento em
)
Carteira, Derivativos e Outros Investimentos:
)
CF = (l) + ( -N) +(O)+ ( C-E)
)
CF = 120-30 +O+ 75 -15
)
= U5$ 150 milhões
)

Com esses valores, calculamos agora a Conta Capital e Financeira: )

CCF= CC+ CF )

CCF = 10+ 150 = US$ + 160 milhões )


)
Agora, calculamos o Saldo do Balanço de Pagamentos, o qual é a soma das Transações Correntes, )
da Conta Capital e Financeira e os Erros e Omissões Uá discriminados na tabela, inclusive com sinal): )
BP= TC + CCF + Erros e Omissões )
BP= - 260 + 160 + 60 )
= US$ - 40 milhões )
)
Variação nas Reservas Internacionais= BP= US$-40 milhões
)
)
)
)
)
'-13 )
)
)
...
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 44 de 164

e
l
(
e O Resultado do Bal anço m ostra que as transações ocorridas entre esse país hipotético e o resto do
(
mundo, no ano de 2008, foram deficitárias, resultand o em salda líquida de divisas: o superávit na Conta

e --
---,:-;---:::--:-��--;:-:-----;---:-
- -�::---::---::---:=---,-----,,----­
Capital e Fin\'.!!ce.[ra não foi suficiente para cobrir o d éficit em Trans ações Correntes . Ho uve, assim, um a
variação negat iva nas Reserv as Internacionais.

4) Considerações Finais
(
(
--=º�B=ª:'ª=nço de m n os é um ln stru men�t�O�i=m�p=o=r�ta=n�t�e�p�•�r � �l�•zC?�-es��ec
=o�n�ô�m�i�7=i!j.d�
� :::_: : �P=ª:ª:ª:.:.:_:c� �r : :...::.
a�•�a�n�á� s �•�
li� d� s. �
a� re
= � _:_:: = � = � :.:.:_
( um país co m o resto do mundo. A observação dos dados para o Brasil, nos últimos a nos, mostra, por
( e xemplo, a grande expansão de nossas exportações, cuj o valor duplicou entre 2004 e 2008, beneficiado
.< pela expansão da economia mundial no per/od o, e também das_importacões, que qu ase dobraram entre
2006 e 008 sob a Influencia da valorização do real em relação ao dólar. Nota-se também um a evolução
( expressiva do Investimento Direto no Pais, o que sugere uma ava ação positiva das perspectivas da
( econo mia _brasileira por pa rte de empresas lntemacionais, assim como um cre scim ento significativo, nessa
(
mes m a rubrica, da apli cação d e capi ta is brasileiros no exter i or, indicando participação crescente de
{
empresas nacionais no processo de globalização econômica.
(
É preciso ter cuidado, no entanto, corri Interpretações superficiais dos dados do Balanço de
l
Pagamentos. Um exemplo comum di sso é considerar um déficit em Transações Correntes como
1,•,
algo que
(
deve ser sempre evitado (e um superávit como sempre desejável). Como vis to acima, déficits em �
(
(. Transações Correntes podem, ao contrário, configurar uma situação favoráve l para o pais, se forem

( .:º�P��d_<>s EJO{..um.J.ofluxo exprc,sslvo de Investi mentos Di retos. Por outro lado, um equillbrio no
( Resultado do aalanço obtido à custa d e Investimentos em Carteir a pode ser precário, uma vez que
aplic a ções financeiras de curto prazo são naturalmente m ais instáveis e voláteis, se mudam as expectativas
( dos Investidores. Ao contrário, os fl uxos comerciais, regis trados nas Transações Correntes, tendem a ser
m ais estáveis, dependend o menos de expectativ as e mais de hábitos de consumo e da dependência de
( insumos I mporta dos .
(
(
(
(
Referências
(
(
Para detalhes sobre o Balanço de Pagame ntos, consultar:

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(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 45 de 164

ESQUEMA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS


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equipamentos e e Outros
outros Investimentos )

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 46 de 164

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v.1 - Balanço de pagamentos

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62 835 1'3606 91350 120fU7 173107
' SeMÇOs •H78 • 8 3011 -96$4 .. 13218 ·16 690
Recol:as 12584 160◄7 19462 23055 30◄51
Oe1tJ)e$a'I 17261 24 356 29118 37173 47 140
Rondas • 20 620 •25997 -21◄a9 .zg 291 •◄O SG2
Rccoila• 3 199 3194 4
8 38 11493 12 511
t 00lpe:$H 23 )19 zg 102 33927 <0784 53013
Tt3ntfet6ncs:i. unla.l�s eoffOl'llO& 3 236 3 5$8 4306 ◄ 029 4 224
Racellaa 3 5◄2 4051 ◄ 8<7 ◄ 972 5 317
Oesp&Sll.$ 300 493 641 043 1 093
TranAQÕU cottentN 11 479 13905 13 621 1 650 .. 28 10l
Con!� catirt.ol • hneoira .. 7623 ... 9 "18◄ 15982 89086 29352
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Conto. nm�nce ro
l
15 113 88330 28 297
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No� -98 07 •2 517 - 28 202 -7 067 •204$7.
Part.ieípaçio no c.plltl -6640 •269S •23 413 • 10091 -13859
empr4slin'\o; inlorcomp:intii:is - 3 167 178 -4789 3 02:S - 6598
( No pais 18 146 15086 18782 34 585 45058

e Po,1ic:fpapo no capflaJ
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- 424
15 045
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3409
26074
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30 064
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( hwe,timenlos cm cMelr:;, -◄ 1SO 4 885 g573 4839".I 1 133
( AINQS • 755 -1711 523 28õ 1 900
Aççes • 121 • 831 • 915 -1 •13 257
( TllulOa do 11nd:i: fixo -m •940 1 ◄31J 1 699 1 643

( P·u:.ivo• .3995 6 55$ $0S1 48 104 • 7$7


A96e-t 2 081 6 451 7719 26 217 -'1S�5
( TUulos da renda fbcl ..6076 204 1 335 21887 67!)6
Deriva\lvos • 877 . ◄O 363 • 710 • 312
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A!lvo:. 467 508 462 88 298
( P,..- .. 1 14S • 548 • D9. • 799 - 610
.. ,o 806 • 27 521 t◄Sn 13132 H75
( � inve&:Umentosv
All,o< -2085 .'5035 •8 914 -18552 •5 269
Pai.i:;iVOG -8 721 - 224&6 2a491 31 6133 8 1◄3
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 / Página 49 de 164 )
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o PNB. é .pior .qu� o .PÍB i"
)
ROBERTO MACEDO )
)
·: Quatro décadas atcás,..o mais difundido indicador da pro.dução. . ou renda.de um.pais
era seu produto :nacional bruto-(PNB) anual. Depois;· virou. moda o produto. interno · bruto )
(PIB}. Conforme:argumenta.rei.em seguida, o PN6 precisa r.ecup erar ,a alenÇão. que recet>,a·
no·passado.·:. )
.
Como o· ·I do PIB·. indica, este mede a produ. ção··.d.e. bens. e:ser_viços realizada
internamente;·, a .. um,. país., · ou•: seja,· der.itrcr. ·das· suas·. J-rooteiras · ·geográ!icas·; mesmo. >'e:
)
realizada por.. fatores: de ·.produçãç:,.de outras nacionalidades; .c.omo. o:capita1 .estrangr.mo __ . ).
nele atuante ou trabalhadores . que. nele aportaram, mas·sem assumir a cidadania local.
Como há interesse em saber- · quanto esses.fatores de produção remetem de rendimentos
.. para. seus países •de .. origem;·:ch.ega-se à, chamada "rerida . de· fatores estrangeiros'. )
Deduzindo esta dos valores,que.entrarn no pais a mesmo título, ou seja,.provenientes do
trabalho e do capital dos. ieus cidadãos que .atuam no exterior, chega-se à renda líquida de }
·
fatores· estrarigeíros.(RLFE}: ·:. .,...• •. )-
Esta · será positiva,:se i:>s ingressos de rendimenlos desse · tipo forem· superiores,às:·
saídas, ou negaliva; ·. caso. contrárb. No Brasil, é negativa;. pois ilá multo mais capitais .>:
estrangeiros•. aqui do:que éâpitais·brasileiros operando lá fora. ·É certo que·o Brasil é hoje }'
um pais fornecedor·de imigrantes, mas o rendimento .que enviam está longe de compensar
o fluxo negativo dos rendimentos de capitais. r
,Como.o N do-PNB . está:a indicar1°·este mede.a produção nacional,- :entel'ldid,a eomo tal a
aos seus fatores de produção. i_ndependentemente do país em que atu'em. Pará se chegar
)
ao PNB, toma-se o PIB mais a RLFE. Como no Brasil.esta é nega-iiva, ó PNB é menor que )'
o PIB.
)
• Distinguir uma coisa da outra não- · é i:nportante quando a RLFE tem magnitude
reduzida � não varia muito. Entre�anto, este não é mais o caso do Brasil, pois como )
�""'' ""�°"'"..,M•,.,.., ·. .. . proporção do PIB a RLFE dobrou entre meados da última década e o início desta. Mais ..... ,--��- ,
·
precisamente, alcançou 3,9% em 2002, o último dado .disponíveí. A por centagem pode
parecer pequena, mas se refere a um valor econômico de grande magnitude, o PIB. Assim, )
tomando o valor deste no mesnio aho, nele a RLFE alcançou a expressiva soma de R$ 52
bilhões. '· ' )
Como porcentagem do PIB;'essa RLFE foi a maior desci.e 1988. Recorde-se que no
inicio da década que inclui ess� ano houve a chamada 'crise da dívida externa", na qual o
Brasil ingressou por conta do·àlto endividamento que vinha praticando desde a crise do ')
··-·.
pelró!eo ocorrida em 1973, qua . ndo .os pa/ses exportodores desse prodl!lo se organizaram
e passaram a impor preços beifi mais .altos ao mercado. O dinheiro.que assim acumularam
· gerou umá:olerta de.recursos para empréstimo$, os 'petrodólares', à qual•.i·6rasil•rec0rreu
com interisidáêie. O ciue precip.itóú a· crise foi a política de juros a[tos praticada nos · El)A a
5
partir do final da decada de. 1970, pois con!aminàrarri as taxas internacionais e a dívida . -)
- .·
brasileira. Esse pagamento de juros · elevou a RLFE a taxas entre 5% e 6% ·do PIB de 1982
a 1985.
Ainda como registro históri. co vale le mbrar que por muitos anos a RLFE ficara )
abaixo de 1% do PIB; com essa estabilidade e valor explicando então o desinteresse pelo )
PNB. Assim, nos dados que consultei, com início em 1955, ela permaneoeu dessa forma
até 1975, quando pela primeira vez ultrapassou a barreira do 1 % por causa do citado ::,
endividamento em· "petrodólares".
Passada a "crise da divida externa·, a RLFE se acomodou em torno de 2% do PIB ale )
meados da dêcada passada, quando deu o novo salto para o qual estamos chamando a J
\

alenção. A razão agora· é outra, ou seja, � forte elevação da remessa d� lucros e

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 50 de 164

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dividendos na esteira dos investimentos estrangeiros que. aportaram no P.àís' para


'
�l t, •!
··.participar·do processo .de privatização, em.setores · como os de. telecomunicações, de
eletricidade e o bancário. ,..
· , ,Com·isso ·estamos··dian!e ·de ·um eíeito·mais permanente:a ·ampliar:a R�fE,.1;>9i_s;•
•, esses ·investimentos·,fincaram-ralzes ,no· Pals;,-e.não�se·.trata mais '.de, :um,· eridiliiõamenté',
· financeiro ,que passou ,pela •.contlngêncla,.de•. juros·.;·elevados :que,• acabaram' cederoo. · Na
·.forma •de Jnves\imentos: diretos, .o :capital :estrangeiro· busca· remuneração, ,e · estâ, vem·

r sendo, alcançada e remetida para _seus ,acJonistas ·no ·ex,terlor:• Por •sua -ve·z, o quadro da .
economia e da política 11ão estimula -reinvestir.os lucros,c- o· que ·é:mais .uma complicação.
As implicações desse distanciamento entre o PIB e o," PNB são muitas. Como exemplo
,,:,::
,.,.,:'.:� .,
recorrente, há a que di2 respeito.às já triviais-notícias de.queda dos-rendimentos reais aos
( trabalhadores. Uma das razões é o v,azainento de sua renda para pagar maiores tarifas de · ;_/,i,iJ
�ervi yos !lúblicos e ban cá rlo s parte das quais se tor na ren �� enviada .ao exterior. Qua nto ·
a es ü maI Iva de queda de0 , 2 ,.;, no Ip 8 do ano passado, no 1rc,a que recen 1emente recebeu . ·:_'..,:,..,:..•,;·
grande destaque, será in.teressante ver o que aconteceu com o PNB quando seus dados : ,.:..• ;-,
·. ;
n..-
"'..� -·"''"'•~-. ,..,, · -· vierem à luz.. Sua queda poderá ter.sido até..maior se as empresas estrangeiras tiverem
optado por outro espetáculo de cresclmenlo, o de suas remessas ao exterior.
Como implicação-síntese, a evolução do PNB dos últimos anos ·revela :um quadro mais
..
. ·· · · •
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grave que o mostrado pelo PIB.:Assim,-conforme calculei,' o P.JB total cresceu 13,1$% entre
f 1996 e 2002, enquanto o·PNB cresceu bem· menos, 9,24¾, .chegando a cair eni.1999 e
( 2001. Quando recentemente.se noticiou a queda do·PIB do ano passado,clrculou ta mbém
a lníormação de que a última gueda havia ocorrido bem lá trás,·em 1992. Or�;.. esses•
(. tombos mais recentes do PNB foram ofuscados pela êníase equivocadamente conê:ent .radá-:
( só no PIB. . . · . ; .
. Indiretamente, esse comportamen to ainda pior·do··PNB.'ressaI1a· ainda ·mais·:a·
;-• ..., · -
f ,........, .,,,. · ·· · ·· ·· . .. vulner abilidade do ·.País•,na .sua· ·.exposiçãoiexterna� A'. {)rivatização;ampliou o passivo · ·
nacional, pois. os capitais .que ·aqui aportaram·.para -partlcipar,delâ ·equiyalem--a .u.01a divida
....• f;!xtema que precisa ser.remunerada··Nessa,linha,..o'olhar:,dirigido .ao.PNB destaca também
a irnpQrlâncla que deve ser ,dada ao crescimento das .exportações; para -garaniir :reC'Orsos
·
( para essa remuneração. · . : ·
,Fica também ressaltada a imporlância"de:criar um, clima que estimule o éapilal
estrangelro a reinvestir seus lucros no País; reduzindo a Parcef.a enviada ao exterior.

e Assim, olhando o PNB se percebe que o trabalho à frenté·é alrida TT1aior que o oxigicio pelo
fraco desempenho do PIB. É fundamental, ·portanto; que ·aquele indicador alcance posição
de malor relevo no noticiário e na agenda das preocupàções . do Pais, pols reflete methor
que o PIB os problemas da economia brasllel'.a- contemporânea.
(
(O Estado de São Paulo, 18/3/2004)
(

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-.-..�-.:-.,...-. ---. =·"'
Roberto Macedo, economista (USP), com doutorado · pela UrilversTdade Harvard (EUA), é
pasquisadpr.d� Flpe-USP e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzi'!
.
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 51 de 164 )·-

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)
EXTINGAM O IGP.
)
PAULO RABEllO DE CASTRO )
)
)
DESbE 1947, o IGP (Índice. Geral .de.Preços), da Fundação Getúlio Vargas, v,em sendo o
grande e mais confiável termômetro: da inflação brasileira. O IGP é u·ma história de sucesso, ).
publicado mensalm.entena· revista "Conjuntura Económica". Neste mais de meio século de )
publicação o IGP:trabalhou, muito;. . registrou,inflações. b.aixas; altas ·e·est,atosféricas:·.P,ecisou•-.:- ..
vencer crises de. desconfiança::sobr. s, •sµa: utilidade; ·evitoi:r. tentativas' de:manip.ulação;• venceu;.' · · )e
firmando-se·perante·
. . . :o·público•usuádo··e·
. . na competição··com:outros·índices .-: ::·.<·. ·· )

Agora, o IGP.:.:P.0°de.se:·apo_sentar;com ·as glórias-e .sucessos.de-sua:·época:. Seriiiu.ao país,·: )


como poucas instilúições:.o:·puderar.ri;oii.alcançaram; porém agora·é hota·.de ·-ir para··a pra\eleira ·das · )
documentações histôrica·s. · ·· · ··
)
Por que aposentar um herói?. Tudo passa nesta vida;até me�mo a utilidade de índices de
grande valia. Quando lol.criado o Índice Geral de Preços, seu padrinho- o grande Eugênio Gudin )
- afirmou no primeiro boletim de "Conjuntura Econômica" que sua finalidade era "essencialmente )
prática". Destinava-se a deflacionar o Índice Geral de Negócios publicado por aquela revista. Sua
estrutura, simples, mas não óbvia, era formada por 60% de influência dos preços· por atacado (tPA), )
30% pelo índice ao consumidor (IPC) e 10% pela variação dos custos da construção civil (INCC); )
estes dois últimos medidos, inicialri1_ente, só na cidade do Rio de Janeiro.
)
Tal composição.nunca mudou. Era preferível que permanecesse assim, pois nenhuma
)
outra estrutura ·de pesos entre atacado, Vé!rejo e construção civil poderia manter a qualidade de
encadear o JGP a o longo ·das décad_a s de:obsérvação passada, ligando-o ao futuro. A estrutura )
de pesos fie.ou coristanle, até o presente.
j
Ocorre, porém, que os mecanismos de captura dos choques autónomos {do tipo aumento )
de preço de petróleo, variações no câmbio, _crises de safra etc.) se intensificaram muito após a
passagem para o sistema de câmbio flutuante, em 1999. Antes da liberação cambial, e nos anos
de forte intervenção direta em preços Yia C . iP. {Conselho lnterministerial de Preços) e controles de
, .
·
tarifas públicas da última ·metade do �écl.Ílo .20, o governo exercia manobras de acomodação do
impacto desses choques de fora ou sobre o abastecimento interno. Com a liberação dos preços e )
do cámbio, resultou uma economia na · qual os preços no atacado são capazes de se descolar l
fortemente dos do varejo, por lç1rgos peri. o dos, coma vem se verificando desde 1999.
..}
Contudo os contratos pactuado� desde então, seja entre particulares ou entre estes e o
governo _caso das concessionárias de energia e outros� ou entre governa e governo _na
)
federalização de dividas estaduais_, têm tod.os estabelecido o ►IGP◄ como referência. }
Tal relação tem se tornado perversa para o lado devedor, à medida que o JGP e.ar.rega 60% .de
influência do-atacado, fortemente pressionado pelo câmbio, e dep•ois, transmite - especialmente
)
por tarifas públicas - essa influência àÓ varejo, que realimenta o mesmo IGP para cima. em geral )
quando o IPA já está tendo variações cadentes. Não é necessário muito esforço técnico - basta o
uso de atenção e intuição - para perceber que a preferência generalizada pelo IGP - um índice . )
"composto" - toma a indexação mais rígida na economia como um todo, favorecendo credores, .. )
exageradamente, eni detrimento de devedores e sacrificando o já sofrido povo assalariado à·
medida que, ao governo, parece só restar um remédio (aliás, equivocado) para combater "a )
inflação do IGP": aumentar juros até o limite da destruição do crescimento e da eliminação de )
novos postos de trabalho.
Por isso o IGP . na era do câmbio livre: dos preços liberados e da incerteza mundial - que deve , )
. perdurar-, já não é o herói do passado. Deve.se aposentar com glórias, para não cair na , ·
J
"compulsória", coma vilão involuntário.
)
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 52 de 164

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{ A pergunta que fica é: como extinguir o lGP sem dano ou insegurança jurídica? Por sorte,
os contratos trazem todos uma cláusula do lndice sucedâneo, na hipótese de o então adotado não
( · ser mais publicado, Portanto não há insegurança jurídica para as partes:que deverã·o pactuar um
( índice alternativo ao IGP. Para uns, o fndice chamado de "núcleo inflacionário" serâ·maisi
compatível com o contrato (por exemplo. as renegociações da dívida esladuel). Em outros·:�asos.
( mais freqüentes. a migração natural seria um lndice puro de preços ao.consumidor. P.ara:outr.os.
( algum índice especifico (há vários na FGV)
· de variação de çuslo no atacedo. Enfim,· para·our,os
ainda. o próprio câmbio. ·

Só a FGV pode resolver essa parada. A ela cabe·aposentar o notável IGP. deixando de
( publicá-lo. 1
( ,1
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'
(Folha de S,Paulo, 19 de março de 2003) ; ; 1I
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( Pauto RabeUo de castro, doufct ef!1 economJa pela U.11vorsldade de 'Chicago (EUA), é ,vice-presidente do lnstllulo AtltJntico.

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 53 de 164
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)
)
Por um novo IGP
ROBERTO f"i.P.CEOO
)
)

Criticar índices de preços, no Brasil, é tabu desde o episódio conhecido como·"a )


inflação de 1973", quando houve sérios indícios de que a política antiinflacionária op,ara )_
também por controlar os próprios índices.
)
Por conta disso, criticas.aos indices costumam sgr tomadas como sugestões na· 1
mesma linha, mesmo quando dirigidas para distorções que eles envolvem_.
}
Não dá, contucio, para segu«ir cri ticas deste ultimo tipo, muilo cabíveis no caso de
)
um dos mais importantes índices de inflação utilizados no Brasil, o Índice Geral de Preços
{IGP), medido pela Fundação Getulio Vargas do Rio de Ja>neiro (FGV-Rio). E não estou )
sendo original. pois escrevo na esteira de um artigo na mesma linha assjnado pe!o
renomado economista Paulo Rabello de Caslto (Extingam o !GP, na Folha de S.Paulo,. )
19/3, 82). Aliás, ressafle-se também que o autor é historicamente ligado à FGV-Rio, da )
qual é um dos maiores expoentes.
)
Pa•Jlo Rab eflo de Castro trata inicialmente da história do IGP, que existe desde
. )
1947. Nesse período, o índice nunca mudou sua estrutura. Nela, preços por atacado
participam com 60%; preços ao consumidor com 30% e custos .da construção ·civil ·com )
10%, Quando criado, o IGP tinha um objetivo prático, o de obter uma.medida aproximada
da variação óos preços em geral.. )
)
Na sua critica. Paulo Rabello de Castro aponta que, particularmente depois de ter
sido adotado o regime de taxas de câmbio flutuantes, a partir de 1999, os preço� por )
atacado passaram a d-escolar-se fo1temente dos de varejo, gerando distorções·nofadi.ce,
)
enquanto medidor dessa variação geral. Ainda recentemente, os preços no atacado
•· subiram fortemenle em função do aumento óos preços do petróleo e do câmbio, que afeta J
também os preços em reais de commodities como a soja e o aço. rsso seria apenas uma )
tecnicalidade, não fora o fato de e JGP ser um indexador de importantes ativos financeiros
e de tarifas públicas, como a da energia. Dai decorrem outras e muitas distorções, como o )
exagerado encarecimento dessa energia para seus usuários e o aumento da divida pública,
em particular a dos Estados para com a União. pois é indexada ao !GP. )

)
Além das observações de Paulo Rabeffo de Castro, hã ouiras críticas. Em debates
sobre o assunto, já vi gente afirmando que alguns preços no atacado seriam coletados )
pela FGV-Rio sob a forma de listas de preços, que não necessariamente se materializam
).
em transações efetivas. Outra ponderação usualmente feita é que, em principio, um índice
geral de preços deveria ler sua fóITT1ula assentada na composição do produto interno bruto )
{PIB) da economia, na qual, segundos dados recentes, a indústria participa com cerca de
· }
36%. a agropecuária com 8% e os serviços com 56%.
. l
Passemos a_gora a aÍgun�· núme'ros que �ão estão no artigo de Paulo Rabello de
Castro. Nos tillimos 12 meses, até fevereiro, o IGP, na sua versão OI (Disponibilidade )
Interna), mostiou uma inflação acumulada de 30.73%, enquantó o Jndice de Preços ao \
Consumidor Ampliado (IPCA), do !BGE, cresceu 15,85%, cerca da metade. Qual dessas
taxas estaria m'ais próxima,da veróac!eira variação dos preços em geral, para a qual um 1
índice como o !GP deveria ser uma boa aproximação? )
Respondo com daêos da arrecadação do ICMS no Estado de São Paulo. O valor )
dessa arrecadação tem um componente de preços e outro elas quantidades de bens e )
serviços a que eles se referem, Assim, . com alguma informação sobre as quantidades se
pode inferir como variaram os preços. Ademais, como o próprio nome ir,dica, o ICMS vem J
da cir�ufação de merc3dorias e de serviços em geral, e deve refletir uma composição de )
)
)
)
)

)
)
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' ti
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• INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 54 de 164


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preços r.-:ais rea!ista QL:e ç; da fórmt:ia do !GP. Ainda que sejam c'ados es'.ac'ua!s, Sãc
{
• Faulo ê um b�m termômetro da ecor,o,T.ia nacicna ,
.'

• Ora, essa arrecac·ação cresceu 23,3% em fevereiro deste ar.e, :e:auvame! 'lta ao

' mesmo período do ano passado. Essa taxa vem primordia:i:'lente da inflação, ."ri as ·• · ..

( '
( provavelmente inccr;cra algum aVarJÇC tias quantidades de bens e serviços tr!b 1.:·�ados, � · ··
Pois; ainda que d�vagar, a e:::cno:nia continua anéanCo. S1.:pondo q1_1 e a e,con::m;e pa,_-nsla

e ••
esteja ap,"oxirnadamenle no fnesí:lZ· ,ritmo-da •n6'€°iofle�, •.e -d�scontan•io·1 ;5%· "2 2% e ·esse
titulo, essa taxa o'e 23.3% cai para perto de 21% e fica mais próxlma do {PC,.; çL1e cio IG��
DI. Com cad:,s de janeiro, a proximidadé é ainóa mi:ilo mai:>c, pois e IG,"-Di acu::·ulado
( em 12 meses foi óe 28,92%, o IPCA a'cançou 14,47% e a 2rrecada;:ão do /C\1S pa·Jiis:a
(
) chego.u 2 13, 7% relat�vame, ite ac mesmo..mês do 2no anter;or .

( Cor.sertaí e fGP ou a sua utilizaçãÕ é ur.,a med1de que hã mt:i�o se irrli:õe: Pois as
distorções vão além das apontadas por Paulo Rabello de Castre-. Aíguns dos �:e;:cs do
( !PCA s2o rea_iustados pe!o IGP-D1 e outras variantes do IGP e, assim, levarr: e mais..
( jnf!ação med:da pelo primeiro ínàice, que orienta a política ds rr:e�as · !,iflacior:ár�as éo
Banco Central. Na seqüência. este eleva mais -os jt.·ros óc que efetivamer.:e deveiia fazer
· para conter a inflação. Ai vêm mais conseqüências. come a de ganhos indevidcs e'•=!
l investidores finat1ceíros com seus aUvos \;'incvlados ac IGP e a de que a c'ívida ptblica dos

:, Estados, também indexada a ere, tem u:n valor que vem crescendo muito ac'm2 d2
arrecadação. Pelo que soube. isso ocorreu a ponto de o Estaôo c'e São ?eL1lo es:. Q·.:rar
limite legal de endividamento.
·
. s.�u.
·. . '

.e Não se c'iga que esse estouro ê um caso de irres;,onsabilkiade fiscal de g�verr:o ·


estadual, mas, sim, de irresponsabilidaée "indexatorial", em que a lesis/ação coosa9ra o
uso de um. ln dice distorcido e quem o eonstrói nã0 •o•co.1serta.
_;
P�u!o Rabe;lo ôq Castro condd set .ariig.o dizen::i.o. .q..ue .s.6:a fGV:-..�id�,:,.::de
( resolver· e• problema, aposeritando o índice. De.fato. ser:a· mel::c... e;,: ::ies·ma cuidar co.;;
empenho do assunto do que ver o ,;overno intervindo nele.

( 1
o:scordo. contudo, da aposentac'oria de ín:tice. Mesmo co."'!1 a idade que te"T:, se:ia
precoce. O que precisa é de passar por i.:11:a pfãstica que corte a�u] e aume:1te aco!â a. s1.:2
d!s(crcióa composição, encaéean.do-se a antiga série cor., a neva. Dar t.':"ri :"'l:.:;vo r.ome ao
l Jndice só res 1Jltaria em mais trabaího para advogados, o de reesc."ever búrr:eros cc•, :,!ratos
hoje inóexad .o s ao !GP cu variações éele.
( ''
Mesmo ass:m, os advogados �êm o que dizer sobre o assu:1to e sugi:-o-lhes outro
(
trabalho, pois me surpreende ainda não os yer a questiona.- as inllr.ieras éistorções
trazidas pela fórmula do IGP, no seu im;,acto sobre o que eles charr,a,:-, de "equi'.'brio des
contra:os", Números aparentemente inocen�es estão levando não só a ;;rendes dist�rçõ�s
(
e
econõm1co-:inan,:::eiras como, também, a enormes i.iJus�fças.


<Q E:;l'a:!Jc de S P� 27 de marçQ de 2003)
'(
(
(: Roberto Macedo. eco,,omista (USP):ecm d-::iu!ora:fo �ela U:i:Vtrslêade Har.iard (EUA). é pesq;;is,nlo;da Fipc­
' 1 USP e professor da 1Jniversidade Pres�i!eri2r.a , 'lac:<.cnzie. E--ma�: :oberto@r.1acec'o. ��m
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'( Cenário LCA, Segunda-feira, 5 de Janeiro de 2009
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Deflação de ativos perde intensidade,
mas riscos de aprofundamento adicional da recessão global seguem bastante elevado s
.(
,\ Ambiente macroeconômico global CRÁ.FICO 1 :. ;voluçic tio ir:.diec -:!e prsçcs-C �� ce!':": � od:liu
segue debilitado, e pode piorar mais As 200:J -:: 100. Fo "Ili>: C ?.B-Re•Jlers.
incisivas iniciativas oficiais parecem,
portanto. ter conseguido estancar a
progressiva deterioração éas condições
1 so
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.1 financeiras globais. Mas o quadro
"·.'
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, .. macroeconômico. mundial permanece
desalentaéor, a começar pelos EUA.
.. l
) ...� As estatísticas mais recentes
:·.( confirmam um aguéo aprofundamento da
··.•
. ·( recessão na maicr economia do mundo
no trimestre final de 2008. É verdade que
o consumo das famílias cresceu 0,6%,
em termos reais, de outubro para e
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9 ",,
( novembro. interromper .do urna sequência
·"-
.( de cinco meses de retração. isso reitera
nossa avaliação de que a queda do PIB dos EUA deve ter alcançado e:1tre 2% e 3%. em termos
( anualizaóos, no 4° trimestre ée 2008 - uma contração menor éo que apontam as es\irr .ativas dos
mercados. Mas o resultado positivo do consumo das famílias ocorreu excius:varnente em fwnção ca
(, queda de seu óeflator implictto, associada sobretudo ao recuo nos ;::reços ôe co:11�ust:veis e an·nentos.
:( Vale registrar que o consumo nominal continuou a retrair-se (Gráfico 2). Outro Indicador êesalentador foi
·: (
a queda nominal do rendim ente das familias, representativo da aguda deterioração do mercado de

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trabalhe.
,, GRÁFICO 2 E:UA, P!8: �volução �'e ,o�sumo das ;a:-nília�
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.( Vari&ção m énsal, em%. FontE!. SEA.
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A sondagem industrial ISM, referente a dezembro, também reo,;ela que a economia ncie­
(, americana encontra-se em estado de coma: o índice geral teve a sua pior leil:m, cesde meados ôe
1980; o componente de novas encomendas teve a pior leitura da história da pesqu[sa, iniciaóa er:1 '1948:
d_, o componente de emprego caiu ao menor nível desde final de 1982; e os preqos pagos acs
(: fornecedores cederam para o patamar mais baixo desde 1949 - explicitando cs riscos associados a
uma espiral deflacionária.
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==========l©®!MJIB!m'ii".füillll®==========
No gráfico 1, vccê pode ver representada a éebilidade econômica do mercado r.cie-amer'.ca:io.
como apresentaéo no início do texto. Repare na queda ôo ín:lice de preços das ccmmodi:ies a ;:arlir ::e
julho, e o aprofundamento dessa recessão no ú!timo trimesire :io ano.
,, Cornmodily, em economia, é �m termo utilizado para os produtos prímários (?rod·Jtos de base
em estado brnto ou com pequeno grau de industrialização) que pod ern ser :ra rcsac'onadas
•, comercialmente nas bolsas de mercadorias. O que os toma signtficativamente irr.portantes é que,
apesar de se tratar de mercadorias primárias, possuem cotação global e são negociáveis ern toco o
planeta. Dessa forma, as oscilações em suas cotações têm impacte significativo nos fluxos financeiros
e mundiais íveja, por exemplo, o mercado de derivativos). Exemplos ma! s comuns àe commcôilies são:
café, soja, trigo, algodão, borracha, ouro, prata, cobre. aço, petróleo etc.
' O crescimento real de 0,6% do consumo das famílias a que a reportagem se refere pode ·se:
explicado pela queda do deflator implícito nessa economia. Se o deflator implícito do PIB é igua: a (10:)x
( PIB Nominal / PIB Real), sua redução indica que houve uma dirr,inuiçãc de Pl3 Nominal. Essa
díminuição é fruto, sobretudo, da queda dos preços óe combustíveis e alimentos, o que ex;ilica a
variação do índice. Com esses produtos mais baratos, a população consome r.iais, e E.Í se jusii::ca e
(
crescimento real do cor.sumo das familias.
Repare em todo o texto no uso das nomenclaturas "real" e •nominal'. Eles são muito comu:is err:
\ análises e reportagens econômicas. No gráfico 2, por exemplo, temos q�e em novembro õe 2008 o ?13
Nominal caiu 0,6% em relação ao mês anterior e o PIB Real aumentou 0,6% . O que isso significa? O
( PlB Real mostra as alterações na quantidade produzida, ou seja, produziu-se 0, 6% a mais que em
.,
outubro. O ?IS Nominal reflete a variação de preços, ou seja, os preços caíram 0,6% err. re;ação a
outubro. Qual foi, portanto, à inflação no período analisado?
( A taxa de inflação é dada por:
(
Taxa de Inflação: PIB Norr.inal - PlB Real = 99 4% 100,6%
( PIB Real 100,5%
'
Isso significa que os preços diminuíram aproximadamente 1, '19% de ouiubr•o para nover.bro
( (ocorreu uma deflação).
(
ATENÇÃO: É comum encor.trar o cálculo da taxa de inflação dado 2.penas peia di'fererça entre o
PIB Nominal e o PIB Real, mas deve-se atentar para o fato ce que se b,ta aper.as de uma
( aproximação, utilizada para pequenas variações. Nesse exemplo, calculando-se dessa forrna.
encontraríamos uma inflação de 1,2% (com uma diferença quase ins'gni:icante ;ara e valor 1.19%
( encontrado acima). Mas cuidado! Para grandes variações, a d:screpãncia enire esse método
simplificado e o mé:cdo acima é maior. Per precaução, utilize sempre e rnéiodo · exp:icadc a:irra.

Por fim, o íSívl a que o texto faz referência se trata de um índ'ce mensal composic calculadc peio
.
lnstítute for Supp!y Management, baseado em pesquisas de 300 gerentes de compras ncs E J.!\ em 20
indústrias na área manufaiureira. O índice é liberado no primeiro dia útil de cada mês e c•obre os dados
'.
do mês anteríor. Se e índice está acima de 50, indica qt.:e a economia está em expar.sãc. \/a ores
( abaixo de 50 indicam uma contração. Em Dezembro de 2008, o índice regist•ou 32. 4 por:os. o q•Je
indica uma rápida contração no setor. O índice calcula também uma �rojeçã.o pa7a to•::a a econom·. a
t com base nesses dados, e indica tendência de rápida co:itraçáo na ecor.oi."lia r.crte-arr.er;ca,a cerno
( um todo po, três meses e no setor manufature,ro por cinco. O índice reflete os movimentos fu:urcs do
PIB e seus subíndlces de novas encomendas e atrasos preveem bem a proét.:ção �utura. Uma l'mi!a;,ãc
da pesquisa é não incluir nenhuma questão relacionada aos salários, que são um impcrlan:e
( componente dos custos globais.

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UNIDADE 4
Bruno Perei:-a Rezende, ?a:rícia Costa �oCrigu�s e Flávio Kabelo \/e:-s:ani
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( Na ur.idade anterior, vimos como os índices de preços são calculados e ir.iciamos e nosso estuco em lv',
:. ( Macroeconomia. Na unidade 4, veremos os principais temas referentes à Ecc-:-,omia rv·.onetária: moeda,
:: \ multiplicador bancário, liquidez, meios de pagamento, políticas monetárias, inflação, etc. Uti lizand•J o c, ce
;.( estudamos com relação aos índices de preços , veremos como sua variação, ou seja, a :axa de ir/lação, afeta a
.,:..,\ economia.
Primeiramente, estudaremos o processo histórico da evolução da moeca, desce as trccas sim p'es entre
(
produtos, passando pelas moedas-mercadorias, surgimento do sistema bancário at·avés ée recibos de ciepósito,
(
( etapa que costuma ser referida como da "moeda-papel", até chegar aos dias de hoje, :om a chamada "cnoeda
fiduciária11 ou papel-moeda", que usamos todos os dias. Veremos também a classifica;ão d:::s
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11 11
mei:s• de
( pagamente", que podem ser definidos de várias formas, numa economia moderna. E come o sistema :-r,onetá·io
r foi-se modificando, com introdução de novos mecanismos, como cartões de dêb�t� e c'e crédito, mcstranêo C;l.'e a
\ idéia de "dinheiro" é mui�o mais '1mpla do que imaginamos. E veremos também as diferentes f1Jn:;õ::s d.a moeóa
! e as íimitações que podem sofrer, num processo inflacionário como o ocorrido no passado em r�ssa ec.:::nomia. s.
· ..· (
:�': : Um ponto importante é a oferta de moeôa; veremos como o s,stema bancário tem um pape' ft:ndamenta1
.J. na criação C:e meios de pagamento. Embora um gerente de banco possa insistir c,ue só em�resta o éinheirc q,e
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foi depositado em sua insti:uição, veremos que o sistema bancário, e.m co�junto, de fa:o é ca�az de expandir
,: (
( substancialmente a quantidade de moeda emitida pelo Banco Central, a partir da prát;ca ée r..ac,ctec. ção de
' ( reservas fracionárias.
,, ( Estudaremos tar.,bém os instrumentos usados pelo Banco Central (BC) para cont,o'ar a oferta de meios
de pagamento na economia, ptocurando evita, tanto um "excesso" de moeda �c;ce em geral i:: r cd1Jz :nflaçãc)
quanto uma oferta insuficiente. Falaremos, assim, no coiitrole da taxa de encaixe ôos banc:::-s, nas zperações de
compra e venda de titules do governo pelo BC (as chamadas 'taxa operações de open mar�eti, nos em prés:imos
de reôesconto, na fixação da taxa ée juros básica da economia (a ''taxa SELiC"}, etc. Veremcs :::iue, conforl";';e as
(
circunstâncias, o SC adota uma post.Jra mais restritiva ou mais exparsiva. E fala,emcs na re'. ação entre pol'ticas
l
fiscais (relativas à arrecadação e_ gastos C:o governo) e inflação.
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,..( Daéas a relêvância e as peculiaridades de processo inflacionário por q,e passou o Sras'I, d,rante vérias
décadas, dedicaremos al gum tempo ao estudo desse processo, e das políticas que foram apóicadas visado
debelar a inflação, com foco nos Planos Cruzado e Real.
Ao final desta i;nidade, você terá visto vários as pectos da Ecor.omia Moreti.-ia, e lrnpc,tan!es
mecanismos econômicos e processos históricos. Deve ser capaz de compreender melhor políticas gove rnamentais
comumente divulgadas e discutidas na mídia, o que o a judará a formar opinião sobre e\as. :r., part:cular, e es:udo

l.
da inflaç ão passada, c,ue trouxe, como se verá, grandes problemas para nossa econom'a e nossa so:iBdcde, pede
contribuir para evitar sua volta, o que afinal é responsabilidade de todos nós.

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Ao término de sevs estudes, faça os exercícios da Lista de Exercícios número A., ao füa; :la ip:,st:la, ?ara
(
conferir se seus estudos foram satisfa:órics e atentar nas partes da m2té:ia er:-, q•Je ter.ha dificu'dades.
(
( Atenção! Essa é a última unidade antes da segunda prova. Tire toóas as suas cúviêas co:-:-, os mc�itor•?S e
não deixe a matéria ac'Jmular para a última hora! Após a Lista 4, no final da apostila, vccê enco�,:rará uma sé�ie
de exercícios de revisão referentes ao módulo li, c,ue compreende as uni:lades 3 e '· Vale :er-,bra� :rJe os
{
1 exercícios devem servir apenas para verificar se você assimilou bem a matéria e está bem preparado para a prova,

( mas não substituem a leitura dos textos, o comparecimento às aulas e a atenção a outros ter:-.as o•J tópicos q'Je
< não tenham sido cobertos nas questões de revisão. As aulas de revisão para a prova ccs,:in·Jam nos mesmos
'' horários e locais da última prova. Quaisquer dúvidas, informe-se com algum mor.itor.

( Bons estuóos !
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lnformamos que o texto nº 21 r'·Economia


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Monetária ... de Rezende. Rodri2ues e


Versiani) estará disponível em breve Para
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·e. . download no site da disciPlina e para cóPia na
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 60 de 164
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A inflação poôe•se: ::oneeit1.1ada c-:i:no um a1.::..."":":e::ito cor.H::uô e gene:aEzadc nc
r..ivel de ::,reços. Ou seja, cs movim�ntos·irulaci:mÉ.riOS re;prese:1tam. E!levaçCes em ::.odos �-s .1

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con,•(11 uo. � gr.::1.-a.'Zt;rdo.
,. ,�·o 'ni'L:.Z: de..D,"t;cs. tens prcduzidos pela eco.i.omia e não meramente oawnen!.:I i.
· e:.e u..-n c:et<e-:rr'-ÜHl.c!.◊ :;;re�·:i.
'.r . Oub:e aspecto rundsm.e:itãl :e1e:e-se ao !a�o de que o Ier..õme:io l-�a.·::íc:-iário a;cge a s:íe­
·1ação ccntfr:ua dcsp:e•;:os duta.rits umpqricd:, ôe tempo, e não rr:era--:i�r::e ':Jma e:e·:•a;i•f. ·

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( esporâqca elos pre9os.

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.( O exemple Jnrus tip�cc re:e:e-se ao desequilf.orio t:r.ai::c:eito d.e sal;o:' �•llilico, q,.:a ..
imi1lz a -..:ma e�ev�çãc do esto<t..!e óe moeda em taxas s.cL"ll.a C0 cres:::me:1tc dp ::çrcdutc.
( No W'l::>�to do conflito distrfrn:tiv•o, poderfancs':.teprese-nta.r 2ssa: tipo :i?·W!i:?çio .=::-:r.c.
decorrente de.: □ cotilito entre o · setor :;irivado·e·o :Setorpüb]c· :} p�la disp;;ta do produto.
( · ·
Nessa �pótese, caso::, s:etot :::,;!.:OIJço
· red1J,za sa1.1s gastes o, a.ssi.'1/ i:::-·:::ir.sisa e•✓.i�a: :►.ac:ásci ..
:mo dã rnoeêa, o ;,rob}e;na infiaCicnér.o pode ser reso:vido.
{ Entretant,;::,, C:' proçesso i:tíi.ocior:�r!,:, pods !''2sdt.a: dG ou�rçs t:�os O;;; ccn:lito �

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( distribl.!t!vc. üm q-�e nos par-ace mWtc impo:tante, e. s;ieClâli:ient§patadct!so ca ecc-nc- .
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:;:i2. brasilei;:a, refere-se 2s re1eyões entre sa!ários g pr-eços. Nesse caso. o p:o�le:rfo eStarfa
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centrado nu:na disputa peJc . proCuto entre trabalhadores e e:n;resádos q"..:a t,;::,:na:j�
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11"..s'..áveis as rel?-ções a"';tre sal:í.ri:ls e :.oreços.
( Outrâ. :a�sta áinda do processo ir.flacio�árfo :;:,m:, :ep:csentati'.,•o Co .co:--.Ili tC•
( ·. ó.istril:i:.Tt'lTo poderia ser a âss!Jciaçao aa tn.-oho::i:a nac1onãt cem a:.füér:-:a·:=)c:nâJ. N�.case
áos c!'.oqces externos, ucc eY.er.rolo, as cr-ses C�p-atróleo c.:=s e.rios 1870, o q:.:s: ocorre 2
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e l.Cl ccnJlito d!.str!b·�ttvd de�sa n��uceza, ·�ue ta:nbám pode dar orige.:: a· u� p�o:esso
( inflacion��-. . . . . . . . .. . :. .
( A pal"t�r cio mcmc:nto e:n C'UÊI se configUratn �[versas rac,ãtél� do }:�C·CC?Ssc �· nCacic:•.
:náJio, pe:c��e-se e d.in;�dade d� eli:mÍná-lo, especlalm�n_W �os :pa.!ses o.!;o pro�·es��: ��- · , ,
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fla:;ionátio re::,resSnta
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Co:-rcção monot;)rla:
ma�cmi.Sma pedo &.ptu! . .1.!:.d.�xedcs� ::,cr ir.ê.:ccs qJe . .
jiO'J.i:e.nça e t(';Ulos privado:S ·;;:,assaram a ser rea}us':ados (o'.l

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:eftetem .apt'�xi:.�2.Iller:.te o crescL-,;.eTl::o da iilfiaçeo:·Zm épocas êe acel2Ú.çãc êa inLa- ·
ção, !sso contribui para .u.""n verdadeiro desvio·de ?.ecursos de •ÍJl\'éstúner:.!OS no setor p:o-. .·Ji :·
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( da capac:àade. produtiva. P..ssl-::., a ;,rópria capacidede te ::,rcduyâc· fiJt tua e, coDseqúen­ i
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• renda • cue
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oco:re entre e:or.om:Sta.s, na qual. se colocar.,, de� ledo, os chamaêos .monetarista;.· e, _._, . , }
..
te 04tl°o, o s cha..-neC:cs iiscalistas. EV)d.enter.i.ente, u.."'D.e. disc-.i ssão- aprofundada· das dive.r.. • .; 'i
)
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·s;êr:c;as en::e essas eorre:-.tes fc.ge ac• s o!:::jetivcs de :J.f.1 curso àe fr:trod•.:ção.à.Econori-Ja,
ao e-uai se des:ina este :.e:.ctd .' : )
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Para.csmonfja:istas (tamh"m c amados g:.la."\�tati•..is"'�, àe..,ido à teoria.qu an�:,. . .::�.
-... )
.:/J: .
M:�n!?t<!,�St:l..!:: CC,-."er:,·e
(JH:.! ,,,.fM(:c. o ;;apc! dt.· tltath,·a.da:n · oe .. .· ·· · �
· ....· · ,-. ilton· E.t.ie4m�-:r;·da:��ccla.P,á:Chicag.ç,;(>ml·;�\�::t· J )
:nio.No'..oel:.cfa EconolT'IJarvi:te:CapStwo 2); a avid�ne�a·arnpúiea emonst:a:que:a.s. osçrla;:-.:.•: ...... � : ..
. . :!.::,
-----....... .-... - -·· -·,...l···':
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poliricc. t::o,:.e,'ân'a, q::a.
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$��·ia m�r.�:
· çê.es nc·:úvel de·ativi'dade�eco�Or:-.1� estariam. n-.a!s..assccied?S·às.,,,"i!-.."".:l.açõ.es.r:a·�t:a, · A aa:e.:: .,�..•.
, ::
!::r,,r.,Y.!,'Jc!�,:�::: do· q:c<! z:,
ca·· rnoe�a'ciô'���âs va:..."";açees.llã taxa Ca i..·westirnen:o:(públi::::o e pz:vado). :No:j�ão/ ·!:·=•,: }' . - ,.,.
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ec:;m�m:cc, i?{ttoeda seria� cor::o instrurr.entc de poüticaecroôffilcs...Os· mone. �tas.. . ::_' ._ .· 1} · .
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são contrárfos � exagatada fo-:.e:venç5o de Estado na eco�o:nia, pet meio de elevados , · l
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Ce:emtinan�s ça, der:1a..""10.a:·.::Qre�ada, ptwcipal.-nep.te de:fatcres·que.s.fetân•a . J1 -
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:Hli'��id(:d� com
mo�dc ciit: r�r.c:C, !:i.-r.--se ·
d� i.-:vest:rr.e!'ltOS. , f,, mo�.da, CU ri:eios de pagarnentc, ser�· apenas lL'"P desses ·fa.�res, e::: ,__;i·
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o :o::.! da n. .-.dr. seu af.s�tc Sobre as ia.xã'.s d0 irn:e.stimentc este.r_a condicicnado pela:se:,s:.bilidade (eiasti... :.
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i vidâdc·ae :não•de�br� cmprôQO!l:) oumc�t.c n,r�sm�·\r;:'e,o:-.ç:i.o..dos..sa!ár!cs, o� cus­
tos P.ô�iL�dede de pre1li.:to não são a!2tados. P-or exezc;it:• .Se cs �µfo;s r··71ppfir;; em
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trW..:hacor ç;esca:ia l:lesma proxrçéol não há nrzlo para se

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. e.a salã..Tfos a niveis aei:na dos i-r1diC$s de pro<t.:ti1,i(iade
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t nõn!ca com irJ!ação) esteja asscci3do a u.:na �çi.c de iu
A e•tagf'..açãoocorre �.do se� pua!de.znente t:zxes si::nificativas cie inflação a
ea,r.5mfcc "� in/lcf d,.

.1/.::rk•r:p: m�2w•�1 ;lç

-i pede::
'rtce!:a df t."t:ufru
reco--SS!o eco:-.O::tlca c em·ciesem:;reg::i. lsso pode ser cie"':do ao fato d.e; �:n J)�:CO:.os ê!!


.. �'t,;::Ft:11:�r.:,) :!:à�# C.!
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queda de atMàac� i:rocutiva. ás t.T..as com o:!gopc,l:'.slá·t.e:�m co:::ri!çtas éa JT.ên· ei:sr,; ?.l.?:01 dr
. ter suas ma:oens - cio !e= •�b:s c-. : stos (o\! . ao aàirie,-.:erem o-p:eço ::.e seus
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c!êt � º'"""° lll""'ol � tnltl �•�S: • ;..i_\lri.,, 1, No "4r �"'' 1 oo� al'l.:i-.�.s�.., �• �V..,.... fll <�<ú �-s,,
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t.a&r rr. �e ::iscustos de prc. Cu.çãc-àas íirr:;.as: A part:r de-e:U�<>. popuJarliou-se", • · )
e ter�o "çt.c.q-�2 ó.e -oie:�·· . . ara caracter:zar ainfiaçãc cle c·J:p,tcs: ., . �-.'' )
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i:.!"la;:ão de cust-:is ra::- a·i:-.: Z aç�o�de custp�ê:-i.d·.1�idãj�1z i.üaçãode, çl�manda de infl_ação de CUs�os '

�nê1,;,,:da::c:w:e1:!o de au:ór:cr.!a· irlfl. . êÇ . â:::tder' .cu.sços.ln:iuZ:da_·oco::ra-.da.seg:µinte rr:aneir.a:.:urna..inflação�de:� ·" . ), ''
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inf:ação -C:o. c--�sto3 c�ciCcs·aos t�a:>a:hsdcr . es. Ou: seja; e au't.'ler:.to ciecustos, devido ao abmen:o Cos.saJt..'ios ,
at.:�6:-.cr.:2: p1,·uu:,,:,-; ,.'<! foi. er..ú:.:i:::na :ns::.ãnc:a, ir:duzido peía !r.ileyão de d�mand.a pree�ster.te. }·
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:1:::S,:c,;1cs, c,u.1.:c:<:':..s

cc:-no s:.-:oca::Csebmías ·.of�o:colisi:as, te!e□ suficie nte e: da·l:-arg�'"t.ia para forçar a�­
s s-ua.��::1paçion1ífãnaa ·�.acior:a.Z.cu, então, C! C�"tcC"Ues deo..er� ·a.sseQàdos
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C.!stos está li;adaa\JT1Sí i.r:�uficiêncjade •ptod ução.ag·�e·g·ada.is.tc.é, a .u.o:a.produ.
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; , c:::>m uma cons2çü.ente Çl.!etla de produção ede
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flGL'RA 17.1

1 Prtç�s . .• �:·� �:���; } , : 0mprego. Contudo. e t.u s rà prcwocil:téo ::oves e;..rnentc;3de


1, p;eços (agcre umainflação d.e det.'lenda), s em ciues� te­

11. 1.
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· , .��i sl�tf
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1 i nham depelado as causas a.JWno�es cie e!ev�çõt· S de
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volvitas no caoba:e a um! !nieç!.o ti p!camente d.e ClJ.St.os.•'N°:)�realraent.a. a pol!t:ca
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cas ::iôt::lais de mercado,
�j:,a,,.ir Cl. cle::ada de �570, e eo"J)e::!a:mer,re � =àS'� ecttcc'.fu i:ro�­
râ.--a_-n �·::1 ecar.ls.-'::os ê.e �"'lriexayio, W!g iu •.ir:) ou'=ro ter:no, d�mcr.ur.acio infiaç:ão i.:: erctai, Ir.f.:o.f!:- ine�a;;
c;:ue é ��·ti;>ocie ir.!açãodeci.:stcs. Po:i.9\!laçã� i::��µ,d�oosô2:�ni"��r!c ��to­ aec-cn',r:.•t a':,, rJc/::sus
rerrooutor oas elev.,ções de p:eçcs e sa!árlos. ' � 2NfOS r sr1.'dri'3s,
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. Nessa ea��orfo, csp�c!a.!.:::e:ite em s;�res rnzis OliiopoDzados. cs wzçr...es de .,.:'c:érqr5o ..'['co�;C:o
custos pode::- .. eorn me.is !aefilt!atie ser :-epass:a<ias aCS :;,.reços.. A.$.s!.."'n. eas:o e:e-m-rr.. e:eva­ mo1-utt1'r."!':' .
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g:a-.;. de clação. Essa · estratégia cor.s!s::.e na subs�t"�câo de ha1,Port.!ções dos bens que o )''

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;:iaís te:ri ;:ote:i:ialzr.e·.::te :condições. de p:oduzfr. Isso é feito pe!a criação de :Oar:eires
tarifá..-":as, q..?e vise= ciitiçuJÇâ: e a�é impedir as impor--..açCes dOS prod�tos. Nessg
. . fase.·
-?tás:ificie�te:n:ent.=- apamlhaCo,;arA a iI"_sre1e,çã.ode ·novas·:nctUs•
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elevados, re;:rl?�ent&"'l�� � 'fator p�te�=ial àe iri..Oação
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na .Am¼�ca Latina, e:i�OlvaU as ch�"lladas' �rrences· estrut�rclistas· e �onetuistas de
c:;rohate â. ir.a.fiação. Çost:lli"lla�Se c:.S.sociar a corrente estmtu.ralfsta·à Cc'rrussão Ecorlõ.:n.i ca,_
v'
sw-z:m.�: na Ar.:édcc.
Ü'::ir.a � s,�m que e': , para a ..A--n ea,.,I,.a.t;;n�C.�, in!h:.�nclada pelas idéias do econ;,rrJsia a:gentir.o Raul )

fn,P�;ão· !mlp:.!ses
. Prebisch, e a corrente ruc..rJet.a.tista à "oolii:ca pceconizaê.a pelo Funà•o 1.f.onetá.éo lnte:nacio�
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c::n:/l::or d:S(rf:,;;aii.-"C.S.
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fator p:odutivo. razão pelã qaiil, parà•os ·e s-tn:c-.l!alístas, os
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( 1 gast0S fa..""lliiares, OS tr�do:es ter.w!o reccm;,or a perda de pÔc!er .-aquisdv., q,.:.o
( naturalmentescáe:ão, relv'..ndiczndorea:Ofesrea/lOS� sa··a::ni';; pa:ãc em;=esá.-Co. e elâ-
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sa: pua os preç:os cos çrcdu':os finw, acelera.-,.do o p:ocesso in;!a::!oc2.ó. A acele:açéo
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wr..,o.rxezo

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duyà c para CDa;.,traz�ndo comoccnseqü.ên::ia a elevação do·tú.vaiger:tlde preços:./· ).
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cus�c õos preços:d, o p . roduto. . . . · . · . ., )
•Essa sCria 1.:ma hii:;Ót9:se irr,plicita �as anteriores, p�la qual .todos 0s .aumer:iros· de )
cus to s�iian:: fa:;:.L�s:nte 4ã_$C�rre• �õdcs em at.h"!lentos de p_reçôs. Os países su.bde.Senvoi-•.
vicc-s ap:esantam :ima es�tura de !':!etcado c1igc;iol.h:ada, com gre.nde p:ese·r.ça de·
mwt'->1acicnais . q-:e tê::i:, pede; de edr:1irjstrar seus preços:Paia manter suas ma...--ge:,s

l
C:0 lucros e éef;;a_rk-u_&, as e!evãções de �s: os, por exemplO, saládCS, são 1":1ed.iatamente ,. �.
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ra_çassadas ao�rniqor�s.iin2is: ·
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..� o'.:lservação ô.as io:-.tes dê
/ ã�. r.a versãô estruturalista, leva à conclusão do
ffi:ª as se acocs est.aêa.."11 em. reformas de ft.u!Qo estrutural, or exemplo, tu-:ia i-efchna na
1
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estzut1J.ra �a prcóução. agrico;a;ou uma nova d;vjsão internacional do tra=alho, quE:! avo­ .1 ),
reça raiãtivamente os pâlses subdesenvolvidos. Quanto à inflação derivada do prócessõ
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de sl.lhstitu:ção de i.mp:::ittaÇ,9es, ti-ata-se de uma decfsãc de polide.a econõm3ca, qi:e' te:n F.


Ce se: �cr.-ida à c:ista de.al;u� po;1tcs de inflação. )
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No toc-an�e à fon=ação de oiigcpõfios. OS es t:uturalis:as 1:n:opôe'm·-::ontroles de pre- ;
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ç:,s :!esses setores. : . . . .
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Wocr·e c;e rnf ,�reà--���o*v:h��s-ant.edomieet:e;-a-see�agií·Ostic�
�e.ate C2 derr:anCa. :M:ãis $ir:da, e excesso de demaüda estaria associado princi­ )'
pa.:.:nente a:, exç�ssC de ni?�� �w.' ciiculação. &sim, o prObl�za b..6acic.r;ário é mais de ...)

crderr: ccr.Jt,t:ttural (e não · eStnleC!ál), bastando, para sua corfe;:, ão, pôliticas de ccntrvle da ·, >

't!
deu.anda. Pt;r. t!c-ul::,m�n�:e �� di.rninuiç!o da e;ua.."'ltid.�e...m.o.eda :,a economia.:
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A c:itic� dos es�ti.ir�;� a esse tipo de co�bate,' em pe!ses s- Jbdese·:l·/olvidos, é
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çue ele :rar:a· cor.10 =o;tse·:r��ncia apená.s uma. recessão econÔmlc.a, s�::i que s'e debe­
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lassem as ians3es :nflacicnárias. Para essa c�rrente, a b.flação nào pode ser atacad?,·.�pe­ \:;-�
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nê.S' er:1 S'Jas fcrr::as ôe menHestação {a1.1me:1to ée me:os de paga:nento, de saiár:êfs,·:éO::re
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para os :�çgaliscas: o monetadrmo seria uma estratégia que po:le:ia ser . ecr.prega�a ..
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tr:entt?· Occtre com e,\lênci! em países ma!S êesenvcMdos. Z.-n.paisés �esc;i•-'.o:-; .. .. :-:,.
��tras causas 8a indação es:Uiam as.sctlaCas:a ci.1s�s ele.vados;· e os :risl:"..l·
mento_S de contenção C2 d!mcndã d� nada adiani:a."'iárn . P . eio con'!râri�,-'co:nc a ?;cd�çãc ··
Já se está ;>i:-ocessa.ndc em níveis :ie desemprego. uma C.ünin-.iição cia demarida e��e.ê!
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apenas au�·entarià o desemp:ego. Por essa razão, es es!rutu:alistes pfCpaem . :r.s:ru.T..e..�·
,. tos não •·ortodoxos" de 1=0:itica eco:i.õmica, mas sL.!:-: controles e re!õr.l:as . :!e ;&se. .
( "'i..-.s tr-.. :-.
' rnentós I'.eterodoxc.s'").
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INFLACIONÁRIO BRASiLEIRO. J'
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•� ffiífA:S 8;l!Btt4❖h·l&@Míl<-W611í·--ii-X{·l1·'®❖tJh1'r·fiD@
• ?otle...s-e afirma-:, sem muita margem de e-:rÔ. que a t'na.:or .çar..e das !cn':45 :ie inDe•
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ç!o étseu:ides no·s iteris ent.edotes ·esLé. e·� es�eve piesente etn é.!t,o!":"A é;x:cc ho Bct.!>il.
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d�. econor..!� brasflelre, em partic�la, a partir da década de 1950. lsso, ;,ode sa: n·.:.s':raéo
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pelo lndica gera! de preços.
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Na década· de 1950 e inicio dos anos 1959, �pantava•;e çp�g prin::lcL Icnce de
( inflaçãô ó Céí:clt do TSSPt;ro. Basicamente, t:ês fa�res ex;,:i.ce!�� ·o e!G\.ê�O dé.66:!_t ;,·X:):i•
co. Pri:néj-:o, a nece.�sidr.ôc'de o 9cverr.o s-Jp.ir � inf-:z.-est.-uti.Jia adeq-.:::ad!. C!s.ue.r.s-oc;tçs.. ·
.
energia. saneamento, .entre o:.:t:rOS. para fazer face ao desenvoM?T.e�tô eéo:-1Óf"n:cO·ace;e­
{ n"do a �àr'ir da seç\!nda met2;de da década de 19�0. Em seg,Jndo h.1gar1 o cit�c:: ê:;. e�
( ;llclO pala L'Oixa prcdu�l�:clndc dos se:viços do govêrr.o e n Co:isaq��ntC.inêíic:it-:-::ia nZ
apUcação dos recursos. Finalmente. peb lado da :eeei2. constataVa•s• �, i"'OpBss�·!:!dada
(
de o ç;ove:no aun:enta: a cirga �b:itária, consi -de:ade excessiva,, :enCo•se-em· co�ti o
. . ..
baixo nível. de :encape: ca;,it.a.
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. ·Como não xl!a e:evar os i::'lpostos. o gov�mo optou i,,oias·éinissõO.S clâ ·(i.L-ii.hªirO.
( ESS!: !O! uma t!plca L"'\Ga""ÕO de dF.i: u�m O T}J8l.S e.ro r: a na
éc5h:N:l1a;-m:"'él!o·
res erar:'l es coI!'.J:)ras. num mo:nento em ,, , a não •sr.ava prePai-.1... p°ãrn
J:)Icduzir um volur.ie eo::-esponc!er:.te ao do aumen_ e c.s::ian � .. ..
� . . ,; . _
Algun,s e$tudos epontare:n també;r., I'""ª a·âpoca. a e>ds!ê�da àe tensões :!e e:,.,-
.
( ..: 'tO, pre,;ócadas basica.-:ience·per =eaJustes salarla!s ac!ma dos.Lic!ices· dia or<:i:l·i:i,idaae,e
pelas des,-alorizaçces carr.bieis. Mas a causa pcL�;ipal e:a o:igbada �õr�;esskõde áe ­
( �8. ;mwccadas princii:almente pelos eievados déficits ;lllbl.!coS-. :,·
·. ·na 1554 a 1973, como p�démos notar na �ela, a inllaçâo não ío: deb.?lada. u.as ·
perde,; a \ri_-u!ilncia. A pcUuca. dé•ccit!bate caracterizo·.:-se. nu::ia pn:ne;a i�(1964-fs�Sf
(

( por un,. trata;nento que pede ser cla.ss;_fü:ado co.-:io aa a::1ento ce choque por :::eia :.e Tntamcr.':o Ç.e
{ uma r!gida ollti,.... ,, A:á..-ia, 5.s� e salarial. encr.1_anto. da 1967 a ·1 ·;;,•. 01 t.tlzadê. com:, ci:.:i,..:..i: p:,.'t"rt�a
me,:t<:ária.j.:cni t
(
um ·poEtka gradu!l:.sta c:ue cor:-esi::�deu ao cOmbatc po� eta;,2-S:plal:ej?dõ. :Adecis!c
{ ;r..rr.r.r.i' r:--4!t:'�pr::'l!
pot' u..� trata.."l'jentoqraé�al cieveu•se à evidência de q-..:e países e:n Cese:wcr,r.:l'lentô� con:lo
(Omf.;arcr ú :',i /it;ít:c-.
o B:asil. <iii=il,nente ))Odem sui:or-.u o C\!Sto soc::!el ãéVIDdô da uma ieduç!ode :::�'"'Íl:le�ic
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tOU, cctr. ra:as exce-;:Ôes, taxfs ctesCentes de in�ação. Cada novo choque de preçó'$ conduiia )
a in.fia;:âo a\� .:n pa:a:.rna.r � a..ko; ·pa:apcste:ior acomodação num novo nível Além de ôo.ts
c:1· 0--$es de petcó!eo {err.. 1973,�974 e 1979); outr� !ato:es relaêv&11ente fadependentes tam­
·,
tém für�-n raspo:isáveis !==� aceler�ção do processo inflacionárlo desde-aquela-data: )
a)· su9·es�:v�s cl'�cci..i� asiicol?,S, pdncipaloente em oo�e::rciã.1cÍa.de geadas {como· )
ocÕfi'eu ·e:1i::re 1975 e 1977, ·com três sai:as suce:s-sivas, ou� ai"tda, � rn ·fh,s de
· · )
'i985), p:ovcc�àc:�ceterkção Cos preçOS-na ag:icultu.ra;
·b) .eie·.:edoS f'T""e.Stcs �úblicos Com prcgra.-nas de substitui -o de 1.,r::icrta ões na ;i
da· -enerçia, a•;:c,·bez:s de capital elnirieraJs não-ferrosos, occrrtdcs nag� Gels�l.
�a alvida externa, devido ao a:.ur.er:to tanto do principal {e:tos 1..
�tn:es'"1r:ternac:ona::s (intcitr1:l:::s uios 1'S'S'O ,_;
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cessiv-c..-nente, carec':.e:t ::�'lr;.i�dir _{#,,
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:.: ;'" ' p:,:el;! "' '"..'" al";" - .:;:,o!iti
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�i:e]Ie seria b2St;i car.,_::.:.: ::.:,:.n: :: ::e� i::1::e,:::::;=
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-::: en::ei:adà.s até 1935 não ;::ov=•=-ri reduções da ta;,ca debnaçio. Co::.s:de.:a= q-.1e; ciesde
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que eq\!.ac!onada a questão do des�Jüi.:irlo Co. setor pfil:li�o. o processo.:nC.acioná. .1-J


..;. ��o �6 seria contld.<:> pela elir..'.nação do n:e:an!s:I:o de m:ie.xa;s,. Esse a p:,,JX)Sta
(

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. ','. q-.l.e estava por ê.etrás ci:, cloamad" •la:-,o C:uzado imp!antaco e,c-, !evereiro de 19SS. Esse
JY.ra .o. croCebido à lui C.e u:n dia'11, s ... cc l..."1erc1!lista. a-;nesentava eot:io c2n=te::s=:.e
pt'dici'cal o cc:iqe!z,rnen";O de preços e si.âdos.
�m!,�ra o diag::.6s�c, do ;,lai�o fosse relativarnante CCl!e-� na cu�.io da :llé:cis
,i· .
infiacioná.'Íà, era equivr...ado q-..tantoàs:.: S:,... o ,e o ciéfiC:t i.:.blico estavaso:J cor.­
,,: ;
tto.e. Por óut:o l&do, ;,rovoCOu ainda.um ai;Inento 8.eva: .o-ca !J'l..assa:ea! 0 --:es, o cr.:.e
represen�u Ui.la pressã::> vi�e:ita·de demanda.. $,!!...'"'[). que !osse acompanha.e.a pela.expar,-
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são da ofe.!tii. uma �ez qce as f!:mas !á es:a,·a<!' c;,e.-anc.o cem:.:,:,;� �i,ar'dde.·A ::::ia:>u·
':;"' •
teT'.çlÔ êo congela:1ento por um Re:jodo rele.tJva:nente longo, com essa p[essão :ie de• ..
rnenda. provocou e forcay!o de. ágios e a ·m�qui�-�::t· na qua:idaée '!:os p:=:!ut::s. o Á-!o: a'o':�ti,,:ntc�m,/e,
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resultado /e! una ex;ilos:o !nCac,ei;áti• &pós o desco:tgelame�to, · er..fins de 19SS. D1'sra S':Ó,"'t' fin: 16'1'1:'ÇO tr./-:;::,"rrn'o
i' .-- .. fo:-ma, mei':no pa:�do de urna ava!ie.ç!o :el:!.tiv�n!.e �r-!iâ do proc!·SSQ·�'"1.tli�o tJH:m: r,,;, e: �...s.-pr1;0, 11
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1 bras!!eiro:" o p!:ar.o !a!:."k?i:. na s-a ;estão. p:ovaveL."llen�e por re�ega: po!ítlcas crtod:,xas de i!;.':!r..r.t.'a 1,rp,err. r.
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cc:i::ole d,i deme.nda, e:n especial na questão do dê.lic:t púb!:,:o_ :·
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l e n:� t.ar:!e oi},lane Co::ê9t�-:- .�='- utiliza:a::t o c-:m,e!.ame::.�o Ce: �s-e .::a1z..;os ;-.ar;
" tenta! conter o proc!SSO tffila-=:ion_ ário ::,rasi!eiro. · . · :· : . · .

E:-n :SS4!, n:> çover:l.o Iu.r.':�r �ranco, u:mio·eo;."".o rrJcist::c ôa Faien::e•F�:r.�J-: tic
:!enri(tUe êal'doso. im;>�emen':')l.:..se otFl!.nO Reij. Es:ê. por Si.:aVe.z, �apresento� ..uit_ avan­ 1

ço e::i re:ação aos p:.ar,0s an:erioces. �ndo g.1t as p:;;;:p,ajs-Câl.:..sa.s � ifí�ção


b:ç1si!elm es:avam no Cese3:;i!fl:Jrio do setor pú.bl!c:> e nos mêca.,�S!:los de.ir.dexaçãc..
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{ �U..'T�a primeira eta??, pt'OC\!ro-..:•se �rarcocça._"':1.eratoy.!b:i:o�de c.:::lclc. h·.-:,, _
r I:'.eptc �;:Ç?pêa IB,v.7 L--:P:?s;to Provisório sob:e Movimen�çao F!nanCeira , c;:,.i.e
, inci& so'.:r• as cro..-i&,ções ba.n�.::!3s, a. êe outto.. d:1 F6xbSociz! de Eo.e:•ê..-i:i a.. q�:1:
ç desvL"'lCWou as recei� !ederais d� êestinações :para ge.s':os cspecllicos (pos�a�órinente
substin.údo ;::e!o Funeoce·Esca:oilizaÇ'êo F'.scal). Nu.:ba �3r..:a eta:x, ;nxe.sso"�-se t ��
· · ,\u, se �'21 ê.esir.cexação à& eeo�oml'!- pela ::1udança_ da moeda: �ílém d� �eito roai
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----'ll( ·aatBV (Unidade Real de VeJo,) e, des:a. pa..-aa nova·.:.:l!daC.•u;:icne':i!!a,o.R�. o q-.:e 1:;;
.( m1J.itobgm-suce:Yri... ?oi r::a:iti:io o im::>05:0 sobre r:io�:.mentaçãtJ • ., Ce!!e, .qus ;:asscu a· •
·
de.,crniz:.to=-se'fPY-:? Cont:r'Jb>.!lçà� ?ro,,isóda sei:;:;! }/.,gt;pa:-.:a·;c.o F!.�ce�- ; •
(
Observa.,do a 'To!le!a í7.�. :,ã� restam dúvidas sob:e o sucess� do Plàr.o �eru r.o �,•niJe•'f.•cfr.:�.•:to da M,t't':.
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con:rele Ca i.,&çêo. s� jUIUc Cg 1994. a taXa t:a inE.açãn C:11�cu a CEI:a �e SC·�i ãc � &'? }U.t"Z tt dt:1 :axn d,
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( cbIJ?- a :;;cesisão de que a in:lzçãó daq,;ele uo u!:.'l!�assaria � 5.080%. c�m,t;t1,';ór.';•M>Cr,
f��•zl::�a
A--;/Js a :efor::,amor.etz,.'i�. bic'.a!, a !)O'.itica �tiln�acior..ár',a' éo:i.:en!:Qu-re ::-.25 clla­
:-1:t.'r.r:·,.,,cm,u:� e.'e,:r.�:,:s.
( rnadas €.nccras m::metãâa a c-omo�a.. ãr.cora :n:,:ietá..'"ia · is u ra.:>e&'..Jment? ê.a. 1
.(1t•ro �r.:r:;;,__""!r!'l
taxa de· os � .i a!.strlc •so re aeoósítos à 1rista te!::�va.-na-r.ta elir,."8-dà.s, oai.-a
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ô2-co ·eg;'.m& dec1-1:�c 5x"'. Ao f::r:-� O.re2.l re:ati'r�ent� valo:izaô� err. r:!z.çâo � �o�Q
,-. . l?Stxa..Ttgelras , em pat�culsr ao dtja;r. qi;;,,T"":Q<lêe;')S(M•:a."'"D-'Se ri.J.is =;."'22.S, a·:rh.e,;j��
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,cm!I::rc ,:<r f'(f,'oii=t:tii=­
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;{ a �m:crré:i:la com ;,:Oêu';OS' p.ced-.;z!dos CresCei!os: a..'lê:oranâo:se Qs p_:eços L;.te:ncs,;. �!mt <fe clfmb:ó fi·."':,.

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 74 de 164

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E.Ssas énc:iras i:· er:naÍte:::era...--n até jane!ro Ce 12S9, quando se astàoele•::eu urr, no
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reif.wa cambial de• ãmbi.c �utua.nte dentro a poU:ica de controle à� ii."lf!ação..Desde


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e.�::..:�r:::l!•cida..um�:�a::??-.Pt.r�· a.!níl�ção füt.urr,, e o g9:1.mnc �n f:'lmpr<>moto·� «�c:m1:ipri·hl,. . .)
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3J'te; de bâix��e �'e�tz�.
' AÍéri, do sucesso no·eombate ,finfiação; o Plar,oReaJpropo:ci�nou uma rnelh'ona do· �- ✓
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� i!'��;:ãc�eJev . ad� ' úJfja ão rept�;ei;te um impost; ..�obre o pobre. ·
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·Tiil�éw Pe:riiitilluinãva-,yo · nos índices de·;,todutividade da· ecS,nO:ipia' ?'l'asil�i!i , · .

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. •de ur:ta 'Ooütica c&�ial que levou a uni aar:tento' das i-nportações.
em fi.Gyão
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Nesse as•
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pecto; àevB-sg cons:detat..q:ue�rt1,ra-
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. corw•cial p�s:u::-0rcionada
.- no governo Colloc àe
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'Mar.e cor.trLÇui-,Isi���.a... sse ces1·Jiedô, '

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Er.ioo:r·a a êsti-âtégia 8.dO�cla !esse adequada; s.s.bemos que tudo em Economia tein
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w::: c· uS"'..:>.o FJano�a�� · articuJ� e sua vclí:fca ca:l:bia!,re-:lrase�:ou séti� entrave às ;_)
. .
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em -� ... ,,'j:'
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nessas e:<portacoo , _ a,'ao liclo do .au.-canto das importações: ocasionou. déficit p�.s- ·
, "

tente na ::.iilmça.;OOrr'.���ial.e ãu.m,erito. da dei:,endé:icia.de o·btenr..ãc de rec�sq5 ·finãllcei .... ..... ;_) 1 y:
tos exterrios�· co�·.�· su�essivas crises iir.ar.ceiras do 1-!éxico. er.:i '199b, no SP,aes;e à:a ;,_) 1'
Ásia e�·.� 99'7);e n� 1. S98,,a.vu1nera:Jilidade e;ternâ:á�e;ttou;.obri��do a_ \lOa •t,
Rú;si��·em. ' },,
eiavação,d�;��; �ie·j�o�. i.�tert"-�s. ·para·defendcr-se ��s ata� ·�s�spê�uiati�os
· Se;aê��

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por e-Ssas· c�es'. ç_oi-r;'a e:. eY.�. ção· Co� )'.!IOS,.dimin�ui oS. inves:.:únen::.os :pr����E;n-'�
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C:o ccmoresdtado fin2i uma:elevação do dese:np__pago.:.. .•• .
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e =:ôr-i. cc p�ocessc infl.àcioilário, q.,;e se�pre foi um dl?safic consta..--:te para a sôci�ade ;.). 1 }'.
Q-.:.cstã:i d is-tl"':b·..l.ti.·.-i\:
• b:asilei:-a. Com a e=onomta estabiHz�da, o plar.o teve também o mérito da tornax mais ·
. as n.·larricw ,•JtU':• u cl E.rae elg"J:::cs das qu�st�es estruturais da econo:nt.o brosHcirc. pnrLic:ut!:rmcnte o
;) 1 \
c,.-p,'!::.' ,; i, Jra/Jtdú:1,
deseq-.:!ll��u!.� fiscal CIÔn�.c9.,�� sato:. pú:::illco brasileiro: ) 1 )·,
en:r.:t'O:,:ros.
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pu;,g"111,:t4íY.!:Jttfil
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1 '
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10) Z?<Plique res;u:ni<ia.,,é n:e as disto:ções provc..:.adas po: altas taxas de inilação.
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.Apc::ite as ca�.Sas ?ª inflação b:asÚeira: de acôrdo com as seguintes correntes:
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b: ü:e:ciallsta; , ::\ ..'
e. �;t:'>.lt'�all�
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Expl'.cr.ie
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o grõu cie d:str...bui�c P?S�c� de renda.
@ S:.:po:-ido urr�â ?c��oi:rtla com défici t público relativamente elevado. se o governo
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effi:ti.: moeda paza cc· bP,-Io, o crue deve ocorrer com as taxes de inilação?
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 75 de 164
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·• :..e:j a. Quais as prlnclpe!a cau:.es de infiação de de?":"tanôa?

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:b. Ouo medidas dovorn ser t-omcda.s pa:c cont!'cl&r u=ia !r.llaç.ão às cS3.rrHi�ê.a7

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:..?•.: a. Oueis e.s pMctpais c�u�a$ ê� !r�ç ão de custos?
· ·
:b. O que vem·a ser estagílaçlo?

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e. Oue· me:lidas devem.se: tcrnadas para c:ontiplar umll:'!n!'a>;ão thi -custo?

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,.8 .·� Oi:.ais e; !at.oces: L11.4lâcfonár:os que poder.l ser
. cor.siderados 1neren:.es ao preces-·

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( so de êesenvohr.ã:lGnto eeon6rnico?
,j) Qual, o d!ai;;n6stico do Flilllo Real :;,ara e lnEação brasileira, e ·q,:9.is as po!:tic.;s
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edotac!as para controlá-la?

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 76 de 164
J

. UNIVERSIDADE D': BRA.SÍLIA- i=ACE


/ Departamen'to de Economía
if(' ­ Introdução à Economia --2 º/200ô'
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•!: · � 4ª-Unidaée.- Texto de Leitura N º . 23.

INFLAÇ.{o E POLÍTICA ANTIINFLACION'ÁRlA �o .BRASIL

Flávio Rabelo Ve:siad

I. Antecedentes

O Brasil tem longa experiência inflacio::iária. Nas prineiras década, do sécu1o :XX, os
indicadores disponíveis, embora precários, incicam uma oéóia ani;aJ ée auoer:to de preyos ée
cerca.de 5% ao a::io. Na década de 1940,_q�do indicadores é'.e-inflação é.e case C1ais_a-:n?la
se tomao dispoi:úveis, a porcentagem de aumento anual
_ do preços atir.ge, regi.:larmente, dois
algarismos. Dai em diante, a tendência geral é de cresci..'l!ento constar.te dos índices
inflacionários, até os valores estratosféricos, superiores a 2.000% por :no, observados r.o
início dos anos 1990. Há apenas uma interrupção nessa propensão de !cngo prazo à ace!era;ão
inflacionária: o período entre 1964 o inicio dós anos setent2, qumcic a in.:1ação �ecàeu a cair
de forma contir.uada. Fo: só após 1994, ano do Plano Real, qi:.e se in:e:rompeu a :e:.i::ência a
taxas d� inflação cada yez mais altas: os aume_ntos de p:eços obser-1adcs, éesde entfo (cu
>:1.
''..(
quedas, .em 2.I� penedos), pass�. a:ter 9rdens de gra.riC:eza mais•·-::onp;:ui:ntes "Com· a
. experi§o�ia iDtemacionaL Ver os Dlli"IleTOS da Tabela ·1, onde se ��stra.a.ev.o'.Jl;:w,.:entre 1939
é 2002, de três índices de inflação: o Deflator Implfcíto do PIB, o Índic·e Geral de P:e;:os
(Disponibilidade Interna), da Fundação Getúlio Vargas, e o Índice do Custo ::e Vida para a
-J ' cidade de São Paulo, da Fundação Instituto de Pesquisas Econêmicas da Uc.iversidaC:e de São
.!
·• ( Paulo. 1
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.,' 1 Notar q•Je o bd:ce inflncicaário mais useC:o, arualmen;e, no balizame:t'.c éi. política t::C&�:r.icz, o ÍOd::e
Nac:onal de ?reços ao Co1Su1I>'dcr Am?lo -'.PCA, s6 ?asscu a ser produzl�o em i9?9.

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H ••... --•-•,·•••---.i.::.-_,
INTRODUÇÃO .....-• • - 0 -· --- UnB
À ECONOMIA -- . - 1º/2010 .., ...,_ ..... ·-·-- �- .................... Página 77 de .•164.!

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TabcÍa 1 - BRASIL: Íi',"DICES DE INFLAÇ.4.O, 1939-2002
,(
( ·· .(Taxa
:<
1 !
ÍNOICES DE �'REÇOS ··
.....média
s
; (• - .PERÍODO ••...1:, .. s
1
Deflator Implícito Índice de Preços ao. Índice Geral de Preços anuais ,
( '
Consumidor - São · · -' Dísponil;>ilidade.
!e do PIB
·paulo fH'!PE) Interna rFGV'\
em¾)
1939-1948 12,0 17,1 11,0
1949-1953 J4,G 16,9 16,4
,(
1 1959 -1964 52,4. 56,9
.' ( :·
57,7.

lc
1965 -1972 28,2 27,0 24,7
1973 -1980 46,2 43,4 49,l

( --. 1981- 1987 162,7 170,2 192,3


1 '
!/
'
I' 1983 - 1994 l.t.70,2 1.312,5 '..391,0
i ..
1
1995 -1996 41,S 16,6 i2, i
1997-2002
1
7,2 5,5 12,6
:(
, ,,.. 64
2003- 2005 11,6 • 7,0
1\ -.
.. ' .
. ,-
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1
' ,-
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.!. ''
.. .. ...
....
<·> 2003-2004
Fonte: calculado de dados em IPEADATA.

Essa convivência com a inflação deu origem, como era na�al, a uma v--c;ta literarura
sobre o diagnóstico do fenômeno inflacíon�o bra_sileirc e as possíveis terapêuticas a sc:e::n
(
<' . . aplicadas.

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(
1

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•I r... � . 2. Monetar:smo e cstn:turalisr;io


. (ç,, ..
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l ·" . -
No ..Perioco 3".lterior aos aoos setenta, destacou-se o debate entre duas interpretacões
.
do
.
;

. .. . ·
' ... i ,-·
...
fTOCesso ioflacio:aário, rol'.tlad2s, na época, de· monetarista e estruturalista. A discussão .se
·,.... .. referia não só ao caso brasileiro mas, ce:forma geral, à infia;:ão em países da América Latina.
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)

. -----.: .
.
. A posição monetarista)(defendida, entre nós, ·por economistas como 1vfário Ee::i.ri:;ue
. ....- .
,... Simonsen'e-R-oberto· Çainpos), énfütizav� - em IL'l.ha com as. teo::fas correntes sobre inf:ação, ;r1'
' . e. .

e ('. ?;?'e
,
.•·., )
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 78 de 164
3 )
)
· na literatura econôcüca -.- a imp�.:iância de pressões de demanda, derivadas de uma expansão .J ' ..
rnonecfria excessiva. Esse excesso· de' moeda decorreria sobretudo de pol:ticas econômic2s )
. ,,· . ')
i.r1corretas: aumento·de.gastos goYemamentais além das receitas de impostos, sendo· o déficit
f:. nanciado..po,. . e:nissão:.de. .moeáa; concessão de aumentos·:salariais ·acima ·dos,.aumentos ·de.
. .' . )
' .
proóutividaé_é, pressici::ianqo. para . cinla custos.. e preços e forçando expansões de crédito. A ..
· ,,:
)
.,., .'

seqüência causal básiç:a seria, assim: aumento ·. de moeda, aumento de den'!anda; aumento de · )

>;
. .
preços. o· remédio esta.ia em medidas como uina politica de ·contenção de gastos e awnento ).
de receitas pública,; possibili�ando.6aior.discipüna.fis'ca1 e.:r.ionetária; e na adoção de formas.: ·.. ,.) )
�_)
não-inf.aciónárias ·de. coberrura_ do� 'déficits·públicos,. quando·estes ocorressem;,:·-.:. i

... ) )
.. I
·, )
• _.!

A essa visão contrapunha-se a interpretação estn:'.Uralista.\Ia inflação (associada�a ! ,.,)

nomes como Celso Furtado e Maria·da Conceição Tavãtes);-qu15's�stentava que a causa básica ,) )
do fenômeno inflacior.ã.io brasileiro nl!o e,am excessos de demanda, mas sin1 inelasticidades ') ')

de oferca: numa. economia ·em. crescimento, e passando :por transformaçô.es estn:tu.-ais rápidas . .,_) )
\) )
(induscialização, urbanizaç�o,.etc.),
. ... a
expansão da demi.lllda· p.or .certos bens e serviços (como
i,J )..
?.!ime::itos, · pro:iutos · importados/·· energia e transporte)· não poderia ser respondida \'
--
,.·,\ )
ime;:iata□ente por um aumen:o.correspondente da oferta, o que.trarrapress5es inflacionárias; ")
i
a ierapeutica monet?.Iista, se aplicitda, traria apenas recessão, · sen, -i:esoL:v.er ,o,s ..problemas
0
,··\ i)
"estiutu;ais" de oferta {que �[� seriam passfveis de- correção no cu.rto prazo). Os ,.J)
1
esti:utur21istas tendiam a achai que os custos soc:ais da inflação (pelo menos nos níveis então C· )
observados) eram inferiores ao de políticas · ar.tiinflacionfrias de efeito recessivo. ,�) )
:,__, )
Os governos após o g9lpe mifüar de 1964, especialmente o primeiro deles, entre 1964 )
.,
(...)
• '
e 1967, q:aando Roberto Campos foiMinistro do Planejamento, trouxeram uma oportunidace .,. ·, )
',',J
. -' ,-) .
c:e aplicação do receitüário monetarista.
. De fato, as reformas 'rjos anos subseqüentes (no 1)
., �.....✓

sis:ema 'banc;ário e financeiro, no mercado ' '. i


. . de �apitais,°no regim� tributário, etc.) .tendero...m a
:
\
)
'
ampliar as receitas e reduzir os gastos públicos, favore.cendo o equilíbrio fi?cal; e propiciaram )
l ·j
também ao governo, com a introdução da correção monetária nos títulos públicos (os quais se .. ·, )
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tor:u.ar=, assi:n, uma aplicação atraente para investidores), um inst:umento não-inflacionário
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.
., : )
.· ..)

,..
âe fmanciam.e;:;to de déiicits. Houv.e ainda, nesse período, um considerável arrocho salarial, (v '
�..)
)
façilitado pela repressão imposta pelo regime militar aos sindicatos e moviment�s
.,,. ', )
('-' :
reivindicatórios;· isso também favoreceu i. queda da inflação, malgrado o efeito �ocialmcnte -, ")
1:,..1
pe,verso. r, ) )
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i. - ! )
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·... ..
...... . INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 . , .,.1 ,'.: '
, . .. .'·..·,•-·. Página 79 de 164
. .. ·...
,, ,,

e •
4
(
. { As poiíticas seguidas nesse perío:!o tiveram, er::_ conjunto, �11 efeito a-;::ir.flacio::drio
,, irr.po:tante: med:da·pelo rlefiator implícito do:PlB, a inflação' a:-:iual caiu ·C:e 89,5%, en J 964, .
(
r para !9,4%, em 1971. Houve, per outro lado, certa retração do crescimen'.o econômico,
. . . .. .,. ,· . . �. �-
embora de pequeno alcance e duração: observou se 0 uma redução de cerca de 0,5¾ no ., �13 per
' l I , '
, , • '•,I\ { _'. i\,, ,'•
', ,

( capi!a, em 1965, mas a expansão.em·ritrno vigoroso foi retooaàa em 1966, e êspecialce.r.te


0

( cm- 1968-1974 - período em .que . o .'cresc�ent� do PIB pe; ·capita• at�giu taxas
.
( excepcionalmente altas {um ·a=ento m édio anu�l de 7,8%, �esses seis ancs).2
(

i( Os resultados positivos .ào progrcl!la antiinflacionário éos ar.os sessenta - queé.a ..


,• l;

: ( •,
si.:bstancial nas taxas de amcJto dos preços, sem efeitos recessivos importa:ites - :efo�çar2m
;(:, a idéia de que as causas da inflação, e as políticas para combatê-la, era..-n basfoamente··às
' apontadas pelos "monetuistas".
_; e
!

. --·----
lc' . 3. Os anos scter:�a e oitenta ..
··•· :·
.· '
.e Nos prioeiros aoos da década. de 1970, os índices de preços voltaram a·.subir· (v. a
lc
,( . . Tabela 1), o que foi de _início atribuído, em particular na ótica governamental, �sse::icialmente'
.. . . . . .. ·:•• ·. . '
'
'
. .
'
!f ... .
\. aos efeitos ào "choque do petróleo", de 1973 - a súbita .e viGle:ita..eleva;:ão nos preços desse
.. . . . '
,(" \
produto, decidida caqi.:ele ano pela OPEP (Organização dos P��ses Export2dores d_ e Petróleo),
ic , que causou aumentos generalizados ·ae custos e e.e .preços; com r_epercussões· em toda a
,( . .
! �·
'

'-r.... economia mundial. Especialmente afetados foram os pa:ses,


·'• : .
como o B:as:l, q:ie depe:id:a::n
.

t fortemente, na época, de importações à� petróleo e ·derivados.

r A ocorrência de out:-o aumento nos preços de pe�óieo, cm 1979 (o chan:ado "segundo


choque do petróleo"), provocou pressõ_es renovadas sol:ire os custos, e foi cer.amente um fa!or
·
( �a.··aceieri.ção inflacionária. observada a partir: de�se aDo. Além. d:sso, ocorreu
',.: .
també□, nesse
fin; ,,........ ·1 . .. ' ' ' '• .
período, em dl�. �/8, uma grande �levação nas.taxa�· dejo/OS ínternaçio::iais, �ume.ita:ido
t .,_;,,,
substwcia!mecte o ônus cio serviço pa ciívici2 externa acumulada nos cl!OS anteriores; a
(
assunção de boa pa.-te· desse ônus pelo governo contribuiu p�a desequilibrar as fina:iças
e 3
.. .-.... . outro elemento de elevação. de .oreços. As taxas de aume;ito de
públicas, o que terá sido
( ,. ,,
( ,.. 2
Computaéo d� núrne�os em lPEAP�TA. Os êe�tis culo; ci:adcs abà�o podem s:r·
. �_ ' JcÓ:1tia�:- s nma :cote
0

· '
ou em: BA."1CO CENTRAL DO.BRASIL, Bo!Otim. '" ' . .. ' ,' ·· ' · ·.
r 3
Em":iora o fü:z.ncia:i:ento de.•ééficits p1blicos te fizesse :ião J)Cr sin:pies cinissão óé!TiO:�ico:no em. perícdos
/' a..'lteriores, mas pela veada de tít1Jlos ptblicos. �o setor privado, argU...'tlenta-:se �uc o aucec�c ·r.c estoque dcsse.s
("
..
� ', · ,
títulos eo poder do púb!i� ti.nba, :iessa fase� 'efe:to il)Dacioniric. A razio· disso i que os i:�os e crescentes

r- ,,.
.., )·
,.._,,,,
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 80 de 164
'·-, _)
5 :) )
j -)
antes observados, superando· os 100% ao ano,
�.)
-creç:cs atir.giram, r.esses anos, patamares mÍnca
. )
...)
no inicie da década de citenta, e os·200% ao ano, em 1984-85.
. ·.. � . ,· )
)
·Algi.:mas· caractedsticas do :agravamento ·.da· inflação,· a ·partir- àe .1979, sugeriram a . _/
),
_

aD�;istas ;onceuipo:-ãneos'°à ;éievância;' �ó período,: de oÚtró fa.tor inflacionário, alé'm dos


...,, )
·:·elz.c:onadcs a press(jes de dem.:r.da ou·choques_de· custo. Chamava atenção ·o Jato de que a • ) ··
1

ace!eração iLfkcicnfuaise desst;o _mesmo tempo em ·que ocorria . .uma forte contração da · ,✓ )
· a1Í;,id2.de,econô:nic'a/associada•a:.pclítica:srecessivas então'ado.tadas:.Efetivame te.;• o
� ·. � . J. iIB·:pei::·, ,: :·.: .,:,) )
.'.!,_
;• capita.i:eduzhrasc·emir,ais. .de.·12%;:entre,198.0' eól9:83-· o:niaior,recuo· .registrado no·Pafa'.em:: ::·.. . ·., •-:' -�
qi,tlqt:.e�:_ époc�·, ;:,..:.;/se�do•:pte�iso':es_ i:rerar-:até' .. 1:9 s·s-:para: que·:o· p.r.odúto::per,·capita·: sup.erasse. ::,, :'.:: :· '·-;'., '· )
. .. ,,
(cÍil 1 %)'<>' do ir:ício· :fa década:' .ti: ir.ffaçãci parecia imu.,e· a reduções na-renda· e -mi' demanda;· )'
nã� e:a fácil co:iciliar esse quadro com as explicações tradicionais do pro8esso faflacionário.
)
Ganhou·terreno,' nesse·contexto;. o argumento de.que. a inf!aç�o· do.período.ti.nha um.:·. ·....; )
',._...·, . !)
cor.iponente de certa: forma ,estrutcral,' mas de natureza . inteiramente· diferente da antes ·
..,
,1
'. ,.

defendiéa pelos "est:uturalistas". Esse com::,onente era �,inércia inflac_ionária, que faria com ,_,
···• ·-··-·· --· . ~ )
que o nível de ir.fiação obse;vado num. período tendesse a repetir-se nos .pe1iodos seguintes, ....../ ).
.,
}� ··--:
mesino na ausêicia
: de outros elementos determinant�s de eievação de preços. 4 · )
r...J. ,.
...... 1
A i.nflaçrro passada se reproduziria, em primeiro lugar, em decorrência dos ).
,_,
mecanismos forrr,ais de correção :m�rietána, A partir da legalização õa correção de valores 1••j
)

nominais pela inflação, nas reformas de 1964/65, difüudiram-se numerosas regras formais : ..i )
. •..:, 1
(leis, contratos, acordos· sindicais, etc:) determinando a correção periódica e automática do
•.·-'.. , '
valor i::ominal de salários; aluguéis, prestações, etc., pela ·aplicação de algum índfoe de )
,·.....I
:in:l.ação, com o objetivo 'de manter· constante· o vaior real das importâncias recebidas. A , :) )
· .indexação à i...;naçé:o imaginada iniciiilinente como u.-na fom:ia de viab:lizar. a existência de t,.. ),
1
apiicações e· financimentos no médio - � longo prazo (como no caso de t(tulos público� e do (:-.._./
,.... ..
)

sistema finiinceir� de habitação), passou a ser uma prática generalizada. Como a correção
'• .._I
J:
monetária é feita, necessariamente, a•pârtir de um i..-i.dicador da•infiaçz.o· passada, este tende:á ,,
:)
... .. ,
', )'
j
·--..
_/

·(•..;
' ' )'
·;"'.....
índices de ú:::fltç:lo provocava."11 fuga da moeda (por mo:ivos óbvios: ninguém querei":a manter part::: de Sua (:_-;� )
. riqueza so? a fcrna de n9tas ou depósiros> arivos s._ue se de.svalorizavarn z.celeradam:::r:te); cessas Ci:cup.stã.i,cias, 1_:�) )
os títu1os governatieot2is (com gran.d·e ·liquidtz/e re�dendo ju:os e correção r-1ol1etária) crarn uma Ooa forma
al�eroativa de rnanw::::.nçio dt :::nc2.lxes líquidos, por parte de empresas o:J de indivíduos. Ocorr::!u, assim um 1
�·...
processo de •<subsjru:ção m•one-tária": papéis do governo assumiam; cm pai-e:::, funções de moeda. Kesse caso a (.�)
)
1

c>:pao.são ;ia ci:cclação dess�s papéis estimulada .aumen!os de demanéa, pressionmdo os preços.
4
U:n Ccs pri:n�i;os a1.:tcrcs a ex;:o, esse argum.enco fo: Mário He:1dque Simonsen; v. SllvfONSE� 0970). ).

)
···�•.:.:.'· :·, ' · ·'.·.'· :, .· : ,.:·.. .. ·. .: .·:·\·1;·. ,. : ,· ).
.. , . _ ... _ , . ;;
•! ••• •• •
·. -.. �·._:... ·�·•: .:,: :.:..;: . )
)
\

·'r

( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 81 de 164

a i,r:)uenciar a i.:J.flação futura. Por exemplo: se o sa'.ário nominal deste r.:iês for o sa;ãrio
(, . ,. '\ .nominal. do mês passado, :corrigido pela .inflação êo .. nês passado, e a r:1esma. regra fo: ·,
• .
aplicada a .todos os preços, isso.farâ co:n que a inflaçã'.o éo
' .
mês passado
i '
se repita-no
. . .
mês
. a'.l:a:,
('
: ainda . que não·
.
haja qualquer outro fator de,aumeoto de. preços:.Qua.,io·mais,genei?Jt;aca .ª
' . •• • • ... i._ i:-,:::· .... �·.'.·\,".'• :,·

'( aplicação da indexação,formal; maior


. a tendência
.
de qu_e a L,ilação .de iloje,veól:ia a ré:fl_i;fu-se.·. ·. ... :
,( · oa.inf:a�o de ammhã.
(
. Mesmo na ausência de indexação _formal, contu_do;_ o. comporta�ento. dos agentes
( econômicos pode produzir um resultado semelhante. .'
. .Se cada
. ' um. corrige period'camen'.e seus ·..'·J�·
( •·�
•'

preços nominais (ou suas demandas relativas à .correção desses preços, como no caso dos
:( - ' . . . .

(
assalariados) a partir da inflação passada, ai.,da que não haja qu�!quer ;egra escrit2. l1_,espein>;
:( também• assim haverá um mecanismo de inércia inflacionária.• Poce · esfabelccer-se uma
( "cultura infla::ionária": todos supõem que os preços sí!o secipre reajustados :;:eriodicm1ente, e
,e' agem cm função dessa crença, procuracdo tan:bém· reajustar periodicamente� s_e. �s pr9prios
... �. . .. . .
preços, no ir:tuito de evitar perd2s reais. Q•.ianto mais arraigada essa cult.lfa, _mais__ forte o
{
efeito inercial.
(
í
e 4.OPlano Cruzado

( O plano ant:ioflacio::iário posto·_ em prática no L,al de feyerei.-o de 1986; conhecido


(
como Plano C!uzado, baseou-se na hipótese de que o. problema ce;:itral da inflação brasileira,
(
t àque:a altura, era o coopooente inercial: eobora os. p:o:;ionen!es do plano_ não
descochecessem aimportâI:cia de outros fatores inflacionários, admitiam que a i.o.fluancia
(.
(
.. destes fosse, entã'.o, secur.
.
dária. Essa crCJ.1ça terá-siõo reforçada por dois :e.tos. Primei:o, a
'
( constatação de que a inflaç§o, no período precédente, parecia ter-se elevado ;::or patamares: ao
( 'redor d� 50% zo �o entre 1975 e 1979; próxima de 10C% _de 1.9.80 a-1982,·e ..:ia vizinhança de
( .
200%, em Í983�85. E;se pacirão era ·com;atível
. . com
. a·. �o�;o
. . cie qu�, . cado que alg,.m:.a
<.
circunstância (como um choque· de oferta ou de,.cicmanda)
. e:npmnsse eventualmente os
'• '

preços para cima, num certo percentual, esse nive) de inflação se;ia 02:.tido, nos perio::os
( subsequentes, por causa da iné:'Cia; e a ocorrência de choques poste:-iores elevar.a os :ndices 2
( UI:'\ novo patamu. Segundo, o fato ée a escalada de patamares, em 1980 e 19S3, p2:eéia
(_
explicável po:- fenômenos ponhiais. Em 1979, além d.a alta de juros e do;; p:-e;:os do pe'.róleo,
(
introduziu-se, por lei, a co;.eção mone�"ia auto�·áti�a de. toêos �s salári��. a c�ca seis meses,
(
,-·' . enqu"1:to o período anteri;r d� ��gocia;ão p�a reajuste s2l�al e;â �e�,' a:.i.Ô. .E, no início de :3�
9"-bO
..
(

( ,--,
·-
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 82 de 164
7 )
)
1983, o gcvcr:10 prór.1oveu. uma éesva!orização c?.mbi'al d-e 30%. Sob algumas l:ipóteses, ' )
· .,,. )
grande pa�te da elevação inflaci�nt.{ia:d�sses períodos- - para o.nível iie 100%, .e i::epois para
o dé 200%-p�derii s�r átribuída·a�sses dois fatores} O modelo inerciafparecia·ajcstar-se·· · ·-' >
,_; )
bem· aos fato s.obser.va.:io's.. __, ')
)
:?or oat,o lado; ;::ão é nada fáéa desenhar políticas :visando debelar•uma .inflação alta e. .. ......J )
predominanter.,ente. · ine:. cial. Enquanto os .,instrumentos de c. omoate ·a·. uma· .inflação .:de
,../ )
cie:manda são· aJD.p,iiente: conhecid6s·:(r�trição'monetária,:. disciplina.:fi:sc;.l;.:etc.);:_o. mesmo�:.' .. , ,) .
1
< . d a.1;:9rreçãci::mo.n�tária:.formak: :... . ,,.,,; )
· não: se pode: dizer:'.no.•;�2.so,ida• inffaçãci:,;inerciaL.A! . elimin.ação.
. -
.
pode:ser'feita,';;;:i3priS.�ipiq;:pel�r e�:oga9ão.de,léis;ollnormas;q_ue,a:autorizem.ou:.d. ete,rmµreqr::. , /. .::•,::>. )
0
.
?vias a indexação 'iuiomi�r é 'di:feré�te/exting-J.i: la envolve alterar o' co�portat.::ento dos.::. ·.. ' ) ' >
;.)
age;tes econômicos, abolindo prátic1 .. que ·eram, na. época, a.,a;gadas na. conduta da
generaiic:ade dos agentes econô�icos, por longos·-anos. ,As políticas antiinflacionárias usuais
pareciam i.'lac:eq_i:adaspàra•promover �ssamuáança.cfo que era, de fato, .um padrão cultural... ,· ·
' ,'

A solução então imaginada foi a do chamado ·"choq;ie heterodoxo", que tinha quatro ..
....
, ·
·,,

\........
ingredientes principais: ..
)
a) eliminação da indexaçiio fo�al;
)
j ••.:

b) criação de nova unidade monetária, o cruzado, substituindo o cruzeiro (1 � ..:


j
cruzado= 1.000 cruz,�ics). i.Jém do efeito psicoiógico de desvincular o sistema monetário de ')
J

. um padrão que ficara, de certo·modo, identificado com a inflação, o estabelecimento de uma )


r:.ova moeda fac/litava, inclusive do ponto de vista !egal,.a medida mencionada a seguir; ')
e) conversão dos salários e�· cruzados pela média real dos últimos seis meses. O .. i.
......J )
objetivo aqui era torou desnecessári_a a· indexação salarial; e portanto aceitável a supressão
•,

} )
dos mecatismos de indexação. A idéi . é. que, se tenho reajustes semestr�is em meu salário,
�. '·:-'
i
'
)
então cousigo recom:;ior;_ a cada seis ni�s�, o valor real do sal2.rio que vigorava _seis meses , .. )
·.
antes; nrns, entre os réaj_ustes, meu salário real vai sendo corroído pela inflação. O valor ' . .I )
' )
� de meu salário real, �o semesti'e; vai ser a média do salário real que recebi em cada um '.·-·

dos seis meses. 6 �e, d�' hoje em diante; ·a inflação for eliminada, a renda real· que vinha
;.,) )
. ••.,, -)
recebendo será mantida/e não terei, em princípio, motivo para reivindicar novos reajustes; t· :�'
·,
)
- l.
.. . )
· · ··::
1-l

'V.e:, por cx�mplo, Síl,füNSEN &;.GlSNE {i�;-�-:�jgj: :,.)


6
Um ex:mp�:i simp :es: se :gi��, rsa!ário ilomfriâl for fixado em 100. :e.o d;a 1 � de jul.ho.(guaoôO recebi e gastet o )
sztá::io :útiv◊ a junho), mantendc-s·e nesse m�sp1.o nívei pelos próximos seis meses; e'·a'1,;.t]açãi,-menstl, nesses j..)
seis -:i:eses, for de 5%, então meu salário real s,erá, em núme:os redondos: 100 em l º/ju:.; 95 [(100 / [95) x 100] �-
..
)
)
.' ,..., {;/... ,,. .. .,
·. )
. . ...... . ' -
: ..
\
).
. ·:.' :·, :. ·._:, ,. ;
'• . ,. )
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)
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( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 83 de 164
(
.'(·· ,

t
\

8
(
( d) congelan:ento dos preçcs por cer.o penedo. A medida objetivava ,omp:r a prái:ca
( ··• .,, <ie ,reajustes periód:cos nos preços nominais, partindo do pressuposto de que tal prâ!-. ica .estava
. ,
(_ muito associada a ur:, comporta□ento defensivo: se eu não reajustar me:.is preços,.e to<ips os
que m e vendem insumos o fizerem, ficarei
. .
par� trás na ;�rrida inflacioná.ria e te;ei p;ejuízos.
�e\ medida em que todos estiverem proibidos de .reajustar :preços; aquele comp��arit�to ·se·
(
e tornaria d�snec�ssâ
. rio,:e se dqria um firri à cultura inflacionária ..
e
( Os resultados do Plano Cruzado foram.efetivos, nas efêmeros: med:da pe:o IGP-·
. .
( DI, por exemplo, a inflação mensal manteve-se .2baixo de, 2% , C:urar::e sete �eses (até
(
outubro de 198ó). Kíve.J mo baixo só fora atwgido •em a!gt:ns meses isolaC:os, :los dez anru
( #., •
anteriores. Depois· de outubro, contudo, a inflação retomou co:n vigor ::-édobra:!o, ·superan::o,
(
( no pri□eiro sen:estre de 1987, a ma-ca.ité então .inédita de 2Q½ ao mês.
.(
( Concorca-se hoje. ' que a cuipa por esse fracasso recai pri::icipa!mente no•·1�--f�to de-aue,
(
. . ... . . ,. ..
por virias razões, o Plano touxe consigo um verdadeiro choque cie demanda. Em primeiro
(
lugar, movido principalmente pelo tco1or de que o reajusie· ·cie salários p:la mé::iia:,encootrasse
e '·
fume resistência por parte dos assa!ariad?s, o governo deddiu·'promov�r um aumento ge�al de
(
'( 8% Dos salá1"fos, quando ce ·sua conversão em crl!zad�.. :flou:v:e.�bém .a cí�ci�ão pol:tica de
( favorecer os aue
. ganham salário mínimo, pela elevação deste é;:n 16%. Esses ciois .faeo:es não
!(
poderiam deixar de causar uma forte expansão de demanda, pÓis se tratava êc aumentos reais,
.
(
dada a queda na inflação. Aiém disso -. o·que �ão. foí
bem·peiceb:d� na é;,cca,' □as :i:o'.l
.• claro depois - a redução súbita da ÍJ?.flação prÔvocaria uniã substancial :eciistr.ouição ce
:<, ren<:a em favor das camadas de renda_ mais baixa áa pop�lação, trazendo �bérr., cm
e
conseqüência,expansão .na demanda por, bens de consun:o, especi2lmente os ch2.0ados bens
, · , !

'(
. .
(, de salário. É que o imposto inflacion�rio, ou seja, a parcela do Pl3 de que o ,governo se
(
apropria, quando ·emite moeda,
. recai, ·como um ônus, basicamente soke q:.1em é . obf.gado a
:· · . . . .
reter moeda, apesar de sua desvalorizaç!o acelerada. 'E esses são prin�ipa:::nente os mais
(
(, pobres, que, por não tere:n acesso a aplicações financeiras, não tê;n alternativa senão ir.ar.ter
( . medeia eDtre o :ecebimento to· salário e a
sua ·r:nda sob forma de dinheiro, DO período oue
. .
(
.

efetivação dos g2Stos. Quanto maior a inflação, maio�


. o imposto inflacionário; o fim de uma
,· ;:
(
inflação e!eva:ia traz, nece.ssar.amente, aumento na renda real dos que mais p�gam esse
e
imposto: os que pertcnce:n aos estratos mais baixos de renda.
( ,: ·<
( r
( er:i l 0/ago.; . 21. en 1 º!set.;:86. �in: ! •iout.; 82 e;n 1 °/n�v.; e ll em 1 O; dez. Ou seja: meu salário real r.iédio. no
. ;- ,.. se:ness:re, sert: (10v+95+91+8�+82+78)/6 � 89.

( ,r
-· )
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 84 de 164
)
·.
9 )
)
-:
)
. . � :. ·. . .. . ·. ,.,.:
Mesmo com pressões de demanda, o retomo d?- alta L.,flaç[o po_deria t.;lvcz ter sido )
,_.
evitac:o,· por meio. de políticas: ccrr1pénsatórias. Um. aumento de importações; por exemplo, ··-
)
}
. . bens; . ou uni.a política
e�panéindo a oferta.interna.de . rr..onetárla.i:estritiva: Mas não s,eria viável. ._.. '

)
uci aumento.sign:ficátivo de importações, na época, com e>:portações em queda e. •grandes_ •.. .1

)
•.�1 '
dlf:culdocdes na obten;:ão de finaricra,.-nento externó, após a niorntória mexicana de 1982; . e a )
..
)
política �onetáriz. seguida no periodo · foi frouxa,· em parte por divergências quanto.. à sua.
. . .. . _)

effoácia;. e;i.tre· os: cond:ito;-es do: Plano..· .,_.' )


)

· 5. Oütras tent•tiva� de d�belat.a·inflâcãô> ,,.. ' )

)
Nos zr.os que se seguiram · ao Plario Cruzado, diversos outros planos antiinflacionários )
'>
·, .;

foram postos em prática - os chamados Pla.,os "Bresser" (1987), "Verão" (1989), "Collor" '

(19 90), e "Collor-II" (l 99i) -,- · com efeitos · cada vez menos.:duradouros; ;a· inflação voltava, ,. . )
repetidame:ite, a nfvci� p�óxhn s 9u superiores a 20% ao rnêi. 7 Nos 90. meses en;e janeiro d.e
<?
'>
·,...J )
J 987 e ju..-iliÓ de 1994, o JPCA �ste've entre 10% e 30% por 59 meses, e superou 30% em \•--•'

outros 23 meses. O pi:o histónco,ocorreu.em março de 1990,. qua.,do o índice atingiu 82%. .,_)

, _ ,. r ··
Esses planos foram 'il.ü!a mistura variada de ações de contenção de demanda com )
teriativas de· desindexa·;:i!'.o da economia. Mais do que tudo, talvez, podem ser vistos como )
•-- ✓

uma medita do desejo da população pela estabilização de preços, pois esta suportou )
,)
pacientemente interven_ções, por vezes violentas, nas relações econômicas; envolvendo
)
quebra ·de contratos priYados, mudanças'·brusca.s de preços relativos, etc., o.1lminando . com o :)
• 1
.,..,)

extraordinário confisco de ativos fin_anceiros promo·vido pelo Pla.-io Collor.


• • • • • •

1 )
)
'.j
6: O P:ano Real
)
\,.-'

)
· O Plano Real, implantado em julho de 1994, tem elementos em comum com o Plano !')
•,;-""'
Cruzado, r:n,as diferiu deste em peio menos dois aspectos importantes. Pr',meiro, não se partiu
··, . ·,J ).
)
'
da idéia de que a inflação fosse essencialmente inercial. O fracasso do Plano Crúzado havia .,_...
.�,. -)
cor.cvenci::io a maioria . . de que uma polítfca antiiofiacionma, para ser bém-
dos ecénomistas
' !

. . ).
sucedida, ceveria atacar em ·•,;árias frente�, envolvendo tanto medidas tradicionais de. controle )
. '
.
,· ../
)
1
O 'Plm:o Bresser baixou a ir.fação meosal vara rr.enos de 10% durante três meses, o Plane Verão, por deis
)
peses, e Plano Col:c�, por u..11 n:.és, e o Pla.10 ·collor-11, por éois meses. (Inilaç�o meêida peio IPCA). . ,. Jf./' �

<-JG�, . ·\ )
� }
)
.�·.··· �:_.·, ,r;- .
" .�,. )
)
\..

(
e INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 85 de 164

(
(
( 10
{
( mone:ário e discl;ilina fiscai, visando m2nter soo conlTOle a dema:ida agr egada, quanto açces
e · vol:adas à'eliminação de fa ores de i..ri.ércfa inflacioaáriiC'.
t
é
(
( -A segunda diferença refere-se às condições:sob.2.S·quais o plano foi apEp;,do \;io sue

(, tocá aos pagamentos extemos.·Ao. contrário·do que. ocorrer� rios· anos oitenta,-;� ·si· �i:ção do
e,
+
•• ' .

balanço de pagamento_s .b:asi[eiro era .bastante con:f,ortável, ern me2.dos da década 'cie noventa,
s principalmente em decorrência do ·expressivo· fluxo de· capitais que· bus�ou aplicaçã o' cm
(. . economias emergentes, inclusive o Brasil, a partir do� primeiros anos da década. Um sina!
(.·
! (, disso . é que .a .media. do saldo positivo da Conta Finar:.ceirá, . no balanço de p2gamentos
(. bra sileiro, passou de US$ 1,8 para US.S 9,6 bilhões, entre 1989_";'1991 e 1992-19.94. Esse fato
( p ossibilitou a utilizaçê:o da chamada "?-11cora cambial", ou seja, a manutenção d.e uma taxa àe
.(
câmbio relativamente fixa, facilitando·importações e · propiciando ·um .aumento da oferta
(
interna de bens. Entre julho de 1994 e o final de 1998, a cotação do dólar variou de RS 0, 85 a
(
e RS 1,20, aproximadamente.' )..:.
(
,(" A implantação do plano foi.precedida de duas . ordens de ações. A pr:meira; posta em
. . . . .
( • prática a partir de 1993, objetivava me_lhorar. a situação ps_cal,iio:goyemo, dentro cio p::op ósito
(
de evitar que ·défi�its o�çamentários pressionassem a oferta d�_ moeda e ·pcrta:nto�·-c!-emantla.
(
Uma dessas medidas foi a desvinculação parcial cie receitas governamentais: a Constituição
,;(. . . . �

e· c:e 198 8 enrijecera excessivamente o orçamento do governo; �o destinar receitas específicas


.e.
' para gastos especí5c os. De fato, obte;ie-se. em .1994 1.l!ll superávit primfaio i:unca wtes (ou
.( "'
dep ois) a!cançado. 8 A segtlllda relacionava-se cou{·o objetivo de �onquistar, para o plano em
.(' gestação, a confiança do público, fortemente abalada pelos sucessivos fracassos dos planos
'
/'
' (
anteriores. O principal recurso utilizado, para esse fim,. foi a garantia, repisada com freaüência,
-
:.(r ·
'
,..
. . . .
de que de�ta vez não haveria surpresas; cho ques, c?nfiscos .ou.intervenção em contratos: tudo
se faria ·às claras, e com"aviso prévio.
(i
(
-�-· . Os elementos principais rio Plano Real, fixadas por :Medida Provisória e□ 27 oe
e · fevereiro de 1994, foram:
e a) eliminação da indexação formal;
( :"
ee
< (
3
A s5tuação fiscal vinha meLi.Or3.11do desde 1990, com· obtenção ée s'Ji:,e:ávt:s: primá.:-tc.s acima de 2½ do ?IB. O
' ''
(. valor obtido pan. 1994 foi equivalente a 5,2% do PT.B. "Superávit pô�ãrfo" é o excesso ce iêceitas sQbre
despesas ôo governo {fecieral,.estaduais e muoicip2is, inch.:incio empresas eStatús), r.ão inckin:o entre as
despesas o pag.am:!nto de juros da ciívida p1bHc2.. �.
� blf
�- tf
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 86 de 164 ·•✓
)
11 ..,' )
,,, )

"
b) criação·de ,1ina unidade. de conta, a URV (Unidade Real de Valor), equivalente a )
·:.-"
ce:ca ée l,"S$ 1, e que teria seu·v�lór eni moeda nacional atualizado a cada dia, p�:-.um índice ·
)
cal:t:lado corr.o uma média. dos principais' índices de inflação. A URV era uma espécie de
)
pré-;noeê.a; :;;ois ser!a; ap.ós wri:. p eríodo. de transição, traosfornrada.na nova unidade monetária, . .)
___
)
',
�.J
o rea�;
:) ·conversão dos salfu-ios e�.URVs, pela média i:eal dos �uatro meses ar,teriores; .
\ .)

.,)
d) deterrr.inaçãode que nóv.os .c0ntra1o·s.fossem estabe!ec:dos em URVs, enquanto os. J
.. . . . . . . . . . .. . . )
vJgentes. :.evenam ser·.conve:r:ndos·. nessa· .un1dade;e:por aco,do :entre: a.s:-partes;rnté;. .o .. momer.to •. ; , :.· .. , _,.
• :. "\ •":.rrn·,,.c . . • i' ... � ... ., . oda,,.....d·; ·dA•b . •·
·••·-..· o . padrão...mOn. . ame.ro.:, .. .. ...: ···:,.. ) ·
'r' .,. . • r'· _..... ., . . ..
v:n. que e. VA.V �e-tran� f0.1.u<!oScs-.er;i;mov · et:xando,· v"�x1,,u vtauo
- )
' (r;;ssé mÕmciri:o; �•:coriversão s. eria::. compulsória;·· e;todos· os preços passariam: a .ser., expressos,:, .)_. )
'.....
em: URVs; ·transfonnadas ·ágoia em reais, a nova ·moeda). Nota-se· que.. o · objetivo . aqui-·é ·
' ..: )
esser::c:almente o mesmo que se procurou atingir com o congelamento: promover a passagem ) )

de i;.ma n:.c.eda uvclna ; que s� deteriorava diariamente, para·uma·moeda "nova,,;imune a essa


n
)
deterio:ação. Só que:rro caso·aaterior·essa passagem, e principalmente .a:con:versão de uma·.,. )
moeda na oui;a, era dete.rminada.compulsoria..'llente;. enquanto ·no caso da URV.havia uma )
)
ape�as !n<lução para tal passagem -·-:uma indução forte, é verdade, pois havia um. prazo para
',·-' )
'tal- e espaço para · nego'cfação. :·A negociação· seria um elemento �'l!port,.nte p�.ra evitar )
· distorções, provocadas por conversões de preços inadequadas (de• ·-que·-houvera :numerosos t.....
)
. .
9
cxemp:os, no P:a:i.o Cruzado ). ,. )
)
)
Kota-se que, tanto no ccngeianiento como na URV, o pressuposto básico era de que,
· )
uma vez que todos os agentes passassem a usar a nova moeda, sem sofre, perdas com essa
)
passagem, a prática de reajustes periódicos e a demanda·· por indexaçi:o desapareceriam. A )
nova situação seria percebidá, universalmente, como superior à anterior; o problema era que a i .)
passagem de uma a outra necessitava de um mecanismo de coordenação. Um economista ·,
', ·'· )
co�pa,ou .ª s:tuà;:eo coo. a de uma torcida d� futebol, quando alguns se I_evan.tam para ver : _,; )
)
um�jÓg;da perto do'gol, � todos os demais têm que ac�mpanhá-los, ou d.e outra forma nada
,. )
veriarr, (é o caso em ·que todos t�ni: que subir os preç_os, para não sofrerem perdas); a volta à

situação anterior, em que a5nal todos ficam melhor; pois estão sentados e vêem· o. jogo da ·,
,J, )
mesma forma, exige ai� mecahisnio de coordenação, seja compulsório (um guarda com ,..) }
' .
cassetete ::ia ;:;;ão: o co;;gela.,,iento) , seja negociado (u,--;:i ape!o pelo alto-faknte: ·ª URV).' A ,-,. )
.. . . ,:•.. ).
)
s· Uo exern;k: e ccngcJa:r.ento dos preçOS do leite r:o varejo, às vésperas de um reaj'Jste antcriormcn�c acordado, ...... )
. :·�·'
trouxe prej:Jfzcs pan r:11J:tos yro�h,;tores,
: e· causou dcsabz.stecimento no mercado. No ca.so do Plano Real. os
novos p:cços poderiam ser negociados entre produtores e dislribui<:crcs.
$
·,;;g6 , · . )

;.,,
;), 0
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...l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 ... - . .... ·:�-"' �- ··��·-··· Página 87 de 164

é
e
e 12
(
( grnn:fo superioridade do segur.clo m ecanismo reside na possibilidade de mir,imizar as pe�das
(;. com·?. convers20, ·e portanto maximizar a probabilidade._ de sua· aceitação, e ·d_o sucesso elo
plano. . A estabil!Zaçlio de preços pode ser vista, n esse contexto,i como
. um bem'..•oúolico,
.. .
que
�­ . exige alguma forma de intervenção governamental para ser "fornecido".
('
(
\· A implantação do·piano foi .tarnbêm.acom�anhada de·. uma p o lítica monetária:restritiva,
ç ·. buscmd o conter a esperada . expansão.de :demanda,· associada. à. drástica.redução do impbs!o
e :· inflacion2.rio.
!
e ..•

( .
O sucesso do Piano Real foi., evidente. -Nos sete _anos e me:o anteriores, desde o
' ( '.
e·'
fracasso do Plano ·cruzado (cu seja, do início de 1987 até jUP.ho d.e 1994), a média inensa: 3.a
·e ... í.oflação; medida pelo IPCA, fora de nada menos que 24;8
. %.. 'Nesses 90 meses, ap . enas urna
;(_ vez a inflação desceu abaixo de·5 % ao mês (4,9 %, em julho de 1987, após o Pl ario Bres ser);
:(
em 53 meses foi superior à20 %, e e�23 desses foi maior . do que 30 %. En-q:ontraste, :1.0
,(
;e per!odo desde o Plano Re al (de .agostc:> de 1994 a.dezembro: de .2005), a. méd:a mensal da
.. ' ·� :
·e inflação foi de 0,75 %, o que corresponde a uma infli9ão anüal o.e 9,4%. Como-vimos acL-na,
i '

;( só se registrara uma inflação . anual de .um dígito, por . .um


.
.periodo
'
.prolongado, nos a:ios
i( .
anteriores à Segunda Guerra MllDdiaL Nesses ·J'311I1eses,·do:PiaTJó·Rea!
. . ao fmal. -ãe 2005,-o
:( aument
. o de preços foi superior a 3% uma única vez (3,02 %, em novembro d� 2002); na
i( .
,{"""·
(.

maior parte do perí o do, ficou. entre O 1 % ao mês (94 vezes); sendo negativo em 7 n:es es. A

'(- inflação crônica, mal que afligiu a economi?. brasileira por m.Íiis de meio séçu!o, parece
.e

(r
f
efetivam.ente debelada..

,. A que se deve esse sucesso? Não há um conseos� sobre isso. Para-muitos, a "ân:ora
'(.!
cambiai" (ou seja, a manutenção do dó_ lar numa .cotação baixa, favorecendo as imp ortaç ões)
( . .
terá sido o eleÍnento. cniciàl "ào plano. ,Essa posição ficou,. contudo, um tanto e�fraquecicia
(,
l ,-. quando a flutu2.ção do real, em janeiro de Í999, �limÍ!!ando a "âncora", e a desva!orização do
(.
. \ real que a isso se seguiu, trouxeram. 1.lfDª elevação de. preços, n sse _ano, muito inferior ao
t .
e

(
esperado. O próprio goven:.o previra, após
.. a t1utuação do' real, uma io.flação de 16%; em 19;)9,
.
:..{ (....
.

. (. >.
: ;
e houve quem falasse em 50%; mas o awnento
.. efe:ivame::ite observac.o
. :
n.o. IPCA foi de 8, 9% .
( Aparentemente, uma âncora cmbia! _não s_eria condiç�o necessári a da estabiíizáção de preços.
(
e, Um ponto i.."'Jlp o.rtante foi, possiv.elmente; =a mucança .de
.
atitude
; ..
do.s, consum;dores,
é ;

tomada viável pelo própr:o


.
. fim dos altos� . níveis de inflaçã�. Num a inflação muito eievad2., os
, : ·· ,·
1, 1"
I' e
( ( r;;b6,.
.: )
\··
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 88 de 164
'1 3 ...,/·

�·, \

)
p,eços vuiam co.m ta! f;:eq1�ncia e . interisiàade que o cor:srmü:ior é impelido à passividade: é
,..) )
difici; ter. uma idéia· do que seja o fre o
ç ''nom:ài" de dgum artlgo, e o custo d� obter tal )
.<..;.,'

.
iaf�r:nação é muito al�o; n°i:ío vaie'�
pena fazer,-todos os dias, um pesquisa de preços, para, . ..... . )
decidir onde. cor.: prar :nais.•b�ató,;Em conseqüência, a. concorrência :baseada em - preços fica .. )
.
prej t:dicadà: Ao- con-:rário, ,.em: períodos-: em que "os aurnentos-:de. preço; são moderados/ o., ,,J

con!\Ú:nidor' pode, recúsa�do-se ·a · sancionar . altas de preços, estl.-n1J!ar'· a ·concorrê�cia, '/ )


. ,.. .. , , J.. )
colaboran�o efetivamerJe para a estabilização.. Um .exemplo·disso parece·ter. oco:-riC:o·quando . ·
-. ,: ·. . ' .
. ,J 1
d� súb:ta" alta·,: âó:.·. dófaq: em 'i:99'9: .Os· jOrni:.is; registraram,n,a: .época;:·. t:;resistência: dos .:: :; ; ... , ) : )
t

co�sui::iidc;es,a aumec.t�s:d 'e preço�•d ep�odutos:com;conteúdo: importa:d.o;:�OS,S'Jp.enr,ercados;.::::;;:.:.1 ·:-; , .., ')· •


·
e. ;.i:ma tendên;ia à:·::. siib�ti1:>.tiçê:o'·;·d�"-�is·'produtos:: por: ;irnilàr.es ·na�ionais�:.forçando· :os·:: . ' -; -··;.
, �.
v-er.dedores a modifica� a composição· da o::erta e baixar · seus preços. Isso súgere uma .·-/
r.1.udança significativa no comportimento dos consumidores, em comparação ao •per.iodo de )
aita inflação, abrindo caminho para um regime ;::,ais compcfü:vo de determinação de preços. )
)
7. Po1 fti�a monetária no período recente: metas de i:iflacão .)
,./
..
... ').
,-·· 1)
'A partir de 1999; implmtoh-se no.Brasil, seguin4o uma· prática ad_otada por vários t~,,.'
'

i
pa!ses desde o bício dos anos n_oventa, a chamada politica de" metas ·de "infli>:ção...As
;J
1
autoridades econômicas fixam um nível de inflação co::1siderado factívei, para o ano
!

_; . _l
subseqfümte, admitindo uma dada margem de variação; e adotam medidas tendentes a manter .) '! )
a ir.fiação dentro dessa meta. O principal instrumento usado para garantir a consecução desse ')
objetivo é a fixação da taxa básica de juros (a chamada taxa SELIC), pelo Conselho de ,,._) ; )
P9!:tica :Monetária (COPOM), formado pelo presidente e diretores do Banco Central. Essa
•:--· ')
.) i"f
taxa estabcJe,;e como que piso _para os juros cobrados nas diversas áreas do mercado
:J
ÚJn
'
fi.üanceiro; set:nível é decidido nas reuniões periódicas do COPOM, ao .longo ào ano. ,...J )
.. , )
A utilização · da taxa de juros coino forina de conter a inflação Úll'.l essencialmente o · ,, )
,,.:,.)

propósito de evitar uma expansão 'ex�essiva de demanda, que pressionaria os preços para cima. ' )
.._,' )
Um aun1en:o de juros desesÜmuÍâ· · compras a crédi:o e dificuita o finaI1cia'mento de ,._)
)
investi:nentos, ao mesmo tempo éih·qhe toma mai s atraentes as aplicações financeiras; assim,
)
cor:tribui de várias fonnas para u;;;� i'edução das íntenções de compras de bens e serviços; e )
�esse se;;,tid� fav�rece o contrde óü r�dução
. dos preços' Em tese, um bai:co central :. �ue adota )
. . ·-. ·. ,-
'··:i
p j
esse t:po de oiítica 'elevará os u�os quándo detecta: pressões inflacioná.>ias, e os re_duzirá à , . ..J
)
... ' )
medida q�� julgue que �ssas pressões não estão presentes. _:
)
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.......-..... .. ··� . .. .. . )
)
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·-·- ...... ....--.. ·-· ···· -�···· ... �. ·--·-- .....


INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 89 de 164
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e 14
C'
(
(
As decisões cio COPOM costurr, am suscitar crfücas; · especialr:1e:1te: da 'pai-te de
(
represent antes da indústria e do comé,cio, que naturalmente desej_a.,n expandi:- su_:irprnduçãc e
t,,,.,
v;ncias, o que. se .toma mais·dificil ·na presença:de juros. altos. "E· .os juros._brasiieiros
• •

·_;ão dos
• J '

. . . . ;·;. :••,•,.'
(__ m a is a!tos do rr.undo. Às ·vezes se ouve ·o argumento. de: ·que.séria·.preferiv�l: g_Ú:e;: �,e:fixasse
• ......, !.,••.}',. ••• •
t .uma met a de infiaç1'o mais . alta (a·meta para 2005," por._exemplo;;foi:u:m. aume:;itc Hie. 5, 1. %; ·
• • • • •

.
e medido pelo IPCA; a de. 2006, 4,5 %); ;isso permitiria.u.ina-reduçto·dos'juros, estimulando o
\

. .

crescünento .da.econonia. Essa é uma polêmica ·antiga: já no .século .XJX _havia.uma··disputa


. '

ç-. . entre os "papelistas", que se batiam por-�2.ior expansão ào crédito, cor:1 base em emissão de
papel-moeda pelos b ancos, estú:1ulando. o desenvo�vimento da prodi.:ção; e, de outo Ido, os
'ç.
( "metalis,tas", que advogav am um a política monetária aais restritiva, que restringisse ·a
i (_ e;,cpansão dos meios de pagamento à disponibilidade de reservas de moeda metáEca, p ele s
i(
bancos, e com isso evitasse pressões inflacionárias.
(
:e
. e: De fato, a atuaçao do COPOM, e sua capa:i<iac\� de forçar uma baix a de j_'Jios, est[o

:: <e
! e�-
; ,,...
sujeit?.s a Emitações. Por exemplo: o governo tem um .volume de gastos su1i"erior
capacidade de custeá-los com a receita de impostos (mesmo com ..o _.grande aumento da ·carga
.· .
t ributária, nos últimos anos). Com isso, precis a t�ma.r muito àinb:eii-Ó- ·em.presta:óo no mercado,
Ê sua:

!(
vendendo títulos da dívida pública - o que impulsiona os juros para cima. Outro:aspecto é
(:·: que boa parte (cerca de 40%) dos emprêsfa11os concedidos pelo sistema ba;;cário não sofre
!
,(
influência das decisões . do COPOM, por ·. se tratar. de operações com juros subsidiados,
+
• • ' • : •'

: ••' '•

i<·
( ,.• . ,,

destin adas ao setor agrícola, à habit a ção ou a muluários do BNDES; assim, os empréstimos
'•

( restantes terão que pagar juros mais altos, para que a política iJ:iojetá:-ia tenha um mesmo
;(.-··
1 nível de eficácia.
(
:e'.,
!(. .Alguns especialistas chamam ta.-nbé!l). afenção·_para o ,g.:au relativameó;e alto de
inadimplência, em certas linhas de financiamento, e para o fato de. güe nesses
. c2..Sos_ o credor
! ' ·

:<_,... ' ' .


:C
'•, '

nem sempre pode se v2.ler do Judiciário; cujas decisões sã� fontas e às vezes fl!.vor2.veis a
',

t, quem não pôde pagar, em nome de critérios de justiça sociâl. Nesse sentido, os ju.os altos, no
i_.
Brasil, seriam em p2r1:e uma decorrência dessa insegurança ínstifocional: -a perspectiva de uoa
(
. inadimplência elevada faz subir o custo do� empréstimos, de tal forma que os oo;:s p ag�dores
.l . ··: ::: ....
pagam por si e t ambém pelos maus· pagadores. Cabe not a r,. quint ó.-a _ isso, que os juros de
' ''
•,

(,
e:
1

empréstimos onde o credor ter:i garantias sólida s são relativamente ba :xos; oi fmarJc1amentos
(
à compra áe a�tomóveis são un ex empl� salier:te. Nesse caso, o be:n fu:anci:,do pertence de -zg !
( .
( ,,. . ·)b�4
·'- · , _/
.,_! ),
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 90 de 164
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fato ao credor, até a li quidação final do em préstimo, e pode ser faciL.-nente retomado, se não -<
houver pagamento. ..,: ).
.. ).
··' )
)
)
::<.eferéncias:
BANCO CENTRP.L DO BRASIL.·Boletim. Disponível 00: ' )
http:/íw"\\'W.bcb.gov.b�/?PUBLICACOES_ )_
I?EADl·.TA. D�·sponfvel em: http :/iwv,·w.ioeadata.gov.br , )
Slt-l!ONSEN, Mário Henrique. Inflação: Gradualismo x Tratamento de Choque. Rio de .�·' )! _:
. Janeiro: A pec, 1970.
STh-10NSEN, Mário Henrique & Rubens P. CYS'.NE. Macroeconomia. Rio de Janeiro: Livro ,j �.
Técnico, 1989: . .! )
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José Roberto Novaes de Almeida
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Página 91 de 164

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., ·� ?r· Os Instrumentos de Controle -
Monetário dos Bancos Centrais
Economia Monetária
Uma Abordagem Brasileira
Visa.udo controlar a qtiantidade de moeda e a ta.xa de juros> os bancos cenlrais desen-
volveram uma série de instrumentos de controle monetário, entre eles:
1. reàescomo;
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

2. coJnpulsório;
3. open (operações no mercado ab�rto);
'I. persuasão 1r1oral;
5. operações canlbiais; e
6. variação dos depósitos do Tesouro entre bancos oficiais e privados.
O objetivo fundamental dos insn11memos de controle monetário é controlar a liquidez
da instituição e não sua solvência. Por liquidc1,. de uma instituição financeira entende-se
a capacidade que tem de atender os compromissos ele pagamentos no curto prazo, a tun
cus10 razoável. A solvência ele uma instituição. é medida pelas condições de honrar o valor ·i
presente de seus pagamentos foturos, descontados a uma tzxa um pouco mais alta que a
taxa disporúvel para os grandes inve.stidorcs·do mercado financeiro,já que wna instiruição
financeira prudente pabe que, na liquidação de seus haveres, terá sempre peida adicional
ca11sada pd� pressão dos credores.
. ::; :
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��]*.!':' --;, ;, ":0
o� !nurumer.:(U de Cor.::o!c M.,n�::i.'\U d<l1 8�;1CQ$ ccm,ais l 13
!\I
J 12 !,:v1)�:nt., �k:'1�::ilia • t,:,wna di: Almdd:i ·
1 , • REDESCONTO
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77 0.000
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700 0 00 ' . -.
Página 92 de 164

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1-JiSIOl'iciline.nte, é o desconto, do banco central, de um título em poder de bancos
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;� :� � ,
560. 000 · ·/ · já por ele descontodo. i\fodernamente, é sinônimo de empréstimos <lo banco c<:nU(ll ti.OS
\
.
'r
ê . . ./ .· · banco$ comerciais para efeitos de controle monetádo.
1� •0.0000
\ - /._/ ·:,·�: Por tradh;ão, os baJlcos c,mprf_-;ra,n recur.�os aos seus m1Jtuários., descont.indo, do va.
f] Jor d e face d e 11nrn leira. o totol de juros e comissões. Essa letra pode ser apresentada pelo
f· \
; ·11 7.80000 banco ;'1.0 "h;rnco" central para um segundo desconto, daí o nome de redesconto, caso o
. 'r-
1
210000� - banco tenha necessidade de obter recursos com urgência. Nomtalm<·nte, a taxa de rClkS­
1
_
i40.00 0§=
·- �------! con1·0 efetiva é superior à taxa de juros de desconto.
70 000 -!------�--,- Por exemplo, s� um banco comercia) necessitar de 100 unidacks de moeda por um
Li1
. .. -.,:__
O, r-· , . --r , ano e se a. taxa efetiva de redesconto do banco central for 15%, o lJai1co deverá a.prcsc11tar
P:
i �-
199� 1995 1996 1997 1Y98 1999 2000 2001 2007. 7.003 2004 2005 2006
ao banco cenn·al títulos para redesconto de mn ano de prazo no valor de face de J J 7 ,6S
rJ
e-,
1:ontc: Quadro 2.9.
figura 9.1 SordM de empréstimo$ do sütemafinanceiro ao setor privado (1994-2006). (já que � �� = 117,65, ou seja, o valor líquido rc<.çbido velo banco �omr.rcial do banco
,
t•..� ceuLral é 1 J 7,75-17,75 = 100, onde 17,65 são os juros cobrados pelo banco central). Se
'i .i�.
I
a Laxa de desconto bancário for de 10% a.a. , o banco já teria cobcado do mnrnMio como
r· juros provenientes de desconto mn lot;il d� 0,10 X 117,65 = ll,78� perdendo, ponamo,
As maiores vantar,cns e desvantagens dos pri.ntiµaj.s )ns1rnmentos de controle mo­
r.i'.i: li quidaincnte, 17,75-11,78 = 5,97, que é 5% da taxa sobre o valor de face, desprezados
netário e.stão cspr.lhadas no Quadro 9.1. Cada um deles será apres�ntado nas próximas
seções deste capítulo. os arredondamentos.
:
f: Observe-se que o tírulo em poder do banco central é de responsabilidade do .mutuário
tl1
r;l
.
Quadro 9.1 Priocipais caracten'slicas dos. instrumentos de controle monetário.
Cri.-i�âo v,:nt�9tns Desvantagens
<lo banco comercial e do próprio ba.,co comt·rcial. É, assim, um tÍlulo de bab:ÕJ'isco.
O banco central manipula o redesconto por meio de variações t'm;
'!
tf.,: a) taxa de juros de redesconto;
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

1. Rcdcm.10h> Inglaterra: SÊCl•IO XVIII Ajustamento su,we: Os b.incos têm rc,::eio do


t Brasil: 1920 dep;mde dos IJ�n<os. A bM'l<O <ent,al; nfo tomam b) limite de crédito di$ponível aos bancos� e
i1:
sint1ti1.;is:io é impor�nte recursos �mpriestados quan•
para o público. do a t.ixa aum<znta; e ix>d1.-m e) garantias exigidas dos bancos.
fi<.:;,u in$olvt:nt(•.S..
,·. *1i
.. ,
,,:
Em muitos países, somente os baocos cd.:irlores de moeda têm acesso ao reàescon.
�ti, 2. Co rnpvls6fil"'> EUA: décatl.i de 197.0 Sinaliza mudança de O aumento na t.:xa de :. � f/;.. to de maneira automá1lca, com os demais pedidos de concessão de crédito sendo exa·
·:.:�··: �lt
!i�· Brasil: 1945 pol itiw de m.inciw ckm1 compl•lsório J)Odt- <<mf,ar minados caso a ca�o. No Brasil, no encanto, os bancos de investimento, que apresent<.un
libf,! e tem um imp.-i<to ,jpid<) problemas de liquidez para
1lf:: nl\ E'Xpansáo mor,etária. os bancos. :�: f panicipaç.iio irrisória de depósitos à vista em seus recursos, tÇm acesso ao redesconto do
X. .. {.�--r Banco Central.
r�lfj
.l EUA: 1922 Os b.incos .:ifol.:tk,s sr:o (:xi9t dc-v.:idos w�lotes de ·
t�.,:;
;J, ÚJ)!;ll
81<1)il: 1968 .iquc-1� <1ut t�m possibili- tltulos p(Jblicos em poder do �} B�gchot (1873) (1999] estabeleceu a doutrina do redesconto de uma forma tão dara
_v, .<,, • •
'i1ft,'1 )f
dade de efetuar opera• público, o que nonn.ilmente ,:_: ��.,..�· que até hojr. não f01 modificada:
\�" J��
ções que o BC deseja não existe em países de b:iix.a
}
. .,
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coibir. e médio rcndaJ.
,r �!�t ,, :'

1. o lirnitc. de ccédito aos bancos deve
. ter um nível razoáv·e1. de acordo com as
.
reais neces..�idades do sistema financeiro, e deve sempre ser conhecido previa•
fl1·} '1. Persuas5o ln� latPrra: século XVIII A<ordos de c-.av;;lh<:iros Acordos de cavalheiros
.::,/.,::�· ...t��........ -
. ..'?�
mente;
Ir.;
Mor.:il 8rasl l: data des�01)hC·· sáo informais, rãpidos e só funcionam quando há ��:
1[.J dd3 et'icient-:s. covdheiros, que �o e.ida vez 2. a taxa de juros do banco centnl aos bancos (chamada por diversos nonies, tais
como taxa de assistência financeira do BC, taxa de redesconto, taxa de desconto
m;:ii� l<JIOS,
1 �·( ;·.� f�f.
!11 S. Opsarações
c,:1111':iiais
1n9faterra: sêcuto XVII
Br,.sil: 1!l8G
A1>r�entam impacto
imediato sobre a base
monetária.
lnifuenciam a tua de cãm•
bio e o nivaldas reser,as
cambiais. de modo que
'fI•; f:?((
�:t. �
f��? do banco central, taxa lombarda etc.) de,. .e ser tal que o bane � comercial nã?
tenha lucros captando recursos do banco ééntral e reemprestando-os a tercel-
ros·
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,íj'� podem oc.:�iuoot fluh11tsôes
'ft iíl� (?.l'l'lbi.:is ir.c-sM1ndas.
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3. os �ancos comerciais devem oferecer as chamadas ,garantias satisfa t6rh1s,
para que o banco central não tenha prejuízo com a. operação� no caso de
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11� l,.:v�:::i:da t,i(lne!iri.:!. • t•fov.!d d� /,lr.icida ) 15 1
l
Os h\Stroml'�\QS de co,mole l,l..-.:ictlri:i déS l'l�:1�!1 C-l!ucta.!s
inadimplênda, isto é> quando o<'Offe quelira rle cláusula <:on1ratual {que quer
dizer não•vagamento do titulo no prazo es1ipulado).
:.��1t �l_t,��­
Página 93 de 164

em 1920-30 e 4,2% a.a. cm 1930-40). A Cart�ira de Rcdescontos era o mecanismo


.,
Te�:ucamente, o redcscont� :.Júl;\ a �ase I1\?�etana: na �oncessao, � baJlco ccnn-aJ, que permitia ao go\•crno emitir moeda sem necessirlade de pedir autorização ('0
. _ Congresso. O BB emprestava :,,o Tesouro e redt·scontavã os tí1ulos rcpresental.ivo5
simµ)!'..smc1,te, aumenta os deposnos das msu �111çoes financeiras e, com isso, aumenta. a -;t•
}'�9 .;StJ�t
. . . :� ��· ...c:.--..�;,.�\;r
�,,.
base. (ou seJa, credna a conta " reservas b auc(á nas · " -
��!
em seu · )
passwo e, r.'ill contrapartid a, desses Cíêditos na Carteira de Re<lc:::conto. A C:,,neira, ent;io, solicitava ao Te..,;ouro
.-J., cr�àita i conta ''empréstimos aos hancos comerciais" cm �eu ativo. ..�;i ·."1'�$;: que crnitiss(• papel-moeda, de modo a poder �mprestaf ao Banco do BrasH.
. Há c.l iversos (:feitos p0sirivos e.lo redesconto: i}l
f�,(. lf��;..
�ltr: No início, c,n 1920•7.3 e em 1930-32, a Cared podia recusar•se a redescontar
:�.:.. , ,-.::Ni,·.• ;: os tílnlos dos crêditos do BB ao Tesouro, a menos que houv('sse uma autorização
,) atfoge a instituição firnmceira que está tm condições <lc fa?.<'!f uma política qHe . ·-n� ?! �"''.'.
o banco central não deseja. Se o bam:o cc,nral deseja <:Otlar o crédito> aumenta
·· 11 le.gjslativa especifica. A parlir de 193?..> no entanto, autorizou.se o rm a retlescon•
t,n, aulomaticainente, na Cared, a� notas pmmissória.s de seus empréstjmos ao
i�
a taxa de juros do redesconto, reduc. o limite do crédito aos bancos, (IU aumen­
t a �s gar antias exigidas do banco. Assim, os ba,u::os reduz.irão seus créditos ao Tesouro, assegurando total liberdade de emissão. A Cared disrribuía SO% de seus
,.,,
polpudos lucros ao Tesomo, 25% ficavam co1n o BB e 25%eraill mantic.los como·
\!
setor privado, que é t:XM . amentc o que o banco central deseja; e '!t,
reservt1.s. Tanto o presidente do BB quanto o diretor da Cared recebiam bônus de
b) cen, funcionamento hannônico, de Ul.l maneira {1l1e permite ao b�;;.nco mudar sua• �i-
lo/o do "lucro" da cttrteira, o que, eviilentementc, jnduz.ia-os a ,:mment2-r o vo)ume

vcmente, no dia�a-<lia» sua posiç:io de varit1.ção dos limites.juros e garantias. fj de n:desconto, que, na prática, significava emitir pap<:l•moeda.
�;
As cl.esvtlntagens do redesconlo são: iM Em 19'15-70, a polltic.-1 de redesconto foi caracteri'tt1.da por juros reais próximos
1
de 1.ero, c.o m a taxa mud ando raramente. O acx�sso dos bancos, a panir de 1945,
a) os bancos tê.ln muito controle na utfüiação do inslrnmento- cabe a ele� decidir
se irão utili1.á-lo, os valores de seu inter�ssc etc. Em outras µah:r,Tas, o banco foi limitado, por teto legal, a urn máximo de 100% do capital e re.serl/as, poste•
í
central não pode prever, com segurança., a tomada de recursos pelos bancos � riormente rnodificado, em 1967, para um máximo equivalente a S%dos depósitos
comcrciaisj dlW,tt à vista. O acesso restritivo indica\l'a que as autoridades monetárias consideravam
b) muitas bant-os não desejam tomar conhecidas suá situaçã. o de liquidez, por isso, o uso do redesconto um indicativo da reduz.ida saúde financeira do banco. Com
sistematicamente, não tomam recursos no rcdcsr.onto do BC. Dessa forma, o o aparedmento de níveis inflacionários mais elevados a partir d.a década de 70, a
volume do redesconlO não é, necessariamente, bom indi<::ador da liquidez ban· taxa de redesconto passou a ser definida em relação à taXà de juros do opcn, nor­
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

cáriaj e Jnalmcute alguns pontos :icima.


e:) em stmações de crises, o banco central fica sob e>..trema pressão para reduz.ir
as iuantfas exigidas aos devedores> de modo que pode experimentar �ra1,des tii,�;-:
��� O redescoJJl.O jamais foi um ativo in5trtune11to de t· rédito no Brisil, ao contrário
do que ocorreu nos EUA e principalmente na J::uroptt, onde, ainàa hoje, é um u1cca­
,,{�
perdas. nismo Unponante. Atuahnente, o redesconto tem o norne oficial de "assisrência fi­

nanceira de liquidez", e foi perdendo mui1·0 de sua importância, desde l 985, q\la,,do
'.
r.. 1
o crêdito passou a ser proibirivo parans bancos. Isso porque a taxa tomou-se muito
llox 9.1 Rcdesco11to no Brosil.
r'I
' elevada, sendo fixada em função de um adicional sobre a taxa de juros média das
'.11•. operações com títuJos públicos por um dia, conhecido como taxa Selic.
f ·: A.s operações de redesconto Liveram início, em 1920> corn a criação da Cartcirtt A regulamentação atual (Resolução n• 2,949, de S.'L2002) eslipula mna taxa
f
il
t.
de Emissão e Redesconto do Banco do Brasil (C:rred), A ad,ninish·oção da Carcd era d.e juros calculada como a soma da taxa O\'Ct Selic de todos os títulos pl\blicos na
complicada� seu diretor era nomeado, diretamente-, pelo P(esidente da Rcp<ihlica, data do saque. acrescida de uma taxa i, que é tle 21% a.a. para 9s saques até o Ji.
e.nquanro o presidente do Btlnco do Brasil era eleito pelo� acioniscas do banco em ''.� mi.te do contrato e de 23% a.a. para saques acilna do limite do contrato [(i + taxa
r .:1·
asstmthleia geral em que o Tesouro era majoritáriúj assim, o presidenlc do banco over) x 1,21). O contratO (feito sc,nestralrncnte) de abertura de crédito entre o
não linha autoridade sobre o diretor de redest0JllOS. A carteira mudou de nome, banco comer<'iaJ e o banco central tem, corno limite, 15% do valor 1nédio elos s;it.
P'"'ª Carteira de ltedescontos, ainda em 1920, e foi abolida entre l 92J • 1930, dos atualizados das contas de depósitos à vista e a prazo, das obrigações por ope•
:"f quando o BB pas· sou a ter todas as funções de banco central. fui rc<'onstiruída em rações compromissada.s, recursos de aceites cambi2is1 imobiliários e debênrures. O
1930, quando o BB perdeu suas caracteristic-as de banco central, C foi extinta em teto é, ponanto, generoso> as garantias são razoáveis (são os próprios dtulos p(l­
il • �i;
-.;- i
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1964, quando da criação do Banco Central ,lo Brasil.
:;.�i blicos em poder do banco ou, no caso do redesconlo tradicional, compromisso de
::1
A taxa de !('.desconto foi mantida fixa em 6% a.a,., em 1920-19-15> um pouco cOnlpra da jnstitui�o redescontatâria), mas o cu�to é proibitivo, o que inutiliza o
1� �
acima do �umcnto de preço� na cidade do Rio <lc ,Janeiro no período (3,8% a.a. uso do instrumento.
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II
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lij -,.�;;.: li:1ilft.���, .
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':, 116 f..:.•�'l!OU!ie �HH1cdrfa • !�-US ck :,lrndd� CJs. hu,m1:i;cr.:os de Conuulc �fo:,eliria das fi.:tn(OS CC!lttiis 117
Ji iJ;
!.i; i f) o compulsót io reduz o lucro do ., bancos. É claro que não se desejam lucros CX·
�: .:j 2 COMPUJ.SÓRIO
ct·ssi•:os no sisrema. bt1.ntário, mas é impoflante manter a integfid(1dc do sistema
i'·ll
'1
Página 94 de 164

2.1 Aspectos básicos fi.nan<:eiro.


ti:l;ii � .3,.-, t,
r. .;p��,
r...� .... -:azões fazem com que o compulsório stja utilizado em países desenvolvidos,
�1;:l,=tli:
L.:>.:>CL)
É uma fraç5o dos depósilOS (à \-isca. i prai.o ou de poupfü�ça} que é deposilad� com­ , \�;
�$· com mci ·c:-adosfinanceiros organiiados, 3penas esporadicamente, qu;i,ldo se
)'•ti
.
pulsori:.unl�i1te pelos bancos co,n�rc:iais no banco cem::ral (ou mantidos nos próµrioswfre.o:;
dos bane.os comerciais). fif processa r uma mudança importílnll'� na politica monetáda. Particular cuid:iclo deve ser
"!�>;,:-'. tomado :-ia .-;ua u1ili2.ac;âo restritiva, já que iwplica, seguramencc, colocar alguns hancos
rn
�<-�
f., um dos insc..ru,nentos mais imporuuttc-s rlc c:01\trole monetário e afeia diretamenle �;• f 'f- <:m d1fic
' u!dades.

o multiplic�<lor da base monetária. O instn1incnro de controle monei3rio é, na realidade, '�
Um dos problemas mais complexos do compu1sôrio é o tra1a1ncnto que deve ser dado
a vaiiação da lax;.') efetiva do compuJs6rjo, urna vez que a m2nutenção do compulsório aos bancos que não cumprem o exigido- isto é, que não obedecem ao rccUJhimento àcru­
na mesma ta>:.a jmp1ica estabilidade do mulriplic2dor e, consequentemente, efeito nulo minado pela autoridade. O que faz:cr? Intervir no h:mco liquidandoAo é sempre a última
l\>}ji
:�· ;. em sua mutlauça. soluç;i.o que as AM. desejam. A re_�pOSH\ ('ncontrada consiste cm tombinar o redesconto
1
,·,,;p':I f.. também chami\dO- <'!ocaixe obrigatório ou rccoihi1ncmo r.oinp11lsório, ou, simples• · (que atua sobre a base monetária) com o compulsório (que atua sohrc o multiplicador),
'I r

:i - � �
mente, compulsório, cin que o "encaixe" significi\ que os recursos são mantidos no-S cofes isto é conceder crédito pelo redesconto, de modo que o banco possa pagar o compulsório,
:!t,::· dos bancos e "n:<"Ollli,nento" significa o dCJ)ÓSito de moeda no banco central. O compul­
1
torna�lC'fO sc�1 débito cl�·o. Uma outrn solução engenhosa, m;is Jcuicnte, acont:-ceu no nrasil
fi:! !ir• •t �- em 1965 (C1rcula1· nP. 8, <lc 9.1.1965), quando se estabeleceu uma t;ixa de Juros sobre as
]! �;r
sório é imponamc instrumento de c-01Hmle monetário, ptincip2ln1ente nas economias em
desenvolviu\t:'.cHo. Duas de suas C';)tacterísticas posttiv�s são abaixo assinaladas: ?: it3Ji deficiências - isto é, o valor devido do compulsório não <leposit2do na AM � eo, um IÚvel
i·. ·;1 -:=; -�j ()2% a.a. de juros) ligeiramente acima da taxa do redesconto da época (8% a.a.).
·i t�Jt·
�r·1- !
;j •::!·
<' 1'j
a) a rcdnção àa taxa do <:ompul_sótio impHca aumento rápido e volumoso de
A utilização do redesconto tem \Hll estigma público que a.dcfidê.nd� do C(?mpulsórjo
1iquide1, na economia; e �j i� n· ãotem; principalmente, porque o uso do redesconto é divulgado nos balance.tes bancá­
t'.ri
b) a varii\i;.. 10da taxa do compulsório é-um sinal claro da polfrica monet:itia dese­ . rios, o que n�o acontece. com as dcfid�ncia.s do compulsório. As autoridades ,pouctárias
jada pelo BC, de m(ldO que é muito útil como indicador de uma nova politica tinham tanta vergonJ1a de reconhecer ;i. existência de deficiências qnc1 a panir de 1967,
J)lonetâria. quando se verificou o revigoramenco do redesconto (que durou até quando o mercado
:I.·!.: aberto vejo a se tomar o instrumento básico de controle monetário, já no final da década
Há, nú entanto, diversas ca.racterfsticas negativas do compulsório, que devem ser
ifill
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

de 70), comunlcava..m as taxas de juros das deficiências aos bancos por tartas confiden-
consideradas: ciais e não por normas pdblicas.
a) com o aumento da t;ixa de computsótio, alguns bancos podem apre- sentar pro• A experiência brasi1eira com o compulsório foi positiv-<1, uma vez que permitiu que as

�, 1 b1em2s de liquidei.Pa( resulta, paradoxalmente, que o banco central, ao aumen· auto.-id:idc-.s monetárias controlas.,;em o sistema monetário no período <le 1945 até o final da
fi·r tar a taxa do compulsório, deve esperar um aumento de seu crédico no banco, .·· �': década de 70, quando as operações de mercado abeno eram ine.xistentcs ou incipientf'"��­
i4:·, . .j.·
ff:, i·
1;, :,•
:,;; \-ia redt'SCOHIO, o que implica efeito oposto sobre a dirc�ão desejada da base.
. Alternativamente, o banco cent:RJ amncuta o cornpulsório, permitindo longo t ��
.-��· �,� Ainda em auos retentes, pa.r ticularm<:nte nos casos de crisc-.s financeiras;
sório tem sido uti1i �ado pela A.>vt como ins��m)e�\to básico de red�ção da c>:pansã �O·
_
o compuJ­

��:�.
período de ajuste, de modo a evitar problcn1a.s dt;: liquidez bane/iria; .:;: .�� neláua, amando nao apenas .,;obre os <lepos1tos a VJsta,_
mas tàIObem sobre os cfopos1tos
b) o compulsório é \UJ\ jnstrnmento pesado, que não sen·e para calibração c:in'1r• ��- ';,l-,t;. a pra1.o e sobre a puupança.
l;f·,. �· ..��..:-
_;-;}t·-�I
�� Box9.2
gko. Não é um ins1rumento que permite atingir um banco especifico, mas slin
:li:L
S}
iti•::'
a totalidade do sislcma, o que inibe sua udliz.ação pontual;
e) mesmo mudanças pequenas nas cax;is do compulsório podem ocasionar dificul·
dadt:'S para bancos com problemas de liquidez ou de crédito em regiõe-� especi·
�li ,g;;�: r-------------------'------------
A prática do compulsório no mundo e no Br-0.sil.
jf!;'
.:.� ��;1 •
ficas do país. Daí que. o iustnuncmo d<:vc ser u1i1i1.ado com c.1u1ela; .. ;;t�· �--­ No contexto internacional, o National Bank Act de 18631 nos EUA, determinou
:t;::· · · · :.
:=t�il·
d) a mudançã de ca.xa do compulsório, se feita 3bruptamente, pode causar resul­ que 25% ·dos depósitos à vista e a praio <los bancos com�rciais fossem mantidos
�:.!• como encaixe, de modo a criar reselva de segurança dos bancos comcrd;:lis no banco
itst tados ime<lialOS desconhecidos, uma vez que, se. a variação total do multipli­
:!f.i-:t"
-�j. $'-,·'! central.F.ra 1un encaixe obri gatório, mantido nó próprio banco, e Jlão um recolhi�
11-1,:J,•�, cador ·da base monetária é conhecida pre,iamente, a trajecórla de mudança do
íl�l;
.
,, ;�;.
mento compulsório (na época não havia banco central nos E.UA).
JvJi�.;'·�
multiplicador não o é;
1N;•,
�f.\f: <..Q
e) taxas elevadas de comµuls6rio podem afec.a.r o crédito bancário, aumentando
excessivamente o spreml cnue t�..xas de juros ativas e passivas do banco, o que
··�.'
I�F : Os ingk�scs já haviam determinado, dcstle meados do século XVIII, Que os ban­
,.,1, .,-.{...!...:'---------------------------- _____,
cos mantivessem 8% dos <lepôsitos à vista como encaixe obrigatório. A ,rndição in·
�rl'" _.s;...
inibe o crédito à economia; e
·., 1:
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r,x ,-.... ,.. �. �
r :-,.. �- ,......., � r-., """"- ; ....... ,.•••'. r,. -. �. . ..... .-
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� .,- r -
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....
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I• ·,!! 11 S t;;«,;1nmiii Mor,cutl'i.i • NO\'.v.s de ;\!r..eida OS l1l«rum�r,1\'\:: de Ccn':!O!t Moott.irfo d!)$ �,i,;os Ctr.tni$ 119
r::l
l '''l
glcsa era um encaixe derivado de "entendime nto" entre o nanco da lngl(Herrz e os A m6dia dos saklos diá J ios ôa coma "rt:scrv;'!;S h:mcárias" deve ser, no míni­
Página 95 de 164

demais bancos, não havendo, assim, urna. regra formal, rígida. O encaixe obligatório mo, igual ao valor do compulsório exigido, podendo, no entanto, ser infrrjor a 2%,
na Inglat<!rra pouco mudou. no século X1X e ãté meados <lo sêallo XX, em U'!rmos
1.11 desde que compensada por excessos no p<:dodo de cálculo (o período de cálculo é
i!
de taxas e sistemáticas. Não era, ponantó; um ins1 rume1HO de conrrole 1nonetúio, de uma semaua, com UJila seinana de ajuste, e dois dias de defasagem parn cum­
·,:· :}i.
;·,•
mas de solvência baHcária. primCJ\IO). Os b;;mws s�o divididos por seu pmte (pequenos, médios e grandes)_.
No Brasil, somente em J 932, o encaixe obrigatório foi estipulado pelo Decreto ç(nn taxá de compulsório Clll 4gç;:, dos recmsos à visra ao final de 2003, pzra os
ns 2.1.499, de}!! de sete01bro, 1lO patamar de 10% dos depósitos à \1 is ta e 15% dos bancos grandes.
depósitos a pra1.o. Os dados estacísLicos <.Usponíveis da ép-oca não permitem preci•
L
As mullas pelas deficiências Cm compulsórios s;io pes2das. Ao final d� 2003
s;ir se o encaixe ol11jgatório de 1932 foi, efetivamente_. obetlccido pelos bancos to­
.?.� 2. ���t� eram:
�}! i� �}:
merciais. 1\\ém dissot a supe1visão <los bancos era foica pelo l\•1inistério ela F�1.enda,
qne pouco ou nada i11spedonava na época. É p ossível, tambéIJ)_. que os bancos não
tivessem.maiores dificuldades de obedecer ao em::(1ixe obrigatório-dado o nível de
.:J,;{� t.Pi:
a) n�-ío-<:uinptimento <lo saldo mínimo dhtrio ou da média núnima: 30% a.a.
sobce a diferença cakulada; e
suas tax as básic�s. . �e qualquer manei.r;1, os recursos do encaixe obrig;sLório seriam -��:tt_
•q'-•�·•·
·;;ii:.'· b) sa]do d<: reserva bantária negativo: �S% a.a.
manridos. no próprio hanco e n5o dc:positados no Ranco do Brasil, o que fa.cilitava -:;..·l...�··f�
,:r,•·,-1 -.�-
�·�'<•
a ocorrê ncia de fnt.\�de§..
Somente e m 1945, com o advento da Sumo<:, o Decreto-lei n!l. 8.'-',9S, de :i� t\�).
12.2.1945_. delem1inou que o compulsório devia ser considerado como pane do -�JJ �1{ .2.2 -Deturpações do uso do compulsório
encaixe obrigatório dos bancos comerci ais, que ficava_> por esse disposit ivo, redu1.\­
·iG�· ��t . .
·. :�·�J�:y··
do aos n)veis de compulsório. Estabel eceu, ain<la, que os bancos comerciais deviam O compulsóri é um instrumento de conrro]e monetário
? em que � art� �os depósitos
depositar> em espécie, o compulsório _. no Banco <.\o Brasil_. medida que refleti a a �=f!J ·�· if {:- à VJSta <leve ser ol1JCIO de congeJame o:o pel o banco, podendo ser mantido fisicamente nos
._i�� i;?.:::• • cofres do prôprio hanco ou depositado no banco central, caso o banco
�t :;\,
:.;t:. {;11'
desconfiança histórica das autoridades rnonetárjas em relação ao:::: bancos. O com­ c�ntral não tenha
��·•!.:
![ti,\
pulsório foi fixado, inicialmente, em apenas 1,5% do total de depósit os (lns1 rnção
da Sumoc n• 2, de 3.9.1 945).
·l}� ·confiança no baJ) O (que pctleria fingir es ar retendo
� �
� ::Yoi.-:. fazcr1do). Na medida em que os recursos sao realmcn1e retirados
os re
_
cursos, 1na_s, na v�rdade:> n�� o
de circulaç.ao monetana,
�r1•
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

'• :t: ·•.�


:1ff:.f.,,,·.. Ô 111ulrip1icador hancário é rcdu1.ido e o compulsórjo cumpre suas funções de instrumento
f�l� l Ainda m1 1 951, a taxn do compuls61io, que era de 2, 1% do total de depósitos,
c1csceu h.�ntamente pt-tra 10,7% no final d� década, aumentando de. forma rápida
'i� [:.��[,,. de controle JJ)Onetârio.
�·.;::: !! \fk. �i� ' O compulsório pode ser usado de man eira esptíria com finalidade s outras que nã:o a
_·,, � :t�,).:,
na década de 60, tendo atingido 21,2% em 1969.
\· .,·:•
.i���! i?-�'.�2 de tOJltrole monc1ário. Por exemplo, pa.ra controlar
fi�j;:
if�,rbl'
O normal era, até 1980, os hancos comerciais terem: (i) recolhimento compul­
o crédito, as Alvt usam o compulsório,
'também, sobre os depósitos a prazo de p�upança c sohre os fu dos de renda fixa. O Brasil
�f.*� }1l:
sório no nB à Oídem da Sumoc; (ii) depósitos voluntários no Banco do Brasi\; e (iii) ..:�•:f§ �:;. utihzou o complllsón _ �
""" :;,,.,,.,. . .
o em d1vc.rsas ocas10es pard difcre.mes obJettvos, que r edundaram na
e ncaixe em moeda corrente em seus próprios cofres. Desses tre:s itens, a autoridade
fiiill �perda da e fiticJlcta
• do mstru.Dlcnto,
. 2. saber:
monetári� soli1ente rontrolava o compulsório. Apenas no período em que Eugênio
imtr-''.= Gudio, um dos mais iluSLíes economisras brasileiros de todas a.s épocas, foi minis• �t� i��. a) jsenção ou redução do compulsório dos bancos oficiais (estadttais, municipais
il;"
:z� i��ft,:· :
.:./A� ...�·;"U ou federais), sob pretexto de daí-lhes preferência em relação ao sc1or privado.
1 �;�1\
uo <ia fa1.enda (25.8.)95� a 12.4.1955) � que se exigiu q\le o compulsório fosse
deposil'ndo no Sumoc e não no BR. Com a re<lução rlo compulsório, verifica-se, em consequência, aumento do mul-
Somente a partir de 1980 (Circular n• 49?., de 7.1.1980) foi criada a conta �r:_�: �� . ljp)icador baotá.rlo. Ta} prdti<:a, estabelecida na lei de reforma bancária como
• :1 11
.:.�,,-t <•reSC'.ivas bancárias'"', que relln� todos os tlepósitos compulsórios ou voluntários ;1'!,. �f�· . sendo urna possibilidade apenas, foi adotada no Brasil desde então. O exemplo
�-· ..,.,..... ,
,?:..f:k ��:;. .. dásS;ico de isenção total do compitlsório foi zquela cOll('t!dida ao Banco do nrasil,
, ..• t
;;ji�:·1:�;;���il, dos bancos comerciais com o nc. A partir de 1990_. o compulsório tem uma ampla 'P<.
ê;,g' �';,!,:) . de 1932 a 1939 (Decreto-lei n• 1.409 de 7.10.1932). .Outras isenções aut0ri1.a-
r,Jim�
incidênci:1 sobre a totalidade <los depósitos à vista e �ccursos à vista, compretn•
I� ·�t. das cm decorrência c\a l.e.i n� 4.595, de 30.12.1964, ainda em vigor, cousjsliam
!"kt��'"'
t<4H:i dendo depósitos sob aviso pr6vio, snl.dos de cheques adminisrrarivos, recursos de :;.:� f�{:�. em se criar um conceito de. depósitos sujeitos ao recolhimento compulsório",
11
garantias, saldos de arr ecadação de ttibulos e recursos em 1Tânsito de terceiros. O
t�:;Jl · fii� i/;ff� ( que são "depósitos totrus menos depósitos dos governos federal ou estaduais
tf!�
l'.;�\.i
recoU)imenlO compulsório efetivo é a tOI alidadc dos recursos que os bancos comer•
ciais têm rleposilíldos no banco centeal, ou seja, é simplesment e o saldo da conta ·i� fl� ·.
i��{; ���·.:.
n?s bancos por eles controla dos... Dessa maucira, há uma redução do compul-
.
sono;
�4:}i�> "reservas b��.ncátias".
'.J.�$< �;,;';, fi4'f•V.
��1::
..�;-•.it
b ) permissão de utilização de pane do compulsório na compra de títulos públi,
l___________________________________ Jt:
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t}..:IJ!' _.s:::i0\
cos-o que implica o fin::mciamenlo dos bancos ao Tesouro e elimina o caráter
_.j
ii���.f.
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p:..1
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,,..... -.. .-. ....... ,-... -. ,,,.. ,,... � ,-. ,-., � . .,,,..._-. ,-.. � .-... ,'"'\ ........ -. -. �f1��r-��
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o.� l:mmmcniO! te Coi,tr�•!t t.1Q:1ctjrio d1n n::.,ci,$ <;•mtrêli 1 Zl
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: r. .,
de �mn1.1mento mon<:tário do co1npuls1Srio. Jsso t<·m sido feito desde qu;i,ndo 0
.Decreto-lei n� 9.1'10, <le 5.4.1946 (ré}�ulamentado pela lnstrução da Suo1oc n2.
d) isenção <°k: r<.:<::olhimento compulslSfiú sobre certos tipos de depósllo�. É cosrn.
HlC no Brasil, mas nZo em Olltr◊s países, isenrnr do tompulsório certos cipos de
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i' ( 1, 15, de 11 .4.1946), permitiu que S0% dos recolhimentos compulsórios fossern depósitos. Como é comum na história <lc benefícios a gn1pos de imcrcsse espe•
H ·1 par.os soh forma de cítulos federais, inclusive por intet nl�dio do exótico Bônus
k.
',\; .J· Hural, �mi lido pelo nn, para que os bancos que nã.o dispusessem de canefr a cte
eia}, começa-se com uma insltlui<;ão "acima de qualq,lC'r suspeita". Dep-ois qnc
o princípio é quebrado, a A.M não tem ;i r�wmcntos para im{?edir a. .q\lcda das
·· � ) :
zplka,;ões nmüs emnprisseJH o JH.Úlh no csl ip11Jado na regu1amencaç5.o oficial. Na
�â : :' re. o;tfiçõcs, como foi o caso das jscnçõts ao compuls6rjo rch·1 1 iv"'s aos depósitos
!y-·
�·c·
época, boa pane desses l.Ítulos C'Stava cotada abaixo do valor (e era cornprarla, (k Estados e as empwsas por eles contro!ad;is (cm 1962). Jâ em 1 969, a <·xci>
f: �.
rn:.
pelos bancos, na bolsa do Rio, então a mais importante do país), o que possibi. ção era estendida aos depôsitos dos nu,utdpios em bancos por c14! s concro!a 4
l $'
li<ava benefído adicional pelos bancos, na meàida em qu.e rcgiswwam úS tíni!os
pelo valor nominal, p2xa efeitos de compulsório, e não pelo valor de mercado.
\� #!f,:, dos. Costumeira.mente, ne!;sas silllações, não hâ deba1c público sobre o assunto
frl
e o he1metismo das dt"dsõ1:s toma a discussão impossível. A regra shnples de
�jj . ; É daro que n <;ornpra de títulos públicos red11,. o recolhimento compulsório coinpulsé,rios como instrumento de controle monetário é não serem a<lmhid2!;
(Ri) que (; o rdew1n1e para o muhipHca.dor. O isnpacto final é interessante, no �xceções ao uso da u1.xa do compulsório. Se ho11\lct, não J1á como evitar que
1 entanto, pode•SC provar ;ilgchri<'.aincn1c que se a redução do coinpu!sôrio (()Ue outras exceções stjam criadas; e
reduz o multiplkador) for provo<::adn por igual aumento na base monetá ( ia, o
tr e) utilização do compulsório como instrumento de crédito seletivo. A Sistem,hka
tr
g: .
1
e-11
resultado final sobre. os meios de pagamento € nulo. Essa sistemática es1á em
pleno vigor; e
começou �,n 1965, quando o bonco central antou, decisivamenfe, cm crédito
rural, pcrnütin<lo que os bancos usnSSl'm parte do recolhimento <::ompu!sório em
;r, .
:lt:.�
e) ;i<loção de taxa preferencial para depósitos em regiÕC'.S me.nos desenvolvidas, empréstimos ao setor agrícola. O mecanismo durm1 até 1988) quando o Banco
Iniciou-se com a Jnsnução da Sumoc n� 225, de 18.5.1 962, (1llC Criou taxa pre. O:ntral perdeu as fl1nções de coordenação do crédito I'UJ'al.
���
'}.;,,, forcocial de 14% para o compulsótio sobre os depósilos captados nas regiôf'.S
�*:·
!3� ;.
h.,,,..· ',
Norte e Nordeste do Ilrasil, pelos bancos com sedes nessas méSm"-s regiões,
comparativamente a 22% para o resto do pais. O objclivo era usar o compul­
sório para diminuir os desigualdades regionais. Os bancos com sede fora do i®iii! �
•"· >'·• :,;,.:l'-. ..
OPEN (OPERAÇÕES DO MERCADO i\BERTO}
l�i:
.:�• �,;,:.
Norle-Nordeste, 1n2s com agências nessa região, em pouco témpo, conseY,Uiram ;.�� ��
Í''"'i
que os depósitos de suas agências nas regiõe..o; menos desenvolvidas também ti4 ?�: tf:· Consiste na compra ou venda de títulos pelo banco cenl rn) no mercado i:nonetár'io
��{ :�f.;:. com o o�jetivo de influenciar a. quantidade de moeda. e a ta.xa de juros. As opern.çõcs de.
vcssern compulsório mais baixo. Posteriom,ente, o hcncfkio foi estendido par2
t•;�
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

os depósitos de agências de bancos situados na área de atuaçHo da Sudene, o · ?d compra ou venda de:vcm str realizadas em títulos do Tesouro ou de emissão do próprio
<We implicou taxas mais baixas para alg-un!; municípios em Minas Gerais e no ! nc. nonnalmcotc, uma vez que existen, em grande volume e trarã.o bcnefidos, se for o
·y,......� ';..:'l/
.:.....
Espfr i10 Santo. Até hoje, sistemática se1ne}han1c é adotada no Brasil. .Z.'� i?�} c;iso, ao próprio Tesouro, que registrará aumento de liquidez. 1\s pa.la\Td.S mercado al>ed. o
O problema resulcantc da adoção de taxas preferendais de co,npulsó,fos é ·]
� Jr�: - na tradição do Federal Reserve, que criou o insn11mento em 1920 - são decorrentes <.lo
que diminui a eficiência dú compuJsório e sua predicabilidade; 10nm. a discus�o ..'?: t:t fato de serem apJicações ac(!ssíveis a quaisquer instituições ou pessoas físicas em oposi-
.t1 ��-.
.... "'-;,<,
de definição da região r.eugrâfü:a ou, ainda, da locolização da sede do banco ção às expressões mercados fechados ou mercados resnitos, nonna.lmente específicas de u m
uma questão infindável e complexa� já que não há parfünelro de. definição de /f f\·. grupo de instituições. O mercado abeno é acessível ao público em geral, via instilu)çõcs
11 regiõe.o; menos desenvolvidasº. Um clássico estudo cio Federal Restrve (1945),
sohre a. diferenciação das taxas do compufaório por regiões geográficas, que se
:.}: it.I:
.t{ l\f
financeiras credenciadas a operar no mercado.
Quando o banco ce,ural compra títulos públicos, aumenta a bac;e monetár ia e, cdn·
�[�
verificou, desde 1863, nos P.UA1 e,n que rnxas Uúeriores tlo compulsório foram :;·.._� :i� seque,ncmcnw, aumenta meios de pagamentos. Em pequenas operações, o multipHcador
estipuJadas parn depósitos sHw1dos em pequenas e médias cidades, comparati· -Q �\{ da base é suposto pem1anecer constauce. No caso de gr:i.ndc-s operãções, muda, 6 claro,
·�· ff mas a expcrifülcia sobre o assunto é redu1.ida. ·
4
vamente às laxas 1Hais clcvada.s para os depósitos nas grandes cidadf'..s, mostra a
/�1 ��
�;
�:\,;
t:�, , ; .
dific:ulda<le em se demarear a região geogr-.üica. O refetido estudo ,nencioHa que O open (n� vcrdndc, é dessa maneira que é CO!'lh('ddo no Brasil - poucos aplicadores
a definição da localização dos depósitos, conforme o porte das ddad�s -grande,
il
�:� S�lf malll as t·xpressões mercado aberto ou open market) tem impoctantts vantagens em relt!­
nH�d ia e pequena (em inglês, cimtral-reserve dty, reserve city and country cüy) -, 4
:?:: 1út ção aos demais instrumcnlos de controle monetário, a seguir descritas:
�}'�·�.
se bem ql)e sem maior import5ncia para fins de política monetátia, foi e é um;i
��; jt� das q1.1tSlÕCS mais difíceis para o Fed resolver) com discussóe.s interrnináveis. O a) volumes elevados: como os bancos pernumcccm sempre atentos à flucunçiio da
.J,..
fl''· mesmo aconteceria no Brasil, quanto à definição das áreas g�ográficas co,n di· laxa de juros e necessitam de recursos que possam ser conversíveis facilmente
�li{ reito a taxas de depósitos compulsórios mais baixas: a definição muda sempre e
I''ri1'-":h..
e sem perdas em JllOCda, estão sempre dispostos a comprnr ou vender títulos i
!,{§.
.o não hâ critério técnico que possa separar, com precisão econôm.ica, municípios fo<lerajs cm volume elevado, de modo que a base monetária po<le murlar rapi­
t!.�i
mais ou menos desenvolvidos; ,:lll �¾ damente por valores significativos;
,}.,. o--
:il.j�;
��•:-Y,.......,
i�1;i1J:!
..-� ,........, Í". ,,...-... �
. '"' - -... /""",.. -. --"\. ,-.., r-i. .---, ,,......, ('°) ._.., r"\, .................. ,-.-.,,�
.•
·��:; /"''"�\ - ...-.., ,,...... , í'r'-1. � ...., .......,,,......._,,.-...--.,,.-. ,,..... '"'""' ,..,,..., L...., /
1: 1j J�i•
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127. !<.c,;,o::,ia Muf1C>,fri::i • l'-'D\'lCS r.i: ,t,Jr,;<-ida (I!: lmuum�,i;o� <l i: c�11tzo!c t•l()net:iri<I � B:inoe� Co::,c:&!.i 123
�:·,v,i}h.
il
.,1 ,1
d: r >. r+ b) muda. nça na ltsXa de juros: como os voh1mes cm operação são muito dcva<los>
::.ij: ,,;1
q,,; q1
é possível, ao banco cen1ra1, aller�r rapida1ncnte a taxa de juros sem maiores
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Na época, o open era uma novid;ide, uma vez. qu e fora criado, quasr. que por
j,1:1iji, difict�dadcs, calibrandú-a ao nível que juliar adequado; acidcnie, nos EUA, conforme nurgess 0964 [1966}, p. 77), cm 1922, quando o
·1
!tff;
tt�:
P.< !;:'f
r:) c o1nrok. da expansão monetária: aS inSLirnições atingidas s�o as que têm volu­
mi:.� de recu rsos tais que podem aletar a polídc;1 do lianco. Se o banco ct·ntr.'.ll
Federal Reserve obsc.rvou qu e, se vendesse tSrulos públicos em uma determinada
praça. re<lm:ida a moeda Jll'io apenas n��sa praça, mas em todas, já que os mercados
dcsej� resuiugir a expansão monetária, por ex1.�mplo, simpJesmcnte vr.-wk Lítu­ financ�ifos eram como pt-rfoit os vasos conmnicautcs da mecânica hidráulica..
�,i:1·1
Jos. Os compradort'!s iniciais, is10 é, os primeiros compradores, serão os hancos
qu e 1êm t•xcesso de recursos (e que poderiam, poctanto, fazr.r empr(:scimos).
----
[r:.lf{\i:•J
Do tnesmo modo, os que con1pram esses úrnlos t�-lll sua tapacidadc de crédilo
ati11gida; �
d) hannonia de interesses diantr. da a1uaç�io do banco central: tanto o Tesouro
4 PEilSUASÍ\O MORAL
t.-�}.f1
� :,�' como o banco cc�ntral são contro)ados pela União e as operações são feitas com (.onsiste no com·enciinento, pelo banco ccnrn1l, da adoção de <lc1ermina<la polllil:a
f �•:•'�:1· 1
Í:·" ·: tírulos foderais. Não há, portanto, coJÚUtos enl!<'! a ação do banco central e o 1norn::tária voltada para o sislema bancáfio ou para o público) utilizanderse somente da cr�­
emitcMe tle drulos. Por outro Indo, si:. o Banco Centr;"Jl comprasse, por exem­ tlibilidade do banco e d o interesse do sistema bancário. Ascbheim obscn•o u (1961 [1969]
; I�f plo, debêucures de emissão da empr�sa A, títulos do esta<lo n, ou tCHificados p. 108) que a cfic,ícia dessa persu asao ,nora! (... ] é influ enciada pelo poder de bari:anha
--�· ·
�;fJ.
i·�:
·· �·· ·!:1. de depósitos <lo banco C, poder-sc-ja ale>�ar que estaria bcneficiawfo essas ins­
'. · do banco cencralvi!i-à-vis as ''instiruiçó<:s1 Nesse contexto, os dirigentes do banc o i:e-wnil
'.
l)Luiçõcs, daudo-Ut1.�s re<.:\I r.sos, liquide·t e prestígio. Daí que a maior parte dos se reí1 ucm, quase sempre irúonna.lmentc, com os Uanqueiros e empresas que desejam in­
bancos ceutr2is rcsningc suas ações no open aos tímlos federais, sendo a prin­ fh1enciar, e explicam o problc,na em questão, solicitando mudança de seu componamcnto
(.,. ..., cipal exceção o l\ank of EnyJand, que ttabalha com papéis privados. na direção pretendida.
!.:�,;
!}fi
)\;út É irnponante obs�n•ar que os tírulos deveu\ ser pré-e.:-:iste1ues à açã o do banco central Talvez. a)g,n1S exemplos expliquem melhor a persuasão moral:
,10 merc2.do :?ibeno. Se -0 hanco central comprar títulos diretamente do Tesoum está ape­
nas J\1:2.neiando-o diretamente. 1àis operações de dívida pública do banco central, como a) preocupado com o crédit o fácil, sem r,arar,tias dos deved ores, o presidente do
se diz no jar}�ão dos r.conomistas, representan1 moncti;:ação da dívida pública, já que o banco central sugere aos presidentes <los bancos come.rdais que sejam mais
hanco central emite moeda a o adquirir títulos. duros na análise do cadastro dos event u ais devedores;
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

::(/ : b) o banco central consi<lcra que um volume exagerado de crédito está sendo dis·
ti:I!·
É cl2ro que, se o banco cenLral <.:Oúlprar tJtulos existentes no mercado- nonnalmen·
1
-,; .i:t te chamado de mercado secundário) em opo!iição à primeira venda do Teso1.1ro, chain;1do ponibilizado para auton16veis. O diretor de polí1ica monecária do banco central
de mercado primário - o total dá dívida pública não se alte.ra. O que define. na prática, se reúne com os dir etores fin�mce-iros dos principais bancos e solicita \µn redire•
se o banco central t"'.Stá financiando o Tesouro com títulos pltb)icos é a variação do saldo ciomimento do crédito para outras a1 ividades qu.e não aniomóve-is. Reduzindo,
dos tíll1los ptfolicos federais cm seu poder: se aumentar, está finaJ1ciando liquidamcute diretamente, o crédito para automóvei.,;, sugere, por exemplo, que um au men,
to da taxa de j11ros para aummóveis seria uina hoa ideia. t como se fosse uma
l·;\�i;t�1 .(
f..,B,
t.l
o Tesouro. . ;: .\ . 1r1y
-�·,}:�.� Na reàlidad�, o opcn é o principal insmnnento de controle monetário na maior pa\te .f? ação de um pai cxrremoso que visa corrigir a ação do filllo que engatinha; e
dos países com mercados financeiros orgaui1.ados. Os demais instmrnentos têJn cl�raJllen· _.\. �j}. e) µreo cupado com a complexidade e com o excesso de taxas e co1uissões bancá·
1
te papel se,cundário no dia-a-dia e silo mais usad<>s em t·dses financeiras ou para sinalizar -:.t rJ't' rias �obre o uso do cheque, o banco c�nn·al sugere, aos bancos, qu e seja cobrada
{� !tt uma t'mica taxn sobre o uso de cheques, de modo a possibilitar a fácil compa- .,1
,r,��
u,na m\1dãnça de política.
\J ..:.
•�: .. �
ração (;1\tTe 3S inslituições financeiras.
13ox 9.3 O open no Brasil. ·�·�ti�{ É muito diffcil encomrar exemplos concretos , documentados, da persuasão moral, exata·
----------- )l ��( mente pelo caráter infonnaJ e "discreto" do instrume nto. Muitas veics, uma simples oonver,
·::,�'. f�: sa, em UJ)\a recepç�o infonnaJ entr e o pr�sidentc do banco ci:ntral e um banqueiro privado
;.
·?i ij:1'
t·,w( As operações de me1C:ldo aberto poderkun ter começado CJU julho de 19'1Si no t
':" pode sugeri! novas_ poJíricas para o banco. Um dos poucos casos do<.-wncntados é de �crilo
� �11•,J.1
\'•.> 8ro.sil. quando Octávio Gouvêa de nulhõcs, então assessor do Ministro da Fa1.enda _
f-111,��.,..6,m\•1 Artur da Cosia, propôs, na segunda reunião do Conselho da Sumoc, que se deveria ;,�;\ 'jp'f por Joseph Aschhellll (1961 [1969]) e se refore• um dcpmmento no Congresso am encano
:;J �- de dirigentes <lo federal Reserve sugt'!rindo redução do crédito a alguns banqueiros priva­
f.l�'�l congelar o e xcedente de moe:da no sistema monetário, vendendo-se títulos plfülicos
para 1xübir o excesso de rnoe<la cria<la, na época. por ,nn supcrávit no balanço de pa­ .iji ,� dos. A persuas �o moral tor_nou-se rar � no m �do atua), d� n�uit:15 instituições financeiras e
_
:i.l� !lt{§. .poucos banqueuos., que seJa.m, tambem, os aaorustas
t�:\i)
fpil!,, .
l!.j'\:·•1
gamentos. A pr oposta foi <le'vidamente engavetada, sem Jl)aiores explicações nas atas ma;ont�nos de seus bancos.
;;;\j!• . r-.
�K� �: A cap��idade de ��s u asão de um presidCJ)te de bane� ce ntraJ é tun?�cnta_l nã� só
�J,1.
do Conselho.
z,f_;�; ifi:,�.snua a pobnca monetarH\, mas também para o bom fuuc onamc.oto da mstltu.lça
_
. Com
f,1l L>-'
1 o
:.,..,..
i,..-J,;1•
,,,-/;#, ��
�!�}��.
)!!;

. :·-· -···- ··-···-·"'·· . ···-
;
,L.. --����--�����-����r��-n0 ������nn��--�-���-�n��n
124 �r.nnor.1fa ?,1◊:'ICt.i.ri;i • Nov;,ics d,:- /J.ind.-i:.
efeito, em muitos países, a diretorfa <lo banco ("Cntral fundona como um co1egfado, de
modo qne o voto do presidente é <1penas um t·nue os dos scu.s cokgas. Esse é o caso do
Página 98 de 164

Bo?Jd of Govemors of the Federal Reserve Syslc11.1 nqs EUA e do Banco Central Europeu;
no primeiro caso, presidentes fortes, como Grccnspan, têm podido conduzir a política
Jüonetátia de sua preferência com forte apoio dC seus tonsd.hos. No segundo, ainda há
dúvida da importância do presidem.e (o sc,zundo prcsidtme foi eleito em 2003).
5 OPERAÇÕES C'.AlvIBIAIS
Quando o BC compra moeda esn·,mgeira e paga com rnocda J1adonal, fai uma ex•
pa.1lsfio equivalente da base monetária. Se o montante das op�rnçõc.s de d .mbio reaJiia<las
pelo Banco Centrnl é reduz.ido, não há maiore,S influências na taxa de c�mbio. Mas se for
significativo� podem ocorrer efeitos sobre a taxa de cân1bio. Na medida em que seu obje­
i
tivo é a manutenção de uma taxa de tâmbio fxa, µo<lerá utilizar pouco o câmbio (isto é,
venda e compra de moeda. cslraugeirn) como jns1 n.unent◊ de controle monetádo.
No regime de taxa de câ,-nbio flutuante, o banco central, de modo ger;1l, não atua
no mercado de câmbio, na flutuação limpai. Na prática, o BC atua no mercado cambia)
sempre para ;\mcnjiar flull>açõcs excessivas causadas por falores sazonais, pOi crises, ou
por excessos de demanda, ou porque persegue, secretamente., uma raxa de c��rnbio ideal.
A flutuaç5o cambial "suja" é caractetística geral - a maior pare.e dos bancos centrais não
admite flutuações excessivas dos vaJores cxtt-rnos de suas moedas; da mesma foma, não
admite que esteja inu:rvindo e, muito menos, o alcance da intervenção.
Condui-se então que, para fins específicos de conttole da taxa monetá1ia, nos dois !.
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

regimes cambiais puros - fixo e flutuante- - o BC pouco atua no mercado cambial. A inter­
venção dos bancos centrais é extrc,narncntc cnlcjaJ para a dcterrnin:ação da caxa de câmbio.
Se, após muitos anos de valorização da taxa de câmhjo, fina1Inentc ocorre uma deSfaJo·
rjzação natural, é pouco provável que um banco cenffa1 fique inalivo, se houver sinais de
que oun·a valorização está se aproximando. Vossivelmente, irá comp(ar cii.rnbio, de Jflo<lo
a reduzir as pressões de valorização <la moeda. É claro que um banco central pouco pode
fazer para determinar a taxa de câmbio no longo prazo, exceto promover condições ma­
croeconômicas ideais para o crcs-cimcnto do país. As vezes, no entanto, um b:mco centraJ
compra moeda cstraH�!Cira para evitar a. valorização de sua própria moeda (China e Japão
em 2003 são exemplos clássicos) de modo a proteger novas exponações.
A maior parte dos países em desenvolvimento e'vita utilizar o cfünhio para conuolar
a base monetátia, dado os riscos naturais de especulação, acusaÇões contra a. diretoria do
BC de estar promovendo especulações etc.
6 VAfUAÇÃO DE DEPÓSITOS OFICIAIS ENTRE 13ANCOS OFICIAIS E
PRIVADOS
Os bancos çêm diferentes níveis de encaixes, de modo que a transferência de depó•
sitos entre eles pode alterar a capacidade d e expansão do sistema. É claro que o BC tem
conttole q4ase direto sobre· os bancos oficiais1 porém, a simples transferência de depósitos (f\J
� de bancos oficiais para bancos privados tem impactos monetários expansionistas..

.• INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 99 de 164

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Perguntas
Mais Freqüentes

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 100 de 164

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Este texto integra a série "Perguntas.Mais f;eqoentes'!, editada

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do Banco Central do El rasil, abordando temas econômicos. de interesse
. . . ' . ' -·
àa sociedade: Com essa iniciativa, o Banco Cc;itral ·do Brasil vem ·
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prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos da nossa realidade,


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buscando aumentar a transparência ,na condução da política '· ,)
econômica e a eficácia na ·com �nicação de suas ações,
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 101 de 164

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Sumário

1. O que é o Copom? Por que foi criado? ............................. 7


2. · Quais são os objetivos óo Copom? ................................... 7
( 3. Quem sãó os membros do Copom? .........................: ........ 7
4. Quando acontecem as reuniões do Copom? ...................... 8
5. Quem participa das reuni.�es do Copom? ......................... 8
6. Qual o fo:mato do primeiro dia de reunião? ..................... 9
( 7. Qual o formato do segundo dia de reunião? ..: .................. 9
·e t. 8. .o que é a taxa Selic?.....:....:........... :.........................:..... 1 O
9. O que é o viés de ta.xa·déjuros?'..�................ ,:......... -..... 10
10. Quando as atas do Copo1t1 são divulgadas? .................. :. 1 O
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11.: b Cópom.divulga outras: ? iníonmições-sobr�;po!ítica-· · ·
. . • • • . . • . . . . . .
mor.etana e inflação. .... :� ............................._............:......_ .: 1 1
.
12. Como a .tua Selic tem evoluído? ............................. :.... :: 12
Apendice ..........................:....'-···································:······:--· 14
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 102 de 164
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O.Cbmitê·de:folíJica Monetária;.ou•: Cop.om;l.o:órg?.'._o, .d.eci:slirio�:•• •=·..


da política monetária· do. _Banco-Central do Brasil,'responsáveJ-'p or :. ..
'
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estabelecer a meta p·ara a taxa · Selic ·. O Comitê foi criado em junho
)
óe 1996 com o objetivo de estabelecer um ritual adequado ao processo
decisório de p_olítica monet4ria e aprimorar sua transparência. )
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Quais são os-objetivos do C�pom? · · · . . l.
N� atual regime ô� met�s,�à'i·a a. inflação, oi principa\:obj.etivo.­
..�;
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. c!a .política monetária. imRlêmeiitadâ pelo Copom é .o alcance das metas . ,••.1
\.. . .
·• ": de inflação estab�Jecidas p·elé'Conselho Monetário Nacional (CMN), · ·j
)
Se, em um-d::ténninado ano, a inflação ultrapassara meta estabelecida · ',)
pelo Cl'vfN, o presidente do �anéo Central deverá encaminhar- uma .,_,),
Carta Aberta ao ministro da: Fazenda, explicando as razões do ri_ão­ ),
cumprimento da:meta, bem como as medidas necessárias para trazer '\
••.,e:•;;_ a inflação de volta à trajetó�ia predefinida e o tempo esperado para ,.,✓,

que essas medidas surtam efeito. · ,,


......; .
.
Quem são os m·�mbr.os do Copom? J
O Copcm ·é· é:ompost� pelos ·membros da Diretoria Colegiada
'\
do Banco Central:·o presidente e os diretores de Política Monetária, ')...
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de Polí .tic.a Econômjca, de Estudos Especiais, de Assuntos
·e
· Internacionais, de Nçmnas Organização _do Sistema Financei ro,._
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Administraçãii; Fiscalização .e Liquidações e Desestatização, O ;
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presidente tem direito ao voto decisório em caso empate na decisão


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da política monetária. · · ; ' .,7 1

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 103 de 164

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�� Quando acontecem as reuniõ�s.do Copom?
.
( <l) Atualmente, as reuniões ordinárias do Copom 2contccem uma
vez por mês e ocupam dois dias. A primeira seção começa na tarde
· de terç.a-feirà, e a reunião é concluída nonnalmente no fim da tude
·do dia seguinte. .. . ......
(
� O cálendário. das reuniões ordinárias do-COpom de cada ano é
divulgado até o final de outubro do ano anterior. Para ver o calendário
.
.'das reuniões d o ano· em curso; acesse . . o enàere ço http://
www.bcb.ec,'v.brnCOP0MCALEND20'o5.
O Copom pode se reunir extraordinariamente, convocado pelo
l Presidente do Banco Central, em função de ,alterações inesperadas
.( _do cenário macroeconômico. Desde.a sua 'criação, qcorreram três
. ( 'reuniões ex:raordinárias; a última das quais ein· o•.ItUbro de 2002: ·-
:ih . " .- ·. . . ..
,.(',S::t,,,.QÜ�m· p-ar.ticipá das reÜniões do Copoiii?. :,: : .
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-·. • No primeiro dia, participam da réunião.do·copom seus membros
�() .

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· e os chefes de seis departamentos do Banco Central:
( • � Departamento Econômico (Depec),
. - • Departamento de Operações,das.Reservas ,Interr,acionais
(Depin),
( Departamento de Operações Bancárias ·e de Sistema de
Pagamentos (Deban),
Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab),
Gerência-Executiva de Relacionàmento com· Jnvestiêo:es
(Gerin); é · · · :· · . · .· . •

..
Departamento de Estudos e Pesquisas (�epep).. .
(
Participam também. do primeiro dia .de retiniãp_ o· assessor
( especial do Prê:sident�; três ·consultores io sécretãrlo-exeçu�ivo dà
.
Diretoria, além do assessor· de· imprensa do 'BanéÔ Centrai. A
participação no segundo dia de reunião é limitada aos membros do
Copom e àô chefe do Depep.
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suas:apr��ên'.t'�' ç'ie�{té.��i�}�\�p:bre';:a· coni(mt,ma,.econ . ômrc;�"e., :: :0• • : . , , • '<· .. .. .
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_ a�.. ;,.j:,jes.;íitaç9e· s•:.é.a•seguinu:,:;:,
fnanceii:a: A,seqUl!i;,:cia;)d . · . .,.... . ·. '.. . ·, ,; , . ,,.
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... o cliefe' .do Depec::i,niciiàs(di�c'ussões,.cobrindo:qados.,.r.eé�n�es;·;-; ·:;. . .
de ativid;de... ecàn�ii:íiéa;· inflação, agregados ·monetári'os: e
;

crédito, política fiscal e balanço de pagamentos; .. . .


seguindo a apreseritâç�Ô do Depec, o chefe do Depin provê o
Comitê com análises:sobre o mercado de .câmbio, os fluxos de
capital e ci inercado·de hédge cambial, bem. como analisa a
economia-global-; óutr��·: mercados emergentes.importantes; . .
a terceira apr�sent4cã,
. ....�.... o, .. �,. feita:
· ·, ..
pelo chefe do Demab, que resume .
.
. eiros ·
'•

.oara o Comitê os ásstihtos·' referentes . aos mercados


. financ'
domésticos, condiççes d( liquidez do . mercado monetário,.
.. "
>- •, • résuliados:dos'-l�ilões; ,dé dívida ,pública e composição . . e.
;;, . estrutura de vencimentos dâ dívida;
em seguida, o chefe:,: d� Gerin faz um resumo da evolução }
recente das cxpectati. vas ôci mercado para a inflàção, para a
taxa de câmbio e outras varÍá�eis econômicas relevantes;
·y_.,
finalmente, o chefe do D_epep faz uma apresentação sobre os 'j
ôados . recerites· e teri.dênéias da in flação, introduzindo as j
questões que serão discuiidas no segundo dia. ')
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Q�al � formato" do segu�do dÍa de reunião?
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O segundo dia de reunião inicia-se com a análise das projeções . 1

a_ tualizadas para a infl�çãô; biiseâdas em diferentes hipóteses para as· o


J
principais .variáveis maérd�çqri�Il!icas. Após essa avaliação, os .
diretores de .PÓ!ítlca Ecoriõmic� e de PÔÍítica'Mônetáriá àôreseótam .. . :
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alternativas 'para� taxa dij ut;s de curto prazo e fazem reco�e�dações . } '
acerca da política moneiáfiâ;ds outros membros dó Coporn, em \. ·. \ !!
.
seguida, tecem seus com�niãrios e proposta�. Para concluir, ós ! ,. :
membrosvotam numa proposta final, objetivando sempre o consenso. : ··.•',) f'
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A decisão final - a meta pa�a a taxa Selic e o viés, se houver - é
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 105 de 164
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( imediatamente anunciada à imprensa e divulgada pelo Sisteme de
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.( Informação do Banco Central.
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( "-: -�-
'l!l A taxa Selic, o instrumento prim2rio de:po!ítica monetária dç
( . :·
Copom, é a taxa de.juros média que-incide sobre os financiamentos
.. ( diários co:n prazo · de u·m dia útil- (overnight). lastreados por ·títulos
,( públicos registrados no Sistema Especial 'de Liquidação e de Custódia
.( '(Selic). O Copom estabelece a metà para a.taxa Selic,e cabe à mesa
de operações do mercado aberto do Banco Central manter a tzxa S<,lic
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diária próxi. ma à meta. .. :
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O que é o viés �e taxa de juros?
' •.
{ ·O Copom pode estabelecer um viés de t8!(a de juros' (de �levação
.( ou de redução), prerrogativa qúe:,autoriza o-presidente do'Banco. ·
.
Central a alterar a meta para a ta,a Selic na dire�ãodo viés'a q·ualq'uer
( mo:nento entre as reuniões regulares do Copom. O viés é utilizado,
·( normalmente, quando alguma mudança significativa na conjuntura
. l econômica for esperada. ·
( ,..:-:t.. .
,,J_gç:•Quando as atas do Copom são divulgadas?
(
.
( ,:f As atas e:n português das reuniões do Copom são divu!gadas às
.e 8:30h da quinta-feira da semana posterior a cada reunil!o, publicadas
na página do Banco Central na internet e para a imprensa por meio
, ( da assessoria de imprensa.. A versão em inglês é divulgada com u�a
( pequena 'defasagem. A.ata fornece um resumo das discussões do
Copom, em conformidade com o coinpi:omisso de transparência do
regime de metas para a· inflaçã9;· para _acesso· a e!as,'eonsulte o
l
endereço http://www.bcb.gov.br/?ATACOPOM.
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 106 de 164

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!;).• · monetár,jai,e,inflàçã:0'!1,:,·,
. . .. � ;c,:. ,, ...·. · • · ·,

o Copbm,P.ublicir;. e(!l::p.ol:\uS!:Jês;,�.et)T,ing!�s.' :-0Rel3ctório:d.e.fo�a ç�o.;:�;:;;, :•·· ·


que· ariaiisii;détitlhâdaijj�iiie,i{onjunturieconõmica•.�.fi nan c.�ira:;Í19,;:w.•:. ... .,
•> i :·.·
: Âo fiii�l'.de.'.i:adai.ttim.estre;(már,ço;:iünho;.seterp.bro;;�:.t;l�i:!�!11br.Ó�;-,';;,' •, '"'' ,;;, . . .:., /

Brasil, bem · como·apreserit_a. suas. projeções para· a·taxa:de·-inflação: :·


As previsões . i n flacion�riáS-sãÔ·exibidas por meio do "leque .de ).
inflação", que mostri is
projeç õ es como uma distri buição
f
probabilístka, enfatizancio o-grau de incerteza presente no momento
e_m que as·decisões·de poÍitica mo n etária são tomadas....

. ,,
O Gráfico 1 · reproduz o leque de. inflação apresentado,.no· :(
Relatório de Inflação. de. ju n ho d e 2005. Por uma questão J.
metodológica, as projeções apresentadas no leque. d e.infl�ção.
assumem, para todb o horizopte de previsões, uma taxa Selic constante ' .,�
e a taxa de cfünbío rio nív�l do.dia anterior à reunião do· copom. · · ),
.
Para facilitar a análise, .. ós
Relatórios de Inflação também j
....,., .
apresentam o leque de inflação, construído com·base nas medianas
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das expectativas do mercado para a taxa Selice a taxa de câmbio, na
véspera da reunião do Copoin.
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( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 107 de 164
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( Grtfico 1 - Leqi:e de inrtaçao - Relatório de lnflaç&o de junho de zoas
Previs!lo pôra a vari3çao ac\1mulaóa do IPCA em 12 mese$
.( (Cenàrio-�ose com t.ixa Se!ic em 19, 75% a.a.}
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2003 200< 2005 2006
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Fc-ntc:! B1ncoCC'r.lnl do Brasil
(
-( ·.Para acessa; o Relatório de Inflação.rr:ai; recente; �isiie: hnp:/
. ( /11·11·w.bcíi.tov.l,r/?REUNE Uma.discussão abrangente sobre o.leque
·( de inflação;sua constn,1ção pode ser encontrada no.R.elaiório de In:lação
de setembro de 1999, no endereço: http://www.lx:b.gov.b:ihtnli'rêlinf7?ot'J
e . .
! 999/09/ri l 99909c6p.pdf·
(

e \1/2.:.> Cqmo a taxa Selíc tem evoluído?
(":'to�'" ••

( ,.,.- . . . . .
As decisões do Copofll acerca.da taxa dejuros desde·a criação do
,··(
·(
Comitê em 1996 podem ser enconiradas em http://www.bçb.gov.br/
'?CO POMJ UROS, atualizadas mensalmente. Essas infomiações estão "
reproduzidas no Ap,êndice. . • . .
· . O Gráfico 2 mostra o comportamento· da taxa
Selic desde julho
de 1996 até junho de 2005, com ·êJestaque para as altas _da taxa de
juros qu·e se seguiram às crises cambiais na Ásia e na 'Rússia·
°
em
{ ( 1997 e 1998, respectivamente, e no período após a mudanç,i do regime
cambial no Brasil em janeiro de 1999.
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Fonte: 32n�o Ccnt:al do Brasil

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· Apêndice

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2· . 1,90 1,97 25.01
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Sfric "Perguntas �1ais Freqüentes"


Banco Central do Brasil

1. Juros e.Spreaó Bancário


2. Índices de Preços
3. Copom
4. lndicaào,es Fiscais
5. Preços Administrados -.
6. Gestã9 da Dívida Mobiliária e
Operações de Mercado Aberto
7. Sistema de Pagamentos Brasileiro
8. Contas Externas
9. Risco-Pais

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 115 de 164
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( Na quarta unidade, você viu um pouco sobre Economia Monetária. Em primeiro lugar, viu a definição de
moeda e os tipos de moeda utilizados pelo homem ao longo do tempo. Como você deve ter observado, na
(
reportagem há uma pequena exposiç�o de alguns desses tipos de moeda (:ais como o ouro e a moeda-papel,
( representada aqui pelo dólar).
( Observe também .;s medidas de política monetária utilizadas pelos governos nacionais para tentar
e solucionar a atual crise econômica internacional, e perceba que, como apresentado no início da reportagem,
"nem tudo o que se perdeu era dinheiro instantâneo. Nem todos perderam igualmente." Alguns tipos de
( investimento (como o dólar e o ouro) s.e valorizaram, enquanto commodities como a soja e o petróleo
( despencaram em suas cotações.
Nessa reportagem, você pode ver o contraste existente entre � chamada "riquez<l material" e. a "riqueza
(
imaterial". Dessa maneira, a intenção dessa reportc:igem está muito mais em informilr e acrescentar alguns
( conceitos e conhedmentos aos estudados na unidade. Muitos desses serão novamente retomados ao IÕngo das
e próxim�s unidades (tais como ações e títulos do tesouro, a injeç�o de moeda na economia e seus efeitos para a
cor.tenção da crise e também a alteração da taxa de juros como medida de incentivo aos empréstimos). Exercícios
( contextualizados com esse assunto podem ser encontrados na lista de exercícios número 4, ao final dessa
e apostila.
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 116 de 164

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O SISTEMA· fv'lONETÁRfó

( Quand� você entra em wn :esta:.i.-ante para comp:ar \L'Tla refeição, obtém al�. cie
valor - a barriga cheia. Para pagar por esse serviço, você poderià dar ao proprietário

I
do estabeleámento vá."!Os pedaços usados ele papel esverdeado decorados com
_sim·
bo!os estranhos, prédios do governo e-retratos de americanos famosos já falecidos. Ou
poderia entregar wn único pedaçó de papel com o nome de um banco e a stià assi-
natura. Independentemente de você pngar em dinheiro o u em cheque, o reslnura!�..r
• '! ' 1 . '•

fica satisfeitp em trabalhar arduamente p<J.ra satisfaze: seus desejos gâst:-onô::nicos cm


( · trôca de pedaç_os (\e papel que, ern si e por si p�óprios, não têm qualquer valo:..
( Para qualquer pessoa que ter.h� vivido em uma economia moderna, esse há'c)ito
social não tem nada de estranho. Embora o papel-moeda hfo tenha_ valo� intrínse­
o
co, o restaum!eur está confiante de que, no futuro, uma terceira pessoa aceitará cm
troca de algo a que o restaccralei1r dê ,-alor. E essa tercei:a pessoa está confiante de que
uma quarta pessoa aceita.-á o din.li.eiro, sabendo qae uma quinta pessoa o recebe:á...
e assim por diante.' Par2. o resêarcrat�ur e paia as demais pessoas áe nossa sociedade,
seu dinheiro ou cheque representam um direito a bens e serviços no futuro. :
( O hábito social de Úsac dinheiro· para transações é extraoi-ciinarjamer.te ú:il em
uma sociedade grande e complexa. Ir.iagine, por Úm momento, que rião hafa qual­
quer item na economia que seja largamente aceito em troca de bens e serviços. As
( pcssoi!.S teriam de re:orrer ao escambo - a troca de um bem ou serviço por puiro -
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.............
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 117 de 164
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628 PARTE 10 MOEOA E PREÇOS NO LONGO PRAZO

I
{ para obter.as co:sas de que precisam. Pa:a· conseg-.iir sua refeição el':'I u:n restauran­
te, pc: exemplo, você teria de oferecer ao.restr,uraleur algo de valor . imediato. Você
(
poderia se oferecer para lavar alguns pratos, limpar o ca:ro dele cu· dar-lhe a re(ei- :
e ta secreta do bolo de carne da sua família. Uma economia que-deP.enda_ elo esc�m­
,( bo terá·cificuldades para.a:!ocar·e5cientemente,seus reccrsos .escassos.. Nüma:_eco­
nomia desse• tipo,. dizsse que ·o· comérdo- requer. a dt<pfa-coincidência·de.,desej� -a
( ,.
improvável ·circ-,.mstância·em que.c!uas pessoas·tenham, cada uma,:'os b' eru ou ser-
( viços que a outra deseja. . ·
.
A existência· do ··dinheiro torr.a·o comércio mais .fácil. O·res!aurateur,não está
( preocupado em · saber se.você é-ci!paz de produzir um•bemou·serviço· de vdor para
ele. Ele Eca satisfeito,em·aceitar seu .dinheiro,,�abendo que outr2s,péssoas'facão 0·
( mesmo para ele, Essa·convenção permite que o · comércio seja· indireto. O resta11n,­
( te11r ace:ta o seu cünhe:.ro e·o usa para pagar sua· chef; a chef utiliza o dinheiro para
,( pagar a creche. de seu•füho; a creche usa esse.dfrtheiro ?ara pagar. o salário da pro­
fessora; e a pro:essora con�ata você, leitor, pz.ra apara: seu gramado. Ao flui r ce
pessoa· para pessoa na: economia, o cli:ihéiro facilita a produção e o comércio, per­
( mitinào que cada pessoa se especialize naquilo que sai:>e fazer me:hor e etevanclo
e o padrão de vida de to4os. . . . .
( Neste capít-.tlo, começaremos a examfrtar. o .papel da noeda :.a econor:i:a.
. ·r Di.scutirem·os o que .é':a moeda, 25 diversas formas que assume, corno o sistema
bancário ajuda a criar·moeda e como o governo cont:ola a quantidade de moeda
,( em dm,:!ação. Pelo foto cle ser tão imoorta:1te na economia,.dedicarem'os·mu:to
e esforço no restante·dÔ·livro·para apre�der como as variações r. a quantidade de
moeca afetam diversas variáve:s.-eco;1ô:nicas; .incluindo in.fJação; taxas::de j.Úos,
'( produção e emprego. Coerentemente com r,osso· enfoque .no-longo prazo ncs três
e · capítulos anteriores;no· próximo capítulo examinaremos o s efeitos de longo.prazo
.(. das variaçõ� na qüântidáde'de m oéôa.: -Os:eíeítos"das variaç6es·.n'\onetária'S r,o
cu:-to prazo· são um assunto.mais complexo ,que .abordaremos· mais. aàia. .'1.te. Este
,_( capítulo fornece o pano de nindo para toda essa anãlise.
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1
O SIGNIFICADO DA MOEDA
_, O que é moeda? Esta pode parecer urna pergunta es:ranha. Q�1ando você lê cue o
;_( bilionário Bill Gates tem muito dinheiro, você sabe o que isso significa: ele é tãÕ rico
que pode comprar quase rudo o .gue deseja. Nesse sentido, o termo dinheiro é
.(
usado para significar riqueza.
... ( Os econowjstas, co nrudo, usam a ?a!avra inoeda com utn s:gnificado mais espe• .
:< moeda ci'.5co: Moeda é o conjunto de átivos·na eco:1om.ia que as pessoas usam regulannen·
te para comprar bens e: serviços de·.o.utias péssças. O dinheiro em s:ia cadeira é
,{ O CO!l�nlo Ge !tMlS da ·· .
moeda porq•.1e você- pode usá-lo para comprar t;rna refeição .:twn restauran!e ou
( econom:a que as ;>e5SCilS uma camisa hwna !oja de,.oupas ..l'or .outro Jado, se"você fosse.do::io· da :naio:,pa.ite
usam regularmer,te para da Microsoft Corporation,_ como é e caso de Bill Gates, você seria;ico, :nas esse ativo
:·(
·(
con:pm bens e sel\;ço, de não é considerado uma forma de moeda.Você não ooderia comprar U ."T\a refeição oc.
r(
outras pessoas unia camisa com esta riqueza sem antes obter alg.1m tipo de dínhe�o. De acordo

·e
com a definição dos ecónomistas, a :i:ioe,da inclui apenas aqceles poucos tipos de
riqueza 91e são regulari:n �nte aceitos por vendedores em trcca de cens e serviços.

. ,. .,
As Funcões
.. da Moeda
�-e
A moe.ela tem·três funções na economia: é um meio de·troca; umà mricfr1de de col!ia
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e urna resero� de valor. Essas três funções juntas distinguem a noeda dos dema:s
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118 de -164 �-- -)
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INTRODUÇÃO À UnB - 1º/2010

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CAPÍTULO 29 O SISTEMA MONIITARI�,.•. ,.! �-29; )_
ativos ó.2 e-concmia, cOmo ações, títulos, bens Ímóve�s, obras de are� e até iig-ü.rl- )· ·
nbas de beisebol. Vamos examinar cada utna dessas funções da moeda. t
·
Um meio de- r.Óca:,é. algo. qu�:.os":,cornpradpres-. dão . aos vendedores quando . meio de tro:a •
. >:.
compram bens e serviços. Qu,,ndo você. compra.uma .camisa - numa. loj a de.�oúpas, . ,. ,; a�o GUe cs.compr�ores dão. . ·: i..·
a loja ihe enh·ega:a · camis,,ie. vqcê,:entrega:.moeda: .à'.'19jà.:· Essa ·ctran�fer . ência de .: :· · ·. aos·· vendedor es q.,art;lo que-.
moeda· do comprador- par;,;'. o.vendedor-perrri it" e: que;a:, t,ansação: acorra.J� uan:do ·.:-,.-, .·: rem cornf)ra: beris_- -e: ser;íços:'..-'. ,_. Y.
entra nt,;;na loja, você está confiante·de que ela irá aceitar-s;.1amoeda em troca_ dos ·
y
. itens que estão à venda, porque a moe1a ·é 9 meio de tro�a comurt\ente aceito.
· · Uma unidade de conta é um· padrão:de- medída que as pessqas. usam . ,p,.ra un_idaée·de cont.3
y
..
anunc:ar. preços e registrai débitos,,Quando você :vai ràs'.compras, pode . observaí . ·o p,drzo de medida que as 1·
·
que uma·camisa ct;sta·$ 20 e um hambúrg-.ter, $ 2..·,Embora seja• correto:"qrzer:que o:. . pessoas usarrl'pa:a ·�nundaí
.
�a·e•:;o de uma'camisa· são .dez.hambúrgueres: e ·qu� o preço ·de. um:hamQúrgll!:!r.é
)'

1/10 do preço de· uma. camisa,· os,..preços:nunca são. cotados ;dessa. maneira. De
· preços.e· regislrarôébitos., )_
forrna sin-:.ila.r/ se·.você·tor:1'a u:::n· er.r'jréstimo ,corn um,ba.,co,: o· montante de suas 'y'
pn,staçõfs fo turas· será:med:do .· em:dólares;_.não:em: uma quantidaclede-bens:e. ser--- )
,iços. Quancio q;.ieremos'• �nedir-• e- registrar::valor· econômico, usamos. . a· moed�-.
corno unidade de con '. a. )
Uma _rese::va de valor é algo que as pessoas podem usar para.t,ansferir. poder · . . rese;va de valo. r
de compra do presente para o futuro. Quando um vendedo: aceíta·rnoeda ho je em···,. .·· algo que as pessoas pJdem
_)·,

troca de"um bem ou serviço, ele pode .ficar com a m · oedõ e ton�ar-se comprador de . · usar p,r< transbr poder dê
). ,
outro ::;ern ou serviço em·outro momento: .É.claro.que·a moeda não é a ún\ca r eser7 · .. cc,ll piê do present e crc o. . J.

va ée vaior da. ecor.omia, já gue·· uma pessoa também pode transferfr poder de
/.
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fot:;ro
compra do p:esente para o futuro mantendo outros ativos. O termo riqueza,� us.2.do •
),
para fazer referência· ao'total de- reservas de,valor, incluindo. tanto?- -moeda quan- ,._..,
to os a:ivos não-monetários. ).
Os economistas usam-oterrno :liquidez para,descrever a faciliàáde.co_rn que um ,. ,. liquidez
. . .)

clivo pode ser convertido em n1eio de troca da eConom.ia:·Como a ·moedâ ·é o meio · ·. ·;·· ·a fadidade co�·Cjue um ativo
)-.
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<ie troca da economia, ela é· o mais líquido,-dos ativo_s disponíveis. A -iiquide'z -d
· os
)

·. pooe ser convertido em meio


._.'.)
demais a tivos varia muito. A maioria das ações e dos títulos pode ser vendida facil-.. de troca da- eoo�omia .. .y-;.,.
:mente com pequeno custo, de modo que esses são ativos relativa--nente líquidos. i'
Por outro lado, vender uma casa, uma pin�J.ra de Rembrandt ou uma.figurinha d-e
'·'

;oe DiMagg:-o de 1948 exige mais tempo e esforço; de modo que esses ativos são
menos líquidos.
Quando as -oessoas de�idem sob que forma manter sua riqueza, precisam levar
em �or.sideração a liquidez de cada: ativo ein. relação à sua:utilidade como reserva
de valor. A moeda é o·atvo mais liqltido, mas está longe de ser perfefüt co�o reser­
va áe valor. Qua.rtcio os preços sobem, o valor da moeda cai. Em outras palavras, '. )·'
quar.cio os bens e setviços se tomam mais caros, cada dólar que você tem na car­
teira pode co:pprar menos. Essa ligação entre· o .i:úvel de preços e o valor da moeda ,J
se.re·:eiará importante para enfen::ier como a moeda .afeta
. a economia.
. .: ' . . ·. · .. . . : �. . :�:· ·. . ' ' ,.)
.)

lípos de Moeda \)
Q·�ando a moeda assume a forma de uma mercadoria com valo: L-.mnseco, é cha­ .)
mada de moeda-merçad<?:ia. O termo__vaior intrínseco significa que o item teria moeda-mercadoria )
valor mes:no cu.e não fossei usado como móeàa . Um exemolo de moeda-mercado­ n:oeéa que toma a ícrma de ')
ria é o ouro. ci ouro tem valor intr.nseco porque é usado �a indústria e na fabrica­
'··
urri-a mercadoiia c:om valor
ção de jó:as. Embora hoj� r,ão usem<?s rr.ais o_our? como moeda, historicamente ', )
intiriseco
�le é uma forma comum de moeda porque; é·relativamente fácil de q"ansportar, )
medir e avaliar pará éetectar irnpt,rezas. Quando uma economia usa :ouro como )
moeda _(cu usa papel-moeda que sej� · conversível em ot,;ro à vista), diz-se que
)
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opera so� o pqdrão our-�.

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 119 de 164


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630 PARTE lo MOEDA E PREÇOS NO LONGO PRAZO

Outro exemplo de moeda-mercadoria são os cigarres. Nos carn FOS. de prisio�ei­


e . ros de guerra durante a ·Segm:ida Guerra Mund:a!, cs:prlsio::iei�os trcca'(am,bens e
( serviços entre si usa:1âo ciga.r.os como reserva de valer, untdade de' conta e rr.eio ·
, .. de troca. De forma similar, auando a Uniãci Soviética esta�a em colaiisó;•rro,final da
(
década de;J.9S0, os cigarros :comêçararn,a substihlir-<rn:iblo c� n:io·inóeélã:.e·;:;;:�iicu­
(
Jação preferida em Moscou: Nos ·dois ·cas:os,.até os �ão�füm2ntes·.f:��-��-ã:tfuiei-
..
'
( tos em aceitar cigarros em·uma troca,-sa!:>_endo que Foderia:n,us.i-los'pâi�:co�?r ar·· ..
e outros bens e serviços.
( moeda de curso.forçado "A moeda sem·�aJor intrinseco"é•chamacia :de ·moecia- -de·. 'curso ·,forçado Clint
( moeda �m valer ir.t.TISCCO mo11ey). I' sso -sigi,.ifica.-qt1e: o in ·stnimento útiliza•cio"ém-oeda -por--cl�reto.'goyerr.a­
que é u� com:> moeda ·mental . .Por-exemplo, compaée as notas de dólar.(impressas pelo governo américa­
:: ( por deoe'.o go1•emamental no) com -as·notas de um jogo de-Sartco Imobiliário (impressas-pela.fábrica.de brir,­
quedos Parker.i3rothers) .. fb: que-você-pode usar as primeíras para pagar a cont� de
"·. ( um restaurante, mas não as segundas? A resposta é que º· gover:ici· americano
ciecretou Gue seus dólares são moeda válida. Em cada r.ota de ciélar há a segui. ,te
·(
inscrição: "Esta nota é mo _eda co:rente-pm� tocas as.ci:vidas, públicas.e -p:i_vaqas-'!:
( Embora o governo seja a figura central para·està':>elecer e regular um sistema de
( ·moeda-de c-..irso forçado (processando és fa!sindadores, por •exe01p'.o), .outros fato­
( res tanóém são necessários para o. sucesso de um sistema .mor.etário.. desse ti?º·
. ( Em grande meàida,·à aceiração·cia·moeda de-curso :orçado:depende tanto.das
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 120 de 164
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CAPITULO :2.9 O SISTEMA MONETÁRIO 1631 . :..
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expectat:vas e conve_:,ções so,ciais,. quanto d� ,decreto governamental._ O governo
so-.f.ético éa década de SO j,,rnais abandonoü •o rubio ·como sua moeda oficial. Mas
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o ?OVO de Mosco,'.t ?'.e.feria. ace,ta, r _,cig_�rrói{(ou' mesmo dóla:es · americanos) em ).. ,


troca de '.oens e sef'áços porque•e: stava seguro· de 'que essas formas, alternativas .de :
·
. ..cagame:'\.to seriam .a:eitas pór. ..ou:ás
. '.·:·pessÓasTio
..•· . .. ..
futuro.
. :

CoT:"lo ve(emos, a quantidade de rncedâ•em•.circulação·na' economia',.chamada de.


eÚoq ue·de:woçda,. te� �. o;te.. . i�fly.ênqa·. s.'ó.Qce)nuitas,variáY?is econômicas�Mas . antes .
de. exa.r.icÍ .:rm��. p.Ôr, CJLle i�_$Ô,_é-,}�i:da;�f!,�pr!!�isam.ps _ fazer,urna-• pergµn,t§' pri,);.mi.,: . .'· ' ·
nar: O que é.qui.ntfdadé de;m9 eda:?,.N!�s:�sp,e..�ifi��rne.�te, supo_nha·que,yocê:rece,;, • ·
ba a tarefa· de rnedif a�.quantidad!;!.:.Ô.e' mqéÇ-a:: na:;�cot;tomia·ameiiCa.r,a:
· · O'· i qµe.
· : o·c· ê: ·
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j:iclui::ia.e:n sCa:rp.ediPa?·. ... /•.·, ... · ·,.:: . : . , . . ..
O · ativÓmais ób\'io. para:incl(lir,é,a·.rn,Ô ed�}orierite.- as:no:as e. mo eda�-. q:e,met. al moeda,corrente .
que estão /,as nãos do público. 'A . moeda ·corrente .· é, clâra.-nente; o·meio. de· troca··· .: as n��s·e as m9edas ck ;·: :'
mais aceito em nossa economia. Não há dúvida de que é parte do estoque de moeda. · metal ern rode: do público
::,.io ént�nto, a moeda corrente não é o único ativo que você pode usar para com- )
prar bens e serviços. Muitas lojas também,aceitam cheques . A riqueza mantida em }
st:a co:'\ta . ccrrmte é ql,ase· tão conveniente para comprar coisa;; q11anto a riqueza y
'·.}
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:· · ·.:.-: ºJ.'y?P.éses
.encostam ,cs d'scos ''de i :;·in;e :obs!.l<:1!\0.;Pª\ª. ;?s ba,l�oie� _de',cartei• ,
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;'! péi:lta)m slJás,casas'ou as enlleirúri el))';•:o:a's/1.1rn.'.§if.�6,. ,1.pão,!h,á::.d,é,b�;é.s, �é<�)� ..., , -.:'
, . .. .
<'.�oàncos•. em cada aióei�. A maioria clasr
_so15re.coíl'f:'é,��.i íl ?àrosislema
. moné�rio ,Ji
'. pedras tem entre 75 cm e 1,5 m . de diâmé-.. · :·0yape$. cc;1rapeh}s .:6:'6D0 iccas:,t!e-pedra . J,
• : . Iro, mas há algi:mas éorn mais'' de '3,5. m. ·:: re:i;iane.sc1n;es'. ria' �hi; � 9f�rf;Í de moeGa
· ·, Toc,s têm um furo no ·centro, de modo a· : , neo se alterá,::,';', ,:.;:/:,:. ,,-:,';:;..," · · '.·'-'
\: po�ere_in �er ene,;ixzdas l'IJ �oiic;i_ de uma ·: ,?:'·
Erúiia�:{:/moi1;i,/p�dra de 'Í�p ' ),'
.
.·_ .•_ ár-1y_ré caid� e ttznsp9,1adas. Slo rieces'sá· •.. :pede ·estar. eój _,ias de adquirir sig :irncado ·
;;.��(2,\é 20 horr.ens para lé•,óa n�i fíg'Jil)as : ·i,9tertca,09nai)Ain.da · pnte�, \'lashingto,� ·. )·y
. . );
{ pedras. o·: . :. . . ,,_ ·. ·'.: . ·. recebeu a nctíciâdé oúe Tósihó Nak,1va:na,
'..:, /PoicôS!tJrne. ás pearas péi<ler.i ó ��.W ·.
ôiesidente il� i,i1crô��:�;pi�fe�Je-�zer ·
.:.;;cuánc..J se quebrc/11. Em Yap, �-océ.nu��: .. 'um·
disco dé",oedrà cuarido ·.visi:Ú· . ), os
.' ��Jil àiguém se. �Jéixar éa fal� �éum'
�)�J�s ü\ido? hõ'
·:; l pe::Jáço depedra. Em vez de�011�r O r.sc6' dê : :,tran\p:,�ad�:�r Grn j.to �i:1:9rçá Aérea. ,
fuêi :'qJe"\�IT..
s' erâ
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,, quelirar uina ped!ê -óús 00$t2S·dl5 vapE- :;, ,/-Repres�iitântés. a;
: ·::�•·i�1dem a deoiz, as 'pedras 'óé �Ú)I :'éj;;•o si.'Nak�v��:prit0ndlq�� ;-�ª . },
ai�am 'go�mo. ·. _),
;tR�Ff ondé.' estão e_àéonÍilbiliiàr . . mer,;i, :seja�rna���Súí--ão·�:�,Ílk; i.iicio-.·
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:.: rnt'ite_às pêdras qi:e mu�ram.�f �"i;q :- ,:·�êsia·P<� iédu�}r/�éfi�' ?[�;e_nLlf�os. '.,:-:;
• }a mesma , .
. fonna corno GS barras. c,e oum : , tStados Unidos. ·, ·.,·. · .: -..,.;.,) ; .:.. ·· · ·· ')
·. ·usadàs ern tral\Sações intemadona� inudam · ·,:-- :· · ,:·:( .,.':-:. · · :,:,:,(:·t,:/: :. :'. .', )
de mãos se.11 jam,is óeix2r OS ccfres do Fcnt_;Tnell�i�eÍ,lx;;cÍ,' . i9�;i1SS4,p A\.0
Dlr,heiro tia .:lhe.de 'rbp: n-�-, exc!o.Tienfe .
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 121 de 164

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mantida em sua carteira. Para medir o estàque de moed�, por�anto, você deve ·,;r,,.: J
(<1epósitos à \'ilia .. . incluir os . depósitos à vista. - os saldos em �or.ta corre:tte que os depositar-.t es :f{
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(.,21dos em co:ita corente aos pode:n acessar sê,.-nplesmente co:n ·a emissão de um cheque. -..�,. 1
,. ( ,uais os deoos tantes têm ·
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l.:ma vez que você cons!clera os de?6sitos à vista em conta corrente �:2:t:-º-
pa:te '/ /
, ces�·mEdia�i� a em:ss!io"': · . • •·''Cio - es o e
� qu 'p me. oedaivocê êl e vado a -corisiderâ r . a,grande-,. , . a :ie'da d ecie o.i: . � . �i:in, . .. • úi., .. j
...·. · ··· tas,'que ·as,pessoas·.mantêm em:·seus· b2.11cos•e ··oél1Ias,instituições;fi:la:n c:ei.,.a�::Os- ... ,:){-� :

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·.··.. ·· ' , · -·,.:. ,.:· de j:iêisltânte-$'riâbituálzhente··Iiãcrpodériretniti:,c�eques:sobré seus ,.c1�p-�sit<i''e!fl•,, ::, ,-�i��'
· ·· •· ..·: ·.. •··: ·corità.s-'de'pouj,ança;·mas :pb'dem ,trà.i-isf�:.facUm�r:ite . os•_sa:Jc!os·da: po .MP!\t;\ a par11 .
Ç , •,:-.,..· • ,�,:,.,
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· · · :·· :•··. ··,à conta 'éorrénte.'.Além•disso' ;ós depositantes de ftindo�.i:nü1'.1os·<i6mercad!),mon��a,� _::;;.tJ�..;
. '\' ... ,.., , . táiió'•podein;:fre'qüentemente::emitir'cheques'.-sobre:seus:çiepósit!>S:f.o;-t'!l'\lO, ess�s ,: ·,,·--�·;,;-::.1
· · : outras·cont�devenam:fazer .parte•.tio �stoq�e'de:moeda:i:los'-Estadós Unidos.,_ - . :. . _.:
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· · ··· -'Nu."l'la economia tão ·comple� qi.tanto·a nossa>não 'é-fácil esfabêtecer uma li9ha, _.: .. ·.:,._,._,':j
·sepuandO' os,ativos que podem•sec·dia:nados·de:\'moedá� dos-que .:\ão podem. As,
( moedas que ·temos -no 'bolso claramente:faz.em:P.arte· do, es:oque ,de moeda, e o . ::_. :·•/.
:"·'
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( EdiKcio Empi:e S:ate clarámente. não faz pa..4:e, mas há muitos ativos entre esses · ,', :.
dois'extremos para os quais a si�.iação não é tão clara.Portanto, há diversas meài- .; · l.
( das par?, o estoque de moeda.A-Figu.ta i mosrra ·as". duas l'JlaiSimportantes,. Ml �- · ••:· '·
( M2. Caqa úma dessas medidas e_mp(e'ga um. •critétjo:·ligeü-a,mecüe diferente para ·• ·
.e distingt.:Jr·ativos monetários de não-m�netário�. r · . . .
, , ·,Para ·os'Propósitos deste !ivro,'não·precisamos ·nos deter n� d.iíerenças:en!:re as.
. . .. · _.
· ;; 1,
( . ' •·. :diversas meçliâas de motda.-Oim?o:tan te.é sá',e_r_que o estoque de m!)eqa da eco­
.
( . 'nomia americana.inclui não apenas a moeda, -corrente, mas lambém·ordep:5sitos .. ,.
, .•.,...
. efetúacos·ern: bar.cos "e· outras instituições :fi.r,anceicas que·.possarn ser._faéilnente
{ " ·
·acessados·e. us2.dos p2.r2 comprar. bens .e.se::v:iços. ·
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 122 de 164

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· Duas Medidas.do �stoqu�:de ..
3ilt;õés de
. · ·,M�eda óa E<0ncmia,·Nort; •...
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Dô!ue�. :i. ···,
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Estudo ·de Caso ')
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ONDE ESTÁ A MOEDA CORRENTE?
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Um enigma sobre· o estoque âe moeda..da e�ono6i� americana refer�-se a:o•montan·
te de moeda corrente. Em·2001, havia cerca de$ 580 bilhões em moeda cor;erite. Para ,.))

colocar esse núme:'? em perspectiva, podemos dividir essa cifra por 2i2 milhões, o '· .::J,.
riúnern de a::!:,iJtos. (acitna de 16: anos de idade) nos Est2dos Unidos. E�e cálculo
implica que o •adulto rnantér:l con.sigo !'.erca de� 2.734 em moeda corrente, em média. ·,.}
A maioria da,ipessoas .se suipreende ao sal:i�r q� há tanta moeda corrént� em nossa
.Íi,
ei:onomi.a, já que ·cméga muito menos do que essa quantia em suas ca..-teiras. •.. '·

Que;r, está com toda essa moeda corrente? NL'lgi.iém sabe ao' certo, mas há ' }
� ações plausívei�. . \ ·. :' :: � . ·
du as e,a;lic ". ' . · ·
.
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A prüneira explicação é que grande P�. da ,moeda co.rrente está no exterior. Em 1. �


..
países onde o sistema monetário não é estáyél, as pessoas freqüenterirente prefe­
)
rem os dólares 'amerl�ano; aos ativos naciÓnais: De fato, é comu..-n vermos dólares
)
sençlo 'usados no exterior como meio de troéa,:unidacie de conta. e .reserva de yalor.
, A s·egunda êxplicaçã<Y & que grande Jiruie' da rnoed�· corre. nte está sendo m.a..,ti­ '
di por tr aficantes de drogas, so'negador:es ·�e impostos e ·outros criminosos.• Para· a )
maior parte da população dos Estados Unidos,· a.:moeda corrente .não é uma forriia
)
muito boa de s•� gu,ardar riqueza, uma vez que pode.ser. roubada ou perdida. Além
disso, ela também não rende juros, enqua:ito os depósitos bancádos rendem. ),
Po::tanto, a.maioria d,.s pessoas mantém consigo somente pequenas quantidades ' ') i
de moeda corre::ite. ·Por outro · !ado, ·os pirrjnosos · podem evitar depositar suas. .,
...._ ·,) i
riquezas em bancos porque. os depósitos ba..,cários dair . am uma pista com a qual a \ ) í
1

d�\;:i�tp�s�ft:ei: ·. ·,·._,· · · ·
.polida·poderia localizar suas atividades ilegais. Para os crirrúnosos, a ir.ceda cor-
re��': podes.e; 2 me!ti�r rêSei-..,� : }· .·: 1 )
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Tesê� Ripldo ldique e éesCi;Võ as três funções da moeda. \ )


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634 PARTE 10 MOEDA E PREÇOS NO LONGO PRAZO .:. ":�tt;t:;,��
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O SISTEMA DO FEDERAL RESERVE ·:1 }11·��) · i
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Se:npre que uma economia usa moeda de n:rso forçado, como é o caso da eco::ic- •. ·/2::.:. :Í
. . ::\��f j
( mia dos Estados Unidos, deve hr,ver t1m ó:gão responsável pela reg;.1la_ção.do:siste- }tfY.
\ Federal Rese!Ve (Fed) rna:Nos.Estados Unidos;•ésse órtão é o· F.e'deral Reserve; muitaswézes·thà..'Tlzdo ·-i.�t fj
o tanco·cm:ral dos Esu:ios simplesmente·de -Fed.Se você observar a parte súperior de -uma.nota .cie x:lól�::'-ve•á / ,'f_;';,;, .Í
.-

Ur.idos que ela ·.é denominada ;�Nota:do Federal, Reser.'lé�,(Fêderál ;Reser...-e -�'Bté) ..:<)i.Féci-é �;g½i\;
• um exemplo-de,banco·.centrah,,unia:ins,ti!uÍção.pla:nejada p2.ra,suFe:vislor.rar õ sis-: ·:.Jii:lt.-:: {
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. . · . ·.
ba�co centrai · . ·· ··.: tema.bancário··e regular·.aqumtidade de·,moeàa na•economia:0Ú7os·grarides-oan-.:�;�L-,. 1
· , uma instituição pl,mejada ·para . ,..; · ·-cos centràis :do,m'u..,do ·são: o,Banco daJ:Í,glaterra ·(Ban.lç,cif..jl:ngland),w •Ba:ico .do ..: ){;/J
°

•supei'.;s'onu o siSleJ!la .Japão (Ba.'lk.of.Japan)·e o 'Banco•.CentTal Europeu -(European: Central:B2..'1k)... ··: . .' : ./.i?'i,, . f
' bancário e regular a ··
' ."1
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quântióade óe mo.ed.l na A Organização clo Fed
· O Federal Reseive !o[ criado erri 1914, depois que m-:ia série de·queb:� c:e oanccs -
/:;.,:. 1�
economia
· ocorrida em 1907 convenceu o Congresso de que os Estados UrJcos precisavam de :_ '} :,...·_,:_·:·,, .�J:. '.
um banco central para garantir a saúde do sistema bancário da nação: Hoje, o Fecl :'\�! :. '?
é administrado por seu Conselho de Goverr.adóres (Board of ·Gover-.ors); que é · .... ,,h: • �
composto por sete memb�os .indicados pelo.presi�ente:e confirmacios ?elo·Senado. ·iE/:J
Os govemadores.·têm -mandatos .de 14- anos. Assim :ccn:o os.juízesJ'e:ieràis têrr. . ,:.,;.:,',;:;•:�
; ·, mandat9 vita!ício·�ara ficar i �ól �dos d� p�lítica;os·.g�ve:na�?res.do '.:'ed,têm man- .
· :· datas longos p a�-asses:-i ��-moepender.c1a dey:es.soes.po!incas c:e curt,o prazo ao .:f;';}/,!J
-��lJJJ
fo:mular a poüttca _ mone,ana. , , .. . .. .,}:1:. :·,-1
· Entre·ós· •sete. mer:i.bros do · Conselho de-Go,·emado:-es�o -ma;s i:ni,á:tante:é o ... ri:);i;.L i
( ·president:.O•p:esidente.:<?1ri&.eo,P.es��ai do Fe?,;pres.icle às asse� bléiâ_s:cio:cpn_sé- }Ç?{�,:�
.· , ..lho e depoe•regularmente·:sobre à·.pohti�a do Fed perante.corrussoes·do:Gongresso .. ,,.��:i;•f
.. 1
(
• . · O presidente dos-Estad�s· .U�dos r.omeia presidente _do _Fed .º· ú.,vp�nodo· de.-;;i:�\,�[.:�
p�::a
· quatro. ·anos:Q·c1ando :·este ,hvro, estava i;:,o,p�elo, ""..presidente :do .F.e.d :era .AJan it.j;!,�;1;
·:., ·• Greens�.anJ.nomeacio-o;figinaL.-nente·em 1967--pelo P:��idente :�eaga.-i. e pbs�erió:-. •W.l!•��\J.
mente renomeado pelos· pres:de�tes,'8u5h-e,Clinton .. • .. · · :. ''.':.'ii?,;,,,-
0 Sistema do FederafReserve se compoe do f.'ec.erál Reseive.Board) Conselho do · LI:. :�:J
.. ( Federal Reserve, em vVashington, D.e., e·de 12· banc·os regionais da reserva :ederáJ "i;:.;i:J
{:ederal Reserve BarL1<5}1ocalizado s nas p:'.rtci6ái!i cidades do país.Os pres:Centes ;�-;;i�:!ii;
.. dos bancos regionais são.estolhldos pelo ·conselbo 'ciiret�r de cada.ba.,co, c.i;os mem-
(
bros são no:n,.rumente sele.àonados ni coinunlda9-e bancá:'ia e empresariáJ regiona:. · ';::P:°!Í
.'.'f'.
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r . . O Fed tem d-.ias tarefas relacionadas. A prirriei.r.t.é regular as atividades dos ban- ':':}!)/
. -� cos e garantir a saúde dõsistema bi!I'.cário. Essa tarefa é, basicamente, responsabili- . ,;.,:· is?
d2de dos 'c>ancos regionais da reserva federáJ.Mcis'.éspecificamente, o Fed mopjto:a ·,.,:,_;;:-!.
( as condições financeiras"de cada banco e-facilita as transai;ões.bahcirins :eallz.;ndo .... ,.jf
compensação de cheques.Atua também como bar1c6.dos bancos.0-.i seja, ô Fcd con- . -!: }f/
cede empréstimos quando os prõ_?;ios bancos p:ecisam.Qua.'1dO ba.,cos em dffictl- · •:<-:f_
cfades financeiras se vêerri . com pouco- '!1-\hciro em;c�a, o F�d. age c"'.mº. empreslt.- .. � 5
· dor de tíltima inst4ncia - :un emprestadó� pa!á: aqu�lés é[ue. não p�em e:r.p:_es�ar de ·,_,:_,l
mais ninguém-, a fim de-manter a estabiliâade·do sistema bancá.rio como um todo. : '·: :l\'..
.
,, .
A ségunda e mais importante. tarefa dó �ed ,é �ontro!ár a q�antidade de moed2
', oíerta de m..oeda ciispon:11el·r.a economia.;•denoll'inada: oferta· c:e i:riçieélil.,As decisões dos formula-
'::'J
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· :.•?.
,..,
' a quan:idade de moeda dores de políticas a respeito da oferta àe moeda .co::1stit- .iem a política monetária. ·,.;
disponível na economia . No Federal Reseive, a politica·monetárla é formulada pe'.a (?�deral Opén Jvfarket -.: ;·
Com.-nittee - FOMC) Comissão Federal do Mercado Abérto. A !'OMC reúne-se a :: ·. :
política monetária cada seis semanas, aproximadamente, em Washington, D.C., para discuti: a s;tua·
·
<.
o estúeleàrr.ento da olet.ã • ção da economi2..e es.tudar mudanças r.a_po!ítica monetária.
� ....
, de moeda pe1os formuladcres
<!7 po'.�a;· c1o ba.,co ce�I A 'comissã·o Federal 'do Mercado Aberto
'(
'( Comi� � ?_l:e. d éral do Mercado Aberto se compõe pôs set me�]?r9� do Conselho
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de Govemãcfores e de s·dos
" 12 presidentes dos ban:os regionais. Tocios os 12 pre- _ --:1-
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 124 de 164

CAPITULO 29 O SISTEMA i1,10NETAR.IO

.
sidentes retonais participai:-. das assembiéi�;_ da'FOMC, mas apenas 5 deles têm
d:re:to a vo:o. Periodicamente há um rodfzio entre ôs -12 presidentes Íegionais para
determinar os 5 que .terão diq:ito. a voto. Cêm�.1do, o ·presidente do Fed de Nova
York sempre tem direito a voto, porque Nova York é o tradicional cent,o· financeiro· )
dos Estados Un idos.e porque. todas as .compras.e ver.das de títulos do governo sã.o· ·.�.J

conduzldas pela mesa-de;op.erações .do. ;!'ed,9e·NovaYork;


Por r.,eio da� decisões.da-F.OlvfC;,o Fed··ten}-o:poder-de.-aurnentarou--diciinuir­
.
o mí:rn?ro de dóiares. na .econ()mia.:UtiJlzando_ :uma.-rnetfiíora• sirnplés;,pode mos .
imaginar que o.Fed·imprirr.a notas,de:_dólar��-e as:desp'eje de helicóptero ·por todo
.
e país. De fo.:rna::sirrülar; po9e�os im_ agiriar·que'o •:ed,4s�-um asp.irador•giga.,te.
)

p.ra.aspi�r-notas de dôlar.da,s Caj:t�ira�. das_p�ss.?as.,Emb?ra, na Prática, os méto- . .


).

\ ..
,.)
dos,do· i'eí:l. p2ra· a).terai; a:.p�� rta.--d�:�o.eqa,seja.'!)_ mais". c?1!1Pl .ef.x.os. �- sµ_tis;.�-met�fa:,·,•, ,.. • . . . _. .
.. ra:dq.nélii;ép.t ero:�:�i;x.a�R�ªc!é:i'�- �r;e·�o�?,1\l;t!<,(D.o:a.,al;lroxirr,�ção.if)lc.ij/·:�o; .siiw�.;;;,\;;_, .· ·
. ficado:dà�;Pol:ticã rr; o�!:!tá�a\:i. ;�,:·;�:�
._,._/>' �� ··-: ,:.
·.:\ . : ·:. · , · ..._- ?.· ·: < .'' · · ·
_ . . �-. ;
• . Véréinos-:mm{a��.t.e:�ne;.e . ��j?i1J.t)p:.c?rnp;,Õ··Eêó:' âl�era; :verdad�iraro.er-ite; a;,·:.::. ·.. ...
,
oferta.d1i:moeda;m.is·',;a:lifÓ�:l'YªF: iitjn.f ;éJ.ur-o:pr(ncip�.instr umento·:qi:ie,#ei as.a:'•'; ·
) ·. ·

-.· . ::......)
sfa as operações ·no·mercaâo aberto·_.:. a co�pra e a venca de ntulos do govemo:dos

··i'i '
)
i:stados Unidos (lembre-se·de q-.ie urn título do govemo dos-· E stados.Unidos. é um ,...)

certificado de dívida do governo .federai). Se.à F0MC decide aumentar a oferta de


moeda, o Fed emite dólares e os usa para·coinprar tí�.tlos do governo qu� estão nas
r..ãos do púbiko nos mercados. de títulos do pais. Após a compra, o:S d_ólares pas� '{
. ·'
sa:n para as n,ãos do público. ·Portanto, U.1'\a'compra de.títulos·no meçcado ·aberto·· )
realizada.pelo Feé aumenta-a·of.erta de·moeda: Inversamente, se a FOMC decide.
diminuir a oferta de .:noed� o Fed'v°enâe· títulos do governo de sua carteira nos
)

mercados·de títulos. Após a venda,,os. dólares.recebidos pelos tlh.1los·saem das


·r
)
·mãos.cio p;.ío);ço: Porta:i.to, t1ma :vend.a·de títulos no mercado aberto realizada pelo
· ·
Fed iedt:z a oferta àe moeda. · · • . ·. . : '(
O Fed é u:na ir1stituição importante ·porque mudança� na ofel'ta .de moeda f.._/
pcde_m afetar profunda.'Tlen:e a econo111ia. Um ·dos Dez Princípios àe Ecor.ornia do
Cipitulo: 1 é que os preç�s aumentam quand� o governo emite moeda de mais.
-� ). ,
•5·
Outro dés Dez Princíoios de Ec�momia é que a sociedade enfrenta t1m tradeoff de ·t
curto prazo entre i.'lfl�ção ·e des_eÍ;nprego:Ç),poder- .
. da·.FOMC repousa nesses prin­
cí_:,:os. Por razões que discutiremos com maior profundidade nos próximos capitu-

) t :'

los, as decisões políticas da FOMC têm for:e influêncià sobre a taxa de inilaçãp da
e�onomia no-longo prazo e sobre o emprego e a produção da economia no curto
(
)
.
\>.'

prazo. De fat?; o . presidente ê.o Federal Reserve tem sido chamado de a segunda
J,
l
pessoa mais ;:,oderosa cios Estados Unidos. ·
,., . . . .. . ·. . :i: ' j
Teste Répido ��ais são as pf.ncipais respollSahilióades i,o f�deral Rese.ve? Quando o Fed quer 1.umenlar g ª ....,-,-----,J ')
a cfer.a de mceoa, e que cos:uma fazer? · .· . . . .
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.§.� )
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OS BANCOS. E A OFERTA DE MOEDA''.
i:11 .,· �;..1J . .,lri;.,--
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;�· � I. . i!f:<7. )

i;. -.1. �\) .·;,;i··�\::'.


Até aqui , btroduz:mos o conceito de "moeéa" e discutimos como o Federal Reserve ;r{f-.. .)
. de moeda por meio dà compra e venda de títulos do governo em
�8
c-�nt::ola a ofe�à
operações do mercado aberto.'Embo:a essá explicação da oferta de moeda seja· cor­ .:.;:�t ;---,-1
�eta, elo não é completa. l'/.ais· especificam_ente, ela omite o papel central desempe­ ,..
Ocl � �":'
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nhado pelos bancos no sistema monetá:io.
• Recorde que a qua,r:,tidade dei" mc;da sue y,)Cê m, anté� em seu poder inclui
. . . �éu já o�vifofar mufto sob,:e
tan:o a moeda corrente (as_r.otas em · sua·ca�eü-a ·e· asfooedas em seu bolso) quan­ moeda e ogoro gostaria de
. corrente): Como os depósitos à vista
to .os depósi;os à v'..sta (o :Salcio em sua conta experfrnen/oi poro saber
·. são rw ntidos em ::,ancos, o· cojllpoctame nio dos bar.CD? pode influenciar a quanti- como é r.G pr6t:ca. 1

. í.
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 125 de 164 ,,t-i-;;eV�
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I._ dade de dep�st.tos à vista na economia e, porta:-1to, a oferta, áe moecia .·Est;; seçã 3
exmr,ina como os ba!"'.cos afe�a:n � oferta de rrioeda e ccmo comp1icam a tarefa do ;�i�f?.��}I
( · · -•i,.tr!-:::-v--. '
Feo.' de .control'a- la. . · . . ,:""'. 1'\k.
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O Caso•Simples .do Sis�ema.de ·JOO% de Reser✓a_.Bancária


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· · . Par2. ·ver· como os. bancos influenciam:a··ofer:a· de:rrioeda,,é.,útil)maginar i.-em�pri- ::if..::;�.��1 ..
( · ....-.. rneiro lugar,: tun:mundo: em•:que,!nãó h aja· .b.anco.s: •Nesse.murcio:si·nJ,f)1,f�{.�:ffi·óéda.....�'�J��•[j .'.'
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e , corre:-tte·é ·a únicá •forma·de·'m::>eda:'c:11··témos·.concretcs; .supó,r.i h a que. ,a 'quanti: .'Mfr,f , :'.


( ·· ., dac:e lotal ·de:moec!a �orrente'.sêja $ .1.00. �::,iferta de:rnoeda·:é, por:antó, :de.$:100:° ·
:agora··que:,algúém abra'.-um banco; !chamado. àpropi:iadamente d� J;::¾� :,@-{ ..
: i.t;�Y./ .
· · •Suponha
·
Primei::ci:lhnt:ci :Nacional: O •Primeiro·;Banco Nador,al -é: aoenas .uma .instituicãó· f:}'@i.',1, ..
J --•.e-.�
3J�;'\.:r t;
.lo

· depositária,;,-.,ou;seja,�aceita�dep.ósitos;. ,mas,não.concede..emer. éstu,ru,s:.:9 . obje,ti.vq,:;


•••.,.,
(

( desse, ·banco :.é···proporóonar,.aos·:deposifan!es ., ttrn: :!ugar,seguro:.para1.:gµaxdar.cseu:;,;i�;1;;ifj.


áinheiro. Sempre que·alguémdeposita, alg,.1mp.inheiro; .o banco-.o :guarcJa: ,em;seu: ·;,. i;f]:,,Wfi:
( ' at'e. .que:o depost·tante·ven.h a.reu
corre· ..aé,o
"·' ' ou.erru't a:,um.cheque·so•b re:se. us:dep.os ' ·1,_,,•,:gj.'$,�
. .,,,�,,.,. \, .,
tos:: Os:.depósitos.que,os. bancos· recebem,. . mas não., emprestam,,são· chafftados .de, . •�:\:;�, ;};" ( 3
rúe:rvas. Nessa econórrúaünagi.ná..·fr;:todos· os depósitos--sãomantídoscomo reser":,t��;' i'.�
reser,as
( dei;-:\sitos recebidos pelos
vas, de modo que esse sistema � �e�?, rninado: sisterna _ de. �00%.de reserva _ bm1� ária.: ·
·· · Podecios:repres entar a:: pos1çao :n�anc�ira ·.do.'-Pnrne.ro.B�co Nac1?n:1 co�
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bancos, mas que n�o slo una conta-T, :que. e, ·um -registro ,contaoil sunpli.ficado q�1e,.moscra �s vanaçoes do ;::��ti::{¼
ii�J
( . emprest2C:c•: ·
ativo e dó passivo do bànc,o:..2:is ·a·conta aT.do PriineEro Banco Nacionél se.,todos cs·:·j%,��t� ..

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( $ 100 ein· moeda da economia estiverem, depqsitadosnek .. .· , , . ./ ··•: ff�l�
( t;,½: .·. .. , :!

e . •
..PRIMEIRO BANCO'l'lACIONAL
·, - �...._.��.,/�
. .... .� .-�?,:�í$'i,
. .�.ie-..��
( A •dVO .
passt'JO , �.· ··.' . : :;J.f��1

···R•••--as '•oooo ·1 oe,ós'rta· · • 10000 ;,· • ''. 8'frf#';


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s,$-.;W.0 .em·.;a.l;iv.os.do.banco
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.. Do lado esquerdo da cont ..-T, terecs-.e


( que ele r:1antém em seus·cofres). Do lado direito 'da conta-T, temos · o passivo do ��
banco, de $100 (a qua.'llfa que ele deve aos seus depositantes).,Observe que o atiVl;> .-U�'i!il·
e o passivo do Pr'.meiro Banco Nacional são exatamente iguais. ·.. . . · · ··: �,�· ·
( . Examinemos .agora a oferta .de moeda.nessa economia imaginária. ft_'\tes da :l" .,·,
abertu.1-a:do' Primeiro Ba.'\CO Nacional, a oferta:de moeda··são,os $:100 ·em moeda�; '.·?
e corrente que as pessoas t_ êm•em seu poder. Após a abertura: do bÍu,_co e d_{!pois .dé ,:i�" .,.
e :s pesso as ter-;u:i ée?ositádo
_
n:le s�a m�eda co1;e� te, ?ferta_ de moeda �ã� os
. .
·ª ·:�J�..
r ;i, 100 em ·deposJtos a VJSta. (Nao ha mais moeda corrent.e ,em poaer do:publico, ���.
:
porque eia está tcda depositada no cofre cjo banco.) . C�da depósito.rio banco reduz. �
(
a moeda corrente e aume�ta os depósitos à vista exatainénté i;ia mesma quanti;, t,F'
{ deixmdo inalterada a oferta ' de moeda. Portanto, se os bancos mantém todos:os depô· �
sitos como reserva, não inf!uendam a oferta de moeda.. .· '
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(

. Y' . . · ··
Criação dê Moeda· por :Meio ·do•sistema de:-R;serv�s"Eiàncérias
. :· :•
(
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Fracionárias •• :

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• .' ·,: •
t •

Eventua.1.-nente, os donos do Primeiro Banco Nacional podem..começar .a. reconsi· �


(
derar sua política de reservas banc á.,{as de 100%. Parece desr:iécessáÍio de_ixar todo·
(. aquele é.irilieiro · o::oso nos· cofres. Por que não usar pa.'ie dele p a.>õ. co!",ceder -� '.
t empréstiznos? ,As fa.'11ilias. :que querem comprar casas, as, empresa� que ·querem .!' -�
( construir n ovas fábricas e 6s estudantes que querem pagar por seus .estudos fica: ·�1�
l riL-n felizes em pagar juros·para tomar emprestado, por um periodo de. te,mpo, um j·
pouco 'do d�"lheiro. É claro que o Primeiro '(lanco Na�onal pr�c:',s� manter álgu.mas ', . .
e reservas para gue haja ir.oeda corrente. disponível;cáso os se•JS ·dei:ositantes dese· ;', · · •
. .
jc::n fazer refi;a:das. Mas se,6 fluxo de novos depósito;· for apro�\damente igual 3:�4p
·�· r
. ti!}. ,�
(

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�-"""!'""----.,,_-,_.....___________:________________________ ...:. :�:· •t. ·..
----=��•bu--.c.:=:..., ·-,;;mm
r INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 126 de 164 )

fl! · ao fluxo de retiradas, o Pcuneiro Banco Nacional precisa:á manter somerte


CAPITULO :29 O SISTE,,\A MONETÁRIO

. uma
chama-
)

fração de seus depósitos como. r�se,,a: Portanto, o banco aciota um s:ste�a )


·
1 do sistema de reservas ·fracio:1árias. · · s's:ema,de reswa s
1 A fração dos depósitos que urr. oanco ma:1tém como :esecva é �1:na razão cha- • lrzc'onãri;s · ·
)
mada razão de reserva..Essa. razão é,determin·aaa· por 1.tr.ta. com binaçã.o da reg,,1:·. '. ·:.um sistema.b'a,idrio:no cua!
Jameneação goveCT)ament_al e da política do banco. Como·veremos..e:n detalhe.s .. ost.?nc�m.r.Íeir. a ena ·
p
mals adiante n':st_efapftulo;, o.�ed est �be�ece um.mí�o ao; r:1011ta�te..de r servas, :-" ... 'ó ;, J; ae ó isÔs . ... •·
)

. que os bar,cos o eve_ m m.n _ 7 uma pzrt? e,, ,


.... ? s l
a ter, oenommaa_o res�rvas e.ng11{as:Além dJSso, os oanco.s.. :· · ·
),
.. podem ma.."\ter reservas aciiná. ' do,mínirrio:legàl;chamad!-s de.excesso.de:fes�rvc:s,de · ·. · como rese(\• a ·: . ., ,.
.

modo que eles. possa1:1 perma.,ecer seguros d.e que não ficar�o se:n dinheiro.Para · · mlo d• rese:vá • . · ·
os nossos fins, vamos adotar a razão de reserva como.dada e .examinar.o o,1e o sis•· •. · -1· �. .
. a ra,.o dos �epas
' , · . , • .cs que
.
.; ,.,. tema de•rese:vaS<.fraaonanas:reP.resenta:para•a
· . .o.erta de moed . a: . . . · .
. , . . .,. •
. • , nr. . , •r.· · • · . •• .. •·.
:·v.:·, •: · ..: Sup.onha'.q!ll:' o;Primei.co: 'B'e.nê:o.Nácional ,tenha:.uma:razão:,de: reserva>de;10:,o/o: ,·:::,.,. o,btoo::s ':l< emc,imo .
.

. /,·:Issa si�iSc�q)le:ele.•mant�m:com�:rec5erva:-·l0.% -.._dos, depósifos,.e: empr:esta•.'O·.ies�:"' t�• ,,_, ese�•a ·


? t

' ''/· .
. tanté, .
Ag9ra·,:vamos,v,er..coma.fíc.i.a,.conta:.-'J;'.do-.õanco:;:; : ·_,,_.:,, •;-: .:. , .·, .. . , · ... •: ,., .i;, . . •.. .. . .
)'.
' .
..
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)
PRII/.EIRO:ilííN/::O.NlíCIO:-.'At .·:-:: .:· . .. ..:· . '. : ,
.

· ---.· ·l
,\�vo Passivo·
Reser,<S Depósitos
·
)
$ l0,00 $ 100,00
fmt',,resli;n:>S 90,00

O Prir.teiro 'Bar.:o Nacional ainda tem passivo de$ 100 porque .a concessão de
)

empréstimos não altera as oodgações do banco para com set.:s l:leposita.,tes.Mas o )


bz.nco agora tem deis tipos de ativos: S 10 como :eserva em seus cofres e emprés­ )
•,tl.rnos no montante de$ 90 (esses empréstimos s�o:pass,vo:tfas pessoas·q:ie -os .·.
tor:1arn, mas são at:vos para o buico q1.:e.os concede;,porque os tomadores irão
)

pagar ao banco pelo empréstL-no, no·futuro). Ko·totaL 1:>s·ativos do Primeiro Ba:1co )


Nacional à.inda são iguais ao seu passivo. . .
Novamente, considere a oferta• de·moeda na economia. Antes que o Primeiro
B,mco Naóonal coricecesse empréstimos, a oferta de moeda era de $ 100 er::1 .depó­
sitos no ba."\co. Mas c;uando o banco começa a conceder er.iprés:t:nos, a ofe::'.a de )
moeda aumenta. Os depositantes ainda têm depósitos à vista num total de $100, mas
agora os tomadores.ce emprésfut",os tên S 90 em moeda corrente. A oferta de r:1oeda
(que é igual' à moeda corrente mais os·depósitcs à vista) é igual a$ 190:Portz.nto,.. -
qul!fldO mantém sorr.ente uma fração dos dq;ósilcs romo resenia, os bairros oiam moeda. )
De irúcio, essa criação de moeda por um sistema bancário de reservas fracioná­
rias pode parece:. ooa demais pa.,a ser verdade, porque parece que o banco c."iou.
moeda do ar. Para fazer essa criação de rnoeda'pàrecer menos miracul.osa, observe
)

'que, quando o Primeiro &.nct> Naóonal emp:esta·parte de suas reservas·e cria )


moeda, ele não cria riqueza. Os empréstimos do Primeiro Banco Nacional .dão aos
tomaàores uma quan�da de de moeda corrente é; com _isso, 2 capacidade de ·com­
)

_ os também éstão se endivi -


prar· bens e s,erviços. �as os toma d.ores de emp:éstin)
)

dando, de modo que os êmpréstimos'não os toinain mais ricos. Em l?ut:ras palavras,·


quando o banco cria o ativo moeda, também criá uni passivo correspondente pa:a
os tomadores de empréstimos. Ao fim desse processo de c:iação de moeda; à eco"
)
)
nomia fica mais líquida, no sentido de que há mais meios de troca, mas a econo-
· mia não está mais rica do c_ue a.,tes. )
\

1
)
O Multiplicador da Moeda
A criação de moeda não pára :io Primeiro Banco Naóonal.Suponha q"e o to:na­
. dor de·emp�éstimó do Prüneiro 'Barice N�donat us� os $ 9p para comprar ai&? de
1 )

alg-<.1_éi:t1, q1.:e deposita a moeda ccr:er.te· no Segu.,do Ba.r.�o Nacional: Eis a conti-T
desse'banco: ....\C\'
� 1

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j).·Ó
.. :.. ·.}.. .......
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 127 de 164
,...
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PARTE 10 MOEDA E PREÇOS NO LONCO PRAZO

. (

( SEGlJ!'/DO BPNCO NAC1:JNA�


(
Passivo
Rese:vas $ 9,00 S S0,00
(
i:mprésêr.ios 81,00
• • • :. • •
• + •

Após o de?6s!tO;esse.banco tem·pass:vo de$ 90. Se.o Segundó B?:Í:Co Nàciona! .·


,.. ... ;·:·. •

r
também ti<'cr• unia•riü.o de·reserva de,10%;-manterá $ 9. como resçrv;r e:-c9_;ié'ci!erá ..,. . ,. ;
el'!'lpréstime>� no total 'de'.$81:'Dessa,forma, criará $·81-.em r.,oeda aêê�lo::úlÍ::Se"esses.,· . '
$ 81 forem ·eventi.1alm e:1te·depositaê!ós rio:Tercei:ci�ncó:Nacjonal;:que. também• . : '. .,· . · ;
(
, · tem uma razão ·de i:éserva àe· 10%,;·esse banç9·màntérá S s,1g,de r�s.erva_ e co:1cede-.. • . j
rá empréstimos num·tota! de·$ 72,90. Eis.a conta-T .sõ Terceiro'·'Biinéo.t-racio.na! c . .· .
:e TERCEIRO BANCO MC1pl\'.•.�
1

,(
'r Reser:as
Ativo
S 8,lO �:tos
?assivo
181,00
Empréstimos 72,9:l

O processo aV2:1ça. '.A cada vez c;:ue a ll'.ceda é clepo�itadâ e ürrt emp:éstimo -�
•,
. ,,: -�
' ·· · ·
' con�edido, n�ais ooedâ é criada.
Enfün,-quanta.moeda é criada·nessa economia?¼r:1os·somi: -:

(
Oepósi\o.origir.al · =S 100,0)
(
Empréstimo do Primeiro 8a��o Neciooal • = S S0.00 [=. 0,9.x S 100,00�-'i" ...
81,00 [= 0,9 i S 90,03]
,
Empr� imo do� Blnc:o�:ío�al e$·
t

( >
Empréstimo <!Ó T- erceiro Bc?nco,Nácioila! ;., S •• 72,90 [e O,S x $ 61,0a]
(

'( • �·-. 1,, •

O:crla to�I de moeda =S 1.000,00

Embora esse pr�cesso de criação de moeda.possa con!in:.ia: indefir,idamer.le,


-e ·ele nsp cria Ümá quantidade infinita de moe9.( Sé-y_ocê sé dér ao traba'.ho de somar
. a seqüência infinita· de)iúmeros<loexemplcfanter:ór;'verá •q•Jé 05 S. 100 de reservõS
geram $ 1.000 de moeàa. A qua.,tidade, de· m�ecia: óúe o sistema i:>ancário ge:a cc:n
".( multiplicador da moeda cada âó!ar de reserva."é chz.."llado de multiplicadbr da moeda. ·Nessa ecor.o:nia
(
i
a Quant dade de moeóa GUe o imagináric1, e:n que·$100 de reservas geram $_1.ÕOO d� moeda, o m1.:'.�j,iicado: da
' ' · · ·
{ sistema bancário gere com moedá é 10. ··: · ::·: :· . .. ,.
elo
"

cada éólar de suas rese:vas O que determina a·'qi'agnitude multiplii:ido: àa r:ne>.eda? A resposta é si.r.'\?les:
( o multiplicador da moedà é. a rectproca da ráz:ão de re:sef1lQ. Se Ré a razão de reserva de
todos.os bancos . da ecônomia,entâo"cada ·dólar, de. reserva gerará 1/R dólares de
., 'r moeda. Em nosso exemp1o;R = 1/10, de modo que o multiplicador da moeda é_ 10. ·
A fórmula de recip�dade:do multi?licadb, da-.rnoeda .faz sentido. Se um
banco:tem'.S 1.000 etj âepósitos; então .uma razão de reserva de 1110 (10%) signi·.
"º( fica que ele deve manter $100 de reservàs. ó miiltiplicado; cia rr.oeda sinples:r.en­
-r te bverte essa idéia: se o sistéma'·bancário como um .todo mantém lllTl total ce
.. ' $ 10D·dé reservas, entãê> ' ele só podé t_ er S 1.000 e'm depósitos. Em oúi:as palavras,
se Ré a razão entre as._reservas e os.depósitos pa.--à cada i:>anco (cu seja, a razão de
reserva), então a razão,êntre os deo'ósltos ..e as resezvàs no sistema �a."'.cárie (ou seja,
-·(
r·(
o multiplic1.dor da moeda) drn;s�'r.1/R'< . ·,;._1. ,·-'/ ·. . . · .
�- . Es�ir fórmula mostr� co.:no a :quár,tid�ct'e de lT)o'eda qu�.,os_'t,_ ancos criarr. depen­
de da razão·de reserva.Se a razão de reserva· fosse de apenas ''.i.í20 (5%), o sistema
bencá..110 teria 2D vezes mais em depósitos do q;e ��-rese:yas, i:nplicando ur., r.1ul·
f

(
r- . ..
tipEdado= da'moeda d�· 20, Cada dólar de reserva ge:ar!� 'S íii' de :noeila. De for.na

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rlil:l:it'..,.,'2-�• ·S,::,�;1�-------------------
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010

CAPÍTULO 29 O SJS,EMA MONEXÁ�IO


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11 simila:, se r. ra?ão de :escrva .:osse .de 1/5 (20%), os depósitos se:ialn cinco vezes
,,i;;
• maiores do q�,c as reservas, o multiplicador da mocda·seria'.s e c.. da âólar de reser­

:i va geraria$ 5 de rr,ocda. Portanto, qua!1�0._mn.i�r n r�ào 'de r_eserr;r., menor r. parcela l·;
de cada depósito que cs bancos emprcs:mr. e �111enor o multiulicador da moed.a. No caso
.. •••

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. e,;pecial da reserva de 100%, a.razão de,rese:va. é 'J., o �ultlplicador da moeda é 1
e os bancos nãoc · oncedem.empcést::1:os. nem -cria.m moeda..
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•· Como já vimos, ·o Federar Rese.:ve.é respon�ável-por controlar · a o.:erta.d�·i:noeda·r:a ..... ,_,
economia: Agora (,UC sahem<ls:coin� (unciona Q.sistema bancá..-io·.de reservas.fra­ )'
-
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tJí·. don�rias; es tam .�s .em·m.elbo:"posiçãR P.!"ª·· entender co(T)o o· Fed exea,ta,essa::arc-· •
. ·, i�-.. fa_· t,;ma· vez .qi:e. çs,:banc��!ctj'am,,moed�·;e,n,.':":':sistema d�,rese1Yas fracionária_s,.<;>.;. ,, ..
·.
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'. { ccnttole.,do· Fed-s.o.br<?-a- ofcrta:de,rnoeáa.émdireto. Qi.,a,:ic!o o-Eed cecide altcrai:.a· _ · . -·;
,::
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o��r�n de:n·,oeda; creds.ê:a�,1aHarcomc· ·suaS:aç9es,.sc refletirão-no sistema bancário.. ,.. :
0 Fecj terr. :rês'instru.-nen:osemsua:caixa.de ferramentas•monet árias: as ope,
-. }_·

j
rações r.o mercado aberto, as reservas exigidas e a taxa de redesconto. Vamos ver·
cor:10 o Fed usa cada un :.:esses instrumentos. 1.

Operações :10 Mercado 'Aberto· Como já vimos anteriom1ente, o Fed i. .' ( ):


cor.duz operações no I 'l)ercado:. aberto. quando compra ou ·ve,.,de. :h'tulos -co­ cperações no me:caêo ),
go"emo: :>..:a a:mientar a oferta d e moeq., :o Fed instrui seus ·agentes no Fed de õbetto )-'
Nova York a �o:nprar-:Ít'ulos do p-:iblico _nos mercados de títulos do ?aís,_ � dóla, . · à cor.1;,ra e vendz de 1ir-.:las ,
re s �ue .ó Fed pagà•�Jos �ttilos.au.r.,entam:o númerc,-de. dólares. em,cirçulação. ' ·, '.do gove:no·norte-americano
·Alguns ·desses dólares são mantidos como inoeda corrente e alguns são -deposita­ -, • pelo ,e</ , :,
dos e:n ba11ccs. Q,da novo •dólar:mant:cio como moed,,corrente.,.umenta a.oferta
·' C:e rr.oeda em éxá!arnenté $·f-C-:da -novo. dólar·depositádo_em um b�:-tco._atamen­
)"
ta a·oferta de moeda er:"l uma r.,agn[tudemaior porque awnenta-as reservas e, por- -
tanto, a qcian:idade de moeda que o s:steqa bancário pode criar.
Para red·.izir a o:erta de rnoe�a, o Fed faz j1.1stamente o contrário: vende títulos
· do governo ao pl1blico·nos mercados de titulas do pais. O público paga·por esses
títulos com moeda corre, .,te e depósitos bancários que possui, reduzínd:> direta­
rr.en:e 2 quan�::aée de.moe.da em circula�o:Além àisso, à me<lida que as pessoas
fazem ret:radas cios bancos, estes se vêem com· uma quantidade de reservas cada
vez menor. Co:no resposta, _eles ·reduzem o voh.:cae de empréstimos, e o processo
de =riaçâo de moeC:a se reverte.·. . . .. · .
.
As operações no rr.eccac:o aoeft9 são fáceis de conc:uzir. Na verdade,.as compras /
e vendas de Lfatlos do governo que o Fed executa nos mercados de títulos do país
são semelhan:es às transações c:ue qualquétpessca podem realiza: para. sµa própria
ce.rte:.rà (é. claro que, quandq uin indivíduo cqmpra ou vende um título, a moeda
n.?da ce mão, :nas ·a quantidade de moéda ��0 circulação _pe11T1at,ece a mesma). i
)
.. A)ém-ilisso, ó ·Fed pode usar as operações no. m�_rcado aberto para altera� a oferta de
\.

.
·�
; · mo·eda e;:n maior· ou r:"lei:ior-qua.ntidade a;,quaJcjuer nioll\ento; sem maiores al'.era- f
íÕes nas leis ou nos regulamentos bancários. Portanto as operações· no mercaco
aberto são o ir.st:umel\lo de pol:tica monetá.-ia.. que o Fed usa com cui:or freqüência. ' j
.
reservas exigidas
Reservas Exigidas· •· o' ;ed també� influe�cia a oíe:ta de moeda por meio J
regu'.améntaçlo �.;e diz )
das reservas exigidas, que é a reguiamentàção que diz respeito ao montante respeito lo montante
(

m:nimo d e :eservas que os ban::os devem ·manter sob:e seus depós:tos.As reser­ mii110 de rew,;;s_ que 1
... :.. vas exigidas influer, c iam a quantidade de moeda'que o sistema bancário pode criar ·1
os bancos cevem ma.iler (
- a ?a:t:r de cada dólar de teseiva .V m .aUII)ento nas reseivas exigidas significa que
; • • .: l '•• '., • ,, •<, , • ' , '
sobre �et.l! depósíos I\
�sJ. 1
2 l\.R.T:: Também co:\�.ecido corr.o Depé$itos Compulsór:os ou Reservas Obrigatórias .. )

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, INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 129 de 164

�o1 PARTE 10 MOEDA E PREÇOS NO LONGO PR.AZO


(
'
( os ::,ancos de·,'.em manter maio:-es rese:w.s e, ·portan!o, pode::t emprestar menos de
cacia dólu que é depositado. Como resultado, a razão. de resecv?. ��me::it a, o mul­
', (
tipiicador da moeda ciiminui e a o!ecta de moeàa ·ca( bversar:ier.te, u�a'qu ' edá :1a s
' ' -:-<'eservas exigidas reduz a raüo ·de re$erv� ·aumenta o nu'.tiplicador ·ê!a rno�da e
·· éleva ii'oferta de m·oeda.
'
·
). • · : .. . ·, . ;,; . . . , .
·' · ·:.··. o ,Fed.úsa.as alterações_,nas·rese:y.is. exigidas,:muito·raramenle, s,na:vez::que. , ... . ,...
< ' ·...
.( ... · .... ·• ·· m danças ilieqii'en·tes·,desor_ganiza,iam ·a·-·atividade:.baricária.,.Qu and<i-40,:Féd.' ·au-:, ., . ,.-...-·.:..•,:,
� '.
· · ·.,,_ menta- as res-e'ivas•e�gidas;i por·él<emplo; ;.Jguns·bancos podem se..-�er,co:::1!�ta.de:· _,: ·;.--·. .::1,; .
{ ... • '; · reservz:s{rneSTiro.cja'ê'ri20 tenh·arn 'Sómdo.�ualquer alteràção.deJ;iép6s:tos.\Em: con- ,.:: •. ,... .. ._... ;,.·
' r·
· "· • -: .., seqüênciar,eles:,prei:isam•.re'duzi!: ;os ·;einpréstimos:,.àté-:iiue, t enham ..,elevado. �uar , . : ,:.-:.:.. .-.]:
· · 1
reservas ao novo ru'.ve! ·exigido.
� ( ' . '
: A Taxa· de·Redesconto:,:,-O-tercei.ro.ins�.1.,.n'entodacaixàde.fer:-a:nen:asdoF ed e.:. - . :,:
'axa de redesconto é a.taxa deTe!1esconto;-a'.taxa'Ôe juros·. sobre·cs:emp:éstimos·<;tté c:i-Fed foz aos b�- . .' ·. :.: i.
.
.; l!Xõ <le juros sobre os cos. Um banco toma empréstirt1o·do ·Fed qua..".do possú: .po·.,cas reservas para ·fazer , . ., ;
\
empréstimos que o Fed frente às. reservas exigidas:isso pode·acontécer porque·c banco concede� empréstí-
mos em exc1 : sso cu porq�� :ocorreram retiradas rec�r.tes: Quando o Fed cor:icede u:n
. .·
i

. , .;
,
..• ,
:!.
\
concede aos hcr.cos
emprés!imo desse tipo a um banco, o sistema oancário fiá'coni :nais reservas, e ess25" .,
reservas.adicionais permitem q·�e· o, sistei:ni. banêá;io.c:rié mais.mcéda. . : · · .
(
·: O Fed,.pode· alterar·,a·oferta· de,moeda múdandó-. a.t2.Xa dé redéscon,:o .. Urna. tcXa . . 1
( de·redesconto · mais •elevàda:desencoraja · os -bzncos -ée· toma::empréstimcs . .pa.ra • J!


· reservas;io •Fed:.PortantÔ,'urn aumerito· na taxa.:de:re<iesconto reduz a.quantidade
·
· • :·de resecvas,no sistema·_- bancário, o que,·por sua vez,-=eduz a ofe:ta')�e._noeda.,
( . , ·: .. Inversamertte;uina•tcXa·de redesconto menG>:,incentiva os bancos a tornai emprés-. . . : _- .
( ·:: tlcnos no Fed,.,aumenta .2-•cjtiàntidade 'de.reservas e.elevà,a.oferta. de.moeda. ,,, . . -'· • .. . ... , !
· •·:o Fed-usa· a·taxa·de·redesconto-não- só· par,u:ontrofar·a•,ofert�·,de ·moeda,,:mas .,•
·, l' , também: pil.ra·••ajudar 0 instituições ·,nnanceiras«quere�tejam,••em -difkuldacies.. PcJ. .
· .., • exemplo;e · in�1984;�drttiÍa'rar:r. nimotes:dé-qu& 'o· ·ContinentaHllinois Kational.Ban.'<:.
·fizera um grande nÚl'r.etÇ> �e-, e,mp�stimos·.àm1, dos.os, :e .esses ru. T! ' Ores.induziraIT', ·
muitos depositantes a sacar seus depósi_ tos: ComC? ?arte-ee um esforço p�:a sal�11:
o banco; o Fed agiu corno emprestador de ú!tim\t_in'stãnda e·repasscu ao Con�- ,
( nental lllino�s mais d.e $"5· bilhões: De forma: sirriilar, ·qúarido o ir.erca!:o ée açces
( queb:ou em.19. de outubro ·de l987, 'rriufras cor.:eto:as de Vl'all Si:teet se vi:a.r.i tem- l,
· ,
po:ariamente necessitacii's de funâos :para fin'anéia'r-o :eievado volume ·de negócios t
com ações. Na manhã �fguinte, an!es dà·abéctura·�á· bolsa, o preside;te êo Fed.
Alan Greenspan, anunáou a ndis70sição do Fed de sen1r como fonte de liquidez
e para dar sustentação aq sistema ecônõmico .
· ê:finaíiéei.ro N. Muitos econo::nistas
( acreditam que a reação .de Greenspan à quebrá 'da· _bolsà foi u:na das·princi?ais
p_oucas·repercus�ões.· '···.
(
razões para que houvesse,tão
.. ,,
. .. •:, '
.. : . . ::· . .. .
' 1

Problemas. com o Controle da Oferta.de Moêda·


... .. .• .··. .
' ·:'' _:, • ' ,,, '

(
' . . . ·• ,• , ' '
N
. . .
Os três irstrumentos d; .Fed � oper�ções !\0-�etêà:a6 à'ómo;-reservas·exlgtdas -e '
0

( :
taxa de redesconto:. . têm. poderoso efeitô sobre. â oferta. de moeda. Mas ,o contro:e
( que o Feci exerce sobre a oferta de m�eda não é preciso. O Fed é obrigado a lu!cS!' ·
cor:i dois problemas, que surgem porque gran<ie•parte da oferta de moeda é criada
pelo sistema bancário de reservas fracionárias.
( · O primeiro problema é que o Fed não controlá a q:.i�tidaée de moeda que as
familias decidem manter.depositada nos ::,àncos.•Quanto mais moeda as famílias
�. (
depositam, rn<lis reservaS:,os bancos têm". e mais moeda o s�:ema ba:t:ário pode
dar. E qi.:antó inenos· moeda as famílias depo_sitan,, merios:reséiyas ·os bancos têm
-. ( e nenos ,noeda o sistema bancário põde· criar:-Pa:a·veé,coi. que. i�so é üm prob:e-
.. r . !ia qs.1e, um dfa, ·as pessoás. co:neceÍ!) a·•pe:a�r,à' :con.�ança no sistema
0

ina, si.ipÓn.
bancário e, por essa raz;.�, decidam retirar seus úpósitos e·f.car com r;-.oeda cor- jClC\
- .
/·. . . -�J ...
. is,.,�,r .
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 130 de 164 1,.,:; : .

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CAPITULO 29 O SISTEMA MONETÁRIO 641

�j
/·,
re:\te cm seu·poder. QL:ando is so acontece, o sis tema bancário perde· reservas e cria ._,
menos :noeda. A oferta de m oeda cal, mesmo sem nenhuma ação do Fed.
·O segunde pro',!ema do· contrÓÍ�_. r:1onetário'é que o.Fed não rnntrola a quar;­
tàade que os '.,ancas deddem emprestar. A partir do:depósito_ de moeda em i;m
banco, exis·:e criação de mais moeda. somente qstando:o .banco concede emprésti -.
mos. :Uma · vez cpe :os' bancos::po�epi'·.optai:P.ºÓnanter.uin excesso cie,res ei:vas, . o
· ·Fed oode
� · não· estar seg-
V
...1:-o·de·ouant2.
J
:,in(;)etia -O:siSterria.bancário· irá.criar-.·Por..exem-: .. .·.· ..: � ,-.
·plo;·suponh« qu�,>c.tir r:d!� os baricostse:torn�m:_n1ais-cautelosos em·relação às con.�·.
. <lições ·cta· econom,á ·e ·deddam,conceder,menos· empréstimos . e·man!er:reservas
. maiores: Nesse caso, 'O sistema: bancário·-criará::menos,moeda·-do:.que.antes:Por:
t caL:sa da d-edsão dos bancos, a -Ofe:ta :de r:noeda cai.
l ·Assitri, num sistema· bancário:de reservas.-fracio"ná:ias, a quantidade de m oecia na·
'
economia depende, .em parte;;-do_ .éq:np.or.tamento dos depositantes e dos:bancos. ·
í Como o · Feci não pode: ccntroiar�oµ prev;er:p·�rfei,tamente esse .con-tportamento, · não..
pode conl1:olar per(eiian'leflte.•a_: ofect.a d�..moedcr. Mas se o Fed· se mantiver..\�gilan­
i te, esses probie:nas nã_o precisam:ser. gr andes. O. Fed coleta dados semanais sobre
J
'· _,I'
1 os depósitos e as reserva·s dos bancos, ée .modo que rapida,-nente fica à par so­ ),
. .,
1
bre quaisc_uer mudança s no co,nportail'.\.ento do s depositantes ou dos bancos. E )';
2ode, portar.to, responder a· essas alterações e manter a oferta · de moeda próxima ao
r,ível desejado. · );•
))
,1 Estudo de Caso ). )
·..
)_)
CORRiDAS AOS BANCOS E AOFERTA DE MOEDA ,))
Embo:::a, na ·vida - rea1,·vdcê. ,provavelmente jamais-tenha testemunhado.un1a ·corri... Y ·,
_,._,,
da aos baricos;talvez tel)ha ,Í$tO alguma:.�m-fümes como ·Mary Poppins ou Afelici­
dade não se compra. Uma corrida·aos·bancOs aContece _ quando os:depositantes sus­ ))
peitam gue cm banco pode falir e, por isso;_"correm" para retirar seus depósitos.
.,
As. corridas aos bancos são um problema para os bancos em U.'l\ sistema de · j.l
reservas frac ionárias. Como o b anco mantém apenas um a fração de seus dep ós itos . ,.
em reserva, não pode satisfazer os pedidos de retirada de todos os deposttantes.
�,1esrr.o que o banco est eja, de . fato, soivente-(sigruficando que seu·ativo é maior do
que o passivo), não terá dinheiro em ccixa suficiente para possibilitar a· todos os·
depositantes acesso imediato ao seu dinheiro: Quando ocorre uma corrida, o banco
é forçac.o a .:ecl-.ar as pc�as até que alguns eplpréstimos conced idos sejam pagos
ou a:é que algum emprestador _de,: última iristância (como o Fed} lhe forneça -a
moeda corrente de que necessita·.pài:a satisfazer os depositantes.
• Ascorridas acs bancos complicam o cóntrole sobre a oferta de moeda. Um
ir.:,portaz\te exemplo desse problema se deu durante a Grande Depressão do início
da década clé 1930. Após �a onda de corridas aos banco� e de fechamento 'd-e
..bancos; .as famílias e os. banco
. ' s torri aram-se
. � mais
) . .cautelosos.. As fanu1ias retiraram
seus depósitos dos banco�, preferindo-manter a · moeda sob a forma de moeda'Cor-
rente. Essa decisão reverteu o pf?.cesso. de. ci,iàção de moeda, à medida que os ban­
cos responderam à queda das reservas com uma redução na concessão de emprés­
timos. Ao mesmo tempo , os bancos aumentaram a razão .de reserva para ter
dinheu:o suficiente em caixa para a tender à demanda.de s eus depositantes, em caso
de futuras c_êmidas ·a bancos. A razão de reserva m2is elevada reduziu e multiplica­
°
dor da moeda, o que·reduziu a oferta de moeda. Entre 19.2. 9 e 1933, a oíerta de
moeda caiu 28%, mesmo sein quzlquec _ação contracionista deliberada do Federal
Reserve. Muitos eco nomistas apontam essa· enorme queda na oferta de moeda
para· e7Plicar o alto desemp;ego é às. ·quedas de preços registradas durante esse
período (em cap:tulos futuros examinaremos os mecanismos pel-os quais as vana­
ções ni_ oferta de moeda afetam o desemprego e os preços).
<;)..53 ' ,
' .:- · ..,.•

r
\
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 131 de 164

PAR1'E 10 MOEDA E PREÇOS NO LONGO PRAZO


1
( il
J-Toje cn1 dia, as corridas aos bancos não são um gr«nde prcblem para o siste­
e a segura nça dos depósitos
( ma bancário ou o Fed. O governo federal ag ora garant
Federal de Segi.tros de
( na maioria dos bancos, principalmente por meio da Empresa
Corp ration - FDIC) . Os depositantes não
( Depósitos (Federal Deposit Insurance o
o que seu banco.venha a
( correm aos banco s-porque estão segu ros de gue, mesm
tal de seguco dos .depó•
· faHr, a FDIC garantirá os depósitos. A política governamen
pode m ter .i:nuito óouco
sitos tem custos:· os bancos cujos depósitos são ·garantidos
(

r · í:1ccntivo para:e�{tar.:risc os ·elevados ao:·conceder-· empr


éstimos:·Mas:(lm· beqefício · .., ..
· do· seguro i:le;depósitos·· é·:um:sistem a.,bancãrio·mais·:estáveL.Co moJ�sul ta:àci; as:·,:·:.
( •.
a. •
( .. • pessoas só-vêem.corridas •aos 'b ancos·no· cinem
( · · Teste Rápido·Descre�á cómo ·os bancos dahí.m,'e':ia.'•'Sê·ofed'q�isesse·. �sõ; looos·0s·três,instrJmeAtos :.,......;
( · · • óe po'itieõ.�e que .i!ispõe,;,ara·oiminuir a ·. oferta ·de moeda, o que faia?
(
(
CONCLUSÃO
l
e: How t/ie Federal Reserve
( Alguns anos atrás, um livro intitulado Secrets of the Templ
Ri ms the Co:mtry (Segredos do Templo: Como
o !'ede,al Reserve Adn)inistra o País}
as quanto ao exag ero do
fez parte da lista de best-sellers. Embora não h aja dúvid
(
monetário em .nossas vidas.
·título; ele•destacava ·o importante ..papel ,do sistema
,coisa,: confiam os na convenção
( Sempre. que :c ompramos ·ou vendemos alguma
da':. Agora que sabemo s o que é ·
( · soci2.J.extraordinariamer\te·útil denomh"lada "moe
discu!ir·corr.o as variações na
( a moeda e o que. determina sua· oferta, podemos ·
eçaremos a tratar desse assunto no
· •·q,1ahtidade de-moeda 'afetam ·a·econo:nia. Com ' ·
( próximo · capítul o.
f

( -RESUMO
tema ·mon1'!tário'nor�e-emericano:..o .presidente do
(
• O termo moedn refere-se a ativos que as pessoas
(
usam regularmente para comprar bens e serviços. Fed é no meado peló presidente dos Estados Unidos
e
( • A moeda tem três fl.lnções. Com o meio de troca,-é e confinnado pelo Congresso a cada quatro anos. O
presidente é o · principal membro da Comissã
o
� o item \tsad.o para realizar transações. Como unida·
Federal do Mercado Aberto, .que se reúne a cada
de de conta, proporciona uma maneira pele, qual
seis semanas para tratar de mudanças na p olítica
pre ços e outros valores econômicos são registrados. monetária.
C omo reserva de valor, proporciona uma maneira
( • O Fed controla a oferta de moeda principalmente
de transfetir poder de compra do presente para:_ o
por meio de operações no me:cado aberto: a comp
ra
( foturo.
de títulos do· governo aumenta a ofert'a de moeda,
( • A moeda-mercadoria, c omo o ouro, é uma moeda e a venda de títulos do governo reduz a oferta
de
{ que tem valor ,intrínseco: teria valor mesmo que de moeda. O Fed tamb�m pode expandir a oferta
o
( . não fosse us ada como ·moeda. A moeda de t;_.rso moeda reduzind o a s reservas exigidas OLt reduzind
de
forçaria, como os dólares de papel, é moeda sem a taxa de redesconto e"pod� 'tontrai "a ··oferta
r
( ou aum en­
valor intri:1seco: não teria valer se não fosse usada moeda aumentando as reservàs exigidas
( como moeda. tando a taxa de redesconto.
( • Na economia ô.os Estados Unidos, a moeda toma à • Quando os bancos en1prestam parte de seus àepó·
da na
( forma de moeda éoITente e de diversos tipos çie sitos, eles aumen'.am a quantidade de, moe
e deuósitos bancári-os,'c omo os depósitos à vista.· econ or:iia. Por causa desse pape! d o s banc
os na
qLte o
e • O Federal Reserve, o banco central dos Estados determinação da oferta de moeda, o controle
Fed _exerce·sobre a oferta de moeda é imperfei
to.
( UrJdos, é responsável pela regulamen�ação do sis· ·
(
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 132 de 164

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Listas de Exercícios
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3a� 3b� 3c e 4
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Simulado. li
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 133 de 164

(
(

3A
(
LISTA DE EXERCÍCIOS
( (Uni:lade 3)
1
.. .
Conceitos importantes:
1) Definição de produto
4) As diversas medidas do produto: lnte·mo/naclonal,
2) Fluxo circular da renda
brutoníquido, a custo de fatores/a proços de ,;,ercado
( 3) As três óticas do mensuração: as óticas da
5) Comparações Internacionais
produção, da renda e da despesa
C
\.
ANOTAÇÕES

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(
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( Jr.f,,od11<'80 a Ero11cm;o
/'1/2010
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. . ... • ···· ··-··· · -· - -· · . -- ·-- ·- -----


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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 134 de 164
)

)
)
)
2 )

DEFINIÇÃO DE PRODUTO
)

Produto interno bruto: valor d e mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em uma unidade
1erritoriaJ em um determinado. pe.rí��'? ·de t�mpcF . .. . �... )
)

1. Leia atentamente os trechos da reportagem abaixo acerca da atividade econômica informal, publicada no jomal
)
Correio Brazilien,i" no segundo semestre de 2005:
)
Nova participação no PIB )
)
A mudança na base de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) (... ) pelo Instituto Brasl/eíro de Geografia e )
Estatística (IBGE) deverá resultar num aprimoramento das estimativas so.bre a economia informal. (. . .) o instituto terá )
condições de estimar com maior precisão o- tamanho da c/Jamada economia ''subterrânea·. ou a que não está J
legalizada, é subdeclarada, não está atualizada ou simplesmente não responde a pesquisas. (...) A e><pectatíva do )
IBGE é que ela {a nova metodologia} seja ,oublícada e adotada em 2006.
)
J
Com base no excerto, responda: quais das seguintes atividades não são em geral incluídas no cômputo do
)
PIB?
a.� Trabalho doméstico das donas de casa. d. ( ) Aulas de Introdução à Economia.
b. (,></ Venda de drogas ilegais. e. ( ) O valor do dia de serviço em que um trabalhador )
c. � Venda de produtos intermediários. faltar . )
)
2. Quais dos �ens abaixo deveriam ser excluídos do cálculo do PIB de 2009? )
)
a) Um automóvel Fiai fabricado em 2009 no estado de São Paulo.
)
b) Um corte de cabelo feito no segundo trimestre de 2009.
i
e) Um relatório encomendado a uma empresa de consu:toria no último trimestre de 2009.
)
'?'d) Uma casa construída em 2006 e comprada em 2009.
)
3. Leia atenta_mente o trecho da reportagem abaixo, publicada no caderno Economía do Jornal O Estado de S. Paulo )

em 12i4/2005, e respcnda à questão: l


)
Exportação pode ter efeito positivo sobre o PIB )
'Elas {as exportações brasileiras) contribuem (.. .) para um crescimento maior' (...) as Importações também )
pesam no crescimento do PIB, mas com efeito contrárto. )
}
A venda, no Brasil, de um automóvel inteiramente produzido no Japão poderia de alguma forma afetar o PIB
1
brasileiro? Como?
)
/n!rodu(nt> d Ea>nomia )
1·11010
)
)
1711 )
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 135 de 164

(
4. Explique em que consistem e dê exemplos de pagamentos da transfer(mcias por parte do Governo. Por
que elas não são incluídas no cálculo do PIB?

(
ÓTICAS DE MENSURAÇÃO E MEDIDAS DO PRODUTO

5. Com relação ao ciclo da atividade econômica (ou fluxo circular da renda), assinale a alternativa correta.

a. ( ) o processo dá origem apenas a um num monetário, traduzido nas remunerações feilas aos recursos utilizados.
( b. ( ) O processo óá origem a um único fluxo econômico: o da produção (ou o nu"° real).
c. (-t,O processo gera dois flul«ls interdependentes: o da renda (re!alÍl/0 ao pagamenlos dos falores empregados} e o
da produçao (relalivo ao fornecimento de bens e serviços às unidades familiaras}.

l 6. Mostre com um exemplo numérico como o produto pode ser medido de pelo menos três maneiras dlerenles, mas
equivalentes: pelo valor de bens f11ais ou pela soma de valores adicionados (ambos correspondentes à ótica da

( produção/ do produto), ou pela soma das rendas recebidas (ótica da renda).

7. Obseí"8 atentamente o quadro contido na reportagem abaixo, de NUson Brandão Junior, publicada no jornal Q
Eslado deS. Paulo em 1/4/2004:
(
( PíB soma R$ 1,5 trilhão • cai para 15° no mundo
( Os valores das contas nacionais foram informados pelo IBGE (...) o lnsli!ulo apresentou os númtros relativos a
( 2003 (, ..)
Divisão por demanda (em R$ bilhões)
Consumo das familias 662,44
Consumo do governo 291.92
Investimentos 273,32

( Exporta!,ão 255.38
Importação -198,80
(
( A mensuração do produto pela ótica da despesa tem como base os componentes da demanda agregada (ou

( demanda global) apresentados pelo quadro da reportagem. Dispondo dessas Informações, explique a identidade
contábi Produto� Renda� Despesa.
(

8. Explique em que consiste o problema da dupla contagem na :nensuração do produto. Como ele pode ser eviladi;,?
(
(
9. Em termos de informações fomecidas, qual é o significado das três maneiras de calcular a mesma grandeza: a
produção'?

( 1
lnlonnaçõcs de� accra da$ ris ótieu de m,t:n$tl!'2Ç!o do produ.to cm;
( hup:J/',;,rww.ibgc.gov.t:1-/bomc/cstati.t"jca/eco:,om.i:1.'cont:1snaciol)3is/200Jlccmlasn:ati0flllis200J.pd(
lntrcduçêo ,; F.e,on,;m;a
e /"IW/Q

(
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( ...... _ .. __ .... -- ··- --··-· ·•---·-·---·-•·..--·-·- ···------ -· - -··--·-·"'·········· - ·�·--·-······ ··- -··
l
(
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 136 de 164
)
)
· -····---- ··-
··· ).
)
)
)
4 )
)
10. A lista a seguir apresenta valores relativos a um conjunto de transações econômicas realízadas ao longo do ano
)
passado. Classifique os valores que compõem o cálculo do PIB pelo valor de produção de bens finais (P), pela ótica
da renda (R), e os que não compõem nenhuma dessas das duas formas de cômputo do produto (X).
)
)
a. ('1!) Valor correspondente à importação de 100.000 CDs de grupos de rock. )
b. ():/)Valor de 10 geladeiras usadas doadas para uma Fundação beneficente. )
c. (R) Vator de pagamentos de aluguéis de casas de praia em Búzios. )
d. (PJ Valor da venda de materiais usados na construção de um prédio de apartamentos. )
e. (f) Valor do pagamento por uma publicação de anúncio de uma lavanderia nas Páginas Amarelas (suponha que )
a publicidade é um insumo regular da lavanderia). )
f. (f) Valor de venda de linhas telefônicas utilizadas em residências.
)
g. � ) Valor de salários pagos a instrutores de ginástica de uma academia.
)
h. (H Valor de vencia de pneus a Iam ílias por lojas especializadas.
)
)
11. Como motivação, leia atentamente o trecho do artigo abaixo, de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia
do jornal O Estado de S. Paulo em 7/4/2005: )
)
Confusão em tomo d o PIB )
Como o ''I" do PIB indica, este mede a produção de bens e serviços realizada intemamente a um pais, ou seja, )
dentro das suas fronteiras geográficas, mesmo se realizada por fatores de produção de outras nacionalidades, como o )
capital estrangeiro ou trabalhadores imigrantes. )
)
Quais as diferenças existentes entre as diversas medidas do produto, ou seja, entre as medidas originadas de sua
)
qualificação em interno/nacional, bruto/líquido, a preços de mercado/a custo de fatores?
)
)
12. Imaginemos uma economia composta de três setores: um setor que produz trigo, um setor que transforma todo o
trigo produzido em farinha, e um selo.r que transforma toda a farinha em pizzas. O quadro abaixo apresenta os valores )

referentes a cada um dos setores. Essa economia não iem govemo e não mantém relações com o resto do mundo. )
)
Setor produtor de . trigo .. Setor. produtor. de farinha Setor produ!or de pizzas )
_ _ ,. . . � .· ' . : .·
Matéria-prima (custo) 300 Matéria-prima (cust�) 500 )
Lucros do produtor 200 Lucros do moinho 100 Lucros do forno 100 )
Salários 100 Salários 100 Salãrios 100 )
)
a) Calcule o valor adicionado à produção da economia nos setores de trigo, de farinha e de pizzas. )
b) Calcule o PIB da economia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados).
)
c) Calcule o PIB d& economia pela ótica da produção (valor dos bens finais)
)
d) Calcule o PIB da economia pela ótica da renda.
)
e) Por que é impossível determinar o Produto lnlerno Uc;uido da economia no período considerado?
ln1ro1uçdo 3 l!'oor.omiu
)
1"'(1010
)
)
)
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 137 de 164

5
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13. PROVÃO ( 2001 - nº 9)
\

Em uma economia são conhecidos os valores, para determillado ano, dos agregados macroeconômicos abaixo
listados:
( Consumo do setor privado: C
l tnvesUmento do setor privado: 1
Poupança do setor privado: S
Gasto total do setor público: G
( Exportações de bens e serviços não fatores: X
i.__ Importações de bens e serviços não fatores: M
Renda liquida enviada ao exterior: RL

,­ O Produto Interno Bruto dessa economia a preços de mercado n o ano em questão é dado pela soma al gébrica:

\.
( A) C + S + X- M + Rl.
(
(8) C + t + S + X-M.
(
,(C) C + 1 + G + X - M.
( (0) C + G + X + M + Rl.

( 14. Consklere as seguintes Informações sobre a economia de AtlãnUda e calcule os sogulntcs agregados
( maCIQeCOl'lômicos:
(
Atlântida (2005)
(
(Valores em USS bilhões)

( Consumo privado 1.500


( Gastos do governo 500
( Exportações de mercadorias 1,000

( Satârios 1.000
Lucros líquidos 3.000
(
Importações de mercadorias 500
Lucros e juros pagos ao el<lerior 600
Royalfies recebidos do exterior por empresas brasileiras 100
(
Investimento bruto·· 2.000
( Depreciação . 300
( Impostos indiretos l lquidos de subsídios 200
( • Inclui variaçoos de estoques.
(
( a) PIB a custo de fatores pela óUca da renda. c) PIB a preços de mercado pela ótica da despesa.
( b} PIB a preços de mercado peta ótica da renôa. d) PNB a preços de mercado.
(
l'flttYX/1,çio,: EccM1t!ia
/"IW/Q

··--·----- ·-----·---"··----·-·--·---···--··· - ..-------··· ....... .. .. - .. ___ .


..., •·••·· -···--· ... ·-·· •· '"-······-
(
e
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 138 de 164
)
)
-------··· ····· - . ------•-"--••-····-· ····- ·· ·-·-···· ------ -· --·--·--- ··--· J,
r
)
)
6 . ).
15. Os dados seguin!es se referem a Vinholãndia, um país fictício onde hé três empresas: uma produz uvas. uma
:1
)
produz garrafas e uma produz vínho. Toda a produção de uvas e de garrafas é comprada pela fábrica de vinho. A
produtora de uvas não apresenta consumo intermediário. ou seja, não compra insumos (matérias-primas). e a ).

produ•.ora de garrafas compra seus insumos de outro pais. Com base no quadro: );
)

Vinholândia (2005) l
(Em unidades monetárias) )
}
Jtem Pro(!. de .uvas
.: ...·
Prod. de garrafas
. .
·.·•. . .
)
Insumos 200 3000 )

)
Salários 400 600 1000 )
)
Lucros 900 900 1200 )
)
Valor da produção 1300 1700 5200 )
)
a) Calcule o Produto Interno Bruto (PIB) de Vinholàndia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados). )
b) Mostre como se pode chegar ao mesmo valor pela ótica da renda. )
c) As empresas produtoras de garrafas e de vinhos reservam, cada uma, 200 unidades monetárias por ano para
)
despesas referentes à depreciação de seus equipamentos. Com base nessa informação. calcule o Produto Interno
)
Liquido de Vínholãndia.
)
d} A empresa produtora de garrafas tem sócios em outros países e. por conseguinte. remete metade dos seus_
j
lucros (depois. de deduzidos os gastos com depreciação) para o exterior. Com base nessa informação. calcule o
Produto Nacional Liquido de Vinholândia, }
)
16. Uma e,npresa Beta. situada em Atlântida. produziu 1.000 unidades do produto A no ano de 2005. Para tanto. a )
empresa Beta ocr ,sumlu RS 6.000 de insumos produzidos por outras empresas e pagou R$ 9.000 em salários aos )
traba!hadores·. As familias de AUàntida não compraram o bem A, mas 800 unidades foram vendidas a empresas locais )
ao preço total de RS 20.000. Entre as 800. 700 unidades foram utilizadas na produção das empresas locais. Com
)
base nos dados. calcule os seguintes valores:
)
a) O valor bruto da produção de Beta.
)
b) O valor adicionado ao PIB de Atlântida por Beta.
)
c) A renda bruta gerada na produção de A.
)
d) A remuneração dos fatores envolvidos na produção de A.
e) o valor dos bens intermediários e finais produzido por Beta. )
f} Entre os valores calculados no ítem anterior. quaís serão incluídos no cômputo do PIB de Atlântida? Justifique. )

!i111'0.'Íução à Ecor.umia
)
l"/1010
)
)
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 139 de 164

1 E.st�,!xe,:çíc_io i11�lu
_ _ �.:e_lem�n!.º que. tem muita im�ortâ?cl � prótic:l\):i�·11;eiís,�� ação do PIB: a variação de
í.u
é é
I e stoques. Nem �do O !lUe é produzido em u.,;· det rniinado ano'é·utlliz�cÍo n;s� :período, ou seja, 30 fim do
1 ano,_ hà; es toques de_ mercadorias nas_ empresas. Assim, além de bens finais (aqueles que foram vendidos n o
1 _
1 l poríocjó c�mo bens de consumo ou como bens ·de capital) e d� ben� i�terrnediários (aqueles que foram
. _
(vo ndld()� a empresa� e usados como matéria-prima na _ produção de o�tros ben s) ! deve-se cons iderar ainda a
/ _
( . variacifo de estoguos. o valor dos bens que foram adicionados aos estoques deve ser computado no produto.
( 1 =�,s.o faz parte do _esforço pro�utivo da sociedade no ano con•l ?�rado; simetrleamonte, a roduç5o do
_
� yes também deve ser considerada (com sinal nogatlvo). · .. · ·
(

17. Af'IPEC (2002 - n• 1)

Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras:


\
(
A) Renda Pessoal Dls�onfvel é aquela que sobra para a pessoa depois de descontados os imposlos diretos e a
(
poupança.
(
t B) Em uma economia fechada, o Produto Interno Bruto coincide com o Produto Nacional Brulo.

( C) O consumo e o PIB slo variáveis de fluxo.


(
( 18. (Analista do Ministério do Planejamenlo, Orçamento e Gestão 1 2002) Com relação ao processo de mensuri!Ção

( do produto agregado, é correto afirmar que:


a) es importações, por serem consideradas comPQnentes da oferta agregada. entram no cálculo do produto
(
agregado.
(
e b) a chamada dupla contagem é um problema que ocorra quando um de!e1minado bem final é computado duas
vez.es no produto agregado.
( c) o valor do produto agregado ê considerado uma •variável es!oque•.
( d) no valor do produto agregado, não sao consideradas as atividades econômicas do governo, cujos valores são
( computaéos separadamenle.

( 19. PROVÃO (2000- nº 5)


(
( Em uma economia, ·se a renda recebida do exterior ê maior que a renda enviada ao exterior. então, a preços de
mercado, o que acont8(;e com o Produto Nacional Bruto (PNB), o Produto Interno Bruto (PIB). o Produto Nacional
\
Liquido (PNL) e O Produto Interno Líquido (PIL)?
(
(A) PNB > PNL.
(
(8) PNB < PNL.
( (C) PIB> PNB.
(
---(D) PIB < PNB.
( (E) PIL> PIB.
!rtfrod�oôEt:,/Htf;llrJo
l''/Jll/(J
(
(
(
(
e
(
e
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 140 de 164
'·-
l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 141 de 164

( COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS
(
( 22. Leia atentamente mais um trecho do artigo de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia do jornal Q
Estado de S. Paulo em 7/4/2005:
(
(
Confusão em tomo do PIB
(
(...) a RNB fPNBJ mede a renda nacional, e desconta do PIB de um país o que vazou como rendimentos
(_
remetidos a outros, adicionando o.que_.ingressou como r9nda vinda de fora. (...) É certo que hoje sori10s um pais
( fornecedor de imígrantes, mas o rendimento que enviam ao Brasil está longe de compensar o que sai como
( rendimentos de capitais.
(
( No Brasil, utiliza-se mais comumente o PIB como medida da atividade produtiva. Em alguns países, como nos
\. Estados Unidos, usa-se mais constantemente o PNB. Qual é a explicação para esse falo.
(
(. 23. Um estudante deve fazer um estudo comparando a situação econômica de alguns países. Obteve, então. os
( dados do quadro a seguir (relativo ao ano de 2003), contido na reportagem de Nilson Brandão Junior publicada nó·

e jornal O Estado de S. Pauio em 1/4/2004:

(
PIB soma R$ 1,5 trilhão e cal para 15º no mundo
í O PIB de cada pais (em U$ bilhões)
(
Estados Unidos 10.857 Espanha 819
( Japão 4.291 México 612
( Coréia 521
Alemanha 2.386
( Reino Unido 1.752 lndia 510
( França 1.732 Austrália 508
( Itália ·1.459 Holanda 505
( China 1.381 Brasil 493
( Canadá 851 Rússia 419
(
( Com base nas informações, o estudante afirmou que o Reino Unido havia tido um desempenho econômico superior
ao da França. Afirmou ainda que o primeiro pais possuía economia mais desenvolvida. Você considera corretas as
(
e conclusões do esludánte? Justifique sua resposta.

(
e
(
(
(
(
lmrodHç,fo ô Eco,:omlo
(. J"IJ(}J(J
(
(
e
( •-' ••----••••-•-••-•-·• •• o• - -�•· •"º •-.- •-•-••-••• •-••-- • •••- • • -•- 0 -, - •--- • • • • - �--• --•---'-�•m--••----•-••••-----..
- M• ... ••<o•-,o• +> •• «> •·•• •-• •-•• •- •• • 0 •• ·-•-•-•

(
(
(
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 142 de 164
)

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)
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3B
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)
, , , ., •I .1 :t, , ,. .... ',(
LISTA DE EXERCÍCIOS r

(Unidade 3) )
)

Conceitos importantes: )
)
1) Produto real e produto nominal
)
2) Deflacionamento: renda nomi.nal x renda réal
)
. .. . . .
3) Índices de preços
: .' :·'.•; )
• .;.:.! •

ANOTAÇÕES )
)
)
)
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/Nrodwt;lo á EctMOIWa
J"l]QJO
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(_ INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 143 de 164
(
e REAL X NOMINAL
2

'(
(
1. Expli que a diferença entre valores reais e valores nominais.
(
(
2. Leia atentamente os trechos do artigo abaixo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo durante o se gundo
( semestre de 2004:
(
O desafio de aumentar o PIB
(
A apresentação das Contas Nacionais pelo IBGE é feita, normalmente, em duas etapas (.. ) Na primsíra etapa,
( o cálculo do PIB(.. -) toma por base apenas o volume de produção. Na segunda, o PIB é apresentado em valor, já com
e. os deffa(ores implícitos de cada setor.
(
( A reportagem mencionada alud e a duas medidas d iferentes da produção: o PIB nominal e o PIB real,
� respectivamente. De maneira r esumida, pode-se af�mar o PIB real é medido em preços( ... ), enquanto o PIB nominal

( é medido em- preços( ...). Escolha abaixo a opção correta, e:,q:,licando:

(
e a) do ano c orrente/ do ano-base. c) dos bens domêsiicos / dos bens_ externos.

e. b)• do ano-base / do ano corrente. d) dos bens finais /-do ano corrente.

(
( DEFLACIONAMENTO: RENDA NOMINAL x RENDA REAL

l
( 3. Leia atenlamenle os trechos da reportagem abaixo, de Janaína Leite, publicada no jornal Folha de S. Paulo em
10/1/ 2005, bem como as infonnações fornecidas em seguida:
(
(
Em ano de obras, operário quer aumento real
(
( (.. .) os trabalhadores da construção cnlil deram in/c;o à cam panha de reajuste salarial mais cedo nesle ano:
( querem reposição da inflação registrada pelo INPC (Índice Nacional de PreÇOS ao Consumidor ) mais, no mínimo, 5%
( de aumento real. (.. ,) o pacto fechado em 2005 permitiu elevação salarial de 8, 12¾ para quem trabalhava nos
( canteiros de obni de São Paulo. Assim, o salário Inicial para um trabalhador que Ingressa no setor ficou em
(_ R$ 585,20 mensais (...).
l Dado o reajuste de 8,12% a que a reportagem se reiere, infere-se que "o p acto fechado em 2005" permitiu Que
e o.salário nominal passasse de RS 541,25 em 2004 para os R$ 585,20 (585, 20 / 1,0812 = 541, 25 ) de 2005. Suponha

e que, no mesmo período, o fndice Nacional de Preços ao Consumidor (muito usado em dissídios salariais, pois mede a
inflação para aqueles que ganham de 1 a 8 salários minrnos) tenha aumentado de 100 para 110.
(
(
Julgue a seguinte afinnativa, justificando sua resposta: •o salário real dos operários de São Paulo diminuiu entre
(
e 2 004 e 2005".

e
e . /n!r()ducão ci Eco,:om.:a
/"!JOIO

(
e
(
( ----------------·-----·-. __. , __...._ .. ____ _
, ------ - --.--- .......... ..
.. ·-....-•··-·--·· � .....
(
(
{
}
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 144 de 164
)
)
------ ·--·---· . )·
)
)
)

3 )
)
4. O The New Yorl< Times custava US$ 0,15 em 1970, e US$ 0,75.em 2000. .O salário' médio na indústria era de US$
}
3,36 por hora, em 1970, e de US$14,26, em 2000.
)
a) Qual foi o percentual de aumento do preço do jornal?
b) Qual foi o percentual de aumento do salário? )

c) Em cada um dos dois anos, quantos minutos um trabalhador precisa trabalhar para ganhar o suficiente para }

adquirir um exemplar de jornal? )


d) O poder aquisitivo dos trabalhadores em relação ao jornal aumentou ou díminuiu? )
)
)
ÍNDICES DE PREÇOS )
)
5. Leia atentamente os trechos da reportagem abaixo, de Mariana Flores, publicada no Jornal Correio Brazi!iense·em )
10/12/2004. Em seguida, reS9onda às questões referentes a ind Ices de preços: )
J
Custo de Vida - Inflação no DF supera a nacional
)
)
(...) No acumulado do ano, a inflação local está em$, 10%, maior que a ,r,(,droi nacional, de 5, 61%, segundo
dedos dNulgados (...) pela FGV. A cidade [Brasília] é a quinta do país a ter um IPC próprio. (...) Os gastos com _)

transportes foram os que mais pesaram no bolso dos brasilienses. (...) O peso dos combustíveis no orr;amento familiar )
é uma das principais caracterlsticas que diferenciam o DF do resto do pais. )
)
a) O que são e como são calculados os índices de preços? O que caracteriza os índíces de preços ao consumiolor )
(ou índices de custo de vida)? )
b} Caso o preç,o dos navios cargueiros produzidos pelo estaleiro de Niterói sofra um amento, que medida do ní<,el
)
geral de preços será mais afetada: um índice de preços ao consumidor ou o deflator implícito do PIB? Por quê? )
)
6. Descreva brevemente o que caracteriza o cálculo dos seguintes índices de preços brasileiros.
)
a) INPC-IBGE. c) IGP-DI.
)
b) IPC-Fipe. d) !CV-DIEESE.
)
7. ANP..EC (H/99 - n°2) )
Considere uma economia que produz somente três tipos de frJta: maçãs, laranjas e bananas. Os dados referentes à )
produçã.o e os preços do ano-base são os seguintes: )
)
Fruta Quantidade Preço )
Maçãs 3.000 sacas R$ 2,00 por saco )
Bananas 6.000 cachos R$ 3,00 por cacho )
Laranja 8.000 sacas R$ 4,00 por saco )
)
f,uroduçilo à Economia
1"!2fJ/O )
e INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 145 de 164
( 4
l
\
Os dados referentes à produção e os preços do ano corrente são os seguintes:

( Fruta Quantidade Preço


( Maçãs 4.000 sacas R$ 3,00 por saco
e Bananas 14.000 cachos R$ 2,00 por cacho
( Laranja 32.000 sacas RS 5,00 por saco
Com base nos quadros, classifique as afirmativas abaixo como falsas ou verdadeiras:
A) O valor real do PIB no ano corrente é R$ 200.000,00.

r 8) A taxa de crescimento real do PIB entre o ano-base e o ano corrente foi de 218%.

( C) A taJCa de crescinento do deflato.- implícito do PIB entre o ano base e o ano corrente foi de 8,9%.
D) A inflação medida por um índice de pesos fixos oue tem a ru!lS!ucão do ano-base como referência foi superior à
inflação medida pelo deflator inpllcito do PIB.

8. Suponha uma economia que s6 produza refrigerante e calças íeans. As quantidades produzidas e os preços
unitários são apresentados na tabela seguinte. Seja 2004 o ano-base para os cálcolos solicitados.

Ano Proço (refrigoranle) Quantidade (refrigerante) Preço üeans) Quantidade Ueans)

( 2004 1.00 200 10,00 80


r 2005 1,00 220 11,00 80
(
a) Qual é o valor do PIB nominal em 2004? d) Qual é o valor do PIB real em 2005?
(
b) Qual é o valor do PIB real em 2004 7 e} Qual é o percentual de aomenlo do PIB real e dos
(
c) Qual é o valor do PIB nominal em 2005? prec;os entre 2004 e 2005?
(
(
(
(
(
(
(
(
(
(
(

(
J,11rodr,cifo à EC'OM1'11ifl
( JY1DJ()

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(
(
(
(
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 146 de 164
)

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(Unidade 3}
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Conceitos importantes: )

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' (. .,,
.,;..;". t< > .
, . ..
::..:.·:••.:.:,�-� :. .:;>�; · :: )
1) As transações externas de um país: o b'l_lanço de 3°)'' Balanço · ·de :·:pagamentos.' no·:,·Brasif. evÔluçliÓ ·e
pagamentos -�. �' ··· :• ../;· · ··:·.�<;. :. ...·�.,·:. :� :-,_ .·
��nt;o�é,�ia:f :;}>,{: ·. ·;: (\:;\i/t?•: : . :; \\j'..)\,,\ '. )
)
2) Estrutura do balanço. de pagamentos:
. .. . · . .. transações
correntes, conta capital e fin·anceira e erros. &
·.. . ..i>'. ! .
./;<�(::· )

omissões
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)
ANOTAÇÕES )

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lntroduç.60 à Economfo
1''/2()JIJ J_.'-,
I l/ b
e 2
(_ 1. Com INTRODUÇÃO À ECONOMIA
respeito ao balanço - UnBresponda
de pagamentos, - 1º/2010ao seguinte: Página 147 de 164

( a} O que registram os balanços de pagamentos? Descreva seus prir.cipais grupos de contas, discriminando as
( categorias de transações contabilizadas em cada um deles.
(_
( b) Como é definido o resultado do balanço de pagamentos?
(
( 2. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental/ 2003) A partir de janeiro de 2001, o Banco
( Central do Brasil passou a divulgar o balanço de pagamentos de acordo com a metodologia contida no Manual de
< Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. Não faz parte das alterações introduzidas na nova

( apresentação:

( a} Introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com

( ênfase no maior detalhamento na classificação dos serviços.


b) Introdução da "conta de capitais" em substituição à antiga "oonta financeira".
(
c) Estruturação da "conta de rendas" de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada
(
modalidade de ativos e passivos externos contidos na conta financeira.
(
d} Inclusão, no item "investimentos diretos", dos empréstimos intercompanhias.
e.. e l ,Reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers,
_
(
associados à conta de investimentos em carteira.
(
'
( 3. (Àflalista do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão / 2002) Com base nas identidades
( mac,oeconômicas básicas, é correto afirmar que:
( a} No Brasn, o produto nacional bruto é maior do que o produto interno bruto.
( bj Se o país obteve um saldo positivo na balança de renõas, então o produto nacional bruto será maior do que
( o pro?uto interno bruto.
( e) Se o saldo em transações correntes for nulo, então o produto nacional bruto será igual ao produto interno

( bruto:

( q)-Se o saldo total do balanço de pagamentos for positivo, então o produto nacional bruto será maior do que o

( produto interno bruto.


�) Independente das contas externas do pais, o produto interno bruto é necessariamente maior do que o
{
produto nacional bruto._
{
(-
4. Durante 2005, Futurolândia realizou com outros países as seguintes transações:
(
e (Valores em milhões de u.m.)

e Exportações de bens e serviços 7.000 (A)

e Fretes e seguros pagos


Remessa de lucros ao exterior
500 (B}
800 (C)
Investimentos externos em Futurolãndia 700 (D)
Importações de bens e serviços 6.500 (E)
Empréstimos tomados no exterior 2.500 (F)
Juros pagos sobre empréstimos contraídos 1.000 (G)

hruoduçiio ô E,canomir, . l""'


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1"
1\!
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 148 de 164
)

-------------·-··· · ·-·····----·---- ---- )


}
;:
3 j
Pagamentos de royalties 100 (H) )
Amortizações de dívidas com o exterior 700 (1) )

Gastos de turistas estrangeiros em Futurolândia 100 (J) ),

Com base nas informações do quadro, obtenha os seguintes valores: )


a) Saldo da Balança Comercial:
b) Sado
l da Balança de Serviços e Rendas: )
c) Saido em Transações Correntes:_ )
d) Saldo da Conta Capítal e Financeira: )
e) Resultado do Balanço de Pagamentos: )

i
)
5. Cons dere cs seguintes saldos das contas que compõem o Balanço de Pagamentos do Brasl, observados no
ano de 2003. Os va'.ores apresentados são aproximados, a fim de facilitar os cálculos solicitados. A coluna Sinal
)
Indica se l1ouve entraoa (+) ou saída(-) líquida de divisas.
)
)
)� ·r, t:·..:i:r�l,.\;,.,,.;t(•
r;-; ·•i -:t,,tr:\fr::i�
�: �!!if7: :,;}}!<t ·i:,,.,. :r�•,;�· Valor Sinal Conta
)
Transferências Unllaterais 3.000 +
)
Exportações 73.000
)
Despesa com Rendas 22,000
)
Importações 48.000
)
Receita com Serviços 10.500
)

..
Conta Capital 500 +

Investimento Direto Liquido 10.000


Despesa com Serviços 15.000
Receita com Rendas 3.500
Derivativos/ Out.ros
Investimentos
10.000 -
Erros e Omissões 1.000 -
Investimento em Carteira 5.500 +
Fonte: http://www.bcb.gov.br
Complete as lacunas do quadro e, em seguida, calcule o que se pede:
a) Saldo da Balança Comercial.

b) Saldo da Balança de Serviços e Rendas.

e) Saldo em Transações Correntes.

d) Saldo da Conta Capital e Financeira.

e) Resultado do Balanço de Pagamentos.

/11;,vJ,rrln ô E«>nomia
1?'10/D
j,,l,(6
Ili
( 4
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 149 de 164
6. ANPEC (1998 - nº 15) - modificada
( Admita que as seguintes operações toram realizàdas entre o Brasil e o exterior em um dado período:
{
e
1) Um grupo japonês realiza investimento de 500 milhões de dólares em razão da privatização da Vale do Rio
Doce.
(
e
2) Companhias estrangeiras instaladas no Brasil remetem lucros de 50 milhões de dólares a o exterior.
3) Uma agência de turismo brasileira efetua pagamentos a uma cadeia de hotéis norte✓.,1mericana no valor de
( 20 milhões de dólares, referentes a serviços de hospedagem de turistas brasileiros.
( 4) Uma montadora francesa de automóveis Investe 100 milhões de dólares na construção de uma fábrica no
( Paraná.
( 5) O Brasil importa, pagando à vista, 180 milhões de dólares em automóveis coreanos.
l 6} O Brasil paga ao exterior 50 milhões de dólares em fretes.

( 7) O Banco Central do Brasil obtêm empréstimo junto a um banco norte-americano a fim de financiar o

(_ pagamento de juros vincendos no valor de 80 milhões de dólares.


8) Uma companhia aérea norte-americana realiza uma compra à vista de aviões brasileiros no valor de 150
(-
( milhões de dólares.
9) Uma indústria brasileira de autopeças importa maquinário da Alemanha no valor de 60 milhões de dólares.
(
financiados a longo prazo por um banco alemão.
(_
(
Essas transações são qualificadas no quadro abaixo:
(
(
( ?1t·:., Valor (em

e
: O=racão Efetuada US$ milhões\ Sinal Conta
1 Investimento Externo Direto 500 + CCF
( ;z Remessa de Lucros ao exterior so· - BSR
( 3 Paaamento □or Services Eslranaeiros 20 - BSR
( 4 Investimento Externo Direto 100 + CCF
( 5 lmoortacões 180 . BC
( .
6 Pagamento nor Services Estranoeiros 50 BSR
( Empréstimos obtidos no exterior 80 + CCF
( -
e
Paoamento de luros 80 BSR
8 Evnortacões 150 + BC
'
(
Empréstimos 60 + CCF
( -
lrilcortacões 60 BC
(
(
Saldo da Balanca Comercial -90
(
( Saldo da Balanca de Services e Rendas -200

e Saldo Conta Canital e Fin anceira +740

( Saldo do Balanco de Paoamentos +450

(
e Com base nos dados, classifique as seguintes afirmações como verdadeiras ou falsas:

(
(
(
'
r
r
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 150 de 164
)
)
·--·---"·--·-·"·--· ·· -·- -
· · ······-
· --�---·-·--·--·--··-·-···- --···-····· ·· ·· ·- - . -··-· · · . ·-·· ·-- ·----------- .
)
5 )
)
)
A) O déiicit na Balança Comercial é de 30 milhões.
)
r
B) O saldo da Conta Capital e Financeira é de +660 milhões.
C) O déficit em Transações Correntes ê de 290 milhões.
D) O superávit total do Balanço de Pagamentos é de 450 milhões. )
)
7. Comente as afirmativas abaixo, concordando ou discordando, e justifique sua posição. )
a) Um aumento das reservas internacionais de um pais, ano após ano, indica que esse país tem apresentado )
sucessivos superavits em suas Transações Correntes com o resto do mundo. )
b) Do ponto de vista contábil, o Balanço de Pagamentos de um pais está sempre em equilíbrio. )
)
8. PROVÃO (2002 - n• 13) )
o balanço de pagamentos do Brasil apresentou saldo positivo em 2001, enquanto o déficit em transações )
correntes foi bastante elevado. Pode-se afirmar, então, que:
)
A) D déficit na conta capital e financeira foi inferior, em valor absoluto, ao déficit em conta corrente.
)
B) O Brasil obteve um superávit na balança de serviços e rendas, em 2001.
)
C) O Pais registrou déficit na balança comercial.
)
·o) O saldo da conta capital e financeira foi positivo e superou, em valor absoluto, o saldo das transações
)
correntes.
)
E) O saldo das transferências unilaterais do Brasil foi zero.
)

9. Explique por que pode ser problemático para um pais ler déficits substanciais e crescentes, por anos seguidos, )
em Transações Correntes. )
)
1O. Responda às seguintes questões: )
)
a) Que tipc de transação internacional seria, em princípio, mais suscetível de variações inesperadas no curto )
prazo: os fluxos comerciais (exportações e importações) ou os fluxos financeiros? Por quê?
'
.J

b) "A balança comercial apresenta saldo positivo de US$ 2, 776 bilhões neste mês, segundo dado parcial do
Ministério do Desenvolvimento considerando as operações fechadas até anteontem. Com isso, o saldo acumulado
no ano chego_u a US$ 15,214 bilhões.
Em igval período do ano passado, o superávit da balança estava em US$ 15, 429 bilhões. E= a primeira vez
neste ano que o resultado acumulado fica abaixo do valor apurado na comparação com 2005, graças,
principalmente, a um aumento mais acentuado das imporlações"
(Folha de S. Paulo, 30 de maio de 2006)

Saldos posttivos na Balança Comercial são um indicio seguro de que o país está em boa situação econômica?

!ntroduçQ() li Econ()mia
1·12010 o
Ili\?
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 151 de 164
. 11. PROVÃO (2002 - n 2)
� º

,_ QUESTÃO DISCURSIVA (adaptada)


1
.� TEORIA ECONÕMICA

.,.
� Um aumento nas taxas de juros internacionais costuma ser acompanhado com preocupação no Brasij, dados os
í Pagamentos. Tal preocupação é estam pada diariamente nos jornais, como
"-- poss veis efeitos sobre o Balanço de
. � na reportagem publicada na Folha de S. Paulo, no dia 30 de maio de 2006, por Kennedy Alencar e Marcelo Bali:

· �.J " (... ) A grande Incerteza que ronda e cabeçs de investidores por toda a eoonorma internacional é o futuro
1
-da política monetária nos EUA. Ninguém sabe ao certo oom Ben Bemanke, o no\/0 presidente do Fed, o . banco
1
,:_ central dos EUA, conduzirá o aparto monetário (elevaçiio da taxa de juros de viu/os do governo americano, a gori,
•: ' em 5%] que seu cmtecessor, Alan Greenspan. começou. (.. .) Por conta dessa indefinição é que cresce o consenso
, 1 por aqui de que o BC [Bonco Central] brosi/eiro deve optar ps/8 ceute/8 (... r
,- Disel{ta os possíveis motivos dessa preocupação, identificando repercussões de eventuais elevações das tax:is
lnternàcíonals de juros tanto sobre a conta de Transações Correntes quanto sobre a Conta de Capital 0 Financeira
(

em n psso País.
1�
12. C) .Balanço de Pagamentos brasileiro moslrou superavits crescentes na conta de Transações Correntes. nos

- último� anos, ailmlnando com um saldo positivo recorde em 2005: US$ 14,2 bilhões, ou quase 2¾ do PIB.
Comentando esse resultado, um diretor do Banco Central afirmou que tal tendência das Transações Correntes
"lleiq.em boa hora". trazendo uma indicação muito posiliva quanto à •sustentabílidade externa· da economia. Por
outro lado, argumentou ele, em uma perspectiva de tempo mais ampla. uma economia em desenvolvimento, como
a brasileira, estaria em melhores condições se não tivesse superâvit:s tão elevados em Transações Correntes, pois
ç 'um p economia como a nossa precisa de uma complementação de poupança externa."O Um pequeno déficit em
Transaçõ es Correntes "seria um situação ideal" (0 Estado de S. paulo. 20/1/2006, p. B1).
. Explique, com o auxilio das Informações acima: por que um déf,cil em Transações Correntes pode ser
des11Jável?
( . ;
, 13. f'rstituto Rio Branco, 2008)
São 13presentados abaixo alguns dos dados relativos às Contas Nacionais e ao Balanço de Pagamentós do pa!s
'� Novidade, onde não há governo, no ano 2015:
• Produto Interno Bruto = 1.000
,

• Produção (Valor Bruto da Produção}= 1.200


• Investimento Bruto Doméstico = 200
• Saldo de Transações Correntes= 135
• Saldo da Balança Comercial = 220
• Saldo de Serviços = -94
,

• Rendas recebidas do Exterior = 65
I' • Rendas enviadas ao Exterior " 340
• Saldo da Conta Capital e Financeira = 173
• · Erros e Omissões = •2
,

•.. ---- ,,..__ ····-·--··•·····..... __ -·· . . .


.. ... . ...

'
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 152 de 164

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)
? )
),
Calcule:
a) a renda liquida enviada ao exterior
)
b) a Renda Nacional Bruta '1
e) o saldo da conta de Transferências Unilaterais ' )
d) a Renda Oisponível Bruta )
e) o resultado do Balanço de Pagamentos )
f) a variação das reservas (ou dos haveres) internacionais )
g) o saldo da Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo )
1,) o valor da produç.ão destinada ao consumo intermediário )
i) as despesas de·Consumo Final )
)
14. (Instituto Rio Branco/ 2004)
)
Julgue os itens a seguir
)
( ) Quando nisseis brasileiros que trabalham no Japão remetem parte de suas economias a seus famülares,
no Brasil, essa transação é registrada como uma transferência unilateral e constitui parte integrante da conta de )
transações correntes.
)
( ) Déficits em conta-<:orrente ímplicam que o montante de divisas arrecadado com as exportações é l
superior àquele exigido para financiar suas importações e transferências unilaterais liquidas.
)
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bt:ro,!u ç3o â Economia


J"/2010

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( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 153 de 164
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4) Inflação: interpretações do fenómeno, suas causas e
( 1) Moeda: histórico e funções seus efeitos

l 2) O multiplicador bancário 5} A experiência inflacionária brasileira e 9 combate à

( 3) Instrumentos de política monetãria: a fixação inflação

e de encaix�s· m'ínfm'os, as �perações de mercado 6) Os principais �lanos d". establll%3ção no Brasil: os


aberto e a fixação de taxas de rédesconto e planos Cruzado e Real
( 7) O regime de metas de inflação
restrição ao crédito.
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(
e ANOTAÇÕES

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)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 154 de 164
)

----·-------
)
. .M,.,____ '

)
),
)
2 )
MOEDA: HISTÓRICO E FUNÇÕES )
)
1. O que distingue a moeda dos demais ativos da economia? Justí,que sua resposta com base nas três funções )

desempenhadas pela moeda na economia. )


)
2. O rcmance O Código da Vinci, de Dan Brown, alude recorrentemente aos Cavaleiros Templários, grupo tido como o )
ramo miilnr do Priorado de Sião, sociedade secreta protetora do segredo do Santo Graal. Em visita à Tcmple Church, )
urna igreja templária de Londres, Sir Leigh Teabing, famoso historiador do Graal, dirige-se os protagonistas Sophle )
Neveu e Robert Langdcn nos seguintes termos:
)
)
(.. .) Os Templários Inventaram o conceito do sistema bancário moderno. Para os nobres europeus, era perigoso
)
viajar com ouro, entllo os Templários permitiam que os nobres depositassem ouro na Igreja do Templo mais próxima e
)
depois o sacassem em qualquer outra igreja do Templo do outro lado da Europa. Só precisavam dos documentos
)
apropriados. - Deu uma piscadela. - E do uma p9quena comissão. Eles eram os bancos 24 horas daquele tempo.
(BROWN, Dan. O Código da Vinci. Rio de Janeiro: Sextante, 2004, pâg. 367).
)
)

Utilizando o ex�rto como motivação, explique o aparecimento da moeda fiduclári�, ou seja, baseada na confiança, )
como a evolução de um sistema baseado na moeda metálica. )
)
3. Com relação às diversas formas assumidas pela moeda ao longo da história, estão corretas as afirmativas )
seguintes, exceto: )
a. ( ) Economia de escambo é aquela em que se trocam men:adonas por mercadorias, não exJstindo moeda
)
como meio de troca.
)
b. { ) A moeda-papel era um certificado com lastro integral {e posteriormente parcial) ern ouro.
)
c. { ) O papel-moeda não dispõe de lastro em ouro, ou seja, não pode ser resgatado.
)
d. ( ) A moeda bancária ou escriturai é representada pelo dlnl1eiro em caixa nos bancos comerciais e pela
emissão monelària. )
e. { ) A moeda-mercadoria assumiu diversas formas, como sal, peles, cigarros, entre outras. )
)
4. PROVÃQ (2003- n 14) º

O concelto de.meios de pagamenlO (representado por M1) Inclui, como agregados monetários:
.
(a) papel-moeda em poder do públiCO e depósitos â vista nos bancos comerciais.
(b) papel-moeda em poder do público e depósitos em contas de poupança.
(e) títulos públicos em poder do público e depósitos à vista nos bancos comerciais.
(d) títulos públicos em poder do público e depósftos em contas de poupança.
(e) depósitos à vista nos bancos comerciais e depósitos em contas de poupança.

5. Os limites de cartões de créd�o devem ser incluídos no estoque de moeda da economia? Justifique sua resposta.

/r.troduç4<> à Econumia
J"/1010

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e
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 155 de 164
(
3
(_ O MULTIPLICADOR BANCÁRIO
e
( 6. Explique, por meio de um exemplo, como e por que se propaga o efeito multiplicador da moeda escriturai, ou seja,
( dos depósitos bancários.
(
( 7. O balan90 consolidado de todos os bancos comerciaís de Belíndia, em 2005, apresentou os segui ntes valores (em
( bilhões de dólares), tal que 100 representa o montante de moeda emitido pelo Banco Central.

e
( ATIVO PASSIVO
Caixa ......................... ......................... 100
( Depósitos ........... .................................. 500
Em préstimos ........ .......... .....:........ ...... 400
(
(
Supondo que o Banco Central decida, para estimular a atividade econômica, fixar a relação encaixe/depósitos
(
e mlnima em 1/8 e que o público mantenha todo seu dinheiro depositado, responda às questões seguinte�:
a) Como reagiria o sistema bancário à determinação do Banco Central?
( b} Qual seria o montante adicional de empréstimos?
e c) Qual é a exµansão resulwnte da quantidade total ôe moeda na economia?
(
( 8. ANPEC (1992- nº 9)

(_ Sobre·o multiplicador monetário, classifique as afümativas como verdadeiras ou falsas:

e 1) Seu valor aumenta quando aumenta a razão entre o papel-moeda em poder do público e o volume dos
depósitos à vista feitos pelo público nos bancos comerciais.
(_
e 2) Exceto em casos extremos, o valor do multiplicador monetário 6 sempre maior <;!9 que 1 (um).
3) Quanto maior for a razão entre o encaixe total dos bancos comerciais e o volume dos depósitos à vista do
(
e público nesses bancos, maior será o valor do multiplicador monetário.

e
POL_ÍTICA MONETÁRIA (1) 1
(
( 9. Leia atentamente os trechos da reportagem abaixo, de Gustavo Freire, publicada no caderno Economia, do Jornal Q.
(__ Es tado de S. Pau1o. no segundo semestre de 2004:
(
e
e
BC reduz c ompulsórío e ajuda bancos

e O Banco Central adotou (. ..) uma medkfa para reforçar o caixa de pequenos bancos. (...) reduziu em R$ SOO
(_ milhões o depósito compulsório - recursos que os bancos, obrigatoriamente, devem recolher ao BC. (...) Com a
( decisão (. ..) as instituições financeiras terão mais recursos ã disposi�o para usar onde acharem apropriado. (...) O
(
(
(
1 O item Polltica M�netArfa (2) seria abordí'do n :1.
. s• �Ís\a (!e Exercício�, que trata@ M�etocconcmia Ke}T1csfo,na.
lr.11•oduçõo à Ecor:()mit:
( rllOIQ
(
(
(
( ····--- . ·--·-····-··-·- -· ··---·· ., . . • -· ···-··-····----· · -···· · ··· . .... ... . ·---·--··-- ·-···-·-·-·--····-···-····-·-··--·-··· .. -·· ··· ····--····· . ···-····--
(
(
e.
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 156 de 164
)

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) '.
)'
r
4 )·
mercado financoíro Interpretou a medida como (...) fruto dos temores de que (.. .) inshruiç,ões financeiras de pequeno
)
porto viessem a apresentar problemas de liquidez.
)

O trecho acima faz referência a um Instrumento de poHtica monetária utilizado pelo Banco Central: a fixação do
2 r
depósito compulsôrio dos bancos comerciais • Com base nas idéias do teX10, explique como funcionam os seguintes
instrumentos usados pelo BC para controlar a liquidez do sistema econômico. )
)
a) fixação da razão (encaixe dos ba=sl/(depósitos bancários). )
b) Alteração da taxa de redesconto. )
c) Operações de mercado aberto (compra e venda de titules governamentais pelo Banco Central). )
d) Controle seletivo de crédito. )
)
1 O. PROVÃO (2000 - nª 7)
)
São medidas ei,pansicnistas de política monetírla [adotadas pelo governo]: )
)
1 - venda de títulos públicos; )

'
li - compra de tltulos públicos; )
Ili - redução do depósito compulsório;
IV• elevação do depósito computsôlio;
)
V - redução da taxa de redesconto;
)
VI - elevação da taxa de redesconto.
)
)
Sabendo que a fixação do deo6s1to çompulsôrioé uma medida eouiva!entoà fixação de um encaixe mínimo,
pois oarte deste tem de seccomgulsortamente depositada no Banco Central. estão corretas: )
)
(A} 1, IV e V apenas. )
(B) 1, Ili e VI apenas. )
(C) li, rv e VI apenas. )
(0) li, Ili e V apenas. )
(E) li. ili e Vi apenas. )
)
11. INSTITUTO RIO BRANCO (2003)- QUESTÃO DISCURSIVA
)
Um dos instrumentos de que as autoridades monetárias dispõem pera controlar a oferta monetária da economia )
consiste em determinar o encaixe mínimo compulsório sobre os depósttos em conta corrente admnistrados pelo
)
sistema bancário. Descreva esse instrumento de política monetária e explique, utilizando o conceito de mulUpiicador
)
monelário. por que o cootrole das autoridades sobre o estoque monetário não é absoluto.
J

, A M�dodepósilo canpiJls6riO é umo medióa equlvalent@ à f,xaçúo de um encaixe mlnimo.

/Nro,,/llf/io à Eo:J,tt,fPQ/d
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l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 157 de 164
(
5
( 12. INSTITUTO RIO BRANCO (2003 - nº 28).
(
( A análise macroeconõmica - incluindo-se a mensuração dos grandes agregados - é fundame·nlal à compreensão
( do funcionamento das economias de mercado. Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes:
l a) puando o governo, para debelar um processo inflacionário, reduz seus gastos. mas o Banco Central man!ém

( uma política monetária expansionista, a contração do investimento privado (efeito crowding-ov() resultante dessa

e política limitará o crescimento da renda, contribuindo para a queda da inflação.


i
b) A tendênc a recente de redução dos juros no Brasil, ao diminuir o custo de oporrunidade de detenção da
(
moeda, contribui para expandir a demanda desse ativo.
(
c) O crescimento da oferta monetária decorrente de polí!icas monetárias expansionistas será tanto maior quanto
(
menor for a razão reserva/depósito.
(
( 13. (Instituto Rio Branco, 2008)
( Recorde seus estudos sobre política monetária e macroeconomia para responder aos ttens a seguir.
( a) Quais são os principais instrumentos que os bancos centrais utilizam para controlar a oferta de moeda?
e Explique, de modo sumário, como cada um deles atua sobre a oferta de moeda.
(_ b) Comente o impacto da política monetária sobre o nível de atividade da economia.
e
14 (Instituto Rio Branco, 2004)
.
( Explíque por que a redução do multiplicador monetário, provocada por uma crise de confiança no sistema bancário,
( pode contribuir para elevar as taxas de juros.
(
( 15. (Instituto Rio Branco, 2004)

( Em relação aos conceitos básicos da macroeconomia e da economia monetária, julgue os itens que se seguem.

(_ ( ).Aumenlos nos coeficientes de encaixe compulsório, por interfer. irem diretamente no nível de reservas
bancárias, re duzem o efetto multiplicador e, conseqüentemente, a líquidez. da economia.
(
l ( ).Taxas de juros mais elevadas aumentam o custo de oportunidade de detenção da moeda e, portanto,
contribuem para se expandir a demanda de moeda.

INFLAÇÃO

16. Conceitue inflação e cite alguns efeitos provocados por altas taxas de inflação sobre a economia.

17. Quais são os efeitos de uma inflação alta sobre a moeda como reserva de valor, como unidade de conta e como
meio de troca?

18. Discorra a respeito das duas principais teses explicativas (as análises monetarista e estruturalista) do processo
Inflacionário brasileiro anterior à implantação do Plano Real.

lr.troduciio 6 Ect:mQ,,:io
1''/J(JJO

. .... .. . .. ......• ·-·-··· .. ·-----


·····-·· ···-· ··-·· . .....

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 158 de 164
)
)
-----·---·-----·----···----------· -·---·- J;

)
)
6 )
19. Leia alenlamente o trecho da reportaçem abaixo, de SylllÍa Colombo. publicada no caderno Ilustrada, do jornal )•
Folha de s, Paulo em 7/1/06: )
)
Bossa Nova & polêmico
)
(...) Pars o economista Eduardo Giannetti, "JK tentou acelerar artificia/mente o dosenvolvimenlo, sem fazer um
ttsforço dtt poupanç&. Se optou por emitir moede paro psgar os gastos públicos•. O resultado foi um estimulo à
inflação. ·o atalho utilizado pelo presidente foi um mecanismo de fraude sobre• popu/a,;fo� dJz. )
)
Co:no indica a reportagem, a polilica ec:ooõmica adotada pelo governo JK ê base para severas contrové<sias. )
Com base na opinião e,pressa acima e no trecho em destaque, responda em que sentido a inflação é Lida como um )
imposto? )
)
20. Elll)lique, apresentando seu mecani$no básico, o que é inflação inercial. i
)
21. ANPEC (1997 - n• 6)
)
Com re!ação à demanda por moeda, indique se as proposições abaiJCD são falsas ou verdadeiras: )
'
1) A redução da ínftação, tudo o mais constante, eleva ;i demanda por moeda.

2) A redução da inflação, associada à elevação dos jun:>s nomi'lais, eleva a demanda por moeda.

3) A redução do custo de transação entre moeda e outras aplicações remuneradas aumenta a demanda por
moeda.
4) A elevação da renda redU2 a demanda por moeda.

A EXPERIÊNCIA INFLACIONÁRIA BRASILEIRA E O COMBATE À INFLAÇÃO

O PLANO CRUZADO

22. Que relação há entre o Plano Cruzado, implantado em 1986, e a idêa de in6rcia inllacionária?

23. ANPEC. (2000 - n• 12)

. É correto afirmar que o Plano Cruzado, decrelado em 28 ce fevereiro de 1986:


A) Provocou redísutiuição de renda em favor dos estratos de mais bailo, renda.
B) Teve por objetivo ampliar a indexação da economia.
C) Empreendeu rigoroso ajuste fiscal a monetário.
D) Congelou os preços ao consumidor aos níveis l/lgenleS na véspera de sua promulgação, com e.cação feita aos
bens duráveis.
E) Desvalorizou a taxa-de cambio e ptomoveu o ajuste extemo.

Jotrod1J.çât> a l..'oonomla
l"/1010
�-
e INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 159 de 164
( 7
C 24. Leia o trecho de reportagem abai)(O e depois responda a questão propos(a:
e
( Argentina congefa preços até 2007
"Grandes redes de supennercado da Argentina se comprometeram com o govemo a prorrogar o
(
e congelamento de proços de cerca de 300 produtos de consumo básico até o fim de 2007. (...) O governo Kirchner
decidiu adotar essa solução hete rodoxa de controle de preços para combater a inflação, que subiu 12,3% em 2005. •
(
e
e Com base na experiência inflacionária brasileira, explique e comente esse tipo de política de governo.

( 25. (Instituto Rio Branco/ 2007)


(
e
Recorde seus estudos sobre moeda e sistema bancário e sobre Fomiação da Economia Brasileira.
a) Defina moeda e aponte suas funções.
e b) Discuta o enfraquecimento das funções da moeda no Brasil nos anos 1980.
( e) Explique o processo de criação de moeda, defina o multiplicador monetário e discuta o papel da Autoridade
e Monetária nesse processo.
l
e O PLANO REAL

e 26. Um dos principais problemas da inflação brasileira durante a década de 80 e o inicio da década de 90 era seu
caráter inercial, conforme visto anteriormente. Assàn, resolva o que se pede:
(
e
e
a) Explique a condução do plano Real, levando em consideração o traio dado aos dois componentes do processo
inflacionário: os choques e as tendências.
( b) Explique as três fases de ataque a tal processo: o ajuste Fiscal, a indexação completa da economia e a reforma
e monotáría.

e
e 27. Qual o papel desempenhado pela abertura comercial no programa de estabilização de preços implanlado no Brasil

e em 1994?

e 28. Com relação ao Plano Real:


e) Descreva os conceitos de 'âncora monetária· e de "âncora cambial".

b) Qual foi a importãncia da manutenção de uma taxa de câmbio dissociada dos Indicadores de inflação no
período de implantaç_ão do Plano?

29. PROVÃO (1999- nº 6)


QUESTÃO DISCURSIVA
HISTÓRIA ECONÔMICA

O Plano Real, ao pretender controlar a inflação e fortalecer a moeda nacional, provocou làmbém um. desequí/ibrio
externo, expresso no déficit em conta de Transações Correntes do Balanço de Pagamentos.

J111rcd1tçêo ó Economia
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 160 de 164 )

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)
)
8 )'
)
Discuta as causas desse desequftibro externo, destacando o papal do déf,ck público interno e da defasagem
)
cambial nesse processo.
)
)
30. ANPEC [2D02- nº 11] )
A despeito do sucesso que teve ein controlar a inflação, o Plano Real enfrentou alguns problemas. Com relação
)
a estes, pode-se afümar que: )
A} inicialmente, houve forte aprecla.ção do real e a política de pequenas e suces$Í\'3s desvalori2ações que se seguiu )
não conseguiu eliminar os desequilíbrios externos. )
8) A ampliação da demanda no Inicio do ?lat10 �eal produn, forte expansão na utilização da capacidade Instalada da )
indústria e répkla deterioração da balança comercial. Com a crise mexicana de dezembro de 1994, essa situação )
pro\'OCOu queda nas reservas internacionais do pais. )

C) A depreciação inicial do real teve efeitos negativos sobre as importações, ameaçando o abastecimento e gerando )
pressões sobre preçes. Essa problema foi enfrentado pela 'ntensificação da abertura da economia para o exterior. )
)
31. (Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA / 2-004 • adaptada) Podem ser considerados fatores de sucesso
dO Plano Real, exceto:
a) A elevação da concorrência, haja vista o processo de abertura comea:ial.
b) AtraçJo de investrnentos externos dlretos, em vir1ude do processo de pnvatlzação das estatais brasielras.
e) Melhora das e,pectativas quanto ao sucesso do Plano nos primeiros anos.
d) Queda na tal<a de câmbio, haja vista a grande entrada de divisas nos primeiros anos de estabüização pós-Real.
e) Redução dos preços dos bens denominados nâo<0mercialêzáveis logo após a implantação do Plano Real, haja
visla a valorização do real frente ao dólar.

O REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO

32. (Analista d o Banco Central do Brasíl / 2002) Não é caracietisti:a do sistema de melas de intlação no Brasa:

a} o Banco Central é o re5?0nsável pe,a e,cea;ção das polilicas necessáJias para o cumprimenlo das metas.

b) Caso a meta não seja cumprida, o presidente do 9anco Central dwlgará publicamente as razões do
descumprimento, por meio da carta aberta ao ministro de Estado da Fazenda.

e) Os intervalos de confianÇa serão fixados pelo Conselho Monetário Nacional, mediante proposta do mil".istro de
Estado da Fazenda.

d) O estabelecimenlo de média geométrica enlre \rês Indicas de preços de ampla dJwlgação, no caso de forte
desvalorização cambia! o,J demais c.'loques de ofena. c!esde QUe aprovado pelo Comnê oe POIIOca -natAriQ,

a) A meta de 1nnação é estabelecida como c!iretrtz para a fixação do regime de po4it.:a monetária.

C
J.f.
'--- ...
e
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 161 de 164
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(
SIMULADO II
e Que stões referentes ao Môdulo li, que çompreénde as unidades

e 3 e 4, confol'me çonsta no progl'ama da disciplina

e Departamento de Economia
INTRODUÇÃO À ECONOMIA-l'/2010
(_
LEMBRE•SE: Esse simulado deve servir apenas para verificar se você assimilou bem o conteúdo e está bem
(_
e preparado para a prova, mas não substitui a leitura dos textos, o comparecimento às aulas e a atenção a temas e
detalhes não contemplados nas questões selecionadas para revisão. O número de questões e o formato da prova .
e podem ser alterados sem aviso prévio. Esta é apenas uma demonstr�ção de uma das provas aplicadas em semestres

e anteriores.

e Leia o texto a seguir para responder às questões 1 n Apesar disso. a quantia arrecadada com filmes
(, 10. americanos no exterior, ainda que enviada de volta aos
( Estados Unidos, não deve ser computada 110 PIB do país
Hollywood foge dos EUA nos anos citados.
( Por Denise Dw�k B) O pagamento de atores chineses por seu trabalho cm
atuações n a China efetuado pela Disney, empresa
( Destruir Nova York pela núlionésima vez, fazer
e ?( C))O investimento de empresas norteamcricanas pata a
/ÍÍÕrteamericana, é computado no PIB chinês.
cpmédias românticas com o casal do momento ·ou
P,foduzír m�is um thril!er policial ambientado em Los ·;,(odução de filmes na Rússia será contabilizado tanto no
( Ani,.cles. Essas e outras receitas que fizeram dos filmes Balanço de Pagamentos norte2mcricano quanto no russo.
e 5 d� Hollywood um dos primeiros produtos globalizados
da iodú.<;tria do e1ltretcniinento já não são màis
na conta de Ti:ansações Correntes e na Conta Capital e
Finaoceira, respecüvarocntc.
( Sltficientes para garantir a rentabitiàade àos estúdios D) A concessão de subsídios governamentais de
americanos. E1n razão disso1 a indústria americana do incentivo à cultura para a produção cinematográfica (tais
( ci t,ema tem investido cada vez mais ·na produção de como a concessão de entradas gratuitas para crianças) 6
( ·íO fjli11cs no exterior, com temática e idioma locais. A incl\1ída apenas no PIB calculado a preços de mercado,
e l;)isney, por exemplo, está produzindo . seu primeiro
longa..metragCJ.1\ clúnê.<:, com atores falando em
mas não se calculado a custo de fatores.
E) O PIB calculado pela soma dos valores atticionados
( manda.rim. "Os investimentos em países estrangeiros são não inc-orre no problema da dupla coniagetn,
ç.pda vez mais intensos", afirma Steve So1ot, presidente
( l5 2) Leia as afirmações a seguir.
e
do escritório brasileiro da Motion Picture Association,
ciue reúne os grandes estúdios atllcricanos. Nos últimos r.. Quando envia dinheiro ao cxterio:- para bancar
superproduções cinematográficas, a Sony contribui para
e seis anos, estima-se que Hollywood já tenha feito 180
filmes estrangeiros. aumentar o multiplicador bancário desses países.

e O movimento das bilheterias é a principal


explicação para o fenômeno. Entre 2000 e 2005, a
ll- O multiplicador da moeda será reduzido na economia
russa caso o público passe a reta consigo, J\a forma de
am�cadação dos estúdios americanos no exterior cresceu papel moeda, uma parcela maior de seus meios de

e 73%. enquanto nos Estados Unidos aumentou apenas


17%. Em razão disso, Índia, Cb.itia, Brasil e Rússia
pagameuro.
Está(ão) CORRETAS:
A) Apenas J.
( deixaram. de ser apenas locações e><óticas para se tornar
e l5 mercados vitais à sobrevivência do negócio. Na Rússia, B) Apenas li.
por e,;_emplo, os cinco filmes nacionais de maior sucesso C) 1 cll.
r
'- �rrecadaram 64 roilbõ<:5 de dólares e!n 2005, enquanto D) Nenhuma das duas.
os cinco filmes amencanos ma1s vistos pelos russos
l somaram 40 milhões. Não por acaso, a Sony começou
3) Considere os seguintes dados sobre a economia
indiana, supondo que só existem três setores nessa
( �o no inicio do ano uma parceúa com o grupo russo Patton economia: um produtor de madeira. outro que utiliza
Mcdja parn produzir filmes no pais. Desde 1997, quando toda n mndeira produtida para fazer tábuas e outfo que
( resolveu investir fora dos Estados Unidos. a Sony já fez
e
utiliza todas as tábuas produzidas para construção de
quase 40 filmes estrangeiros. ceoârios de filmes. Os valo:es estão em rupias (moeda

e
Portal Exa1ne, 04/07/2006 (trechos) local). Assinale a alternativa CORRETA.

e 1) Assinale a al!coiativa :ERRADA,

e
A) "Entre 2000 e 2005, a mecadação dos estúdios
americanos no exterior cresceu 73%" �t�.

(
e
e
e
(
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(
}
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 162 de 164 )
)
J
)
)
)
Madeira Tábuas Cenários :: investimento� TC = saldo de lrnnsnç:ões correntes; TU )
Insumos - X 7000 = transferêntias unilaterais}.
Salários 1000 1500 1500 D) As importações são registradas no balanço de )
Lucros 2000 2000 3000 pagamentos com sinal positivo, uma vez que )
Aluguéis - y - correspocdc à entrada de mercadorias cstraTigeiras no
Exoortações - - 3000 pais. )
l...l.in1,ortações - - - E) O 100 bilhões de dólares referenres ao recebimento )
' do royalties são · computados na Conta Capital e
·(_Aj X e Y são, respectivamente, 3000 e 500 rupias. Financeira. )
)() O va.lor bruto da produção de cenários é igual a
14500 rupias. 6) A�sinale a alternativa que não indica uma das )
C) O PIB dessa economia pela ótica do valor adicionado principais distorções provocadas pela inflação.
A) Pe!'da de renda real dos trabalhadore.s que possuem )
é jgual a 11000 rupias.
D) O 'PIB • custo de fatores dessa economia é igual a rendimentos nominais fixos . )
llOOO rupias. B�edução do uso da moe·da como reserva de vaJ or.
t<::2}1aior tendência ao déficit na Balança Comercial.- )
E) O PIB dessa economia pela ótica da renda é igual a
11000 rupias. li) Fuga de ativos fuuu1ce. iros para ativos reais. )
7) No contexto econômico do Brasil na década de 1 980,
4) Considere os seguintes gastos anuais de um
quaJ das alternativas a seguir indicaria uma politica
)
consumidor típico russo pera a questão 1 1. Suponha que
só esses setores estão incluídos na ccstil de consumo eficaz de estabili2ação de preços no país? )
típica dessa economia. 2008 é o ano-base. Legeuda: P­ A) Diminuição da taxa de redesconto.
)
preço por unidade em rublos (moeda local); Q­ B) Venda de títulos da divida pública.
quantidade. C) Diminuição da caxa de enc aixe (razão de reserva). )
2008 2009 D) Dinúnuição da taxa de juros básica da economia.
)
p p o 8) Marque qual dos bens e serviços a seguir MQ será
)
Bilhetes de Cinema 10 40 15 40 computado no Produto Nacional Líquido a preços de
Vodka 15 20 20 30 mercado brasileiro no ano de 2009. )
Foices 30 10 30 20 A) Computadores produzidos em 2009 em Juiz de Fora
(MG) que foram direto para o estoque, pora sere� )
O valor do IPC de 2009 pelo método de Laspeyres
vendidos no próximo ano. )
(ponderação pelo ano-base) é:
13) Corte de cabelo realizado por um cabeleireiro não
A) l 00
'Q_fissional em Taguatinga (DF) em 2009. ')
ll) 120
�) iPods in1portados dos Estados Unidos em 2009.
C) 125 )
ru 121,s (Consultoria prestada por urna empresa do Acre à
'-19)130.
YPFB, empresa petrolífera estatal boliviana. )

5) Considere ,os seguintes dados do Balanço de Observe a tabela abaixo. que indica o preço unitárió )
Pagamentos da lndia cm 2008, em bilhões de dólares. (em unidaàes monetárias - UM) e a quantidade )
, Inmorracões prod112ida de 3 bens ao longo dos anos de 2007 e 2008
120 )
em determinado pals. Suponha que esses foram os
::Pagamento de_iuros ao exterior 70
únicos bens produzidos nesse pals nesse ano, 2007 ê o )
'"Lucros e dividendos enviados ao 100
ano-base
c."<tenor )
2007 2008
>-Exoorcacões 160
Pr.o,..o Ouant. Preço Ouant.
0'· Gastos de turistas nacionais no exterior 20 )
BemA 5,00 1000 7,00 1000
Amortizações pa_gas ?O )
BemB 10,00 5000 8,00 10000
.,;Emnréstimos tomados 50 BemC 15,00 500 20,00 400 )
Investimento externo direto na lndia 200
··' ,Royaltíes recebidos do exterior 100 9) A�sinale a alternativa que apresenta corretamente o )
Investimentos ei.n carteira no ex�aior 100 PIB real de 2008.
Erros e Omissões - 10 95.000U:M )
111.000 UM
Assinale a alternativa CORRETA. 57.000UM
)
A) As Transações Correntes registraram déficit de D) 62.500UM )
US$70 bilhões. E) l00.000UM
-(B) O saldo final do balanço de pagamentos durante o )
ano apresentou um superávit doUS$70 bilhões. 10) Assinale a alternativa que apreser'lta corrctaniente o
C) Em uma economia aberta e sem goven10, podõ-sc valor aproximado do deflator implícito do PIB de 2008. )
dizer que o produto nacional bruto equivale à e.xpressão: Ali?
)
PNB D e+ I + TC - TU (sendo e= consumo privHdo; I @86
{h'J.- )
2
)
)
l C) 51 INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 163 de 164
( D) 195
E) 100

r l l) Considere que o preço dos vagões de trens de carga


no l'anam,í (produzidos dentro do próprio país), um país
( que se utiliza bastante do transporte ferroviário, subiu
'' muito no ano de 2007. A.inda assim, não houve redução
sigr:ii6cativa n�� qu�otidadc produz.ida desse produto.
Pe!;sa form<t, av2.lie quais serão as oonsequência5 dl-sSà
aita <ln:; preços dos trens d� carga para eis taxas de
( inflação medidas pelo Ín<lice de Prcyos ao Consumi<lor
'r do país e pelo Deílator lmplicilo do Produto interno
'r . Bruto. Em sua resposta, explique as diferenças básicas
entre esses dois indicadores.

12) Na d6:;,,da de J 980, o Brasil eufi'entou um período


marc.-ido por r) lt1l inflação, que chegou a valores
superiores a 2.000% ao ano. A partir da primeira metade
ri,; dét.ada de l 990, a cconoo,ia brasileira voltou a J
apresentar superávits na conta c.apiial e fiuanceira <lo
balanço de pagnU1entos> o que foi tim dos fatores de
sustent;ição da po1ítica <1nti-inOacionária adotilda pelo
l'lano Real. Assim, explique em que medida esses
supcràvits contribuíram para o sucesso cio Plano Real no
( combate à inflação no paí�.
.
l3) Suponha que, cm agosto de 2009, ·o toiãl .ilo)caixa
dos bancos da Dinamarca era deUS$ l OU bHhõe.s, a urna
laxa rle encaixe {ou ntZ<�O de reset�a) · de Ú4, $endo que
( njo�Cm guardava dinheiro em casa. · Ao sinal de
fak:ncia de tntl importante banco do pais, houve saques
no valor de USS25 bill1ões, que as pessoas passaram a
( guardar em casa, e o governo alterou a taxa de encaixe
l para l/5 para tentar cooter os efeitos negativos dessa
situ�ção. Desse modo,
a) Calcule a variação d<\ quantidade total de moeda na
ecÕnoinia provocada pela t'edução do caixa dos bancos
( (com os saq�1es do públiCQ) e o est.1bclcci..rnento da uova
taxa <le encaixe.
b) [ndiq11e se a ,nedida governamental (de alteração da
( taxa de encaixe) foi eficaz para evitar a alteração da
oforta de moeda do país. Explique sua rc:::;posta.
14) A economia japonesa km taxas de juros 1nnito
baixas, próximas a zero. Nessas condições, a dimi.uuição
da� taxas' de juros para "aquecer'' c1 economia é
( praticamenic descartada. Desse modo, cite e explique
tima política fiscal que poderia ser empregada pelo
govcmo japonês para aumentar o investimento no país>
rcaquec· endo essa eco nomia face à crise econômica
mundial de 2008-2009.

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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 164 de 164 )
)
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)
°
SIMULADO II-1 /2010 S. Aun,coto da rcntabilidnde sobre n carteira de
investimentos públicos (por exemplo, títulos do
GABARITO DAS QUESTÕES OB.TETIVAS governo) )
l·C; 2-B; 3-A; 4-E; S-11; 6-C; 7-B 8-C 9-ll 10-11
Explicar• polítlcn fiscal escolhida )
RESPOSTAS ESPEllADAS NAS QUESTÔl!S 1. Jnceutiva o in\'esthnento interno e/ou externo ao )
J)ISCURSIVAS ecooomla nacional (por exemplo. -Hc:itaç.õct,
ampliação da 1>roduç�o nacional); )
11· Resposta esperada: 2. Allllltnta o preço dos produtos importados,
O IPC mede a variação nos preços dos produtos )
tornando-os menos atrativos que os produtos
consumidos pelo cousumi(lor típico, produtos de uma nacJonai.s; )
cesta bnseada na Pc•quisa de Orçamento :Familiar. 3. Reduz o preço dos produtos nacionais no exterior,
JA o de0ator mede a variação dos preços de um modo toruaudo•os n1nis atrativos uo mercado
)
geral, levaudo ein cousideraçiio o prodnto da intcrnacionali )
economia como um todo (PIB nomlnalll'ffi real), 4. Atrai tnllftinacionnis e eipnndc o processo
sendo, assim, mais abrangente. No IPC, podem produtivo, gerando crescimento do pl"Oduto riacioual )
conter produtos importados, desde.que façam parte e tornando a economia mais ntracntc nos investidores
dn cestn, o que não ocorre com o deflntor, já que este
)
externos;
é pautado nos produtos produzjdos interna.mente. Na S. Amplia. o capital financeiro recebido e o )
taxa de inflação medida pelo IPC, nllo haverá contingente de investidores finnncciros no país,
mudanças no caso do awnento do preço dos vagões, )
aumenh1.ndo as reservas nacionais.
i' que estes n:lo fa7.em parte da cesta !ipica. No caso )
do deflol'or, haverá aun1ento da taxo, já qne não
houve redução da quaotid•de prodwlda, apesar do )
aumento de preços. )
12� Os superivits na conta capjt,,t! e finaucelra ),
permitiram o financiamento dos déflcits em
transaçaes correntes, con-sideraodo também que a
)
taxa ciu;nbial foi mantida num nível que favorecia )
lmpox-toções (a cbnmadn âncora cambial). Essa
medida era importante para o combate à intlaç!o, )
uma vez que o aumento das importações contribuía )
pura conte:nç:lo dos preços '00 mtl'"cado n:1cioo•�
dnda. a concorrência com produtos importados. Os )
super-á.vits na CCP permitiram, porta.ato, que se ,)
financiasse tais déficits, sem que foss:e necessário
tomar empréstimos no ertcrJor e/ou reduzir :ts )
rc.servas do pais drastka111entc.
)
13- a) 100 bi x 4 e 400 bl )
75 bi x S + 25 • 400 bi
Votiação � O )
t,) Sim, a medida foi eficaz, amo ,·ez que • oferta de )
moeda do pais não se alterou, 1>ermanecendo cm
USS400 bilhões. )
)
14• Deve-se adotar uma política fiscal expansionista,
com aumento nos gastos públicos e/ou corte nos )
impostos sobre a rentabilidade dos investimento, )
e/ou redução nos trlbutos sobre as exportações e/ou
aumento dos ft-ibutos sobre as importações. )
)
RcS'posrns corretas:
1. Aumento dos gasros público.s do governo )
2. Aumento de impostos sobre as importações3.
Dlminuiçiio de impostos sobre as exportações
)
4. Conccnio de subsídios ou redução de tn.xa.s sobre: )
investimentos internos\e>..'1crnos
)
)
4
)
)

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