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Abdala Consolo Comaquela

Anjo José Ferraz

Benedita Francisco Gabriel

Celso de Carmo Borge


Buana Carlos
Mansur Afate Davide
Merina Mucussete

Nelson
Rangel Rafael
Vitorino Nahota
Mavondze

Romana José Maulate

INTERAÇÃO ENTRE AS DECISÕES DE INVESTIMENTO E DE FINANCIAMENTO


AGENTES DAS MUDANÇAS AMBIENTAIS GLOBAIS
(Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos)
(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário)

Abdala Consolo Comaquela


Universidade Rovuma
Anjo José Ferraz
Campus de Nacala-Porto
Benedita Francisco Gabriel
Julho, 2021
Celso de Carmo Borge
1

Buana Carlos

Merina Davide

Nelson Rafael Nahota

Romana José Maulate

INTERAÇÃO ENTRE AS DECISÕES DE INVESTIMENTO E DE FINANCIAMENTO

Trabalho de carácter avaliativo na cadeira de


Gestão Financeira, do curso de Licenciatura
em Gestão de Recursos Humanos, 2º ano.

Orientador: Dr. Edson de Oliveira Alfândega

Universidade Rovuma

Campus de Nacala-Porto

Julho, 2021
ii
2

ÍNDICE

Introdução........................................................................................................................................3

1. Objectivo do trabalho:............................................................................................................4

1.1. Objectivo geral:......................................................................................................................4

1.2. Objectivos específicos:.........................................................................................................4

2. Metodologias:.......................................................................................................................4

3. INTERAÇÃO ENTRE AS DECISÕES DE INVESTIMENTO E DE FINANCIAMENTO..5

3.1. FINANCIAMENTO..............................................................................................................5

3.1.1. Factores que ajudam em decisões na área financeira..........................................................5

3.1.1.1. Risco e retorno..................................................................................................................5

3.2. INVESTIMENTO.................................................................................................................6

3.2.1. Investimentos de Longo Prazo.............................................................................................6

3.3. Métodos de orçamento de capital...........................................................................................6

3.3.1. Orçamento de capital..........................................................................................................6

3.3.2. Taxa média de retorno (TMR)............................................................................................6

3.3.3. Payback – Período de recuperação do investimento..........................................................7

3.3.4. O Valor Actual Líquido (VAL).......................................................................................9

3.3.5. IL – Índice de lucratividade...........................................................................................12

3.3.6. TIR – Taxa interna de retorno..........................................................................................13

Conclusão......................................................................................................................................15

Referências Bibliográficas.............................................................................................................16
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Introdução
A Gestão Financeira é fundamental para que as empresas sejam bem-sucedidas e
sustentáveis buscando a sua continuidade, essa gestão concentra-se sobre o estudo das decisões
financeiras assumidas pelas organizações. Nesse sentido, as finanças correspondem ao conjunto
de atividades que envolvem as bases da administração, planejamento, análise e controle, com o
objetivo de maximizar os resultados econômicos e/ou financeiros gerados pelas operações
empresariais.

Presente trabalho busca abordar sobre as interações entre as decisões de investimento e


de financiamento numa empresa ou projecto. Nesse contexto, as decisões de investimentos
envolvem todo o processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações de
recursos. Por outro lado as decisões de financiamento envolvem a definição da natureza dos
fundos aplicados, ou seja, a estrutura das fontes de capital demandada pelas decisões de
investimento.
As decisões de investimentos e financiamentos são estruturadoras dos activos e passivos
de uma organização, sendo o conjunto de elementos que podem gerar benefícios aos agentes
envolvidos. Decisões desse tipo, principalmente as que visam alcançar benefícios no longo prazo
necessitam de análise que levem em consideração o risco inerente à decisão
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1. Objectivo do trabalho:

Segundo Robbins e Coulter (1998) os objectivos são metas e se referem aos resultados
desejados pelos indivíduos, guiam as decisões e formam critérios frente aos quais serão
comparadas as realizações actuais. Sendo assim, para este trabalho definiram-se os objetivos a
seguir.

1.1. Objectivo geral:

 Falar da interação entre as decisões de investimento e de financiamento;

1.2. Objectivos específicos:

 Descrever os métodos de decisão de investimento,


 Descrever os métodos de decisão de financiamento;
 Descrever os critérios de decisão de um projecto para cada método.
 Escrever as formula e exemplificar as decisões de investimento e de financiamento;

2. Metodologias:

Para elaboração do presente trabalho da cadeira de Gestão Financeira, foi usado o método de
revisão bibliográfica, onde foi consultados alguns livros virtuais, jornais, artigos científicos e
páginas da internet, cujas referências indicamos na parte final deste trabalho.
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3. INTERAÇÃO ENTRE AS DECISÕES DE INVESTIMENTO E DE


FINANCIAMENTO

3.1. FINANCIAMENTO

A forma de financiamento de curto e de longo prazo a ser utilizada pela empresa dependerá
da necessidade de recursos, da duração ou maturação dos ativos financeiros e da agressividade
da gestão da empresa em compatibilizar as fontes e as necessidades de financiamento (VIEIRA,
2008). Os empréstimos de curto prazo são utilizados com a finalidade de preencher
temporariamente as necessidades de financiamento de uma empresa, podendo ser obtidos de
duas maneiras: empenhando-se na captação de recursos a curto prazo com a emissão de seu
próprio título e captando recursos externamente por meio de intermediários financeiros
(GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010).

3.1.1. Factores que ajudam em decisões na área financeira

3.1.1.1. Risco e retorno


Risco e retorno são importantes fatores que ajudam na tomada de decisão no mundo financeiro.
O risco está relacionado à incerteza de um investimento e à possibilidade de perda financeira. Já
o retorno são os ganhos ou as receitas que virão de aplicações e investimentos. Há uma relação
directa entre risco e retorno. Quanto maior o risco de um investimento, maior é o risco da
operação (BARROSO, 2000).

Prazo também é um fator que interfere no risco e no retorno de uma operação. Quanto maior for
o tempo em que o dinheiro estiver sobre o risco maior será o retorno requerido.

Risco e retorno também podem ser utilizados para avaliação ou escolha entre investimentos.
Vamos supor que temos que escolher entre dois investimentos que oferecem a mesma taxa de
retorno. Uma opção é avaliar os riscos destas operações e escolher a que oferecer o menor.
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3.2. INVESTIMENTO

Para Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2010) investimento é toda aplicação de capital em algum ativo
tangível ou não, cuja finalidade seja obter retorno futuro. Nesse contexto, Assaf Neto (2007)
acrescenta que as decisões de investimento envolvem a elaboração, avaliação e seleção de
propostas de aplicações de capital efetuadas com o objectivo, normalmente de médio e de longo
prazo.

3.2.1. Investimentos de Longo Prazo


Os investimentos em longo prazo segundo Braga (1995) são também denominados gastos de
capital, que correspondem a desembolsos ou comprometimento de recursos cujos benefícios
deverão perdurar por mais de um ano. Para Hoji (2003) os investimentos ou dispêndio de capital
podem ser temporários ou permanentes. Os investimentos temporários são valores aplicados com
intenção de resgate dentro de algum tempo. Já os permanentes são ativos que produzem
resultados no longo prazo, isto é, são valores aplicados para manutenção das atividades
operacionais e com fins estratégicos.

3.3. Métodos de orçamento de capital

3.3.1. Orçamento de capital

Orçamento de capital refere-se aos métodos para avaliar, comparar e selecionar projetos que
obtenham o máximo retorno ou a máxima riqueza para os proprietários. O máximo retorno é
mensurado pelo lucro, e a máxima riqueza reflete-se no preço das ações. (GROPPELLI;
NIKBAKHT, 2005).

3.3.2. Taxa média de retorno (TMR)

É uma técnica contábil simples que determina a lucratividade de um projecto. Esse método de
capital talvez seja a técnica mais antiga usada em negócios. A ideia básica é comparar os lucros
contábeis líquidos com os custos iniciais de um projeto adicionando todos os lucros líquidos
futuros e dividindo-os pelo investimento médio.
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M é dia dos lucros liquidos anuais futuros


Formula: TMR=
metade do investimentoinicial
Exemplo pratico:

Conforme Gropelli; Nikbakht (2005),suponha que os lucros líquidos para os próximos quatro
anos sejam calculados em $ 10.000,00; $ 15.000,00; $ 20.000,00 e $ 30.000,00,
prospectivamente. Sendo R$ 100.000,00 o investimento inicial, encontre a taxa média de retorno.

Líquidos anuais futuros

Solução: a taxa média de retorno pode ser calculada da seguinte maneira:

10000+15000+ 20000+30000 75000


i. 1. Lucro líquido médio =TMR= → TMR=
4 anos 4
→ TMR=$ 18 750.
Lucro líquido médio = $ 18.750,00

100 000
ii. Investimento mé dio= =$ 50 000,00
2

iii. Dividindo o lucro líquido médio de $ 18.750,00 pelo investimento médio de $ 50.000,00,
obtemos, aproximadamente, 38%.
M é diados lucros liquidos anuais futuros 18 750
TMR= = =0,375 ≅ 38 %.
metade do investimentoinicial 50 000

Por exemplo, o investimento inicial supostamente deprecia-se linearmente; por isso, podemos
usar o método curto de dividir o investimento inicial por 2 para chegar ao investimento médio.

3.3.3. Payback – Período de recuperação do investimento

Método que consiste em verificar qual o período (Número de anos, meses ou semestres –
dependerá da configuração dos prazos constantes no projeto de investimento) necessário para
recuperar o investimento inicial. Se o período de payback encontrado representar um período de
tempo aceitável para a empresa, o projecto será selecionado.
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Critérios de decisão

Configura-se através da análise do fluxo de caixa apresentado pelo próprio projeto. Seguindo o
critério de avaliação
abaixo:
 Payback < projecto=“ aceitar ” .
 Payback > projecto=“rejeitar ” .
Um exemplo prático:

egundo Groppelli; Nikbakht (2005), a Cia WD planeja investir num projeto que tem um
desembolso inicial de $ 3.700,00. Ela previu que o projeto proporcionará entradas de caixa
regulares de $ 1.000 no ano 1, de $ 2.000,00 no ano 2, de $ 1.500,00 no ano 3 e de R$ 1.000,00
no ano 4. Se a empresa tivesse como meta um período de amortização (payback) de três
anos, você recomendaria que esse projeto fosse aceito?

Solução: As informações anteriores devem ser reescritas no seguinte formato:

Podemos ver por essa informação que após dois anos a empresa terá recuperado $ 3.000,00 os
seus $ 3.700,00 investidos.

Então, calculemos a proporção do terceiro ano que a empresa recisará para recuperar os $ 700,00
restantes do seu investimento inicial ( $ 3.700,00 – R $ 3.000,00=$ 700,00). Para fazer isso,
simplesmente dividimos os $ 700,00 pela entrada de caixa do terceiro ano:

700 ,00
=0 , 47
15 000 ,00
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Em termos redondos, 0,47 de um ano é, aproximadamente, 24 semanas (


0,47 x 52 semanas=24 semanas ¿, perfazendo um total de 2 anos e 24 semanas antes que o
investimento seja recuperado.
Comparando o resultado de 2 anos e 24 semanas com o período-meta (3anos). Identificamos que o
projecto é viável.

3.3.4. O Valor Actual Líquido (VAL)

Este critério tem em conta a actualização dos cash-flows através da taxa de custo do capital. Isto
é, ele leva em consideração do valor do dinheiro no tempo, procurando trazer a valor presente
todos os fluxos de caixa que ocorram no decorrer do período. O critério do Valor Actual Líquido
é o critério mais consistente no contexto da selecção de projectos mutuamente exclusivos.

Para decisão de investimento, a expressão VAL conduz a uma das três seguintes situações:

 𝑽𝑨𝑳 > 𝟎 – O projecto tem interesse pois proporciona a integral recuperação dos
capitais a investir, a cobertura do risco associados ao projecto e ainda a criação de
excedentes monetários.
 𝑽𝑨𝑳 = 𝟎 – O projecto continua ter interesse, tal como na situação anterior, embora
nesta situação, aconselha-se a realizar uma nova análise ao nível da taxa de
actualização sobretudo o prémio de risco, por um erro de apenas 1% pode originar
graves consequências futuras.
 𝑽𝑨𝑳 ˂ 𝟎 – O projecto de investimento não tem interesse, porque não remunera os
capitais a investir, pelo que deve decidir-se neste momento a não continuação do
estudo.

Vantagens e inconvenientes deste método:

Este método tem como vantagens:

 O conhecimento prévio da taxa de actualização;


 A facilidade de cálculo;
 Permitir encontrar com muita facilidade alternativas de investimentos que valham mais
do que custam para os investidores.
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Tem como inconveniente o facto de:

✓ O VAL ser muito sensível à taxa de actualização,

✓ A determinação segura da taxa de actualização mais apropriada.

A Fórmula de Cálculo do VAL

A Fórmula de Cálculo do VAL é a seguinte:

N
CF n
VPL=∑ −Inv .inicial
i=1 (1+i )n

FC 1 FC 2 FC 3 FC 4 FC 5
Isto é: VPL=
[ ( 1+ i ) 1
+
( 1+i ) 2
+ 3
( 1+i )
+
(1+i ) 4
+
( 1+ i )5 ]
−I .i

Onde:

 𝑰. i = Investimento Inicial
 𝑽𝑨𝑳 = Valor Actual Líquido
 𝑪𝑭= Representa o Cash-flow do n-ésimo período
 𝒏 = Representa o Cash-flow do n-ésimo período.
 𝒊 = O custo do Capital ou taxa de desconto.

Exemplo pratico:

A Empresa BRITHOL MICHCOMA com sede em Nacala-Porto, pretende investir 40.000 para
um projecto. Ela espera gerar do primeiro ao quinto ano os seguintes cash-flow: 18 000; 18 500;
19 200; 20 000. e 21 200 em Meticais por taxa de 18%. Calcule o valor actual líquido da
empresa.

Solução:

Primeiro, vamos estruturar o diagrama de fluxo de caixa do projeto.


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Como a taxa de desconta é 18%: i=18 %=0,18

FC 1 FC 2 FC 3 FC 4 FC 5
VPL=
[ ( 1+ i ) 1
+
( 1+i ) 2
+ 3
( 1+i )
+
(1+i ) 4
+
( 1+ i )5 ]
−I

18 000 18 500 19 200 20 000 21 200


VPL=
[ 1
+ 2
+ 3
+ 4
+
( 1+ 0,18 ) ( 1+0,18 ) ( 1+0,18 ) ( 1+0,18 ) ( 1+0,18 )5
−40 000
]
18 000 18 500 19 200 20 000 21 200
VPL=
[ + + + +
( 1,18 )1 ( 1,18 )2 ( 1,18 )3 ( 1,18 )4 ( 1,18 )5
−40 000
]
18 000 18 500 19 200 20000 21 200
VPL= [ + + + +
1,18 1,3924 1,643032 1,93877776 2,287757757
− 40 000 ]
VPL=[ 15254,24+13286,41+11685,71+10315,78+9266,72 ] −40 000

VPL=59808,86−40 000

VPL=19808,86

Como VPL> 0, concluímos que a empresa BRITHOL MICHCOMA pode investir nesse projecto.

Tabela-resumo da solução:

Descrição/Ano 0 1 2 3 4 5

Cash-Flow 40 000 18 000 18 500 19 200 20 000 21 200


Taxa de
18% 18% 18% 18% 18% 18%
Desconto
Factor de
1 1,18 1,3924 1,643032 1,93877776 2,287757757
Desconto
Cash Flow
( 40 000 ) 15254,24 13286,41 11685,71 10315,78 9266,72
Descontado
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Valor Actual
19808,86
Líquido

3.3.5. IL – Índice de lucratividade

Esse método faz uma comparação entre o valor presente das entradas de caixa futuras e o
investimento inicial numa base relativa. Logo, o IL é a razão entre o valor presente das entradas
de caixa e o investimento inicial de um projeto
Formula:
VP(entradas de caixa)
IL=
Investimentoincial
Critérios de decisão
 IL maior que 1 = aceitar
 IL menor que 1 = rejeitar

Vantagens
O IL é um método confiável para avaliar um projeto ou para comparar dois ou mais projetos. O
VPL compara o valor presente de fluxos de caixas futuros de um projeto com o seu custo inicial,
por meio de um critério simples: qual é o maior valor? O método do IL compara as mesmas
quantias, porém na forma de uma razão.
Desvantagens
Recomenda-se cautela no emprego da taxa de desconto, pois esta deve refletir o contexto de
aplicação do projeto.
Exemplo pratico:
A Cia. Crystal está considerando um projecto com fluxos de caixa anuais previstos de $
5.000,00, $ 3.000,00 e $ 4.000,00, respectivamente, por três anos. O investimento inicial é de $
10.000,00. Usando o método de IL e uma taxa de desconto de 12%, determine se o projecto é
aceitável

Solução: Para determinar o IL, o valor presente dos fluxos de caixa deve ser dividido pelo
investimento inicial.
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FVPA (Factor de valor presente VP do fluxo de caixa (a) (b) -


Ano Fluxo de caixa (a) –$
de uma anuidade) a 12% (b) $
1 5.000,00 0,893 4.465,00
2 3.000,00 0,797 2.391,00
3 4.000,00 0,712 2.848,00
VP do projeto = 9.704,00

O valor presente do projeto é de $ 9.704,00. Dividindo-se esse número pelo investimento inicial
de $ 10.000,00 resulta em um IL de 0,9704. Sendo o valor do IL menor do que 1, o projeto é
rejeitado.
O VPL do projeto pode, também, ser determinado se subtrairmos os $ 10.000,00 do investimento
inicial do valor do presente de $ 9.704,00. Nesse caso, o VPL é de $ -296,00. Já que o VPL é
negativo, pelo método do IL, pode-se concluir que o projeto não deve ser aceito.

3.3.6. TIR – Taxa interna de retorno

Na visão de MITHÁ (2009, p. 56) “a taxa interna de retorno evidencia o nível de retorno que
resulta de um projecto. Do ponto de vista do cálculo, será a taxa de desconto para qual teremos
VAL nulo”.

Para decisão de investimento, a expressão TIR conduz a uma das três seguintes situações:

 𝑻𝑰𝑹 > que o custo de capital, o projecto tem interesse. Vale apenas investir nesse
projecto.
 𝑻𝑰𝑹 = ao custo de capital, o projecto continua a ter interesse. Aqui não representa risco
ainda.
 𝑻𝑰𝑹 ˂ que o custo de capital, o projecto não tem interesse, e aconselha-se a reprovar esse
projecto.

Formalizando:
N
Ft
VPL=0=Investimento inicial+ ∑
t =1 ( 1+TIR )t
Ft −Representa o Cas h−flow do n−é simo per í odo .
TIR=Taixa Interna de Retorno
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t− periodo ( ano ) .

Vantagens e inconvenientes deste método

Este método tem como vantegens:

 Não exigir o conhecimento prévio do custo de capital da empresa, e


 A capacidade de fornecer um valor relativo da taxa, que permite fazer um termo de
comparação com o custo de capital da empresa, abaixo do qual se deverão rejeitar os
projectos.

A TIR, tem como incoveniente o facto de:

 Ser a técnica complexa de orçamento de capital.


 Ela é bem mais difícil de ser calculada manualmente se comparado com o VAL
 Pode resultar em taxas de retorno não realistas.
Exemplo:
A empresa Delta tem fluxos de caixa anuais de $ 5.000,00 por seis anos. O investimento inicial é
de $ 20.555,00. Determine a TIR desse projecto.

Solução:
1º Passo – Encontre uma taxa de retorno que retorne o valor presente do fluxo de caixa de seis
anos igual a um investimento inicial de R$ 20.555,00. A taxa de desconto desconhecida é o valor
do TIR. Primeiro, divida R$ 20.555,00 por R$ 5.000,00, encontrando 4.111, que é o FVPA. A
seguir, procure na tabela de FVPA e leia os factores de valor presente para seis períodos.
Podemos, facilmente, identificar que 4.111 é o factor de valor presente da taxa de 12%, para seis
períodos. Essa taxa de 12% é a TIR do projeto. Se a taxa mínima de corte for 10%, o projecto
será aceito. Da mesma maneira, se a taxa mínima for maior que 12% o projeto será rejeitado.

Conclusão

Com o trabalho constatou-se que processo de tomada de decisões reflete a essência do


conceito de Administração. Administrar é decidir, e a continuidade de qualquer negócio depende
da qualidade das decisões tomadas por seus administradores nos vários níveis organizacionais. E
15

estas decisões, por sua vez, são tomadas com os dados e as informações viabilizados pela
Contabilidade, levantados pelo comportamento do mercado e desempenho interno da empresa.

Estas decisões são tomadas pelas empresas de forma contínua e inevitável. As decisões
de investimento envolvem todo o processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas
de aplicações de recursos, conforme identificadas nos Ativos. As decisões de financiamento, por
seu lado, envolvem a definição da natureza dos fundos aplicados, ou seja, a estrutura das fontes
de capital demandada pelas decisões de investimento.

Abordamos também os principais métodos para orçamento de capital, ou seja, taxa média
de retorno, período de recuperação do investimento, valor presente líquido, índice de
lucratividade e taxa interna de retorno. Esses métodos são utilizados na avaliação de viabilidade
de projetos financeiros. A compreensão destes conceitos é essencial para que o administrador
financeiro tenha elementos que o auxiliem na tomada de decisão e possa conjugá-los de forma a
obter o melhor retorno possível.

Referências Bibliográficas

 ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 3. Ed. São Paulo: Atlas,
2007
16

 BARROSO, C. (2000) Decisões de Investimento e Financiamento de Projectos, Lisboa:


Portugal, Edições Silabo
 BERK, J.; DEMARZO, P. Finanças Empresariais. Porto Alegre: Bookman, 2009.
 BODIE, Zvi et al. Investments. Tata McGraw-Hill Education, 2009.
 BREALEY, R. A.; MYERS, S. C.; ALLEN, F. Princípios de Finanças Corporativas. São
Paulo: McGraw-Hill, 2008.
 BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração Financeira: teoria e prática. São
Paulo: Cengage Learning, 2010.
 DAMODARAN A. Finanças Corporativas: Teoria e Prática. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
 BRUNER, R.F. Estudos de Casos em Finanças. 5ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2009
 GITMAN, Lawrence J. (2010) Princípios de Administração Financeira. 12ª Edição.
Pearson Addison Wesley.
 LEMESJr, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi
Szabo. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas financeiras.
3. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2010
 MITHÁ, Omar (2009). Análise de Projectos de Investimento, Lisboa: Escolar Editora.
 ROBBINS, S.P; COULTER, M.; Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do
Brasil, 1998
 VIEIRA, Marcos Villela. Administração estratégica do capital de giro. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.

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