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da demanda
Introdução
De acordo com a Lei Geral da Demanda, tratando-se de um bem normal,
e obedecendo-se à condição ceteris paribus, de que tudo o mais permaneça
constante, sabemos que elevações de preço de um determinado bem ou ser-
viço provocam diminuições na quantidade demandada desse bem ou servi-
ço e vice-versa.
Essa situação é válida para todos os bens e/ou serviços nessas condi-
ções; porém, uma pergunta faz-se necessária: será que todos os bens e/ou
serviços respondem aos estímulos de preços com a mesma intensidade ou
sensibilidade?
Traçando uma analogia: todos nós sentimos quando ocorre, por exemplo,
uma queda da temperatura do ambiente; porém, alguns sentem mais frio do
que outros.
Assim são os bens e/ou serviços em relação aos seus preços; uns mostram-se
extremamente sensíveis, outros nem tanto.
Assim:
ou
Δq/q
EAB = –
Δp/p
Graficamente:
preços
preço
ArcoAA
Arco BB
A
p0
p
p B
1
q
D
0 q0 q1
quantidade
quantidades
Sendo que:
D: Curva de demanda
A B: Arco AB – dois pontos distintos da curva de demanda
p0 e p1: Preços
q0 e q1: Quantidades demandadas
Δp: Variação de preço p1 – p0
Δq: Variação de quantidade q1 – q0
Assim:
Δq/q
EAB = –
Δp/p
Δq = q1 – q0
q: menor quantidade; no caso q0
Δp = p1 – p0
p: menor preço; no caso p0
q1 – q0
q0
EAB = –
p1 – p0
p1
Logo, temos:
Quantidades
Pontos Preços (R$)
demandadas
A 100,00 1 000 unidades
B 90,00 1 200 unidades
Δq/q
EAB = –
Δp/p
Portanto:
200 2
1 000 10 2 . –9 –18
EAB =
–10
=
–1
=
10 1
= 10
90 9
EAB = –1,8
Como, para efeito de análise que será assunto do nosso próximo tópico,
trabalhamos com o valor em módulo, desconsiderando, portanto, o sinal,
temos:
Tipos de demanda
Até o momento desenvolvemos o caráter operacional do cálculo do
coeficiente da elasticidade-preço da demanda, aprendendo apenas as etapas
necessárias ao seu cálculo. Mas e a sua interpretação? Qual leitura devemos
fazer, por exemplo, de um coeficiente |EAB| = 1,8? O que isso significa? Como
podemos utilizá-lo para tomada de decisão?
demanda elástica;
demanda inelástica;
Demanda elástica
A demanda por um determinado bem ou serviço será considerada elástica
quando o coeficiente da elasticidade-preço assumir, em módulo, valor maior
do que 1, considerando: |EAB|> 1.
Demanda inelástica
A demanda por um determinado bem ou serviço será considerada inelás-
tica quando o coeficiente da elasticidade-preço assumir, em módulo, valor
menor do que 1; ou seja: |EAB|< 1.
Significa, portanto, que são bens e/ou serviços pouco sensíveis às varia-
ções de preço, que não devem possuir muitos substitutos no mercado; deve
ter peso relativamente pequeno no orçamento do consumidor ou ainda deve
tratar-se de bens essenciais, de difícil substituição.
Os casos extremos
Além dos três tipos de demanda descritos no tópico anterior, e em razão
de o coeficiente da elasticidade-preço da demanda variar de zero até o in-
finito (levando-se em consideração o seu valor em módulo), temos ainda a
considerar dois tipos extremos de demanda; quais sejam:
Graficamente:
EEAB
AB
==00
0 q0
quantidades
quantidade
Quantidades
Graficamente:
EEABAB
EAB== ∞
=0
p0
D
0 quantidades
quantidade
Quantidades
Assim:
RT = p . q
Quantidades
Pontos Preços (R$)
demandadas
A 100,00 70
B 110,00 50
Assim:
Δq/q
EAB = –
Δp/p
20
50 20 . 10 2000
EAB = – = – = – = –4
10 50 100 500
100
|EAB| = 4 > 1 portanto, a demanda é elástica
RT = p . q
Logo:
Isso ocorre em razão de que os bens que possuem uma demanda elástica
são bens sensíveis às variações de preços, possuindo muitos substitutos no
mercado; logo, pequenas modificações no preço, para cima ou para baixo,
provocarão alterações para baixo ou para cima, nas quantidades demandadas,
em valores percentualmente superiores aos ocorridos nos preços.
Quantidades
Pontos Preços (R$)
demandadas
A 50,00 110
B 100,00 100
Assim:
Δq/q
EAB = –
Δp/p
10
100 10 . 50 500
EAB = – = – = – = – 0,10
50 100 50 5 000
50
|EAB| = 0,10 < 1 portanto, a demanda é inelástica
RT = p . q
Logo:
Isso ocorre em razão de que os bens que possuem uma demanda ine-
lástica não são muito sensíveis às variações de preço; não possuindo muitos
substitutos no mercado, nem grande peso no orçamento dos consumidores,
são bens essenciais; logo, modificações no preço, para cima ou para baixo,
provocarão alterações para baixo ou para cima, nas quantidades demanda-
das em valores percentualmente inferiores aos ocorridos no preço.
Quantidades
Pontos Preços (R$)
demandadas
A 10,00 100
B 20,00 50
Δq/q
EAB = –
Δp/p
50
50 1
EAB = – = – = 1
–10 –1
10
|EAB| = 1 portanto, demanda de elasticidade unitária
RT = p . q
Logo:
Aumentar preço
Reduzir preço } Receita total constante
Atividades de aplicação
1. O coeficiente da elasticidade-preço da demanda:
3. Bens e/ou serviços pouco sensíveis a variações de preço, que não pos-
suam muitos substitutos no mercado, são características inerentes aos
bens que possuem uma demanda:
a) de elasticidade unitária
b) elástica.
c) infinitamente elástica.
d) inelástica.
a) infinitamente elástica.
b) inelástica.
c) de elasticidade unitária.
d) elástica.
Gabarito
1. D
2. A
3. D
4. A
5. D