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Índice
1. Introdução..................................................................................................................2

1.1. Objectivos...............................................................................................................2

1.1.1. Objectivos Gerais:................................................................................................2

1.1.2. Objectivos Específicos:........................................................................................2

1.3. Metodologias..........................................................................................................2

2. Objectivos de estudo da geografia.............................................................................3

2.1. Objectivos transdisciplinares..................................................................................3

3. Noções e conceitos fundamentais da geografia.........................................................4

3.1. Paisagem.................................................................................................................4

3.2. Tipos de paisagens..................................................................................................4

3.3. Lugar.......................................................................................................................5

3.4. Território.................................................................................................................6

3.5. Meio geográfico......................................................................................................8

3.6. Espaço geográfico...................................................................................................8

4. Conclusão...................................................................................................................9

5. Referências bibliográficas........................................................................................10
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1. Introdução
O presente trabalho visa abordar os objectivos do ensino a geografia e os seus conceitos
básicos.
Portanto a o ensino da geografia O ensino de Geografia tem por objectivo desenvolver o
raciocínio crítico, para que os alunos tenham a possibilidade de perceber, de forma
coerente e real o mundo à sua volta. E temos a saber seis conceitos fundamentais que
são: paisagem, regiao, territorio, espaço geografico, meio e lugar.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos Gerais:

 Apresentar os objectivos do ensino de Geografia.

1.1.2. Objectivos Específicos:


 Identificar os objectivos do ensino de geografia;
 Descrever noções conceitos fundamentais da Geografia;

1.3. Metodologias
Para a elaboração do trabalho, recorri a métodos de pesquisa de algumas obras
bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão
referenciadas na lista bibliográfica e ainda em pesquisas na internet.
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2. Objectivos de estudo da geografia


A Geografia tem como objectivos fundamentais
 Localizar, descrever e interpretar as paisagens;
 Explicar as inter-relações entre os fenómenos, físicos e humanos, com vista a
uma correcta interpretação dos modos de organização do espaço;
 Descobrir as relações recíprocas que continuamente se estabelecem entre os
lugares ou regiões, por um lado, e entre o homem e o meio ambiente, por outro.

2.1. Objectivos transdisciplinares


Para que se construa um ensino interdisciplinar de Geografia, é preciso, primeiramente,
que se compreenda que os conhecimentos são transversais às ciências e o que
caracteriza cada área do saber não é o seu objecto exclusivo de estudo, mas a sua
abordagem.

Por exemplo, o efeito estufa pode ser abordado por vários professores de várias
disciplinas, porém, cada um à sua maneira. Abre-se, então, a possibilidade de realização
de um trabalho em equipa, em que o diálogo, não só entre áreas do conhecimento, mas
entre professores diferentes, possa se transformar em uma nova rotina.

É claro que, no entanto, a construção da interdisciplinaridade no ensino de Geografia


não é algo que dependa somente do professor. Muitas vezes, não existe uma estrutura na
escola que permita a construção de aulas interdisciplinares ou mesmo o diálogo entre os
professores. Há também problemas relacionados às grades curriculares das diferentes
disciplinas, haja vista que nem sempre essas são pensadas em uma perspectiva
interdisciplinar, o que dificulta em muito o trabalho do professor. Materiais de apoio e
livros didácticos também são instrumentos que podem se aperfeiçoar no sentido de
estabelecerem um ensino que o diálogo entre as diferentes áreas do saber prepondere.

Por fim, há de se ressaltar que o professor de Geografia, ao abordar temas e conceitos


originalmente vinculados a outras áreas do conhecimento, precisa ter muito cuidado.

Em primeiro lugar, há uma necessidade de se aplicar um esforço em compreender a


lógica de funcionamento dos demais saberes a fim de não abordá-los em sala de aula de
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maneira errônea ou muito simplista. Outra preocupação é a de preservar, em termos


éticos, o respeito e a conduta das demais disciplinas, sob pena de violar política e
conceitualmente as aulas dos demais professores.

3. Noções e conceitos fundamentais da geografia


3.1. Paisagem
Segundo Paul Vidal de La Blache: paisagem é aquilo que o olho abarca com o olhar” .
Entretanto, o percurso mais dinâmico do entendimento da paisagem reside na forma de
interpretá-la, pois antes se fundamentava apenas na descrição empírica dos seus
elementos, e hoje, é acrescida de relações e conjunções de elementos naturais e
tecnificados, socioeconómicos e culturais.

A paisagem é um conjunto heterogéneo de formas naturais e artificiais; é formada por


fracções de ambas, seja quanto ao tamanho, volume, cor, utilidade, ou por qualquer
outro critério. A paisagem é sempre heterogénea. A vida em sociedade supõe uma
multiplicidade de funções e quanto maior o número destas, maior a diversidade de
formas e de atores. Quanto mais complexa a vida social, tanto mais nos distanciamos de
um mundo natural e nos endereçamos a um mundo artificial. (SANTOS. 1996, p. 65).

As categorias paisagem e território possuem uma relação bastante estreita. A paisagem,


neste contexto, pode ser definida como uma unidade visível do território. Dito de outro
modo, no território tem-se um conjunto de paisagens contidas nos limites político-
administrativos, como por exemplo: cidade, estado e país.

3.2. Tipos de paisagens


 Paisagem natural - A paisagem natural apresentava um conjunto de muitos
elementos naturais.
 Paisagens humanizadas - são as áreas urbanas construídas pela acção humana.
Ao fazer referência à distinção entre paisagens naturais e humanizadas, Santos
assim se manifesta:
 Paisagem artificial é a paisagem transformada pelo homem. Se no passado
havia a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente não
existe mais.

São as paisagens que mostram, por meio de sua aparência, a história da população que
ali vive, os recursos naturais de que dispõe e a forma como se utiliza de tais recursos.
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A paisagem não é formada apenas de volumes, mas também de cores, movimentos,


odores, sons, etc. E a percepção é sempre um processo selectivo de apreensão.

3.3. Lugar
Para Callai (2000) é imprescindível ler o lugar, para compreender o mundo em que
vivemos. Pode-se partir de temáticas, de problemas e, a partir daí, aguçar a curiosidade
dos alunos. Essas problemáticas podem ser formuladas a partir da realidade do que
ocorre e do que existe no mundo, considerando as dimensões de espaço e de tempo.

Ao construir os conceitos de espaço e de tempo, analisando sua história de vida,


vinculada com a história do lugar, o aluno levanta questionamentos, tais como:

 Como as paisagens foram criadas ao longo do tempo? Como era o lugar antes de
tais ocupações?

 Por quem e de que forma o lugar foi ocupado? Como ocorreu o processo de
ocupação?

 Que actividades foram desenvolvidas no local? Essas questões tendem a instigar


o aluno a relacionar os conhecimentos adquiridos na escola, relacionando-os
com seus saberes.

Por esse viés é fundamental contemplar os saberes que o aluno possui, mas é
necessários associar esse conhecimento numa relação local/regional/nacional/global.

Callai (2005) reforça quando destaca que ao observar o lugar específico (concreto) e
confrontá-lo com outros lugares, dá-se início ao processo de abstracção, entre o real
aparente, visível, perceptível e o concreto pensado na elaboração do que está sendo
vivido.

Os PCNs de Geografia abordam que o lugar é onde estão as referências pessoais e o


sistema de valores que direccionam as diferentes formas de perceber e constituir a
paisagem e o espaço geográfico. Outrossim, é por intermédio dos lugares que se dá a
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comunicação entre homem e mundo (BRASIL, 1998). O que reforça que as categorias
de análise geográfica não devem ser trabalhadas isoladamente.

Com o intuito de facilitar a relação ensino e aprendizagem focaremos algumas sugestões


de recursos didácticos e/ou actividades que podem ser desenvolvidas no decorrer das
aulas. Entretanto, a partir dessas sugestões vocês devem reflectir sobre outras
possibilidades de recursos didácticos a serem usados, assim como os procedimentos
metodológicos a serem utilizados para a concretização da actividade.

Sugestão para sala de aula: trabalhar com músicas, como por exemplo: Asa Branca de
Luiz Gonzaga, ou Sampa de Caetano Veloso, assim como outras que podem ser usadas
para responder as seguintes perguntas:
 Que tipo de lugar é descrito na música?
 Quais as características físicas e humanas do lugar?
 Quais as relações estabelecidas com outros lugares regional/nacional/mundial?
 Que outras canções os estudantes conhecem que descrevem outros lugares?

Dentre os vários recursos didácticos que podem ser usados em sala de aula para auxiliar
no ensino da Geografia, os meios de comunicação, como a televisão e o computador
conectado a internet, merecem destaque uma vez que tais recursos permitem que os
alunos interajam instantaneamente com diferentes lugares do mundo, facilitando a
compreensão da relação local/global.

3.4. Território
Território configura-se como uma porção concreta do espaço geográfico, onde se
revelam as diferenças de condições ambientais e de vida da população. Enfim, o
território é fonte de recursos e só assim pode ser compreendido quando enfocado em sua
relação com a sociedade e suas relações de produção, o que pode ser identificado pela
indústria, pela agricultura, pela mineração, pela circulação de mercadorias etc., ou seja,
pelas diferentes maneiras que a sociedade se utiliza para se apropriar e transformar a
natureza (SPOSITO, 2004, p. 112-113).

No decorrer da história do pensamento geográfico, o território ganha diferentes tipos


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de abordagens, desde a representação de uma parcela do espaço, identificada pela posse


e definida pela apropriação, até o importante papel dado à dominação. Ou seja, o
território é dominado por uma comunidade ou por um Estado. A conotação política
também ganha força nos estudos de Geopolítica (território = espaço nacional),
significando área controlada por um Estado Nacional. O conceito de território se alarga
permitindo explicar muitos fenómenos geográficos relacionados à organização da
sociedade e suas interacções com as paisagens.

Procurando contribuir com a construção do conceito de território, em uma perspectiva


geográfica, Sposito aponta dois caminhos possíveis; o primeiro, afirma o autor:
Refere-se ao estabelecimento de redes de informação que, com o rápido
desenvolvimento tecnológico, permitem a disseminação de informações em
fracções de tempo, tornando-se significativas por romperem com a barreira da
distância-elemento fundamental para a apreensão do território em sua escala
individual. Dessa maneira, os territórios perdem fronteiras, mudam de tamanho
dependendo do domínio tecnológico de um grupo ou de uma nação, e mudam,
consequentemente, sua configuração geográfica. (SPOSITO, 2004, p. 114).

Complementando sua exposição, Sposito (2004, p. 115) acredita que:


O segundo caminho pode ser aquele do questionamento da volta ao indivíduo e
sua escala do quotidiano, como formas de apreensão das dimensões territoriais e
da capacidade de projectar a liberdade como meio de satisfação das necessidades
individuais. A casa, a rua, o ambiente de trabalho, os grupos de pessoas
circundantes e tudo aquilo que faz parte do quotidiano torna-se elemento
referencial para estudos dessa natureza. Nessa dimensão, o indivíduo pode
ganhar em termos de inventividade e de solidariedades novas, tornando-a
revolucionária porque é nesse nível que a liberdade se projecta, que a
desregulamentação passa pela decisão da pessoa.

O território é essencialmente um espaço definido e delimitado por e a partir das relações


de poder (SOUZA, 2003:78), no sentido de dominação e apropriação, de território
usado destacado por Milton Santos (2001). Entretanto, é fundamental entender que
espaço e territórios não são termos equivalentes nem tão pouco sinónimos. O espaço
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está em posição que antecede ao território, pois este é criado a partir do espaço
(SANTOS e SILVEIRA, 2001).

3.5. Meio geográfico

O meio geográfico pode ser compreendido como o espaço do planeta terra que pode ser
evidenciado como aquele que passa por constantes modificações, em decorrência da
acção humana e dos processos de intervenção que o homem realiza neste meio.

Além disso, podemos afirmar que é o espaço em que passará por constantes
transformações também oriundas de agentes internos, como por exemplo, originários do
movimento de placas tectónicas.

3.6. Espaço geográfico


O espaço geográfico é um dos principais conceitos da geografia, uma vez que se trata do
objecto de estudo dessa ciência. Assim como em outros campos do conhecimento, não
existe uma única forma de se definir o espaço geográfico. Desde a corrente da geografia
tradicional, passando pela quantitativa, pela crítica e chegando até a humanista e a
cultural, muitos autores contribuíram para a construção do entendimento acerca do que
seja o espaço geográfico.
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4. Conclusão
Ao terminar o trabalho conclui que, Em primeiro lugar, há uma necessidade de se
aplicar um esforço em compreender a lógica de funcionamento dos demais saberes a
fim de não abordá-los em sala de aula de maneira errónea ou muito simplista. Outra
preocupação é a de preservar, em termos éticos, o respeito e a conduta das demais
disciplinas, sob pena de violar política e conceitualmente as aulas dos demais
professores. Portanto, pensar a Geografia requer uma revisão minuciosa e detalhada dos
conceitos que lhe dão forma. Como ciência social, a Geografia tem como objecto de
estudo a sociedade, que é objectivada pela análise de cinco conceitos-chaves que entre
si guardam forte grau de parentesco, pois todos se referem à acção humana sobre a
superfície terrestre: espaço, lugar, território, região e paisagem.
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5. Referências bibliográficas
Santos, M. (2006). A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

SANTOS, Milton. Paisagem e Espaço. In: SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço


Habitado. 4. ed. São Paulo: Ed. Hucitec, 1996.

CALLAI, Helena C. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino
fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005.
Disponível em http://www.cedes.unicamp.br> Acesso em: 13 abril, 2014.

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