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INTRODUÇÃO À
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ECONOMIA
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UnB-1 /2010
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APOSTILA N 2 º
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MÓDULO li
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íUNlDADES 3 e 4J
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( Listas de Exercícios
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( Simulado ll
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 2 de 164
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UNIDADE 3
Bruno Pereira Rezende e Flávio Rabelo Versiani
,· um aumento no valor da produção de um ano para outro, será importante saber se houve aumento efetívo da
produção, em termos da quantidade de bens e servi ços, ou se aumentaram apenas os preços. Para eliminar o
efeito das variações de p�os (ou se ía, para deflacionar os valores monetários correntes, e chegar a v�es reai s/
é preciso primeiro medir essas variações. Isso é feito por meio de índices de preços, que estudaremos também
(
nessa Unidade.
Os índi s e r o são números que mostram a variação média de preços de certo conjunto de bens e
serviços. Um objetivo freqüente do exame das mudanças de preços é avaliar seu impacto no or çamento dos
consumidores ; se há inflação, por exemplo (uma alta generalizada de preços) , o poder de compra de meu salário
\ obviamente diminui. Assim, o índice de Preços ao Consumidor (IPC, também chamado de Índice do Custo de Vida,
ICV) é provavelmente o indicador de preços que mais chama a atenção do público.
----
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É fácil perceber que pode haver vários IPCs: o conjunto de bens e serviços aser considerado é diferente,
.
...Jlara diferentes consumidores (familias de baixa renda, por exemplo, não consomem produtos mais carõsj'; e
----
( preços variam entre localidades (o custo de moradia é mais alto em Brasília do que em outras cidades). Assim, um
( d_os índices produzidos pelo ln<tituto Br asileiro de Geog rafia e Estatística (IBGE), órgão do governo federal, é
calculado para cada uma das onze capitais mais importantes, e se baseia na estrotura de consumo de familias
í com renda entre l e 6 salários mínimos. A agregação desses onze índices fornece o indic;Nacio,;;ld;-P-;z�; ao
- Consumidor {INPq. ---------
{
r
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t importante entender a idéia básica de um IPC: trata•se de uma média dos preços dos vários bens e
serviços consumidos na faixa de renda estabelecida, cada preço ponderado pela importância relativa do bem ou
serviço respectivo nas d•�spesas desses consumidores. Faça os exercícios da Lista 30 para garantir que voce
entenda bem essa parte da matéria.
O Balanço de Pagamentos é o registro contábil das transações efetuadas por um pais com o exterior em
-· ---·---�=--:-- ----�- -- --·-·- -- ___.
um período cfeOO'ITlll1õl!uinOrm·a1mente um ano). Estudaremos a estrutura do balanço de pagamentos, suas
. '
disciplina Introdução à Economia é àpenas uma pequena pane de um ramo muito mais amplo de conhecimento.
Caso tenha interesse em aprofundar seus conhecimentos nessa área (muito requisitada em concursos públícos,
por exemplo), uma sugestão é cursar a disciplina Contabilidade Nacional, ofertada todos os semestres pelo
Bons estudos!
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Você está iniciando seus estudos no campo da Macra.ecculi10'lia, que é o campo da economia que
--
estuda as variáveis econômicas agregadas, tendo por objetivo principal determinar quais são os fatores que
inffuendam nos níveis de renda e produto na economia. Segundo Gregory Mankiw (200S), os estudos de
Microeconomla e Macroeconomia podem ser definidos como:
(
•
----
Microeccocmla · '"'o estudo de como famílias e empresas tomam decisões e de como
�ragem nos mercados";
• Macroeconomia: "o estudo de fenômenosque afetarn a economia como um todo, inclusive
(. .sjstematizadas com o objetivo de possibilitar uma visão quantitativa, a mais precisa possível, da economia
( de um país..É uma síntese contábil dos fatos que caracterizam a atividade econômica de um pais.•
Os primeiros estudos de CN datam de fins do século XVII, quando se introduziu o conceito de renda
nacional. Mas seria somente no século XX que a CN se desenvolveria de maneira mais sistemática,
especialmente após a crise econômica das décadas de 1920 e 1930, seguida pela Segunda Guerra Mundial.
t A partir de então, os economistas passaram a perceber a necessidade de criar técnicas que permitissem a
( mensuração e avaliação das atividades econômicas, e aí teve origem a CN moderna, também referida como
( Contabilidade Social. Trata-se, portanto, de uma técnica que apresenta, por termos quantitativos, o quadro
•r-,:;;I do conjunto da economia de determinada região (seja ela um muniápio, um estado, um �aís, um
bloco econômico etc.) durante certo período de tempo.
(
Antes de iniciarmos os estudos de Contabilidade Nacional, é importante distinguir dois tipos de
-,-.-------
variáveis utilizadas em pesquisa econômica: as/yariávels \variáveis estoque�As
de fluxoJe a!i �-�primeira
>.;.; ssão
medidas ao longo de determinado período de tempo, ou seja, mensuram a produçllo o consumo �
(
investimentos etc. por unidade de tempo. Já as segifn"cra's são medidas num determinado moment9,. e
( _exemplos tipices são reservas de dinheiro, montante dívida etc. A CN trabalha essencialmente com
�--------�
variáveis de fluxo, uma vez que trabalha com períodos de tempo (geralmente um trimestre ou um ano).
(
---
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":"-.:------:
-
A CN tem por objetivos básicos a mensuração da atividade econômica (valendo-se de indicadores
como produção, consumo, investimento, rendimento etc.), a -�"ração ao longo do tempo e do espaç
�
(o que permite comparar a economia de dois países, por exemplo, com relação ao seu produto).,.!
_
-· - -
elaboraç�o de previsões de caráter econômico e sua utilização como instrumento de política econômica.
-
Mas a CN taC!1!>�s.sw..lim�- Por só registrar atividades remuneradas, sua mensuração não
___
---
considera os setores informai�da economia (embora pesquisas recentes venham faicndo e'silmãlivãl.......
-.:_________
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-
desse valor), não registra as atividades ilícitas (tais como o tráfico de drogas, armas etc.), não leva em
consideração os��ntais ou a importância social dos bens produzidos e não mensura �
------- ---------·�-'-�;;::::=-=�-:----:---:::-------__:
autoconsumo. Ao conjunto de atividades, legais ou ilegais, que não são declaradas às autoridades e que,
portant _?:.. � são incluídas na C�.s!Jj_ma-se._��bter.™>eil '.'.7
Existem diversos sistemas de CN, mas nos ateremosà Contabilidade da Renda Nacional ou Sistema
-de Contas Na�i!.is�.q,.,e se trata do •�egistro sistemático ·-- dos fatos econômicosque realizam as diversas
-···-··---
---
-·entidades do_pais"
·- - . ,, ,,_,., .... ··-
(BRESSER-PEREIRA e NAKANO, 1972). Preocupa-se, portanto, com a descrição do fluxo
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de bens e serviços finais produzidos cm uma unidade territorial em certo período de tempo, e pode ser
J!lensu�Ç.9-$,ggw:LJ!J)Jili..i!i�os gue permitem, assim, descrever o que se pasla_em__®lgcmi.n�da
..____
____
economia em_determinado
___ espaço temporal produto, espesa 'renda.
tais produtos com a remuneração recebida pela venda de fatores de produção às empresas. Desse modo, o
que ocorre na economia é um cido da renda e da despesa: v;eoda Q11i através dos mercados de fatores de
produção, enquanto a despesa
--..h --
flui através do mercado de bens e serviços (veja imagem abaixo).
-
Receita MERCADO DE BENS Des sa
E SERVIÇOS:
Bens e ser.iços _. As empresas vendem Bens e sen,içes
��� -. As fammas compram comprados
( FAMÍLIAS:.
Eh-'PREsi\s=· ':-:·�-' ·., .·. -�me
-.Produzem e vendem·· consomem bens e
Bens e Serviços ·seMÇOS.
- Contratem e utilizam _. São proprietárias
( fatores de· Pf?dução ,. de fatores de produção
( e os vendem
O PIB dessa economia pode, dessa maneira, ser calculado de d� maneiras: somando-se a despesa
total das famílias com os bens e serviços vendidos pelas empresas oJ,omando•se a renda total (isso é,
salários, aluguéis.jµros e lucros) paga às famílias pelas empresas.
Evidentemente, as economias na realidade não são tão simples, e uma série de condições foi
imposta acima para que esse fluxo circular seja válido. Na vida real, as famllias não gastam toda a sua
renda, os agentes econômicos realizam transações com o exterior, famílias e empresas paaam impostos ao
governo, nem todos os bens e serviços produzidos s5o consumidos, M formação de estoques para
(
consumo futuro, há produção de bens intermediários (que, como você Já viu na unidade 1 do curso,
e entrarão na composição de um bem final) etc. Entretanto, simplíficações são extremamente importantes
para o estudo econômico. Além disso, in_dependente de uma transação envolver governos. empresas ou
�mil_ias, ela possui necessariame para a e<:onomia
como um todo, a despesa e a renda são sempre iguais• (MANKIW, 2005).
1 • \ ) . .:.._ ,,A;r-,J_�
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2.2 DEFINIÇÃO DE PRODUTO INTERNO BRUTO
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!_i'(;.. "Produto inremo bruto (PIB) é o valor de mercado de rodos os bens e serviçosfinais
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p;;;;;;;idos em um pois em um dado per/oda d; �m,;;:"
___ - ---------------.:..
"é o valor de merc;ido", quer-se dizer que engloba o valor total dos produtos em questão, ou seja,
corresponde ao somatório dos valores que as pessoas pagam por esses bens e serviços.
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nacionais, dada a sua dificuldade de mensuração. Trata-se, sobretudo, d;s atividades llegals.Assím;-ão
dizer que o PIB equivale ao somatório do valor de mercado de todos os bens e serviços, deve-se ter em
mente que são todos os itens produzidos naquela economia e vendidos lego/mente no mercado. e,l.ém de.
cxclu� s .�e.�zidos e vendidos ilegalmente, o PIB também exclui os it!U'..S. prod��-coasutnidos
em casa (autoconsumo}. Isso qu�dizer que, caso você produza um bolo de laranja em casa e o utilize para
consumo próprio, ele não entrará no cômputo do PIB. Mas se você for dono de uma pequena padaria e
-- ---
vender o bolo para um consumidor qualquer, ai, sim, o valor do bolo será incluído no PIB. Com rei� à
moradia, seu valor é incluído no cálculo do PIB por meio da estimativa do valor do aluauel do imóvel. lssg_. )
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---·----------------
�ca que, ainda que o imóvel seja próprio, o governo estima qual seria o valor do aluguel desse imóvel
er• que esse l(<l.lor.{�ãJ>Jtllil.LgL!gtal do imóvel) seja incluído no PIB.
)
)
Por "bens e serviços", o que se quer dizer é que o PIB Inclui tanto bens tangíveis (por exemplo,
)
iPods e bananas) quanto serviços intangíveis (cortes de cabelo e ingressos de shows}. E s�o bens e serviços
)
finois apenas, excluindo•se, portanto. os bens intermediários do cômputo. Isso visa e\iftar o chamado
)
Je'�,;;;;;ro·àupla conrogem,\que ocorrer � se somássemos tantoo valor dos bens intermediários quanto
✓ ��r dos bens finais. No preço final do iPod, já estao inclusos os valores de todos os itens que entram em
)
1
sua composição, ou seja, não é necessário incluir no cálculo do PIB, além do valor do IPod, também o valor )
dos bens intermediários utilizados para a sua produção. Caso ísso fosse feito, lncorrer-se:,a na dupla )
-
contagem, distorcendo-se o valor verdadeiro do PIB. Além disso, dizer que se trata de bens e serviços finais )
produzidos envolve apenas aqueles produzidos no presente. Desse modo, um veiculo produzido em 2009 )
7=-:-:7:-::; -:::::-: ::-:
"'"-'="""""',.,
9,"',�ndepe nden�te men te d:e e,e s:e r o-;;" não vendido no ano em questão. E caso um
entrará no PIB de 2i'.f0"' )
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veículo produzido e vendido em 2007 seja revendido em 2009, ele não entrará no PIB de 2009, uma vez )
--·•·- -::::::::-::::::::::;::;:==-
-((ü'e não foi produzido nesse ano, mas apenas recomerciafmd<>. )
O PIB leva em consideração o espaço geográfico e o horizonte temporal. Com relação ao espaço )
geográfico, mede a produção total no interior de determinado país. 'e;um cidadão brasileiro vai trabalhar )
)
cm uma loja de fost food nos Estados Unidos, o valor rç[ere.n_tP à sua produção entrará no PIB
)
�americano# e não no brasilelr �D � �esma maneira,.º valor da pro �uç:lo da rede norteamericana )
4 )
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)
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-
maior devido às festas de fim de ano). Assim, normalmente os dados aoµallzados. do PIB
. sãO-�JustadQS.-
sazonalmente de modo a refletir de maneira mais verossímil qual seria a produção anual ��t:QJol mia em
(
---
( questão caso se ma�se o ritmo de produção do trimestre considerado, respeitando-se as variações
· -·· ..
e sazonais.
....... _
(
{ 2.3 CÁLCULO DO PIB
(
( Como exposto acima na explicaç3o sobre o fluxo circular da renda, a atividade econômica pode ser
medida sob três óticas diferentes: como todu� como �e co���� Como fõii;_ló{ �
_
(
corresponde à soma total dos bens e serviços finais produzidos no espaço geográfico e período de tempo
(
considerados; como�lz respeito à remuneração paga às famílias pelos fatores de produção Que elas
fornecem às empresas; e com efere-se à despesa total das famílias ao comprar os bens e
�
serviços produzidos pelas empresas.assãrêmos agora ao cilc�lo do PIB sÕb.cadauma.dessas ótlc�:
(
( 2.3.1 ÓTICA DO PRODUTO
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e De acordo com o esquema do Ruxo circular, você viu que o produto coincide com a soma das
( vendas das empresas sob a forma de bens e serviços às familias, supondo que não existam nem bens nem
( serviços intermediários (na definição de PIB, você viu que, ao somar os valores de bens finais e bens
(
intermediários, incorre-se no erro da dupla contagem). f' ótica do produto leva em consideração, em
( primeiro lugar, o valor bruto da produção do bem final. Isso significa dizer que, se estamos analisando a
( contribuição do setor de vestuário para o PIB de determinada economia, não levaremos em consideração
(
os valores da produção no setor produtor de algodão e no. setor de tecidos, que são setores Intermediários
(
na produção de roupas, mas apenas os valores da produç5o de tecido, que é o bem final em questão. Veja
(
o exemplo numérico abaixo.
5
(
(
(
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'i:,·)
se trata de uma nova ótíca de mensuração, é apenas mais uma maneira de se obter o PIB pela mesma )
ótica). Como você deve ter reparado, em cada uma das três etapas produtívas, o valor adicionado J
corresponde à díferença entre o que havia de produto antes daquela etapa e o que há de produto ao fínal )
daquela etapa (ou seja, valor bruto de produção menos insumos). Se o valor dos insumos na etapa 1 é igual l
)
a zero, podemos dizer que o valor bruto da produção do bem final, portanto, nada mais é que a soma dos
)
1 )
Em Economia, insumo refere-se bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços, sejam eles
matêriQS-primas, uso de equipamentos, bens intermediários, capital, horas de trabalho etc )
2 �Ior adicionado corresponde a quanto cada empresa adiciona ao valor dos bens e serviços que ela processa,
)
�rrespondendo ao Rf�� elo qual ela vende seus produtos (isso é, ao valor bruto de sua produçâõ)-ltfent1S" os
lo.s.uo.to� {ou seja, Q.t,materiais uti 1za os na pro . N<10 h<fõ"êêe�mentêtr<1nsformação do�di:itO(o )
comércio, por �xernplo,�dicróriãr-vãlõr ao vender' um produto mais caro que seu preço de compra, sem que )
efetue quaisquer transformações no produto).
'O valor bruto da produção corresponde ao somatório de insumos e valor adícionado naquela etapa-depr,q.d.ução (o )
Valor 'adicionado emc'ãõ�tap�e,.;p�o, encontrado subtraindo-se os gastos com insumos do valor bruto )
da produção em cada etapa produtiva).
)
6
)
)
)
)
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,..
'' valores adicionados em cada etapa do processo produtivo. Vejamos os números. Somando-se os valores
l adicionados e cada uma das três etapas do processo produtivo acima, temos: 50+70+130=250UM.
( Encontramos as mesmas 2S0UM do valor bruto da produção de roupas! Isso significa que, no cômputo do
( PIB pela ótica do produto, tanto faz se observarmos o valor bruto da produção do setor que produz o bem
( final (no caso, o setor produtor de roupa) ou se somarmos os valores adicionados em todas as etapas de
( produção.
(
Atenção: não confunda o somatório do valor adicionado com o problema da dupla contagem I O
1
problema da dupla contagem ocorre quando, além do valor bruto da produção do bem final, também
(
somamos o valor bruto a produç�o dos bens Intermediários (nesse caso, o valor - errado - do PIB nessa
(
situação seria igual a So+12o+250=420UM). O somatório do valor adicionado leva em consideração apenas
{ o que cada setor agregou de valor ao produto em questão (ou seja, do valor bruto da produção de cada
( setor, é excluído o valor gasto com insumos: 50·0=50; 120-50=70; 250-120•130). Não há, portanto, dupla
contagem no cálculo do PIB pelo somatório dos valores adicionados.
( Podemos, portanto, elaborar outra definição de PIB complementar à outra acima apresentada. O
( PIB pode ser tanto •o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um pais em um
( dado período de tempo• quanto "a soma dos valores adicionados por_cada setor econômico do processo
( de produção de bens e serviços finais em um país em um dado período de tempo•. Isso porque, como você
( viu acima, ambas as metodologias empregadas levam ao mesmo resultado.
<
Você acabou de ver como o PIB pode ser mensurado pela ótica do produto. Passaremos agora à
(
análise dessa mensuração pela ótica da renda, que leva em consideração a remuneração paga aos fatores
(
de produção.
(
(
2.3.2 ÓTICA DA RENDA
l_
,_
( A ótica da renda permite que se meça o produto por meio da renda gerada no processo produtivo.
( Essa renda corresponde à remuneração dos fatores de produção empregados no processo produtivo, e os
( tipos de remuncraçJo existentes são: §r,o J (pagos ao trabalhador, como remuneração pelo fat;
( j
trabalho). aluguéls (pagos aos proprietários de bens de capital, como remuneração pelo fator terra),rucros
e (pagos como remuneração pelo capital de empréstimo) eluros�pagos como remuneraçao pelo capital
l produtivo). O valor adicionado cm cada etapa do processo produtivo corresponde à remuneração dos
e ---------�--;--------
fatores de produção envolvidos naquela �ª- Desse modo, podemos estabelecer a igualdade entre
produto e renda, ou seja:
(
e
PRODUTO= valor agregado= RENDA= Salários+ Aluguéis+ lucros+ Juros
(
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( 7
(
(
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'
)
L Salários= 10+20+30=60UM
L Aluguéis= 10+20+20=SOU_M )
L Lucros= 10+10+50=70UM )
l Juros= 20+20+30=70UM )
Logo, PIB= 60+S0+70+70=250UM (valor igual ao do PIB pela ótica do produto). )
A - · ara fins de exercícios, nem sempre são dados os valores de todos os componentes da °)
�enda Ipode-se, por exemplo, omitir os juros}. Nesse caso, considere que o valor do componente em )
)
�qtJestãG-fóiôesprezado por ser igual a zero.
)
)
Como você viu até agora, o PIB pode ser calculado tanto pela ótica do produto quanto pela ótica da
)
despesa, dando em ambos os casos o mesmo resultado final. Veremos agora a última ótica de mensuração
)
do PIB, a ótica da despesa (ou do dispêndio). )
)
2.3.3 ÓTICA DA DESPESA )
)
A mensuração do PIB pela ótica da despesa permite medir o produto po, meio do dispêndio ou da )
demanda (compras de bens e serviços finais), ou seja, leva em consideração os possíveis destinos do )
)
8
JÍ )
)
)
)
'
(
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(
(
(
( produto, considerando•se quem os ad uire e para quais fins. A ótica da despesa i:>Óssui quatro
°
comeonentes básicos, que são:�onsum5 investimento, astos do governo xportações 1qu1ifas. ada um
( deles será discutido separadamente a seguir.
( . O consumo se refere aos bens adquiridos para satisfação das necessidades pessoais das famílias
( �pr:a de bens e serviços, excetuando-se a compra e mo enoais novos. eg ndo
( Mankiw (2005), •os 'bens' incluem as despesas das famílias em bens duráveis, como carros e
l eletrodomésticos, e bens não-duráveis, como alimento e vestuário. Os 'serviços' incluem itens Intangíveis,
como cortes de cabelo e serviços de saúde. As despesas da família em educação também são incluídas no
(
consumo de serviços".
{ Os gastos em investimento se referem às "despesas em equipamento de capital, estoques e
( estruturas, Incluindo a compra de novos imóveis residenciais pelas famílias" (MANKIW, 2005).
( �orrespondem, portanto. à compra de bens que serão, no futuro, utilizados para a produção de bens e
serviços (bens de capital). O�es são aqui contabilizados devido ao fato de ser intenção dos
( contadores de renda nacional mensurar toda a produ ão no eríodo uestão, independentemente de
( ela ser vendida ou não. Quando se u em que é estocado, considera-se como se a mpresa
( ti comprado" o produto dela mesma, entrando assim como des esa de Investimento da empresa.
( uando a empresa vende o bem que estava estocado, esse valor é então descontado do valor de
( Investimento, entrando aí com sinal negativo de modo a compensar a despesa positiva de seu comprador
t (e evitar que esse valor seja contabilizado outra vez).
(
Gastos governamentais dizem respeito a às despesas produtivas do governo em todos os llmbltos,
(
municipal, estadual e federal. Mas nem todos os gastos governamentais são contabillzados no PIB. O PIB
(
tem o propósito de mensurar a renda e a despesa referentes à produção de bens e serviços. Portanto, o
(
pagamento de benefícios de seguridade social (chamado de pagamento de transferência}, por exemplo,
(
não é aqui contabilizado como gaSt-o governamental, uma vez que, apesar de afetar a renda das famílias,..
( não reflete a produção ec� Mas pagamentos do governo a uma professora de uma escola
e pública, por exemplo, são, sim, contabilizados como gastos governamentais para fins de mensuração do
( PIB, uma vez que se refere a um pagamento por um serviço efetuado (refletindo, portanto, na produção
dessa economia).
Por fim, as exportações líquidas' referem-se à diferença entre exportações• e imnoctaçõP<'
( (exportações menos importações), A subtração das importações é feita devido ao fato de as importações
de bens e serviços já serem incluídas em outros dos componentes do PIB pela ótica da despesa vistos
acima. Quando você importa um iPod dos Estados Unidos no valor de US$300, essa transação aumenta o
(
(
( • Em Economia, o termo "líquido" tem por referência uma operação de subtração. "Exportações líquidas" se refere à
diferença entre exportações e importações {isso ê. exportações menos importações); "importações liquidas·, por sua
vez, equivale a importações menos exportações.
5
Exportaçõc� referem-se às compl'as, por estrangeiros. de bens prodvzidos internamente.
( 6
Importações referem-se às cOIT'lpras interiias de bens estrangeiros.
( .9
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\mr,'J\ ),1�5 nôb ::> !\I
21-�êr.'0 o Página 13 de 164
� \tb, i?
componente consumo em US$300, uma vez que o ,Pod faz parte das despesas de co�o das famílias
Entretanto, o objetivo do PIB é mensurar os bens e servi�os que são produzidos internamente. Dessa
-
maneir.J, os US$300 das importações ent:_g.co...Go.A�ioal oeg,;:,.t'tV-0-paca CO"'f'et-1��
Reduz-se, portanto, as exportações liquidas em US$300. "Em outras palavras, as exportaçõ.esJíq.w.d.as
'-
incluem os bens e serviços produzidos no exterior (com sinal negativo) porque esses bens e �viçõsjá
-�ctu/tllJST'l@"t&A-SUmo,,,-A{J�mento e nas compras do governo (com in:i-Ôsitivo). Assim sendo,
·-qüãncro--ama-1'-amilia;-em resa ou governo adquire _':'111 bem ou serviço do e?: te rio r, ª com =pra;_.:..re:::.d::.u::.z=-=a�s_,
__ .:::.::..:::_:_:__:.::.: :.:
--e-><f)�ulci<rs= mas como também aumenta o con ,..o..ir. wesllroento ou as c.ompr-as-mrgov.em_a,--
-------------
·---,__
nii&-afeta o PIB" ortanto, lembre-se: apesar de estarem inclusas nas exportações líquidas, as importações
não afetam o PIB.
Pela ótica da despesa, temos que o PIB corresponde ao somatório desses quatro componentes:
Y = e+ 1 + G + El, sendo:
Y=PIB, C=Consumo, l=lnvestimento, G=Gastos do Governo e EL=Exportações líquidas.
Essa equação é utilizada para economias abertas (que realizam transações com o exterior, isso é,
exportam e importam bens e serviços). Em uma economia fechada (isso é, uma economia que não realiza
,
transações com o exterior), não temos nem exportações nem importações. O valor das expo1,ações
líquidas é, portanto, igual a zero, e o PIB pode ser calculado por:
Y=C+ l+G '
J
No anexo 1, ao final deste texto, você encontra uma série de dados do 16GE relativos ao PIB )
brasileiro de�d� 195, com sua distribuição setorial na economia, bem como sua divisão entre os diversos )
componentes da ótica do dispêndio. Sobre a denominação "PIB a preços de mercado" indicada na tabela,
você verá abaixo, no item 2.6, AS DIVERSAS MEDIDAS DO PRODUTO. )
)
)
)
�
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 14 de 164
(
( quantidades atuais? Desse modo, o cálculo do�não faz nada mais que multiplicar as quantidades
( comercializadas de todos os bens no ano corrente (isso é, no ano em análise) pelos preços dos mesmos
bens no ano-base. Você verá abaixo um exemplo numérico. Mas antes disso, vamos definir PIB nominal.
(
O PIB nominal avalia a produção de bens e serviços a preços correntes, ou ·seja, considera as
<. ...._,
r
(
....____-==-,.....r.:-,c-:::::-:=::--::::-:-:;-:-::-:-::-".C""',....-=
variações de preços ocorridas na economia. O PIB nominal não está preocupado em retirar os efeitos da
inflação da economia (que é o que o PIB real fa2), mas sim em avaliar o montante total de produção do
período em questão, quanto de dinheiro "circulou" no fluxo da renda nesse período. O PIB nominal é dado,
portanto, pelo produto de quantidade vendida no ano corrente pelos o do próprio a orrente.
( Como você pode ver, a única coisa que se altera nas mensurações do PIB real e do Pi8 nominal sao os
(_ preços: no primeiro caso, os preços são do ano-base; no segundo, do ano corrente. E a diferença de valores
( re o: s�do:is nos: �mostr• os e feitos da
..,:e: ::,n::t:: i• ça-º de p reç os t ota 1 na: :..ec� ,:: o.n
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·,a'4:qu��'o-cê v_e_r 'á-_. n_a_p_r�õ-XJ·m_a_
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:,:::::_:.::_: : � : : : : :._: ; �v=a�r; � :'.
( '...:'.
unidade deste módulo, tratar-se da inflação). Vejamos agora o exemplo numérico.
Suponha uma economia simples em que existam apenas dois mercados, de batata frita e
( refrigerante. Os dados de preços e quantidades dessa economia ao longo dos anos de 2007, 2008 e 2009
(_ estão apresentados na tabela abaixo.
( 2007 2008 2009
O PIB nomlnal ., como vimos acima, é
Preço da Batata Frita R$4,00 RSS,00 R$5,S0
dado pelo produto de preços e quantidades no
( Quantidade de Batata 100 80· 80
próprio ano em questão. Desse modo, temos Frita
(
que: Preço do Refrigerante R$2,00 R$2,S0 R$1,20
{
PIBn 2007 = 4xl00♦2x150 = R$700 Quantidade de 150 120 200
( Refrigerante
( PIBn,ooa = Sx80♦2,Sx120 = R$700
I PIBn,.,. = 5,Sx80+1,2x200: R$680
( O PIB nominal revela, portanto, que a produção da economia permaneceu constante de 2007 para
1.. 2008, sofrendo uma ligeira queda em 2009. Vejamos agora o que o PIB real tem a nos dizer.
( Consideraremos como ano-base o ano de 2007.
( PIBr 2..,: 4xl00+2x1S0: R$700
-
(
Como você pode perceber: o PIB real no ano-base coincidiu com seu PIB nominal. E isso sempre
e
\
ocorre, uma ve2 que os preços tomados para o cálculo do PIB real são os preços do ano-base (que, no caso,
f
é o próprio ano em Questão).
(
PIBr,008 • 4x80+2x120 • R$560
(
PIBr20o, • 4x80+2x200 • R$720
(
Observe agora que, se descontarmos os efeitos das variações de preços (Isso é, calculando-se o PIB
(
real), temos uma situação diferente da mostrada por meio do PIB nominal: o PIB real em 2008 foi menor
(
e que o de 2007 (lembre-se que o PIB nominal de 2007 e 2008 é igual), enquanto o PIB real em 2009 foi
l maior que o de 2008 (lembre-se que o PIB nominal de 2009 é menor que o de 2007).
(
(
e 11
er J(,I
;., 1
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 15 de 164
Mas então, qual das duas formas é a correta? Não existe forma correta ou errada. Ambas servem
para seus próprios propósitos. Como você viu acima, se você quiser saber qual foi a produção de fato de
um ;mo, sem deixar que as variações de preços interfiri!m na sua análise, você deve observar o PIB real; se
você quiser saber qual foi o montante total de dinheiro (ou seja, a despesa total) que circulou na economia,
independentemente de suas variações de preços, aí o recomendável é utilizar o PIB nominal
Como você viu, o PIB nominal reflete, ao mesmo tempo, os preços dos bens e serviços e as
quantidades comercializadas desse bem no ano corrente, enquanto o PIB real, ao considerar os preços
apenas do ano-base, reflete apenas as quantidades produzidas. Temos, portanto, a seguinte situação:
PIB nominal= preços correntes x quantidades correntes
PIB real= preços do ano-base x quantidades correntes
Se quisermos, portanto, avaliar a variação dos preços ocorrida do ano-base para o ano corrente em
questão, é possível fazê-lo observando os valores do PIB nominal e do PIB real do ano corrente. Se
dividirmos PIB nominal por PIB real, temos:
,
PIB nominal preços correntes x quantidades correntes preços correntes
J
PIB real preços o ano-base x quantidades correntes preços do ano-base
)
Temos, portanto, que � razão entre PIB nominal e PIB real nos dá a relação entre os r os
)
correntes e; os ereços do ano-base. Dessa maneira_, urge o chamado Detrator Implícito do PIB "uma )
- - - �-:::-::--�-,----::c,::----;--,,,......,.--,--...l "------=..
medida do nível os calculada como a razão entre o PIB nomina e o PIB real multip icada por cem"
(MANKIW, 2005). Portanto, )
Deflator Implícito = PIB nominal x 100 J
do PIB PIB real
)
Como PIB nominal e PIB real no ano-base são iguais, o deflator implícito do PIB para o ano-base é )
sempre igual a cem. Para os anos subsequentes, o deflator mede as variações nos preços (e não nas j
quantidades), ou seja, ele "mede a variação do PIB nominal a partir do ano-base que não pode ser atribuída )
a uma variação do PIB real" (MANKIW, 2005). )
Tomemos os exemplos dados acima: )
)
P1Bn2007 R$700; P16n2003 = R$700; PIBn200, = R$680
=
)
P1Br 200 , = R$700; P1Br20 ,, = R$560; PIBr 20"' = R$720
)
O valor do dellator implícito do PIB para cada um desses anos será, portanto:
)
Deflator200, = (700/700)x100 = 100
)
Deflator20oo= (700/5G0)x100= 125 )
Deflator,00 , = (680/720)x100= 94,44 _)
)
)
12 )
iS 'J
✓-
)
}
)
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(
(
(
(
( O deflator é, dessa maneira, uma das medidas da variação do nível geral de preços em uma
( economia. Você verá no prox,mo texto outra medida, o Índice de Preços ao Consumidor, e aprenderá as
diferenças básicas entre esse índice e o deflator para a mensuração da alteração de preços. Pelos valores
calculados, podemos chegar ao valor da inflação medida pelo deflator i ' ·to do PIB. Essa variação pode
(
ser medida da seguinte maneira:
(
Taxa de Inflação = DIP., 02 • DIP.,. 1 x lOO
( OJP�no 1
2.5 PIB E BEM-ESTAR ECONÔMICO
(
O PIB é regularmente utilizado como indicador de bem-estar econômico, seja por indicar a riqueza
(
total de um país ou pelo PIB per capita (que é obtido pela divisão do valor total do PIB pela população
(
( local}. Mas não é um indicador ideal. O PIB per copito, por exemplo, não leva em consideração a
distr lbuiç5o de renda, o acesso a saúde e educação etc. (o assunto indicadores sociais e desigualdade será
( tratado na última unidade do curso). O próprio PIB não indica a preservação do meio ambiente. Um pais
( pode experimentar um rápido crescjmento econõmico em detrimento da preservação ambiental, o que
( esconderia seus verdadeiros efeitos sobre o "bem-estar• dessa população. Q PIB não considera tampouco-
( as atividades que ocorrem fora dos mercados. Produção doméstica, seryiço..de dona-de-casa. trabalho
( voluntário, horas de lazer perdidas com o aumento do trabalho: nada é computado OQ PtB. Mas isso não faz
do PIB uma medida desprezível do bem-estar econômico. No fim das contas, pode-se dizer que o PIB é, sim,
{ uma boa medida do bem-estar econômico, uma vez que nos permite mensurar a renda, a despesa e o
( produto totais de uma economia ao longo de um período. Dessa maneira, permite-nos avaliar o
desenvolvimento e o crescimento médios da economia como um todo. Assim, o PIB não se revela uma
(
medida eficaz do bem-estar econômico para a maioria dos propósitos a que se destina, mas não para
(
todos.
(
(
2.6 AS DIVERSAS MEDIDAS DO PRODUTO
(
(
( o PIB, como você viu acima, é uma das maneiras de mensuraç3o do produto disponível em
( Economia. Mas não é a única. Inicialmente, você já viu que há diferentes óticas de mensurnção do PIB, cada
t
'-:;;:;--:-:-;,-:-:==------------------
uma analisando diferentes componentes. Dessa maneira, qual será a relação entre o PIB medido pela ótica
( da pmd11ção omedjdopela despesa e o medido pela renda1
( Você deve se lembrar que o [!'.10 pela ótica da despes?Jreflete os valores que foram pagos no
( mercado para compra dos bens e serviços produzidos, dividindo-se entre �onsumo, investimento. gastos do
(
(. ----------
governo e exportações líquidas. Dessa maneira, ao calcularmos o PIB peta ótica da despesa, obtemos o
-
chamado PIBapreços cie roeccaciP foy P!Bpm). que reflete; portanto, o valor de mercado pago pelos bens e
(
e serviços na econof(lla.
(
13
(
(
(
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Já o f18 pela ótica da rendg mensura �-!_emuneração dos fatores de produção em todas as etapas
do processo de produção, e por isso é chamado PIB a custo de fatores (ou PIBcf) !)Iãodeveriam portanto,
daro mesmo valor os produtos calculados taat.o;ela ótica eia despesaquantopela.ót-i�� nda? �
se não houver partici ação overnamental na economia. O Governo pode intervir na economia por meio da
1t çobrança de impostos indiretos 'e pelttconcessão de subsídios. )?essa maneira, o valor de mercado dos
ens diferencia-se do custo de seus fatores de produção por esses dois componentes:· impostos indiretos e
--sub+idios. Qual é, então, a relação existente entre o PIB calculado a preços de mercado e o PIB a custo de ,
fatores? Observe a relação abaixo:
PIBpm- impostos indiretos+ subsídios= PIBcf )
)
Ou
)
PIBcf + impostos indiretos- subsídios= PIBpm
)
Isso porque, €nauanto o: impostos jpdiretos são gastos pelo produtor, sendo portanto adicionados
)
ao custo de produção para que se componha o preço de mercado do produto, 9s subsídios funcionam
)
�omo auxilio à produção, e seu valor é descontado do custo de produção J2.ª!à]nunaropreço de merca�o.
)
É essa, portanto, a relação que se estabelece entre PIBpm e PIBcf.
>
Como você viu acima, o valor PIB pela soma dos valores adicionados )
ao PIB pela ótica da renda. Dessa maneira, o PIB calculado pela ótica da produção sai, como pela renda, a )
custo de fatores. )
Veremos agora outras medidas diferentes do PIB, mas antes definiremos alguns conceitos )
econômicos importantes: )
� o "B" de PIB indica que está incluso no valor do PIB os gastos com depreciação, ou seja,_j.... )
deterioração do.s.,bens de ç;ipitaLRa �rerlw� Os gastos com teparos):le máquinas, por exemplo, entram )
como depreciação, e a depreciação está inclusa no PIB. )
caso se exclua o valor da depreciação com máquinas e equipamentos do produto bruto, )
� )
teremos então o produto liquido, que é, portanto, a quantidade total de produção, descontados o valor da
)
depreciação.
)
7INTERNJ":f o__'.'I" do PIB indica que se inclui no PIB o valor de todos os bens e serviços. ptb.d.!J_zjdos
)
internamer,te em um pais, independentemente da nacionalidade da empresa ou funcionár.i.o� os
)
� --;p::;r:;:o:;:;;::;::;--_;-A;:
in::d;:a:--:q::u-;;e;-::-
um a-;e:;mp::::;rse-;:a-;e:::s;:
tr;:a: :;;n:;;ge:;; ir:: r°'aT.,na:st" a"'r-.:aaa'
ª '"'n"'o""""pa",s"'r-;::
"' em::::e:
te:::--:
: - ;;,; das para o exterior, esse valor é
_ d uzi_y,
;:: =
)
incluído no produto interno, uma vez que foi produzido dentro dos limites geográficos desse país. Se uma
)
empresa do país em questão está instalada no exterior, ainda que ela remeta rendas para esse pais, suas )
rendas não entrarão no produto interno, uma vez que não foi produzida no próprio país. )
{NA�ALj-quando se ue contabiliz r n~ u. · roduzido dentro das fronteiras do país, mas )
sim tudo o que foi produzido por emwesas e pessoas rio pcóll(i.0..12._aís e enviado para o país (afinal, de nada )
adianta uma empresa nacional produzir no exterior e manter renda lá fora), utiliza-se o produto nacio�. )
)
1
Impostos indiretos são aqueles cobrados por produto. Os impostos diretos correspondem ao imposto de renda. )
14 )
)
)
1 •.
- )
)
l
(
(
( Ele inclui, portanto, os rendimentos enviados para o país {e texc.lui os rendimentos enviados para o
exterior)8 .
(
( Agora, sim, qual a relação entre essas medidas?
Produto Bruto - depreciação e Produto líquido
(
ou
Produto Uquido + depreciação= Produto Bruto
(
(
Prodvto Interno - renda enviada ao exterior+ renda recebida do exterior• Produto Nacional
Como você já aprendeu, podemos utilizat. a terme ""líqe,id,Q_" indicando uma subtraç!_o. Nesse caso,
.--
(
podemos diter que renda nviada ao exterior - renda recebida do exterior a renda liquida enviada ao
exterior. Assim,
Produto lnterno-(renda enviada ao exterior-renda recebida do exterior) e Produto Nacional
l Prodvto Interno - renda líquida enviada ao exterior= Produto Nacional
ou
( Produto Nacional + renda líquida enviada ao exterior = Produto Interno
(
( Em resumo, temos:
( Produto Bruto-depreciação • Produto líquido
(
Produto Interno - renda líquida enviada ao exterior= Produto Nacional
Produto a preços de mercado -impostos indiretos+ subsídios* Produto a custo de fatores
(
e
As nomenclaturas para os conceitos apresentados acima são: Bruto - B; Líquido - L; Interno - f;
\..
(
e..'.F::;:ato
Nacional - N; Preços de Mercado-PM; Custo �d!:. � r:'.! e
! �s,:.-:êcf. �º�=ll!.!::od
::S , !:é.!:po�ssi
� �o,_ :'.: o�� s..1c=J!bl!i!!na!!:ç�õ�e�s
: :l; '...:t:!erm
� ve
( dessas várias medidas do produto, taís como. PIBpm, PIBcf, PNBpm, PNBcf, Pllpm, Pilei, PNLpm e PNLcf.
( Para achar o valor de um a partir do outro, basta ver o que muda na nomenclatura de um para a do outro,
( e então efetuar as transformações necessárias. Por exemplo: se você tem o PIBpm e deseja encontrar o
( PNBpm. A única alteração é do "I" e do "N", ou seja, você deve transformar o valor interno em valor
I._ nacional. Para fazê-lo, basta seguir conforme explicado acima. Assím,
( PIBpm - renda líquida enviada ao exterior a PNBpm
e
(
e
e
(. Atenção: Renda enviada e renda recebida não são equivafentes de importação e exportação. ma ernpresa brasUcira
em Angola que env,a rendimentos para su nz no Brasil o az s.em com ar a quer produto cm troca. Deisa
( maneira, não há relação entre renda liquidll enviada ao exterior e importações liqt,aidas. N3o confunda!
(
e 15
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 19 de 164
)
)
)
Procedc..se da mesma maneira quando hâ mais de uma transformação. Por exemplo, Para
)
transformar o PIBpm em PNLcf, deve-se fazer o seguinte:
J
PIBpm-depreciação - renda líquida enviada ao exterior-impostos indiretos+ subsídios: PNLcf )
2005 105163 539 283 1 197 807 1 842 253 304 986 2 147 239 1294 230 427 553 342 237 5 739 324 842 247 36· 2
2006 111 229 585 602 1 337 903 2 034 734 335 063 2 369 797 1428 906 474 773 389 328 8 012 340 457 271 679
2007 133 015 623 721 1 466 783 2 223 519 374 092 2 597 611 1 579 616 517 287 455 213 5 459 355 399 315 362
2008.1 43 745 150 442 367 404 561591 104 052 665 643 417 705 129 341 122 801 H 416 79 166 82 954
2008.11 53 688 168 483 398 261 620 433 109154 729 586 435 725 138 691 134 961 18 111 96883 94 784
2008.111 37 330 189 255 404 973 631558 115 779 747 337 452164 138 004 152 589 748 113 664 109 832
2008.IV 28 772 174 316 424 384 627 471 119 680 747 152 447 821 178 372 138406 (·) 20 133 124 544 121 858
2008 163 536 682 497 1 595 021 2 441 054 448 665 2 889 719 1 753 414 584 408 548 757 H 1 690 414 257 409 427
2009.1 41194 142 803 400 607 584 605 100 005 684 609 443 961 153 272 113 812 \·) 22 349 85 967 90 054
Fonte: IBGE
Observe que "2008.1" refere-se ao primeiro trimestre de 2008, "2008.11" ao segundo trimestre desse ano e assim sucessivamente.
Consulte outras tabelas e dados sobre as Contas Nacionais brasileiras no site do IBGE, em:
http://www.ibge.gov. br /home/estatistica/i ndicadores/pib/defaultcnt.shtm
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..... ·-·-•-•·.... , .,.....-·· .. ·-· -·- ·--··· ..... . ··--·---·-· ·- ····--·-··· .... '
Ano PIB <1 J')CCÇ0$ flator ia.x.,s reais de varlaçao (%) População PJB per capita }
corr�nlc$ ícito
....... -····-··-····· ------··--· (1.000 hab.) )
emR$ ('lo) Agrope-lndüstrla Serviços PIB Pre-ços cons• Taxa real indicc real
cu:'iria t.an(cs dç dç v;tri.i• 2007 = 100
)
2001 (R$} ç.aot¼) )
1986 1 274 149,2 -8,Ô 11,'1 6,1 7,5 60.S 134 653 11 668,21 5,4 85,0 )
1907 4 030 206.2 15,0 1,0 3,1 3,5 62.G 137 268 11 049.90 1,G 80.'1 )
19e8 29376 628,0 0,8 • 2,G 2,3 -0,1 62.G 139819 11 626,78 -1.9 8�.7
i9&9 425505 1 304.4 2.0 2.9 3.5 3,2 64.0 142307 11 78'1.-19 1,4 8:3.0
)
1990 11546795 2 731.0 ·J,7 -8,2 ·0,6 • -1,3 61,8 146593 10 942.33 - 7.1 70.7 )
1{101 GO 285 999 416,7 1,4 0,3 2.0 1,0 62,4 149094 to 8Q9.5S - 0.7 79,2
199.l. 640 956 766 969,0 4.0 • 4,2 1,5 • 0.5 62,0 151 547 10 63-5,51 • 2.2 77,5
)
1993 1'109711 4182 1 996,1 -0,1 7,0 :;,2 4,9 65,1 153 986 10{182,55 3,3 80,0 )
1094 3-10 204 679 000 2 240.2 5,5 ô,7 4,7 5,9 68,9 158 431 1 f 443,61 4,?. 83.4
)
1995 705 640 892 0!)2 9J.9 5,7 4,7 3,2 4,2 11.8 158875 11 743,40 2,G &5.G
1096 643 965 631 310 17,1 3,U 1,1 )
2,2 2,2 73.4 101 323 11 813,99 M 66.1
4,2
1997 939 146 616 912 7,6 0.8 2.6 3.• 75,6 163 780 f2 029.55 1.8 87,7 )
1990 970 275 748 883 4,2 3,4 • 2,6 1,1 o.o 75,9 166 2.$2 11 854,66 • 1.5 86.4
1999 1064 999 71 l 799 8.5 õ,5 -1,9 1,2 0,3 70,1 168 754 11 708,60 . i,2 85.3
)
iOCô 1 179 48.? 000 000 6.2 2.7 4,8 3,6 4,.S 79,3 171280 12 032,87 2,S 37.7 )
2001 1 302 130 000 000 9,0 6.1 • 0,8 1,9 1.3 80,4 1'13622 i2 012.59 • 0,2 87,5
)
2002 1 477 822 000 000 1M M 2,1 ,3,,. 2.7 82,5 176 391 12152,?.9 1.2 88,6
Wô3 1 699 948•000 000 13.7 5,8 1,3 0,8 1,1 83.5 178 085 12 113,47 .o.3 88.3 )
2004 1 941 496 000 000 o.o 5,0 5,7
2,3 7,0 &8.2 181 566 12622,02 4,2 92.0
)
2005 2 147 239 000 000 7,2 0,3 2.1 3.7 3,2 91,0 184 184 128 - 37.15 1,7• 93,6
2006 2 369 797 000 000 6,t 4,5 2,3 4,2 la.O 04,6 186 771 13 162.07 2.5 95 ,9 )
2097 2 597 611423 918 3,7 5,9 4,7 5,4 5,7 100,0 160 300 13 722,19 4,3 100.0 )
Fonto: ltJGE )
)
J
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)
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(.'· \ )
j
)
(
( .
INTRODUÇÃO
,_, .
À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 22 de 164
(
fNDICES DE PREÇOS
Definições Conceituais, C6/culo do
<.. IPC, fndices de Preços Brasileiros, Defloçfio, lndexoçõo
(
Redação inicial: Bruno Pereira Rezende e Michael William Dantas Lima
(
Revisão e adendos: F. R. Versiani
(
( 1. INTRODUÇÃO
( Na segunda unidade do curso estudamos a determinação de preços, pela interaçao da
oferta e procura; vimos como o preço de determinado bem pode tender ao aumento ou à
redução, sob certas circunstâncias. Por exemplo: se um artigo fica na moda, a demanda por ele
(
aumenta, e seu p·reço tenderá a subir. Mas sabemos que os movimentos de preços podem
(
( ta mbém ocorrer de forma generalizada, ao longo do tempo, havendo períodos de alta geral de
l p!eços lo gue caracteriza uma inflaçjl:l) e, menos comumente, períodos de queda conjunta de
(
�os(•:Ma Elefl�o). Essas alterações gerais de preços podem afetar profundamente os agentes
e
econômicos: a inflação onera o orçamento dos assalari�dos pode levar à falência, pelo aumento
(
de custos, quem tenha se comprometido a produzir algo por um valor fixo, etc. Isso ressalta a
(
( Importância de medir a s variações gerais de preços. Esse é o propósito dos índices de preços.
(
( 2, DEFINIÇÕES CONCEJTUAJS
e
( 2.1 Índices de Preços
(
Um · ice de preços é um Indicador da variação média de um conjunto de preços, entre um
r �
período tomado como base e o período considerado. t� ui-se ao período-base o lndice 100; qya!pr do
(.
índice para o outro eriodo indicar� a porcentagem de aumento ou redução média de preços, nesse
(
Intervalo de tempo.
e
( Por exemplo: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor definido abaixo), tendo como base
( dezembro de 1993 (INPCal00), foi, em fevereiro de 2009, igual a 3.003,43. Considerando que o INPC do
{
mês anterior fora 2.994,lS, conclui-se que o aumento de preços, medido por esse índice, foi de 0,31%,
(
entre Janeiro e fevereiro de 2009.
(
( Ou seja, o aumento percentual de preços em fevereiro, em relação a janeiro (a taxa de inflação de
( !:_vereíro), medida pelo INPC, foi:
cad, 1 PC. Por exemplo; o� Bca<jleiro de Geografia e Estatística (IBGE) vinculado ao Ministério do
)
Planejamento, produi dois IPCs: o Índice Nacional de Preços ao Co nsumidor (INPC)eo Índice Nacion�e
)
P,-;os ao Consumidor Amplo {IPCA). OÔe destina a medir a variação de preços para�com o
)
chefe assalariado, de renda mais baixa (que são geralmente as famílias mais afetadas pela inflação), '
./
procurando c.9brir cerca de metade daquelas familias. Assim, baseia-se atualmente numa amostra de
f
f�mílias com o rendimento familiar mensal de a 6 salários mínimos �na amostragem definida emÉ?�Já
)
)
o���cura medir o movimento geral de preços no mercado varejista, e assim considera famílias com·
_ )
renda, de qualquer fonte, entre 1 a 40 salários mínimos (excluindo, dessa forma, famílias de rendas muito )
baixas ou muito altas, cujos hábitos de consumo são em geral menos uniformes). As família ssa faixa e )
1
renda repre total de famílias brasileir s. �S' (/1.JÍ� · - Ô�70 )
1 (�
A determinação das pondera�ões, nos I PCs, é feita por meio de uma Pes uisa de Or amento
farn; ·ar _/
)
)
Familiar {P;� aplicada a uma amostra de famílias do nível de renda escolhido. A POF determina
.-
percentual da des e mensal, nas famílias da amostra, correspondente a cada bem ou serviço;< )
tpercentual define o peso a ser aplicado à variação do preço respectivo, no cálculo.Jio_jo.dice. No ca )
IBGE, a última POF foi feita em 2002-2003, e sua popàeração implantada em 2006. )
)
�e--\\ i G �-e�
º
Járiº� )
)
� �� ◊� J;(\'\,"'"' )
..__\\ cj5\', )
(
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 24 de 164
(
e
(
( A coleta de preços, feita periodicamente (nos principais IPCs, semanalmente) é outra etapa
e fundamental. ES5a coleta abjpilit.a..deteffflinar u preço itlédtc,-,_,:µiiLcada bem ou serviço é �
(
comercializado, em uma dada localidade.
(
(
Há vários outros IPCs calculados no Brasil; por exemplo, índices de cobertura regional ou local.
(
Além disso, outras entidades que não o IBGE1 como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Fundação Institui�
( . --......,
de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo {FIPE-USP), produzem também seus índices. EsS3,
(
multiplicidade de indicadores de preços se relaciona com o longo e intenso processo inflacionário po_r que
( passou a economia brasileira, até o Plano Real, em 1994. Nos dez anos anteriores a 1994, raramente o
( aumento de preços mensal foi menor do que 10%, e muitas vezes excedeu 20%. Nesse regime de alta
( inflaçJo, há grande Interesse por parte da população em saber como variam os preços, pois isso define a
( evolução do valor real dos rendimentos de cada um (se meu salário não varia e os preços dobram, meu
(_ poder de compra se r.eduz à metade). ê•e interesse estimulou o surslmento de diversos IPCs. na busca de
( indicadores que refletissem, da forma mais acurada possível, a variação de preços (e da renda real) para
( determinadas parcelas da população. IPCs eram amplamente utilizados, naquele período, como evidência \'hl.
( d erda de poder de com ra dos salários, o ue embasava reivindicações de aumentos nos salários 1P\
nominais que compensassem tais perdas.
(
.-
2.3 Outros índices
( Além de consumidores, outros grupos têm também interesse no acompanhamento de
(
variações de preços (especialmente quando a inflação é muito alta). Assim, o[ndice de Preços por
(
-�tacado {IPA}. Jcalculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mede a variação média dos preços
( P@
( dc._matérías-primas (relevante, por exemplo, para grandes empresas), 9IPA é também uma média ,l.fnftS-
( é
,Ponderada, mas o sistema de ponderação diferente do usado nos IPCs. oiú)dice Nacional de �rr,a"3
e Preços da Construção Cívil (INcc !:}calculado também pela FGV. mede, como o nome indica, a
( variação dos preços que incidem sobre o custo d e construç5o, ponderados pela incidência relativa
( no custo total de uma obra típica (há subíndices para diferentes tipos de obras). E existem
(
também lndices abrangentes, como ol!._ndlçe Geral de Preços IIGPlje o[Deflator Implícito do PI'
(_
e que serão discutidos abaixo.
(
Veremos abaixo um panorama mais detalhado dos índices de preços mais importantes.
l
Antes, porém, vamos examinar mais de perto a forma de cálculo de um IPC. Isso nos ajudará a
(
compreender melhor a significação desse índice.
(
e
e
(
3
(_
(
J
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 25 de 164 )
l
)
3. CÁLCULO DO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
)
o cálculo do IPC pode se dar, em princípio, de diferentes formas, de acordo com a )
metodologia e a ponderação adot a das. )
d9-1�'Í-OJ�·gb{ )
a�:J(�o�qu� �e�o'.:s�e:st� :at�ís�tic
se � �o�s�c �l:'.'.'ªm
:'. a� m
� ��de
; �'�c' r:_r: '!!t• �éri� �o�de� �L�as� pe
� :.)y�r::_:e s"), ou a �rutura de
)
consumo do ano atual ("critério de Pa.asche"). A literatura técnica discute as vantagens e
)
desvantagens teóricas desse critérios (e de outros que têm sido propostos); na maioria das vezes, )
!1º entanto, considerações de ordem prática (em particular, a complexidade e custo de realização )
. . no
das Pesquisas de Orçamento Familiar), fazem com que se adote uma pooderação com base )
)
___,
passado. Enquanto não se faz POF - ue od var vários anos -, mantêm-se as
)
ponderações derivada s da POF anterior. (No caso do IBGE, por exemplo, as última
)
---
___ Em situações concretas, portanto, os cálculos têm características COffiiiOS A
_;_ __:_. _:__
compreensão de como é c a lculado o IPC para uma pequena cesta hipotética de consumo, com
__..,,
)
)
dois ou três bens apenas facilita o e.o.te�os. Vamos supor um índ_ ice )
,,-
calculado por ponderação a partir do ano-base, o que será apresentado a seguir. )
}
)
Considere as seguintes inform�ções a respeito do consumo de uma cesta de bens
)
simplificada de um consumidor típico, em 2008 e 2009:
)
2008 2009 )
Preço Quant. Preço Quant. )
Refrige rante 2,00 7 2,50 5 }
Sanduíche 3,00 6 2,10 8 )
terminada a primeira etapa' do cálculo do IPC. A segunda etapa refere-se ao cálculo do peso de
3º passo. Agora, devemos calcular a variação do preço de cada bem da cesta de 2008
( _para 2009J9u seja, os índices de preço parciais). Para fazer isso, devemos dividir o preço do bem
(
e em 2009 pelo preço do bem em 2003emultiplicar o valor resultante por 100. Para o refrigerante,
.....-
teremos: lOO•x 2,50/2,00 = 125. Fazendo isso para os demais bens, agora só resta calcularmos a
(
( média ponderada desses índices parciais.
e 42 passo. O IPC, ou seja, a média ponderada dos índices parciais, é obtido
multiplicando-se cada Úm desses índices (abti4es "º 39 pafle-)-pai-pectivo peso {obtido oo-22
( passo), e somando esses produtosyAssim, para o refrigerante teremos: 0,35 x 125 = 43,75.
(
e Procedendo da mesma maneira para os demais bens, e somando os resultados, che
�
ao
e número final, mostrado na célula inferior da última coluna, na tabela aci°:a: o valor do �m
�
l &o9Jigual a 43, 75 +30,02+ 20�,7 ?]
/ . s
(rdoes pa C1·8/-9.: véf'r1 r.9�
(
(
r
(
ele t:ô4o bem (Iem pe!j i6
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 27 de 164 )
)
O que isso significa? Nosso IPC passou de 100, em 2008, para 93,8 (arredondando), em
)
2009. O consumidor típico gastaria, em 2009, uma quantia menor (6,2% menor), para comprar i! )
�
mesma cesta de consumo que comprava em 2008. J
ponderação dada pelas quantidades consumidas no ano presente {2009); os pàssos a seguír )
seriam inteiramente análogos. Quem se der ao trabalho de segui-los, verá que o resultado será )
{<J inferior ao obtido acima: �e ca1c1,1lado pelo "crjtériQ de Paasch�" {ponderação pelo. ano.
J
)
corrente) é, em números redondo:;, 9J .3 (em vez de 93,8). Isso é o que geralmente acontece,
)
justamente por causa do efeito da variação de preços sobre a quantidade demandada: os bens
_
��.:..::.._���c...c..::.---------�
..;....:_:
�_:__:_:,:___;...�
que aumentaram de preço (e tiveram redução na quantídade demandada) tenderão a tér
)
--:----:---,-'� . )
-__:__:_ __;__�...:....:..;_:--..:_,:_::..:..::._:�_::._:_::�
ponder�ção maíor, pelo critério do ano-base {quando eram mais demandados). �ostuma-se dize:
AA
)
que a ponderação pelo ano-base tende a exagerar aumentos de preços (e a ponderação pelo ano ,
�
corrente tende a mascará-los). )
,,..;J,
G"' !PCc = -
--1:x
Pc X q b)
Sendo: 1
)
L (pb X qb) Pc - preço no ano corrente
)
Pb - preço no ano base )
Ponderação pelo ano corrente:
)
qc-quantídade no ano corrente
L (p, X q,) J
IPC, =
í (pb X q,) qb - quantidade no ano base )
)
6 )
)
)
)
)
J
(
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 28 de 164
(
(
(
Os resultados do cômputo das fórmulas serão, evidentemente, os mesmos obtidos a partir
dos passos indicados acima. Mas atenção: caso se peça que você mostre o peso relativo de
(
cada bem n a cesta, você deve fazer o cálculo passo a passo, para determinar essas
(
ponderações.
(
,,.J) .3 /rmik?5e5
( 4. PROBLEMAS E LIMITAÇÕES DOS ÍNDICES DE PREÇOS
t� fífnop��
Como a maioria dos métodos e ferramentas utilizados em ciências sociais, o IPC'
{
e apresenta alguns problemas e limitações..Cabe indicar aqui três dessas limitações.
Dois deles envolvem a questão da pooderação 11t.all.ada. Como visto acima, os IPCs em
(
geral trabalham, durante certo período, com uma cesta fixa de consumo, determinada por uma
Pesquisa de Orçamento Familiar. Disso decorrem problemas: a substituição de itens de consumo,
( consequente à variação de preços, e a introdução de novos bens na cesta de consumo.
( Em primeiro lugar, como dito acima, mudanças de preços tendem a provocar uma
(
e
substituição de itens de consumo por outros: quanto maior o preço de um bem, maior será a
procura por bens mais baratos que possam substituí-lo, na cesta de consumo (caso existam esses
-
(
substitutos próximos). Baseado em cesta de consumo fixa, um IPC pode apontar uma yariaçã�de
e
( preços que distorce a realidad:, Por exemplo: se ocorre um griinde aumento no preço7do arroz, é
( possível que os consumidores diminuam o consumo desse artigo e aumentem, por exemplo, suas
( compras de macarrão. Nesse caso, pode-se dizer que o efeito do aumento do preço do arroz sobre
( o bem-estar do consumidor será exagerado, quando se usa um índice baseado no consumo de
(
arroz no ano-base.
(
Em segundo lugar, a introdução de novos bens pode também trazer distorções. O IPC
(
baseado numa Pesquisa de Orçamento Familiar de anos atrás não medirá o gasto dos
(
( consumidores com bens que foram introduzidos desde então. Enquanto não houver uma nova
( POF, o IPC ficará defasado, especialmente em períodos que presenciam grandes inovações na
( composição do consumo da família típica. A comparação entre as duas últimas POFs feitas pelo
'---- --------:..·------=----
(
IBGE (a de 2002·2003 e a de 1995·1996) ilustra isso: verificaram·se alterações significativas n:
( �
estrutura de consumo, em todas as faixas de renda, com o aumento de importância, por exemplo,
(
l de tos com telefones celulares, computadores, locadoras de vídeo, lan houses, etc.
( Em terceiro lugar, deve-se notar que os IPCs não indicam mudanças de qualidade. Um
( produto pode, com o passar dos anos, manter o mesmo preço mas ter seu valor de uso
( substancialmente aumentado, ou gerar um fluxo maior de serviços, como resultado de
r'
incrementos de qualidade. Ou o preço pode subir, sem que de fato Isso decorra de um processo
(
7
(
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 29 de 164 }
)
)
inflacionário,
•
já que a qualidade também aumentou. Se um artigo é mais caro, mas tem ---
maior )
• 'le •
durabilidade, envolvendo menores gastos de conserto e reposição, no firo das contas pode )
'
resultar mais barato; mas isso não será refletido � como habitualmente computado. O )
-
País. O IGP- :é uma média ponderada do IPA (com peso de 60%). IPC(peso de 30%) e INCC (peso de
)
10%). Estabelecidas em 1950, período em que a produção de estatísticas econômicas era ainda )
incipiente no Brasil, essas ponderações pretendiam representar, grosso modo, a importância )
relativa, no PIB, do valor adicionado nas atividades ligadas à produção e comercialização por J
)
atacado {IPA), no comércio de varejo e serviços de consumo {IPC), e na construção civil (INCCJ.,i_
)
evidente que tais proporções, a.inda que fossem aproximadamente corretas naquele petiQQ_o,
.. --- -
-- )
perderam desde. muito uma relação a,:óxima çon, as Contas Nacionais. A aplicação, ainda hoje, )
desse critério original de ponderação está muito associada à ampla utilização do IGP, desde os )
anos iniciais de seu cômputo, como indicador da inflação (especialmente na correção de valores )
'
em contratos de obras públicas e de aluguéis, e em transações financeiras). Dado esse uso )
generalizado, uma mudança no cálculo do IGP poderia afetar, num dado momento, usuários do )
)
índice em vários setores da economia: De certa forma, a manutenção de uma �
\ )
metodologia, por mais de meio século - embora sem nenhuma lógica econômica-, é vista pelo�
)
ercado como um fator de credibilidade do IGP._j )
�
\µcc., C1� J
_)
(
(
e
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
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164\a, '
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( � rna4S
( Por outro lad a correção monetária pelo IGP pode trazer distorções, em certos casos.
/
USqJa,
( A grande ponderação atribuída ao IPA torna o IGP muito sensível a variações na cotação do dólar, -,'r7
( pois uitas matérias-primas têm seu preço diretamente relacionado ao preço no mercado
(
e 8
internaci�. Com isso, o IGP pode se afastar consideravelmente de outros indicadores, como o
e em períodos de grande d�svalorização {ou valorização) do real. Essa é o foco de críticas que
( têm sido dirigidas ao IGP, como as mencionadas nos textos citados acima.
( /A FGV computa duas séries de� que dão origem a � ois IGPSJ a série'
e #disponibilidade interna" e a série "oferta global". A primeira (a mais usada) exclui alguns
(
produtos que são basicamente de exportação.
{
( qrndice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). �s resultados mensais do IGP, assim
como da maioria dos índices de preços, são divulgados nos primeiros dez dias do mês
(
e subsequente. Assim, a correção monetária de um valor feita no final de um determinado mês (o
( que é comum em certos contratos, como os de aluguel) teria que usar o índice do mês anterior; no
( período de alta inflação, antes de 1994, isso causava problemas. A FGV passou então a calcular um
(
novo índice, que em lugar de se basear no levantamento de preços do primeiro ao último dia do
(
e mês, parte do cotejo de preços apurados entre o dia 20 de um mês e o mesmo dia do mês
( <seguinte. Dessa forma, o índice relativo a março, por exemplo· (na verdade, relativo ao , período de
( 20 de fevereiro a 20 de março), estará disponível já no final de março. Esse novo índice é o JGP-M.
(
(
,1arneote 11sado, até hoje, DOmercado financeiro.
Lb cPO 8. J,,D-=. tflP-m
e O Deflator Implícito do PIB. O cômputo do Produto Interno Bruto, como parte da
(
elaboração das Contas Nacionais pelo IBGE, tem como subproduto um índice geral de preços da
(
( economia: 9-pe(lator Implícito do PIB. O PIB é calculado inicialmente a preços correntes; em
: d:::._o_P__
( 1s:___
: ____ ______ ____-.._,
e
Deflator Implícito do PIB:: PIB Nominal x 100
(
PIB Real
(
e
e 9
(
(
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 �rB{)gen\-e
Página 31 de 164 )
)
econom;a_ )
O eflator Implícito · assim, uma média da variação de preços de todos os bens e )
serviços produddos no país, ponderada pela participação relativa, no PIS, do valor adicionado por )
cada um desses setores produtivos. Nesse sentido, ode ser considerado o índice de preços mais )
)
abrangente a economia.
)
)
6. OS ÍNDICES DE PREÇO BRASILEIROS: VISÃO DE CONJUNTO
)
O Brasil se destaca·internacionalmente pelo considerável número de índices de preços, )
particularmente IPCs, calculados no País· como vimos, isso é uma herança de nosso passado )
inflacionário. Mesmo após o fim da alta inflação, manteve-se essa multiplicidade de indicadores, )
pois continuou a haver demanda do público por eles. Algumas mudanças intempestivas na )
')
✓
metodologia dos índices oficiais de inflação, anos atrás, despertaram em alguns a desconfiança de
)
que houvesse uma manipulação deliberada desses índices, por parte do governo. Mesmo que
)
ninguém ponha em dúvida, hoje em dia, a correção técnica dos índices do 18GE, permanece· a )
preferê_ncia de certos usuários por índices elaborados por instituições independentes. •As ·mais )
importantes dessas são a FGV e a FIPE-USP, já mencionadas, e o Departamento lntersindical de )
Estatística e Estudos Socioeconômicos �- )
)
)
Instituto Brasileiro de Geografia e E/statística • IBGE
)
Como vimos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC} e o Índice de Preços ao )
Consumidor Amplo /IPCA) são os principais índices elaborados pelo ISGE. Ambos têm os dados )
coletados em onze regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, Porto' Alegre, Belo Horizonte, Recife, )
São Paulo, Belém, Fortaleza, Sal'(ador e Cu�itiba, além de Brasília e do município de Goiânia. }
)
Para ilustrar a diferença entre esses dois índices, a tabela a seguir compara as ponderações
)
em que se baseia o cômputo do INPC e do IPCA, no que se refere aos principais itens de despesa
)
(segundo a últíma Pesquisa de Orçamento Familiar, feita em 2002-2003). Como visto acima, o )
INPC toma como base a estrutura de consumo de famílias com renda entre 1 e 6 salários mínimos, )
enquanto o IPCA se baseia no orçamento de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. )
)
----------------e._________
Pode-se notar, por exemplo, que no primeiro caso os gastos de alimentação e habitação absorvem
)
_quase metade da renda das famílias (46%), P,roporção que se reduz a 35.4%, quando se incluem
)
familias de maior renda. �
)
Cabe lembrar que o IPCA é de fundamental importância para a definição da política )
-----------�
monetária no Brasil. To.dos os anos, o Conselho Monetário Nacional estabelece uma meta de
)
)
10 )
)
31. )
)
)
)
t
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 32 de 164
(
(
(
t
( in��ão, medida pelo IPCA; e o Comitê de Política Monetária (COPOMJ do Banco Central agirá,
( então, alterando periodicamente os juros, como forma de possibilitar o alcance de tal meta.
(
(
k:°!'iv...í:�:;�1Ú��J� .TíP'O• a·e·:Gis(o:;�Jj,tt-1:"��J
i
.
· W?Tt..�t;;tifti�����tJ�.e ·eSó: ( �%: do·_Gasto ,To�al )J �<��;. .. 1-., ...�:.: , :
(
,�%í'!-'/XP�����1ulll!iifi!i'f!'..;f1��kMfl(*W.h'..�,Sf,li,ii!;li;��!i?í'&. 1N �.Q. (�! ã,6tSM)�fií�l/?:i:IP,CA· (1 a. 40 SM). ,.
(
\Alimentação 1 29,8 1 22, 1
( fHabitação 16,2 / 13,3 -i ·
!Transportes 16,2 1 20,8 1
( 1Saúde e cuidados pessoais 9,2 10,5
!Vestuário 7,5 6,2
( J Artigos de residência 6,6 5,5
1 Despesas pessoais 6,4 9,2
e (Educação 3,0 6,6
e
(
e fonte: IBGE. Sistema Naclon1I de (pdiç,s de P.(g_cQi ao Consumidpc.; Estruturas de Ponderação a partir da Pesquba de O,ç,amé<Uos
-
hmilliilres 2002-2003. Rio d� Janeiro, 2005.
(
( Fundação Getúlio Vargas - FGV
( Além dos índices citados acima (IPC, IPA, INCC, IGPJ, que se desdobram em vários
( subíndlces, a Fundação Getúlio Vargas produz ainda �umerosos índices de preços setoriais,. como
( os de produtos e Insumos agrícolas, de custos referentes a vários setores produtivos, etc.
(
(
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP - FIPE
(
O IPC da FIPE mede a variação dos preços ao consumidor na cidade de São�- tomando
( por base consumidores que ganham de um a vinte salários mínimos. Oe modo geral, a ponderação
( é similar à utilizada pelo IBGE. O período de pesquis _a das variações de preços vai do primeiro ao
( último dia útil de cada mês, e a publicação dos dados ocorre normalmente entre os dias dez e
( vinte do mês seguinte.
(
É o mais tradicional indicador da evolução do custo de vida no Brasil, sendo publicado
( � _
e continuamente desde janeiro de 1939.
(
( Departamento lnterslndical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos - DIEESE
( O Índice de Custo de Vida (ICV) do DIEESE, medido na. cidade São Paulo, tem como
(
população-alvo famílias com renda média de até trinta salários mínimos, e tem como principal
(
11
( 30
(
e
>
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 33 de 164
)
objetivo prover a diversos sindicatos dados visando Informar negociações salariais. t calculado )
descte Hl5P
-
(IGP: uma redução de preços, o·u deflação). �o longo de um período maior, no entanto, em geral
os indices tendema convergir. especialmente os lndices de preços ao consumidor. Para o ano de
)
2008, por exemplo, os lndices acima mostraram os seguintes resultados: +5,9% (JPCA); +6,5%
)
(INPC); +6,2% (IPC-APE); +6,1% (IPC-FGV); +6,5% {ICV·DIEESE); e +9,l'Yo (IGP); e a variação do
Dellator Implícito do PIB foi de +5,9%.' Em prazos mais longos, a convergenda é mais acentuada.
(
)
como mostra o gr�fico a seguir, que compara a evolução do IGP (disponibilidade interna) e do
IPCA, par.i os anos desde 1980.
/!'€A
Gráft,i:o 4 - IPCA • IGP.. 01 .. V..-naçócu �nva1i.-- 1980/2005 (%J
2.aoo
2.400
)
�.DOO
1.eoo
,.ao o
)
•••
100
)
1e1$ 1090 1995 2000 zoo• )
-1 .. CA --IOP-01
)
)
----
Ou seja: a inflação tem várias medidas, e não é surpreendente que um indivíduo possa
)
Julgar, em certo momento, que um dado índice n�o representa adequadamente a variação de
)
preços que ele ou ela enfrenta: "como posso acreditar quea inflação foi só X%, se mjnha conta no
'
)
��er mereadoaµment�", dirá alguém. _::, M::,:a::s:._e:_· _:q'.:u:e::.• .:.1_:r�ig�o::r::.
• _:c.1 :da: p:esso a:..t::;e:.:r.!!ia:..o ,...ue....,t,.e._.....
:'..;'. _::::::
r seu )
próprio indice de preços, para medir precisamente o Impacto da Inflação sobre sua cesta
particular de consumo. Os índices referidos acima são médias para grupos de consumidores (ou
)
)
)
1 f011te do, percentuais: IPCidata (http://www.lpe•d1ta.gov,b,),
)
12 )
)
'(
(
(
e para setores da economia), e devem ser vistos como tais, e não como medidas exatas, de
e
aplicabilidade geral.
(
e Dados acerca dos índices acima mencionados, e outros índices brasHeiros, podem ser
(
e ÍNDICES DE PREÇOS, DEFLACIONAMENTO, INDEXAÇÃO
( com o d e 2007? Para comparar o poder de compra em dois periodos, temos que manter os preços
( constantes. Suponhamos que o índice de preços relevante para a faixa de renda de João tenha
e
e
variado d e 100, em 2007, para 104, em 2008. Podemos estabelecer a seguinte proporção (regra de
três):
(
índice de preços Salário
(
100 X
(
e 104 1.100
(
e onde X representa o poder de compra do salário de João em 2008, �o nível de preços de
(
e 2007.
e 1.100 X 100
X=------ "'1.058
(
e
104
(
13
(
(
}
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
v?Áor • [CD Página 35 de 164 )
)
)
r egime de preços. Assim, podemos dizer que o po_der de compra de João passou de R$1.000, em
)
2007, para próximo de RSl.058, em 2008, aumentando cerca de S,So/o." )
Generalizando: para transformar um valor nominal em real. num dado período. basta
divi or 100. )
)
Mais precisame nte, temos:
)
VNu x 100
VR ll/11 : )
IP,u11
)
onde VR 12,11 é o valor real no perfodo t2, aos preços do período tl; )
)
VN 12 é o valor nominal no período t2; e
contribuindo para tornar cWnlco o preeesso infbcioo;f,do - como veremos mais tarde, em outra ,
-
)
unidade do curso. Uma das maiores dificuldades enfre ntadas p elos r esponsáveis pela poli1ica
...... )
· e.conõmic � 2aís, em suai tenleflvas de debelar a Inflação, foi Justamente a prática quase
)
universal da indexaçllo, na economia brasileira, naquele perlodo.
corre..16
� 11 )
)
\J D sC8r\ do cornçerr;er os
)
14 )
)
(
(
(
e
(
( BALANÇO DE PAGAMENTOS
(
( Patrícia Costa Rodrigues/ F.R.Versiani
( 1) Introdução
(
Na Contabilidade Nacional estudamos formas de medir, como um todo, a atividade econômica que
( l '
(····,
"•-·
se desenvolve no país, durante certo período. Vamos agora estudar a medida das relações econômicas do.
(
( país com o exterior. Num mundo em que as economias nacionais são cada vez ma is interdependentes, tem
( grande relevância a análise quantitativa dessas relações.
( Preocupações com as transações externas de um país, por parte de seus governantes, têm uma
( longa história. Nos séculos XVI a XVIII, como se sabe, muitos palses adotaram políticas ditas mercantilistas,
( buscando ma.xJmi2-ar o saldo das exportações sobre as Importações. Mas o registro sistemático dessas
( transações é bem mais recente. _No Brasil, esse registro passou a ser feito em 1947, Inicialmente µ.e.ta..
( Fundação.G.e!@o Vargas, e mais tarde pelo Banco Central.
( \O mento� pode ser
(
( agentes das trallsações podem ser indivíduos, empresas, o Governo, etc.; ng_c.aso de Indivíduos,
-·-----
(
.consideram-se as transações efetuadas por residentes no ll,ais . O valor das transações é medido em moeda
(
e de_curso internacional, conventiQOalrneo.te-dálar-es-nortea&me�
A partir de 2001, o Banco Central adota. na preparação do Balanço de Pagamentos bwJ].eir.Qr-a
(
ecomendada pelo Fundo Monetário Internacional. O Boletim Mensal do Banco, publicado na
(
Internet (www.bcb.gov.br), divulga o Balanço de Pagamentos em dados anuais e mensais.
(
(
e 2) Cgnceitgs báslcos
e valor de US$ 20 milhões, resultando em acréscimo dessa importância nas reservas e moeda estrangeira do
Banco Central, haverá um crédito em "Exportações" e um débito em "Reservas Internacionais". 1
(
e
( 1 Notar que a conta ..Reservas lnternacíonais1' , tal como o conto ''Caixa,,. das emp(esas, tem débitos quando entra
( dinheiro, e créditos quando sai dinheiro - o que â primeira vista parece paradoxal. Mas deve-se lembtat ,empre que
(
(
(
:13+ )
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 37 de 164 )
)
)
�alanço de Pagam_entos registra apenas o total líquido de todos os lançamentos em cada conta, )
. no período considerado. Por convenção, uma conta terá sinal positivo(+) quando representa uma entrada )
líouida de divisas no país (um crédito líquido). e um sinal negativo(-} quando representa saída liquida de )
divisas (um débito líquido). Fica claro, assim, que a conta "Exportações" terá sempre sinal positivo, pois )
vendas ao exterior são sempre fonte de recursos; e a conta "Importações'' terá sem re sinal O.t;,gativo. Já )
contas como "Empréstimos" poderão ter sinal positivo ou negativo. "Empréstimos" tem sinal(+) quando os )
f"i',
empréstimos concedidos ao pais forem maiores do que os empréstimos que o país concedeu ao exterior; ·e
··.,,_,/
)
sinal (-} no caso contrário. {Observe que um empréstimo externo é visto como uma entrada de moeda no )
país, mesmo que concreta mente isso não ocorra: no caso de um financiamento à importação, como no
)
)
exemplo acima, o banco estrangeiro em geral paga o valor da importação.diretamente ao vendedor do
)
produto, no exterior. Mas, por convenção, supõe-se que o dinheiro do empréstimo entrasse no país e
)
depois saísse, para efetivação do pagamento).
)
Dado que cada transação origina um crédito (sinal +) e um débito {sinal -) do mesmo valor, a soma
)
dos créditos e dos débitos é necessariamente igual a zero. Ou seja, gJ3alailço de Pagaf11eAtQSestá sempre )
em equilfbrio. Mas isso só será verdade se incluirmos no Bafanço a conta de Re�ervas Internacionais. Na )
� prática, é usual defxar .essa conta de lado e falar num superávit do Balanço de Pagamentos quando há, nas
.l<3J )
demais contas, uma entrada líquida de divisas {o que trará um aumento nas Reservas Internacionais). )
S1metr icamente, um déficit no Balanço de Pagamentos significa uma saída líQuida de divisas (com )
conseqüente redução nas Reservas lnternacionsJs). )
)
3) A estrutura do Balanco de Pagamentos )
Q -1=---=--=--�-c-
As transações registradas no Balanço de Pa
---::--:-�=-�7� Ws
entos estão reunidas em dois grandes grupos: )
)
Transações Correntes Conta Capital e Financeira. s Transações Correntes aparecem principalmente as
exportações e importações de bens e serviços, assim como os rendimentos de fatores de produção(iuros, )
lucros, etc.) enviados ao exterior, ou recebidos do exterior por residentes no país. A Conta Capital e )
)
Financeira inclui investimentos e outras transações financeiras (empréstimos, financiamento de
J
exportações e importações, aplicações em bolsas de valores, etc.} efetuados pelo resto do mundo no país
)
considerado, ou vice-versa.
)
� Costuma-se
.
dar destaque ao resultado {déficit ou superávit) das Transações Correntes. É importante
. -------,c--:::-:--:---:--:--- )
notar que um déficit nesse item não é necessariamente algo negativo. Esse déficit pode ser compensado
)
por um resultado positivo na Conta Capita I e Financeira, o que significa entrada de recursos externos no
)
país, como investimentos; e isso é, em principio, favorável para a economia, representando um acréscimo
)
ao esforço interno de investimento. Mas um déficit grande, ou crescente, em Transações Correntes pode )
)
)
ill..®º, significa or;gem de recursos, e débito sua apliçação. A redução de Reservas ê fonte de recursos, portanto um )
crédito; e o aumento de Reservas urna aplicação de recursos, portanto um débito.
)
)
)
)
)
)
\
(
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 38 de 164
(
( �··
(
(
(
e
ser um problema, por tornar o país excessivamente dependente de financíamento externo, ou provocar
perda de Reservas Internacionais, se o déficit for maior que o superávit na Conta Capital e Financeíra.
{
e No que se segue, vamos examinar as contas que compõem as Transações Correntes e a Conta Capital e
Financeira.
(
(
(
e 1. TRANSAÇÕES CORRENTES
As Transações Correntes são compostas por três subcontas: Balança Comercial {Balança de
- ,,.....
. iJ ..,1
l._/
(
(
;Js1
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 39 de 164 )
)
)
• Lucros e dividendos de ações remetidos ao exrerior ou recebidos. ).
)
1.3. Transferências Unilaterais )
�,s as movimentações financeiras sem contra artida: não há prestação )
de serviço. São principalmente rem�� .e.. m,g<ante.s.• �uas famílias no ·país de origem, e d�ações )
- --- )
_,.-- -
-d�fanto privc1das como governamentais1 ou por organi�i;i°er-nãt�ais.
)
)
2) CONTA CAPITAL E FINANCEIRA
)
)
2.1. Conta Capital'
)
E Conta Capital j egistra principalmente transferências de patrimônio por migrarytes entre )
países. S5o transações de pequena Importância, em nosso caso, em relação às da Conta Financeira.
)
)
2.2. Conta Financeira )
� Conta Fina�em quatro subcontas: Investimento Direto, Investimento em Carteira, )
Derivativos e Outros Investimentos. )
)
2.2.1. Investimento Direto )
Os Investimentos Diretos referem-se à transferência de recursos para estabelecer instalaçpes )
produtivas em 011tcopaís (como quando a Fiat italiana investe na construção ou ampli _ação de fábricas no J
Brasil), ou para assumir o controle de empresas produtivas em outro ruiís (como quando a Vale do Rio Doce )
co:npra uma mineradora no Canadá,. ou uma empresa européia participa da privatização da telefonia, no )
Brasil). São investimentos de longo prazo, feitos em geral por empresas multinacionais, supondo um
)
e
(
(
(
( 2.2.3. Derivativos
Derivativos são Instrumentos financeiros que�_dqtJUlr-am-relel.ãncia na< ,;1.t;fl"l�õdas;-e-s!i�
( baseados em expectativas quanto ao valor futuro de�t-iva;-rrre-rc<n:Fõna;-tax- a-<:..ambia�tc:;"'ãõr11�.
'
e _algumas oper õ s de rande complexidade.
(
(
e
2.2..4. Outros Investimentos ,O-s'�'
Este item residual inclui contas de..1mmde importância no Bqlanço de Pagamentos brasileiro:
'·
... .�
e
• �os.comerciais: financiamentos associados a exportações e importações;
(
e • Empréstimos: de longo prazo (especialmente de Instituições internacionais, como o Banco
-----::::::::���������;==�====�==
(
(
CONTAS AUXILIARES
(
-Há ,- alJ\8'! contas auxiliares: uma para compensar inexatidões na apuração do valor das
(
transações (ErroseOmjssões).eoutra relatfva ao saldo final do Balanço de Pagamen
(
créditos e débitos nas Reservas Internacionais (Resultado do Balanço).
(
(
( • Erros e Omissões
( Em prlndpio, o saldo do Balanço de Pagamentos deveria ser Igual à soma algébrica dos dois grupos
( de contas, Transações Correntes e Conta Capital G Financeira, Mas, na apuração dos milhares de transaçaes
i
( externas que se dão anualmente, é inev tável a ocorrência de erros e discrepãnáas. Nem todas as
( transações são registradas formalmente los gastos de turistas, por exemplo, são calculados por estimação);
( existem discrepâncias temporais (como no caso de transações ocorridas no final do ano), e assim por
e diante. Para compensar essas diferenças foi criada a conta de Erros e Omissões, que é, de fato, um "conta
e de chegar", onde se registra a falta de correspondência entre os lançamentos a crédito e a débito. Como se
r' pode observar nos dados do Balanço de Pagamentos divulgados pelo Banco Central, os valores dessa conta
(
não são altos, mas variam bastante de ijno a ano, com sinal ora positivo ora negativo.
{
( •R�_u 1t a _d o_d_o_ Ba_ �l�•-nAç0"-- d_e__
Pa.,,g""a-'me-' "n-'to-' .....
__ s
e _ __
Consiste na soma algébrica dos saldos de Transações Correntes, Conta Capital e Financeira e Erros e
(
Omissões. Se o saldo é positivo (superávit), a entrada de moeda estrangeira superou a salda, havendo
(
(
(
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 41 de 164
�!// l)
)
)
então um aumento nas Rese. rvas Internacionais do Banco Central; se o saldo é negativo (déficit), a saída de )
divisas foi maior que a entrada, acarretando uma redução nas Reservas Internacionais. Assim, a variação )
nas Reservas Internacionais é a contrapartida do resultado do Balanço de Pagamentos.' )
A manutenção de Reservas Internacionais tem principalmente um objetivo de precaução, servindo )
como instrumento regulador na ocorrência de desequilfbrios. Quando da crise finaoreica de 2008, o fato de )
o Brasil ter acu do anteriormente um volume substancial de reservas teve efeito bastante positivo, )
contribuindo para afastar o temor de que a fuga de capitais para o exterior, que de fato ocorreu, pudesse )
trazer problemas sérios para o Balanço de Pagamentos do País. )
)
)
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)
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)
)
)
)
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')
)
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)
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)
)
)
)
)
)
� Na realidade, as Reservas Internacionais poõem variar tarnbém por outros fatores, como o recebimento de juros
pela aplicação das reservas em instituições financeiras. Para simplificar, desconsideraremos esses fatores, e supomos )
aqui (como nos exercícios que faremos sobre o assunto) que a variação nas Reservas é a cõntrnpartida exata do ;aldo )
no Balanço de Pagamentos.
)
)
)
L-tL
)
)
)
...
r
,,
l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 42 de 164
(
r
(
(
( UM EXEMPLO HIPOTfTICO DE BALANÇO DE PAGAMENTOS
( Segue-se um conjunto de dados que usaremos para calcular o Balanço de Pagamentos de uma
( economia hipotética, no ano de 2008.
(
(
Identidade Tronsaçllo Volor (,m
(
'.Pi'\
mllh6es
( �• US$} ··-·'
)
75
( 'Q9)
e (D) Pagamento de royalties e licenças ao exterior 40
( �E)} Remessa ao exterior referente à amonliação da divida 1S
( (F) Remessa ao exterior referente a pagamento de juros da dívida externa 20
( i
(G) Remessas ao exter or de lucros 100
(
(H) Importação de mercadorias (FOB) 900
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 43 de 164
')-1/.S}
)
)
Repare que as importações superaram ·as exportações efl) valores, o que sie,nifica que o pais tem )
um déficit comercial. Calculemos agora a Balança de Serviços e Rendas (BSR): )
)
BSR= BS + BR
)
BSR = (8-D + K)+(-F-G + M) )
BSR = {50-40 +30)+( -20-100 +10) =
40 -110 = US$ -70 milhões
,,-,
'' 8 .'
)
)
·,._/
J
Repare que os valores estão separados de acordo com as balanças a que pertencem. Vamos agora
)
para as Transferências Unilaterais (TU}:
)
TU = 1 = US$ 10 milhões )
)
Com todos esses valores em mãos, calculemos agora o saldo das Transações Correntes (TC):
)
Transações Correntes (TC) =BC+ BSR + TU )
TC = -200 -70 + 10= US$ -260 milhões )
)
Vamos calcular agora a Conta Capital e Financeira (CCF), que compreende a Conta Capital e a Conta )
Financeira. Calculemos primeiramente a Conta Capital (CC): )
CC=J )
= US$ 10 milhões )
)
Agor a, a Conta Financeira (CF), que compreende valores de Investimento Direto, Investimento em
)
Carteira, Derivativos e Outros Investimentos:
)
CF = (l) + ( -N) +(O)+ ( C-E)
)
CF = 120-30 +O+ 75 -15
)
= U5$ 150 milhões
)
CCF= CC+ CF )
e
l
(
e O Resultado do Bal anço m ostra que as transações ocorridas entre esse país hipotético e o resto do
(
mundo, no ano de 2008, foram deficitárias, resultand o em salda líquida de divisas: o superávit na Conta
e --
---,:-;---:::--:-��--;:-:-----;---:-
- -�::---::---::---:=---,-----,,----
Capital e Fin\'.!!ce.[ra não foi suficiente para cobrir o d éficit em Trans ações Correntes . Ho uve, assim, um a
variação negat iva nas Reserv as Internacionais.
4) Considerações Finais
(
(
--=º�B=ª:'ª=nço de m n os é um ln stru men�t�O�i=m�p=o=r�ta=n�t�e�p�•�r � �l�•zC?�-es��ec
=o�n�ô�m�i�7=i!j.d�
� :::_: : �P=ª:ª:ª:.:.:_:c� �r : :...::.
a�•�a�n�á� s �•�
li� d� s. �
a� re
= � _:_:: = � = � :.:.:_
( um país co m o resto do mundo. A observação dos dados para o Brasil, nos últimos a nos, mostra, por
( e xemplo, a grande expansão de nossas exportações, cuj o valor duplicou entre 2004 e 2008, beneficiado
.< pela expansão da economia mundial no per/od o, e também das_importacões, que qu ase dobraram entre
2006 e 008 sob a Influencia da valorização do real em relação ao dólar. Nota-se também um a evolução
( expressiva do Investimento Direto no Pais, o que sugere uma ava ação positiva das perspectivas da
( econo mia _brasileira por pa rte de empresas lntemacionais, assim como um cre scim ento significativo, nessa
(
mes m a rubrica, da apli cação d e capi ta is brasileiros no exter i or, indicando participação crescente de
{
empresas nacionais no processo de globalização econômica.
(
É preciso ter cuidado, no entanto, corri Interpretações superficiais dos dados do Balanço de
l
Pagamentos. Um exemplo comum di sso é considerar um déficit em Transações Correntes como
1,•,
algo que
(
deve ser sempre evitado (e um superávit como sempre desejável). Como vis to acima, déficits em �
(
(. Transações Correntes podem, ao contrário, configurar uma situação favoráve l para o pais, se forem
( .:º�P��d_<>s EJO{..um.J.ofluxo exprc,sslvo de Investi mentos Di retos. Por outro lado, um equillbrio no
( Resultado do aalanço obtido à custa d e Investimentos em Carteir a pode ser precário, uma vez que
aplic a ções financeiras de curto prazo são naturalmente m ais instáveis e voláteis, se mudam as expectativas
( dos Investidores. Ao contrário, os fl uxos comerciais, regis trados nas Transações Correntes, tendem a ser
m ais estáveis, dependend o menos de expectativ as e mais de hábitos de consumo e da dependência de
( insumos I mporta dos .
(
(
(
(
Referências
(
(
Para detalhes sobre o Balanço de Pagame ntos, consultar:
( lntemational Monetary Fund. Balance of Paymepts Manual. 5th ed. Washington DC, 1993. 0isponlvel em :
' http://www.l mf. o rg/external/pubs/ft/bopman/bopman.pdf
(
Banco Central do Brasil. Notas expli cativas aoBalançode Pasamentos. Disponível em:
( http://www.bcb.gov.br/ftp/infecon/N otasExplBPMS.pdf
(
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 45 de 164
)
)
Balanço de
)
Pagamentos
,...... ,
/"10 l )
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··. , ../
J
1
1 1
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)
Ce>nta )
Transações Erros e
Capital e )
Correntes Omissões ]
Financeira
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)
)
1 1 1 1 1 )
Balança _de
)
Balança Tra nsferêricias Conta
Serviços e Conta Capital )
Comercial Unilaterais Financeira
Rendas )
-
SeM ç.os: viag�ns,
fretes, seguros,
Transferências
unjlatcrais de
Investimentos
Ojrctos,
J
Exportações
'
Importações ;_. rovalties e fü:enças, patrim6nio "-- Jnvcaitlmentos em )
3h,1guel de Cartelr."1, Ocrlvativos
equipamentos e e Outros
outros Investimentos )
)
,
- .
Rendas: Juros, )
luc,ros, dividendos, }
salârios de não-
, resldet1tcs. )
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 46 de 164
(
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US$mUhõu
( ""lsertmfn•çio 2004.. 200!;" 2Jl07" 2oor
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Dolanç., comarçi:iJ (FOB) 338'1 4-4 70J 484rí& 40032 2'836
�xpo<b�• 96◄75 118300 1 37 801 1G0&49 197 942
62 835 1'3606 91350 120fU7 173107
' SeMÇOs •H78 • 8 3011 -96$4 .. 13218 ·16 690
Recol:as 12584 160◄7 19462 23055 30◄51
Oe1tJ)e$a'I 17261 24 356 29118 37173 47 140
Rondas • 20 620 •25997 -21◄a9 .zg 291 •◄O SG2
Rccoila• 3 199 3194 4
8 38 11493 12 511
t 00lpe:$H 23 )19 zg 102 33927 <0784 53013
Tt3ntfet6ncs:i. unla.l�s eoffOl'llO& 3 236 3 5$8 4306 ◄ 029 4 224
Racellaa 3 5◄2 4051 ◄ 8<7 ◄ 972 5 317
Oesp&Sll.$ 300 493 641 043 1 093
TranAQÕU cottentN 11 479 13905 13 621 1 650 .. 28 10l
Con!� catirt.ol • hneoira .. 7623 ... 9 "18◄ 15982 89086 29352
r Conló capi1ai1' m 683 8S9 756 1 055
Conto. nm�nce ro
l
15 113 88330 28 297
( -7&� -10127
Investimento direto (liquio) 8339 12550 •O 420 27$18
d
l4 001
No� -98 07 •2 517 - 28 202 -7 067 •204$7.
Part.ieípaçio no c.plltl -6640 •269S •23 413 • 10091 -13859
empr4slin'\o; inlorcomp:intii:is - 3 167 178 -4789 3 02:S - 6598
( No pais 18 146 15086 18782 34 585 45058
e Po,1ic:fpapo no capflaJ
Empr611imos intercompanh a$
i
18570
- 424
15 045
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Conta nnancoira
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No axtcrior -1 439 • 7 537 -20457 1 •58
Pânicipaçào no capi1a1 -5507
)
• 5&, • 13 8$9 • 79 .. 197
Empcéslimos interoompanhias . aso -20:!0 ·6596 1535 • 748 i
No pais 1 313 13 984 4S058 2 •83 11234 )
P{lrlicl;:<,iç�O no capil�I 283 8 281 JO 06<! 1832 625 4
Emprd$1imc:, inlçreom�nhi•;, 1030 5 703 14994 651 4 980 )
lnvas�imen!os em Clll'1Cir":t "2548 12 aso f 133 3 330 • 389
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Ative:; 275 13 1900 • 416 • 651
Ações 494 <5 2"7 - 418 - sso )
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P:issi\/0!; 2273 12878 • 767 3 746 •62
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FLUXOS E ESTOQUES
Página 48 de 164
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 / Página 49 de 164 )
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o PNB. é .pior .qu� o .PÍB i"
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ROBERTO MACEDO )
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·: Quatro décadas atcás,..o mais difundido indicador da pro.dução. . ou renda.de um.pais
era seu produto :nacional bruto-(PNB) anual. Depois;· virou. moda o produto. interno · bruto )
(PIB}. Conforme:argumenta.rei.em seguida, o PN6 precisa r.ecup erar ,a alenÇão. que recet>,a·
no·passado.·:. )
.
Como o· ·I do PIB·. indica, este mede a produ. ção··.d.e. bens. e:ser_viços realizada
internamente;·, a .. um,. país., · ou•: seja,· der.itrcr. ·das· suas·. J-rooteiras · ·geográ!icas·; mesmo. >'e:
)
realizada por.. fatores: de ·.produçãç:,.de outras nacionalidades; .c.omo. o:capita1 .estrangr.mo __ . ).
nele atuante ou trabalhadores . que. nele aportaram, mas·sem assumir a cidadania local.
Como há interesse em saber- · quanto esses.fatores de produção remetem de rendimentos
.. para. seus países •de .. origem;·:ch.ega-se à, chamada "rerida . de· fatores estrangeiros'. )
Deduzindo esta dos valores,que.entrarn no pais a mesmo título, ou seja,.provenientes do
trabalho e do capital dos. ieus cidadãos que .atuam no exterior, chega-se à renda líquida de }
·
fatores· estrarigeíros.(RLFE}: ·:. .,...• •. )-
Esta · será positiva,:se i:>s ingressos de rendimenlos desse · tipo forem· superiores,às:·
saídas, ou negaliva; ·. caso. contrárb. No Brasil, é negativa;. pois ilá multo mais capitais .>:
estrangeiros•. aqui do:que éâpitais·brasileiros operando lá fora. ·É certo que·o Brasil é hoje }'
um pais fornecedor·de imigrantes, mas o rendimento .que enviam está longe de compensar
o fluxo negativo dos rendimentos de capitais. r
,Como.o N do-PNB . está:a indicar1°·este mede.a produção nacional,- :entel'ldid,a eomo tal a
aos seus fatores de produção. i_ndependentemente do país em que atu'em. Pará se chegar
)
ao PNB, toma-se o PIB mais a RLFE. Como no Brasil.esta é nega-iiva, ó PNB é menor que )'
o PIB.
)
• Distinguir uma coisa da outra não- · é i:nportante quando a RLFE tem magnitude
reduzida � não varia muito. Entre�anto, este não é mais o caso do Brasil, pois como )
�""'' ""�°"'"..,M•,.,.., ·. .. . proporção do PIB a RLFE dobrou entre meados da última década e o início desta. Mais ..... ,--��- ,
·
precisamente, alcançou 3,9% em 2002, o último dado .disponíveí. A por centagem pode
parecer pequena, mas se refere a um valor econômico de grande magnitude, o PIB. Assim, )
tomando o valor deste no mesnio aho, nele a RLFE alcançou a expressiva soma de R$ 52
bilhões. '· ' )
Como porcentagem do PIB;'essa RLFE foi a maior desci.e 1988. Recorde-se que no
inicio da década que inclui ess� ano houve a chamada 'crise da dívida externa", na qual o
Brasil ingressou por conta do·àlto endividamento que vinha praticando desde a crise do ')
··-·.
pelró!eo ocorrida em 1973, qua . ndo .os pa/ses exportodores desse prodl!lo se organizaram
e passaram a impor preços beifi mais .altos ao mercado. O dinheiro.que assim acumularam
· gerou umá:olerta de.recursos para empréstimo$, os 'petrodólares', à qual•.i·6rasil•rec0rreu
com interisidáêie. O ciue precip.itóú a· crise foi a política de juros a[tos praticada nos · El)A a
5
partir do final da decada de. 1970, pois con!aminàrarri as taxas internacionais e a dívida . -)
- .·
brasileira. Esse pagamento de juros · elevou a RLFE a taxas entre 5% e 6% ·do PIB de 1982
a 1985.
Ainda como registro históri. co vale le mbrar que por muitos anos a RLFE ficara )
abaixo de 1% do PIB; com essa estabilidade e valor explicando então o desinteresse pelo )
PNB. Assim, nos dados que consultei, com início em 1955, ela permaneoeu dessa forma
até 1975, quando pela primeira vez ultrapassou a barreira do 1 % por causa do citado ::,
endividamento em· "petrodólares".
Passada a "crise da divida externa·, a RLFE se acomodou em torno de 2% do PIB ale )
meados da dêcada passada, quando deu o novo salto para o qual estamos chamando a J
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 50 de 164
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r sendo, alcançada e remetida para _seus ,acJonistas ·no ·ex,terlor:• Por •sua -ve·z, o quadro da .
economia e da política 11ão estimula -reinvestir.os lucros,c- o· que ·é:mais .uma complicação.
As implicações desse distanciamento entre o PIB e o," PNB são muitas. Como exemplo
,,:,::
,.,.,:'.:� .,
recorrente, há a que di2 respeito.às já triviais-notícias de.queda dos-rendimentos reais aos
( trabalhadores. Uma das razões é o v,azainento de sua renda para pagar maiores tarifas de · ;_/,i,iJ
�ervi yos !lúblicos e ban cá rlo s parte das quais se tor na ren �� enviada .ao exterior. Qua nto ·
a es ü maI Iva de queda de0 , 2 ,.;, no Ip 8 do ano passado, no 1rc,a que recen 1emente recebeu . ·:_'..,:,..,:..•,;·
grande destaque, será in.teressante ver o que aconteceu com o PNB quando seus dados : ,.:..• ;-,
·. ;
n..-
"'..� -·"''"'•~-. ,..,, · -· vierem à luz.. Sua queda poderá ter.sido até..maior se as empresas estrangeiras tiverem
optado por outro espetáculo de cresclmenlo, o de suas remessas ao exterior.
Como implicação-síntese, a evolução do PNB dos últimos anos ·revela :um quadro mais
..
. ·· · · •
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grave que o mostrado pelo PIB.:Assim,-conforme calculei,' o P.JB total cresceu 13,1$% entre
f 1996 e 2002, enquanto o·PNB cresceu bem· menos, 9,24¾, .chegando a cair eni.1999 e
( 2001. Quando recentemente.se noticiou a queda do·PIB do ano passado,clrculou ta mbém
a lníormação de que a última gueda havia ocorrido bem lá trás,·em 1992. Or�;.. esses•
(. tombos mais recentes do PNB foram ofuscados pela êníase equivocadamente conê:ent .radá-:
( só no PIB. . . · . ; .
. Indiretamente, esse comportamen to ainda pior·do··PNB.'ressaI1a· ainda ·mais·:a·
;-• ..., · -
f ,........, .,,,. · ·· · ·· ·· . .. vulner abilidade do ·.País•,na .sua· ·.exposiçãoiexterna� A'. {)rivatização;ampliou o passivo · ·
nacional, pois. os capitais .que ·aqui aportaram·.para -partlcipar,delâ ·equiyalem--a .u.01a divida
....• f;!xtema que precisa ser.remunerada··Nessa,linha,..o'olhar:,dirigido .ao.PNB destaca também
a irnpQrlâncla que deve ser ,dada ao crescimento das .exportações; para -garaniir :reC'Orsos
·
( para essa remuneração. · . : ·
,Fica também ressaltada a imporlância"de:criar um, clima que estimule o éapilal
estrangelro a reinvestir seus lucros no País; reduzindo a Parcef.a enviada ao exterior.
e Assim, olhando o PNB se percebe que o trabalho à frenté·é alrida TT1aior que o oxigicio pelo
fraco desempenho do PIB. É fundamental, ·portanto; que ·aquele indicador alcance posição
de malor relevo no noticiário e na agenda das preocupàções . do Pais, pols reflete methor
que o PIB os problemas da economia brasllel'.a- contemporânea.
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(O Estado de São Paulo, 18/3/2004)
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-.-..�-.:-.,...-. ---. =·"'
Roberto Macedo, economista (USP), com doutorado · pela UrilversTdade Harvard (EUA), é
pasquisadpr.d� Flpe-USP e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzi'!
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 51 de 164 )·-
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EXTINGAM O IGP.
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PAULO RABEllO DE CASTRO )
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DESbE 1947, o IGP (Índice. Geral .de.Preços), da Fundação Getúlio Vargas, v,em sendo o
grande e mais confiável termômetro: da inflação brasileira. O IGP é u·ma história de sucesso, ).
publicado mensalm.entena· revista "Conjuntura Económica". Neste mais de meio século de )
publicação o IGP:trabalhou, muito;. . registrou,inflações. b.aixas; altas ·e·est,atosféricas:·.P,ecisou•-.:- ..
vencer crises de. desconfiança::sobr. s, •sµa: utilidade; ·evitoi:r. tentativas' de:manip.ulação;• venceu;.' · · )e
firmando-se·perante·
. . . :o·público•usuádo··e·
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 52 de 164
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{ A pergunta que fica é: como extinguir o lGP sem dano ou insegurança jurídica? Por sorte,
os contratos trazem todos uma cláusula do lndice sucedâneo, na hipótese de o então adotado não
( · ser mais publicado, Portanto não há insegurança jurídica para as partes:que deverã·o pactuar um
( índice alternativo ao IGP. Para uns, o fndice chamado de "núcleo inflacionário" serâ·maisi
compatível com o contrato (por exemplo. as renegociações da dívida esladuel). Em outros·:�asos.
( mais freqüentes. a migração natural seria um lndice puro de preços ao.consumidor. P.ara:outr.os.
( algum índice especifico (há vários na FGV)
· de variação de çuslo no atacedo. Enfim,· para·our,os
ainda. o próprio câmbio. ·
Só a FGV pode resolver essa parada. A ela cabe·aposentar o notável IGP. deixando de
( publicá-lo. 1
( ,1
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'
(Folha de S,Paulo, 19 de março de 2003) ; ; 1I
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( Pauto RabeUo de castro, doufct ef!1 economJa pela U.11vorsldade de 'Chicago (EUA), é ,vice-presidente do lnstllulo AtltJntico.
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 53 de 164
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Por um novo IGP
ROBERTO f"i.P.CEOO
)
)
)
Além das observações de Paulo Rabeffo de Castro, hã ouiras críticas. Em debates
sobre o assunto, já vi gente afirmando que alguns preços no atacado seriam coletados )
pela FGV-Rio sob a forma de listas de preços, que não necessariamente se materializam
).
em transações efetivas. Outra ponderação usualmente feita é que, em principio, um índice
geral de preços deveria ler sua fóITT1ula assentada na composição do produto interno bruto )
{PIB) da economia, na qual, segundos dados recentes, a indústria participa com cerca de
· }
36%. a agropecuária com 8% e os serviços com 56%.
. l
Passemos a_gora a aÍgun�· núme'ros que �ão estão no artigo de Paulo Rabello de
Castro. Nos tillimos 12 meses, até fevereiro, o IGP, na sua versão OI (Disponibilidade )
Interna), mostiou uma inflação acumulada de 30.73%, enquantó o Jndice de Preços ao \
Consumidor Ampliado (IPCA), do !BGE, cresceu 15,85%, cerca da metade. Qual dessas
taxas estaria m'ais próxima,da veróac!eira variação dos preços em geral, para a qual um 1
índice como o !GP deveria ser uma boa aproximação? )
Respondo com daêos da arrecadação do ICMS no Estado de São Paulo. O valor )
dessa arrecadação tem um componente de preços e outro elas quantidades de bens e )
serviços a que eles se referem, Assim, . com alguma informação sobre as quantidades se
pode inferir como variaram os preços. Ademais, como o próprio nome ir,dica, o ICMS vem J
da cir�ufação de merc3dorias e de serviços em geral, e deve refletir uma composição de )
)
)
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·,� "
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• INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 54 de 164
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preços r.-:ais rea!ista QL:e ç; da fórmt:ia do !GP. Ainda que sejam c'ados es'.ac'ua!s, Sãc
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• Faulo ê um b�m termômetro da ecor,o,T.ia nacicna ,
.'
• Ora, essa arrecac·ação cresceu 23,3% em fevereiro deste ar.e, :e:auvame! 'lta ao
' mesmo período do ano passado. Essa taxa vem primordia:i:'lente da inflação, ."ri as ·• · ..
( '
( provavelmente inccr;cra algum aVarJÇC tias quantidades de bens e serviços tr!b 1.:·�ados, � · ··
Pois; ainda que d�vagar, a e:::cno:nia continua anéanCo. S1.:pondo q1_1 e a e,con::m;e pa,_-nsla
e ••
esteja ap,"oxirnadamenle no fnesí:lZ· ,ritmo-da •n6'€°iofle�, •.e -d�scontan•io·1 ;5%· "2 2% e ·esse
titulo, essa taxa o'e 23.3% cai para perto de 21% e fica mais próxlma do {PC,.; çL1e cio IG��
DI. Com cad:,s de janeiro, a proximidadé é ainóa mi:ilo mai:>c, pois e IG,"-Di acu::·ulado
( em 12 meses foi óe 28,92%, o IPCA a'cançou 14,47% e a 2rrecada;:ão do /C\1S pa·Jiis:a
(
) chego.u 2 13, 7% relat�vame, ite ac mesmo..mês do 2no anter;or .
( Cor.sertaí e fGP ou a sua utilizaçãÕ é ur.,a med1de que hã mt:i�o se irrli:õe: Pois as
distorções vão além das apontadas por Paulo Rabello de Castre-. Aíguns dos �:e;:cs do
( !PCA s2o rea_iustados pe!o IGP-D1 e outras variantes do IGP e, assim, levarr: e mais..
( jnf!ação med:da pelo primeiro ínàice, que orienta a política ds rr:e�as · !,iflacior:ár�as éo
Banco Central. Na seqüência. este eleva mais -os jt.·ros óc que efetivamer.:e deveiia fazer
· para conter a inflação. Ai vêm mais conseqüências. come a de ganhos indevidcs e'•=!
l investidores finat1ceíros com seus aUvos \;'incvlados ac IGP e a de que a c'ívida ptblica dos
:, Estados, também indexada a ere, tem u:n valor que vem crescendo muito ac'm2 d2
arrecadação. Pelo que soube. isso ocorreu a ponto de o Estaôo c'e São ?eL1lo es:. Q·.:rar
limite legal de endividamento.
·
. s.�u.
·. . '
( 1
o:scordo. contudo, da aposentac'oria de ín:tice. Mesmo co."'!1 a idade que te"T:, se:ia
precoce. O que precisa é de passar por i.:11:a pfãstica que corte a�u] e aume:1te aco!â a. s1.:2
d!s(crcióa composição, encaéean.do-se a antiga série cor., a neva. Dar t.':"ri :"'l:.:;vo r.ome ao
l Jndice só res 1Jltaria em mais trabaího para advogados, o de reesc."ever búrr:eros cc•, :,!ratos
hoje inóexad .o s ao !GP cu variações éele.
( ''
Mesmo ass:m, os advogados �êm o que dizer sobre o assu:1to e sugi:-o-lhes outro
(
trabalho, pois me surpreende ainda não os yer a questiona.- as inllr.ieras éistorções
trazidas pela fórmula do IGP, no seu im;,acto sobre o que eles charr,a,:-, de "equi'.'brio des
contra:os", Números aparentemente inocen�es estão levando não só a ;;rendes dist�rçõ�s
(
e
econõm1co-:inan,:::eiras como, também, a enormes i.iJus�fças.
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<Q E:;l'a:!Jc de S P� 27 de marçQ de 2003)
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(: Roberto Macedo. eco,,omista (USP):ecm d-::iu!ora:fo �ela U:i:Vtrslêade Har.iard (EUA). é pesq;;is,nlo;da Fipc
' 1 USP e professor da 1Jniversidade Pres�i!eri2r.a , 'lac:<.cnzie. E--ma�: :oberto@r.1acec'o. ��m
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'( Cenário LCA, Segunda-feira, 5 de Janeiro de 2009
.(
Deflação de ativos perde intensidade,
mas riscos de aprofundamento adicional da recessão global seguem bastante elevado s
.(
,\ Ambiente macroeconômico global CRÁ.FICO 1 :. ;voluçic tio ir:.diec -:!e prsçcs-C �� ce!':": � od:liu
segue debilitado, e pode piorar mais As 200:J -:: 100. Fo "Ili>: C ?.B-Re•Jlers.
incisivas iniciativas oficiais parecem,
portanto. ter conseguido estancar a
progressiva deterioração éas condições
1 so
2,. l
.1 financeiras globais. Mas o quadro
"·.'
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, .. macroeconômico. mundial permanece
desalentaéor, a começar pelos EUA.
.. l
) ...� As estatísticas mais recentes
:·.( confirmam um aguéo aprofundamento da
··.•
. ·( recessão na maicr economia do mundo
no trimestre final de 2008. É verdade que
o consumo das famílias cresceu 0,6%,
em termos reais, de outubro para e
"'
9 ",,
( novembro. interromper .do urna sequência
·"-
.( de cinco meses de retração. isso reitera
nossa avaliação de que a queda do PIB dos EUA deve ter alcançado e:1tre 2% e 3%. em termos
( anualizaóos, no 4° trimestre ée 2008 - uma contração menor éo que apontam as es\irr .ativas dos
mercados. Mas o resultado positivo do consumo das famílias ocorreu excius:varnente em fwnção ca
(, queda de seu óeflator implictto, associada sobretudo ao recuo nos ;::reços ôe co:11�ust:veis e an·nentos.
:( Vale registrar que o consumo nominal continuou a retrair-se (Gráfico 2). Outro Indicador êesalentador foi
·: (
a queda nominal do rendim ente das familias, representativo da aguda deterioração do mercado de
.r
trabalhe.
,, GRÁFICO 2 E:UA, P!8: �volução �'e ,o�sumo das ;a:-nília�
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.( Vari&ção m énsal, em%. FontE!. SEA.
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■Nor.'linal i'JHe�I
A sondagem industrial ISM, referente a dezembro, também reo,;ela que a economia ncie
(, americana encontra-se em estado de coma: o índice geral teve a sua pior leil:m, cesde meados ôe
1980; o componente de novas encomendas teve a pior leitura da história da pesqu[sa, iniciaóa er:1 '1948:
d_, o componente de emprego caiu ao menor nível desde final de 1982; e os preqos pagos acs
(: fornecedores cederam para o patamar mais baixo desde 1949 - explicitando cs riscos associados a
uma espiral deflacionária.
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No gráfico 1, vccê pode ver representada a éebilidade econômica do mercado r.cie-amer'.ca:io.
como apresentaéo no início do texto. Repare na queda ôo ín:lice de preços das ccmmodi:ies a ;:arlir ::e
julho, e o aprofundamento dessa recessão no ú!timo trimesire :io ano.
,, Cornmodily, em economia, é �m termo utilizado para os produtos prímários (?rod·Jtos de base
em estado brnto ou com pequeno grau de industrialização) que pod ern ser :ra rcsac'onadas
•, comercialmente nas bolsas de mercadorias. O que os toma signtficativamente irr.portantes é que,
apesar de se tratar de mercadorias primárias, possuem cotação global e são negociáveis ern toco o
planeta. Dessa forma, as oscilações em suas cotações têm impacte significativo nos fluxos financeiros
e mundiais íveja, por exemplo, o mercado de derivativos). Exemplos ma! s comuns àe commcôilies são:
café, soja, trigo, algodão, borracha, ouro, prata, cobre. aço, petróleo etc.
' O crescimento real de 0,6% do consumo das famílias a que a reportagem se refere pode ·se:
explicado pela queda do deflator implícito nessa economia. Se o deflator implícito do PIB é igua: a (10:)x
( PIB Nominal / PIB Real), sua redução indica que houve uma dirr,inuiçãc de Pl3 Nominal. Essa
díminuição é fruto, sobretudo, da queda dos preços óe combustíveis e alimentos, o que ex;ilica a
variação do índice. Com esses produtos mais baratos, a população consome r.iais, e E.Í se jusii::ca e
(
crescimento real do cor.sumo das familias.
Repare em todo o texto no uso das nomenclaturas "real" e •nominal'. Eles são muito comu:is err:
\ análises e reportagens econômicas. No gráfico 2, por exemplo, temos q�e em novembro õe 2008 o ?13
Nominal caiu 0,6% em relação ao mês anterior e o PIB Real aumentou 0,6% . O que isso significa? O
( PlB Real mostra as alterações na quantidade produzida, ou seja, produziu-se 0, 6% a mais que em
.,
outubro. O ?IS Nominal reflete a variação de preços, ou seja, os preços caíram 0,6% err. re;ação a
outubro. Qual foi, portanto, à inflação no período analisado?
( A taxa de inflação é dada por:
(
Taxa de Inflação: PIB Norr.inal - PlB Real = 99 4% 100,6%
( PIB Real 100,5%
'
Isso significa que os preços diminuíram aproximadamente 1, '19% de ouiubr•o para nover.bro
( (ocorreu uma deflação).
(
ATENÇÃO: É comum encor.trar o cálculo da taxa de inflação dado 2.penas peia di'fererça entre o
PIB Nominal e o PIB Real, mas deve-se atentar para o fato ce que se b,ta aper.as de uma
( aproximação, utilizada para pequenas variações. Nesse exemplo, calculando-se dessa forrna.
encontraríamos uma inflação de 1,2% (com uma diferença quase ins'gni:icante ;ara e valor 1.19%
( encontrado acima). Mas cuidado! Para grandes variações, a d:screpãncia enire esse método
simplificado e o mé:cdo acima é maior. Per precaução, utilize sempre e rnéiodo · exp:icadc a:irra.
Por fim, o íSívl a que o texto faz referência se trata de um índ'ce mensal composic calculadc peio
.
lnstítute for Supp!y Management, baseado em pesquisas de 300 gerentes de compras ncs E J.!\ em 20
indústrias na área manufaiureira. O índice é liberado no primeiro dia útil de cada mês e c•obre os dados
'.
do mês anteríor. Se e índice está acima de 50, indica qt.:e a economia está em expar.sãc. \/a ores
( abaixo de 50 indicam uma contração. Em Dezembro de 2008, o índice regist•ou 32. 4 por:os. o q•Je
indica uma rápida contração no setor. O índice calcula também uma �rojeçã.o pa7a to•::a a econom·. a
t com base nesses dados, e indica tendência de rápida co:itraçáo na ecor.oi."lia r.crte-arr.er;ca,a cerno
( um todo po, três meses e no setor manufature,ro por cinco. O índice reflete os movimentos fu:urcs do
PIB e seus subíndlces de novas encomendas e atrasos preveem bem a proét.:ção �utura. Uma l'mi!a;,ãc
da pesquisa é não incluir nenhuma questão relacionada aos salários, que são um impcrlan:e
( componente dos custos globais.
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UNIDADE 4
Bruno Perei:-a Rezende, ?a:rícia Costa �oCrigu�s e Flávio Kabelo \/e:-s:ani
(
(
( Na ur.idade anterior, vimos como os índices de preços são calculados e ir.iciamos e nosso estuco em lv',
:. ( Macroeconomia. Na unidade 4, veremos os principais temas referentes à Ecc-:-,omia rv·.onetária: moeda,
:: \ multiplicador bancário, liquidez, meios de pagamento, políticas monetárias, inflação, etc. Uti lizand•J o c, ce
;.( estudamos com relação aos índices de preços , veremos como sua variação, ou seja, a :axa de ir/lação, afeta a
.,:..,\ economia.
Primeiramente, estudaremos o processo histórico da evolução da moeca, desce as trccas sim p'es entre
(
produtos, passando pelas moedas-mercadorias, surgimento do sistema bancário at·avés ée recibos de ciepósito,
(
( etapa que costuma ser referida como da "moeda-papel", até chegar aos dias de hoje, :om a chamada "cnoeda
fiduciária11 ou papel-moeda", que usamos todos os dias. Veremos também a classifica;ão d:::s
,
11 11
mei:s• de
( pagamente", que podem ser definidos de várias formas, numa economia moderna. E come o sistema :-r,onetá·io
r foi-se modificando, com introdução de novos mecanismos, como cartões de dêb�t� e c'e crédito, mcstranêo C;l.'e a
\ idéia de "dinheiro" é mui�o mais '1mpla do que imaginamos. E veremos também as diferentes f1Jn:;õ::s d.a moeóa
! e as íimitações que podem sofrer, num processo inflacionário como o ocorrido no passado em r�ssa ec.:::nomia. s.
· ..· (
:�': : Um ponto importante é a oferta de moeôa; veremos como o s,stema bancário tem um pape' ft:ndamenta1
.J. na criação C:e meios de pagamento. Embora um gerente de banco possa insistir c,ue só em�resta o éinheirc q,e
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foi depositado em sua insti:uição, veremos que o sistema bancário, e.m co�junto, de fa:o é ca�az de expandir
,: (
( substancialmente a quantidade de moeda emitida pelo Banco Central, a partir da prát;ca ée r..ac,ctec. ção de
' ( reservas fracionárias.
,, ( Estudaremos tar.,bém os instrumentos usados pelo Banco Central (BC) para cont,o'ar a oferta de meios
de pagamento na economia, ptocurando evita, tanto um "excesso" de moeda �c;ce em geral i:: r cd1Jz :nflaçãc)
quanto uma oferta insuficiente. Falaremos, assim, no coiitrole da taxa de encaixe ôos banc:::-s, nas zperações de
compra e venda de titules do governo pelo BC (as chamadas 'taxa operações de open mar�eti, nos em prés:imos
de reôesconto, na fixação da taxa ée juros básica da economia (a ''taxa SELiC"}, etc. Veremcs :::iue, conforl";';e as
(
circunstâncias, o SC adota uma post.Jra mais restritiva ou mais exparsiva. E fala,emcs na re'. ação entre pol'ticas
l
fiscais (relativas à arrecadação e_ gastos C:o governo) e inflação.
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,..( Daéas a relêvância e as peculiaridades de processo inflacionário por q,e passou o Sras'I, d,rante vérias
décadas, dedicaremos al gum tempo ao estudo desse processo, e das políticas que foram apóicadas visado
debelar a inflação, com foco nos Planos Cruzado e Real.
Ao final desta i;nidade, você terá visto vários as pectos da Ecor.omia Moreti.-ia, e lrnpc,tan!es
mecanismos econômicos e processos históricos. Deve ser capaz de compreender melhor políticas gove rnamentais
comumente divulgadas e discutidas na mídia, o que o a judará a formar opinião sobre e\as. :r., part:cular, e es:udo
l.
da inflaç ão passada, c,ue trouxe, como se verá, grandes problemas para nossa econom'a e nossa so:iBdcde, pede
contribuir para evitar sua volta, o que afinal é responsabilidade de todos nós.
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Ao término de sevs estudes, faça os exercícios da Lista de Exercícios número A., ao füa; :la ip:,st:la, ?ara
(
conferir se seus estudos foram satisfa:órics e atentar nas partes da m2té:ia er:-, q•Je ter.ha dificu'dades.
(
( Atenção! Essa é a última unidade antes da segunda prova. Tire toóas as suas cúviêas co:-:-, os mc�itor•?S e
não deixe a matéria ac'Jmular para a última hora! Após a Lista 4, no final da apostila, vccê enco�,:rará uma sé�ie
de exercícios de revisão referentes ao módulo li, c,ue compreende as uni:lades 3 e '· Vale :er-,bra� :rJe os
{
1 exercícios devem servir apenas para verificar se você assimilou bem a matéria e está bem preparado para a prova,
( mas não substituem a leitura dos textos, o comparecimento às aulas e a atenção a outros ter:-.as o•J tópicos q'Je
< não tenham sido cobertos nas questões de revisão. As aulas de revisão para a prova ccs,:in·Jam nos mesmos
'' horários e locais da última prova. Quaisquer dúvidas, informe-se com algum mor.itor.
( Bons estuóos !
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A inflação poôe•se: ::oneeit1.1ada c-:i:no um a1.::..."":":e::ito cor.H::uô e gene:aEzadc nc
r..ivel de ::,reços. Ou seja, cs movim�ntos·irulaci:mÉ.riOS re;prese:1tam. E!levaçCes em ::.odos �-s .1
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con,•(11 uo. � gr.::1.-a.'Zt;rdo.
,. ,�·o 'ni'L:.Z: de..D,"t;cs. tens prcduzidos pela eco.i.omia e não meramente oawnen!.:I i.
· e:.e u..-n c:et<e-:rr'-ÜHl.c!.◊ :;;re�·:i.
'.r . Oub:e aspecto rundsm.e:itãl :e1e:e-se ao !a�o de que o Ier..õme:io l-�a.·::íc:-iário a;cge a s:íe
·1ação ccntfr:ua dcsp:e•;:os duta.rits umpqricd:, ôe tempo, e não rr:era--:i�r::e ':Jma e:e·:•a;i•f. ·
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( No W'l::>�to do conflito distrfrn:tiv•o, poderfancs':.teprese-nta.r 2ssa: tipo :i?·W!i:?çio .=::-:r.c.
decorrente de.: □ cotilito entre o · setor :;irivado·e·o :Setorpüb]c· :} p�la disp;;ta do produto.
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Nessa �pótese, caso::, s:etot :::,;!.:OIJço
· red1J,za sa1.1s gastes o, a.ssi.'1/ i:::-·:::ir.sisa e•✓.i�a: :►.ac:ásci ..
:mo dã rnoeêa, o ;,rob}e;na infiaCicnér.o pode ser reso:vido.
{ Entretant,;::,, C:' proçesso i:tíi.ocior:�r!,:, pods !''2sdt.a: dG ou�rçs t:�os O;;; ccn:lito �
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( distribl.!t!vc. üm q-�e nos par-ace mWtc impo:tante, e. s;ieClâli:ient§patadct!so ca ecc-nc- .
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:;:i2. brasilei;:a, refere-se 2s re1eyões entre sa!ários g pr-eços. Nesse caso. o p:o�le:rfo eStarfa
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centrado nu:na disputa peJc . proCuto entre trabalhadores e e:n;resádos q"..:a t,;::,:na:j�
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11"..s'..áveis as rel?-ções a"';tre sal:í.ri:ls e :.oreços.
( Outrâ. :a�sta áinda do processo ir.flacio�árfo :;:,m:, :ep:csentati'.,•o Co .co:--.Ili tC•
( ·. ó.istril:i:.Tt'lTo poderia ser a âss!Jciaçao aa tn.-oho::i:a nac1onãt cem a:.füér:-:a·:=)c:nâJ. N�.case
áos c!'.oqces externos, ucc eY.er.rolo, as cr-ses C�p-atróleo c.:=s e.rios 1870, o q:.:s: ocorre 2
1
(
e l.Cl ccnJlito d!.str!b·�ttvd de�sa n��uceza, ·�ue ta:nbám pode dar orige.:: a· u� p�o:esso
( inflacion��-. . . . . . . . .. . :. .
( A pal"t�r cio mcmc:nto e:n C'UÊI se configUratn �[versas rac,ãtél� do }:�C·CC?Ssc �· nCacic:•.
:náJio, pe:c��e-se e d.in;�dade d� eli:mÍná-lo, especlalm�n_W �os :pa.!ses o.!;o pro�·es��: ��- · , ,
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fla:;ionátio re::,resSnta
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( • das ccncilcões Ce caC:!. 'pais ou ôa cada êpoca. P.ssim, o pr:x:essc ihfl&· :::io.-.;qq em tai�s · · . \
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.. i.nc1•Jsiv;e,. prcvoca.c.u.m ve:daàeiro cizculo. V)ctcso., ·:se e pais estive.r.�n.te:-..ta..-..do. 9,fiçi� , .... ://t
bti�\. ,.
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cambial. Nessas conc!;:ções, as autQridades, na tentat�va.dc rrtlrúrruzai: o Céãcit, s�? obrl- .�
gade:s ala.."'tÇ� r.:ão de ê.esvàiotizayões canl::118.:s, as quais, d:::;,reci&"1.ào a cb,!!da !:ackntl, ,: ·.: •
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pedem estimular a rolocação d� n-:.ssos prodatos no.extcicr, des�ti_·:r.tlm?o,as importa� ,•;.. :. :{fJf-.
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ve::ne:lte· ma:s caras, p:essiona.::ào os custos de prcduçãc C:� Set-:,res c;:ue se Utilizar:. :?f?
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p-re;:oz, p:ovoe2.da pelo :epasse do a.wnento·de'custos acs preços doS proc!utos:..
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( Mfm-lÍ!.&\�J®nffl,'/ilr-mt®:tWJ·:'. :; · )/�
TendÓ:em:.v's-.a;o fato. de que; nu.-rrprccesso :inflaCi•O�ário i.�len.so, o valer da moe<!a · .'
:'a =apidamente; ocorre-um··cieSestúr.ul:·à·a_plicação·de recurscS
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• no merCadode · - ....:f,
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1 se dete:io'
. cq::ita.is fina."lceiros. P...s iPlicaçees em poupança e t:it-0.los deverr. sofrer U.."'!'l�· :etração. �r
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cut:o lado, ··a inflação e.stimWa a· apl:caçâ(l 'ó.e recui'scS 12I:1 bens àe raiz. o�:7!C _te:ras e ·
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coireção·mol\etá...-ia, pe':oq . ual a1gU:1s· papéis, como os:tJrulos ;,1.:.blicc•s, c2.d1:frne:.as.de ·:
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Co:-rcção monot;)rla:
ma�cmi.Sma pedo &.ptu! . .1.!:.d.�xedcs� ::,cr ir.ê.:ccs qJe . .
jiO'J.i:e.nça e t(';Ulos privado:S ·;;:,assaram a ser rea}us':ados (o'.l
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ção, !sso contribui para .u.""n verdadeiro desvio·de ?.ecursos de •ÍJl\'éstúner:.!OS no setor p:o-. .·Ji :·
du':i·,lc, ;,ara aplicação nc mercado ' :5.:"1.!nCgi:o.
q:1.ere,Fcterr. . .
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cptc:.in:c:damiml<: o
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r::rcsc!n:e�J!O dr. lnfic:ç,io. ·m.uw�
... ;.· "'",i"SIT""'"t�":"'
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Outca d:storçãc-provocaéa por e1a·.1adas -:.axas de infl ação prende-sa-à for.7:ação ê.as
( exoect.ativas sobre o lutuco. Pa:ticularmer,te, o setor emprcsD!icl é basttinle se::.sl•lel t
t . es;a tipo d� situação, dada� re!atlva instab:lidade ê lIT.;:re·.f.s!bil:dade de seus l·.:.crc-s. O �·
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0r.-:presâ:5o Oca num co:npa�sc de espera, onqu�ntc n cor:}..1�turn iníladentri.:i. poró.!Inr. e
diíic:.:..,."':1ente tcma:á i...-.:iciativas no sentido de at.;mer:tar sei:s inve.sti.mentos·na ex?e.r,s-ãc
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( da capac:àade. produtiva. P..ssl-::., a ;,rópria capacidede te ::,rcduyâc· fiJt tua e, coDseqúen i
tema::.te, o rJval C:e emP:ego podem ser afetadcs pelo prccessc in.Oac� -::nárlo.
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N2s e!Spas• :iziiciôis do p:ocesso ir1.f!acionário, t�cios cs que cOn�afram dívidas
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l!c,:uiê.es gan.i'-1a.=t':. com a inLaçào, justar.iente ;,orque não incorpor� ner+Jr.1:na ex::;,ee:a. .
( tiva in.flacicnária:."Nesse·caso; o crêdc.r é quem petde, re=ebenc!.o.a.q,i.ian'ia e�prsst.zda
\ red·..:.ziàa pela i.nf:ação e, por isso n:esmc, perder.ão s� as taxas normais, :nas tzmb� e [
• renda • cue
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( e:,r:to um. rob compressor, desa:t.lcula todo o sistema. econõrrJco. E:':'lXra os tcaj;;a!::aêc·
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r· �ficazsc�:e ademande ãg:ega_.:: Ae-:ua�o i.;::l� ta dcço7e.'1l0cxr:epc: �oUt:::as·q-.20
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:nio.No'..oel:.cfa EconolT'IJarvi:te:CapStwo 2); a avid�ne�a·arnpúiea emonst:a:que:a.s. osçrla;:-.:.•: ...... � : ..
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ca·· rnoe�a'ciô'���âs va:..."";açees.llã taxa Ca i..·westirnen:o:(públi::::o e pz:vado). :No:j�ão/ ·!:·=•,: }' . - ,.,.
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ec:;m�m:cc, i?{ttoeda seria� cor::o instrurr.entc de poüticaecroôffilcs...Os· mone. �tas.. . ::_' ._ .· 1} · .
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são contrárfos � exagatada fo-:.e:venç5o de Estado na eco�o:nia, pet meio de elevados , · l
'I�o:':a :;1,;o.r.tita.��va ô�
me eta: dada péa ::éiicits p:±liccs.
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t!.,:press:':o ..,q,- me/o dn
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?ara os fiscalista.s ! entre os qu� se 5ncluem: or exem_plo, Paul A. Sa.cuels-:m e 1- , ..)
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. s:.: m'os:ra
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· arr�es Tobi:l, :ôl'I±é!ü daten!Ores·dc Prémio Nobe!, a
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Ce:emtinan�s ça, der:1a..""10.a:·.::Qre�ada, ptwcipal.-nep.te de:fatcres·que.s.fetân•a . J1 -
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de ,;;.:;edç: pek.:
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. emantfa·:
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:Hli'��id(:d� com
mo�dc ciit: r�r.c:C, !:i.-r.--se ·
d� i.-:vest:rr.e!'ltOS. , f,, mo�.da, CU ri:eios de pagarnentc, ser�· apenas lL'"P desses ·fa.�res, e::: ,__;i·
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o :o::.! da n. .-.dr. seu af.s�tc Sobre as ia.xã'.s d0 irn:e.stimentc este.r_a condicicnado pela:se:,s:.bilidade (eiasti... :.
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. r:cn·:inal. c:d.adê) da dsn:M:i0 de mo€:dã ern relação à c.axa dejurcS. Como ,rlmOs r:.o CaprruJo 16,se.· ., )
Fiscali:;�as: as taX&.s de_ juros !'o:e:n •mui';o baixas. as pessoas tende�ã°c: � r�t�t os · exc�cs d·e
...)
ccn-en:e moeda;•;·· ):
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eficaz pc.ra CO:nl::2.t.2r Lrl.Oa�ãc ou dese��rego. �sse o se.�t:dc .de •�ceda p�siva•.'Nota•
aJ;':;a do ��:nrno, .:,-;;-
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rr.os que o racto<f-"llc dos �calistas assemeiha-se com� iê�jas precio�.izadas po!':�Cet� ).
cctm��;:;t.�/:����: ! ,�',
e!; e,'t!t: .:,'os :<-t �i:" es i z.:-ios). :azão pela .que.:,· inclusivs, são ta.":lhé:n ccn.1eC::dos cor:,.o· n�keynesfanos ou. simples-
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mente. keynesianos. [
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Em.:th�yão d0c::sa co;oêe ão o •recor..izam · <iue o ccrrt=ate mais eficiente
ª- in:)ação C:ar. .se-ia pôr meÍO ê.e lns�umentos de pcU::ca fisça;;, como a dini.inuição C.e ,_.,., )
gas�.os d:: �ov.emo cu etevação da· carga tributária sobra co:isu:;io � L"'lvestJmerito priva )
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dcs. Os n:ci :-·· :Stas, poi .seu tu.'Tllo, :wgam. filais eficiente o coCilData �or .:neiÓ • o a
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D�ssa :v�a. os fisccµis:a$ defendem uma'atriâção mais di:Ê?ta do �011erno n?J. ati
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vidad:e ec;)r.ê.tice, enqu.arÍ::O os ,monetaristas são con�á..ios à exa;eraôa int:ã-venção ).
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avessos divida públi� elevada {ou s;Ja, · são adePtOS'titrli\."I'â'ftmcioilam e�•
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:o do rr.arca:19}. Um dos Pr.�cípiós do mcnetarls:no é �ue as nutuaçPes cíclicas são
· res1JJ.tE:dO:S cia ação gÔ:�ein��e;ta:, ma.is do que Ca �ta!:::il:?a�e'tn·er1tnta·att!set::,tytív2.•
cio. Po: essa razão, cs fis,..aJistas são ainda cl:a::nados. de at:ivisc.as, e Cs mone::.a.ãs-..as, Ce
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tos P.ô�iL�dede de pre1li.:to não são a!2tados. P-or exezc;it:• .Se cs �µfo;s r··71ppfir;; em
{ ç.10% e a ·oroduCc.o �-=
trW..:hacor ç;esca:ia l:lesma proxrçéol não há nrzlo para se
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A e•tagf'..açãoocorre �.do se� pua!de.znente t:zxes si::nificativas cie inflação a
ea,r.5mfcc "� in/lcf d,.
-i pede::
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reco--SS!o eco:-.O::tlca c em·ciesem:;reg::i. lsso pode ser cie"':do ao fato d.e; �:n J)�:CO:.os ê!!
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inf:ação -C:o. c--�sto3 c�ciCcs·aos t�a:>a:hsdcr . es. Ou: seja; e au't.'ler:.to ciecustos, devido ao abmen:o Cos.saJt..'ios ,
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;,Olitlcg ·expir..sioniste, q"J� deslc�rá a di::"landa aT,C'g�a de DA:. j:are D;(. �cstal:are
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....._ lh�'!� ·�o ponto C, cc-rres.i;o::.dente e.� nívcl de :ecCa Y:- e :,o= u.,i c-.:s�:e;:rat.c.:.e.à.o.
(r-. pe:o 2.ur:ie:1;0 no �-;el �� ;lreços de P1 para P'2• J..ssi..rn, a pc!itica szrá de tnl foepç. a
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·s�cio;.ar- � s:ir.o !n!!acio�ã..'io.
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. :Sviden.te:ne;te, no ploo teéric:,, a malho: solµçio seria exp'e.::.cli: e. Cíer".aagre ga
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que rfi prát:ca isso só pOC:.e se: efe�vaéo a :ong:, p220, jt q.ze e cfet--..a egr� ruçe
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triase i:em de· criar a p·e.-.essárla 5náa,e.strutura para tanto, o q..:.e nã:, se faz sem· custos .,) ...):· ·::
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Um debate (fae domídoU o cenáiio acadêmico a pâ:n:ir dos anos 1950, principalmente ).
na .Am¼�ca Latina, e:i�OlvaU as ch�"lladas' �rrences· estrut�rclistas· e �onetuistas de
c:;rohate â. ir.a.fiação. Çost:lli"lla�Se c:.S.sociar a corrente estmtu.ralfsta·à Cc'rrussão Ecorlõ.:n.i ca,_
v'
sw-z:m.�: na Ar.:édcc.
Ü'::ir.a � s,�m que e': , para a ..A--n ea,.,I,.a.t;;n�C.�, in!h:.�nclada pelas idéias do econ;,rrJsia a:gentir.o Raul )
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•Essa sCria 1.:ma hii:;Ót9:se irr,plicita �as anteriores, p�la qual .todos 0s .aumer:iros· de )
cus to s�iian:: fa:;:.L�s:nte 4ã_$C�rre• �õdcs em at.h"!lentos de p_reçôs. Os países su.bde.Senvoi-•.
vicc-s ap:esantam :ima es�tura de !':!etcado c1igc;iol.h:ada, com gre.nde p:ese·r.ça de·
mwt'->1acicnais . q-:e tê::i:, pede; de edr:1irjstrar seus preços:Paia manter suas ma...--ge:,s
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C:0 lucros e éef;;a_rk-u_&, as e!evãções de �s: os, por exemplO, saládCS, são 1":1ed.iatamente ,. �.
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reça raiãtivamente os pâlses subdesenvolvidos. Quanto à inflação derivada do prócessõ
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tr:entt?· Occtre com e,\lênci! em países ma!S êesenvcMdos. Z.-n.paisés �esc;i•-'.o:-; .. .. :-:,.
��tras causas 8a indação es:Uiam as.sctlaCas:a ci.1s�s ele.vados;· e os :risl:"..l·
mento_S de contenção C2 d!mcndã d� nada adiani:a."'iárn . P . eio con'!râri�,-'co:nc a ?;cd�çãc ··
Já se está ;>i:-ocessa.ndc em níveis :ie desemprego. uma C.ünin-.iição cia demarida e��e.ê!
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apenas au�·entarià o desemp:ego. Por essa razão, es es!rutu:alistes pfCpaem . :r.s:ru.T..e..�·
,. tos não •·ortodoxos" de 1=0:itica eco:i.õmica, mas sL.!:-: controles e re!õr.l:as . :!e ;&se. .
( "'i..-.s tr-.. :-.
' rnentós I'.eterodoxc.s'").
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•� ffiífA:S 8;l!Btt4❖h·l&@Míl<-W611í·--ii-X{·l1·'®❖tJh1'r·fiD@
• ?otle...s-e afirma-:, sem muita margem de e-:rÔ. que a t'na.:or .çar..e das !cn':45 :ie inDe•
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ç!o étseu:ides no·s iteris ent.edotes ·esLé. e·� es�eve piesente etn é.!t,o!":"A é;x:cc ho Bct.!>il.
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( Eíetivamente. a _inr.aÇão :'oi, dura.,te n::.ui:o tempo. um i:rob!em? :Oe.st&n:e ca:act-!.�cc
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d�. econor..!� brasflelre, em partic�la, a partir da década de 1950. lsso, ;,ode sa: n·.:.s':raéo
l ' pela :abe:a 1.7.1, na qual observamos as taxas de !n3�ção r:o B=ãsU, desder�S48, :n�:la.s
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pelo lndica gera! de preços.
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Na década· de 1950 e inicio dos anos 1959, �pantava•;e çp�g prin::lcL Icnce de
( inflaçãô ó Céí:clt do TSSPt;ro. Basicamente, t:ês fa�res ex;,:i.ce!�� ·o e!G\.ê�O dé.66:!_t ;,·X:):i•
co. Pri:néj-:o, a nece.�sidr.ôc'de o 9cverr.o s-Jp.ir � inf-:z.-est.-uti.Jia adeq-.:::ad!. C!s.ue.r.s-oc;tçs.. ·
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energia. saneamento, .entre o:.:t:rOS. para fazer face ao desenvoM?T.e�tô eéo:-1Óf"n:cO·ace;e
{ n"do a �àr'ir da seç\!nda met2;de da década de 19�0. Em seg,Jndo h.1gar1 o cit�c:: ê:;. e�
( ;llclO pala L'Oixa prcdu�l�:clndc dos se:viços do govêrr.o e n Co:isaq��ntC.inêíic:it-:-::ia nZ
apUcação dos recursos. Finalmente. peb lado da :eeei2. constataVa•s• �, i"'OpBss�·!:!dada
(
de o ç;ove:no aun:enta: a cirga �b:itária, consi -de:ade excessiva,, :enCo•se-em· co�ti o
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baixo nível. de :encape: ca;,it.a.
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. ·Como não xl!a e:evar os i::'lpostos. o gov�mo optou i,,oias·éinissõO.S clâ ·(i.L-ii.hªirO.
( ESS!: !O! uma t!plca L"'\Ga""ÕO de dF.i: u�m O T}J8l.S e.ro r: a na
éc5h:N:l1a;-m:"'él!o·
res erar:'l es coI!'.J:)ras. num mo:nento em ,, , a não •sr.ava prePai-.1... p°ãrn
J:)Icduzir um volur.ie eo::-esponc!er:.te ao do aumen_ e c.s::ian � .. ..
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Algun,s e$tudos epontare:n també;r., I'""ª a·âpoca. a e>ds!ê�da àe tensões :!e e:,.,-
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( ..: 'tO, pre,;ócadas basica.-:ience·per =eaJustes salarla!s ac!ma dos.Lic!ices· dia or<:i:l·i:i,idaae,e
pelas des,-alorizaçces carr.bieis. Mas a causa pcL�;ipal e:a o:igbada �õr�;esskõde áe
( �8. ;mwccadas princii:almente pelos eievados déficits ;lllbl.!coS-. :,·
·. ·na 1554 a 1973, como p�démos notar na �ela, a inllaçâo não ío: deb.?lada. u.as ·
perde,; a \ri_-u!ilncia. A pcUuca. dé•ccit!bate caracterizo·.:-se. nu::ia pn:ne;a i�(1964-fs�Sf
(
( por un,. trata;nento que pede ser cla.ss;_fü:ado co.-:io aa a::1ento ce choque por :::eia :.e Tntamcr.':o Ç.e
{ uma r!gida ollti,.... ,, A:á..-ia, 5.s� e salarial. encr.1_anto. da 1967 a ·1 ·;;,•. 01 t.tlzadê. com:, ci:.:i,..:..i: p:,.'t"rt�a
me,:t<:ária.j.:cni t
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um ·poEtka gradu!l:.sta c:ue cor:-esi::�deu ao cOmbatc po� eta;,2-S:plal:ej?dõ. :Adecis!c
{ ;r..rr.r.r.i' r:--4!t:'�pr::'l!
pot' u..� trata.."l'jentoqraé�al cieveu•se à evidência de q-..:e países e:n Cese:wcr,r.:l'lentô� con:lo
(Omf.;arcr ú :',i /it;ít:c-.
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tOU, cctr. ra:as exce-;:Ôes, taxfs ctesCentes de in�ação. Cada novo choque de preçó'$ conduiia )
a in.fia;:âo a\� .:n pa:a:.rna.r � a..ko; ·pa:apcste:ior acomodação num novo nível Além de ôo.ts
c:1· 0--$es de petcó!eo {err.. 1973,�974 e 1979); outr� !ato:es relaêv&11ente fadependentes tam
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tém für�-n raspo:isáveis !==� aceler�ção do processo inflacionárlo desde-aquela-data: )
a)· su9·es�:v�s cl'�cci..i� asiicol?,S, pdncipaloente em oo�e::rciã.1cÍa.de geadas {como· )
ocÕfi'eu ·e:1i::re 1975 e 1977, ·com três sai:as suce:s-sivas, ou� ai"tda, � rn ·fh,s de
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'i985), p:ovcc�àc:�ceterkção Cos preçOS-na ag:icultu.ra;
·b) .eie·.:edoS f'T""e.Stcs �úblicos Com prcgra.-nas de substitui -o de 1.,r::icrta ões na ;i
da· -enerçia, a•;:c,·bez:s de capital elnirieraJs não-ferrosos, occrrtdcs nag� Gels�l.
�a alvida externa, devido ao a:.ur.er:to tanto do principal {e:tos 1..
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. ','. q-.l.e estava por ê.etrás ci:, cloamad" •la:-,o C:uzado imp!antaco e,c-, !evereiro de 19SS. Esse
JY.ra .o. croCebido à lui C.e u:n dia'11, s ... cc l..."1erc1!lista. a-;nesentava eot:io c2n=te::s=:.e
pt'dici'cal o cc:iqe!z,rnen";O de preços e si.âdos.
�m!,�ra o diag::.6s�c, do ;,lai�o fosse relativarnante CCl!e-� na cu�.io da :llé:cis
,i· .
infiacioná.'Íà, era equivr...ado q-..tantoàs:.: S:,... o ,e o ciéfiC:t i.:.blico estavaso:J cor.
,,: ;
tto.e. Por óut:o l&do, ;,rovoCOu ainda.um ai;Inento 8.eva: .o-ca !J'l..assa:ea! 0 --:es, o cr.:.e
represen�u Ui.la pressã::> vi�e:ita·de demanda.. $,!!...'"'[). que !osse acompanha.e.a pela.expar,-
. ( .
são da ofe.!tii. uma �ez qce as f!:mas !á es:a,·a<!' c;,e.-anc.o cem:.:,:,;� �i,ar'dde.·A ::::ia:>u·
':;"' •
teT'.çlÔ êo congela:1ento por um Re:jodo rele.tJva:nente longo, com essa p[essão :ie de• ..
rnenda. provocou e forcay!o de. ágios e a ·m�qui�-�::t· na qua:idaée '!:os p:=:!ut::s. o Á-!o: a'o':�ti,,:ntc�m,/e,
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resultado /e! una ex;ilos:o !nCac,ei;áti• &pós o desco:tgelame�to, · er..fins de 19SS. D1'sra S':Ó,"'t' fin: 16'1'1:'ÇO tr./-:;::,"rrn'o
i' .-- .. fo:-ma, mei':no pa:�do de urna ava!ie.ç!o :el:!.tiv�n!.e �r-!iâ do proc!·SSQ·�'"1.tli�o tJH:m: r,,;, e: �...s.-pr1;0, 11
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1 bras!!eiro:" o p!:ar.o !a!:."k?i:. na s-a ;estão. p:ovaveL."llen�e por re�ega: po!ítlcas crtod:,xas de i!;.':!r..r.t.'a 1,rp,err. r.
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" tenta! conter o proc!SSO tffila-=:ion_ ário ::,rasi!eiro. · . · :· : . · .
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E:-n :SS4!, n:> çover:l.o Iu.r.':�r �ranco, u:mio·eo;."".o rrJcist::c ôa Faien::e•F�:r.�J-: tic
:!enri(tUe êal'doso. im;>�emen':')l.:..se otFl!.nO Reij. Es:ê. por Si.:aVe.z, �apresento� ..uit_ avan 1
;{ a �m:crré:i:la com ;,:Oêu';OS' p.ced-.;z!dos CresCei!os: a..'lê:oranâo:se Qs p_:eços L;.te:ncs,;. �!mt <fe clfmb:ó fi·."':,.
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E.Ssas énc:iras i:· er:naÍte:::era...--n até jane!ro Ce 12S9, quando se astàoele•::eu urr, no
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3J'te; de bâix��e �'e�tz�.
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� i!'��;:ãc�eJev . ad� ' úJfja ão rept�;ei;te um impost; ..�obre o pobre. ·
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·Tiil�éw Pe:riiitilluinãva-,yo · nos índices de·;,todutividade da· ecS,nO:ipia' ?'l'asil�i!i , · .
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·.�y•fi 1 '
. •de ur:ta 'Ooütica c&�ial que levou a uni aar:tento' das i-nportações.
em fi.Gyão
..
Nesse as•
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pecto; àevB-sg cons:detat..q:ue�rt1,ra-
, ···
. corw•cial p�s:u::-0rcionada
.- no governo Colloc àe
.. .. ... �.
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'Mar.e cor.trLÇui-,Isi���.a... sse ces1·Jiedô, '
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Er.ioo:r·a a êsti-âtégia 8.dO�cla !esse adequada; s.s.bemos que tudo em Economia tein
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w::: c· uS"'..:>.o FJano�a�� · articuJ� e sua vclí:fca ca:l:bia!,re-:lrase�:ou séti� entrave às ;_)
. .
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em -� ... ,,'j:'
,•.J�; i";.
nessas e:<portacoo , _ a,'ao liclo do .au.-canto das importações: ocasionou. déficit p�.s- ·
, "
tente na ::.iilmça.;OOrr'.���ial.e ãu.m,erito. da dei:,endé:icia.de o·btenr..ãc de rec�sq5 ·finãllcei .... ..... ;_) 1 y:
tos exterrios�· co�·.�· su�essivas crises iir.ar.ceiras do 1-!éxico. er.:i '199b, no SP,aes;e à:a ;,_) 1'
Ásia e�·.� 99'7);e n� 1. S98,,a.vu1nera:Jilidade e;ternâ:á�e;ttou;.obri��do a_ \lOa •t,
Rú;si��·em. ' },,
eiavação,d�;��; �ie·j�o�. i.�tert"-�s. ·para·defendcr-se ��s ata� ·�s�spê�uiati�os
· Se;aê��
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por e-Ssas· c�es'. ç_oi-r;'a e:. eY.�. ção· Co� )'.!IOS,.dimin�ui oS. inves:.:únen::.os :pr����E;n-'�
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C:o ccmoresdtado fin2i uma:elevação do dese:np__pago.:.. .•• .
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.',\pésax.de�ses ;;�hl��s, a e;tl'atégi�:ad� pelo.F..!ano.Be..fu.�eso.ancar ·,_) 1 )'.
1
e =:ôr-i. cc p�ocessc infl.àcioilário, q.,;e se�pre foi um dl?safic consta..--:te para a sôci�ade ;.). 1 }'.
Q-.:.cstã:i d is-tl"':b·..l.ti.·.-i\:
• b:asilei:-a. Com a e=onomta estabiHz�da, o plar.o teve também o mérito da tornax mais ·
. as n.·larricw ,•JtU':• u cl E.rae elg"J:::cs das qu�st�es estruturais da econo:nt.o brosHcirc. pnrLic:ut!:rmcnte o
;) 1 \
c,.-p,'!::.' ,; i, Jra/Jtdú:1,
deseq-.:!ll��u!.� fiscal CIÔn�.c9.,�� sato:. pú:::illco brasileiro: ) 1 )·,
en:r.:t'O:,:ros.
:.) . }',· ·.'·
.. · )
pu;,g"111,:t4íY.!:Jttfil
... ) )
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0°t DeW::� ;r.f)aJ�, �açã� de demanda e inflação de custos. .,
1 '
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10) Z?<Plique res;u:ni<ia.,,é n:e as disto:ções provc..:.adas po: altas taxas de inilação.
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.Apc::ite as ca�.Sas ?ª inflação b:asÚeira: de acôrdo com as seguintes correntes:
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Expl'.cr.ie
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@ S:.:po:-ido urr�â ?c��oi:rtla com défici t público relativamente elevado. se o governo
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 75 de 164
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:b. Ouo medidas dovorn ser t-omcda.s pa:c cont!'cl&r u=ia !r.llaç.ão às cS3.rrHi�ê.a7
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:..?•.: a. Oueis e.s pMctpais c�u�a$ ê� !r�ç ão de custos?
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:b. O que vem·a ser estagílaçlo?
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e. Oue· me:lidas devem.se: tcrnadas para c:ontiplar umll:'!n!'a>;ão thi -custo?
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,.8 .·� Oi:.ais e; !at.oces: L11.4lâcfonár:os que poder.l ser
. cor.siderados 1neren:.es ao preces-·
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( so de êesenvohr.ã:lGnto eeon6rnico?
,j) Qual, o d!ai;;n6stico do Flilllo Real :;,ara e lnEação brasileira, e ·q,:9.is as po!:tic.;s
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 76 de 164
J
I. Antecedentes
O Brasil tem longa experiência inflacio::iária. Nas prineiras década, do sécu1o :XX, os
indicadores disponíveis, embora precários, incicam uma oéóia ani;aJ ée auoer:to de preyos ée
cerca.de 5% ao a::io. Na década de 1940,_q�do indicadores é'.e-inflação é.e case C1ais_a-:n?la
se tomao dispoi:úveis, a porcentagem de aumento anual
_ do preços atir.ge, regi.:larmente, dois
algarismos. Dai em diante, a tendência geral é de cresci..'l!ento constar.te dos índices
inflacionários, até os valores estratosféricos, superiores a 2.000% por :no, observados r.o
início dos anos 1990. Há apenas uma interrupção nessa propensão de !cngo prazo à ace!era;ão
inflacionária: o período entre 1964 o inicio dós anos setent2, qumcic a in.:1ação �ecàeu a cair
de forma contir.uada. Fo: só após 1994, ano do Plano Real, qi:.e se in:e:rompeu a :e:.i::ência a
taxas d� inflação cada yez mais altas: os aume_ntos de p:eços obser-1adcs, éesde entfo (cu
>:1.
''..(
quedas, .em 2.I� penedos), pass�. a:ter 9rdens de gra.riC:eza mais•·-::onp;:ui:ntes "Com· a
. experi§o�ia iDtemacionaL Ver os Dlli"IleTOS da Tabela ·1, onde se ��stra.a.ev.o'.Jl;:w,.:entre 1939
é 2002, de três índices de inflação: o Deflator Implfcíto do PIB, o Índic·e Geral de P:e;:os
(Disponibilidade Interna), da Fundação Getúlio Vargas, e o Índice do Custo ::e Vida para a
-J ' cidade de São Paulo, da Fundação Instituto de Pesquisas Econêmicas da Uc.iversidaC:e de São
.!
·• ( Paulo. 1
(
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.,' 1 Notar q•Je o bd:ce inflncicaário mais useC:o, arualmen;e, no balizame:t'.c éi. política t::C&�:r.icz, o ÍOd::e
Nac:onal de ?reços ao Co1Su1I>'dcr Am?lo -'.PCA, s6 ?asscu a ser produzl�o em i9?9.
-----·-----··------.
L-·-··-···"�'...___
... - --------·------ ..... __ ________
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TabcÍa 1 - BRASIL: Íi',"DICES DE INFLAÇ.4.O, 1939-2002
,(
( ·· .(Taxa
:<
1 !
ÍNOICES DE �'REÇOS ··
.....média
s
; (• - .PERÍODO ••...1:, .. s
1
Deflator Implícito Índice de Preços ao. Índice Geral de Preços anuais ,
( '
Consumidor - São · · -' Dísponil;>ilidade.
!e do PIB
·paulo fH'!PE) Interna rFGV'\
em¾)
1939-1948 12,0 17,1 11,0
1949-1953 J4,G 16,9 16,4
,(
1 1959 -1964 52,4. 56,9
.' ( :·
57,7.
lc
1965 -1972 28,2 27,0 24,7
1973 -1980 46,2 43,4 49,l
Essa convivência com a inflação deu origem, como era na�al, a uma v--c;ta literarura
sobre o diagnóstico do fenômeno inflacíon�o bra_sileirc e as possíveis terapêuticas a sc:e::n
(
<' . . aplicadas.
'
(
1
.·
t ••
. .. . ·
' ... i ,-·
...
fTOCesso ioflacio:aário, rol'.tlad2s, na época, de· monetarista e estruturalista. A discussão .se
·,.... .. referia não só ao caso brasileiro mas, ce:forma geral, à infia;:ão em países da América Latina.
r
(
'.-
)
. -----.: .
.
. A posição monetarista)(defendida, entre nós, ·por economistas como 1vfário Ee::i.ri:;ue
. ....- .
,... Simonsen'e-R-oberto· Çainpos), énfütizav� - em IL'l.ha com as. teo::fas correntes sobre inf:ação, ;r1'
' . e. .
e ('. ?;?'e
,
.•·., )
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 78 de 164
3 )
)
· na literatura econôcüca -.- a imp�.:iância de pressões de demanda, derivadas de uma expansão .J ' ..
rnonecfria excessiva. Esse excesso· de' moeda decorreria sobretudo de pol:ticas econômic2s )
. ,,· . ')
i.r1corretas: aumento·de.gastos goYemamentais além das receitas de impostos, sendo· o déficit
f:. nanciado..po,. . e:nissão:.de. .moeáa; concessão de aumentos·:salariais ·acima ·dos,.aumentos ·de.
. .' . )
' .
proóutividaé_é, pressici::ianqo. para . cinla custos.. e preços e forçando expansões de crédito. A ..
· ,,:
)
.,., .'
seqüência causal básiç:a seria, assim: aumento ·. de moeda, aumento de den'!anda; aumento de · )
>;
. .
preços. o· remédio esta.ia em medidas como uina politica de ·contenção de gastos e awnento ).
de receitas pública,; possibili�ando.6aior.discipüna.fis'ca1 e.:r.ionetária; e na adoção de formas.: ·.. ,.) )
�_)
não-inf.aciónárias ·de. coberrura_ do� 'déficits·públicos,. quando·estes ocorressem;,:·-.:. i
... ) )
.. I
·, )
• _.!
nomes como Celso Furtado e Maria·da Conceição Tavãtes);-qu15's�stentava que a causa básica ,) )
do fenômeno inflacior.ã.io brasileiro nl!o e,am excessos de demanda, mas sin1 inelasticidades ') ')
de oferca: numa. economia ·em. crescimento, e passando :por transformaçô.es estn:tu.-ais rápidas . .,_) )
\) )
(induscialização, urbanizaç�o,.etc.),
. ... a
expansão da demi.lllda· p.or .certos bens e serviços (como
i,J )..
?.!ime::itos, · pro:iutos · importados/·· energia e transporte)· não poderia ser respondida \'
--
,.·,\ )
ime;:iata□ente por um aumen:o.correspondente da oferta, o que.trarrapress5es inflacionárias; ")
i
a ierapeutica monet?.Iista, se aplicitda, traria apenas recessão, · sen, -i:esoL:v.er ,o,s ..problemas
0
,··\ i)
"estiutu;ais" de oferta {que �[� seriam passfveis de- correção no cu.rto prazo). Os ,.J)
1
esti:utur21istas tendiam a achai que os custos soc:ais da inflação (pelo menos nos níveis então C· )
observados) eram inferiores ao de políticas · ar.tiinflacionfrias de efeito recessivo. ,�) )
:,__, )
Os governos após o g9lpe mifüar de 1964, especialmente o primeiro deles, entre 1964 )
.,
(...)
• '
e 1967, q:aando Roberto Campos foiMinistro do Planejamento, trouxeram uma oportunidace .,. ·, )
',',J
. -' ,-) .
c:e aplicação do receitüário monetarista.
. De fato, as reformas 'rjos anos subseqüentes (no 1)
., �.....✓
,..
âe fmanciam.e;:;to de déiicits. Houv.e ainda, nesse período, um considerável arrocho salarial, (v '
�..)
)
façilitado pela repressão imposta pelo regime militar aos sindicatos e moviment�s
.,,. ', )
('-' :
reivindicatórios;· isso também favoreceu i. queda da inflação, malgrado o efeito �ocialmcnte -, ")
1:,..1
pe,verso. r, ) )
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i. - ! )
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... .. _ ,
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(
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...... . INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 . , .,.1 ,'.: '
, . .. .'·..·,•-·. Página 79 de 164
. .. ·...
,, ,,
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4
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. { As poiíticas seguidas nesse perío:!o tiveram, er::_ conjunto, �11 efeito a-;::ir.flacio::drio
,, irr.po:tante: med:da·pelo rlefiator implícito do:PlB, a inflação' a:-:iual caiu ·C:e 89,5%, en J 964, .
(
r para !9,4%, em 1971. Houve, per outro lado, certa retração do crescimen'.o econômico,
. . . .. .,. ,· . . �. �-
embora de pequeno alcance e duração: observou se 0 uma redução de cerca de 0,5¾ no ., �13 per
' l I , '
, , • '•,I\ { _'. i\,, ,'•
', ,
( cm- 1968-1974 - período em .que . o .'cresc�ent� do PIB pe; ·capita• at�giu taxas
.
( excepcionalmente altas {um ·a=ento m édio anu�l de 7,8%, �esses seis ancs).2
(
: ( •,
si.:bstancial nas taxas de amcJto dos preços, sem efeitos recessivos importa:ites - :efo�çar2m
;(:, a idéia de que as causas da inflação, e as políticas para combatê-la, era..-n basfoamente··às
' apontadas pelos "monetuistas".
_; e
!
. --·----
lc' . 3. Os anos scter:�a e oitenta ..
··•· :·
.· '
.e Nos prioeiros aoos da década. de 1970, os índices de preços voltaram a·.subir· (v. a
lc
,( . . Tabela 1), o que foi de _início atribuído, em particular na ótica governamental, �sse::icialmente'
.. . . . . .. ·:•• ·. . '
'
'
. .
'
!f ... .
\. aos efeitos ào "choque do petróleo", de 1973 - a súbita .e viGle:ita..eleva;:ão nos preços desse
.. . . . '
,(" \
produto, decidida caqi.:ele ano pela OPEP (Organização dos P��ses Export2dores d_ e Petróleo),
ic , que causou aumentos generalizados ·ae custos e e.e .preços; com r_epercussões· em toda a
,( . .
! �·
'
· '
ou em: BA."1CO CENTRAL DO.BRASIL, Bo!Otim. '" ' . .. ' ,' ·· ' · ·.
r 3
Em":iora o fü:z.ncia:i:ento de.•ééficits p1blicos te fizesse :ião J)Cr sin:pies cinissão óé!TiO:�ico:no em. perícdos
/' a..'lteriores, mas pela veada de tít1Jlos ptblicos. �o setor privado, argU...'tlenta-:se �uc o aucec�c ·r.c estoque dcsse.s
("
..
� ', · ,
títulos eo poder do púb!i� ti.nba, :iessa fase� 'efe:to il)Dacioniric. A razio· disso i que os i:�os e crescentes
r- ,,.
.., )·
,.._,,,,
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 80 de 164
'·-, _)
5 :) )
j -)
antes observados, superando· os 100% ao ano,
�.)
-creç:cs atir.giram, r.esses anos, patamares mÍnca
. )
...)
no inicie da década de citenta, e os·200% ao ano, em 1984-85.
. ·.. � . ,· )
)
·Algi.:mas· caractedsticas do :agravamento ·.da· inflação,· a ·partir- àe .1979, sugeriram a . _/
),
_
ace!eração iLfkcicnfuaise desst;o _mesmo tempo em ·que ocorria . .uma forte contração da · ,✓ )
· a1Í;,id2.de,econô:nic'a/associada•a:.pclítica:srecessivas então'ado.tadas:.Efetivame te.;• o
� ·. � . J. iIB·:pei::·, ,: :·.: .,:,) )
.'.!,_
;• capita.i:eduzhrasc·emir,ais. .de.·12%;:entre,198.0' eól9:83-· o:niaior,recuo· .registrado no·Pafa'.em:: ::·.. . ·., •-:' -�
qi,tlqt:.e�:_ époc�·, ;:,..:.;/se�do•:pte�iso':es_ i:rerar-:até' .. 1:9 s·s-:para: que·:o· p.r.odúto::per,·capita·: sup.erasse. ::,, :'.:: :· '·-;'., '· )
. .. ,,
(cÍil 1 %)'<>' do ir:ício· :fa década:' .ti: ir.ffaçãci parecia imu.,e· a reduções na-renda· e -mi' demanda;· )'
nã� e:a fácil co:iciliar esse quadro com as explicações tradicionais do pro8esso faflacionário.
)
Ganhou·terreno,' nesse·contexto;. o argumento de.que. a inf!aç�o· do.período.ti.nha um.:·. ·....; )
',._...·, . !)
cor.iponente de certa: forma ,estrutcral,' mas de natureza . inteiramente· diferente da antes ·
..,
,1
'. ,.
defendiéa pelos "est:uturalistas". Esse com::,onente era �,inércia inflac_ionária, que faria com ,_,
···• ·-··-·· --· . ~ )
que o nível de ir.fiação obse;vado num. período tendesse a repetir-se nos .pe1iodos seguintes, ....../ ).
.,
}� ··--:
mesino na ausêicia
: de outros elementos determinant�s de eievação de preços. 4 · )
r...J. ,.
...... 1
A i.nflaçrro passada se reproduziria, em primeiro lugar, em decorrência dos ).
,_,
mecanismos forrr,ais de correção :m�rietána, A partir da legalização õa correção de valores 1••j
)
nominais pela inflação, nas reformas de 1964/65, difüudiram-se numerosas regras formais : ..i )
. •..:, 1
(leis, contratos, acordos· sindicais, etc:) determinando a correção periódica e automática do
•.·-'.. , '
valor i::ominal de salários; aluguéis, prestações, etc., pela ·aplicação de algum índfoe de )
,·.....I
:in:l.ação, com o objetivo 'de manter· constante· o vaior real das importâncias recebidas. A , :) )
· .indexação à i...;naçé:o imaginada iniciiilinente como u.-na fom:ia de viab:lizar. a existência de t,.. ),
1
apiicações e· financimentos no médio - � longo prazo (como no caso de t(tulos público� e do (:-.._./
,.... ..
)
sistema finiinceir� de habitação), passou a ser uma prática generalizada. Como a correção
'• .._I
J:
monetária é feita, necessariamente, a•pârtir de um i..-i.dicador da•infiaçz.o· passada, este tende:á ,,
:)
... .. ,
', )'
j
·--..
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·(•..;
' ' )'
·;"'.....
índices de ú:::fltç:lo provocava."11 fuga da moeda (por mo:ivos óbvios: ninguém querei":a manter part::: de Sua (:_-;� )
. riqueza so? a fcrna de n9tas ou depósiros> arivos s._ue se de.svalorizavarn z.celeradam:::r:te); cessas Ci:cup.stã.i,cias, 1_:�) )
os títu1os governatieot2is (com gran.d·e ·liquidtz/e re�dendo ju:os e correção r-1ol1etária) crarn uma Ooa forma
al�eroativa de rnanw::::.nçio dt :::nc2.lxes líquidos, por parte de empresas o:J de indivíduos. Ocorr::!u, assim um 1
�·...
processo de •<subsjru:ção m•one-tária": papéis do governo assumiam; cm pai-e:::, funções de moeda. Kesse caso a (.�)
)
1
c>:pao.são ;ia ci:cclação dess�s papéis estimulada .aumen!os de demanéa, pressionmdo os preços.
4
U:n Ccs pri:n�i;os a1.:tcrcs a ex;:o, esse argum.enco fo: Mário He:1dque Simonsen; v. SllvfONSE� 0970). ).
(·
)
···�•.:.:.'· :·, ' · ·'.·.'· :, .· : ,.:·.. .. ·. .: .·:·\·1;·. ,. : ,· ).
.. , . _ ... _ , . ;;
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·. -.. �·._:... ·�·•: .:,: :.:..;: . )
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a i,r:)uenciar a i.:J.flação futura. Por exemplo: se o sa'.ário nominal deste r.:iês for o sa;ãrio
(, . ,. '\ .nominal. do mês passado, :corrigido pela .inflação êo .. nês passado, e a r:1esma. regra fo: ·,
• .
aplicada a .todos os preços, isso.farâ co:n que a inflaçã'.o éo
' .
mês passado
i '
se repita-no
. . .
mês
. a'.l:a:,
('
: ainda . que não·
.
haja qualquer outro fator de,aumeoto de. preços:.Qua.,io·mais,genei?Jt;aca .ª
' . •• • • ... i._ i:-,:::· .... �·.'.·\,".'• :,·
preços nominais (ou suas demandas relativas à .correção desses preços, como no caso dos
:( - ' . . . .
(
assalariados) a partir da inflação passada, ai.,da que não haja qu�!quer ;egra escrit2. l1_,espein>;
:( também• assim haverá um mecanismo de inércia inflacionária.• Poce · esfabelccer-se uma
( "cultura infla::ionária": todos supõem que os preços sí!o secipre reajustados :;:eriodicm1ente, e
,e' agem cm função dessa crença, procuracdo tan:bém· reajustar periodicamente� s_e. �s pr9prios
... �. . .. . .
preços, no ir:tuito de evitar perd2s reais. Q•.ianto mais arraigada essa cult.lfa, _mais__ forte o
{
efeito inercial.
(
í
e 4.OPlano Cruzado
preços para cima, num certo percentual, esse nive) de inflação se;ia 02:.tido, nos perio::os
( subsequentes, por causa da iné:'Cia; e a ocorrência de choques poste:-iores elevar.a os :ndices 2
( UI:'\ novo patamu. Segundo, o fato ée a escalada de patamares, em 1980 e 19S3, p2:eéia
(_
explicável po:- fenômenos ponhiais. Em 1979, além d.a alta de juros e do;; p:-e;:os do pe'.róleo,
(
introduziu-se, por lei, a co;.eção mone�"ia auto�·áti�a de. toêos �s salári��. a c�ca seis meses,
(
,-·' . enqu"1:to o período anteri;r d� ��gocia;ão p�a reajuste s2l�al e;â �e�,' a:.i.Ô. .E, no início de :3�
9"-bO
..
(
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 82 de 164
7 )
)
1983, o gcvcr:10 prór.1oveu. uma éesva!orização c?.mbi'al d-e 30%. Sob algumas l:ipóteses, ' )
· .,,. )
grande pa�te da elevação inflaci�nt.{ia:d�sses períodos- - para o.nível iie 100%, .e i::epois para
o dé 200%-p�derii s�r átribuída·a�sses dois fatores} O modelo inerciafparecia·ajcstar-se·· · ·-' >
,_; )
bem· aos fato s.obser.va.:io's.. __, ')
)
:?or oat,o lado; ;::ão é nada fáéa desenhar políticas :visando debelar•uma .inflação alta e. .. ......J )
predominanter.,ente. · ine:. cial. Enquanto os .,instrumentos de c. omoate ·a·. uma· .inflação .:de
,../ )
cie:manda são· aJD.p,iiente: conhecid6s·:(r�trição'monetária,:. disciplina.:fi:sc;.l;.:etc.);:_o. mesmo�:.' .. , ,) .
1
< . d a.1;:9rreçãci::mo.n�tária:.formak: :... . ,,.,,; )
· não: se pode: dizer:'.no.•;�2.so,ida• inffaçãci:,;inerciaL.A! . elimin.ação.
. -
.
pode:ser'feita,';;;:i3priS.�ipiq;:pel�r e�:oga9ão.de,léis;ollnormas;q_ue,a:autorizem.ou:.d. ete,rmµreqr::. , /. .::•,::>. )
0
.
?vias a indexação 'iuiomi�r é 'di:feré�te/exting-J.i: la envolve alterar o' co�portat.::ento dos.::. ·.. ' ) ' >
;.)
age;tes econômicos, abolindo prátic1 .. que ·eram, na. época, a.,a;gadas na. conduta da
generaiic:ade dos agentes econô�icos, por longos·-anos. ,As políticas antiinflacionárias usuais
pareciam i.'lac:eq_i:adaspàra•promover �ssamuáança.cfo que era, de fato, .um padrão cultural... ,· ·
' ,'
A solução então imaginada foi a do chamado ·"choq;ie heterodoxo", que tinha quatro ..
....
, ·
·,,
\........
ingredientes principais: ..
)
a) eliminação da indexaçiio fo�al;
)
j ••.:
} )
dos mecatismos de indexação. A idéi . é. que, se tenho reajustes semestr�is em meu salário,
�. '·:-'
i
'
)
então cousigo recom:;ior;_ a cada seis ni�s�, o valor real do sal2.rio que vigorava _seis meses , .. )
·.
antes; nrns, entre os réaj_ustes, meu salário real vai sendo corroído pela inflação. O valor ' . .I )
' )
� de meu salário real, �o semesti'e; vai ser a média do salário real que recebi em cada um '.·-·
dos seis meses. 6 �e, d�' hoje em diante; ·a inflação for eliminada, a renda real· que vinha
;.,) )
. ••.,, -)
recebendo será mantida/e não terei, em princípio, motivo para reivindicar novos reajustes; t· :�'
·,
)
- l.
.. . )
· · ··::
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8
(
( d) congelan:ento dos preçcs por cer.o penedo. A medida objetivava ,omp:r a prái:ca
( ··• .,, <ie ,reajustes periód:cos nos preços nominais, partindo do pressuposto de que tal prâ!-. ica .estava
. ,
(_ muito associada a ur:, comporta□ento defensivo: se eu não reajustar me:.is preços,.e to<ips os
que m e vendem insumos o fizerem, ficarei
. .
par� trás na ;�rrida inflacioná.ria e te;ei p;ejuízos.
�e\ medida em que todos estiverem proibidos de .reajustar :preços; aquele comp��arit�to ·se·
(
e tornaria d�snec�ssâ
. rio,:e se dqria um firri à cultura inflacionária ..
e
( Os resultados do Plano Cruzado foram.efetivos, nas efêmeros: med:da pe:o IGP-·
. .
( DI, por exemplo, a inflação mensal manteve-se .2baixo de, 2% , C:urar::e sete �eses (até
(
outubro de 198ó). Kíve.J mo baixo só fora atwgido •em a!gt:ns meses isolaC:os, :los dez anru
( #., •
anteriores. Depois· de outubro, contudo, a inflação retomou co:n vigor ::-édobra:!o, ·superan::o,
(
( no pri□eiro sen:estre de 1987, a ma-ca.ité então .inédita de 2Q½ ao mês.
.(
( Concorca-se hoje. ' que a cuipa por esse fracasso recai pri::icipa!mente no•·1�--f�to de-aue,
(
. . ... . . ,. ..
por virias razões, o Plano touxe consigo um verdadeiro choque cie demanda. Em primeiro
(
lugar, movido principalmente pelo tco1or de que o reajusie· ·cie salários p:la mé::iia:,encootrasse
e '·
fume resistência por parte dos assa!ariad?s, o governo deddiu·'promov�r um aumento ge�al de
(
'( 8% Dos salá1"fos, quando ce ·sua conversão em crl!zad�.. :flou:v:e.�bém .a cí�ci�ão pol:tica de
( favorecer os aue
. ganham salário mínimo, pela elevação deste é;:n 16%. Esses ciois .faeo:es não
!(
poderiam deixar de causar uma forte expansão de demanda, pÓis se tratava êc aumentos reais,
.
(
dada a queda na inflação. Aiém disso -. o·que �ão. foí
bem·peiceb:d� na é;,cca,' □as :i:o'.l
.• claro depois - a redução súbita da ÍJ?.flação prÔvocaria uniã substancial :eciistr.ouição ce
:<, ren<:a em favor das camadas de renda_ mais baixa áa pop�lação, trazendo �bérr., cm
e
conseqüência,expansão .na demanda por, bens de consun:o, especi2lmente os ch2.0ados bens
, · , !
'(
. .
(, de salário. É que o imposto inflacion�rio, ou seja, a parcela do Pl3 de que o ,governo se
(
apropria, quando ·emite moeda,
. recai, ·como um ônus, basicamente soke q:.1em é . obf.gado a
:· · . . . .
reter moeda, apesar de sua desvalorizaç!o acelerada. 'E esses são prin�ipa:::nente os mais
(
(, pobres, que, por não tere:n acesso a aplicações financeiras, não tê;n alternativa senão ir.ar.ter
( . medeia eDtre o :ecebimento to· salário e a
sua ·r:nda sob forma de dinheiro, DO período oue
. .
(
.
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 84 de 164
)
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. . � :. ·. . .. . ·. ,.,.:
Mesmo com pressões de demanda, o retomo d?- alta L.,flaç[o po_deria t.;lvcz ter sido )
,_.
evitac:o,· por meio. de políticas: ccrr1pénsatórias. Um. aumento de importações; por exemplo, ··-
)
}
. . bens; . ou uni.a política
e�panéindo a oferta.interna.de . rr..onetárla.i:estritiva: Mas não s,eria viável. ._.. '
)
uci aumento.sign:ficátivo de importações, na época, com e>:portações em queda e. •grandes_ •.. .1
)
•.�1 '
dlf:culdocdes na obten;:ão de finaricra,.-nento externó, após a niorntória mexicana de 1982; . e a )
..
)
política �onetáriz. seguida no periodo · foi frouxa,· em parte por divergências quanto.. à sua.
. . .. . _)
)
Nos zr.os que se seguiram · ao Plario Cruzado, diversos outros planos antiinflacionários )
'>
·, .;
foram postos em prática - os chamados Pla.,os "Bresser" (1987), "Verão" (1989), "Collor" '
(19 90), e "Collor-II" (l 99i) -,- · com efeitos · cada vez menos.:duradouros; ;a· inflação voltava, ,. . )
repetidame:ite, a nfvci� p�óxhn s 9u superiores a 20% ao rnêi. 7 Nos 90. meses en;e janeiro d.e
<?
'>
·,...J )
J 987 e ju..-iliÓ de 1994, o JPCA �ste've entre 10% e 30% por 59 meses, e superou 30% em \•--•'
outros 23 meses. O pi:o histónco,ocorreu.em março de 1990,. qua.,do o índice atingiu 82%. .,_)
, _ ,. r ··
Esses planos foram 'il.ü!a mistura variada de ações de contenção de demanda com )
teriativas de· desindexa·;:i!'.o da economia. Mais do que tudo, talvez, podem ser vistos como )
•-- ✓
uma medita do desejo da população pela estabilização de preços, pois esta suportou )
,)
pacientemente interven_ções, por vezes violentas, nas relações econômicas; envolvendo
)
quebra ·de contratos priYados, mudanças'·brusca.s de preços relativos, etc., o.1lminando . com o :)
• 1
.,..,)
1 )
)
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6: O P:ano Real
)
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)
· O Plano Real, implantado em julho de 1994, tem elementos em comum com o Plano !')
•,;-""'
Cruzado, r:n,as diferiu deste em peio menos dois aspectos importantes. Pr',meiro, não se partiu
··, . ·,J ).
)
'
da idéia de que a inflação fosse essencialmente inercial. O fracasso do Plano Crúzado havia .,_...
.�,. -)
cor.cvenci::io a maioria . . de que uma polítfca antiiofiacionma, para ser bém-
dos ecénomistas
' !
. . ).
sucedida, ceveria atacar em ·•,;árias frente�, envolvendo tanto medidas tradicionais de. controle )
. '
.
,· ../
)
1
O 'Plm:o Bresser baixou a ir.fação meosal vara rr.enos de 10% durante três meses, o Plane Verão, por deis
)
peses, e Plano Col:c�, por u..11 n:.és, e o Pla.10 ·collor-11, por éois meses. (Inilaç�o meêida peio IPCA). . ,. Jf./' �
�
<-JG�, . ·\ )
� }
)
.�·.··· �:_.·, ,r;- .
" .�,. )
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e INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 85 de 164
(
(
( 10
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( mone:ário e discl;ilina fiscai, visando m2nter soo conlTOle a dema:ida agr egada, quanto açces
e · vol:adas à'eliminação de fa ores de i..ri.ércfa inflacioaáriiC'.
t
é
(
( -A segunda diferença refere-se às condições:sob.2.S·quais o plano foi apEp;,do \;io sue
(, tocá aos pagamentos extemos.·Ao. contrário·do que. ocorrer� rios· anos oitenta,-;� ·si· �i:ção do
e,
+
•• ' .
balanço de pagamento_s .b:asi[eiro era .bastante con:f,ortável, ern me2.dos da década 'cie noventa,
s principalmente em decorrência do ·expressivo· fluxo de· capitais que· bus�ou aplicaçã o' cm
(. . economias emergentes, inclusive o Brasil, a partir do� primeiros anos da década. Um sina!
(.·
! (, disso . é que .a .media. do saldo positivo da Conta Finar:.ceirá, . no balanço de p2gamentos
(. bra sileiro, passou de US$ 1,8 para US.S 9,6 bilhões, entre 1989_";'1991 e 1992-19.94. Esse fato
( p ossibilitou a utilizaçê:o da chamada "?-11cora cambial", ou seja, a manutenção d.e uma taxa àe
.(
câmbio relativamente fixa, facilitando·importações e · propiciando ·um .aumento da oferta
(
interna de bens. Entre julho de 1994 e o final de 1998, a cotação do dólar variou de RS 0, 85 a
(
e RS 1,20, aproximadamente.' )..:.
(
,(" A implantação do plano foi.precedida de duas . ordens de ações. A pr:meira; posta em
. . . . .
( • prática a partir de 1993, objetivava me_lhorar. a situação ps_cal,iio:goyemo, dentro cio p::op ósito
(
de evitar que ·défi�its o�çamentários pressionassem a oferta d�_ moeda e ·pcrta:nto�·-c!-emantla.
(
Uma dessas medidas foi a desvinculação parcial cie receitas governamentais: a Constituição
,;(. . . . �
"
b) criação·de ,1ina unidade. de conta, a URV (Unidade Real de Valor), equivalente a )
·:.-"
ce:ca ée l,"S$ 1, e que teria seu·v�lór eni moeda nacional atualizado a cada dia, p�:-.um índice ·
)
cal:t:lado corr.o uma média. dos principais' índices de inflação. A URV era uma espécie de
)
pré-;noeê.a; :;;ois ser!a; ap.ós wri:. p eríodo. de transição, traosfornrada.na nova unidade monetária, . .)
___
)
',
�.J
o rea�;
:) ·conversão dos salfu-ios e�.URVs, pela média i:eal dos �uatro meses ar,teriores; .
\ .)
.,)
d) deterrr.inaçãode que nóv.os .c0ntra1o·s.fossem estabe!ec:dos em URVs, enquanto os. J
.. . . . . . . . . . .. . . )
vJgentes. :.evenam ser·.conve:r:ndos·. nessa· .un1dade;e:por aco,do :entre: a.s:-partes;rnté;. .o .. momer.to •. ; , :.· .. , _,.
• :. "\ •":.rrn·,,.c . . • i' ... � ... ., . oda,,.....d·; ·dA•b . •·
·••·-..· o . padrão...mOn. . ame.ro.:, .. .. ...: ···:,.. ) ·
'r' .,. . • r'· _..... ., . . ..
v:n. que e. VA.V �e-tran� f0.1.u<!oScs-.er;i;mov · et:xando,· v"�x1,,u vtauo
- )
' (r;;ssé mÕmciri:o; �•:coriversão s. eria::. compulsória;·· e;todos· os preços passariam: a .ser., expressos,:, .)_. )
'.....
em: URVs; ·transfonnadas ·ágoia em reais, a nova ·moeda). Nota-se· que.. o · objetivo . aqui-·é ·
' ..: )
esser::c:almente o mesmo que se procurou atingir com o congelamento: promover a passagem ) )
;.,,
;), 0
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...l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 ... - . .... ·:�-"' �- ··��·-··· Página 87 de 164
é
e
e 12
(
( grnn:fo superioridade do segur.clo m ecanismo reside na possibilidade de mir,imizar as pe�das
(;. com·?. convers20, ·e portanto maximizar a probabilidade._ de sua· aceitação, e ·d_o sucesso elo
plano. . A estabil!Zaçlio de preços pode ser vista, n esse contexto,i como
. um bem'..•oúolico,
.. .
que
� . exige alguma forma de intervenção governamental para ser "fornecido".
('
(
\· A implantação do·piano foi .tarnbêm.acom�anhada de·. uma p o lítica monetária:restritiva,
ç ·. buscmd o conter a esperada . expansão.de :demanda,· associada. à. drástica.redução do impbs!o
e :· inflacion2.rio.
!
e ..•
( .
O sucesso do Piano Real foi., evidente. -Nos sete _anos e me:o anteriores, desde o
' ( '.
e·'
fracasso do Plano ·cruzado (cu seja, do início de 1987 até jUP.ho d.e 1994), a média inensa: 3.a
·e ... í.oflação; medida pelo IPCA, fora de nada menos que 24;8
. %.. 'Nesses 90 meses, ap . enas urna
;(_ vez a inflação desceu abaixo de·5 % ao mês (4,9 %, em julho de 1987, após o Pl ario Bres ser);
:(
em 53 meses foi superior à20 %, e e�23 desses foi maior . do que 30 %. En-q:ontraste, :1.0
,(
;e per!odo desde o Plano Re al (de .agostc:> de 1994 a.dezembro: de .2005), a. méd:a mensal da
.. ' ·� :
·e inflação foi de 0,75 %, o que corresponde a uma infli9ão anüal o.e 9,4%. Como-vimos acL-na,
i '
'(- inflação crônica, mal que afligiu a economi?. brasileira por m.Íiis de meio séçu!o, parece
.e
•
(r
f
efetivam.ente debelada..
,. A que se deve esse sucesso? Não há um conseos� sobre isso. Para-muitos, a "ân:ora
'(.!
cambiai" (ou seja, a manutenção do dó_ lar numa .cotação baixa, favorecendo as imp ortaç ões)
( . .
terá sido o eleÍnento. cniciàl "ào plano. ,Essa posição ficou,. contudo, um tanto e�fraquecicia
(,
l ,-. quando a flutu2.ção do real, em janeiro de Í999, �limÍ!!ando a "âncora", e a desva!orização do
(.
. \ real que a isso se seguiu, trouxeram. 1.lfDª elevação de. preços, n sse _ano, muito inferior ao
t .
e
(
esperado. O próprio goven:.o previra, após
.. a t1utuação do' real, uma io.flação de 16%; em 19;)9,
.
:..{ (....
.
. (. >.
: ;
e houve quem falasse em 50%; mas o awnento
.. efe:ivame::ite observac.o
. :
n.o. IPCA foi de 8, 9% .
( Aparentemente, uma âncora cmbia! _não s_eria condiç�o necessári a da estabiíizáção de preços.
(
e, Um ponto i.."'Jlp o.rtante foi, possiv.elmente; =a mucança .de
.
atitude
; ..
do.s, consum;dores,
é ;
)
p,eços vuiam co.m ta! f;:eq1�ncia e . interisiàade que o cor:srmü:ior é impelido à passividade: é
,..) )
difici; ter. uma idéia· do que seja o fre o
ç ''nom:ài" de dgum artlgo, e o custo d� obter tal )
.<..;.,'
.
iaf�r:nação é muito al�o; n°i:ío vaie'�
pena fazer,-todos os dias, um pesquisa de preços, para, . ..... . )
decidir onde. cor.: prar :nais.•b�ató,;Em conseqüência, a. concorrência :baseada em - preços fica .. )
.
prej t:dicadà: Ao- con-:rário, ,.em: períodos-: em que "os aurnentos-:de. preço; são moderados/ o., ,,J
i
pa!ses desde o bício dos anos n_oventa, a chamada politica de" metas ·de "infli>:ção...As
;J
1
autoridades econômicas fixam um nível de inflação co::1siderado factívei, para o ano
!
_; . _l
subseqfümte, admitindo uma dada margem de variação; e adotam medidas tendentes a manter .) '! )
a ir.fiação dentro dessa meta. O principal instrumento usado para garantir a consecução desse ')
objetivo é a fixação da taxa básica de juros (a chamada taxa SELIC), pelo Conselho de ,,._) ; )
P9!:tica :Monetária (COPOM), formado pelo presidente e diretores do Banco Central. Essa
•:--· ')
.) i"f
taxa estabcJe,;e como que piso _para os juros cobrados nas diversas áreas do mercado
:J
ÚJn
'
fi.üanceiro; set:nível é decidido nas reuniões periódicas do COPOM, ao .longo ào ano. ,...J )
.. , )
A utilização · da taxa de juros coino forina de conter a inflação Úll'.l essencialmente o · ,, )
,,.:,.)
propósito de evitar uma expansão 'ex�essiva de demanda, que pressionaria os preços para cima. ' )
.._,' )
Um aun1en:o de juros desesÜmuÍâ· · compras a crédi:o e dificuita o finaI1cia'mento de ,._)
)
investi:nentos, ao mesmo tempo éih·qhe toma mai s atraentes as aplicações financeiras; assim,
)
cor:tribui de várias fonnas para u;;;� i'edução das íntenções de compras de bens e serviços; e )
�esse se;;,tid� fav�rece o contrde óü r�dução
. dos preços' Em tese, um bai:co central :. �ue adota )
. . ·-. ·. ,-
'··:i
p j
esse t:po de oiítica 'elevará os u�os quándo detecta: pressões inflacioná.>ias, e os re_duzirá à , . ..J
)
... ' )
medida q�� julgue que �ssas pressões não estão presentes. _:
)
)
.......-..... .. ··� . .. .. . )
)
)
\.
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e 14
C'
(
(
As decisões cio COPOM costurr, am suscitar crfücas; · especialr:1e:1te: da 'pai-te de
(
represent antes da indústria e do comé,cio, que naturalmente desej_a.,n expandi:- su_:irprnduçãc e
t,,,.,
v;ncias, o que. se .toma mais·dificil ·na presença:de juros. altos. "E· .os juros._brasiieiros
• •
·_;ão dos
• J '
. . . . ;·;. :••,•,.'
(__ m a is a!tos do rr.undo. Às ·vezes se ouve ·o argumento. de: ·que.séria·.preferiv�l: g_Ú:e;: �,e:fixasse
• ......, !.,••.}',. ••• •
t .uma met a de infiaç1'o mais . alta (a·meta para 2005," por._exemplo;;foi:u:m. aume:;itc Hie. 5, 1. %; ·
• • • • •
.
e medido pelo IPCA; a de. 2006, 4,5 %); ;isso permitiria.u.ina-reduçto·dos'juros, estimulando o
\
. .
:: <e
! e�-
; ,,...
sujeit?.s a Emitações. Por exemplo: o governo tem um .volume de gastos su1i"erior
capacidade de custeá-los com a receita de impostos (mesmo com ..o _.grande aumento da ·carga
.· .
t ributária, nos últimos anos). Com isso, precis a t�ma.r muito àinb:eii-Ó- ·em.presta:óo no mercado,
Ê sua:
!(
vendendo títulos da dívida pública - o que impulsiona os juros para cima. Outro:aspecto é
(:·: que boa parte (cerca de 40%) dos emprêsfa11os concedidos pelo sistema ba;;cário não sofre
!
,(
influência das decisões . do COPOM, por ·. se tratar. de operações com juros subsidiados,
+
• • ' • : •'
: ••' '•
i<·
( ,.• . ,,
destin adas ao setor agrícola, à habit a ção ou a muluários do BNDES; assim, os empréstimos
'•
( restantes terão que pagar juros mais altos, para que a política iJ:iojetá:-ia tenha um mesmo
;(.-··
1 nível de eficácia.
(
:e'.,
!(. .Alguns especialistas chamam ta.-nbé!l). afenção·_para o ,g.:au relativameó;e alto de
inadimplência, em certas linhas de financiamento, e para o fato de. güe nesses
. c2..Sos_ o credor
! ' ·
nem sempre pode se v2.ler do Judiciário; cujas decisões sã� fontas e às vezes fl!.vor2.veis a
',
t, quem não pôde pagar, em nome de critérios de justiça sociâl. Nesse sentido, os ju.os altos, no
i_.
Brasil, seriam em p2r1:e uma decorrência dessa insegurança ínstifocional: -a perspectiva de uoa
(
. inadimplência elevada faz subir o custo do� empréstimos, de tal forma que os oo;:s p ag�dores
.l . ··: ::: ....
pagam por si e t ambém pelos maus· pagadores. Cabe not a r,. quint ó.-a _ isso, que os juros de
' ''
•,
(,
e:
1
empréstimos onde o credor ter:i garantias sólida s são relativamente ba :xos; oi fmarJc1amentos
(
à compra áe a�tomóveis são un ex empl� salier:te. Nesse caso, o be:n fu:anci:,do pertence de -zg !
( .
( ,,. . ·)b�4
·'- · , _/
.,_! ),
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 90 de 164
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fato ao credor, até a li quidação final do em préstimo, e pode ser faciL.-nente retomado, se não -<
houver pagamento. ..,: ).
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::<.eferéncias:
BANCO CENTRP.L DO BRASIL.·Boletim. Disponível 00: ' )
http:/íw"\\'W.bcb.gov.b�/?PUBLICACOES_ )_
I?EADl·.TA. D�·sponfvel em: http :/iwv,·w.ioeadata.gov.br , )
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Técnico, 1989: . .! )
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José Roberto Novaes de Almeida
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Página 91 de 164
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., ·� ?r· Os Instrumentos de Controle -
Monetário dos Bancos Centrais
Economia Monetária
Uma Abordagem Brasileira
Visa.udo controlar a qtiantidade de moeda e a ta.xa de juros> os bancos cenlrais desen-
volveram uma série de instrumentos de controle monetário, entre eles:
1. reàescomo;
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
2. coJnpulsório;
3. open (operações no mercado ab�rto);
'I. persuasão 1r1oral;
5. operações canlbiais; e
6. variação dos depósitos do Tesouro entre bancos oficiais e privados.
O objetivo fundamental dos insn11memos de controle monetário é controlar a liquidez
da instituição e não sua solvência. Por liquidc1,. de uma instituição financeira entende-se
a capacidade que tem de atender os compromissos ele pagamentos no curto prazo, a tun
cus10 razoável. A solvência ele uma instituição. é medida pelas condições de honrar o valor ·i
presente de seus pagamentos foturos, descontados a uma tzxa um pouco mais alta que a
taxa disporúvel para os grandes inve.stidorcs·do mercado financeiro,já que wna instiruição
financeira prudente pabe que, na liquidação de seus haveres, terá sempre peida adicional
ca11sada pd� pressão dos credores.
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1-JiSIOl'iciline.nte, é o desconto, do banco central, de um título em poder de bancos
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560. 000 · ·/ · já por ele descontodo. i\fodernamente, é sinônimo de empréstimos <lo banco c<:nU(ll ti.OS
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ê . . ./ .· · banco$ comerciais para efeitos de controle monetádo.
1� •0.0000
\ - /._/ ·:,·�: Por tradh;ão, os baJlcos c,mprf_-;ra,n recur.�os aos seus m1Jtuários., descont.indo, do va.
f] Jor d e face d e 11nrn leira. o totol de juros e comissões. Essa letra pode ser apresentada pelo
f· \
; ·11 7.80000 banco ;'1.0 "h;rnco" central para um segundo desconto, daí o nome de redesconto, caso o
. 'r-
1
210000� - banco tenha necessidade de obter recursos com urgência. Nomtalm<·nte, a taxa de rClkS
1
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i40.00 0§=
·- �------! con1·0 efetiva é superior à taxa de juros de desconto.
70 000 -!------�--,- Por exemplo, s� um banco comercia) necessitar de 100 unidacks de moeda por um
Li1
. .. -.,:__
O, r-· , . --r , ano e se a. taxa efetiva de redesconto do banco central for 15%, o lJai1co deverá a.prcsc11tar
P:
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199� 1995 1996 1997 1Y98 1999 2000 2001 2007. 7.003 2004 2005 2006
ao banco cenn·al títulos para redesconto de mn ano de prazo no valor de face de J J 7 ,6S
rJ
e-,
1:ontc: Quadro 2.9.
figura 9.1 SordM de empréstimo$ do sütemafinanceiro ao setor privado (1994-2006). (já que � �� = 117,65, ou seja, o valor líquido rc<.çbido velo banco �omr.rcial do banco
,
t•..� ceuLral é 1 J 7,75-17,75 = 100, onde 17,65 são os juros cobrados pelo banco central). Se
'i .i�.
I
a Laxa de desconto bancário for de 10% a.a. , o banco já teria cobcado do mnrnMio como
r· juros provenientes de desconto mn lot;il d� 0,10 X 117,65 = ll,78� perdendo, ponamo,
As maiores vantar,cns e desvantagens dos pri.ntiµaj.s )ns1rnmentos de controle mo
r.i'.i: li quidaincnte, 17,75-11,78 = 5,97, que é 5% da taxa sobre o valor de face, desprezados
netário e.stão cspr.lhadas no Quadro 9.1. Cada um deles será apres�ntado nas próximas
seções deste capítulo. os arredondamentos.
:
f: Observe-se que o tírulo em poder do banco central é de responsabilidade do .mutuário
tl1
r;l
.
Quadro 9.1 Priocipais caracten'slicas dos. instrumentos de controle monetário.
Cri.-i�âo v,:nt�9tns Desvantagens
<lo banco comercial e do próprio ba.,co comt·rcial. É, assim, um tÍlulo de bab:ÕJ'isco.
O banco central manipula o redesconto por meio de variações t'm;
'!
tf.,: a) taxa de juros de redesconto;
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
de 70), comunlcava..m as taxas de juros das deficiências aos bancos por tartas confiden-
consideradas: ciais e não por normas pdblicas.
a) com o aumento da t;ixa de computsótio, alguns bancos podem apre- sentar pro• A experiência brasi1eira com o compulsório foi positiv-<1, uma vez que permitiu que as
c·
�, 1 b1em2s de liquidei.Pa( resulta, paradoxalmente, que o banco central, ao aumen· auto.-id:idc-.s monetárias controlas.,;em o sistema monetário no período <le 1945 até o final da
fi·r tar a taxa do compulsório, deve esperar um aumento de seu crédico no banco, .·· �': década de 70, quando as operações de mercado abeno eram ine.xistentcs ou incipientf'"��
i4:·, . .j.·
ff:, i·
1;, :,•
:,;; \-ia redt'SCOHIO, o que implica efeito oposto sobre a dirc�ão desejada da base.
. Alternativamente, o banco cent:RJ amncuta o cornpulsório, permitindo longo t ��
.-��· �,� Ainda em auos retentes, pa.r ticularm<:nte nos casos de crisc-.s financeiras;
sório tem sido uti1i �ado pela A.>vt como ins��m)e�\to básico de red�ção da c>:pansã �O·
_
o compuJ
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período de ajuste, de modo a evitar problcn1a.s dt;: liquidez bane/iria; .:;: .�� neláua, amando nao apenas .,;obre os <lepos1tos a VJsta,_
mas tàIObem sobre os cfopos1tos
b) o compulsório é \UJ\ jnstrnmento pesado, que não sen·e para calibração c:in'1r• ��- ';,l-,t;. a pra1.o e sobre a puupança.
l;f·,. �· ..��..:-
_;-;}t·-�I
�� Box9.2
gko. Não é um ins1rumento que permite atingir um banco especifico, mas slin
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iti•::'
a totalidade do sislcma, o que inibe sua udliz.ação pontual;
e) mesmo mudanças pequenas nas cax;is do compulsório podem ocasionar dificul·
dadt:'S para bancos com problemas de liquidez ou de crédito em regiõe-� especi·
�li ,g;;�: r-------------------'------------
A prática do compulsório no mundo e no Br-0.sil.
jf!;'
.:.� ��;1 •
ficas do país. Daí que. o iustnuncmo d<:vc ser u1i1i1.ado com c.1u1ela; .. ;;t�· �-- No contexto internacional, o National Bank Act de 18631 nos EUA, determinou
:t;::· · · · :.
:=t�il·
d) a mudançã de ca.xa do compulsório, se feita 3bruptamente, pode causar resul que 25% ·dos depósitos à vista e a praio <los bancos com�rciais fossem mantidos
�:.!• como encaixe, de modo a criar reselva de segurança dos bancos comcrd;:lis no banco
itst tados ime<lialOS desconhecidos, uma vez que, se. a variação total do multipli
:!f.i-:t"
-�j. $'-,·'! central.F.ra 1un encaixe obri gatório, mantido nó próprio banco, e Jlão um recolhi�
11-1,:J,•�, cador ·da base monetária é conhecida pre,iamente, a trajecórla de mudança do
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mento compulsório (na época não havia banco central nos E.UA).
JvJi�.;'·�
multiplicador não o é;
1N;•,
�f.\f: <..Q
e) taxas elevadas de comµuls6rio podem afec.a.r o crédito bancário, aumentando
excessivamente o spreml cnue t�..xas de juros ativas e passivas do banco, o que
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I�F : Os ingk�scs já haviam determinado, dcstle meados do século XVIII, Que os ban
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cos mantivessem 8% dos <lepôsitos à vista como encaixe obrigatório. A ,rndição in·
�rl'" _.s;...
inibe o crédito à economia; e
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I• ·,!! 11 S t;;«,;1nmiii Mor,cutl'i.i • NO\'.v.s de ;\!r..eida OS l1l«rum�r,1\'\:: de Ccn':!O!t Moott.irfo d!)$ �,i,;os Ctr.tni$ 119
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glcsa era um encaixe derivado de "entendime nto" entre o nanco da lngl(Herrz e os A m6dia dos saklos diá J ios ôa coma "rt:scrv;'!;S h:mcárias" deve ser, no míni
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demais bancos, não havendo, assim, urna. regra formal, rígida. O encaixe obligatório mo, igual ao valor do compulsório exigido, podendo, no entanto, ser infrrjor a 2%,
na Inglat<!rra pouco mudou. no século X1X e ãté meados <lo sêallo XX, em U'!rmos
1.11 desde que compensada por excessos no p<:dodo de cálculo (o período de cálculo é
i!
de taxas e sistemáticas. Não era, ponantó; um ins1 rume1HO de conrrole 1nonetúio, de uma semaua, com UJila seinana de ajuste, e dois dias de defasagem parn cum
·,:· :}i.
;·,•
mas de solvência baHcária. primCJ\IO). Os b;;mws s�o divididos por seu pmte (pequenos, médios e grandes)_.
No Brasil, somente em J 932, o encaixe obrigatório foi estipulado pelo Decreto ç(nn taxá de compulsório Clll 4gç;:, dos recmsos à visra ao final de 2003, pzra os
ns 2.1.499, de}!! de sete01bro, 1lO patamar de 10% dos depósitos à \1 is ta e 15% dos bancos grandes.
depósitos a pra1.o. Os dados estacísLicos <.Usponíveis da ép-oca não permitem preci•
L
As mullas pelas deficiências Cm compulsórios s;io pes2das. Ao final d� 2003
s;ir se o encaixe ol11jgatório de 1932 foi, efetivamente_. obetlccido pelos bancos to
.?.� 2. ���t� eram:
�}! i� �}:
merciais. 1\\ém dissot a supe1visão <los bancos era foica pelo l\•1inistério ela F�1.enda,
qne pouco ou nada i11spedonava na época. É p ossível, tambéIJ)_. que os bancos não
tivessem.maiores dificuldades de obedecer ao em::(1ixe obrigatório-dado o nível de
.:J,;{� t.Pi:
a) n�-ío-<:uinptimento <lo saldo mínimo dhtrio ou da média núnima: 30% a.a.
sobce a diferença cakulada; e
suas tax as básic�s. . �e qualquer manei.r;1, os recursos do encaixe obrig;sLório seriam -��:tt_
•q'-•�·•·
·;;ii:.'· b) sa]do d<: reserva bantária negativo: �S% a.a.
manridos. no próprio hanco e n5o dc:positados no Ranco do Brasil, o que fa.cilitava -:;..·l...�··f�
,:r,•·,-1 -.�-
�·�'<•
a ocorrê ncia de fnt.\�de§..
Somente e m 1945, com o advento da Sumo<:, o Decreto-lei n!l. 8.'-',9S, de :i� t\�).
12.2.1945_. delem1inou que o compulsório devia ser considerado como pane do -�JJ �1{ .2.2 -Deturpações do uso do compulsório
encaixe obrigatório dos bancos comerci ais, que ficava_> por esse disposit ivo, redu1.\
·iG�· ��t . .
·. :�·�J�:y··
do aos n)veis de compulsório. Estabel eceu, ain<la, que os bancos comerciais deviam O compulsóri é um instrumento de conrro]e monetário
? em que � art� �os depósitos
depositar> em espécie, o compulsório _. no Banco <.\o Brasil_. medida que refleti a a �=f!J ·�· if {:- à VJSta <leve ser ol1JCIO de congeJame o:o pel o banco, podendo ser mantido fisicamente nos
._i�� i;?.:::• • cofres do prôprio hanco ou depositado no banco central, caso o banco
�t :;\,
:.;t:. {;11'
desconfiança histórica das autoridades rnonetárjas em relação ao:::: bancos. O com c�ntral não tenha
��·•!.:
![ti,\
pulsório foi fixado, inicialmente, em apenas 1,5% do total de depósit os (lns1 rnção
da Sumoc n• 2, de 3.9.1 945).
·l}� ·confiança no baJ) O (que pctleria fingir es ar retendo
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� ::Yoi.-:. fazcr1do). Na medida em que os recursos sao realmcn1e retirados
os re
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cursos, 1na_s, na v�rdade:> n�� o
de circulaç.ao monetana,
�r1•
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
i' ( 1, 15, de 11 .4.1946), permitiu que S0% dos recolhimentos compulsórios fossern depósitos. Como é comum na história <lc benefícios a gn1pos de imcrcsse espe•
H ·1 par.os soh forma de cítulos federais, inclusive por intet nl�dio do exótico Bônus
k.
',\; .J· Hural, �mi lido pelo nn, para que os bancos que nã.o dispusessem de canefr a cte
eia}, começa-se com uma insltlui<;ão "acima de qualq,lC'r suspeita". Dep-ois qnc
o princípio é quebrado, a A.M não tem ;i r�wmcntos para im{?edir a. .q\lcda das
·· � ) :
zplka,;ões nmüs emnprisseJH o JH.Úlh no csl ip11Jado na regu1amencaç5.o oficial. Na
�â : :' re. o;tfiçõcs, como foi o caso das jscnçõts ao compuls6rjo rch·1 1 iv"'s aos depósitos
!y-·
�·c·
época, boa pane desses l.Ítulos C'Stava cotada abaixo do valor (e era cornprarla, (k Estados e as empwsas por eles contro!ad;is (cm 1962). Jâ em 1 969, a <·xci>
f: �.
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pelos bancos, na bolsa do Rio, então a mais importante do país), o que possibi. ção era estendida aos depôsitos dos nu,utdpios em bancos por c14! s concro!a 4
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li<ava benefído adicional pelos bancos, na meàida em qu.e rcgiswwam úS tíni!os
pelo valor nominal, p2xa efeitos de compulsório, e não pelo valor de mercado.
\� #!f,:, dos. Costumeira.mente, ne!;sas silllações, não hâ deba1c público sobre o assunto
frl
e o he1metismo das dt"dsõ1:s toma a discussão impossível. A regra shnples de
�jj . ; É daro que n <;ornpra de títulos públicos red11,. o recolhimento compulsório coinpulsé,rios como instrumento de controle monetário é não serem a<lmhid2!;
(Ri) que (; o rdew1n1e para o muhipHca.dor. O isnpacto final é interessante, no �xceções ao uso da u1.xa do compulsório. Se ho11\lct, não J1á como evitar que
1 entanto, pode•SC provar ;ilgchri<'.aincn1c que se a redução do coinpu!sôrio (()Ue outras exceções stjam criadas; e
reduz o multiplkador) for provo<::adn por igual aumento na base monetá ( ia, o
tr e) utilização do compulsório como instrumento de crédito seletivo. A Sistem,hka
tr
g: .
1
e-11
resultado final sobre. os meios de pagamento € nulo. Essa sistemática es1á em
pleno vigor; e
começou �,n 1965, quando o bonco central antou, decisivamenfe, cm crédito
rural, pcrnütin<lo que os bancos usnSSl'm parte do recolhimento <::ompu!sório em
;r, .
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e) ;i<loção de taxa preferencial para depósitos em regiÕC'.S me.nos desenvolvidas, empréstimos ao setor agrícola. O mecanismo durm1 até 1988) quando o Banco
Iniciou-se com a Jnsnução da Sumoc n� 225, de 18.5.1 962, (1llC Criou taxa pre. O:ntral perdeu as fl1nções de coordenação do crédito I'UJ'al.
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'}.;,,, forcocial de 14% para o compulsótio sobre os depósilos captados nas regiôf'.S
�*:·
!3� ;.
h.,,,..· ',
Norte e Nordeste do Ilrasil, pelos bancos com sedes nessas méSm"-s regiões,
comparativamente a 22% para o resto do pais. O objclivo era usar o compul
sório para diminuir os desigualdades regionais. Os bancos com sede fora do i®iii! �
•"· >'·• :,;,.:l'-. ..
OPEN (OPERAÇÕES DO MERCADO i\BERTO}
l�i:
.:�• �,;,:.
Norle-Nordeste, 1n2s com agências nessa região, em pouco témpo, conseY,Uiram ;.�� ��
Í''"'i
que os depósitos de suas agências nas regiõe..o; menos desenvolvidas também ti4 ?�: tf:· Consiste na compra ou venda de títulos pelo banco cenl rn) no mercado i:nonetár'io
��{ :�f.;:. com o o�jetivo de influenciar a. quantidade de moeda. e a ta.xa de juros. As opern.çõcs de.
vcssern compulsório mais baixo. Posteriom,ente, o hcncfkio foi estendido par2
t•;�
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
os depósitos de agências de bancos situados na área de atuaçHo da Sudene, o · ?d compra ou venda de:vcm str realizadas em títulos do Tesouro ou de emissão do próprio
<We implicou taxas mais baixas para alg-un!; municípios em Minas Gerais e no ! nc. nonnalmcotc, uma vez que existen, em grande volume e trarã.o bcnefidos, se for o
·y,......� ';..:'l/
.:.....
Espfr i10 Santo. Até hoje, sistemática se1ne}han1c é adotada no Brasil. .Z.'� i?�} c;iso, ao próprio Tesouro, que registrará aumento de liquidez. 1\s pa.la\Td.S mercado al>ed. o
O problema resulcantc da adoção de taxas preferendais de co,npulsó,fos é ·]
� Jr�: - na tradição do Federal Reserve, que criou o insn11mento em 1920 - são decorrentes <.lo
que diminui a eficiência dú compuJsório e sua predicabilidade; 10nm. a discus�o ..'?: t:t fato de serem apJicações ac(!ssíveis a quaisquer instituições ou pessoas físicas em oposi-
.t1 ��-.
.... "'-;,<,
de definição da região r.eugrâfü:a ou, ainda, da locolização da sede do banco ção às expressões mercados fechados ou mercados resnitos, nonna.lmente específicas de u m
uma questão infindável e complexa� já que não há parfünelro de. definição de /f f\·. grupo de instituições. O mercado abeno é acessível ao público em geral, via instilu)çõcs
11 regiõe.o; menos desenvolvidasº. Um clássico estudo cio Federal Restrve (1945),
sohre a. diferenciação das taxas do compufaório por regiões geográficas, que se
:.}: it.I:
.t{ l\f
financeiras credenciadas a operar no mercado.
Quando o banco ce,ural compra títulos públicos, aumenta a bac;e monetár ia e, cdn·
�[�
verificou, desde 1863, nos P.UA1 e,n que rnxas Uúeriores tlo compulsório foram :;·.._� :i� seque,ncmcnw, aumenta meios de pagamentos. Em pequenas operações, o multipHcador
estipuJadas parn depósitos sHw1dos em pequenas e médias cidades, comparati· -Q �\{ da base é suposto pem1anecer constauce. No caso de gr:i.ndc-s operãções, muda, 6 claro,
·�· ff mas a expcrifülcia sobre o assunto é redu1.ida. ·
4
vamente às laxas 1Hais clcvada.s para os depósitos nas grandes cidadf'..s, mostra a
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t:�, , ; .
dific:ulda<le em se demarear a região geogr-.üica. O refetido estudo ,nencioHa que O open (n� vcrdndc, é dessa maneira que é CO!'lh('ddo no Brasil - poucos aplicadores
a definição da localização dos depósitos, conforme o porte das ddad�s -grande,
il
�:� S�lf malll as t·xpressões mercado aberto ou open market) tem impoctantts vantagens em relt!
nH�d ia e pequena (em inglês, cimtral-reserve dty, reserve city and country cüy) -, 4
:?:: 1út ção aos demais instrumcnlos de controle monetário, a seguir descritas:
�}'�·�.
se bem ql)e sem maior import5ncia para fins de política monetátia, foi e é um;i
��; jt� das q1.1tSlÕCS mais difíceis para o Fed resolver) com discussóe.s interrnináveis. O a) volumes elevados: como os bancos pernumcccm sempre atentos à flucunçiio da
.J,..
fl''· mesmo aconteceria no Brasil, quanto à definição das áreas g�ográficas co,n di· laxa de juros e necessitam de recursos que possam ser conversíveis facilmente
�li{ reito a taxas de depósitos compulsórios mais baixas: a definição muda sempre e
I''ri1'-":h..
e sem perdas em JllOCda, estão sempre dispostos a comprnr ou vender títulos i
!,{§.
.o não hâ critério técnico que possa separar, com precisão econôm.ica, municípios fo<lerajs cm volume elevado, de modo que a base monetária po<le murlar rapi
t!.�i
mais ou menos desenvolvidos; ,:lll �¾ damente por valores significativos;
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il
.,1 ,1
d: r >. r+ b) muda. nça na ltsXa de juros: como os voh1mes cm operação são muito dcva<los>
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é possível, ao banco cen1ra1, aller�r rapida1ncnte a taxa de juros sem maiores
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Na época, o open era uma novid;ide, uma vez. qu e fora criado, quasr. que por
j,1:1iji, difict�dadcs, calibrandú-a ao nível que juliar adequado; acidcnie, nos EUA, conforme nurgess 0964 [1966}, p. 77), cm 1922, quando o
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r:) c o1nrok. da expansão monetária: aS inSLirnições atingidas s�o as que têm volu
mi:.� de recu rsos tais que podem aletar a polídc;1 do lianco. Se o banco ct·ntr.'.ll
Federal Reserve obsc.rvou qu e, se vendesse tSrulos públicos em uma determinada
praça. re<lm:ida a moeda Jll'io apenas n��sa praça, mas em todas, já que os mercados
dcsej� resuiugir a expansão monetária, por ex1.�mplo, simpJesmcnte vr.-wk Lítu financ�ifos eram como pt-rfoit os vasos conmnicautcs da mecânica hidráulica..
�,i:1·1
Jos. Os compradort'!s iniciais, is10 é, os primeiros compradores, serão os hancos
qu e 1êm t•xcesso de recursos (e que poderiam, poctanto, fazr.r empr(:scimos).
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Do tnesmo modo, os que con1pram esses úrnlos t�-lll sua tapacidadc de crédilo
ati11gida; �
d) hannonia de interesses diantr. da a1uaç�io do banco central: tanto o Tesouro
4 PEilSUASÍ\O MORAL
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� :,�' como o banco cc�ntral são contro)ados pela União e as operações são feitas com (.onsiste no com·enciinento, pelo banco ccnrn1l, da adoção de <lc1ermina<la polllil:a
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Í:·" ·: tírulos foderais. Não há, portanto, coJÚUtos enl!<'! a ação do banco central e o 1norn::tária voltada para o sislema bancáfio ou para o público) utilizanderse somente da cr�
emitcMe tle drulos. Por outro Indo, si:. o Banco Centr;"Jl comprasse, por exem tlibilidade do banco e d o interesse do sistema bancário. Ascbheim obscn•o u (1961 [1969]
; I�f plo, debêucures de emissão da empr�sa A, títulos do esta<lo n, ou tCHificados p. 108) que a cfic,ícia dessa persu asao ,nora! (... ] é influ enciada pelo poder de bari:anha
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·· �·· ·!:1. de depósitos <lo banco C, poder-sc-ja ale>�ar que estaria bcneficiawfo essas ins
'. · do banco cencralvi!i-à-vis as ''instiruiçó<:s1 Nesse contexto, os dirigentes do banc o i:e-wnil
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l)Luiçõcs, daudo-Ut1.�s re<.:\I r.sos, liquide·t e prestígio. Daí que a maior parte dos se reí1 ucm, quase sempre irúonna.lmentc, com os Uanqueiros e empresas que desejam in
bancos ceutr2is rcsningc suas ações no open aos tímlos federais, sendo a prin fh1enciar, e explicam o problc,na em questão, solicitando mudança de seu componamcnto
(.,. ..., cipal exceção o l\ank of EnyJand, que ttabalha com papéis privados. na direção pretendida.
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)\;út É irnponante obs�n•ar que os tírulos deveu\ ser pré-e.:-:iste1ues à açã o do banco central Talvez. a)g,n1S exemplos expliquem melhor a persuasão moral:
,10 merc2.do :?ibeno. Se -0 hanco central comprar títulos diretamente do Tesoum está ape
nas J\1:2.neiando-o diretamente. 1àis operações de dívida pública do banco central, como a) preocupado com o crédit o fácil, sem r,arar,tias dos deved ores, o presidente do
se diz no jar}�ão dos r.conomistas, representan1 moncti;:ação da dívida pública, já que o banco central sugere aos presidentes <los bancos come.rdais que sejam mais
hanco central emite moeda a o adquirir títulos. duros na análise do cadastro dos event u ais devedores;
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
::(/ : b) o banco central consi<lcra que um volume exagerado de crédito está sendo dis·
ti:I!·
É cl2ro que, se o banco cenLral <.:Oúlprar tJtulos existentes no mercado- nonnalmen·
1
-,; .i:t te chamado de mercado secundário) em opo!iição à primeira venda do Teso1.1ro, chain;1do ponibilizado para auton16veis. O diretor de polí1ica monecária do banco central
de mercado primário - o total dá dívida pública não se alte.ra. O que define. na prática, se reúne com os dir etores fin�mce-iros dos principais bancos e solicita \µn redire•
se o banco central t"'.Stá financiando o Tesouro com títulos pltb)icos é a variação do saldo ciomimento do crédito para outras a1 ividades qu.e não aniomóve-is. Reduzindo,
dos tíll1los ptfolicos federais cm seu poder: se aumentar, está finaJ1ciando liquidamcute diretamente, o crédito para automóvei.,;, sugere, por exemplo, que um au men,
to da taxa de j11ros para aummóveis seria uina hoa ideia. t como se fosse uma
l·;\�i;t�1 .(
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o Tesouro. . ;: .\ . 1r1y
-�·,}:�.� Na reàlidad�, o opcn é o principal insmnnento de controle monetário na maior pa\te .f? ação de um pai cxrremoso que visa corrigir a ação do filllo que engatinha; e
dos países com mercados financeiros orgaui1.ados. Os demais instmrnentos têJn cl�raJllen· _.\. �j}. e) µreo cupado com a complexidade e com o excesso de taxas e co1uissões bancá·
1
te papel se,cundário no dia-a-dia e silo mais usad<>s em t·dses financeiras ou para sinalizar -:.t rJ't' rias �obre o uso do cheque, o banco c�nn·al sugere, aos bancos, qu e seja cobrada
{� !tt uma t'mica taxn sobre o uso de cheques, de modo a possibilitar a fácil compa- .,1
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u,na m\1dãnça de política.
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ração (;1\tTe 3S inslituições financeiras.
13ox 9.3 O open no Brasil. ·�·�ti�{ É muito diffcil encomrar exemplos concretos , documentados, da persuasão moral, exata·
----------- )l ��( mente pelo caráter infonnaJ e "discreto" do instrume nto. Muitas veics, uma simples oonver,
·::,�'. f�: sa, em UJ)\a recepç�o infonnaJ entr e o pr�sidentc do banco ci:ntral e um banqueiro privado
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t·,w( As operações de me1C:ldo aberto poderkun ter começado CJU julho de 19'1Si no t
':" pode sugeri! novas_ poJíricas para o banco. Um dos poucos casos do<.-wncntados é de �crilo
� �11•,J.1
\'•.> 8ro.sil. quando Octávio Gouvêa de nulhõcs, então assessor do Ministro da Fa1.enda _
f-111,��.,..6,m\•1 Artur da Cosia, propôs, na segunda reunião do Conselho da Sumoc, que se deveria ;,�;\ 'jp'f por Joseph Aschhellll (1961 [1969]) e se refore• um dcpmmento no Congresso am encano
:;J �- de dirigentes <lo federal Reserve sugt'!rindo redução do crédito a alguns banqueiros priva
f.l�'�l congelar o e xcedente de moe:da no sistema monetário, vendendo-se títulos plfülicos
para 1xübir o excesso de rnoe<la cria<la, na época. por ,nn supcrávit no balanço de pa .iji ,� dos. A persuas �o moral tor_nou-se rar � no m �do atua), d� n�uit:15 instituições financeiras e
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:i.l� !lt{§. .poucos banqueuos., que seJa.m, tambem, os aaorustas
t�:\i)
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gamentos. A pr oposta foi <le'vidamente engavetada, sem Jl)aiores explicações nas atas ma;ont�nos de seus bancos.
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�K� �: A cap��idade de ��s u asão de um presidCJ)te de bane� ce ntraJ é tun?�cnta_l nã� só
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do Conselho.
z,f_;�; ifi:,�.snua a pobnca monetarH\, mas também para o bom fuuc onamc.oto da mstltu.lça
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efeito, em muitos países, a diretorfa <lo banco ("Cntral fundona como um co1egfado, de
modo qne o voto do presidente é <1penas um t·nue os dos scu.s cokgas. Esse é o caso do
Página 98 de 164
Bo?Jd of Govemors of the Federal Reserve Syslc11.1 nqs EUA e do Banco Central Europeu;
no primeiro caso, presidentes fortes, como Grccnspan, têm podido conduzir a política
Jüonetátia de sua preferência com forte apoio dC seus tonsd.hos. No segundo, ainda há
dúvida da importância do presidem.e (o sc,zundo prcsidtme foi eleito em 2003).
5 OPERAÇÕES C'.AlvIBIAIS
Quando o BC compra moeda esn·,mgeira e paga com rnocda J1adonal, fai uma ex•
pa.1lsfio equivalente da base monetária. Se o montante das op�rnçõc.s de d .mbio reaJiia<las
pelo Banco Centrnl é reduz.ido, não há maiore,S influências na taxa de c�mbio. Mas se for
significativo� podem ocorrer efeitos sobre a taxa de cân1bio. Na medida em que seu obje
i
tivo é a manutenção de uma taxa de tâmbio fxa, µo<lerá utilizar pouco o câmbio (isto é,
venda e compra de moeda. cslraugeirn) como jns1 n.unent◊ de controle monetádo.
No regime de taxa de câ,-nbio flutuante, o banco central, de modo ger;1l, não atua
no mercado de câmbio, na flutuação limpai. Na prática, o BC atua no mercado cambia)
sempre para ;\mcnjiar flull>açõcs excessivas causadas por falores sazonais, pOi crises, ou
por excessos de demanda, ou porque persegue, secretamente., uma raxa de c��rnbio ideal.
A flutuaç5o cambial "suja" é caractetística geral - a maior pare.e dos bancos centrais não
admite flutuações excessivas dos vaJores cxtt-rnos de suas moedas; da mesma foma, não
admite que esteja inu:rvindo e, muito menos, o alcance da intervenção.
Condui-se então que, para fins específicos de conttole da taxa monetá1ia, nos dois !.
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
regimes cambiais puros - fixo e flutuante- - o BC pouco atua no mercado cambial. A inter
venção dos bancos centrais é extrc,narncntc cnlcjaJ para a dcterrnin:ação da caxa de câmbio.
Se, após muitos anos de valorização da taxa de câmhjo, fina1Inentc ocorre uma deSfaJo·
rjzação natural, é pouco provável que um banco cenffa1 fique inalivo, se houver sinais de
que oun·a valorização está se aproximando. Vossivelmente, irá comp(ar cii.rnbio, de Jflo<lo
a reduzir as pressões de valorização <la moeda. É claro que um banco central pouco pode
fazer para determinar a taxa de câmbio no longo prazo, exceto promover condições ma
croeconômicas ideais para o crcs-cimcnto do país. As vezes, no entanto, um b:mco centraJ
compra moeda cstraH�!Cira para evitar a. valorização de sua própria moeda (China e Japão
em 2003 são exemplos clássicos) de modo a proteger novas exponações.
A maior parte dos países em desenvolvimento e'vita utilizar o cfünhio para conuolar
a base monetátia, dado os riscos naturais de especulação, acusaÇões contra a. diretoria do
BC de estar promovendo especulações etc.
6 VAfUAÇÃO DE DEPÓSITOS OFICIAIS ENTRE 13ANCOS OFICIAIS E
PRIVADOS
Os bancos çêm diferentes níveis de encaixes, de modo que a transferência de depó•
sitos entre eles pode alterar a capacidade d e expansão do sistema. É claro que o BC tem
conttole q4ase direto sobre· os bancos oficiais1 porém, a simples transferência de depósitos (f\J
� de bancos oficiais para bancos privados tem impactos monetários expansionistas..
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�� Quando acontecem as reuniõ�s.do Copom?
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( <l) Atualmente, as reuniões ordinárias do Copom 2contccem uma
vez por mês e ocupam dois dias. A primeira seção começa na tarde
· de terç.a-feirà, e a reunião é concluída nonnalmente no fim da tude
·do dia seguinte. .. . ......
(
� O cálendário. das reuniões ordinárias do-COpom de cada ano é
divulgado até o final de outubro do ano anterior. Para ver o calendário
.
.'das reuniões d o ano· em curso; acesse . . o enàere ço http://
www.bcb.ec,'v.brnCOP0MCALEND20'o5.
O Copom pode se reunir extraordinariamente, convocado pelo
l Presidente do Banco Central, em função de ,alterações inesperadas
.( _do cenário macroeconômico. Desde.a sua 'criação, qcorreram três
. ( 'reuniões ex:raordinárias; a última das quais ein· o•.ItUbro de 2002: ·-
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,.(',S::t,,,.QÜ�m· p-ar.ticipá das reÜniões do Copoiii?. :,: : .
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-·. • No primeiro dia, participam da réunião.do·copom seus membros
�() .
( ' .
· e os chefes de seis departamentos do Banco Central:
( • � Departamento Econômico (Depec),
. - • Departamento de Operações,das.Reservas ,Interr,acionais
(Depin),
( Departamento de Operações Bancárias ·e de Sistema de
Pagamentos (Deban),
Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab),
Gerência-Executiva de Relacionàmento com· Jnvestiêo:es
(Gerin); é · · · :· · . · .· . •
..
Departamento de Estudos e Pesquisas (�epep).. .
(
Participam também. do primeiro dia .de retiniãp_ o· assessor
( especial do Prê:sident�; três ·consultores io sécretãrlo-exeçu�ivo dà
.
Diretoria, além do assessor· de· imprensa do 'BanéÔ Centrai. A
participação no segundo dia de reunião é limitada aos membros do
Copom e àô chefe do Depep.
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O segundo dia de reunião inicia-se com a análise das projeções . 1
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A decisão final - a meta pa�a a taxa Selic e o viés, se houver - é
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 105 de 164
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( imediatamente anunciada à imprensa e divulgada pelo Sisteme de
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.( Informação do Banco Central.
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'l!l A taxa Selic, o instrumento prim2rio de:po!ítica monetária dç
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Copom, é a taxa de.juros média que-incide sobre os financiamentos
.. ( diários co:n prazo · de u·m dia útil- (overnight). lastreados por ·títulos
,( públicos registrados no Sistema Especial 'de Liquidação e de Custódia
.( '(Selic). O Copom estabelece a metà para a.taxa Selic,e cabe à mesa
de operações do mercado aberto do Banco Central manter a tzxa S<,lic
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diária próxi. ma à meta. .. :
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O que é o viés �e taxa de juros?
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{ ·O Copom pode estabelecer um viés de t8!(a de juros' (de �levação
.( ou de redução), prerrogativa qúe:,autoriza o-presidente do'Banco. ·
.
Central a alterar a meta para a ta,a Selic na dire�ãodo viés'a q·ualq'uer
( mo:nento entre as reuniões regulares do Copom. O viés é utilizado,
·( normalmente, quando alguma mudança significativa na conjuntura
. l econômica for esperada. ·
( ,..:-:t.. .
,,J_gç:•Quando as atas do Copom são divulgadas?
(
.
( ,:f As atas e:n português das reuniões do Copom são divu!gadas às
.e 8:30h da quinta-feira da semana posterior a cada reunil!o, publicadas
na página do Banco Central na internet e para a imprensa por meio
, ( da assessoria de imprensa.. A versão em inglês é divulgada com u�a
( pequena 'defasagem. A.ata fornece um resumo das discussões do
Copom, em conformidade com o coinpi:omisso de transparência do
regime de metas para a· inflaçã9;· para _acesso· a e!as,'eonsulte o
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endereço http://www.bcb.gov.br/?ATACOPOM.
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2003 200< 2005 2006
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Fc-ntc:! B1ncoCC'r.lnl do Brasil
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-( ·.Para acessa; o Relatório de Inflação.rr:ai; recente; �isiie: hnp:/
. ( /11·11·w.bcíi.tov.l,r/?REUNE Uma.discussão abrangente sobre o.leque
·( de inflação;sua constn,1ção pode ser encontrada no.R.elaiório de In:lação
de setembro de 1999, no endereço: http://www.lx:b.gov.b:ihtnli'rêlinf7?ot'J
e . .
! 999/09/ri l 99909c6p.pdf·
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e \1/2.:.> Cqmo a taxa Selíc tem evoluído?
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As decisões do Copofll acerca.da taxa dejuros desde·a criação do
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Comitê em 1996 podem ser enconiradas em http://www.bçb.gov.br/
'?CO POMJ UROS, atualizadas mensalmente. Essas infomiações estão "
reproduzidas no Ap,êndice. . • . .
· . O Gráfico 2 mostra o comportamento· da taxa
Selic desde julho
de 1996 até junho de 2005, com ·êJestaque para as altas _da taxa de
juros qu·e se seguiram às crises cambiais na Ásia e na 'Rússia·
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{ ( 1997 e 1998, respectivamente, e no período após a mudanç,i do regime
cambial no Brasil em janeiro de 1999.
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· Apêndice
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 117 de 164
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628 PARTE 10 MOEOA E PREÇOS NO LONGO PRAZO
I
{ para obter.as co:sas de que precisam. Pa:a· conseg-.iir sua refeição el':'I u:n restauran
te, pc: exemplo, você teria de oferecer ao.restr,uraleur algo de valor . imediato. Você
(
poderia se oferecer para lavar alguns pratos, limpar o ca:ro dele cu· dar-lhe a re(ei- :
e ta secreta do bolo de carne da sua família. Uma economia que-deP.enda_ elo esc�m
,( bo terá·cificuldades para.a:!ocar·e5cientemente,seus reccrsos .escassos.. Nüma:_eco
nomia desse• tipo,. dizsse que ·o· comérdo- requer. a dt<pfa-coincidência·de.,desej� -a
( ,.
improvável ·circ-,.mstância·em que.c!uas pessoas·tenham, cada uma,:'os b' eru ou ser-
( viços que a outra deseja. . ·
.
A existência· do ··dinheiro torr.a·o comércio mais .fácil. O·res!aurateur,não está
( preocupado em · saber se.você é-ci!paz de produzir um•bemou·serviço· de vdor para
ele. Ele Eca satisfeito,em·aceitar seu .dinheiro,,�abendo que outr2s,péssoas'facão 0·
( mesmo para ele, Essa·convenção permite que o · comércio seja· indireto. O resta11n,
( te11r ace:ta o seu cünhe:.ro e·o usa para pagar sua· chef; a chef utiliza o dinheiro para
,( pagar a creche. de seu•füho; a creche usa esse.dfrtheiro ?ara pagar. o salário da pro
fessora; e a pro:essora con�ata você, leitor, pz.ra apara: seu gramado. Ao flui r ce
pessoa· para pessoa na: economia, o cli:ihéiro facilita a produção e o comércio, per
( mitinào que cada pessoa se especialize naquilo que sai:>e fazer me:hor e etevanclo
e o padrão de vida de to4os. . . . .
( Neste capít-.tlo, começaremos a examfrtar. o .papel da noeda :.a econor:i:a.
. ·r Di.scutirem·os o que .é':a moeda, 25 diversas formas que assume, corno o sistema
bancário ajuda a criar·moeda e como o governo cont:ola a quantidade de moeda
,( em dm,:!ação. Pelo foto cle ser tão imoorta:1te na economia,.dedicarem'os·mu:to
e esforço no restante·dÔ·livro·para apre�der como as variações r. a quantidade de
moeca afetam diversas variáve:s.-eco;1ô:nicas; .incluindo in.fJação; taxas::de j.Úos,
'( produção e emprego. Coerentemente com r,osso· enfoque .no-longo prazo ncs três
e · capítulos anteriores;no· próximo capítulo examinaremos o s efeitos de longo.prazo
.(. das variaçõ� na qüântidáde'de m oéôa.: -Os:eíeítos"das variaç6es·.n'\onetária'S r,o
cu:-to prazo· são um assunto.mais complexo ,que .abordaremos· mais. aàia. .'1.te. Este
,_( capítulo fornece o pano de nindo para toda essa anãlise.
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1
O SIGNIFICADO DA MOEDA
_, O que é moeda? Esta pode parecer urna pergunta es:ranha. Q�1ando você lê cue o
;_( bilionário Bill Gates tem muito dinheiro, você sabe o que isso significa: ele é tãÕ rico
que pode comprar quase rudo o .gue deseja. Nesse sentido, o termo dinheiro é
.(
usado para significar riqueza.
... ( Os econowjstas, co nrudo, usam a ?a!avra inoeda com utn s:gnificado mais espe• .
:< moeda ci'.5co: Moeda é o conjunto de átivos·na eco:1om.ia que as pessoas usam regulannen·
te para comprar bens e: serviços de·.o.utias péssças. O dinheiro em s:ia cadeira é
,{ O CO!l�nlo Ge !tMlS da ·· .
moeda porq•.1e você- pode usá-lo para comprar t;rna refeição .:twn restauran!e ou
( econom:a que as ;>e5SCilS uma camisa hwna !oja de,.oupas ..l'or .outro Jado, se"você fosse.do::io· da :naio:,pa.ite
usam regularmer,te para da Microsoft Corporation,_ como é e caso de Bill Gates, você seria;ico, :nas esse ativo
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con:pm bens e sel\;ço, de não é considerado uma forma de moeda.Você não ooderia comprar U ."T\a refeição oc.
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outras pessoas unia camisa com esta riqueza sem antes obter alg.1m tipo de dínhe�o. De acordo
·e
com a definição dos ecónomistas, a :i:ioe,da inclui apenas aqceles poucos tipos de
riqueza 91e são regulari:n �nte aceitos por vendedores em trcca de cens e serviços.
. ,. .,
As Funcões
.. da Moeda
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A moe.ela tem·três funções na economia: é um meio de·troca; umà mricfr1de de col!ia
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e urna resero� de valor. Essas três funções juntas distinguem a noeda dos dema:s
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ECONOMIA -@?Wà'-t4Mi sr+½i• 'í'ffi"líJPW•&S\N•lti ·@5 5c-t• -,·S!f -ê'IPágina
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INTRODUÇÃO À UnB - 1º/2010
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CAPÍTULO 29 O SISTEMA MONIITARI�,.•. ,.! �-29; )_
ativos ó.2 e-concmia, cOmo ações, títulos, bens Ímóve�s, obras de are� e até iig-ü.rl- )· ·
nbas de beisebol. Vamos examinar cada utna dessas funções da moeda. t
·
Um meio de- r.Óca:,é. algo. qu�:.os":,cornpradpres-. dão . aos vendedores quando . meio de tro:a •
. >:.
compram bens e serviços. Qu,,ndo você. compra.uma .camisa - numa. loj a de.�oúpas, . ,. ,; a�o GUe cs.compr�ores dão. . ·: i..·
a loja ihe enh·ega:a · camis,,ie. vqcê,:entrega:.moeda: .à'.'19jà.:· Essa ·ctran�fer . ência de .: :· · ·. aos·· vendedor es q.,art;lo que-.
moeda· do comprador- par;,;'. o.vendedor-perrri it" e: que;a:, t,ansação: acorra.J� uan:do ·.:-,.-, .·: rem cornf)ra: beris_- -e: ser;íços:'..-'. ,_. Y.
entra nt,;;na loja, você está confiante·de que ela irá aceitar-s;.1amoeda em troca_ dos ·
y
. itens que estão à venda, porque a moe1a ·é 9 meio de tro�a comurt\ente aceito.
· · Uma unidade de conta é um· padrão:de- medída que as pessqas. usam . ,p,.ra un_idaée·de cont.3
y
..
anunc:ar. preços e registrai débitos,,Quando você :vai ràs'.compras, pode . observaí . ·o p,drzo de medida que as 1·
·
que uma·camisa ct;sta·$ 20 e um hambúrg-.ter, $ 2..·,Embora seja• correto:"qrzer:que o:. . pessoas usarrl'pa:a ·�nundaí
.
�a·e•:;o de uma'camisa· são .dez.hambúrgueres: e ·qu� o preço ·de. um:hamQúrgll!:!r.é
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1/10 do preço de· uma. camisa,· os,..preços:nunca são. cotados ;dessa. maneira. De
· preços.e· regislrarôébitos., )_
forrna sin-:.ila.r/ se·.você·tor:1'a u:::n· er.r'jréstimo ,corn um,ba.,co,: o· montante de suas 'y'
pn,staçõfs fo turas· será:med:do .· em:dólares;_.não:em: uma quantidaclede-bens:e. ser--- )
,iços. Quancio q;.ieremos'• �nedir-• e- registrar::valor· econômico, usamos. . a· moed�-.
corno unidade de con '. a. )
Uma _rese::va de valor é algo que as pessoas podem usar para.t,ansferir. poder · . . rese;va de valo. r
de compra do presente para o futuro. Quando um vendedo: aceíta·rnoeda ho je em···,. .·· algo que as pessoas pJdem
_)·,
troca de"um bem ou serviço, ele pode .ficar com a m · oedõ e ton�ar-se comprador de . · usar p,r< transbr poder dê
). ,
outro ::;ern ou serviço em·outro momento: .É.claro.que·a moeda não é a ún\ca r eser7 · .. cc,ll piê do present e crc o. . J.
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va ée vaior da. ecor.omia, já gue·· uma pessoa também pode transferfr poder de
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compra do p:esente para o futuro mantendo outros ativos. O termo riqueza,� us.2.do •
),
para fazer referência· ao'total de- reservas de,valor, incluindo. tanto?- -moeda quan- ,._..,
to os a:ivos não-monetários. ).
Os economistas usam-oterrno :liquidez para,descrever a faciliàáde.co_rn que um ,. ,. liquidez
. . .)
clivo pode ser convertido em n1eio de troca da eConom.ia:·Como a ·moedâ ·é o meio · ·. ·;·· ·a fadidade co�·Cjue um ativo
)-.
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<ie troca da economia, ela é· o mais líquido,-dos ativo_s disponíveis. A -iiquide'z -d
· os
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;oe DiMagg:-o de 1948 exige mais tempo e esforço; de modo que esses ativos são
menos líquidos.
Quando as -oessoas de�idem sob que forma manter sua riqueza, precisam levar
em �or.sideração a liquidez de cada: ativo ein. relação à sua:utilidade como reserva
de valor. A moeda é o·atvo mais liqltido, mas está longe de ser perfefüt co�o reser
va áe valor. Qua.rtcio os preços sobem, o valor da moeda cai. Em outras palavras, '. )·'
quar.cio os bens e setviços se tomam mais caros, cada dólar que você tem na car
teira pode co:pprar menos. Essa ligação entre· o .i:úvel de preços e o valor da moeda ,J
se.re·:eiará importante para enfen::ier como a moeda .afeta
. a economia.
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lípos de Moeda \)
Q·�ando a moeda assume a forma de uma mercadoria com valo: L-.mnseco, é cha .)
mada de moeda-merçad<?:ia. O termo__vaior intrínseco significa que o item teria moeda-mercadoria )
valor mes:no cu.e não fossei usado como móeàa . Um exemolo de moeda-mercado n:oeéa que toma a ícrma de ')
ria é o ouro. ci ouro tem valor intr.nseco porque é usado �a indústria e na fabrica
'··
urri-a mercadoiia c:om valor
ção de jó:as. Embora hoj� r,ão usem<?s rr.ais o_our? como moeda, historicamente ', )
intiriseco
�le é uma forma comum de moeda porque; é·relativamente fácil de q"ansportar, )
medir e avaliar pará éetectar irnpt,rezas. Quando uma economia usa :ouro como )
moeda _(cu usa papel-moeda que sej� · conversível em ot,;ro à vista), diz-se que
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 120 de 164
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CAPITULO :2.9 O SISTEMA MONETÁRIO 1631 . :..
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expectat:vas e conve_:,ções so,ciais,. quanto d� ,decreto governamental._ O governo
so-.f.ético éa década de SO j,,rnais abandonoü •o rubio ·como sua moeda oficial. Mas
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mcedfnhas de to•'so. no tC\mato r.nr:e:ctc, ·,�a . _
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· · éscúlpiú· â'· peôra erri g,�ndes· · órculcs, :O( ·são in:iunes àg çomércio no mer::zéo p'ar9• '.) i
resto é hist:iri. .. lei o, por úm !ado e represer, t am urn er ,o r- .. '
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mantida em sua carteira. Para medir o estàque de moed�, por�anto, você deve ·,;r,,.: J
(<1epósitos à \'ilia .. . incluir os . depósitos à vista. - os saldos em �or.ta corre:tte que os depositar-.t es :f{
. j
(.,21dos em co:ita corente aos pode:n acessar sê,.-nplesmente co:n ·a emissão de um cheque. -..�,. 1
,. ( ,uais os deoos tantes têm ·
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l.:ma vez que você cons!clera os de?6sitos à vista em conta corrente �:2:t:-º-
pa:te '/ /
, ces�·mEdia�i� a em:ss!io"': · . • •·''Cio - es o e
� qu 'p me. oedaivocê êl e vado a -corisiderâ r . a,grande-,. , . a :ie'da d ecie o.i: . � . �i:in, . .. • úi., .. j
...·. · ··· tas,'que ·as,pessoas·.mantêm em:·seus· b2.11cos•e ··oél1Ias,instituições;fi:la:n c:ei.,.a�::Os- ... ,:){-� :
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·.··.. ·· ' , · -·,.:. ,.:· de j:iêisltânte-$'riâbituálzhente··Iiãcrpodériretniti:,c�eques:sobré seus ,.c1�p-�sit<i''e!fl•,, ::, ,-�i��'
· ·· •· ..·: ·.. •··: ·corità.s-'de'pouj,ança;·mas :pb'dem ,trà.i-isf�:.facUm�r:ite . os•_sa:Jc!os·da: po .MP!\t;\ a par11 .
Ç , •,:-.,..· • ,�,:,.,
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· · · :·· :•··. ··,à conta 'éorrénte.'.Além•disso' ;ós depositantes de ftindo�.i:nü1'.1os·<i6mercad!),mon��a,� _::;;.tJ�..;
. '\' ... ,.., , . táiió'•podein;:fre'qüentemente::emitir'cheques'.-sobre:seus:çiepósit!>S:f.o;-t'!l'\lO, ess�s ,: ·,,·--�·;,;-::.1
· · : outras·cont�devenam:fazer .parte•.tio �stoq�e'de:moeda:i:los'-Estadós Unidos.,_ - . :. . _.:
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· · ··· -'Nu."l'la economia tão ·comple� qi.tanto·a nossa>não 'é-fácil esfabêtecer uma li9ha, _.: .. ·.:,._,._,':j
·sepuandO' os,ativos que podem•sec·dia:nados·de:\'moedá� dos-que .:\ão podem. As,
( moedas que ·temos -no 'bolso claramente:faz.em:P.arte· do, es:oque ,de moeda, e o . ::_. :·•/.
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( EdiKcio Empi:e S:ate clarámente. não faz pa..4:e, mas há muitos ativos entre esses · ,', :.
dois'extremos para os quais a si�.iação não é tão clara.Portanto, há diversas meài- .; · l.
( das par?, o estoque de moeda.A-Figu.ta i mosrra ·as". duas l'JlaiSimportantes,. Ml �- · ••:· '·
( M2. Caqa úma dessas medidas e_mp(e'ga um. •critétjo:·ligeü-a,mecüe diferente para ·• ·
.e distingt.:Jr·ativos monetários de não-m�netário�. r · . . .
, , ·,Para ·os'Propósitos deste !ivro,'não·precisamos ·nos deter n� d.iíerenças:en!:re as.
. . .. · _.
· ;; 1,
( . ' •·. :diversas meçliâas de motda.-Oim?o:tan te.é sá',e_r_que o estoque de m!)eqa da eco
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( . 'nomia americana.inclui não apenas a moeda, -corrente, mas lambém·ordep:5sitos .. ,.
, .•.,...
. efetúacos·ern: bar.cos "e· outras instituições :fi.r,anceicas que·.possarn ser._faéilnente
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·acessados·e. us2.dos p2.r2 comprar. bens .e.se::v:iços. ·
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 122 de 164
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· Duas Medidas.do �stoqu�:de ..
3ilt;õés de
. · ·,M�eda óa E<0ncmia,·Nort; •...
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Dô!ue�. :i. ···,
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Estudo ·de Caso ')
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ONDE ESTÁ A MOEDA CORRENTE?
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Um enigma sobre· o estoque âe moeda..da e�ono6i� americana refer�-se a:o•montan·
te de moeda corrente. Em·2001, havia cerca de$ 580 bilhões em moeda cor;erite. Para ,.))
colocar esse núme:'? em perspectiva, podemos dividir essa cifra por 2i2 milhões, o '· .::J,.
riúnern de a::!:,iJtos. (acitna de 16: anos de idade) nos Est2dos Unidos. E�e cálculo
implica que o •adulto rnantér:l con.sigo !'.erca de� 2.734 em moeda corrente, em média. ·,.}
A maioria da,ipessoas .se suipreende ao sal:i�r q� há tanta moeda corrént� em nossa
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ei:onomi.a, já que ·cméga muito menos do que essa quantia em suas ca..-teiras. •.. '·
Que;r, está com toda essa moeda corrente? NL'lgi.iém sabe ao' certo, mas há ' }
� ações plausívei�. . \ ·. :' :: � . ·
du as e,a;lic ". ' . · ·
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d�\;:i�tp�s�ft:ei: ·. ·,·._,· · · ·
.polida·poderia localizar suas atividades ilegais. Para os crirrúnosos, a ir.ceda cor-
re��': podes.e; 2 me!ti�r rêSei-..,� : }· .·: 1 )
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-i;��fa! ·
634 PARTE 10 MOEDA E PREÇOS NO LONGO PRAZO .:. ":�tt;t:;,��
)�: ;it··�
·-·�-t:�i. ;,
O SISTEMA DO FEDERAL RESERVE ·:1 }11·��) · i
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Se:npre que uma economia usa moeda de n:rso forçado, como é o caso da eco::ic- •. ·/2::.:. :Í
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( mia dos Estados Unidos, deve hr,ver t1m ó:gão responsável pela reg;.1la_ção.do:siste- }tfY.
\ Federal Rese!Ve (Fed) rna:Nos.Estados Unidos;•ésse órtão é o· F.e'deral Reserve; muitaswézes·thà..'Tlzdo ·-i.�t fj
o tanco·cm:ral dos Esu:ios simplesmente·de -Fed.Se você observar a parte súperior de -uma.nota .cie x:lól�::'-ve•á / ,'f_;';,;, .Í
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Ur.idos que ela ·.é denominada ;�Nota:do Federal, Reser.'lé�,(Fêderál ;Reser...-e -�'Bté) ..:<)i.Féci-é �;g½i\;
• um exemplo-de,banco·.centrah,,unia:ins,ti!uÍção.pla:nejada p2.ra,suFe:vislor.rar õ sis-: ·:.Jii:lt.-:: {
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ba�co centrai · . ·· ··.: tema.bancário··e regular·.aqumtidade de·,moeàa na•economia:0Ú7os·grarides-oan-.:�;�L-,. 1
· , uma instituição pl,mejada ·para . ,..; · ·-cos centràis :do,m'u..,do ·são: o,Banco daJ:Í,glaterra ·(Ban.lç,cif..jl:ngland),w •Ba:ico .do ..: ){;/J
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•supei'.;s'onu o siSleJ!la .Japão (Ba.'lk.of.Japan)·e o 'Banco•.CentTal Europeu -(European: Central:B2..'1k)... ··: . .' : ./.i?'i,, . f
' bancário e regular a ··
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;t•:.
quântióade óe mo.ed.l na A Organização clo Fed
· O Federal Reseive !o[ criado erri 1914, depois que m-:ia série de·queb:� c:e oanccs -
/:;.,:. 1�
economia
· ocorrida em 1907 convenceu o Congresso de que os Estados UrJcos precisavam de :_ '} :,...·_,:_·:·,, .�J:. '.
um banco central para garantir a saúde do sistema bancário da nação: Hoje, o Fecl :'\�! :. '?
é administrado por seu Conselho de Goverr.adóres (Board of ·Gover-.ors); que é · .... ,,h: • �
composto por sete memb�os .indicados pelo.presi�ente:e confirmacios ?elo·Senado. ·iE/:J
Os govemadores.·têm -mandatos .de 14- anos. Assim :ccn:o os.juízesJ'e:ieràis têrr. . ,:.,;.:,',;:;•:�
; ·, mandat9 vita!ício·�ara ficar i �ól �dos d� p�lítica;os·.g�ve:na�?res.do '.:'ed,têm man- .
· :· datas longos p a�-asses:-i ��-moepender.c1a dey:es.soes.po!incas c:e curt,o prazo ao .:f;';}/,!J
-��lJJJ
fo:mular a poüttca _ mone,ana. , , .. . .. .,}:1:. :·,-1
· Entre·ós· •sete. mer:i.bros do · Conselho de-Go,·emado:-es�o -ma;s i:ni,á:tante:é o ... ri:);i;.L i
( ·president:.O•p:esidente.:<?1ri&.eo,P.es��ai do Fe?,;pres.icle às asse� bléiâ_s:cio:cpn_sé- }Ç?{�,:�
.· , ..lho e depoe•regularmente·:sobre à·.pohti�a do Fed perante.corrussoes·do:Gongresso .. ,,.��:i;•f
.. 1
(
• . · O presidente dos-Estad�s· .U�dos r.omeia presidente _do _Fed .º· ú.,vp�nodo· de.-;;i:�\,�[.:�
p�::a
· quatro. ·anos:Q·c1ando :·este ,hvro, estava i;:,o,p�elo, ""..presidente :do .F.e.d :era .AJan it.j;!,�;1;
·:., ·• Greens�.anJ.nomeacio-o;figinaL.-nente·em 1967--pelo P:��idente :�eaga.-i. e pbs�erió:-. •W.l!•��\J.
mente renomeado pelos· pres:de�tes,'8u5h-e,Clinton .. • .. · · :. ''.':.'ii?,;,,,-
0 Sistema do FederafReserve se compoe do f.'ec.erál Reseive.Board) Conselho do · LI:. :�:J
.. ( Federal Reserve, em vVashington, D.e., e·de 12· banc·os regionais da reserva :ederáJ "i;:.;i:J
{:ederal Reserve BarL1<5}1ocalizado s nas p:'.rtci6ái!i cidades do país.Os pres:Centes ;�-;;i�:!ii;
.. dos bancos regionais são.estolhldos pelo ·conselbo 'ciiret�r de cada.ba.,co, c.i;os mem-
(
bros são no:n,.rumente sele.àonados ni coinunlda9-e bancá:'ia e empresariáJ regiona:. · ';::P:°!Í
.'.'f'.
ft.
r . . O Fed tem d-.ias tarefas relacionadas. A prirriei.r.t.é regular as atividades dos ban- ':':}!)/
. -� cos e garantir a saúde dõsistema bi!I'.cário. Essa tarefa é, basicamente, responsabili- . ,;.,:· is?
d2de dos 'c>ancos regionais da reserva federáJ.Mcis'.éspecificamente, o Fed mopjto:a ·,.,:,_;;:-!.
( as condições financeiras"de cada banco e-facilita as transai;ões.bahcirins :eallz.;ndo .... ,.jf
compensação de cheques.Atua também como bar1c6.dos bancos.0-.i seja, ô Fcd con- . -!: }f/
cede empréstimos quando os prõ_?;ios bancos p:ecisam.Qua.'1dO ba.,cos em dffictl- · •:<-:f_
cfades financeiras se vêerri . com pouco- '!1-\hciro em;c�a, o F�d. age c"'.mº. empreslt.- .. � 5
· dor de tíltima inst4ncia - :un emprestadó� pa!á: aqu�lés é[ue. não p�em e:r.p:_es�ar de ·,_,:_,l
mais ninguém-, a fim de-manter a estabiliâade·do sistema bancá.rio como um todo. : '·: :l\'..
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A ségunda e mais importante. tarefa dó �ed ,é �ontro!ár a q�antidade de moed2
', oíerta de m..oeda ciispon:11el·r.a economia.;•denoll'inada: oferta· c:e i:riçieélil.,As decisões dos formula-
'::'J
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· :.•?.
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' a quan:idade de moeda dores de políticas a respeito da oferta àe moeda .co::1stit- .iem a política monetária. ·,.;
disponível na economia . No Federal Reseive, a politica·monetárla é formulada pe'.a (?�deral Opén Jvfarket -.: ;·
Com.-nittee - FOMC) Comissão Federal do Mercado Abérto. A !'OMC reúne-se a :: ·. :
política monetária cada seis semanas, aproximadamente, em Washington, D.C., para discuti: a s;tua·
·
<.
o estúeleàrr.ento da olet.ã • ção da economi2..e es.tudar mudanças r.a_po!ítica monetária.
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, de moeda pe1os formuladcres
<!7 po'.�a;· c1o ba.,co ce�I A 'comissã·o Federal 'do Mercado Aberto
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'( Comi� � ?_l:e. d éral do Mercado Aberto se compõe pôs set me�]?r9� do Conselho
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de Govemãcfores e de s·dos
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 124 de 164
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sidentes retonais participai:-. das assembiéi�;_ da'FOMC, mas apenas 5 deles têm
d:re:to a vo:o. Periodicamente há um rodfzio entre ôs -12 presidentes Íegionais para
determinar os 5 que .terão diq:ito. a voto. Cêm�.1do, o ·presidente do Fed de Nova
York sempre tem direito a voto, porque Nova York é o tradicional cent,o· financeiro· )
dos Estados Un idos.e porque. todas as .compras.e ver.das de títulos do governo sã.o· ·.�.J
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dos,do· i'eí:l. p2ra· a).terai; a:.p�� rta.--d�:�o.eqa,seja.'!)_ mais". c?1!1Pl .ef.x.os. �- sµ_tis;.�-met�fa:,·,•, ,.. • . . . _. .
.. ra:dq.nélii;ép.t ero:�:�i;x.a�R�ªc!é:i'�- �r;e·�o�?,1\l;t!<,(D.o:a.,al;lroxirr,�ção.if)lc.ij/·:�o; .siiw�.;;;,\;;_, .· ·
. ficado:dà�;Pol:ticã rr; o�!:!tá�a\:i. ;�,:·;�:�
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oferta.d1i:moeda;m.is·',;a:lifÓ�:l'YªF: iitjn.f ;éJ.ur-o:pr(ncip�.instr umento·:qi:ie,#ei as.a:'•'; ·
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sfa as operações ·no·mercaâo aberto·_.:. a co�pra e a venca de ntulos do govemo:dos
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i:stados Unidos (lembre-se·de q-.ie urn título do govemo dos-· E stados.Unidos. é um ,...)
los, as decisões políticas da FOMC têm for:e influêncià sobre a taxa de inilaçãp da
e�onomia no-longo prazo e sobre o emprego e a produção da economia no curto
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prazo. De fat?; o . presidente ê.o Federal Reserve tem sido chamado de a segunda
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pessoa mais ;:,oderosa cios Estados Unidos. ·
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Teste Répido ��ais são as pf.ncipais respollSahilióades i,o f�deral Rese.ve? Quando o Fed quer 1.umenlar g ª ....,-,-----,J ')
a cfer.a de mceoa, e que cos:uma fazer? · .· . . . .
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OS BANCOS. E A OFERTA DE MOEDA''.
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 125 de 164 ,,t-i-;;eV�
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I._ dade de dep�st.tos à vista na economia e, porta:-1to, a oferta, áe moecia .·Est;; seçã 3
exmr,ina como os ba!"'.cos afe�a:n � oferta de rrioeda e ccmo comp1icam a tarefa do ;�i�f?.��}I
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Feo.' de .control'a- la. . · . . ,:""'. 1'\k.
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Criação dê Moeda· por :Meio ·do•sistema de:-R;serv�s"Eiàncérias
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Fracionárias •• :
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derar sua política de reservas banc á.,{as de 100%. Parece desr:iécessáÍio de_ixar todo·
(. aquele é.irilieiro · o::oso nos· cofres. Por que não usar pa.'ie dele p a.>õ. co!",ceder -� '.
t empréstiznos? ,As fa.'11ilias. :que querem comprar casas, as, empresa� que ·querem .!' -�
( construir n ovas fábricas e 6s estudantes que querem pagar por seus .estudos fica: ·�1�
l riL-n felizes em pagar juros·para tomar emprestado, por um periodo de. te,mpo, um j·
pouco 'do d�"lheiro. É claro que o Primeiro '(lanco Na�onal pr�c:',s� manter álgu.mas ', . .
e reservas para gue haja ir.oeda corrente. disponível;cáso os se•JS ·dei:ositantes dese· ;', · · •
. .
jc::n fazer refi;a:das. Mas se,6 fluxo de novos depósito;· for apro�\damente igual 3:�4p
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. uma
chama-
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modo que eles. possa1:1 perma.,ecer seguros d.e que não ficar�o se:n dinheiro.Para · · mlo d• rese:vá • . · ·
os nossos fins, vamos adotar a razão de reserva como.dada e .examinar.o o,1e o sis•· •. · -1· �. .
. a ra,.o dos �epas
' , · . , • .cs que
.
.; ,.,. tema de•rese:vaS<.fraaonanas:reP.resenta:para•a
· . .o.erta de moed . a: . . . · .
. , . . .,. •
. • , nr. . , •r.· · • · . •• .. •·.
:·v.:·, •: · ..: Sup.onha'.q!ll:' o;Primei.co: 'B'e.nê:o.Nácional ,tenha:.uma:razão:,de: reserva>de;10:,o/o: ,·:::,.,. o,btoo::s ':l< emc,imo .
.
' ''/· .
. tanté, .
Ag9ra·,:vamos,v,er..coma.fíc.i.a,.conta:.-'J;'.do-.õanco:;:; : ·_,,_.:,, •;-: .:. , .·, .. . , · ... •: ,., .i;, . . •.. .. . .
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PRII/.EIRO:ilííN/::O.NlíCIO:-.'At .·:-:: .:· . .. ..:· . '. : ,
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,\�vo Passivo·
Reser,<S Depósitos
·
)
$ l0,00 $ 100,00
fmt',,resli;n:>S 90,00
O Prir.teiro 'Bar.:o Nacional ainda tem passivo de$ 100 porque .a concessão de
)
1
)
O Multiplicador da Moeda
A criação de moeda não pára :io Primeiro Banco Naóonal.Suponha q"e o to:na
. dor de·emp�éstimó do Prüneiro 'Barice N�donat us� os $ 9p para comprar ai&? de
1 )
alg-<.1_éi:t1, q1.:e deposita a moeda ccr:er.te· no Segu.,do Ba.r.�o Nacional: Eis a conti-T
desse'banco: ....\C\'
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 127 de 164
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PARTE 10 MOEDA E PREÇOS NO LONCO PRAZO
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também ti<'cr• unia•riü.o de·reserva de,10%;-manterá $ 9. como resçrv;r e:-c9_;ié'ci!erá ..,. . ,. ;
el'!'lpréstime>� no total 'de'.$81:'Dessa,forma, criará $·81-.em r.,oeda aêê�lo::úlÍ::Se"esses.,· . '
$ 81 forem ·eventi.1alm e:1te·depositaê!ós rio:Tercei:ci�ncó:Nacjonal;:que. também• . : '. .,· . · ;
(
, · tem uma razão ·de i:éserva àe· 10%,;·esse banç9·màntérá S s,1g,de r�s.erva_ e co:1cede-.. • . j
rá empréstimos num·tota! de·$ 72,90. Eis.a conta-T .sõ Terceiro'·'Biinéo.t-racio.na! c . .· .
:e TERCEIRO BANCO MC1pl\'.•.�
1
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'r Reser:as
Ativo
S 8,lO �:tos
?assivo
181,00
Empréstimos 72,9:l
O processo aV2:1ça. '.A cada vez c;:ue a ll'.ceda é clepo�itadâ e ürrt emp:éstimo -�
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' con�edido, n�ais ooedâ é criada.
Enfün,-quanta.moeda é criada·nessa economia?¼r:1os·somi: -:
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Oepósi\o.origir.al · =S 100,0)
(
Empréstimo do Primeiro 8a��o Neciooal • = S S0.00 [=. 0,9.x S 100,00�-'i" ...
81,00 [= 0,9 i S 90,03]
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Empr� imo do� Blnc:o�:ío�al e$·
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Empréstimo <!Ó T- erceiro Bc?nco,Nácioila! ;., S •• 72,90 [e O,S x $ 61,0a]
(
cada éólar de suas rese:vas O que determina a·'qi'agnitude multiplii:ido: àa r:ne>.eda? A resposta é si.r.'\?les:
( o multiplicador da moedà é. a rectproca da ráz:ão de re:sef1lQ. Se Ré a razão de reserva de
todos.os bancos . da ecônomia,entâo"cada ·dólar, de. reserva gerará 1/R dólares de
., 'r moeda. Em nosso exemp1o;R = 1/10, de modo que o multiplicador da moeda é_ 10. ·
A fórmula de recip�dade:do multi?licadb, da-.rnoeda .faz sentido. Se um
banco:tem'.S 1.000 etj âepósitos; então .uma razão de reserva de 1110 (10%) signi·.
"º( fica que ele deve manter $100 de reservàs. ó miiltiplicado; cia rr.oeda sinples:r.en
-r te bverte essa idéia: se o sistéma'·bancário como um .todo mantém lllTl total ce
.. ' $ 10D·dé reservas, entãê> ' ele só podé t_ er S 1.000 e'm depósitos. Em oúi:as palavras,
se Ré a razão entre as._reservas e os.depósitos pa.--à cada i:>anco (cu seja, a razão de
reserva), então a razão,êntre os deo'ósltos ..e as resezvàs no sistema �a."'.cárie (ou seja,
-·(
r·(
o multiplic1.dor da moeda) drn;s�'r.1/R'< . ·,;._1. ,·-'/ ·. . . · .
�- . Es�ir fórmula mostr� co.:no a :quár,tid�ct'e de lT)o'eda qu�.,os_'t,_ ancos criarr. depen
de da razão·de reserva.Se a razão de reserva· fosse de apenas ''.i.í20 (5%), o sistema
bencá..110 teria 2D vezes mais em depósitos do q;e ��-rese:yas, i:nplicando ur., r.1ul·
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tipEdado= da'moeda d�· 20, Cada dólar de reserva ge:ar!� 'S íii' de :noeila. De for.na
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010
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. e,;pecial da reserva de 100%, a.razão de,rese:va. é 'J., o �ultlplicador da moeda é 1
e os bancos nãoc · oncedem.empcést::1:os. nem -cria.m moeda..
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•· Como já vimos, ·o Federar Rese.:ve.é respon�ável-por controlar · a o.:erta.d�·i:noeda·r:a ..... ,_,
economia: Agora (,UC sahem<ls:coin� (unciona Q.sistema bancá..-io·.de reservas.fra )'
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tJí·. don�rias; es tam .�s .em·m.elbo:"posiçãR P.!"ª·· entender co(T)o o· Fed exea,ta,essa::arc-· •
. ·, i�-.. fa_· t,;ma· vez .qi:e. çs,:banc��!ctj'am,,moed�·;e,n,.':":':sistema d�,rese1Yas fracionária_s,.<;>.;. ,, ..
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'. { ccnttole.,do· Fed-s.o.br<?-a- ofcrta:de,rnoeáa.émdireto. Qi.,a,:ic!o o-Eed cecide altcrai:.a· _ · . -·;
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o��r�n de:n·,oeda; creds.ê:a�,1aHarcomc· ·suaS:aç9es,.sc refletirão-no sistema bancário.. ,.. :
0 Fecj terr. :rês'instru.-nen:osemsua:caixa.de ferramentas•monet árias: as ope,
-. }_·
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rações r.o mercado aberto, as reservas exigidas e a taxa de redesconto. Vamos ver·
cor:10 o Fed usa cada un :.:esses instrumentos. 1.
.
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; · mo·eda e;:n maior· ou r:"lei:ior-qua.ntidade a;,quaJcjuer nioll\ento; sem maiores al'.era- f
íÕes nas leis ou nos regulamentos bancários. Portanto as operações· no mercaco
aberto são o ir.st:umel\lo de pol:tica monetá.-ia.. que o Fed usa com cui:or freqüência. ' j
.
reservas exigidas
Reservas Exigidas· •· o' ;ed també� influe�cia a oíe:ta de moeda por meio J
regu'.améntaçlo �.;e diz )
das reservas exigidas, que é a reguiamentàção que diz respeito ao montante respeito lo montante
(
m:nimo d e :eservas que os ban::os devem ·manter sob:e seus depós:tos.As reser mii110 de rew,;;s_ que 1
... :.. vas exigidas influer, c iam a quantidade de moeda'que o sistema bancário pode criar ·1
os bancos cevem ma.iler (
- a ?a:t:r de cada dólar de teseiva .V m .aUII)ento nas reseivas exigidas significa que
; • • .: l '•• '., • ,, •<, , • ' , '
sobre �et.l! depósíos I\
�sJ. 1
2 l\.R.T:: Também co:\�.ecido corr.o Depé$itos Compulsór:os ou Reservas Obrigatórias .. )
J1J.'6 ... (
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concede aos hcr.cos
emprés!imo desse tipo a um banco, o sistema oancário fiá'coni :nais reservas, e ess25" .,
reservas.adicionais permitem q·�e· o, sistei:ni. banêá;io.c:rié mais.mcéda. . : · · .
(
·: O Fed,.pode· alterar·,a·oferta· de,moeda múdandó-. a.t2.Xa dé redéscon,:o .. Urna. tcXa . . 1
( de·redesconto · mais •elevàda:desencoraja · os -bzncos -ée· toma::empréstimcs . .pa.ra • J!
1·
· reservas;io •Fed:.PortantÔ,'urn aumerito· na taxa.:de:re<iesconto reduz a.quantidade
·
· • :·de resecvas,no sistema·_- bancário, o que,·por sua vez,-=eduz a ofe:ta')�e._noeda.,
( . , ·: .. Inversamertte;uina•tcXa·de redesconto menG>:,incentiva os bancos a tornai emprés-. . . : _- .
( ·:: tlcnos no Fed,.,aumenta .2-•cjtiàntidade 'de.reservas e.elevà,a.oferta. de.moeda. ,,, . . -'· • .. . ... , !
· •·:o Fed-usa· a·taxa·de·redesconto-não- só· par,u:ontrofar·a•,ofert�·,de ·moeda,,:mas .,•
·, l' , também: pil.ra·••ajudar 0 instituições ·,nnanceiras«quere�tejam,••em -difkuldacies.. PcJ. .
· .., • exemplo;e · in�1984;�drttiÍa'rar:r. nimotes:dé-qu& 'o· ·ContinentaHllinois Kational.Ban.'<:.
·fizera um grande nÚl'r.etÇ> �e-, e,mp�stimos·.àm1, dos.os, :e .esses ru. T! ' Ores.induziraIT', ·
muitos depositantes a sacar seus depósi_ tos: ComC? ?arte-ee um esforço p�:a sal�11:
o banco; o Fed agiu corno emprestador de ú!tim\t_in'stãnda e·repasscu ao Con�- ,
( nental lllino�s mais d.e $"5· bilhões: De forma: sirriilar, ·qúarido o ir.erca!:o ée açces
( queb:ou em.19. de outubro ·de l987, 'rriufras cor.:eto:as de Vl'all Si:teet se vi:a.r.i tem- l,
· ,
po:ariamente necessitacii's de funâos :para fin'anéia'r-o :eievado volume ·de negócios t
com ações. Na manhã �fguinte, an!es dà·abéctura·�á· bolsa, o preside;te êo Fed.
Alan Greenspan, anunáou a ndis70sição do Fed de sen1r como fonte de liquidez
e para dar sustentação aq sistema ecônõmico .
· ê:finaíiéei.ro N. Muitos econo::nistas
( acreditam que a reação .de Greenspan à quebrá 'da· _bolsà foi u:na das·princi?ais
p_oucas·repercus�ões.· '···.
(
razões para que houvesse,tão
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Os três irstrumentos d; .Fed � oper�ções !\0-�etêà:a6 à'ómo;-reservas·exlgtdas -e '
0
( :
taxa de redesconto:. . têm. poderoso efeitô sobre. â oferta. de moeda. Mas ,o contro:e
( que o Feci exerce sobre a oferta de m�eda não é preciso. O Fed é obrigado a lu!cS!' ·
cor:i dois problemas, que surgem porque gran<ie•parte da oferta de moeda é criada
pelo sistema bancário de reservas fracionárias.
( · O primeiro problema é que o Fed não controlá a q:.i�tidaée de moeda que as
familias decidem manter.depositada nos ::,àncos.•Quanto mais moeda as famílias
�. (
depositam, rn<lis reservaS:,os bancos têm". e mais moeda o s�:ema ba:t:ário pode
dar. E qi.:antó inenos· moeda as famílias depo_sitan,, merios:reséiyas ·os bancos têm
-. ( e nenos ,noeda o sistema bancário põde· criar:-Pa:a·veé,coi. que. i�so é üm prob:e-
.. r . !ia qs.1e, um dfa, ·as pessoás. co:neceÍ!) a·•pe:a�r,à' :con.�ança no sistema
0
ina, si.ipÓn.
bancário e, por essa raz;.�, decidam retirar seus úpósitos e·f.car com r;-.oeda cor- jClC\
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 130 de 164 1,.,:; : .
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CAPITULO 29 O SISTEMA MONETÁRIO 641
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re:\te cm seu·poder. QL:ando is so acontece, o sis tema bancário perde· reservas e cria ._,
menos :noeda. A oferta de m oeda cal, mesmo sem nenhuma ação do Fed.
·O segunde pro',!ema do· contrÓÍ�_. r:1onetário'é que o.Fed não rnntrola a quar;
tàade que os '.,ancas deddem emprestar. A partir do:depósito_ de moeda em i;m
banco, exis·:e criação de mais moeda. somente qstando:o .banco concede emprésti -.
mos. :Uma · vez cpe :os' bancos::po�epi'·.optai:P.ºÓnanter.uin excesso cie,res ei:vas, . o
· ·Fed oode
� · não· estar seg-
V
...1:-o·de·ouant2.
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:,in(;)etia -O:siSterria.bancário· irá.criar-.·Por..exem-: .. .·.· ..: � ,-.
·plo;·suponh« qu�,>c.tir r:d!� os baricostse:torn�m:_n1ais-cautelosos em·relação às con.�·.
. <lições ·cta· econom,á ·e ·deddam,conceder,menos· empréstimos . e·man!er:reservas
. maiores: Nesse caso, 'O sistema: bancário·-criará::menos,moeda·-do:.que.antes:Por:
t caL:sa da d-edsão dos bancos, a -Ofe:ta :de r:noeda cai.
l ·Assitri, num sistema· bancário:de reservas.-fracio"ná:ias, a quantidade de m oecia na·
'
economia depende, .em parte;;-do_ .éq:np.or.tamento dos depositantes e dos:bancos. ·
í Como o · Feci não pode: ccntroiar�oµ prev;er:p·�rfei,tamente esse .con-tportamento, · não..
pode conl1:olar per(eiian'leflte.•a_: ofect.a d�..moedcr. Mas se o Fed· se mantiver..\�gilan
i te, esses probie:nas nã_o precisam:ser. gr andes. O. Fed coleta dados semanais sobre
J
'· _,I'
1 os depósitos e as reserva·s dos bancos, ée .modo que rapida,-nente fica à par so ),
. .,
1
bre quaisc_uer mudança s no co,nportail'.\.ento do s depositantes ou dos bancos. E )';
2ode, portar.to, responder a· essas alterações e manter a oferta · de moeda próxima ao
r,ível desejado. · );•
))
,1 Estudo de Caso ). )
·..
)_)
CORRiDAS AOS BANCOS E AOFERTA DE MOEDA ,))
Embo:::a, na ·vida - rea1,·vdcê. ,provavelmente jamais-tenha testemunhado.un1a ·corri... Y ·,
_,._,,
da aos baricos;talvez tel)ha ,Í$tO alguma:.�m-fümes como ·Mary Poppins ou Afelici
dade não se compra. Uma corrida·aos·bancOs aContece _ quando os:depositantes sus ))
peitam gue cm banco pode falir e, por isso;_"correm" para retirar seus depósitos.
.,
As. corridas aos bancos são um problema para os bancos em U.'l\ sistema de · j.l
reservas frac ionárias. Como o b anco mantém apenas um a fração de seus dep ós itos . ,.
em reserva, não pode satisfazer os pedidos de retirada de todos os deposttantes.
�,1esrr.o que o banco est eja, de . fato, soivente-(sigruficando que seu·ativo é maior do
que o passivo), não terá dinheiro em ccixa suficiente para possibilitar a· todos os·
depositantes acesso imediato ao seu dinheiro: Quando ocorre uma corrida, o banco
é forçac.o a .:ecl-.ar as pc�as até que alguns eplpréstimos conced idos sejam pagos
ou a:é que algum emprestador _de,: última iristância (como o Fed} lhe forneça -a
moeda corrente de que necessita·.pài:a satisfazer os depositantes.
• Ascorridas acs bancos complicam o cóntrole sobre a oferta de moeda. Um
ir.:,portaz\te exemplo desse problema se deu durante a Grande Depressão do início
da década clé 1930. Após �a onda de corridas aos banco� e de fechamento 'd-e
..bancos; .as famílias e os. banco
. ' s torri aram-se
. � mais
) . .cautelosos.. As fanu1ias retiraram
seus depósitos dos banco�, preferindo-manter a · moeda sob a forma de moeda'Cor-
rente. Essa decisão reverteu o pf?.cesso. de. ci,iàção de moeda, à medida que os ban
cos responderam à queda das reservas com uma redução na concessão de emprés
timos. Ao mesmo tempo , os bancos aumentaram a razão .de reserva para ter
dinheu:o suficiente em caixa para a tender à demanda.de s eus depositantes, em caso
de futuras c_êmidas ·a bancos. A razão de reserva m2is elevada reduziu e multiplica
°
dor da moeda, o que·reduziu a oferta de moeda. Entre 19.2. 9 e 1933, a oíerta de
moeda caiu 28%, mesmo sein quzlquec _ação contracionista deliberada do Federal
Reserve. Muitos eco nomistas apontam essa· enorme queda na oferta de moeda
para· e7Plicar o alto desemp;ego é às. ·quedas de preços registradas durante esse
período (em cap:tulos futuros examinaremos os mecanismos pel-os quais as vana
ções ni_ oferta de moeda afetam o desemprego e os preços).
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 131 de 164
( -RESUMO
tema ·mon1'!tário'nor�e-emericano:..o .presidente do
(
• O termo moedn refere-se a ativos que as pessoas
(
usam regularmente para comprar bens e serviços. Fed é no meado peló presidente dos Estados Unidos
e
( • A moeda tem três fl.lnções. Com o meio de troca,-é e confinnado pelo Congresso a cada quatro anos. O
presidente é o · principal membro da Comissã
o
� o item \tsad.o para realizar transações. Como unida·
Federal do Mercado Aberto, .que se reúne a cada
de de conta, proporciona uma maneira pele, qual
seis semanas para tratar de mudanças na p olítica
pre ços e outros valores econômicos são registrados. monetária.
C omo reserva de valor, proporciona uma maneira
( • O Fed controla a oferta de moeda principalmente
de transfetir poder de compra do presente para:_ o
por meio de operações no me:cado aberto: a comp
ra
( foturo.
de títulos do· governo aumenta a ofert'a de moeda,
( • A moeda-mercadoria, c omo o ouro, é uma moeda e a venda de títulos do governo reduz a oferta
de
{ que tem valor ,intrínseco: teria valor mesmo que de moeda. O Fed tamb�m pode expandir a oferta
o
( . não fosse us ada como ·moeda. A moeda de t;_.rso moeda reduzind o a s reservas exigidas OLt reduzind
de
forçaria, como os dólares de papel, é moeda sem a taxa de redesconto e"pod� 'tontrai "a ··oferta
r
( ou aum en
valor intri:1seco: não teria valer se não fosse usada moeda aumentando as reservàs exigidas
( como moeda. tando a taxa de redesconto.
( • Na economia ô.os Estados Unidos, a moeda toma à • Quando os bancos en1prestam parte de seus àepó·
da na
( forma de moeda éoITente e de diversos tipos çie sitos, eles aumen'.am a quantidade de, moe
e deuósitos bancári-os,'c omo os depósitos à vista.· econ or:iia. Por causa desse pape! d o s banc
os na
qLte o
e • O Federal Reserve, o banco central dos Estados determinação da oferta de moeda, o controle
Fed _exerce·sobre a oferta de moeda é imperfei
to.
( UrJdos, é responsável pela regulamen�ação do sis· ·
(
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 132 de 164
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Listas de Exercícios
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3a� 3b� 3c e 4
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Simulado. li
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(
(
3A
(
LISTA DE EXERCÍCIOS
( (Uni:lade 3)
1
.. .
Conceitos importantes:
1) Definição de produto
4) As diversas medidas do produto: lnte·mo/naclonal,
2) Fluxo circular da renda
brutoníquido, a custo de fatores/a proços de ,;,ercado
( 3) As três óticas do mensuração: as óticas da
5) Comparações Internacionais
produção, da renda e da despesa
C
\.
ANOTAÇÕES
(
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(
1
e
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(
(
( Jr.f,,od11<'80 a Ero11cm;o
/'1/2010
(
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)
)
)
2 )
DEFINIÇÃO DE PRODUTO
)
Produto interno bruto: valor d e mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em uma unidade
1erritoriaJ em um determinado. pe.rí��'? ·de t�mpcF . .. . �... )
)
1. Leia atentamente os trechos da reportagem abaixo acerca da atividade econômica informal, publicada no jomal
)
Correio Brazilien,i" no segundo semestre de 2005:
)
Nova participação no PIB )
)
A mudança na base de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) (... ) pelo Instituto Brasl/eíro de Geografia e )
Estatística (IBGE) deverá resultar num aprimoramento das estimativas so.bre a economia informal. (. . .) o instituto terá )
condições de estimar com maior precisão o- tamanho da c/Jamada economia ''subterrânea·. ou a que não está J
legalizada, é subdeclarada, não está atualizada ou simplesmente não responde a pesquisas. (...) A e><pectatíva do )
IBGE é que ela {a nova metodologia} seja ,oublícada e adotada em 2006.
)
J
Com base no excerto, responda: quais das seguintes atividades não são em geral incluídas no cômputo do
)
PIB?
a.� Trabalho doméstico das donas de casa. d. ( ) Aulas de Introdução à Economia.
b. (,></ Venda de drogas ilegais. e. ( ) O valor do dia de serviço em que um trabalhador )
c. � Venda de produtos intermediários. faltar . )
)
2. Quais dos �ens abaixo deveriam ser excluídos do cálculo do PIB de 2009? )
)
a) Um automóvel Fiai fabricado em 2009 no estado de São Paulo.
)
b) Um corte de cabelo feito no segundo trimestre de 2009.
i
e) Um relatório encomendado a uma empresa de consu:toria no último trimestre de 2009.
)
'?'d) Uma casa construída em 2006 e comprada em 2009.
)
3. Leia atenta_mente o trecho da reportagem abaixo, publicada no caderno Economía do Jornal O Estado de S. Paulo )
(
4. Explique em que consistem e dê exemplos de pagamentos da transfer(mcias por parte do Governo. Por
que elas não são incluídas no cálculo do PIB?
(
ÓTICAS DE MENSURAÇÃO E MEDIDAS DO PRODUTO
5. Com relação ao ciclo da atividade econômica (ou fluxo circular da renda), assinale a alternativa correta.
a. ( ) o processo dá origem apenas a um num monetário, traduzido nas remunerações feilas aos recursos utilizados.
( b. ( ) O processo óá origem a um único fluxo econômico: o da produção (ou o nu"° real).
c. (-t,O processo gera dois flul«ls interdependentes: o da renda (re!alÍl/0 ao pagamenlos dos falores empregados} e o
da produçao (relalivo ao fornecimento de bens e serviços às unidades familiaras}.
l 6. Mostre com um exemplo numérico como o produto pode ser medido de pelo menos três maneiras dlerenles, mas
equivalentes: pelo valor de bens f11ais ou pela soma de valores adicionados (ambos correspondentes à ótica da
7. Obseí"8 atentamente o quadro contido na reportagem abaixo, de NUson Brandão Junior, publicada no jornal Q
Eslado deS. Paulo em 1/4/2004:
(
( PíB soma R$ 1,5 trilhão • cai para 15° no mundo
( Os valores das contas nacionais foram informados pelo IBGE (...) o lnsli!ulo apresentou os númtros relativos a
( 2003 (, ..)
Divisão por demanda (em R$ bilhões)
Consumo das familias 662,44
Consumo do governo 291.92
Investimentos 273,32
( Exporta!,ão 255.38
Importação -198,80
(
( A mensuração do produto pela ótica da despesa tem como base os componentes da demanda agregada (ou
( demanda global) apresentados pelo quadro da reportagem. Dispondo dessas Informações, explique a identidade
contábi Produto� Renda� Despesa.
(
8. Explique em que consiste o problema da dupla contagem na :nensuração do produto. Como ele pode ser eviladi;,?
(
(
9. Em termos de informações fomecidas, qual é o significado das três maneiras de calcular a mesma grandeza: a
produção'?
( 1
lnlonnaçõcs de� accra da$ ris ótieu de m,t:n$tl!'2Ç!o do produ.to cm;
( hup:J/',;,rww.ibgc.gov.t:1-/bomc/cstati.t"jca/eco:,om.i:1.'cont:1snaciol)3is/200Jlccmlasn:ati0flllis200J.pd(
lntrcduçêo ,; F.e,on,;m;a
e /"IW/Q
(
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( ...... _ .. __ .... -- ··- --··-· ·•---·-·---·-•·..--·-·- ···------ -· - -··--·-·"'·········· - ·�·--·-······ ··- -··
l
(
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 136 de 164
)
)
· -····---- ··-
··· ).
)
)
)
4 )
)
10. A lista a seguir apresenta valores relativos a um conjunto de transações econômicas realízadas ao longo do ano
)
passado. Classifique os valores que compõem o cálculo do PIB pelo valor de produção de bens finais (P), pela ótica
da renda (R), e os que não compõem nenhuma dessas das duas formas de cômputo do produto (X).
)
)
a. ('1!) Valor correspondente à importação de 100.000 CDs de grupos de rock. )
b. ():/)Valor de 10 geladeiras usadas doadas para uma Fundação beneficente. )
c. (R) Vator de pagamentos de aluguéis de casas de praia em Búzios. )
d. (PJ Valor da venda de materiais usados na construção de um prédio de apartamentos. )
e. (f) Valor do pagamento por uma publicação de anúncio de uma lavanderia nas Páginas Amarelas (suponha que )
a publicidade é um insumo regular da lavanderia). )
f. (f) Valor de venda de linhas telefônicas utilizadas em residências.
)
g. � ) Valor de salários pagos a instrutores de ginástica de uma academia.
)
h. (H Valor de vencia de pneus a Iam ílias por lojas especializadas.
)
)
11. Como motivação, leia atentamente o trecho do artigo abaixo, de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia
do jornal O Estado de S. Paulo em 7/4/2005: )
)
Confusão em tomo d o PIB )
Como o ''I" do PIB indica, este mede a produção de bens e serviços realizada intemamente a um pais, ou seja, )
dentro das suas fronteiras geográficas, mesmo se realizada por fatores de produção de outras nacionalidades, como o )
capital estrangeiro ou trabalhadores imigrantes. )
)
Quais as diferenças existentes entre as diversas medidas do produto, ou seja, entre as medidas originadas de sua
)
qualificação em interno/nacional, bruto/líquido, a preços de mercado/a custo de fatores?
)
)
12. Imaginemos uma economia composta de três setores: um setor que produz trigo, um setor que transforma todo o
trigo produzido em farinha, e um selo.r que transforma toda a farinha em pizzas. O quadro abaixo apresenta os valores )
referentes a cada um dos setores. Essa economia não iem govemo e não mantém relações com o resto do mundo. )
)
Setor produtor de . trigo .. Setor. produtor. de farinha Setor produ!or de pizzas )
_ _ ,. . . � .· ' . : .·
Matéria-prima (custo) 300 Matéria-prima (cust�) 500 )
Lucros do produtor 200 Lucros do moinho 100 Lucros do forno 100 )
Salários 100 Salários 100 Salãrios 100 )
)
a) Calcule o valor adicionado à produção da economia nos setores de trigo, de farinha e de pizzas. )
b) Calcule o PIB da economia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados).
)
c) Calcule o PIB d& economia pela ótica da produção (valor dos bens finais)
)
d) Calcule o PIB da economia pela ótica da renda.
)
e) Por que é impossível determinar o Produto lnlerno Uc;uido da economia no período considerado?
ln1ro1uçdo 3 l!'oor.omiu
)
1"'(1010
)
)
)
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 137 de 164
5
(
13. PROVÃO ( 2001 - nº 9)
\
Em uma economia são conhecidos os valores, para determillado ano, dos agregados macroeconômicos abaixo
listados:
( Consumo do setor privado: C
l tnvesUmento do setor privado: 1
Poupança do setor privado: S
Gasto total do setor público: G
( Exportações de bens e serviços não fatores: X
i.__ Importações de bens e serviços não fatores: M
Renda liquida enviada ao exterior: RL
, O Produto Interno Bruto dessa economia a preços de mercado n o ano em questão é dado pela soma al gébrica:
\.
( A) C + S + X- M + Rl.
(
(8) C + t + S + X-M.
(
,(C) C + 1 + G + X - M.
( (0) C + G + X + M + Rl.
( 14. Consklere as seguintes Informações sobre a economia de AtlãnUda e calcule os sogulntcs agregados
( maCIQeCOl'lômicos:
(
Atlântida (2005)
(
(Valores em USS bilhões)
( Satârios 1.000
Lucros líquidos 3.000
(
Importações de mercadorias 500
Lucros e juros pagos ao el<lerior 600
Royalfies recebidos do exterior por empresas brasileiras 100
(
Investimento bruto·· 2.000
( Depreciação . 300
( Impostos indiretos l lquidos de subsídios 200
( • Inclui variaçoos de estoques.
(
( a) PIB a custo de fatores pela óUca da renda. c) PIB a preços de mercado pela ótica da despesa.
( b} PIB a preços de mercado peta ótica da renôa. d) PNB a preços de mercado.
(
l'flttYX/1,çio,: EccM1t!ia
/"IW/Q
produ•.ora de garrafas compra seus insumos de outro pais. Com base no quadro: );
)
Vinholândia (2005) l
(Em unidades monetárias) )
}
Jtem Pro(!. de .uvas
.: ...·
Prod. de garrafas
. .
·.·•. . .
)
Insumos 200 3000 )
)
Salários 400 600 1000 )
)
Lucros 900 900 1200 )
)
Valor da produção 1300 1700 5200 )
)
a) Calcule o Produto Interno Bruto (PIB) de Vinholàndia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados). )
b) Mostre como se pode chegar ao mesmo valor pela ótica da renda. )
c) As empresas produtoras de garrafas e de vinhos reservam, cada uma, 200 unidades monetárias por ano para
)
despesas referentes à depreciação de seus equipamentos. Com base nessa informação. calcule o Produto Interno
)
Liquido de Vínholãndia.
)
d} A empresa produtora de garrafas tem sócios em outros países e. por conseguinte. remete metade dos seus_
j
lucros (depois. de deduzidos os gastos com depreciação) para o exterior. Com base nessa informação. calcule o
Produto Nacional Liquido de Vinholândia, }
)
16. Uma e,npresa Beta. situada em Atlântida. produziu 1.000 unidades do produto A no ano de 2005. Para tanto. a )
empresa Beta ocr ,sumlu RS 6.000 de insumos produzidos por outras empresas e pagou R$ 9.000 em salários aos )
traba!hadores·. As familias de AUàntida não compraram o bem A, mas 800 unidades foram vendidas a empresas locais )
ao preço total de RS 20.000. Entre as 800. 700 unidades foram utilizadas na produção das empresas locais. Com
)
base nos dados. calcule os seguintes valores:
)
a) O valor bruto da produção de Beta.
)
b) O valor adicionado ao PIB de Atlântida por Beta.
)
c) A renda bruta gerada na produção de A.
)
d) A remuneração dos fatores envolvidos na produção de A.
e) o valor dos bens intermediários e finais produzido por Beta. )
f} Entre os valores calculados no ítem anterior. quaís serão incluídos no cômputo do PIB de Atlântida? Justifique. )
!i111'0.'Íução à Ecor.umia
)
l"/1010
)
)
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 139 de 164
1 E.st�,!xe,:çíc_io i11�lu
_ _ �.:e_lem�n!.º que. tem muita im�ortâ?cl � prótic:l\):i�·11;eiís,�� ação do PIB: a variação de
í.u
é é
I e stoques. Nem �do O !lUe é produzido em u.,;· det rniinado ano'é·utlliz�cÍo n;s� :período, ou seja, 30 fim do
1 ano,_ hà; es toques de_ mercadorias nas_ empresas. Assim, além de bens finais (aqueles que foram vendidos n o
1 _
1 l poríocjó c�mo bens de consumo ou como bens ·de capital) e d� ben� i�terrnediários (aqueles que foram
. _
(vo ndld()� a empresa� e usados como matéria-prima na _ produção de o�tros ben s) ! deve-se cons iderar ainda a
/ _
( . variacifo de estoguos. o valor dos bens que foram adicionados aos estoques deve ser computado no produto.
( 1 =�,s.o faz parte do _esforço pro�utivo da sociedade no ano con•l ?�rado; simetrleamonte, a roduç5o do
_
� yes também deve ser considerada (com sinal nogatlvo). · .. · ·
(
( COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS
(
( 22. Leia atentamente mais um trecho do artigo de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia do jornal Q
Estado de S. Paulo em 7/4/2005:
(
(
Confusão em tomo do PIB
(
(...) a RNB fPNBJ mede a renda nacional, e desconta do PIB de um país o que vazou como rendimentos
(_
remetidos a outros, adicionando o.que_.ingressou como r9nda vinda de fora. (...) É certo que hoje sori10s um pais
( fornecedor de imígrantes, mas o rendimento que enviam ao Brasil está longe de compensar o que sai como
( rendimentos de capitais.
(
( No Brasil, utiliza-se mais comumente o PIB como medida da atividade produtiva. Em alguns países, como nos
\. Estados Unidos, usa-se mais constantemente o PNB. Qual é a explicação para esse falo.
(
(. 23. Um estudante deve fazer um estudo comparando a situação econômica de alguns países. Obteve, então. os
( dados do quadro a seguir (relativo ao ano de 2003), contido na reportagem de Nilson Brandão Junior publicada nó·
(
PIB soma R$ 1,5 trilhão e cal para 15º no mundo
í O PIB de cada pais (em U$ bilhões)
(
Estados Unidos 10.857 Espanha 819
( Japão 4.291 México 612
( Coréia 521
Alemanha 2.386
( Reino Unido 1.752 lndia 510
( França 1.732 Austrália 508
( Itália ·1.459 Holanda 505
( China 1.381 Brasil 493
( Canadá 851 Rússia 419
(
( Com base nas informações, o estudante afirmou que o Reino Unido havia tido um desempenho econômico superior
ao da França. Afirmou ainda que o primeiro pais possuía economia mais desenvolvida. Você considera corretas as
(
e conclusões do esludánte? Justifique sua resposta.
(
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(
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lmrodHç,fo ô Eco,:omlo
(. J"IJ(}J(J
(
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 142 de 164
)
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)
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3B
)
)
, , , ., •I .1 :t, , ,. .... ',(
LISTA DE EXERCÍCIOS r
(Unidade 3) )
)
Conceitos importantes: )
)
1) Produto real e produto nominal
)
2) Deflacionamento: renda nomi.nal x renda réal
)
. .. . . .
3) Índices de preços
: .' :·'.•; )
• .;.:.! •
ANOTAÇÕES )
)
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(_ INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 143 de 164
(
e REAL X NOMINAL
2
'(
(
1. Expli que a diferença entre valores reais e valores nominais.
(
(
2. Leia atentamente os trechos do artigo abaixo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo durante o se gundo
( semestre de 2004:
(
O desafio de aumentar o PIB
(
A apresentação das Contas Nacionais pelo IBGE é feita, normalmente, em duas etapas (.. ) Na primsíra etapa,
( o cálculo do PIB(.. -) toma por base apenas o volume de produção. Na segunda, o PIB é apresentado em valor, já com
e. os deffa(ores implícitos de cada setor.
(
( A reportagem mencionada alud e a duas medidas d iferentes da produção: o PIB nominal e o PIB real,
� respectivamente. De maneira r esumida, pode-se af�mar o PIB real é medido em preços( ... ), enquanto o PIB nominal
(
e a) do ano c orrente/ do ano-base. c) dos bens domêsiicos / dos bens_ externos.
e. b)• do ano-base / do ano corrente. d) dos bens finais /-do ano corrente.
(
( DEFLACIONAMENTO: RENDA NOMINAL x RENDA REAL
l
( 3. Leia atenlamenle os trechos da reportagem abaixo, de Janaína Leite, publicada no jornal Folha de S. Paulo em
10/1/ 2005, bem como as infonnações fornecidas em seguida:
(
(
Em ano de obras, operário quer aumento real
(
( (.. .) os trabalhadores da construção cnlil deram in/c;o à cam panha de reajuste salarial mais cedo nesle ano:
( querem reposição da inflação registrada pelo INPC (Índice Nacional de PreÇOS ao Consumidor ) mais, no mínimo, 5%
( de aumento real. (.. ,) o pacto fechado em 2005 permitiu elevação salarial de 8, 12¾ para quem trabalhava nos
( canteiros de obni de São Paulo. Assim, o salário Inicial para um trabalhador que Ingressa no setor ficou em
(_ R$ 585,20 mensais (...).
l Dado o reajuste de 8,12% a que a reportagem se reiere, infere-se que "o p acto fechado em 2005" permitiu Que
e o.salário nominal passasse de RS 541,25 em 2004 para os R$ 585,20 (585, 20 / 1,0812 = 541, 25 ) de 2005. Suponha
e que, no mesmo período, o fndice Nacional de Preços ao Consumidor (muito usado em dissídios salariais, pois mede a
inflação para aqueles que ganham de 1 a 8 salários minrnos) tenha aumentado de 100 para 110.
(
(
Julgue a seguinte afinnativa, justificando sua resposta: •o salário real dos operários de São Paulo diminuiu entre
(
e 2 004 e 2005".
e
e . /n!r()ducão ci Eco,:om.:a
/"!JOIO
(
e
(
( ----------------·-----·-. __. , __...._ .. ____ _
, ------ - --.--- .......... ..
.. ·-....-•··-·--·· � .....
(
(
{
}
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 144 de 164
)
)
------ ·--·---· . )·
)
)
)
3 )
)
4. O The New Yorl< Times custava US$ 0,15 em 1970, e US$ 0,75.em 2000. .O salário' médio na indústria era de US$
}
3,36 por hora, em 1970, e de US$14,26, em 2000.
)
a) Qual foi o percentual de aumento do preço do jornal?
b) Qual foi o percentual de aumento do salário? )
c) Em cada um dos dois anos, quantos minutos um trabalhador precisa trabalhar para ganhar o suficiente para }
transportes foram os que mais pesaram no bolso dos brasilienses. (...) O peso dos combustíveis no orr;amento familiar )
é uma das principais caracterlsticas que diferenciam o DF do resto do pais. )
)
a) O que são e como são calculados os índices de preços? O que caracteriza os índíces de preços ao consumiolor )
(ou índices de custo de vida)? )
b} Caso o preç,o dos navios cargueiros produzidos pelo estaleiro de Niterói sofra um amento, que medida do ní<,el
)
geral de preços será mais afetada: um índice de preços ao consumidor ou o deflator implícito do PIB? Por quê? )
)
6. Descreva brevemente o que caracteriza o cálculo dos seguintes índices de preços brasileiros.
)
a) INPC-IBGE. c) IGP-DI.
)
b) IPC-Fipe. d) !CV-DIEESE.
)
7. ANP..EC (H/99 - n°2) )
Considere uma economia que produz somente três tipos de frJta: maçãs, laranjas e bananas. Os dados referentes à )
produçã.o e os preços do ano-base são os seguintes: )
)
Fruta Quantidade Preço )
Maçãs 3.000 sacas R$ 2,00 por saco )
Bananas 6.000 cachos R$ 3,00 por cacho )
Laranja 8.000 sacas R$ 4,00 por saco )
)
f,uroduçilo à Economia
1"!2fJ/O )
e INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 145 de 164
( 4
l
\
Os dados referentes à produção e os preços do ano corrente são os seguintes:
r 8) A taxa de crescimento real do PIB entre o ano-base e o ano corrente foi de 218%.
( C) A taJCa de crescinento do deflato.- implícito do PIB entre o ano base e o ano corrente foi de 8,9%.
D) A inflação medida por um índice de pesos fixos oue tem a ru!lS!ucão do ano-base como referência foi superior à
inflação medida pelo deflator inpllcito do PIB.
8. Suponha uma economia que s6 produza refrigerante e calças íeans. As quantidades produzidas e os preços
unitários são apresentados na tabela seguinte. Seja 2004 o ano-base para os cálcolos solicitados.
(
J,11rodr,cifo à EC'OM1'11ifl
( JY1DJ()
e
(
(
(
(
_____
(
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 146 de 164
)
...--.. ·-----··--·"' )
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,_
lntroduç.60 à Economfo
1''/2()JIJ J_.'-,
I l/ b
e 2
(_ 1. Com INTRODUÇÃO À ECONOMIA
respeito ao balanço - UnBresponda
de pagamentos, - 1º/2010ao seguinte: Página 147 de 164
( a} O que registram os balanços de pagamentos? Descreva seus prir.cipais grupos de contas, discriminando as
( categorias de transações contabilizadas em cada um deles.
(_
( b) Como é definido o resultado do balanço de pagamentos?
(
( 2. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental/ 2003) A partir de janeiro de 2001, o Banco
( Central do Brasil passou a divulgar o balanço de pagamentos de acordo com a metodologia contida no Manual de
< Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. Não faz parte das alterações introduzidas na nova
( apresentação:
( a} Introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com
( bruto:
( q)-Se o saldo total do balanço de pagamentos for positivo, então o produto nacional bruto será maior do que o
1"
1\!
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 148 de 164
)
i
)
5. Cons dere cs seguintes saldos das contas que compõem o Balanço de Pagamentos do Brasl, observados no
ano de 2003. Os va'.ores apresentados são aproximados, a fim de facilitar os cálculos solicitados. A coluna Sinal
)
Indica se l1ouve entraoa (+) ou saída(-) líquida de divisas.
)
)
)� ·r, t:·..:i:r�l,.\;,.,,.;t(•
r;-; ·•i -:t,,tr:\fr::i�
�: �!!if7: :,;}}!<t ·i:,,.,. :r�•,;�· Valor Sinal Conta
)
Transferências Unllaterais 3.000 +
)
Exportações 73.000
)
Despesa com Rendas 22,000
)
Importações 48.000
)
Receita com Serviços 10.500
)
..
Conta Capital 500 +
/11;,vJ,rrln ô E«>nomia
1?'10/D
j,,l,(6
Ili
( 4
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 149 de 164
6. ANPEC (1998 - nº 15) - modificada
( Admita que as seguintes operações toram realizàdas entre o Brasil e o exterior em um dado período:
{
e
1) Um grupo japonês realiza investimento de 500 milhões de dólares em razão da privatização da Vale do Rio
Doce.
(
e
2) Companhias estrangeiras instaladas no Brasil remetem lucros de 50 milhões de dólares a o exterior.
3) Uma agência de turismo brasileira efetua pagamentos a uma cadeia de hotéis norte✓.,1mericana no valor de
( 20 milhões de dólares, referentes a serviços de hospedagem de turistas brasileiros.
( 4) Uma montadora francesa de automóveis Investe 100 milhões de dólares na construção de uma fábrica no
( Paraná.
( 5) O Brasil importa, pagando à vista, 180 milhões de dólares em automóveis coreanos.
l 6} O Brasil paga ao exterior 50 milhões de dólares em fretes.
( 7) O Banco Central do Brasil obtêm empréstimo junto a um banco norte-americano a fim de financiar o
e
: O=racão Efetuada US$ milhões\ Sinal Conta
1 Investimento Externo Direto 500 + CCF
( ;z Remessa de Lucros ao exterior so· - BSR
( 3 Paaamento □or Services Eslranaeiros 20 - BSR
( 4 Investimento Externo Direto 100 + CCF
( 5 lmoortacões 180 . BC
( .
6 Pagamento nor Services Estranoeiros 50 BSR
( Empréstimos obtidos no exterior 80 + CCF
( -
e
Paoamento de luros 80 BSR
8 Evnortacões 150 + BC
'
(
Empréstimos 60 + CCF
( -
lrilcortacões 60 BC
(
(
Saldo da Balanca Comercial -90
(
( Saldo da Balanca de Services e Rendas -200
(
e Com base nos dados, classifique as seguintes afirmações como verdadeiras ou falsas:
(
(
(
'
r
r
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 150 de 164
)
)
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· · ······-
· --�---·-·--·--·--··-·-···- --···-····· ·· ·· ·- - . -··-· · · . ·-·· ·-- ·----------- .
)
5 )
)
)
A) O déiicit na Balança Comercial é de 30 milhões.
)
r
B) O saldo da Conta Capital e Financeira é de +660 milhões.
C) O déficit em Transações Correntes ê de 290 milhões.
D) O superávit total do Balanço de Pagamentos é de 450 milhões. )
)
7. Comente as afirmativas abaixo, concordando ou discordando, e justifique sua posição. )
a) Um aumento das reservas internacionais de um pais, ano após ano, indica que esse país tem apresentado )
sucessivos superavits em suas Transações Correntes com o resto do mundo. )
b) Do ponto de vista contábil, o Balanço de Pagamentos de um pais está sempre em equilíbrio. )
)
8. PROVÃO (2002 - n• 13) )
o balanço de pagamentos do Brasil apresentou saldo positivo em 2001, enquanto o déficit em transações )
correntes foi bastante elevado. Pode-se afirmar, então, que:
)
A) D déficit na conta capital e financeira foi inferior, em valor absoluto, ao déficit em conta corrente.
)
B) O Brasil obteve um superávit na balança de serviços e rendas, em 2001.
)
C) O Pais registrou déficit na balança comercial.
)
·o) O saldo da conta capital e financeira foi positivo e superou, em valor absoluto, o saldo das transações
)
correntes.
)
E) O saldo das transferências unilaterais do Brasil foi zero.
)
9. Explique por que pode ser problemático para um pais ler déficits substanciais e crescentes, por anos seguidos, )
em Transações Correntes. )
)
1O. Responda às seguintes questões: )
)
a) Que tipc de transação internacional seria, em princípio, mais suscetível de variações inesperadas no curto )
prazo: os fluxos comerciais (exportações e importações) ou os fluxos financeiros? Por quê?
'
.J
b) "A balança comercial apresenta saldo positivo de US$ 2, 776 bilhões neste mês, segundo dado parcial do
Ministério do Desenvolvimento considerando as operações fechadas até anteontem. Com isso, o saldo acumulado
no ano chego_u a US$ 15,214 bilhões.
Em igval período do ano passado, o superávit da balança estava em US$ 15, 429 bilhões. E= a primeira vez
neste ano que o resultado acumulado fica abaixo do valor apurado na comparação com 2005, graças,
principalmente, a um aumento mais acentuado das imporlações"
(Folha de S. Paulo, 30 de maio de 2006)
Saldos posttivos na Balança Comercial são um indicio seguro de que o país está em boa situação econômica?
!ntroduçQ() li Econ()mia
1·12010 o
Ili\?
(>
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 151 de 164
. 11. PROVÃO (2002 - n 2)
� º
.,.
� Um aumento nas taxas de juros internacionais costuma ser acompanhado com preocupação no Brasij, dados os
í Pagamentos. Tal preocupação é estam pada diariamente nos jornais, como
"-- poss veis efeitos sobre o Balanço de
. � na reportagem publicada na Folha de S. Paulo, no dia 30 de maio de 2006, por Kennedy Alencar e Marcelo Bali:
· �.J " (... ) A grande Incerteza que ronda e cabeçs de investidores por toda a eoonorma internacional é o futuro
1
-da política monetária nos EUA. Ninguém sabe ao certo oom Ben Bemanke, o no\/0 presidente do Fed, o . banco
1
,:_ central dos EUA, conduzirá o aparto monetário (elevaçiio da taxa de juros de viu/os do governo americano, a gori,
•: ' em 5%] que seu cmtecessor, Alan Greenspan. começou. (.. .) Por conta dessa indefinição é que cresce o consenso
, 1 por aqui de que o BC [Bonco Central] brosi/eiro deve optar ps/8 ceute/8 (... r
,- Disel{ta os possíveis motivos dessa preocupação, identificando repercussões de eventuais elevações das tax:is
lnternàcíonals de juros tanto sobre a conta de Transações Correntes quanto sobre a Conta de Capital 0 Financeira
(
em n psso País.
1�
12. C) .Balanço de Pagamentos brasileiro moslrou superavits crescentes na conta de Transações Correntes. nos
- último� anos, ailmlnando com um saldo positivo recorde em 2005: US$ 14,2 bilhões, ou quase 2¾ do PIB.
Comentando esse resultado, um diretor do Banco Central afirmou que tal tendência das Transações Correntes
"lleiq.em boa hora". trazendo uma indicação muito posiliva quanto à •sustentabílidade externa· da economia. Por
outro lado, argumentou ele, em uma perspectiva de tempo mais ampla. uma economia em desenvolvimento, como
a brasileira, estaria em melhores condições se não tivesse superâvit:s tão elevados em Transações Correntes, pois
ç 'um p economia como a nossa precisa de uma complementação de poupança externa."O Um pequeno déficit em
Transaçõ es Correntes "seria um situação ideal" (0 Estado de S. paulo. 20/1/2006, p. B1).
. Explique, com o auxilio das Informações acima: por que um déf,cil em Transações Correntes pode ser
des11Jável?
( . ;
, 13. f'rstituto Rio Branco, 2008)
São 13presentados abaixo alguns dos dados relativos às Contas Nacionais e ao Balanço de Pagamentós do pa!s
'� Novidade, onde não há governo, no ano 2015:
• Produto Interno Bruto = 1.000
,
•
• Produção (Valor Bruto da Produção}= 1.200
•
• Investimento Bruto Doméstico = 200
• Saldo de Transações Correntes= 135
• Saldo da Balança Comercial = 220
• Saldo de Serviços = -94
,
•
• Rendas recebidas do Exterior = 65
I' • Rendas enviadas ao Exterior " 340
• Saldo da Conta Capital e Financeira = 173
• · Erros e Omissões = •2
,
'
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 152 de 164
)
? )
),
Calcule:
a) a renda liquida enviada ao exterior
)
b) a Renda Nacional Bruta '1
e) o saldo da conta de Transferências Unilaterais ' )
d) a Renda Oisponível Bruta )
e) o resultado do Balanço de Pagamentos )
f) a variação das reservas (ou dos haveres) internacionais )
g) o saldo da Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo )
1,) o valor da produç.ão destinada ao consumo intermediário )
i) as despesas de·Consumo Final )
)
14. (Instituto Rio Branco/ 2004)
)
Julgue os itens a seguir
)
( ) Quando nisseis brasileiros que trabalham no Japão remetem parte de suas economias a seus famülares,
no Brasil, essa transação é registrada como uma transferência unilateral e constitui parte integrante da conta de )
transações correntes.
)
( ) Déficits em conta-<:orrente ímplicam que o montante de divisas arrecadado com as exportações é l
superior àquele exigido para financiar suas importações e transferências unilaterais liquidas.
)
)
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)
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( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 153 de 164
(
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4) Inflação: interpretações do fenómeno, suas causas e
( 1) Moeda: histórico e funções seus efeitos
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)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 154 de 164
)
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)
. .M,.,____ '
)
),
)
2 )
MOEDA: HISTÓRICO E FUNÇÕES )
)
1. O que distingue a moeda dos demais ativos da economia? Justí,que sua resposta com base nas três funções )
Utilizando o ex�rto como motivação, explique o aparecimento da moeda fiduclári�, ou seja, baseada na confiança, )
como a evolução de um sistema baseado na moeda metálica. )
)
3. Com relação às diversas formas assumidas pela moeda ao longo da história, estão corretas as afirmativas )
seguintes, exceto: )
a. ( ) Economia de escambo é aquela em que se trocam men:adonas por mercadorias, não exJstindo moeda
)
como meio de troca.
)
b. { ) A moeda-papel era um certificado com lastro integral {e posteriormente parcial) ern ouro.
)
c. { ) O papel-moeda não dispõe de lastro em ouro, ou seja, não pode ser resgatado.
)
d. ( ) A moeda bancária ou escriturai é representada pelo dlnl1eiro em caixa nos bancos comerciais e pela
emissão monelària. )
e. { ) A moeda-mercadoria assumiu diversas formas, como sal, peles, cigarros, entre outras. )
)
4. PROVÃQ (2003- n 14) º
O concelto de.meios de pagamenlO (representado por M1) Inclui, como agregados monetários:
.
(a) papel-moeda em poder do públiCO e depósitos â vista nos bancos comerciais.
(b) papel-moeda em poder do público e depósitos em contas de poupança.
(e) títulos públicos em poder do público e depósitos à vista nos bancos comerciais.
(d) títulos públicos em poder do público e depósftos em contas de poupança.
(e) depósitos à vista nos bancos comerciais e depósitos em contas de poupança.
5. Os limites de cartões de créd�o devem ser incluídos no estoque de moeda da economia? Justifique sua resposta.
/r.troduç4<> à Econumia
J"/1010
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e
( INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 155 de 164
(
3
(_ O MULTIPLICADOR BANCÁRIO
e
( 6. Explique, por meio de um exemplo, como e por que se propaga o efeito multiplicador da moeda escriturai, ou seja,
( dos depósitos bancários.
(
( 7. O balan90 consolidado de todos os bancos comerciaís de Belíndia, em 2005, apresentou os segui ntes valores (em
( bilhões de dólares), tal que 100 representa o montante de moeda emitido pelo Banco Central.
e
( ATIVO PASSIVO
Caixa ......................... ......................... 100
( Depósitos ........... .................................. 500
Em préstimos ........ .......... .....:........ ...... 400
(
(
Supondo que o Banco Central decida, para estimular a atividade econômica, fixar a relação encaixe/depósitos
(
e mlnima em 1/8 e que o público mantenha todo seu dinheiro depositado, responda às questões seguinte�:
a) Como reagiria o sistema bancário à determinação do Banco Central?
( b} Qual seria o montante adicional de empréstimos?
e c) Qual é a exµansão resulwnte da quantidade total ôe moeda na economia?
(
( 8. ANPEC (1992- nº 9)
e 1) Seu valor aumenta quando aumenta a razão entre o papel-moeda em poder do público e o volume dos
depósitos à vista feitos pelo público nos bancos comerciais.
(_
e 2) Exceto em casos extremos, o valor do multiplicador monetário 6 sempre maior <;!9 que 1 (um).
3) Quanto maior for a razão entre o encaixe total dos bancos comerciais e o volume dos depósitos à vista do
(
e público nesses bancos, maior será o valor do multiplicador monetário.
e
POL_ÍTICA MONETÁRIA (1) 1
(
( 9. Leia atentamente os trechos da reportagem abaixo, de Gustavo Freire, publicada no caderno Economia, do Jornal Q.
(__ Es tado de S. Pau1o. no segundo semestre de 2004:
(
e
e
BC reduz c ompulsórío e ajuda bancos
e O Banco Central adotou (. ..) uma medkfa para reforçar o caixa de pequenos bancos. (...) reduziu em R$ SOO
(_ milhões o depósito compulsório - recursos que os bancos, obrigatoriamente, devem recolher ao BC. (...) Com a
( decisão (. ..) as instituições financeiras terão mais recursos ã disposi�o para usar onde acharem apropriado. (...) O
(
(
(
1 O item Polltica M�netArfa (2) seria abordí'do n :1.
. s• �Ís\a (!e Exercício�, que trata@ M�etocconcmia Ke}T1csfo,na.
lr.11•oduçõo à Ecor:()mit:
( rllOIQ
(
(
(
( ····--- . ·--·-····-··-·- -· ··---·· ., . . • -· ···-··-····----· · -···· · ··· . .... ... . ·---·--··-- ·-···-·-·-·--····-···-····-·-··--·-··· .. -·· ··· ····--····· . ···-····--
(
(
e.
)
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 156 de 164
)
------�---·-..---··----�-----� )
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I;
) '.
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4 )·
mercado financoíro Interpretou a medida como (...) fruto dos temores de que (.. .) inshruiç,ões financeiras de pequeno
)
porto viessem a apresentar problemas de liquidez.
)
)·
O trecho acima faz referência a um Instrumento de poHtica monetária utilizado pelo Banco Central: a fixação do
2 r
depósito compulsôrio dos bancos comerciais • Com base nas idéias do teX10, explique como funcionam os seguintes
instrumentos usados pelo BC para controlar a liquidez do sistema econômico. )
)
a) fixação da razão (encaixe dos ba=sl/(depósitos bancários). )
b) Alteração da taxa de redesconto. )
c) Operações de mercado aberto (compra e venda de titules governamentais pelo Banco Central). )
d) Controle seletivo de crédito. )
)
1 O. PROVÃO (2000 - nª 7)
)
São medidas ei,pansicnistas de política monetírla [adotadas pelo governo]: )
)
1 - venda de títulos públicos; )
'
li - compra de tltulos públicos; )
Ili - redução do depósito compulsório;
IV• elevação do depósito computsôlio;
)
V - redução da taxa de redesconto;
)
VI - elevação da taxa de redesconto.
)
)
Sabendo que a fixação do deo6s1to çompulsôrioé uma medida eouiva!entoà fixação de um encaixe mínimo,
pois oarte deste tem de seccomgulsortamente depositada no Banco Central. estão corretas: )
)
(A} 1, IV e V apenas. )
(B) 1, Ili e VI apenas. )
(C) li, rv e VI apenas. )
(0) li, Ili e V apenas. )
(E) li. ili e Vi apenas. )
)
11. INSTITUTO RIO BRANCO (2003)- QUESTÃO DISCURSIVA
)
Um dos instrumentos de que as autoridades monetárias dispõem pera controlar a oferta monetária da economia )
consiste em determinar o encaixe mínimo compulsório sobre os depósttos em conta corrente admnistrados pelo
)
sistema bancário. Descreva esse instrumento de política monetária e explique, utilizando o conceito de mulUpiicador
)
monelário. por que o cootrole das autoridades sobre o estoque monetário não é absoluto.
J
/Nro,,/llf/io à Eo:J,tt,fPQ/d
rno10
{_
l INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 157 de 164
(
5
( 12. INSTITUTO RIO BRANCO (2003 - nº 28).
(
( A análise macroeconõmica - incluindo-se a mensuração dos grandes agregados - é fundame·nlal à compreensão
( do funcionamento das economias de mercado. Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes:
l a) puando o governo, para debelar um processo inflacionário, reduz seus gastos. mas o Banco Central man!ém
( uma política monetária expansionista, a contração do investimento privado (efeito crowding-ov() resultante dessa
( Em relação aos conceitos básicos da macroeconomia e da economia monetária, julgue os itens que se seguem.
(_ ( ).Aumenlos nos coeficientes de encaixe compulsório, por interfer. irem diretamente no nível de reservas
bancárias, re duzem o efetto multiplicador e, conseqüentemente, a líquidez. da economia.
(
l ( ).Taxas de juros mais elevadas aumentam o custo de oportunidade de detenção da moeda e, portanto,
contribuem para se expandir a demanda de moeda.
INFLAÇÃO
16. Conceitue inflação e cite alguns efeitos provocados por altas taxas de inflação sobre a economia.
17. Quais são os efeitos de uma inflação alta sobre a moeda como reserva de valor, como unidade de conta e como
meio de troca?
18. Discorra a respeito das duas principais teses explicativas (as análises monetarista e estruturalista) do processo
Inflacionário brasileiro anterior à implantação do Plano Real.
lr.troduciio 6 Ect:mQ,,:io
1''/J(JJO
----
I
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 158 de 164
)
)
-----·---·-----·----···----------· -·---·- J;
)
)
6 )
19. Leia alenlamente o trecho da reportaçem abaixo, de SylllÍa Colombo. publicada no caderno Ilustrada, do jornal )•
Folha de s, Paulo em 7/1/06: )
)
Bossa Nova & polêmico
)
(...) Pars o economista Eduardo Giannetti, "JK tentou acelerar artificia/mente o dosenvolvimenlo, sem fazer um
ttsforço dtt poupanç&. Se optou por emitir moede paro psgar os gastos públicos•. O resultado foi um estimulo à
inflação. ·o atalho utilizado pelo presidente foi um mecanismo de fraude sobre• popu/a,;fo� dJz. )
)
Co:no indica a reportagem, a polilica ec:ooõmica adotada pelo governo JK ê base para severas contrové<sias. )
Com base na opinião e,pressa acima e no trecho em destaque, responda em que sentido a inflação é Lida como um )
imposto? )
)
20. Elll)lique, apresentando seu mecani$no básico, o que é inflação inercial. i
)
21. ANPEC (1997 - n• 6)
)
Com re!ação à demanda por moeda, indique se as proposições abaiJCD são falsas ou verdadeiras: )
'
1) A redução da ínftação, tudo o mais constante, eleva ;i demanda por moeda.
2) A redução da inflação, associada à elevação dos jun:>s nomi'lais, eleva a demanda por moeda.
3) A redução do custo de transação entre moeda e outras aplicações remuneradas aumenta a demanda por
moeda.
4) A elevação da renda redU2 a demanda por moeda.
O PLANO CRUZADO
22. Que relação há entre o Plano Cruzado, implantado em 1986, e a idêa de in6rcia inllacionária?
Jotrod1J.çât> a l..'oonomla
l"/1010
�-
e INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 159 de 164
( 7
C 24. Leia o trecho de reportagem abai)(O e depois responda a questão propos(a:
e
( Argentina congefa preços até 2007
"Grandes redes de supennercado da Argentina se comprometeram com o govemo a prorrogar o
(
e congelamento de proços de cerca de 300 produtos de consumo básico até o fim de 2007. (...) O governo Kirchner
decidiu adotar essa solução hete rodoxa de controle de preços para combater a inflação, que subiu 12,3% em 2005. •
(
e
e Com base na experiência inflacionária brasileira, explique e comente esse tipo de política de governo.
e 26. Um dos principais problemas da inflação brasileira durante a década de 80 e o inicio da década de 90 era seu
caráter inercial, conforme visto anteriormente. Assàn, resolva o que se pede:
(
e
e
a) Explique a condução do plano Real, levando em consideração o traio dado aos dois componentes do processo
inflacionário: os choques e as tendências.
( b) Explique as três fases de ataque a tal processo: o ajuste Fiscal, a indexação completa da economia e a reforma
e monotáría.
e
e 27. Qual o papel desempenhado pela abertura comercial no programa de estabilização de preços implanlado no Brasil
e em 1994?
b) Qual foi a importãncia da manutenção de uma taxa de câmbio dissociada dos Indicadores de inflação no
período de implantaç_ão do Plano?
O Plano Real, ao pretender controlar a inflação e fortalecer a moeda nacional, provocou làmbém um. desequí/ibrio
externo, expresso no déficit em conta de Transações Correntes do Balanço de Pagamentos.
J111rcd1tçêo ó Economia
/"!JOIO
[s3
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 160 de 164 )
C) A depreciação inicial do real teve efeitos negativos sobre as importações, ameaçando o abastecimento e gerando )
pressões sobre preçes. Essa problema foi enfrentado pela 'ntensificação da abertura da economia para o exterior. )
)
31. (Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA / 2-004 • adaptada) Podem ser considerados fatores de sucesso
dO Plano Real, exceto:
a) A elevação da concorrência, haja vista o processo de abertura comea:ial.
b) AtraçJo de investrnentos externos dlretos, em vir1ude do processo de pnvatlzação das estatais brasielras.
e) Melhora das e,pectativas quanto ao sucesso do Plano nos primeiros anos.
d) Queda na tal<a de câmbio, haja vista a grande entrada de divisas nos primeiros anos de estabüização pós-Real.
e) Redução dos preços dos bens denominados nâo<0mercialêzáveis logo após a implantação do Plano Real, haja
visla a valorização do real frente ao dólar.
32. (Analista d o Banco Central do Brasíl / 2002) Não é caracietisti:a do sistema de melas de intlação no Brasa:
a} o Banco Central é o re5?0nsável pe,a e,cea;ção das polilicas necessáJias para o cumprimenlo das metas.
b) Caso a meta não seja cumprida, o presidente do 9anco Central dwlgará publicamente as razões do
descumprimento, por meio da carta aberta ao ministro de Estado da Fazenda.
e) Os intervalos de confianÇa serão fixados pelo Conselho Monetário Nacional, mediante proposta do mil".istro de
Estado da Fazenda.
d) O estabelecimenlo de média geométrica enlre \rês Indicas de preços de ampla dJwlgação, no caso de forte
desvalorização cambia! o,J demais c.'loques de ofena. c!esde QUe aprovado pelo Comnê oe POIIOca -natAriQ,
a) A meta de 1nnação é estabelecida como c!iretrtz para a fixação do regime de po4it.:a monetária.
C
J.f.
'--- ...
e
INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 161 de 164
(
(
SIMULADO II
e Que stões referentes ao Môdulo li, que çompreénde as unidades
e Departamento de Economia
INTRODUÇÃO À ECONOMIA-l'/2010
(_
LEMBRE•SE: Esse simulado deve servir apenas para verificar se você assimilou bem o conteúdo e está bem
(_
e preparado para a prova, mas não substitui a leitura dos textos, o comparecimento às aulas e a atenção a temas e
detalhes não contemplados nas questões selecionadas para revisão. O número de questões e o formato da prova .
e podem ser alterados sem aviso prévio. Esta é apenas uma demonstr�ção de uma das provas aplicadas em semestres
e anteriores.
e Leia o texto a seguir para responder às questões 1 n Apesar disso. a quantia arrecadada com filmes
(, 10. americanos no exterior, ainda que enviada de volta aos
( Estados Unidos, não deve ser computada 110 PIB do país
Hollywood foge dos EUA nos anos citados.
( Por Denise Dw�k B) O pagamento de atores chineses por seu trabalho cm
atuações n a China efetuado pela Disney, empresa
( Destruir Nova York pela núlionésima vez, fazer
e ?( C))O investimento de empresas norteamcricanas pata a
/ÍÍÕrteamericana, é computado no PIB chinês.
cpmédias românticas com o casal do momento ·ou
P,foduzír m�is um thril!er policial ambientado em Los ·;,(odução de filmes na Rússia será contabilizado tanto no
( Ani,.cles. Essas e outras receitas que fizeram dos filmes Balanço de Pagamentos norte2mcricano quanto no russo.
e 5 d� Hollywood um dos primeiros produtos globalizados
da iodú.<;tria do e1ltretcniinento já não são màis
na conta de Ti:ansações Correntes e na Conta Capital e
Finaoceira, respecüvarocntc.
( Sltficientes para garantir a rentabitiàade àos estúdios D) A concessão de subsídios governamentais de
americanos. E1n razão disso1 a indústria americana do incentivo à cultura para a produção cinematográfica (tais
( ci t,ema tem investido cada vez mais ·na produção de como a concessão de entradas gratuitas para crianças) 6
( ·íO fjli11cs no exterior, com temática e idioma locais. A incl\1ída apenas no PIB calculado a preços de mercado,
e l;)isney, por exemplo, está produzindo . seu primeiro
longa..metragCJ.1\ clúnê.<:, com atores falando em
mas não se calculado a custo de fatores.
E) O PIB calculado pela soma dos valores atticionados
( manda.rim. "Os investimentos em países estrangeiros são não inc-orre no problema da dupla coniagetn,
ç.pda vez mais intensos", afirma Steve So1ot, presidente
( l5 2) Leia as afirmações a seguir.
e
do escritório brasileiro da Motion Picture Association,
ciue reúne os grandes estúdios atllcricanos. Nos últimos r.. Quando envia dinheiro ao cxterio:- para bancar
superproduções cinematográficas, a Sony contribui para
e seis anos, estima-se que Hollywood já tenha feito 180
filmes estrangeiros. aumentar o multiplicador bancário desses países.
e
Portal Exa1ne, 04/07/2006 (trechos) local). Assinale a alternativa CORRETA.
e
A) "Entre 2000 e 2005, a mecadação dos estúdios
americanos no exterior cresceu 73%" �t�.
(
e
e
e
(
e
e
(
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 162 de 164 )
)
J
)
)
)
Madeira Tábuas Cenários :: investimento� TC = saldo de lrnnsnç:ões correntes; TU )
Insumos - X 7000 = transferêntias unilaterais}.
Salários 1000 1500 1500 D) As importações são registradas no balanço de )
Lucros 2000 2000 3000 pagamentos com sinal positivo, uma vez que )
Aluguéis - y - correspocdc à entrada de mercadorias cstraTigeiras no
Exoortações - - 3000 pais. )
l...l.in1,ortações - - - E) O 100 bilhões de dólares referenres ao recebimento )
' do royalties são · computados na Conta Capital e
·(_Aj X e Y são, respectivamente, 3000 e 500 rupias. Financeira. )
)() O va.lor bruto da produção de cenários é igual a
14500 rupias. 6) A�sinale a alternativa que não indica uma das )
C) O PIB dessa economia pela ótica do valor adicionado principais distorções provocadas pela inflação.
A) Pe!'da de renda real dos trabalhadore.s que possuem )
é jgual a 11000 rupias.
D) O 'PIB • custo de fatores dessa economia é igual a rendimentos nominais fixos . )
llOOO rupias. B�edução do uso da moe·da como reserva de vaJ or.
t<::2}1aior tendência ao déficit na Balança Comercial.- )
E) O PIB dessa economia pela ótica da renda é igual a
11000 rupias. li) Fuga de ativos fuuu1ce. iros para ativos reais. )
7) No contexto econômico do Brasil na década de 1 980,
4) Considere os seguintes gastos anuais de um
quaJ das alternativas a seguir indicaria uma politica
)
consumidor típico russo pera a questão 1 1. Suponha que
só esses setores estão incluídos na ccstil de consumo eficaz de estabili2ação de preços no país? )
típica dessa economia. 2008 é o ano-base. Legeuda: P A) Diminuição da taxa de redesconto.
)
preço por unidade em rublos (moeda local); Q B) Venda de títulos da divida pública.
quantidade. C) Diminuição da caxa de enc aixe (razão de reserva). )
2008 2009 D) Dinúnuição da taxa de juros básica da economia.
)
p p o 8) Marque qual dos bens e serviços a seguir MQ será
)
Bilhetes de Cinema 10 40 15 40 computado no Produto Nacional Líquido a preços de
Vodka 15 20 20 30 mercado brasileiro no ano de 2009. )
Foices 30 10 30 20 A) Computadores produzidos em 2009 em Juiz de Fora
(MG) que foram direto para o estoque, pora sere� )
O valor do IPC de 2009 pelo método de Laspeyres
vendidos no próximo ano. )
(ponderação pelo ano-base) é:
13) Corte de cabelo realizado por um cabeleireiro não
A) l 00
'Q_fissional em Taguatinga (DF) em 2009. ')
ll) 120
�) iPods in1portados dos Estados Unidos em 2009.
C) 125 )
ru 121,s (Consultoria prestada por urna empresa do Acre à
'-19)130.
YPFB, empresa petrolífera estatal boliviana. )
5) Considere ,os seguintes dados do Balanço de Observe a tabela abaixo. que indica o preço unitárió )
Pagamentos da lndia cm 2008, em bilhões de dólares. (em unidaàes monetárias - UM) e a quantidade )
, Inmorracões prod112ida de 3 bens ao longo dos anos de 2007 e 2008
120 )
em determinado pals. Suponha que esses foram os
::Pagamento de_iuros ao exterior 70
únicos bens produzidos nesse pals nesse ano, 2007 ê o )
'"Lucros e dividendos enviados ao 100
ano-base
c."<tenor )
2007 2008
>-Exoorcacões 160
Pr.o,..o Ouant. Preço Ouant.
0'· Gastos de turistas nacionais no exterior 20 )
BemA 5,00 1000 7,00 1000
Amortizações pa_gas ?O )
BemB 10,00 5000 8,00 10000
.,;Emnréstimos tomados 50 BemC 15,00 500 20,00 400 )
Investimento externo direto na lndia 200
··' ,Royaltíes recebidos do exterior 100 9) A�sinale a alternativa que apresenta corretamente o )
Investimentos ei.n carteira no ex�aior 100 PIB real de 2008.
Erros e Omissões - 10 95.000U:M )
111.000 UM
Assinale a alternativa CORRETA. 57.000UM
)
A) As Transações Correntes registraram déficit de D) 62.500UM )
US$70 bilhões. E) l00.000UM
-(B) O saldo final do balanço de pagamentos durante o )
ano apresentou um superávit doUS$70 bilhões. 10) Assinale a alternativa que apreser'lta corrctaniente o
C) Em uma economia aberta e sem goven10, podõ-sc valor aproximado do deflator implícito do PIB de 2008. )
dizer que o produto nacional bruto equivale à e.xpressão: Ali?
)
PNB D e+ I + TC - TU (sendo e= consumo privHdo; I @86
{h'J.- )
2
)
)
l C) 51 INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 163 de 164
( D) 195
E) 100
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INTRODUÇÃO À ECONOMIA - UnB - 1º/2010 Página 164 de 164 )
)
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)
)
°
SIMULADO II-1 /2010 S. Aun,coto da rcntabilidnde sobre n carteira de
investimentos públicos (por exemplo, títulos do
GABARITO DAS QUESTÕES OB.TETIVAS governo) )
l·C; 2-B; 3-A; 4-E; S-11; 6-C; 7-B 8-C 9-ll 10-11
Explicar• polítlcn fiscal escolhida )
RESPOSTAS ESPEllADAS NAS QUESTÔl!S 1. Jnceutiva o in\'esthnento interno e/ou externo ao )
J)ISCURSIVAS ecooomla nacional (por exemplo. -Hc:itaç.õct,
ampliação da 1>roduç�o nacional); )
11· Resposta esperada: 2. Allllltnta o preço dos produtos importados,
O IPC mede a variação nos preços dos produtos )
tornando-os menos atrativos que os produtos
consumidos pelo cousumi(lor típico, produtos de uma nacJonai.s; )
cesta bnseada na Pc•quisa de Orçamento :Familiar. 3. Reduz o preço dos produtos nacionais no exterior,
JA o de0ator mede a variação dos preços de um modo toruaudo•os n1nis atrativos uo mercado
)
geral, levaudo ein cousideraçiio o prodnto da intcrnacionali )
economia como um todo (PIB nomlnalll'ffi real), 4. Atrai tnllftinacionnis e eipnndc o processo
sendo, assim, mais abrangente. No IPC, podem produtivo, gerando crescimento do pl"Oduto riacioual )
conter produtos importados, desde.que façam parte e tornando a economia mais ntracntc nos investidores
dn cestn, o que não ocorre com o deflntor, já que este
)
externos;
é pautado nos produtos produzjdos interna.mente. Na S. Amplia. o capital financeiro recebido e o )
taxa de inflação medida pelo IPC, nllo haverá contingente de investidores finnncciros no país,
mudanças no caso do awnento do preço dos vagões, )
aumenh1.ndo as reservas nacionais.
i' que estes n:lo fa7.em parte da cesta !ipica. No caso )
do deflol'or, haverá aun1ento da taxo, já qne não
houve redução da quaotid•de prodwlda, apesar do )
aumento de preços. )
12� Os superivits na conta capjt,,t! e finaucelra ),
permitiram o financiamento dos déflcits em
transaçaes correntes, con-sideraodo também que a
)
taxa ciu;nbial foi mantida num nível que favorecia )
lmpox-toções (a cbnmadn âncora cambial). Essa
medida era importante para o combate à intlaç!o, )
uma vez que o aumento das importações contribuía )
pura conte:nç:lo dos preços '00 mtl'"cado n:1cioo•�
dnda. a concorrência com produtos importados. Os )
super-á.vits na CCP permitiram, porta.ato, que se ,)
financiasse tais déficits, sem que foss:e necessário
tomar empréstimos no ertcrJor e/ou reduzir :ts )
rc.servas do pais drastka111entc.
)
13- a) 100 bi x 4 e 400 bl )
75 bi x S + 25 • 400 bi
Votiação � O )
t,) Sim, a medida foi eficaz, amo ,·ez que • oferta de )
moeda do pais não se alterou, 1>ermanecendo cm
USS400 bilhões. )
)
14• Deve-se adotar uma política fiscal expansionista,
com aumento nos gastos públicos e/ou corte nos )
impostos sobre a rentabilidade dos investimento, )
e/ou redução nos trlbutos sobre as exportações e/ou
aumento dos ft-ibutos sobre as importações. )
)
RcS'posrns corretas:
1. Aumento dos gasros público.s do governo )
2. Aumento de impostos sobre as importações3.
Dlminuiçiio de impostos sobre as exportações
)
4. Conccnio de subsídios ou redução de tn.xa.s sobre: )
investimentos internos\e>..'1crnos
)
)
4
)
)