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A) ASPECTOS CONCEITUAIS
Nessa linha, o objeto da contabilidade social, por meio do sistema de contas nacional, é medir
as transações monetárias decorrentes do processo de produção, geração de renda e
estruturação da despesa, os quais possibilitam verificar o desempenho de uma economia ao
longo tempo.
Trata-se de uma metodologia de registro dos fatos econômicos que permite mensurar as
atividades de um sistema econômico por meio da organização desses registros, em grupos
chamados de agregados econômicos.
Dessa forma, a contabilidade social se apresenta como uma ferramenta de controle e gestão
desses agregados por meio de indicadores, que representam a atividade econômica como o
fenômeno da geração da riqueza econômica. Quando sintetizados, esses indicadores atuam
como um termômetro das condições gerais dos elementos mais sensíveis às flutuações cíclicas
do lado real da economia.
B) OBJETIVOS
Com Keynes, o foco dos estudos em economia deslocou-se da esfera microeconômica para a
macroeconômica, ou seja, para a explicação do que determina o nível agregado de produto e de
renda no curto prazo, uma vez que Keynes mostrou a possibilidade do comportamento do todo,
ou seja, do agregado, ser diferente do que foi planejado pelos agentes econômicos a nível
microeconômico
Dessa forma, a mensuração do produto agregado considera que a produção de bens e serviços
está relacionada com a geração de renda que ocorre durante o processo de produção, tornando
os fluxos de produção e renda, medidos num mesmo período, iguais.
A produção gerada tem como destino o mercado, em que os bens e serviços são demandados
para consumo final ou para investimento:
No Sistema de Contas Nacionais – SCN, toda oferta (produção mais importação) tem um
destino: ou é consumida ou é investida, ampliando a capacidade produtiva.
Assim, os fluxos de produção, renda e despesa são passíveis de serem acompanhados a partir
de um sistema de contabilidade que identifique e relacione transações econômicas relevantes
de serem medidas ao longo do tempo.
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A partir da origem da contabilidade social, desenvolve-se uma forma de controle e análise das
variações dos principais agregados econômicos ao longo do tempo. Essas variações ocorrem em
função do relacionamento entre os agentes de um determinado sistema econômico, ou seja, as
movimentações dos agentes fornecedores e consumidores, em um determinado cenário
(países, estados e municípios), interferem nos meios de produção (as funções de produção),
gerando uma série de oscilações nesse mercado.
Por sua vez, essas oscilações geram dados, que produzem estatísticas, sintetizadas nos principais
agregados econômicos. A partir desse ponto, a contabilidade social surge, registrando, medindo
e analisando o comportamento desses agregados em períodos de tempo.
D) Relação Macro e CN
Nesse contexto, a macroeconomia e a contabilidade nacional emergem como campos
importantes de estudos:
▪ Quanto e produziu?
▪ Quanto se consumiu?
▪ Quanto se investiu?
▪ Quanto se vendeu para o exterior?
▪ Quanto se comprou do exterior? Etc.
▪ É uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num período, na
agropecuária, indústria e serviços.
▪ Entra no cálculo apenas o produto final vendido, por exemplo, um carro e não o aço
e ferro da produção. Evita-se, assim, a contagem dupla de certas produções.
Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos
os bens de consumo intermediários. Então para encontrar o valor do produto da economia
ou produto agregado:
Exemplo 1:
Situação hipotética para o cálculo do PIB pela ótica da produção: produção de tecido de algodão.
Pontos a serem discutidos: valor adicionado para o conjunto das atividades; PIB setorial; consumo
intermediário etc.
Comentários:
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D) Valoração do PIB
Total de impostos Impostos, taxas e contribuições que incidem sobre os bens e serviços quando são produzidos ou importados,
líquidos de subsídios distribuídos, vendidos, transferidos ou de outra forma disponibilizados pelos seus proprietários, descontando
os subsídios.
a) Margem de é um dos elementos somados ao preço básico para chegar ao preço de mercado de um bem. Valor das vendas
comércio menos o valor dos bens adquiridos para revenda mais a variação real do estoque de bens para revenda.
b) Margem de é um dos elementos somados ao preço básico para chegar ao preço de mercado de um bem. Ela representa o
transporte custo de transporte pago pelo comprador – embutido no preço do bem transportado.
c) Imposto é um tributo federal que incide sobre a entrada de mercadoria estrangeira em território nacional.
de importação
d) Impostos sobre a produção (produto + produção)
▪ Impostos Os impostos sobre produtos abrangem os impostos a pagar quando os bens e serviços são produzidos,
sobre distribuídos, vendidos, transferidos ou de outra forma disponibilizados pelos seus proprietários. Incluem os
produtos impostos e direitos sobre a importação cujo pagamento é devido quando os bens entram no território
econômico ou quando os serviços são prestados.
Exemplo:
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS,
impostos únicos sobre combustíveis e lubrificantes e respectivas alíneas, sobre energia elétrica e minerais...
▪ Outros Os outros impostos sobre a produção compreendem os impostos sobre a mão-de-obra empregada ou
Impostos remunerações pagas e taxas incidentes sobre o exercício de determinadas atividades econômicas.
sobre a Os impostos sobre a produção e a importação são devidos independentemente dos resultados contábeis das
produção unidades de produção, isto é, da realização e montante de lucro operacional. Constituem recursos das
administrações públicas, sendo registrados no momento em que são efetivamente pagos. Seu valor corresponde
à arrecadação líquida, ou seja, deduzidas as devoluções e restituições.
– Impostos sobre operações financeiras (IOF), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
Tarifas de comunicação; adicional de frete da marinha mercante, cotas de previdência e
impostos sobre produtos específicos...
Subsídios Subsídios são transferências correntes das administrações públicas para as unidades de produção mercantis,
efetuadas dentro do contexto da política socioeconômica, com o objetivo de reduzir o preço de mercado dos
produtos e/ ou permitir uma rentabilidade suficiente à atividade.
Concessão de dinheiro feita pelo governo a determinadas atividades (indústria, agricultura etc.) com a finalidade
de manter acessíveis os preços de seus produtos ou gêneros ou para estimular as exportações do país.
Exemplo:
Subsídio agrícola é uma ajuda monetária que os produtores agrícolas recebem do Estado com o objetivo de
reduzir o preço final dos produtos, permitindo maior competitividade no mercado internacional.
O subsídio destinado à agricultura geralmente estão acompanhados de vantagens, como juros mais baixos do
que o do mercado, barreiras fiscais e sanitárias para os produtos similares importados, redução de impostos,
financiamentos para compra de adubos, de defensivos agrícolas, maquinários etc.
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Exemplo 2:
Comentários:
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Quem calcula?
▪ No Brasil, o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição
federal subordinada ao Ministério da Economia.
▪ Desde 1990, o IBGE calcula o PIB a cada três meses. Uma equipe de cerca de 30 pessoas trabalha no
cálculo do PIB, indicador publicado nas Contas Nacionais Trimestrais.
▪ Para chegar aos dados da oferta, ou seja, do que foi produzido, o IBGE coleta informações sobre
os setores de atividade econômica, enquadrados, de forma geral em: agricultura, indústria e
serviços.
▪ Atualmente, a classificação de atividades adotada pelo IBGE, chamada de Classificação Nacional
de Atividades Econômicas-CNAE, é a classificação padrão para as estatísticas brasileiras.
▪ A CNAE foi estruturada tendo como referência a International Standard Industrial Classification
of All Economic Activities - ISIC das Nações Unidas;
▪ A gestão e manutenção da CNAE é de responsabilidade do IBGE, a partir das deliberações
da Comissão Nacional de Classificação - Concla.
▪ A Concla, que foi criada em 1994 para o monitoramento, definição das normas de utilização e
padronização das classificações estatísticas nacionais.
▪ Hierarquia: Ministério da Fazenda(Economia)/CONCLA/IBGE/CNAE
▪ A Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE é a classificação oficialmente adotada
pelo Sistema Estatístico Nacional e pelos órgãos federais gestores de registros administrativos.
▪ A CNAE é o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos
critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração Tributária do país.
▪ Esta padronização é aplicada a todos os agentes econômicos que estão engajados na produção
de bens e serviços, podendo compreender estabelecimentos de empresas privadas ou
públicas, estabelecimentos agrícolas, organismos públicos e privados, instituições sem fins
lucrativos e agentes autônomos (pessoa física) .
▪ Junto com o desenvolvimento da classificação de atividades, o IBGE apresenta uma classificação
geral de produtos e serviços:
PRODLIST Indústria PRODLIST Construção
PRODLIST Agro/Pesca PRODLIST Serviços
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A CNAE 2.0 é uma classificação estruturada e hierarquizada das atividades econômicas em cinco
níveis, com 21 seções, 87 divisões, 285 grupos, 673 classes e 1301 subclasses.
No nível mais alto de agregação, também chamado nível de tabulação, a CNAE 2.0 está
organizada em vinte e uma categorias, a seguir discriminadas:
Fonte: https://cnae.ibge.gov.br/
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A) CONCEITO
Os agregados das contas nacionais podem ser expressos em valor nominal (corrente) ou em
valor real (constante).
i. Valor nominal (a preços correntes): é o valor das transações econômicas calculado com
a quantidade transacionada e seu preço no mesmo período – ou seja, qt × pt;
Produto em valores correntes, ou valores medidos aos preços do ano corrente ou
nominais:
PIB nominal a preços correntes = quantidades correntes x preços correntes:
Assim, se consideramos os anos de 2018, 2019 e 2020, por exemplo, os valores
correntes podem ser representados como as quantidades transacionadas em cada ano
valoradas aos preços médios do mesmo ano (corrente).
Então, PIB nominal a preços correntes = quantidades correntes x preços correntes:
PIB2018 = p2018 . q2018
PIB2019 = p2019 . q2019
PIB2020 = p2020 . q2020
ii. Valor real (a preços constantes): é o valor das transações econômicas calculado com as
quantidades transacionadas no período. Contudo, os preços adotados no cálculo do
valor são fixados em um outro período chamado ano-base (um ano cujos preços de
mercado são estabelecidos como padrão para mensuração).
Ou seja, faz-se a seguinte pergunta: qual seria o PIB no período analisado se os preços
do ano-base tivessem se mantido, segundo as quantidades atuais?
O cálculo do PIB real não faz nada mais que multiplicar as quantidades comercializadas
de todos os bens no ano corrente (isto é, no ano em análise) pelos preços dos mesmos
bens no ano-base.
As últimas recomendações internacionais sugerem que se adote sempre como ano de
referência o ano imediatamente anterior. Então:
PIB real a preços do ano-base = quantidades correntes x preços do ano-base.
Tomando-se como ano-base 2018, estamos zerando a partir desse momento o efeito
da inflação:
PIB REAL 2018 = p2018 . q2018
PIB REAL 2019 = p2018 . q2019
PIB REAL 2020 = p2018 . q2020
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A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação chega
a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
Após retirada do efeito da inflação, o que sobre significa crescimento real ou aumento das
quantidades (se a taxa for positiva), ou uma queda real ou redução das quantidades (se o
resultado for negativo).
O deflacionamento pode ser feito para qualquer variável, como: PIB, salários, impostos, custo
de produção, faturamento da empresa etc.
Na prática, fica muito complicado trabalhar com os preços dos vários produtos de forma
individualizada. Por isso, para transformar uma série de valores nominais em valores reais
utiliza-se um índice de preços que expresse a evolução da inflação no período de comparação
entre as variáveis.
Os índices de preços correspondem as médias ponderadas das mudanças de preços dos diversos
produtos. A partir do índice de preço calcula-se um “fator” que converte os valores nominais em
valores reais. O cálculo desse fator dependerá do ano escolhido para servir de base.
Portanto, para transformar uma série nominal em uma série real é preciso deflacionar a série
nominal. Para isso, é necessário encontrar um índice de preços (deflator) que represente o
crescimento da inflação no período.
Então, independente do deflator (índice) escolhido, o procedimento é:
𝑽𝑨𝑳𝑶𝑹 𝑵𝑶𝑴𝑰𝑵𝑨𝑳
Valor real = 𝑿 𝟏𝟎𝟎
Ï𝑵𝑫𝑰𝑪𝑬 𝑫𝑬 𝑷𝑹𝑬Ç𝑶𝑺
C) ÍNDICES DE PREÇOS
Existem diversos indicadores de inflação em uso no Brasil. Alguns são mais populares e
costumam ser mais usados. Os principais índices de inflação são desenvolvidos por essas
entidades:
Com base na tabela abaixo, observe a descrição e explicação de cada coluna e dos valores
subsequentes:
A B C D E
Coluna C – indica, como referência para deflacionar a série, o IPCA (a = 2003), tendo
como base o ano de 2003.
IPCA: índice oficial de inflação, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medido
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre os dias 1º e 30 de cada
mês.
Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à
vista, colhidos em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios
(para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos.
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O IPCA reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos,
residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do
município de Goiânia.
𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿
Valor real = 𝑋 100
Ï𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 𝐷𝐸 𝑃𝑅𝐸Ç𝑂𝑆
202,6
Valor real2003 = 𝑋 100 = 202,60 (valor real da produção em 2003, tendo como base o ano de 2003)
100
143,6
Valor real2004 = 𝑋 100 = 211,39 (valor real da produção em 2004, tendo como base o ano de 2003)
67,93
190
Valor real2005 = 𝑋 100 = 200,93 (valor real da produção em 2005, tendo como base o ano de 2003)
94,56
318,7
Valor real2006 = 𝑋 100 = 212,24 (valor real da produção em 2006, tendo como base o ano de 2003)
150,16
265
Valor real2007 = 𝑋 100 = 206,48 (valor real da produção em 2007, tendo como base o ano de 2003)
128,34
Na passagem do ano 2003 para 2004, houve um aumento real da produção de 4,34%
211,4
Taxa de variação real = (202,6 - 1) x 100 = 4,34 %
Na passagem do ano 2004 para 2005, houve uma redução real da produção de (- 4,97%)
200,9
Taxa de variação real = (211,4 - 1) x 100 = - 4,97%
Na passagem do ano 2005 para 2006, houve um aumento real da produção de 5,62%
212,2
Taxa de variação real = (200,9 - 1) x 100 = 5,62%
Na passagem do ano 2006 para 2007, houve uma redução real da produção de (– 2,69%)
206,5
Taxa de variação real = (212,2 - 1) x 100 = - 2,69%
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Com base na tabela anterior, exemplo 1, observe a descrição e explicação de cada coluna e dos
valores subsequentes:
Deflacionando a série, tendo como base o ano de 2006:
Para deflacionar a série tendo como base o ano de 2006, ou seja, transformar os valores
nominais em valores reais tomando como base o ano de 2006, é preciso dividir todos os índices
pelo índice do ano base. Assim, todos os índices de preços são divididos pelo índice de 2006 –
todos os valores da Coluna C divididos pelo IPCA de 2006:
Exemplo 6:
O produto da economia pode, também, ser mensurado pela ótica da despesa (ou gasto, ou
categorias de demanda agregada).
Pelo fluxo circular da renda, toda produção de bens e serviços ou é destinada para gasto
corrente (consumo) ou gasto em formação de capital (investimento).
Numa economia aberta e com governo construímos agregados que representam os destinos do
produto para consumo final, investimento (formação bruta de capital fixo) e variação dos
estoques mais o saldo das exportações sobre as importações de bens e serviços.
O consumo final representa o valor dos bens e serviços utilizados para satisfação direta das
necessidades humanas, individuais e coletivas.
A medida do PIB pode ser obtida, então, pela soma do total dos gastos dos agentes econômicos
com o consumo de bens e serviços além do investimento para a ampliação de capacidade
produtiva ou manutenção do equipamento (como no fluxo de renda ampliado).
a) Ótica da despesa = soma dos gastos finais em bens e serviços: despesas de consumo e
com formação de capital.;
b) Ótica da despesa = valor total dos bens e serviços destinados para consumo final
(coluna total da demanda final).
c) A demanda agregada é composta de quatro elementos, sendo:
d) DA= C + G + I + (X-M)
DA= C + G + I + (X-M)
1. Despesas de consumo final
a) Despesas de Despesas com bens e serviços realizadas pelas famílias.
consumo final das por convenção, as famílias consomem imediatamente todos os bens
famílias comprados, produzidos para consumo próprio ou fornecidos gratuitamente,
inclusive os bens duráveis (automóveis, eletrodomésticos, móveis etc.), com
exceção de imóveis e melhorias.
b) Despesas de Serviços individuais e coletivos prestados gratuitamente, total ou
consumo final das parcialmente, pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal),
administrações deduzindo-se os pagamentos parciais (entradas de museus, matrículas etc.)
públicas efetuados pelas famílias. São valorados ao custo de sua produção.
2. Formação bruta de A FBCF é justamente a conta de investimentos do PIB. A FBCF mede o quanto
capital fixo as empresas aumentaram os bens de capital - aqueles que que servem para
produzir outros bens, como máquinas, equipamentos e construção civil.
Acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados ao uso das unidades
produtivas, realizados em cada ano, visando ao aumento da capacidade
produtiva do País.
A formação bruta de capital fixo representa o valor dos bens duráveis
adquiridos no mercado ou produzidos por conta própria e destinados ao uso,
em unidades de produção, por período superior a um ano. Tem por
finalidade aumentar a capacidade produtiva do País.
3. Variação de Diferença entre os valores dos estoques de mercadorias finais, de produtos
estoques semimanufaturados, bens em processo de fabricação e matérias-primas dos
setores produtivos no início e no fim do ano, avaliados aos preços médios
correntes do período.
4. Exportação de bens Bens e serviços exportados avaliados a preços FOB, ou seja, incluindo
e serviços somente o custo de comercialização interna até o porto de saída das
mercadorias.
5. Importação de Bens e serviços adquiridos pelo Brasil do resto do mundo, valorados a preços
bens e serviços CIF, ou seja, incluindo no preço das mercadorias os custos com seguro e
frete.
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Exemplo 7:
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Além das óticas produção e despesa, o PIB pode ser medido somando a remuneração de todos
os fatores de produção de todas as unidades produtivas da economia – ÓTICA DA RENDA. Assim,
outra forma de se calcular o valor adicionado é somar os pagamentos aos fatores de produção
empregados no processo produtivo – de forma simplificada, o capital e o trabalho.
A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de
produção de propriedade de residentes.
Por unidade residente o IBGE entende “Unidade que mantém o centro de interesse econômico
no território econômico, realizando, sem caráter temporário, atividades econômicas nesse
território”.
O conceito de RNB engloba as rendas dos setores público (administrações públicas) e privado da
economia (empresas, famílias e instituições sem fins lucrativos), além das transferências de
recursos entre o país e o resto do mundo.
Por exemplo, a produção de estrangeiros no Brasil conta no conceito de interno, mas não no
conceito de nacional. A produção de brasileiros no exterior, conta, por exemplo, como PIB do
país estrangeiro e como renda nacional do Brasil.
B) RNB = remuneração dos empregados, mais o total dos impostos, líquidos de subsídios, sobre a
produção e a importação, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto.
Remuneração dos empregados: despesas efetuadas pelos empregadores (salários mais contribuições
sociais) com seus empregados em contrapartida do trabalho realizado.
Excedente Operacional Bruto (EOB): saldo resultante do valor adicionado bruto deduzido das
remunerações pagas aos empregados, do rendimento misto e dos impostos líquidos de subsídios
incidentes sobre a produção.
Rendimento misto bruto: remuneração recebida pelos proprietários de empresas não constituídas em
sociedade, sejam eles trabalhadores por conta-própria (autônomos) ou empregadores informais.
A denominação “misto” diz respeito à natureza do ganho do trabalhador que não pode ser especificada
como rendimento do trabalho ou do capital.
Exemplo: para um motorista de táxi que exerça a profissão em seu próprio veículo, não será possível
atribuir quanto de seu ganho é devido somente ao seu capital (o automóvel), ou quanto é originário
apenas de seu trabalho (o transporte de passageiros).
Assim, devido a essa impossibilidade de separação, esses ganhos são alocados sob a rubrica
“rendimento misto”. No SCN do Brasil, o rendimento misto é obtido por meio das entrevistas
domiciliares à população.
O EOB para empresas é geralmente relacionado na literatura econômica como uma proxy
(aproximação) do lucro bruto. Empiricamente, equivale à parcela da renda gerada pelas empresas que
deve incluir, por exemplo:
▪ Lucro líquido do exercício, antes da provisão do imposto de renda;
▪ Saldo das despesas e receitas não operacionais e financeiras;
▪ Distribuições no exercício, tais como participações nos lucros, retiradas e gratificações
▪ dos administradores;
▪ Impostos (exclusive imposto de renda), taxas, multas e demais contribuições
▪ parafiscais;
▪ Doações, contribuições;
▪ Despesas com prêmios de seguros;
▪ Resultado em participações societárias;
▪ Depreciação;
▪ Despesas com royalties.
C) RNB = Soma das remunerações dos fatores de produção (salários + EOB) pagas a
residentes + saldo (recebimento menos pagamento) envolvendo as transações
internacionais de um país, ou seja, considerar:
▪ Renda recebida por unidades residentes pelo pagamento de fatores de produção
(salários + EOB), ou seja, Renda líquida recebida do exterior;
▪ Renda de fatores gerada no país, mas transferida para unidades residentes no
exterior (salários + EOB), ou seja, Renda líquida enviada ao exterior.
▪ Saldo: Renda recebida por unidades residentes pelo pagamento de fatores de
produção menos Renda de fatores gerada no país, mas transferida para unidades
residentes no exterior.
D) RNB = Produto interno bruto mais os rendimentos líquidos dos fatores de produção recebidos do
resto do mundo (remunerações + rendas de propriedade) menos os rendimentos líquidos enviados
ao exterior (remunerações + rendas de propriedade líquidas)
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Rendas de propriedade
▪ Renda de propriedade: renda recebida pelo proprietário e paga pelo utilizador de um ativo financeiro ou de um
ativo não produzido, como terrenos.
▪ Rendas de propriedades enviadas e recebidas: remuneração líquida (recursos menos usos) dos fatores de
propriedade, constituída por: a) rendas de capitais – juros, lucros e dividendos – e b) outros serviços de fatores
constituídos por royalties e direitos autorais (conta de alocação da renda).
A partir do cálculo da RNB, podemos derivar outro agregado de interesse que é a Renda Nacional
Disponível (RDB).
O conceito de RDB difere do conceito de renda nacional por considerar o saldo das
transferências correntes recebidas e enviadas ao exterior:
Transferências correntes (TUR) toda movimentação de recursos entre agentes econômicos e países, sem
contrapartida com o processo de produção (por exemplo, remessa e recebimento de recursos entre governos e
residentes, remessa de imigrantes para suas famílias no país, doações, heranças, bolsa de estudo, pagamento de
prêmio de seguro e indenizações - incêndio, inundação, acidente, roubo e outros riscos, incluindo ainda o seguro
de reembolso de despesas de assistência médico-hospitalar etc.).
TUR = transferências líquidas correntes, ou seja, transferências de recursos sem contrapartida no processo
produtivo, como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio, de operações de seguro,
de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes.
Transferência corrente é uma transação na qual uma unidade institucional provê um bem, um serviço ou um
ativo a outra unidade, sem receber em troca qualquer bem, serviço ou ativo.
Os três principais tipos de transferência corrente distinguidos na distribuição secundária da renda são:
i) Impostos correntes sobre a renda e a propriedade (IReP): o saldo dos impostos são transferidos de
todas as unidades institucionais para a administração pública. Portanto, são um recurso para a
administração pública e um uso para os demais setores institucionais.
ii) Contribuições sociais (CS) e benefícios sociais (BS):
▪ As contribuições sociais (por exemplo, as contribuições à previdência pública e privada)
registradas nessa conta referem-se às contribuições das famílias para a administração
pública e para as empresas financeiras, como pagamentos a esquemas de seguro social
com objetivo de fazer provisão para benefícios sociais a serem pagos no futuro. Não
incluem as contribuições sociais feitas pelos empregadores para seus empregados,
registradas na conta de distribuição primária da renda na rubrica de remunerações dos
empregados.
▪ Os benefícios sociais são transferências pagas às famílias com o objetivo de prover
necessidades que surgem por determinados acontecimentos, tais como aposentadoria,
desemprego, doença etc.
iii) Outras transferências correntes (TUR): transferências entre unidades institucionais residentes ou
entre unidades residentes e não residentes. Incluem, principalmente, transferências:
▪ entre diferentes níveis de governo;
▪ referentes à cooperação internacional, em moeda ou em espécie, entre governos
▪ de diferentes países ou entre governos e organizações internacionais;
▪ a instituições sem fins lucrativos, na forma de doações;
▪ entre famílias residentes morando em locais diferentes, e entre residentes e
não residentes, como remessa de imigrantes para seus familiares;
▪ como o pagamento de prêmio líquido de seguro e indenizações.
.
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A RDB - Renda Nacional Disponível corresponde aos recursos que os agentes econômicos têm
para gastar em consumo ou para poupar.
Assim, a Renda disponível bruta é o saldo resultante da renda nacional bruta deduzidas as
transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo:
Podemos subdividir a RDB em renda do governo, das empresas (financeiras e não financeiras) e
das famílias (consumidoras ou produtoras).
Em que:
o RLG = Renda Líquida do Governo - composta pela soma dos impostos diretos e indiretos
arrecadados pelo governo e outras receitas correntes Menos Transferências e subsídios
pagos pelo governo.
o RPD = Renda Privada Disponível - A RPD (empresas e famílias) é composta pela soma de:
▪ salários;
▪ juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos;
▪ transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda e patrimônio; e
▪ lucros retidos nas empresas e reserva para depreciação.
1ª Razão:
a) Parte do lucro é levado pelo governo na forma de impostos sobre a renda das empresas;
b) Parte do lucro é retido para financiar expansões das empresas;
c) Finalmente são pagos impostos para a previdência social, e estes também não vão para a renda
pessoal.
2ª Razão:
a) Transferências – são fonte de renda para as famílias mas elas não são derivadas da utilização
de fatores de produção no ano, não estando, portanto, incluídas na renda nacional.
Assim, para chegar da renda nacional à renda pessoal subtraímos os impostos sobre a renda
das empresas, os lucros retidos e os recolhimentos para a previdência social, mas somamos as
transferências.
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Exemplo 8:
Exemplo 9:
1 000 000 R$
Produto Interno Bruto/RENDA
Remuneração dos empregados (inclui salários e benefícios) + Excedente operacional bruto - EOB 2.215.185
Rendas de Propriedade Recebidas do Resto do Mundo 38.413
Remuneração dos Empregados não Residentes Enviada e Recebida do Resto do Mundo 185
Transferências Correntes Recebidas do Resto do Mundo 7.474
Rendas de Propriedade Enviadas ao Resto do Mundo 100.580
Transferências Correntes Enviadas ao Resto do Mundo 4.058
Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisa, Coordenação de Contas Nacionais.