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CURSO MÉDIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS EM

EXERCÍCIO E À DISTÂNCIA

METODOLOGIA DO ENSINO DAS CIÊNCIAS


SOCIAIS

MÓDULO 01
Ficha Técnica:

Consultoria :
• Rachael Elizabeth Thompson

Direcção:
• Maria da Graça Eugénio Simbine da Conceição Brás - Directora do IAP
Coordenação:
• Luís João Tumbo - Chefe do Departamento Pedagógico do IAP
Digitação:
• Fátima Nhantumbo
• Filomena Paulino Uamusse
• Hermínio Banze

Ilustração:
• Bié Artes

Maquetização:

• Hermínio Banze
• Moisés Ernesto Magacelane
Impressão :
• Carlos Mundau Cossa
• Esperança Pinto Muchine

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Como estudar o módulo

O estudo à distância pressupõe um grande sentido de responsabilidade e disciplina


pois, diferentemente do que ocorre no ensino presencial ninguém, senão nós
próprios, nos incita a trabalhar. Por outro lado, o facto de estudar sozinho pode,
também ser dificultado pela ausência de capacidade de utilizar correctamente o
material de que se dispõe. Nesse sentido propomo-nos antes de passar
concretamente aos assuntos tentar cultivar, por um lado, um procedimento
responsável diante do estudo e, por outro, oferecer alguns subsídios sobre a
correcta utilização dos seus módulos.

Julgamos particularmente importante, entre outros, os seguintes procedimentos ao


longo do seu estudo:
a) Ler o(s) tema(s) completamente com a devida atenção e concentração;
b) Resolver os exercícios sem olhar para a solução, num caderno apropriado;
c) Contactar o(a) tutor(a) ou formador(a) do(s) IMAP(s) ou do (s) CFPP(s) em
caso de dificuldades;
d) Pode , também, consultar outros profissionais e colegas do curso.

É importante evitar emocionar-se pela possibilidade que tem de estudar e cometer,


por exemplo, o erro de querer consumir de uma só vez todos os módulos entrando,
desse modo, em temas mais adiantados sem, ainda, ter concluído os precedentes.
Tal atitude provocar-lhe-ia sérias dificuldades de aprendizagem. Mas também
advertimos que você não precisa de ser vagaroso. Pelo que é preciso respeitar o
tempo estabelecido para a frequência do curso.

Para a frequência do curso em Metodologia do Ensino das Ciências Sociais foram


propostos 2 módulos.

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CURSO MÉDIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS EM
EXERCÍCIO E À DISTÂNCIA
(10ª + 2)

METODOLOGIA DO ENSINO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

MÓDULO-01

Elaboração:

• Bernardo Filipe Massolonga


• Daniel Alfredo Macahavela
• Rogério Eugénio Balate

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Caro (a) professor (a),

Você tem em mãos o módulo de Metodologia do Ensino das Ciências Sociais 01.

Ciências Sociais, compreendem uma área de conhecimento humano constituído por


várias disciplinas, tais como: Geografia, História, Sociologia, Antropologia,
Economia, Política, etc. Apesar disso, neste curso, vamos apenas tratar das
disciplinas de Geografia e História, por serem aquelas que o caro professor vai
leccionar aos seus alunos.

Os módulos de metodologia de ciências sociais, deste curso, incluem propostas


didácticas e sugestões de actividades que se destinam a auxiliá-lo a leccionar,
segura e cientificamente os conteúdos das duas disciplinas.

Começaremos por teorizar o ensino das Ciências Sociais, abordando temas como:

1. Os objectivos
2. O ensino de conceitos
3. Noções de tempo e espaço
4. Os gráficos de tempo

Depois vamos abordar alguns exemplos de como leccionar os conteúdos inseridos


nos programas de Ciências Sociais que neste curso, estarão apresentados em dois
módulos: o primeiro é específico para o ensino de conteúdos de Geografia,
enquanto que o segundo é para conteúdos de História.

Pois vamos juntos desenvolver os temas propostos.

Definindo objectivos

Qualquer actividade que o professor realiza com os alunos deve ter objectivos. Os
objectivos nas ciências sociais assim como em qualquer outra área estão dispostos
em hierarquia.

Hierarquia dos objectivos

• Os grandes objectivos da educação são definidos pelo Estado, isto é, pelo


poder político.

• A definição das finalidades de ensino de cada disciplina por ciclo de


aprendizagem é feita pelas instituições pedagógicas.

• A operacionalização dos objectivos é realizada pelo professor. Ele define os


objectivos gerais de cada unidade temática e operacionaliza-os através de
objectivos específicos.

Poder Político
Instituições Professor
Pedagógicas

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Para melhor domínio desta matéria consulte os módulos de pedagogia deste curso.

Desenvolvendo os Conceitos na Aprendizagem

No ensino das ciências sociais, o professor tem que ter em consideração os


conceitos de cada tema em estudo. A boa interpretação dos conceitos contribui
bastante para desenvolver no aluno o raciocínio integrado das ciências sociais.

Mas antes de mais, vamos definir o conceito.

Conceito – são ideias expressas para descrever grupos de coisas, pessoas,


sentimentos e acções tendo em conta o que lhes é comum. Por exemplo, mapa em
geografia, é uma palavra que descreve a organização espacial ou territorial de um
determinado grupo de elementos ou coisas; classe social, é um conceito histórico
que descreve a forma de estar mais ou menos comum de um determinado grupo de
pessoas. É de realçar que um conceito pode aparecer sob a forma de verbo. Ex.:
observar, revestir e revoltar-se.

De acordo com a sua natureza, os conceitos podem ser divididos em dois tipos:

• Concretos – são aqueles que se podem concretizar com mais facilidade,


estes, podem ser observáveis. Podem ser concretizados mostrando uma
gravura, uma fotografia ou o próprio objecto. Ex.: um mapa e ou uma lança.

• Abstractos – são aqueles que são de difícil concretização, isto é, não são
observáveis. Ex.: economia.

Mas o colega pode estar agora a questionar-se assim. Concretamente qual é a


importância dos conceitos?

Vamos juntos responder a questão!


Os conceitos são importantes porque:

• São básicos para a compreensão da organização do espaço geográfico.


• São básicos para a compreensão dos períodos históricos.
• Facilitam a compreensão dos conteúdos das classes seguintes.
• Desenvolvem as capacidades intelectuais do aluno.
• Criam interesses cognitivos no aluno.
• Favorecem um raciocínio propício para uma leitura integrada das ciências.
• ...

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Como trabalhar os conceitos?

Para a explicação de conceitos abstractos é fundamental a utilização de exemplos


concretos. Pode se utilizar imagens, objectos, textos relacionados com os conceitos,
ilustrações de textos, esquemas, etc.

O professor ao explicar os conceitos deve se preocupar em procurar o campo de


experiência dos alunos, dando lhe assim oportunidade de construir o conceito. É
importante decidir sobre os conceitos a ensinar, sublinhando com os alunos os
termos difíceis de entender.

Vamos continuar o nosso estudo!


Falando sobre o tempo

Em história, a aprendizagem realiza-se quando o aluno agrupa e ordena os dados


do passado uma rede de relações temporais e causais que lhe permitem
compreender e explicar os factos. É importante sublinhar que as crianças não têm o
mesmo sentido do passar do tempo como os adultos. Elas constroem o conceito de
tempo de forma mais gradual.

Vejamos então, o que indicam estudos realizados sobre as etapas da aquisição do


conceito de tempo pelas crianças e adolescentes:

• Cerca dos 8 anos de idade, as crianças começam a perceber a noção do


passado.

• Cerca dos 11 anos são capazes de ter a compreensão correcta do novo


sistema de contagem do tempo.

• Cerca dos 13 anos percebem a dinâmica de algumas linhas de evolução


cronológica.

• Só aos 16 anos adquirem a maturidade na compreensão do conceito do


tempo histórico.

Falando da relação tempo/espaço

O tempo e o espaço são duas coordenadas fundamentais no estudo das ciências


sociais. O professor, recorre ao gráfico de tempo para facilitar a compreensão da
noção do tempo pelos alunos. A utilidade do conceito dos gráficos de tempo não se
confina apenas ao ambiente da sala de aulas mas também, fora dela na planificação
das actividades do dia-a-dia.

Quanto à segunda coordenada, o mapa é um instrumento auxiliar para a construção


da noção do espaço geográfico. Por isso, o professor deve utilizá-lo como um
recurso visual com a finalidade de representar uma determinada realidade territorial.

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Portanto, os gráficos de tempo auxiliam a compreensão do conhecimento histórico
enquanto que os mapas auxiliam na construção da noção do espaço geográfico.
Como pode ver caro professor, a história e a geografia são duas disciplinas
integradas.

Chegados a este ponto do nosso estudo passemos agora a resolver os


primeiros exercícios do nosso módulo para consolidarmos o que
aprendemos.

I. Assinala com V ou F conforme sejam as afirmações verdadeiras ou falsas em


relação á hierarquia dos objectivos.

a) O professor define as finalidades do ensino de cada disciplina por ciclo de


aprendizagem.

b) Os grandes objectivos da educação são definidos pelas instituições


pedagógicas.

c) A operacionalização dos objectivos é realizada pelo professor.

d) O poder político é que define, através do Estado, os grandes objectivos da


educação.

II. Preenche as lacunas do texto com palavras ou expressões adequadas à


compreensão do texto em relação aos conceitos, na aprendizagem das ciências
sociais.

No ensino das ciências sociais o professor deve ter em conta os ______________


de cada tema em estudo. A boa interpretação dos conceitos contribui bastante para
desenvolver no aluno o ___________________ __________________ das ciências
sociais.

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Já resolveu? Vamos juntos conferir as
as respostas.

I.

a) É claro que esta afirmação é falsa porque as finalidades de ensino de cada


disciplina é feita pelas instituições pedagógicas. F

b) Esta também é falsa. Porquê? As instituições pedagógicas não definem os


grandes objectivos da educação porque estes são nacionais e por isso são
definidos pelo Estado. F

c) Esta é que é verdadeira. O professor de acordo com os objectivos definidos


para a disciplina faz a operacionalização destes. Aqui, o professor define os
objectivos gerais de cada unidade temática e depois, para cada aula define
os objectivos específicos. V

d) Esta também é verdadeira. Reveja a resposta da alínea b. V

II. Você acertou se preencheu assim:

No ensino das ciências sociais o professor deve ter em conta os conceitos


de cada tema em estudo. A boa interpretação dos conceitos contribui bastante para
desenvolver no aluno o raciocínio integrado das ciências sociais.

Sintetizando:

Para a aprendizagem de cada tema é preciso que o professor seleccione os


principais conceitos que irá introduzir. È preciso ter em atenção, caro professor, que
ao ensinar os conceitos, deve partir do campo do conhecimento do aluno para o
desconhecido.

A parte do módulo que acabou de estudar forneceu-lhe as bases para a


compreensão dos problemas inerentes ao ensino das ciências sociais. Na parte que
se segue, vamos demonstrar com exemplos práticos situações do ensino e
aprendizagem desta disciplina.

Por isso, desejamo-


desejamo-lhe uma boa assimilação e aplicação prática das
orientações, que o módulo contém, sem pôr de de lado a sua iniciativa
criadora e de adaptação à realidade concreta em que você vive no dia-
dia-a-
dia.

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O nosso estudo inicia com conteúdos de geografia, mais concretamente com a
necessidade da integração do aluno ao meio escolar e, para tal, você deve aplicar
os princípios da observação e do reconhecimento, possibilitando, assim, ao aluno
reconstruir a sua história e da sua escola.

Você tem em sua frente e sob sua responsabilidade, alunos que vêm a escola pela
primeira vez. Eles trazem consigo uma grande influência do ambiente familiar que,
como é lógico, é diferente do ambiente escolar. Por isso, é necessário que
desencadeie um processo de integração e ambientação ao novo reino escolar.

Este processo deve ser conduzido com carinho e amor, pois dele dependerá, o
futuro comportamento do aluno.

Tratando-se do primeiro contacto com a escola, é natural que os alunos se sintam


retraídos, complexados ou mesmo com medo, o que é muito normal nas crianças
durante os primeiros momentos de escola. Cabe a si, caro professor, o papel de
ensiná-los através de conversas amenas jogos ou situações lúdicas.

Para começar, apresente-se aos seus alunos mais ou menos nos seguintes termos:

• Eu sou o vosso professor e vocês são os meus alunos. Chamo-me Bernardo,


nasci no dia 20 de Maio de 1941. Sou natural de Macupula. Os meus pais
são de Maxixe, sou casado/solteiro e tenho quatro filhos.

Para ilustrar o que está dizendo, pode mostrar aos seus alunos fotografias da sua
terra, de pessoas da família, da sua infância. Diga-lhes que também foi pequeno
como eles são. Peça aos seus alunos para que sigam o seu exemplo, falando de si
próprios. Se houver alguns tímidos ou complexados, faça-lhes perguntas como
estas:

• Como te chamas? Quantos anos tens? Como se chamam os teus pais?


Onde moras? Perto ou longe daqui? O que fica atrás da tua casa? E à
frente?

Dê oportunidade aos seus alunos para que lhe façam também perguntas a si. Não
se irrite, mesmo que lhe pareçam absurdas ou descabidas, pois são próprias da
idade.

Seja amável e aberto para com eles. Lembre-se de que a agitação é característica
da idade infantil. As crianças gostam de brincar. Por isso, você, caro professor, deve
facilitar a expansão desta actividade infantil. Conte-lhes histórias, fábulas. Ensine
canções, danças e jogos; seja alegre com e para as crianças.

Durante a infância a noção de espaço, tempo, distância, imagem, etc é ainda pouco
desenvolvida. Por isso, para incentivá-las à observação, peça que cada um fale do
itinerário que percorre da casa à escola, evidenciando a passagem em si; casas,
edifícios ou construções precárias, machambas, jardins, rios, pontes, vias férreas,
estradas, etc. Pode pedir-lhes também que desenhem o percurso num papel. Assim,
já estará preparando-os para o uso do mapa.

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Chegados aqui, de de certeza que os seus alunos já estão mais
familiarizados com o professor, colegas e com a escola. Por isso continue
com empatia conduzindo a aprendizagem dos seus alunos.
alunos
Agora os alunos devem conhecer a escola onde vão estudar. Por isso faça o
seguinte:

Percorra com eles demoradamente o recinto escolar. Vá chamando atenção deles


para os aspectos mais importantes como: salas de aulas, secretaria, gabinete do
director, campos de jogos, limite do terreno escolar, etc sem se esquecer de
informar o fim a que se destina cada uma das partes visitadas. A beleza, a limpeza
e a necessidade de conservação da escola. Faça ver aos alunos que é por ter sido
bem conservada que eles estão também a fazer uso da escola. Por isso, devem
evitar partir o mobiliário escolar, os vidros, as portas e as janelas.

De seguida, crie um diálogo com os seus alunos, nos seguintes termos:

• Esta escola chama-se Escola Primária Completa Lurdes Mutola. Foi


construída no ano de 1972, e está situada no bairro do Chamanculo
(Maputo), tem 17 salas de aulas. Tem um gabinete do director, secretaria,
cozinha, casas de banho. Tem ainda pátios, campos de jogos, fontanária e
represa de água. Nela trabalham 56 professores e 15 funcionários.

Ensine a localização da escola em relação aos aspectos importantes existentes nos


seus arredores. Esta observação deve ser sempre acompanhada por explicações
dadas por si aos seus alunos.

Pode proceder da seguinte forma:


Você pode desenhar, no quadro, a sua escola e localizá-la em relação aos aspectos
importantes existentes nos seus arredores como já dissemos. Peça aos seus alunos
que indiquem esses aspectos, fazendo diversos exercícios de lateralização. Para ter
uma ideia observe a proposta, na figura que se segue.

Fig. 1 Planta duma escola

Conduza a observação da figura fazendo uso de perguntas como:

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• Estão a ver a nossa escola?
• Qual é a parte frontal da escola?
• O que temos à sua frente?
• E atrás?
• E à esquerda?
• E à direita?
• Em que rua ela está localizada?

Feita a localização da escola, fale agora da sua história.

Fale do ano da construção da escola, identificando os primeiros edifícios (se for o


caso), nomeie pessoas importantes que passaram pela escola como alunos,
professores ou visitantes. Use fotografias de épocas diferentes, documentos ou
objectos do passado.

Faça um contacto prévio com pessoas que conheçam o passado da escola e


recolha dados, testemunhos ou documentos sobre a história da escola. Entreviste,
juntamente com os alunos pessoas que possam revelar factos sobre a escola e
discuta com os seus alunos os dados recolhidos para a elaboração de uma síntese.

Vamos dar mais um passo, que consiste em ampliar cada vez mais a
integração do aluno, no meio.
Fale agora do bairro, aldeia, povoação ou localidade em que vive o aluno e/ou se
encontra a escola. Aplique a observação directa para caracterizá-los, pois esta
actividade implica uma deslocação até ao sítio escolhido. Mas, antes é necessário
um trabalho preparatório. Por isso, faça o seguinte:

Primeiro reconheça antecipadamente o local. Aproveite para combinar com as


pessoas que serão contactadas, no dia da visita, sobre o assunto que conversarão
com os alunos para não ficarem embaraçadas com as perguntas dos mesmos.

Informe aos pais dos alunos que os mesmos ausentar-se-ão da escola um dia
determinado.

Trace, então, com os alunos, o itinerário a seguir, os objectivos pretendidos e as


atitudes a serem tomadas: o lugar a visitar, o porquê da visita, o que se vai
pesquisar, as pessoas a entrevistar, as perguntas a fazer, o comportamento
adequado, etc.

Demonstre a necessidade de o aluno conhecer a vida da zona em que vive ou que


se localiza a sua escola.

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Feito isto, avance com os seus alunos, para observar o modo de vida da população
local, os lugares de interesse e entrevistar os mais velhos para conhecer a história
local.

Ao longo da observação os alunos poderão fazer perguntas como: que nome tem
este bairro? Como se chamava há muito tempo? Quando foi fundado? Como se
chama o dirigente do bairro? Que bairros ficam perto deste? Que instituições
importantes existem no bairro? Quem faz a limpeza diária?

Os alunos devem estar atentos às respostas e recolher mais tarde depoimentos


sobre a vida do país no tempo passado, actividades levadas a cabo, tipo de
relações sociais, evolução verificada, modo de vida etc.

Devem fazer análise e comparação de aspectos da vida diária, comparação de


fotografias, edifícios antigos e novos, jornais e revistas que retractam alguns
aspectos sobre o passado e o presente da localidade.

Faça ver aos alunos que a escola faz parte do bairro, que por sua vez pertence à
localidade e que a sua conservação deve ser feita por todos os residentes.

Oriente todos os trabalhos de pesquisa e realização de entrevistas e, no fim,


organize a síntese dos dados recolhidos. Deve ser feita uma discussão do que foi
recolhido e uma apresentação oral, escrita ou por meio de desenho, no quadro, para
melhor ilustrar o que foi observado; como por exemplo a ilustração da figura
seguinte.

Fig. 2 Esquema de localização da escola no bairro/localidade

Certamente notou que estamos a caminhar de forma progressiva.

Partimos da escola rumo ao bairro, à localidade e agora vamos ao distrito.

Não perca de vista esta sequência, pois, é muito importante para si e


seus alunos.

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Para abordar o distrito arranje um mapa da província, fotografia, postais, gravuras
ou desenhos, para que os seus alunos localizem o distrito. Dê-lhes oportunidade
para que observem atentamente o que aí está representado.

Seguidamente, pode começar com a sua aula, colocando algumas perguntas como:

• Como se chama o nosso distrito?


• Quais são as localidades que o compõem?
• Quando é que foi fundado? Como era antigamente? E como é agora?

Os alunos vão respondendo e, no fim, você toma a palavra e diz:

• O nosso distrito chama-se XZTH, é fundado por HPZT, localidades que são
XZTHP. Foi fundado em HPZT. Naquele tempo havia pouca gente; hoje já há
escola, posto policial, museus, monumentos, jardins, etc.

Devem verificar o que mudou ao longo dos anos, as actividades desenvolvidas


pelos habitantes locais, comparar a vida antiga com a actual.

Ainda com a sua ajuda, devem identificar as actividades que ocupam mais gente, os
usos e costumes das pessoas do distrito. Identificar as planícies, planaltos e
montanhas existentes, assim como os rios, lagos e lagoas, o mar, as vias de
comunicação e os meios de transporte e a sua importância económica.

Pode, por exemplo, fazer perguntas como?

• Que rios atravessam o nosso distrito?


• Que actividades se praticam nas planícies?
• Que actividades se desenvolvem nos rios, lagos e no mar?
• Que produtos agrícolas existem no nosso distrito?
• Quais são as vias de acesso à povoação e meios de transporte da
população?

Faça uso do mapa para localizar o distrito, a sede distrital, os distritos vizinhos
(limites), os rios existentes, as montanhas e outros aspectos de interesse, como
estradas, linhas férreas, fábricas, por exemplo:

Se for possível, organize uma excursão, visita de estudo ou passeio escolar, tendo
sempre presente a finalidade educativa. Ao longo da excursão ou visita devem
descrever e interpretar o que for observado; machambas, rios, lugares históricos,
fábricas etc.

O contacto directo com a natureza serve para a concretização das noções teóricas,
cria o hábito da observação científica e do raciocínio, desenvolve a camaradagem
entre os alunos e o professor, desembaraça os alunos, proporciona alegria e
entusiasmo, desenvolve hábitos (saber portar-se em público, ter disciplina, obedecer
à autoridade, ser pontual).

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O seu trabalho nesta área requer observação, investigação e pesquisa para passar
da teoria para a prática. Aplique pois, estes métodos durante a docência. Eles são
uma importante motivação para os alunos e facilitam a aprendizagem.

Essas actividades de deslocação com os alunos para diversos sítios devem ocorrer
de acordo com os objectivos da aprendizagem propostos. Realize-as, sempre que
possível. Para o efeito, observe o seguinte:

• Lembre-se de que a excursão, visita de estudo ou passeio são aulas


ambulantes, não faça aventuras.

• Nunca improvise uma visita, pois ela exige uma preparação atempada.

• Prepare canções para entoar durante o percurso e para o momento da


visita, flores a serem oferecidas pelos alunos.

• Como os seus alunos são muitos, para evitar dissabores e facilitar o seu
controle, divida a turma em pequenos grupos. Cada grupo deve ter um
chefe. O número de grupos será aquele que permitir controlar melhor os
alunos. Quanto menor número, melhor. A existência dos chefes dos grupos
não retira a autoridade do chefe da turma, muito menos a responsabilidade
que você tem, caro professor.

• Distribua tarefas concretas aos chefes.

• Quando se trata de crianças pequenas (1ª classe), não se pode confiar a


nenhuma delas grandes responsabilidades de conduzir ou orientar outras
crianças. Neste caso, o professor deve conseguir a colaboração de colegas
com os quais irá dividir a tarefa de realizar com segurança a visita de
estudo ou passeio e alcançar os objectivos pretendidos.

• Informe detalhadamente aos seus alunos sobre o que se vai fazer, como
fazer, a postura que devem ter, quem vai oferecer flores, o respeito que
devem ter para com os entrevistados, etc.

• Informe aos alunos que, ao longo do percurso, devem apreciar com atenção
o que existe de importante para ser registado posteriormente nos cadernos.

• Chegados ao destino, primeiro saúdem ou correspondam a uma saudação,


com respeito.

• No fim da visita, pode-se fazer uma pequena sessão de despedida na qual


se fará uma troca de pequenas lembranças. É neste momento que se
oferecem as flores e trocam-se abraços. Podem entrar, também, as
canções previamente seleccionadas e ensaiadas na escola.

• Terminada a visita e regressados à procedência, deve ser feita uma análise


da mesma com os alunos, através da troca de impressões, verificação do

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que foi ou não visto, enfim, revisão de tudo para ver se correu de acordo
com o planificado. Podem ilustrar com desenhos o que foi visto.

• Em caso de absoluta impossibilidade, a visita pode ser substituída por uma


viagem imaginária através de mapas, gravuras, postais, fotografias, filmes,
cartazes, gráficos, etc.

Caro professor, os seus alunos já sabem situar-se em relação a certos lugares, já


sabem onde é a frente, atrás, em cima, em baixo, à direita, à esquerda; enfim...., já
possuem noções de lateralização.

Vamos, agora prosseguir com o estudo da orientação/localização,


proporcionando condições para que possam ampliar as noções de
orientação, através do sol, dos pontos cardeais e colaterais, da rosa dos
ventos, da bússola e do mapa.
Para iniciar esta abordagem, pergunte aos seus alunos o seguinte:

• Já estiveram virados para o sol, de manhã? O que observaram?

Certamente que os alunos responderão ter observado o lugar onde nasce o sol.
Dada esta resposta você deve dar-lhes a conhecer que o lugar onde nasce o sol
chama-se Nascente ou Este.

• Prossiga perguntando: e atrás de nós o que fica?

Eles, provavelmente, responderão: o lugar onde o sol desaparece. Muito bem!


Aproveite as respostas dos alunos, estabeleça um pequeno diálogo tendo como fim
explicar-lhes que esse lugar onde o sol desaparece chama-se Poente ou Oeste.
Depois, continue: se estivermos virados para a Nascente ou Este, o lugar que fica à
nossa esquerda chama-se Norte e o que fica a direita é o Sul.

Acompanhados por si e sob a sua orientação, os seus alunos podem construir um


material didáctico adequado para o ensinamento prático dos sistemas de
orientação. Utilize material de simples manuseio, como caniço, cartão, papel e tiras
de madeira ou pausinhos para a confecção deste material didáctico. A figura a
seguir ilustra um exemplo de material para a aprendizagem da orientação; os pontos
cardeais Norte, Sul, Este, Oeste.

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Fig.3 Exemplo de demonstração dos pontos cardeais

Uma vez que os pontos cardeais já foram ilustrados, aproveite o material já pronto
para ilustrar e explicar os pontos colaterais.

Para tal, bastará apenas intercalar outros pontos com os pontos cardeais já
representados.

Fig. 4 Exemplo de demonstração dos pontos cardeais

Certamente que seus


seus alunos gostaram do trabalho de demonstração que
realizaram!
Agora fazendo uso do material elaborado e através de figuras, mostre-lhes a rosa-
dos-ventos. Inclui pontos cardeais e colaterais, como ilustra a figura abaixo.

Fig. 6 Esquema da rosa – dos - ventos

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Procure levar para a sala de aulas uma Bússola. Mostre-a aos seus alunos.
Pergunte aos seus alunos o que é que se pode ver no mostruário da Bússola.

Certamente que os alunos dirão estar em presença da rosa-dos-ventos e do


ponteiro.

Se não for possível mostrar uma bússola, faça um desenho de uma bússola em
cartolina, papel ou mesmo no quadro.

Para uma informação mais rica, explique aos alunos sobre a sua importância na
orientação de navegadores aéreos e marítimos durante as viagens.

Fig. 6 Figura de uma Bússola

Terminados os ensinamentos sobre os pontos cardeais e colaterais, a rosa-dos-


ventos e a bússola, consolide-os pedindo aos alunos para fazerem a respectiva
representação gráfica nos seus cadernos. Explique aos alunos a importância do
estudo dos sistemas de orientação para localização de lugares ou objectos, leitura e
interpretação de mapas.

Vamos continuar!
Julgamos ser do seu domínio saber o que é o mapa e, qual é a utilidade e porque se
torna necessário aprofundar e transmitir aos alunos esses conhecimentos. Tem sido
hábito que os alunos, depois duma visita de estudo, representem um determinado
lugar ou um aspecto desse lugar, uma paisagem ao longo do caminho, uma
machamba, a configuração de um terreno, uma pessoa que tenha chamado
atenção, um monumento ou jardim infantil, etc.

Para isso, tem-se recorrido à representação em desenho, barro ou areia.

Caro professor, estes trabalhos devem ser recolhidos e seleccionar aqueles que
mais se parecem com a realidade observada. Esta actividade tem por objectivo
preparar os alunos para a compreensão, leitura e interpretação dos mapas e
reconhecimento do seu valor.

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Faça os alunos observarem e interpretarem os trabalhos seleccionados,
comparando-os com a realidade observada e, se possível, devem também
compará-los com fotografias.

Aproveite a ocasião para mostrar-lhes que, mesmo próximos da realidade, muitos


elementos que foram observados durante a visita não puderam ser representados.
Surge assim, a necessidade de se utilizar um processo mais simples, que é a
representação simbólica, ou seja, através de sinais convencionais.

Os alunos devem conhecer os símbolos e empregar na representação dos


elementos em geografia e, você deve elaborar com eles muitas legendas com esses
símbolos.

Por exemplo, para representarmos um rio, usamos o símbolo pintado a


azul; para representarmos uma linha férrea, usamos o símbolo símboloolo
e , outros.

Explique aos seus alunos que as cores também são usadas como símbolos, por
exemplo, a cor azul representa a água. Ajude os seus alunos a compreenderem
que, se representassem todos os aspectos da região onde vivem usando símbolos
e, se depois juntassem as várias representações, obteriam um grande desenho a
que poderiam chamar de esboço do mapa da região.

Mas, para que se possam fazer mapas que todas as pessoas compreendam, é
necessário utilizar símbolos uniformes conhecidos por todos. É por isso que
chamamos a esses símbolos de sinais convencionais. São eles que formam a
legenda do mapa.

Pelo exposto até aqui, faça com que os seus alunos concluam que o mapa
representa, em tamanho reduzido, um determinado lugar (bairro, aldeia, localidade,
distrito, província, etc.), observado de cima.

Note que os símbolos existentes no mapa facilitam a sua leitura e interpretação e


observe que qualquer mapa tem uma legenda à qual deve ser consultada sempre
que se pretende trabalhar com o mesmo.

Caro professor crie o hábito de uso do mapa aos seus alunos. Eles devem saber
que o mapa é uma representação simplificada e reduzida da realidade.
Comece a abordagem mostrando as nossas províncias representadas no mapa de

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Moçambique.

Fig.7 Mapa da divisão administrativa de Moçambique.

A seguir, mostre-lhes um mapa com legenda e interprete-o com seus alunos.

Fig. 8 Mapa de Moçambique.- vias de comunicação

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Finalmente, use a criatividade dos seus alunos e faça com eles o desenho de mapa
da localidade. Não se esqueça da legenda.

Caro professor, o conhecimento da leitura e interpretação do mapa é um elemento


muito importante, senão mesmo determinante em geografia. O uso do mapa é uma
necessidade desde o estudo do distrito até ao continente.

Na 6ª e 7ª classes o estudo da geografia de Moçambique e dos Continentes, deve-


se apoiar nos mapas. Para a geografia de Moçambique os mapas de parede e os
Atlas geográficas devem ser a base de aprendizagem do aluno.

O mapa de parede a ser usado na sala de aulas tem que ser visível para todos
alunos na sala.

Na identificação dos objectos geográficos no mapa (rios, lagos montanhas, vias de


comunicação, etc) você deve dar oportunidade a todos alunos de visualizar o mapa.
Faça uso do ponteiro para mostrar objectos geográficos no mapa e coloque-se
numa posição frontal para os alunos. Não dê costas aos alunos.

Os Atlas geográficos devem ser distribuídos aos alunos individualmente ou em


grupos para a observação dos elementos geográficos em estudo. Para isso você
deve dar uma orientação clara aos seus alunos, indicando as páginas e
mencionando os objectivos da observação.

Os conhecimentos adquiridos sobre a leitura e interpretação do mapa ajudarão o


aluno a manusear os conteúdos da aprendizagem.

Em geografia existem outros elementos de orientação ou localização geográfica, as


chamadas coordenadas geográficas.
Julgamos ser do seu domínio saber que as coordenadas geográficas são grandezas
que nos permitem determinar a localização de qualquer ponto ou lugar na terra.
Para uma melhor compreensão deste tema vamos recordar os principais elementos
geométricos de referência para a localização no globo terrestre.
Comecemos pela bússola - aquela que nos permite determinar a posição exacta de
qualquer ponto na superfície do globo, utiliza o sistema de coordenadas constituído
por alguns círculos terrestres.
Tais elementos geométricos de referência no globo terrestre são: Eixo, Pólos,
Equador, Meridianos e Paralelos.
A terra, que, como é já do seu conhecimento, apresenta uma forma
aproximadamente esférica, gira sobre si própria em volta duma linha imaginária que
passa pelo seu centro; é o eixo terrestre.
Este eixo intersecta a superfície do globo em dois pontos, chamados Pólos: Pólo
Norte (Setentrional, Boreal ou Ártico) e Pólo Sul (Meridional, Austral ou Antárctico).

21
O Equador, os Meridianos e Paralelos

O equador é o círculo máximo perpendicular ao eixo terrestre que divide a terra em


dois hemisférios; hemisfério norte (Setentrional ou Boreal) e hemisfério sul
(Meridional ou Austral).

Os meridianos são também círculos máximos que passam pelos Pólos (norte e sul)
e dividem a terra em dois hemisférios; hemisfério oriental e hemisfério ocidental.
Os paralelos são círculos menores perpendiculares ao eixo da terra e paralelos ao
equador. Dá-se nome de círculos menores porque não passam do centro da terra, e
por isso, dividem a terra em partes desiguais.
A figura abaixo, elucida claramente os principais elementos geométricos de
referência no globo terrestre.

Fig. 9 Rede de Paralelos e Meridianos


Vamos prosseguir!
Imagine, por exemplo, que um barco navega em pleno oceano e que correndo
perigo devido a um incêndio no motor, pede socorro. É evidente que o barco só
pode ser socorrido se der a conhecer a sua localização exacta.

Mas como fazê-lo se ali não existem elementos ou pontos de referência?

Bem! Hoje torna-se muito fácil conhecer de modo muito preciso a posição
geográfica de qualquer ponto da superfície do globo, desde que se conheçam os
valores das suas coordenadas geográficas: A latitude, a longitude e a Altitude.

Portanto, no caso do nosso barco acidentado bastará que, através dos meios de
comunicação (radio ou outros), se dê a conhecer a latitude e a longitude do lugar
onde se encontra, uma vez que está em pleno oceano.

Existem aparelhos que permitem determinar facilmente as referidas coordenadas


geográficas.

22
A Latitude

A latitude de um lugar é a distância em graus, medida a partir da linha do equador


até esse lugar. Ela varia de 0º graus no equador até 90º graus no Polo norte e 90º
graus no Polo Sul.

Todos os pontos situados no mesmo paralelo tem a mesma latitude, pois todos se
situam à mesma distância do equador.

Como se determina a latitude? Observe a figura 10, abaixo.

Fig. 10

Certamente que verificou que no esquema do globo terrestre está assinalado o lugar
P, cuja latitude se pretende determinar. Como fazê-lo?

Trace primeiro um semi- meridiano (semi-meridiano de lugar) e um paralelo


(paralelo de lugar), que passem pelo ponto P.
Marque sobre o semi-meridiano do lugar, o arco compreendido entre o equador e o
lugar (o arco DP), que como se vê, mede 60º graus.

Pois bem, a medida angular desse arco é exactamente o valor da latitude do lugar
P, que é de 60º graus norte. A latitude é norte porque o lugar se situa no hemisfério
norte.

Como se viu, a latitude mede-se do equador até ao ponto.

Mas será que a localização do lugar P fica perfeitamente definida só com o valor da
sua latitude? Claro que não. Teremos então que considerar a segunda coordenada,
que é a longitude.

23
Longitude.

Observe novamente a figura 10.

Como determinar a longitude?

Trace o semi-meridiano que passa por G. Marque sobre o equador (ou sobre o
paralelo de lugar) o arco compreendido entre o semi-meridiano de referência e o
semi-meridiano do lugar (arco GD), que como se vê, mede 40 graus.

Portanto, a medida angular desse arco é exactamente a longitude do lugar P, que é


40º graus Este. A longitude é Este porque o lugar está situado a Este do semi-
meridiano de Greenwich.

A longitude de um lugar é a distância em graus medida a partir do meridiano de


Greewich até ao lugar. Ela varia de 0º graus no semi-meridiano de Greenwich até
180º graus Este e 180º graus Oeste.

Todos os pontos situados no mesmo semi-meridiano têm a mesma longitude, pois


todos eles se situam a mesma distância do semi-meridiano de Grenwich.

A altitude

Altitude ou cota de um lugar, é a distância linear medida na vertical em metros, que


vai desde o nível médio das águas do mar até esse lugar. Ela pode ser positiva ,
negativa ou profundidade.

A altitude é positiva quando o lugar se situa acima do nível médio das águas do mar
e negativa quando situada abaixo do nível médio do mar. No caso de o lugar estar
sob as águas do mar, ou seja submersa a altitude toma o nome de profundidade.

Como a superfície terrestre não é lisa, pois apresenta irregularidades (elevações e


depressões) torna-se de facto, necessário ter em consideração a altitude que é uma
coordenada geográfica indispensável para a determinação exacta da posição
geográfica de um objecto. Por exemplo, é usando a altitude que se pode determinar
a posição de um avião num determinado momento ou da posição de um navio
afundado ou ainda de um lugar situado numa montanha, etc.

Atente à figura abaixo:

24
Fig. 11

Uma vez que você estudou os textos, veja se é capaz de responder às


questões que lhe sugerimos a seguir!

I. Enumere a 2ª coluna de acordo com a 1ª coluna, de modo a tornar as


correlações verdadeiras entre os seus termos, em relação a atitude do
professor no 1º dia de aulas.

1. Atitude correcta a) O professor apresenta-se aos alunos e em


seguida, fala-lhes das actividades que irão
realizar ao longo do ano
b) Apresenta-se aos alunos de modo informal e
orienta-lhes a agirem da mesma maneira em
relação a si e a seus colegas.
2. Atitude incorrecta c) Ministra normalmente a sua aula e considera
que a interacção professor aluno é um
processo.
d) Dirige-se aos alunos de maneira informal e
amável, tornando o ambiente da sala aulas
propícios á interacção harmoniosa.

II. Assinale com V ou F , conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmações, em


relação à integração dos alunos no bairro e/ou localidade.

a) O professor sempre fala do bairro sem se deslocar até lá, pois os alunos
já ouviam falar dele.
b) O professor improvisa uma visita ao bairro.
c) O professor prepara cuidadosa e atentamente a visita ao
bairro/localidade.
d) Os alunos fazem perguntas durante a visita.

III. Responda resumida e claramente as questões:

a) O que é um mapa?________________________________________________
_______________________________________________________________

25
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
b) Qual a utilidade do mapa___________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

IV. Assinale com X as afirmações correctas em relação a aplicação da observação


directa no ensino dos sistemas de orientação.

a) Observação da posição do sol de manhã e a tarde seguida de


exercícios práticos de lateralização.
b) Leitura dos passos a serem adquiridos na construção do material
didáctico auxiliar.
c) Representação gráfica das direcções de orientação.
d) Construção de uma bússola.

Agora vamos conferir se acertou ou não. Vamos – lá .

Questão I

Certamente que você enumerou da seguinte forma.

a) 1, b) 1, d) 1, c) 2. e tem muita razão pois a atitude incorrecta é a c) 2,


porque a interacção dos alunos deve ser iniciada logo no início do ano. A interacção
é um processo sim, mas o seu sucesso depende dos primeiros dias.

Questão II

a) Você assinalou “F” e acertou pois a observação directa, através de


excursões, visitas de estudo é uma condição fundamental em
geografia.
b) Também acertou ao assinalar “F”. A improvisação conduz ao
insucesso, por isso deve ser evitada.
c) Está de parabéns. As visitas devem ser previamente planeadas.

d) Acertou. As perguntas são indispensáveis para o alcance dos


objectivos da visita e do próprio processo de aprendizagem.

26
Questão III

Logicamente que você respondeu assim:

a) Em geografia, o mapa é uma representação gráfica do terreno em uma escala


reduzida e utilizando sinais convencionais.

b) O mapa permite obter informações, facilita a localização de lugares e objectos


geográficos, sem ter efectuado visita ao local. Em suma, o mapa é um meio de
orientação.

Questão IV

a) Acertou. A observação da posição do sol seguida de exercícios de


lateralização, permite complementar a aprendizagem e facilita a fixação
da matéria.
d) Também aqui acertou. Está de parabéns. Ao construir a bússola você
está exercitando os alunos, está aplicando a observação directa, está
colocando os seus alunos como elementos activos no processo de
ensino-aprendizagem.

Certamente que não assinalou na alínea b) e c); pois não são afirmações
correctas.
Isso caro professor! Está de parabéns! Você resolveu todas as questões
que propusemos, agora vamos continuar!

Depois do estudo da comunidade do aluno (escola, localidade e distrito) e do


sistema de orientação, vamos prosseguir, desta forma colocando os seus alunos em
contacto com a realidade da sua província, como preparação para o estudo do país
e dos continentes.

A introdução deste tema não será difícil. Você já trabalhou temas semelhantes e os
seus alunos possuem bases suficientes para acompanhar as suas explicações, pois
sabem o que é o bairro, localidade e distrito.

Vamos partir do mesmo caminho. Ao longo de todo o trabalho anterior, você terá
notado que esta metodologia assenta fundamentalmente na observação, directa ou
indirecta.

A observação constitui um passo importante de conhecimentos que o método


científico aplica a fim de encontrar respostas para muitos fenómenos naturais. Por
isso, leve os seus alunos a estudar sempre através da observação para facilitar a
aquisição de conhecimentos.

27
Prosseguindo com o nosso trabalho, ajude os seus alunos a conhecer a província
em que vivem.

Naturalmente, a província é maior em relação ao distrito, em razão desta diferença


de tamanho, é impossível que você não tenha dificuldades de se deslocar com os
seus alunos para observarem directamente os vários aspectos mais importantes
existentes. Não fique de braços cruzados; se não pode ir até um certo sítio faça
chegar esse sítio à sua sala de aulas. Para tal recorra à observação indirecta,
através do mapa.

Para que o seu trabalho se realize de forma mais eficiente, dê aos seus alunos
algumas informações básicas sobre este importante auxiliar didáctico.

Diga-lhes que existe uma variedade muito grande de mapas, classificados de


acordo com o assunto que tratam e a extensão de superfície terrestre que
abrangem. Por exemplo, o mapa político representa a divisão de um continente em
países; o mapa administrativo representa a divisão de um país em províncias; mapa
hidrográfico representa os rios, lagos, as lagoas, os mares de um lugar. Portanto,
para cada realidade o professor e seus alunos terão que recorrer a um mapa
correspondente.

Com o mapa de Moçambique pendurado na parede da sala de aulas, destaque a


província que vai ser objecto de estudo e comece o seu trabalho através do diálogo
que sugerimos.

• Quem pode dizer o nome desta província?

Provavelmente um ou mais alunos saberão a resposta. Você prossegue:

• E quem pode dizer o nome desta província?


• Quais são as províncias vizinhas?
• A província é constituída por quantos distritos?
• Quais são as cidades mais importantes da província?

Os alunos, estimulados, orientados e ajudados por você, vão, consultando o mapa e


dando as respostas que você irá escrevendo no quadro preto.

A nossa província chama-se____________________________________________


A capital da nossa província é a cidade de:_________________________________
A nossa província faz limites com: _______________________________________
As nossas cidades mais importantes são:__________________________________

Explore, também, o relevo, a hidrografia, a indústria, o comércio, a agricultura, a


cultura, as vias de comunicação e os meios de transporte existentes na província.
Como fazer tal abordagem?

Represente, juntamente com os seus alunos a configuração do relevo da província


através da moldagem, em barro: rios, montanhas, planaltos, planícies, etc.
Juntamente com os seus alunos concluirão que a superfície da sua província não é
plana .

28
Ao falar da hidrografia aborde, primeiramente, a noção do rio e suas partes
principais (nascente, leito, caudal, margens, delta, estuário, barra e foz). Ilustra a
sua aula mostrando figuras dessas partes. Se a sua escola se situar perto de um rio,
leve os seus alunos a observar o rio e as suas partes. Conduza os seus alunos
através de perguntas para destacar a importância dos rios para as populações.

Faça uma excursão ou passeio até ao rio, lago, praia ou mar mais próximo. Visite os
portos e zonas de pesca e enalteça o valor económico da hidrografia como a pesca,
a construção de portos, barragens hidroeléctricas, vias de comunicação,
aproveitamento turístico e agrícola. Aproveite a importância económica dos rios e
fale sobre a ligação que existe entre a indústria e a agricultura.

Aborde a indústria e ajude os alunos a localizarem as principais zonas industriais da


província em estudo. Para tal, faça uso do mapa apropriado. Se possível, organize
uma visita a uma zona industrial. Nesse caso, lembre-se dos passos necessários
para realizar uma visita fora do sítio habitual, aprendidos anteriormente.

Integre os seus alunos ao estudo de tal forma que eles compreendem o que é agro-
pecuária e o que ela representa para a província e para o país.

O comércio e os principais centros comerciais merecem um certo destaque, pois se


processa a troca de produtos ente várias pessoas de diferente interesses: produtos,
industriais, comerciantes e consumidores. Você pode procurar saber dos seus
alunos o papel desempenhado por essas pessoas.

Atrás de pequenas machambas ou hortas na escola ou na própria casa do aluno, a


criação de animais de pequeno porte (coelhos) e aves (galinhas e patos), é possível
desenvolver o espírito de amor ao trabalho, de amizade, de ajuda mútua e
cooperação.

Destaque os processos de cultura e os instrumentos de trabalho utilizados nessa


actividade. Localize as zonas onde mais se produz se é nas planícies, nos planaltos
ou nas montanhas ou nos vales dos rios. Não se esqueça de ressaltar as vias de
comunicação e os meios de transporte existentes na província. Para tal, você pode
servir-se do diálogo. Pode começar por perguntar aos seus alunos como é que as
pessoas se deslocam.

Com certeza, eles responderão que as pessoas se deslocam de bicicleta, de carro,


de machimbombo, de barco ou de avião.

Questione, então como circulam esse meios de transporte. Eles responderão que
uns circulam pela terra, outros pelo mar e outros ainda pelo ar. Diga-lhes que
através destes meios e destas vias correm as trocas comerciais e o intercâmbio
cultural entre os povos.

Investigue com os seus alunos o modo de vida do povo da província, o seu passado
histórico, as figuras que nasceram, viveram ou se destacaram em acções de
bravura e heroísmo. O melhor recurso didáctico para este tema são os textos,

29
portanto, leve para a sala de aulas textos referentes aos assuntos e explore-os com
os seus alunos.

Na ausência de fontes escritas, recorra a pessoas mais velhas que nasceram e


viveram nessa província de modo a prestar informações necessárias sobre o tema
em estudo. Para tal conduza a conversa com o convidado/a e no fim do encontro
elabore juntamente com os seus alunos um resumo da informação recolhida.

Localize os monumentos existentes, os lugares onde se travaram batalhas, os


museus históricos, e outros através de visitas aos locais ou então servindo-se do
mapa adequado.

Concluído o estudo da província, veja se a matéria foi devidamente assinalada


pelos alunos. Os alunos podem ser avaliados através de questionários bem simples
sobre os conteúdos e por meio da elaboração de esboço do mapa de uma
província.

Dado que acabou com o estudo dos textos, vamos ver se está capacitado
para o trabalho que se segue.
I. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas em relação à
introdução do estudo da província.

a) Você percorre toda a província com os alunos


b) Você serve-se do mapa de Moçambique.
c) Você serve se do mapa-mundi.
d) Você serve-se de gravuras, fotografias e postais.
Com base no texto abaixo, responda às questões II e III.

Certo professor, ao explicar a divisão administrativa de uma província aos seus


alunos, utilizou o mapa político de África.

II. O recurso utilizado pelo professor foi adequado? Justifique a sua resposta___
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

30
III. Em caso de resposta negativa, qual seria, então, o recurso apropriado?____
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

IV. Assinale as alternativas que indiquem procedimentos apropriados ao ensino


dos recursos naturais de uma província.

a) O relevo pode ser representado pelos alunos através de modelagem e


barro.
b) Ao falar da hidrografia, deve-se abordar primeiro as noções de rio e
suas componentes.
c) Os principais centros comerciais da província merecem destaque.
d) As vias de comunicação e os meios de transporte devem ser mostrados
com mapas específicos.

V. Assinale com V ou F, conforme sejam as afirmações verdadeiras ou falsas


em relação às maneiras recomendáveis de introduzir o estudo da história da
província.

a) Visita aos monumentos e museus históricos.


b) Deslocação aos rios e lagos da província.
c) Consulta ao livro de história.
d) Conversas com os anciãos da província.

Vamos conferir as suas respostas:

Veja se assinalou a questão I de forma correcta.

a) Você assinalou F nesta afirmação, porque não é possível percorrer toda


a província com os seus alunos por falta de tempo dada a sua grande
extensão.
b) Aqui acertou ao assinalar V. Se não pode ir ao local, faça chegar esse
local à sala através do mapa ou outro tipo de recurso.
c) O mapa-mundi não se adequa ao estudo de uma província, porque
representa continentes e não países, portanto a afirmação é falsa.
d) Aqui está certo porque as gravuras, fotografias e postais ajudam a
ilustrar o seu trabalho.

31
Na questão II você deve ter respondido assim:

Em relação à situação proposta, o recurso utilizado pelo professor não é tão


adequado, porque o mapa político representa a divisão de um continente em países.

Na questão III a sua resposta deve ter sido esta:

O recurso apropriado para o ensino da divisão administrativa de uma província é o


mapa administrativo, do país ou mesmo da província.

Questão IV

a) Aqui certamente você assinalou, pois o trabalho de identificar e depois


representar o relevo em moldagem de barro ou outro material similar,
faz com que as crianças adquiram uma noção muito clara sobre o
assunto.
b) Esta também você assinalou, pois, compreende bem que as crianças só
irão perceber a importância do rio se conhecerem as suas
características particulares.
c) De certeza você deixou em branco esta afirmação os centros
comerciais de um lugar merecem destaque, mas não são considerados
recursos.
d) Esta alternativa ficou em branco, porque as vias de comunicação e os
meios de transporte, apesar de poderem ser mostrados com mapas
específicos, não são, também, considerados recursos naturais.

Questão V

a) Esta afirmação é verdadeira, porque através dos monumentos e


museus históricos podemos conhecer um pouco da história de uma
província.
b) Esta afirmação é falsa, porque nem todos os rios e lagos nos permitem
conhecer a história relevante de uma província,
c) Aqui a afirmação é verdadeira, pois o livro do aluno tem a história das
províncias.
d) Também aqui é verdadeira, porque através dos anciãos locais é
possível conhecer parte da história de uma província.

Terminada a verificação dos seus acertos, passemos ao estudo do nosso país que,
sendo maior do que a província que acaba de ser estudada, torna-se impraticável a
observação directa. Por isso, o êxito das suas aulas dependerá do uso de mapas,
por isso tenha-os sempre à disposição.
Sempre que puser os seus alunos a usar os mapas chame a atenção para a sua
configuração e legenda. Só assim poderão fazer uma boa leitura e interpretação dos
mesmos.
É através dos mapas que os seus alunos poderão conhecer bem o país em que
vivem: divisão administrativa, relevo, hidrografia, vegetação, fauna, clima,

32
população, agricultura, silvicultura, pesca, indústria, transporte e vias de
comunicação.

Pois bem, vamos iniciar o estudo de Moçambique em alguns dos seus


variados aspectos, tais como os físicos e económicos.
económicos. Os aspectos
estudados podem servir de exemplo para outros ainda não abordados.

Fig. 12 Mapa de África


Com auxílio do mapa-África pode começar por perguntar os seus alunos:

• Como se chama o nosso país?


• Quem conhece o nome da capital nacional?
• Quais são os países que têm fronteira com o nosso?
• Que país fica a norte de Moçambique? E a sul? E a Oeste?
• Que oceano fica a Este de Moçambique?
• Quem tem ideia da área total ocupada pelo nosso país?

Os alunos vão respondendo às perguntas e, no fim, você anima-os a produzir um


resumo mais ou menos assim:

• O nosso país é Moçambique; por isso, nós somos moçambicanos. A capital


do nosso país é a cidade de Maputo, onde fica o presidente da República, a
maior autoridade do país.
• Moçambique é formado pelo conjunto de todas as províncias cujos nomes e
respectivas capitais são: Cabo Delgado (Pemba); Niassa (Lichinga); Nampula
(Nampula); Zambézia (Quelimane); Tete (Tete); Manica (Chimoio); Sofala
(Beira); Inhambane (Inhambane); Gaza (Xai-Xai); Maputo (Matola) e cidade
de Maputo que tem estatuto de província.

• Os países que fazem fronteira com o nosso país são: a Norte, Tanzânia; a
Sul, África do Sul; a Oeste, Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, África do Sul e
Suazilândia. E a Este fica o oceano Índico.

33
• O nosso país tem uma área total aproximada de 800.00 Km 2 .

Caro professor, depois de falar da divisão administrativa do nosso país, não se


esqueça de abordar a costa moçambicana em relação á sua extensão e
aproveitamento económico em termos de agricultura, pesca e turismo.

O relevo e o clima são outros aspectos que o caro professor não deverá esquecer
de destacar durante as suas aulas, visto que eles influenciam no desenvolvimento
das actividades sócio-económicas no país. Pode por exemplo, destacar as três
principais formas de relevo e a sua localização geográfica.

No clima, pode por exemplo, destacar a influência das condições climáticas sobre a
agricultura: a chuva que proporciona boas colheitas enquanto que a seca e as
inundações provocam fraca produção e destruições e por conseguinte, a fome e a
pobreza.

Com este resumo sobre a situação, limites geográficos de Moçambique e


características físicas, os alunos adquirem um subsídio para consolidarem o
conteúdo aprendido.

Continue com os ensinamentos abordando a agricultura no país. Inicie com o


diálogo novamente. Ele nunca é demais, pois torna a aula dinâmica.

• Quem já visitou uma machamba ou um pomar?


• O que já viu lá?
• Que actividade se desenvolve?
• Quem tem um familiar que é camponês?

Depois de uma boa conversa, tome a palavra e explique aos seus alunos que a
agricultura dedica-se ao cultivo de plantas úteis ao homem; produz bons alimentos
tais como arroz, milho, trigo, legumes e outros. É praticada nas planícies, planaltos,
vales dos rios e até em certas zonas montanhosas.

Faça notar que tanto a técnica como os próprios instrumentos utilizados sofreram
grande evolução ao longo dos tempos. Já há tractores, motobombas, adubos e
outros, que reduzem o tempo de trabalho e aumentam a produção. Usando
gravuras você pode estabelecer a comparação entre a agricultura tradicional e a
moderna quanto ao tipo de instrumentos que se usa.

34
Fig. 13A Fig. 13B
Uma visita às hortas, pomares ou machambas que se localizam perto é sempre útil,
porque permite aplicar a observação directa para ver o que se produz e como se
produz. Prosseguindo com a explicação faça-os saber que o nosso país é
essencialmente agrícola, por isso a agricultura é a base do nosso desenvolvimento.

Faça observar, também, os seus alunos, que um camponês para além de cultivar os
campos geralmente é ao mesmo tempo um criador de animais de grande ou
pequeno porte, os quais lhe são úteis de diferentes maneiras.

Servindo-se do quadro abaixo, peça aos alunos que identifiquem os animais que
fornecem carne, leite, ovos; ajudam no trabalho, guardam a casa ou a produção,
entre outra utilidade.

Galinhas Porcos Burros


Patos e pombos Cabritos e
Perus Cães Bois
Coelhos
Ovelhas

Deste quadro, os alunos terão indicado todos os animais, excepto o cão e o burro
como os que fornecem carne; os que produzem leite, como sendo os bois; os que
dão ovos, as galinhas, patos e perus; os que ajudam no trabalho, os burros e os
bois; e finalmente, terão reconhecido os cães como sendo aqueles que ajudam a
guardar a casa e a produção.

Associe a prática da agricultura com o povoamento do território moçambicano. Faça


entender que a população moçambicana povoa mais as zonas onde se produz mais
ou seja, nas terras férteis.

Faça ver que para além da agricultura existem outras actividades não menos
importantes que por sua vez atraem o povoamento, como por exemplo a pesca
praticada nos rios, lagos, lagoas e no mar e que desempenha um papel importante
na alimentação das populações e no comércio. Pode perguntar aos seus alunos se
tem algum familiar que é pescador? O que é que pesca, onde comercializa? No
mercado ou na aldeia? Que instrumentos utiliza? Onde é que pesca no rio ou no
mar?

Lembre se que a conversa com os seus alunos é um grande estímulo. Para que a
aula decorra de melhor maneira, coloca os alunos bem dispostos e com interesse
pela aprendizagem.

Depois, explique: a pesca dedica-se à captura de animais aquáticos (peixe,


camarão, lagosta, etc) e serve-se de anzol, redes de pesca, arpões, barcos e

35
outros, conforme a ilustração que se segue.

Fig. 14 Pesca Tradicional

Continuando, compare com os seus alunos a vida e os instrumentos dos primeiros


pescadores, caçadores e agricultores que existiam há muito tempo com os actuais e
verifique as mudanças que se operaram ao longo dos anos.

Para abordar o tema sobre os recursos naturais do país primeiro peça aos alunos
para identificar os principais recursos existentes na sua província, dividindo-os em
recursos florestais, faunísticos e minerais.

Em seguida, fale com os seus alunos dos recursos naturais de todo o país. Primeiro
procurem identificar os principais recursos naturais que eles conhecem ou já
ouviram falar.

Analisem a importância que têm na área económica. Mostre-lhes que a nossa flora
possui madeira de grande valor económico (Umbila, pau-preto, pau-rosa. Chanfuta,
pau-ferro, etc. também a fauna é rica de elefantes, búfalos, leões, rinocerontes e de
uma grande variedade de aves.

A madeira para além de ser consumida dentro do país em várias áreas como
construção civil, produção de mobílias, construção de barcos, carroçarias é uma
grande fonte para a captação de divisas para o país.

Destaca que a fauna além de proporcionar a sua valiosa carne para a alimentação
das populações, peles e chifres equilibram a natureza senão vejamos: sem os
herbívoros o capim iria crescer tanto que o homem não teria por onde passar e por
outro lado, sem os carnívoros os herbívoros iriam comer toda a vegetação, a
existência de todo o tipo de animais faz com que haja um equilíbrio na natureza.

Os recursos minerais, constituem uma outra área não menos importante na


economia nacional. Para tal, fale das zonas mineiras existentes tais como Tete,
Manica, Niassa, Inhambane (gás) e Gaza (areias pesadas).

O tema sobre as vias de comunicação e os meios de transporte pode ser abordado


de seguinte maneira: arranje fotografias, gravuras, postais, ou desenhos, mostrando
portos, caminhos de ferro, estradas, aeroportos, etc. Pode, também utilizar um

36
mapa grande com as principais vias de comunicação do país. Igualmente, arranje
fotos, jornais, revistas ou postais, contendo carros, machimbombos, aviões,
comboios, motos, bicicletas, etc.

De seguida fale da importância económica das vias e meios de comunicação.


Estabeleça comparação das actuais vias de comunicação com as que outrora
existiam. Convide os anciãos para lhes falar do que era a vida no passado, onde
para se deslocar dentro da mesma província ou capital provincial percorriam vários
dias. Faça lhes perceber que infelizmente devido ao desenvolvimento
desequilibrado de certas províncias ou regiões do nosso país esta situação ainda
acontece, mas no geral a situação evoluiu bastante.

Conduza os seus alunos a concluir que as estradas, as linhas férreas, os caminhos,


as avenidas, os rios, o mar e o ar são as vias de comunicação que permitem a
circulação de pessoas nas suas trocas comerciais e noutras actividades. Por seu
turno, os carros, os barcos, as motos, os aviões, as bicicletas e os comboios são os
meios de transporte que circulam através das vias de comunicação. Geralmente as
vias de comunicação são abertas para locais de interesse económico: zonas
industriais, comerciais, minerais, agrícolas, turísticas, etc.

Para terminar percorra juntamente com os seus alunos através das vias de
comunicação rodoviária, ferroviária e façam ligações inter-provinciais, através de um
voo imaginário. Para tal recorra ao mapa de Moçambique onde as vias de
comunicação são destacadas.
Após ter desenvolvido o estudo sobre o país e dado destaque às suas riquezas,
trabalhe a questão do meio ambiente, as formas como tem sido prejudicado pela
acção do homem e a responsabilidade que tem cada cidadão no que concerne a
protecção do meio em que vive.

Faça se valer do mapa de Moçambique que entre vários aspectos que trata, aborda
a localização das zonas de protecção e conservação da natureza.

Explique aos seus alunos que estas zonas gozam de protecção total: os animais e
plantas são protegidos, é proibido caçar dentro das áreas dos parques ou reservas,
e a entrada de visitantes é controlada.

Para a protecção e conservação da natureza, sugerimo-lhe o seguinte texto:

• Parque Nacional da Gorongosa, localizada na província de Sofala, junto


da serra de Gorongosa. É a maior e a mais importante zona de protecção no
nosso país. Os animais que aí existem são considerados dos mais belos
representantes da fauna existente na terra. Calcula-se em milhares o
número de espécies animais nele existentes. São animais típicos deste
parque: pala-palas, elendas, zebras, bois – cavalo, leões, elefantes,
leopardos, búfalos, impalas, hipopótamos, crocodilos, macacos, cágados,
pássaros e muitos outros.

• Parque Nacional do Bazaruto, localiza-se no arquipélago do Bazaruto, na


província de Inhambane. Neste Parque são protegidas as espécies vegetais

37
e animais existentes destacando se os animais como a tartaruga marinha e
o dugongo.

• Parque Nacional de Zinave localizado no distrito de Govuro, na província


de Inhambane. Possui certas espécies características como a girafa e o
avestruz. Estes animais também estão em perigo de extinção.

• Parque Nacional de Banhine, localizado junto às margens do rio


changane, no distrito de Chicualacuala, na província de Gaza. Os animais
predominantes são os antílopes e outros herbívoros de tamanho médio.

• Reserva do Niassa, na província do mesmo nome. Não tem ainda os


limites bem definidos; por isso não se conhecem ainda completamente as
espécies que existem nesta reserva.

• Reserva de Gilé, localizada no distrito de Gilé, na província da Zambézia.


Possui uma variedade de espécies que só existem nesta reserva.

• Reserva de Marromeu, localizada na parte norte da província de Sofala.


Existem diversas espécies de mamíferos, sendo os búfalos os mais
representativos.

• Reserva do pomene, na província de Inhambane

• Reserva do Maputo, situado no distrito de Matutuine, na província de


Maputo. Possui entre outras espécies, o rinoceronte branco, uma espécie
rara no continente africano. Nos inúmeros pântanos de reserva de Maputo,
abundam os flamingos, as rãs, os peixes e outras espécies.

Para finalizar o estudo deste tema, convide os seus alunos a enumerarem as


acções do homem que concorrem para a degradação da natureza. Nessa lista
naturalmente que não faltarão os seguintes aspectos: as queimadas
descontroladas, o desflorestamento, o povoamento descontrolado, o cultivo junto
das encostas, o despejo de produtos químicos nas águas dos mares e oceanos, uso
excessivo de produtos químicos na agricultura, entre outros.

Depois de os seus alunos terem estudado muito bem o seu país, agora, é chegada
a vez de eles saberem que Moçambique é parte integrante de um continente que se
chama África. Para tal recorra ao mapa de África para localizar nele os países que o
constituem, os seus limites, os mares e os oceanos que o banham e a comparação
dos tamanhos dos países.

Caro (a) professor (a), durante a aula não se esqueça de se referir à posição
geográfica que o nosso país ocupa em relação aos seus vizinhos, nomeadamente
África do Sul, Swazilândia, Zimbabwe, Malawi e Zâmbia. Estes países não têm
saída para o mar e utilizam os portos e caminhos de ferro de Moçambique para
escoar os seus produtos agrícolas e industriais. É de referir igualmente que os

38
países africanos aqui mencionados fazem parte da Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Para falar de outros aspectos como relevo, hidrografia, vegetação, flora, fauna,
clima, população, agricultura, silvicultura, pesca, indústria, transportes e vias de
comunicação, faça se valer de mapas apropriados.

Entre os vários aspectos que vai abordar junto dos seus alunos certamente não
esquecerá de mencionar, no relevo que o ponto mais elevado do continente
localiza-se no monte Kilimandjaro, focará igualmente outros pontos como a cadeia
dos Atlas; os rios, Nilo, Zambeze e Congo; os lagos Tchade, Niassa e Victória.

Quanto aos aspectos climáticos, a localização do continente na zona intertropical


merecerá um grande destaque pois, este é a zona de maior aquecimento da maioria
de países. Na parte norte do continente vastas regiões do Sahara são desérticas e
outras semi-áridas.

A influência do clima é extensiva ao desenvolvimento da fauna e flora do continente,


bem como ao povoamento.

Demonstre que não obstante o continente possuir grande quantidade de recursos


grande parte dos seus habitantes vive em condições de pobreza absoluta.
Identifique os problemas que enfermam o desenvolvimento do continente africano
tais como, a colonização, as guerras internas que se seguiram às suas
independências; as epidemias, as calamidades naturais como a seca prolongada,
depressões, cheias ou inundações, entre outros males que o contribuem para o
atraso do desenvolvimento económico e social de África.

Feito o estudo do continente africano, deve se prosseguir com o estudo de outros


continentes como Ásia, Europa, América, Austrália, e Antárctida. Para tal o
professor deverá usar entre vários recursos pedagógicos o mapa-mundi e o globo
terrestre.

Recomenda-se que à semelhança do procedimento em relação ao estudo sobre o


nosso país que o professor estenda o mapa e dirija a aula através de perguntas
claras.

Pode fazer as seguintes perguntas:

• No conjunto dos continente que constituem o mundo, quem já identificou o


nosso?
• Quais são os outros continentes?
• Qual desses continentes colonizou Moçambique?

Sempre que um aluno der uma resposta errada o professor deverá estar atento para
a sua correcção.

Para além da localização geográfica, vários aspectos deverão ser abordados como
o relevo, o clima, a vegetação, a fauna e a economia. Um particular destaque
deverá ser dado à comparação do grau do desenvolvimento dos continentes e se

39
possível fazer-se menção ao desenvolvimento de alguns países em cada
continente.

Agora, façamos um exercício de verificação da sua aprendizagem.


I. Assinale as alternativas correctas em relação à situação geográfica e
configuração de Moçambique.

a) Você pede que os alunos identifiquem os países pertencentes ao


continente africano.
b) Cada aluno faz no seu caderno o mapa de Moçambique para situar o
país geograficamente
c) O conteúdo em questão é demonstrado através do mapa de África.
d) Os alunos fazem as observações necessárias através do mapa-mundi
apresentado pelo professor.

II. Escreva V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas para mostrar


que o nosso país é essencialmente agrícola.

a) Mostrar as actividades da população através de dados estatísticos.


b) Levar os alunos a uma zona de pesca para observarem como é
desenvolvida.
c) Pedir aos alunos que façam cartazes com os alimentos.
d) Demonstrar aos alunos, através de comparação, a actividade mais
importante de Moçambique.

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III. Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, estabelecendo correlações entre seus
termos.

2. Introdução a) os alunos localizam no mapa as zonas de produção agro-


pecuária
3. Desenvolvimento b) o professor dialoga com os seus alunos a respeito de hortas e
criação de animais.
4. Consolidação c) cada aluno copia no seu caderno as respostas ao questionário
passado no quadro pelo professor.
5. Avaliação d) O professor trabalha o conteúdo juntamente com os alunos
através do mapa.

1. Assinale com V ou F, conforme sejam as alternativas verdadeiras ou falsas em


relação ao estudo do continente africano.

a) Você começa por dialogar com os seus alunos a respeito do continente.


b) Você socorre-se do planisfério ou mapa-mundi para tornar as suas
explicações mais claras.
c) Você dispensa o mapa durante as explicações, pois assim será ouvido
com mais atenção.
d) Você pede para os alunos desenharem o mapa do continente nos seus
cadernos e localizem os aspectos do continente estudado.

Agora, que resolveu os exercícios, vamos confirmar os seus acertos.

I.
a) Se não assinalou nesta alternativa acertou. Identificar os países
pertencentes à África não ensina a situação geográfica e a configuração
de Moçambique.
b) Aqui também se não assinalou acertou, visto que o procedimento
proposto está incompleto. A configuração do país é conseguida através
do respectivo mapa, mas a sua situação geográfica não.
c) Nesta assinalou e acertou. É através de mapa de África que a situação
geográfica e a configuração de Moçambique podem ser ensinadas.
d) Aqui novamente acertou, pois, o mapa-mundi dá condições ao
professor de ensinar o proposto nessa questão, uma vez que mostra o
mapa de África.

II.

a) Se escreveu V acertou, visto que a estatística é um recurso apropriado


para demonstrar que Moçambique é um país agrícola.
b) Aqui escreveu F e fez bem. Levar os alunos a uma zona de pesca é
sempre gratificante para a aprendizagem, mas não é um recurso
adequado para o estudo da agricultura.
c) Nesta alternativa também escreveu F e acertou. Apesar de que cartazes
mostram alimentos, isto é, referem-se à agricultura, mas não mostram
que Moçambique é essencialmente agrícola.

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d) Esta é verdadeira, por isso você colocou V. A actividade mais,
importante de Moçambique é a agricultura.

III.
1. Introdução a) os alunos localizam no mapa as zonas de produção
agro-pecuário
2. Desenvolvimento b) o professor dialoga com os seus alunos a respeito de
hortas e criação de animais.

3. Consolidação c) cada aluno copia no seu caderno as respostas ao


questionário passado no quadro pelo professor.
4. Avaliação d) O professor trabalha o conteúdo juntamente com os
Alunos através do mapa.

IV.
a) Esta afirmação é certíssima porque sempre é bom começar um
conteúdo através de diálogo para motivar os alunos.
b) Aqui também a afirmação é verdadeira. É necessário o planisfério ou
mapa-mundi para localizar os continentes.
c) Esta afirmação é falsa, pois uma aula destas exige mapa.
d) Aqui também se considerou verdadeira, acertou.

É chegada a hora de realizar a Auto-


Auto-avaliação para verificar
verificar a sua
aprendizagem e consolidar o que aprendeu ao longo deste módulo.
Procure acertar em 100% as questões aqui propostas para prepar melhor
para as Pós-
Pós-avaliações!

Auto – Avaliação

I. Que atitude deve tomar o professor na sua relação com os alunos nos primeiros
dias de aulas?

Assinale com “X” as afirmações que considerar correctas.

a) Apresentar-se aos alunos e, em seguida, falar-lhes das actividades que


irão desenvolver durante o ano escolar.
b) Exigir que cada aluno se apresente à turma, falando da sua condição
social e da posição dos encarregados de educação nos serviços.
c) Ministrar de imediato a matéria, pois, o processo de interacção aluno –
aluno, professor-
aluno, acontecera ao longo do ano e no decorrer do processo.
d) Dirigir-se aos alunos de maneira informal e amável, tornando o
ambiente da sala de aulas propício à interacção harmoniosa.

42
e) Apresentar-se aos alunos de maneira formal, e orientá-los a agirem da
mesma maneira em relação a si e aos colegas.
f) Informar aos alunos para se portarem como tal, pois vieram à escola
para aprender do professor.

II. Marque com, “X” as afirmações correctas, em relação à interacção do aluno na


escola e na localidade onde se situa a escola.

a) Não é tarefa do professor integrar os alunos no contexto geral da


escola, pois actuação do professor limita-se à sala de aulas.
b) Cabe ao servente da escola acompanhar os alunos em visita às
instalações escolares, dando-lhes todas informações necessárias à sua
integração na escola.
c) O professor, deverá no início do ano, falar aos alunos sobre as
instalações escolares e sobre a importância da sua conservação em
relação ao processo de ensino-aprendizagem.
d) A Direcção da escola deve no início de cada ano reunir os alunos para
dar algumas informações sobre as instalações e sobre a
responsabilidade que têm em mantê-las em perfeito funcionamento.
e) Servindo-se do conhecimento que os alunos têm do meio, o professor
dará uma aula sobre a situação geográfica e características da
localidade em que se situa a escola.
f) O professor deverá programar, com os alunos algumas visitas de
reconhecimento para facilitar a sua interacção na localidade,
privilegiando a observação directa.
g) Na impossibilidade da visita, o professor recorrerá ao mapa para
estudar com os alunos as características da localidade em que se situa
a escola.
h) O professor recomendará aos alunos para que conversem com pessoas
da localidade, para adquirirem mais informações sobre a localidade
onde a escola se situa.

III. Marque com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmações a


seguir, em relação ao uso do mapa na sala de aulas e do sistema de
orientação.

a) O professor deverá colocar o mapa por cima da sua secretária, para só


ele poder visualizar os aspectos de abordagem na sala de aulas.
b) O professor poderá falar aos alunos sobre as características do distrito,
província, país/ou continente) sem necessariamente fazer uso do mapa
visto os alunos já terem ouvido falar dos locais em estudo.
c) O professor deverá orientar os alunos para que localizem no mapa o
distrito, província, país, em que vivem, identificando a sua posição
geográfica, limites, características físico-geográficas e económicas e
sua importância na região.
d) Em caso de não haver mapa na escola, o professor desenhará um
mapa e mostrará aos alunos ao longo da abordagem dos conteúdos.

43
e) Para melhor aprendizagem dos alunos o professor deverá construir com
os alunos a rosa-dos-ventos.
f) O professor deve mostrar a importância das coordenadas geográficas
para a orientação na terra.

IV. Assinale com “X” as afirmações correctas tendo em conta os procedimentos


julgados correctos para a introdução do estudo da província.

a) Visitar toda a província em estudo.


b) Servir-se do mapa de Moçambique.
c) Servir-se do mapa-mundi
d) Servir-se do mapa da província.

V. Escreve V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas no que se refere ao


ensino da situação geográfica de Moçambique.

a) Você pede aos alunos para a identificação dos países pertencentes ao


nosso continente.
b) Você pede que os seus alunos desenhem nos seus cadernos o mapa
de Moçambique.
c) Você faria a demonstração, através do mapa de África.
d) Os alunos fazem as observações necessárias através do mapa-mundi,
orientados pelo professor.

VI. Assinale com “X” as alternativas correctas em relação aos procedimentos


adequados ao estudo do relevo do continente africano.

a) Os alunos localizam no mapa as principais zonas montanhosas de


África.
b) O professor destaca o Nilo, o Zambeze, o Congo, o Tchade, o Niassa e
o Victória como principais elementos da hidrografia do nosso continente.
c) O professor auxilia os alunos a desenharem o mapa de África.
d) O professor explica que o continente africano é atravessado a meio pelo
equador, sendo por isso um continente quente.

44
Depois de resolver as questões da Auto-
Auto-avaliação vamos conferir as
respostas.
Questão I

a) Você assinalou “X” e acertou pois após a apresentação aos alunos o


professor deve abordar os objectivos da classe, informar-lhes sobre o
que se lhes espera ao longo do ano e que actividades a desenvolver.
b) Nesta alínea você não assinalou e acertou, porque exigir tal atitude aos
alunos seria contrariar o espírito de simplicidade que se pretende criar
numa sala de aulas.
c) Está claro que este procedimento não é correcto e por isso você não
assinalou a alínea.

d) Assinalou também “X” nesta alínea pois deve ser postura do professor a
simplicidade, a amabilidade, criando um ambiente de harmonia na sala.
e) À semelhança da alínea b) esta atitude do professor inibe a
interactividade na sala de aulas, e por isso você não assinalou.

Questão II

Nesta questão você considerou as alíneas c), d), e), f), g), h).

Ao assinalar com “X” nestas questões você demonstra ter seguido atentamente o
exposto no módulo. Para a integração do aluno na escola da localidade, o professor
deve primeiro falar dos alunos sobre as instalações e responsabilidade que eles tem
na sua conservação. Esta informação também deve ser dada no 1º encontro da
“escola” direcção com os alunos para os primeiros passos de socialização dos
alunos na escola. Deverá também o professor como acção complementar contínua
visitar com os alunos alguns lugares vizinhos da escola. Caso não seja possível a
visita o uso do mapa da localidade, do distrito é um meio auxiliar importante a ter em
conta.

Com certeza você não considerou as alíneas a) e b)como correctas, visto que
ambas deturpam a tarefa do professor na escola.

Questão III

a) Você marcou F e acertou porque o mapa deve ser colocado num visível
para todos alunos. E mais, o mapa é um meio para uso na sala e deve
por isso criar condições, caro professor, para que os alunos se
desloquem para junto do mapa, individual ou em grupos, com o fim de
observarem/indicarem os aspectos em estudo.
b) Ao marcar F, fê-lo com muita razão. Com diz o ditado; “ouvir falar não
se escreve”. Você deve ter sempre presente na sua aula o mapa de

45
parede e ou atlas para permitir a observação ou directa/indirecta dos
factos.
c) Esta questão é logicamente verdadeira e você está de parabéns por tê-
la assinalado com “V”. Como dissemos o mapa é um meio
indispensável em aula de geografia e os alunos devem ter a
oportunidade de manuseá-lo.
d) Esta afirmação também é verdadeira. Se não há mapa o professor deve
desenhar numa cartolina, cartão, papel, quadro ou outras, um mapa
para visualização dos aspectos em estudo. Este mapa pode até ser
construído com ajuda dos alunos.
e) Aqui você assinalou “V” e acertou. A participação dos alunos na
construção dos meios ou materiais didácticos é um procedimento muito
importante no processo de ensino-aprendizagem.
f) Se considerou “V” esta afirmação acertou pois as coordenadas
geográficas são referências indispensáveis para a orientação no
espaço.

Questão IV

a) Aqui nesta alínea se você assinalou errou, não seria possível nem
recomendável percorrer toda a província com os alunos. O
procedimento recomendável é faze-lo através da observação indirecta,
mapas fotografias , etc.
b) Se assinalou nesta alínea acertou. Realmente um dos recursos para o
estudo de uma província é o mapa de Moçambique, pois visualiza um
conjunto de aspectos necessários para o estudo e facilita a sua leitura e
interpretação.
c) O mapa - mundi é um dos recursos importantes no estudo da geografia.
Porém não é adequado no estudo de uma província, pelo que se
assinalou errou.
d) O mapa da província torna-se um instrumento apropriado para o tema a
introdução do estudo da província pois, traz aspectos essenciais que o
aluno pretende estudar. Pelo que se assinalou “X” acertou.

Questão V

a) Se escreveu F nesta afirmação, acertou. Identificar os países


pertencentes à África não ensina a situação geográfica e a configuração
de Moçambique.
b) Aqui também acertou porque o procedimento em questão está
incompleto. A configuração do país é conseguida através do respectivo
mapa, mas a sua situação geográfica necessita de outros elementos.
c) Nesta escreveu V e acertou. É através do mapa de África que a
situação geográfica e a configuração de Moçambique podem ser
ensinados.
d) Aqui também escreveu V e acertou. O mapa-mundi permite ao
professor ensinar a situação geográfica de Moçambique.

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Questão VI

a) Este procedimento é correcto pelo que você assinalou. As principais


zonas montanhosas do continente africano podem ser identificados num
determinado mapa.
b) Este procedimento não é correcto pois não se refere ao relevo, mas sim
à hidrografia de África.
c) Este procedimento não está completo faltaria nele desenhar ou
assinalar aspectos do relevo do continente africano. Pelo que se
prestou atenção não assinalou.
d) Igualmente esta afirmação está errada por não se referir ao relevo de
África mas sim ao seu clima. Por isso não assinalou e está de parabéns.

47
Bibliografia

Penteado, Heloisa Dupas – Metodologia do Ensino de História e Geografia,


colecção magistério 2º grau, São Paulo.

INDE. Livro de Ciências Naturais – 4ª classe, cultura escolar, Maputo 1985.

INDE. Livro de Ciências Naturais 5ª classe, cultura escolar, Maputo, 1984.

INDE. Livro de Geografia – 5ª e 6ª classes, cultura escolar, Maputo, 1987.

INDE. Livro de História, cultura escolar, Maputo, 1985.

MINED. Atlas Geográfico, Vol. 1, República de Moçambique, 1987.

INDE. Atlas Geográfico – Vol. II, 2ª Ed. 1987.

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CURRÍCULO DO CURSO DE 10ª + 2

Formação Geral----------------------- 30 módulos

DISCIPLINA Nº. DE MÓDULOS

1. Português ( 5 módulos )
2. Inglês ( 3 módulos )
3. Linguística Bantu ( 3 módulos )
4. Matemática ( 2 módulos )
5. História ( 2 módulos )
6. Geografia ( 2 módulos )
7. Ciências Naturais ( 4 módulos )
8. Educação Moral e Cívica ( 3 módulos )
9. Educação Visual e Tecnológica ( 2 módulos )
10. Educação Musical ( 2 módulos )
11. Metodologia de Investigação Científica ( 2 módulos )

Formação Profissional ----------------35 módulos e 2 guiões

DISCIPLINA Nº. DE MÓDULOS

12. Pedagogia (4 módulos )


13. Psicologia (3 módulos )
14. Organização e Gestão Escolar (3 módulos )
15. Sociologia de Educação (3 módulos )
16. Metodologia do Ensino de Português (3 módulos )
17. Metodologia do Ensino de Inglês (3 módulos )
18. Metodologia do Ensino de Matemática (4 módulos )
19. Metodologia do Ensino de Ciências Sociais (2 módulos )
20. Metodologia do Ensino de Ciências Naturais (3 módulos )
21. Metodologia do Ensino de Educação Moral e Cívica (1 módulo )
22. Metodologia do Ensino de Ofícios (1 módulo )
23. Metodologia do Ensino de Educação Física (3 módulos )
24. Metodologia do Ensino de Educação Musical (2 módulos )
25. Educação Bilingue (1 guião )
26. Estágio Supervisionado (1 guião )

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PROPRIEDADE DO IAP – AUTORIZADA A REPRODUÇÃO OU CÓPIA APENAS AO NUFORPE

COPYRIGHT: REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

IAP – INSTITUTO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES

FORMATADO E IMPRESSO NO CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS E GRÁFICA DO INSTITUTO


DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES
TIRAGEM: 70 000 EXEMPLARES – 1ª EDIÇÃO -2003

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