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ECONOMIA:

FOCO NA ANÁLISE DE MERCADOS

Formador:

Valente Matlaba, PhD.

Período: 25 a 29 de julho de 2022


Daniel L.
O plano do curso foi adaptado do programa ECONOMIA EMPRESARIAL:
AMPLIANDO A VISÃO DE NEGÓCIOS, do IEL – Instituto Euvaldo Lodi, Goiás,
Brasil

O material das aulas foi adaptado das aulas dos seguintes docentes:

Parte Micro: Profa. Dra. Daisy A. N. Rebelatto (Depto. de Enga. de Produção,


Escola de Enga. de São Carlos, Universidade de São Paulo - USP)

Parte Macro:
Prof. Pedro Marques (Faculdade de Economia, Univesidade de São Paulo –
USP)
Economia

A economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo


essencialmente o processo de produção, a geração e a
apropriação do rendimento, o dispêndio e a acumulação.
Economia

Micro Macro
Foca na economia em menor Foca na economia como um todo,
escala, se preocupando em analisar analisando agregados econômicos, tais
decisões de consumidores, como PIB, inflação, desemprego,
empresas e famílias. balança comercial e câmbio.
Sistemas económicos e o sistema capitalista de produção
Microeconomia

Perguntas fundamentais:
. QUAIS SÃO OS BENS E SERVIÇOS A PRODUZIR?
. COMO PRODUZIR ESSES BENS E SERVIÇOS?
. PARA QUEM PRODUZIR OS BENS E SERVIÇOS?
• QUANDO PRODUZIR?

MERCADO GOVERNO
“Mão Invisível” de Adam Smith – indivíduos
com liberdade completa de escolha e
produção livre.

MERCADO
Criação ou aumento de impostos
Poder de compra governamental
Leis
Empresas estatais

GOVERNO
Uma economia mista é aquela em que
Governo e Mercado compartilham as
decisões de o que, como e para quem
produzir.

MERCADO GOVERNO
MECANISMO DE MERCADO

DEMANDA CUSTOS PRODUÇÃO OFERTA

CONCORRÊNCIA MERCADOS ENTRE CONCORRÊNCIA


PERFEITA CONCORRÊNCIA IMPERFEITA
PERFEITA E
IMPERFEITA

FORMAÇÃO
DOS
PREÇOS
TEORIA DO CONSUMIDOR E DA DEMANDA
DEMANDA
Espaço geográfico
específico
P
Tempo
determinado
1 0 ,0 0 A

8 ,0 0 B

6 ,0 0 C

Bens normais / bens superiores


D
4 ,0 0

50 100 200 400 Q Bens substitutos / Bens complementares


Bens inferiores/ Bens de Giffen
Bens de luxo / Bens supérfluos

A demanda é uma relação que demonstra as


quantidades de um bem ou serviço que os
compradores estariam dispostos e seriam capazes de
adquirir a diferentes preços de mercado
FUNÇÃO DEMANDA

$/(q) É uma função que explica as várias


quantidades que os consumidores estarão
A
10,00
dispostos a retirar do mercado, de um certo
8,00 B
produto ou serviço, conhecido o preço, a uma
6,00 C
4,00
D certa unidade de tempo qualquer.

50 100 200 400


Qx/ut
Reta – simplificação matemática
Coeficiente angular negativo – conceito de
máximo

𝑃1 − 𝑃0
𝑃 − 𝑃0 = 𝑄 − 𝑄0
𝑄1 − 𝑄0
FUNÇÃO DEMANDA

𝑃1 − 𝑃0
EXEMPLO: 𝑃 − 𝑃0 = 𝑄 − 𝑄0
𝑄1 − 𝑄0
P0 = 1,20 P1 = 1,10
Q0 = 1.640 Q1 = 1.660

(P1-P0)/(Q1-Q0) (1,10 – 1,20)/(1.660 – 1.640) -0,005

P – 1,20 = -0,005 (Q – 1.640) = -0,005Q + 8,2


$/(q)

P = 9,4 – 0,005Q 9,4

Q=0 P = 9,4

P=0 Q = 1.880
1.880 Qx/ut
QUANDO “OUTRAS COISAS MUDAM”
FATORES QUE
AFETAM

Provoca variação sobre


PREÇO
a Função Demanda
RENDA

Deslocamento na PREÇO BENS


Função Demanda RELACIONADOS

GOSTOS
Conhecendo
melhor a curva
de Demanda
ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA

Mede o quanto a vontade de comprar dos


consumidores é sensível a uma variação
no preço do produto em questão.

Ed =  % q demandada/  % preço
Ferramenta com
aproximações
satisfatórias
P sobe 50%
SAL -10%/50% = 0,2
Q desce 10%

P sobe 50%
PALMITO -50%/50% = 1
Q desce 50%

P sobe 10%
OURO -60%/10% = 6
Q desce 60%

O SINAL É NECESSÁRIO?
O PROBLEMA DO PONTO INICIAL

4
3
2
 P = $ 2 ,0 0
A

. Pm

 Q = 20
B

40 50 60 Q

Partindo de A: Ed =  Q/  P = 50%/50% = 1
Partindo de B: Ed = 33%/100% = 0,33
Utilizando o Ponto Médio (Pm): 40%/66% = 0,60
SINTETIZANDO

1. Se | Ed| > 1, a curva de demanda é elástica com relação ao preço. O percentual


de variação na quantidade demandada é maior que o percentual de variação
no preço. Bens de fácil substituição ou de grande peso no orçamento.

2. Se | Ed| < 1, a curva de demanda é inelástica com relação ao preço. O percentual


de variação na quantidade demandada é menor que o percentual de variação
no preço. Bens de difícil substituição ou de pouco peso no orçamento.

3. Se | Ed| = 1, a curva de demanda tem elasticidade unitária com relação ao preço.


O percentual de variação na quantidade demandada é igual ao percentual de
variação no preço. Bens teóricos.
RECEITA TOTAL E ELASTICIDADE

P P P

5
4
A2
. .
E2
E1
5
4
A3
. E3

. E1
5
A3
. E4
Ed = 1

A1 A1
4 .E1

A1

1 50 2 50 2 30 2 50 Q 2 00 2 50 Q
Q
(a) Demanda elástica. Se a (b) Demanda inelástica. Se (c) Elasticidade unitária.
um preço mais alto a receita a um preço mais alto a Receita total permanece
total é mais baixa, a demanda receita total é mais baixa, a constante mesmo com
é elástica, e a comissão de demanda é inelástica, e a aumento no preço.
formatura está errada. comissão está certa.

RT1 = 4 x 250 = 1000 RT1 = 4 x 250 = 1000 RT1 = 4 x 250 = 1000


RT2 = 5 x 150 = 750 RT2 = 5 x 230 = 1150 RT2 = 5 x 200 = 1000
ELASTICIDADE RENDA

Mede o quanto a vontade de comprar dos


consumidores é sensível a uma variação
na renda.

Ed =  % q demandada/  % renda
Ferramenta com
aproximações
satisfatórias
ELASTICIDADE RENDA

ER Relação entre ER e f(D) Tipo de produto


ER  1 ALTA SUPÉRFLUO
ER = 1 NORMAL TEÓRICO
ER  1 BAIXA SUBSISTÊNCIA
ER = 0 INEXISTENTE TEÓRICO
ER = (-) INVERSA BENS INFERIORES
ELASTICIDADE CRUZADA

Mede a sensibilidade que existe em


alterar as q demandadas de um produto,
a preço constante, quando um produto
relacionado variar o preço

Ed =  % q B/  % preço A
A – variador do
mercado
ELASTICIDADE CRUZADA

Ecr AB = (+) Existe um fluxo de consumidores em direção


ao produto B (menor preço) que é denominado substituto de A

Ecr AB = (-) Não existe um fluxo de consumidores entre os


produtos que são, portanto, complementares
Variações na elasticidade
também acontecem DENTRO
da Curva de Demanda
DISPÊNDIO TOTAL E ELASTICIDADE

Dispêndio Total é a função com a qual se pode determinar a q de $


que o consumidor despende ao adquirir uma certa q de produto,
conhecendo o preço, num determinado t.

q p DT = p.q E Relação entre p e DT


0 8 0
1 7 7 Ep1 p DT
2 6 12 supérfluo p DT
3 5 15
4 4 16 Ep=1 (normal)
5 3 15
6 2 12 Ep1 p DT
7 1 7 subsistência p DT
8 0 0
DISPÊNDIO TOTAL E ELASTICIDADE

DT = p.q Q=8-p

16
DT = p (8 – p) DT = 8p - p²
F(DT)

Ep1
8
Ep=1 O ponto mediano da função
demanda (E = 1) conduz os
Ep1 consumidores ao DT máx.
F(Do) Tendência: reduzir preço
0 4 8 produtos supérfluos e
aumentar preço produtos
essenciais
UTILIDADE MARGINAL

Utilidade Marginal

A utilidade marginal de um
e assim por diante bem ou serviço é o
incremento de satisfação
que um indivíduo recebe
do consumo de uma
unidade adicional deste
bem ou serviço.
1 2 3 4 Quantidade
UTILIDADE MARGINAL

UMg = (Utn – Utm)/(qn – qm) = UT/ q


UT

Qx/ut

À medida que o consumidor acrescenta uma unidade q a mais de um


produto ou serviço, sua utilidade inerente decresce até o ponto de
saturação e, a partir daí, provoca insatisfação e a UT tende a decrescer.
TEORIA DA EMPRESA E DA OFERTA
MECANISMO DE MERCADO

DEMANDA CUSTOS PRODUÇÃO OFERTA

CONCORRÊNCIA MERCADOS ENTRE CONCORRÊNCIA


PERFEITA CONCORRÊNCIA IMPERFEITA
PERFEITA E
IMPERFEITA

FORMAÇÃO
DOS
PREÇOS
OFERTA
P

F
1 0 ,0 0

8 ,0 0 G

6 ,0 0 H
J
4 ,0 0

150 200 240 260 Q

A oferta é uma relação que demonstra as quantidades de um bem


ou serviço que os vendedores estariam dispostos e seriam
capazes de vender a diferentes preços de mercado
FUNÇÃO OFERTA

$/(q) É UMA FUNÇÃO QUE EXPLICA COMO A


EMPRESA ESTARÁ DISPOSTA A
10,00
COLOCAR NO MERCADO AS VÁRIAS
8,00
QUANTIDADES DE UM PRODUTO OU
6,00

4,00
SERVIÇO, CONHECENDO-SE O PREÇO,
NUM DETERMINADO TEMPO
50 100 200 400
Qx/ut

Reta – simplificação matemática


𝑄1 − 𝑄0 Coeficiente angular positivo – conceito de
𝑄 − 𝑄0 = 𝑃 − 𝑃0 mínimo
𝑃1 − 𝑃0
FUNÇÃO OFERTA

EXEMPLO:
P0 =10,40 P1 = 10,20
Q0 = 2.680 Q1 = 2.640

(Q1-Q0)/(P1-P0) (2.640 – 2.680)/(10,20 – 10,40) 200

Q – 2.680 = 200 (P – 10,40) = 200P + 2.080


$/(q)

Q = 200P + 600

Q=0 P = -3,0

P=0 Q = 600
600 Qx/ut
3,0
QUANDO “OUTRAS COISAS MUDAM”

FATORES QUE
AFETAM
CUSTOS

TECNOLOGIA

Deslocamento na
Curva de Oferta
CLIMA

Provoca variação sobre


a Função Oferta PREÇO BENS
PREÇO RELACIONADOS
Analisando as Funções de
Produção...
PRODUÇÃO TOTAL (PT)

Mantendo fixa a quantidade empregada de um dos fatores (capital)


e variando a quantidade de outra variável (trabalho) é possível
medir o resultado da produção em cada instante de variação.

PT = f(FF,FV)

FF (K) FV (L) PT PT = f(K,L)


1 0 -
1 1 6 PT

1 2 14
1 3 20
1 4 20
1 5 18
1 6 16
PRODUÇÃO MÉDIA (PMe)

Mede o rendimento do fator variável

PMeFV = PT/FV PMeFV = f(K,L)/L

PMe
FF FV PT PM
(K) (L)
1 0 - -
1 1 6 6
1 2 14 7
1 3 20 6,6
1 4 20 5,0
1 5 18 3,6
1 6 16 2,6
PRODUÇÃO MARGINAL (PMg)

Mede a proporcionalidade entre as variações que ocorrem em PT,


em relação às variações provocadas nas quantidades empregadas
do fator variável, num tempo qualquer

FF FV PT PM PMg PMgL = PT1 –


PTMax
(K (L) PTo FV1 -
P
) T FVo
1 0 - - - PMgL = (PT)
1 1 6 6 6
1 2 14 7 8 (L)
PMgMax
1 3 20 6,6 6
1 4 20 5,0 0 PMeMax
1 5 18 3,6 -2 PMe
1 6 16 2,6 -2
PMg
CUSTOS E FORMAÇÃO
DE PREÇOS
MECANISMO DE MERCADO

DEMANDA CUSTOS PRODUÇÃO OFERTA

CONCORRÊNCIA MERCADOS ENTRE CONCORRÊNCIA


PERFEITA CONCORRÊNCIA IMPERFEITA
PERFEITA E
IMPERFEITA

FORMAÇÃO
DOS
PREÇOS
Empresas querem saber:
- Que preço podem obter
- Como cortar custos mantendo ou melhorando
a qualidade
CUSTOS

Na microeconomia os custos são funções dinâmicas, utilizadas


para o planejamento da produção, sem que nenhuma unidade
seja produzida, diferentemente da análise proposta pela
contabilidade.
CUSTO CUSTO
CUSTO
VARIÁVEL TOTAL
FIXO

Custo variável
médio
Custo fixo
Custo médio
médio

Custo marginal
(CT1-CT0)/(q1-q0)
CURTO PRAZO – é um período em que um ou mais
insumos são fixos.

LONGO PRAZO – as firmas podem mudar as


quantidades de todos os insumos, incluindo capital e
terra.
ESTRUTURA DE MERCADO

OLIGOPÓLIO
Oligopólio

Exemplos de setores oligopolistas: Automóveis; Alumínio;


Petroquímica; Equipamentos elétricos; Computadores.
Notícia
Notícia
OLIGOPÓLIO – coeficiente de concentração

Proporção das vendas


realizada pelas quatro
maiores empresas

Indústria % conc Indústria % conc


Mineração 65,96 Automobilismo 82,94
Metalurgia 47,07 Informática 65,37
Siderurgia 54,47 Supermercados 52,98
Petroquímica 73,74 Fumo/bebidas 69,52
Comunicações 42,47 Têxtil 38,59
OLIGOPÓLIO

Mercado dominado por um pequeno número de


vendedores. Cada firma tem influência
considerável no preço de mercado, devendo-se
levar em conta a reação de outras firmas do
mercado.
Considere que a Ford...

Conceda um desconto de Quais são as reações


10% para estimular a que as outras
demanda diante de uma fabricantes de
redução de vendas...
automóveis terão?

Nenhuma reação? Conceder descontos


A Ford aumentaria iguais? Todas
suas vendas... venderiam mais, com
menor lucro...

Conceder descontos
menores? Conceder desconto
A Ford aumentaria suas maiores? Guerra de
vendas... preços!
Conclusão...

•É preciso ponderar todas possibilidades, no caso de alteração de sua atuação;


•Cada empresa deve considerar as reações dos concorrentes, ciente do fato de
que estes também considerariam suas reações em relação às decisões deles;
•Se colocar na posição dos concorrentes e ponderar sobre possíveis reações
que eles poderiam ter.
Obrigado!

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