LEI DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS)

Lei Org. de Assistência Social - Introdução e Correlação com a CF, Jurisprudência

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LEI ORGÂNICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – INTRODUÇÃO E CORRE-

LAÇÃO COM A CF, JURISPRUDÊNCIA

Breve Introdução
1. 1988 – Surgimento da Política Pública de Assistência Social com o advento
da Constituição Federal o país adota um modelo para cuidar das pessoas que,
de alguma forma, encontram-se com alguma vulnerabilidade socioeconômica,
moradia, etc.
2. Assim, surgem, na CF, os direitos sociais ( art. 6º) traz a figura do desam-
parado.

Atenção!
A assistência social é para os que necessitam. O modelo de assistência antes
da CF/88 era o assistencialismo, a filantropia, a doação; após a CF tornou-se
Política Pública de Assistência Social.
O Constituinte originário inseriu o art. 6º na Constituição, que trata dos direitos
denominados de segunda geração ou dimensão.
O desamparado era aquele que não tinha condição de exercer na sociedade
determinado estatus, era tratado como “invivísivel social”, alguém que era
culpado por tudo que estava vivendo. Logo, a partir da LOAS, os invisíveis
sociais devem ser vistos como sujeitos de direitos.

3. Já no art. 194, surge a Seguridade Social – com o conhecido tripé, ou

WELFARE STATE – Saúde, Previdência e Assistência Social, esta por sua
vez e tratada nos artigos 203 e 204, havendo como destinatário quem dela
necessitar.

Atenção!
Assistência social para quem necessita, previdência para quem contribui e
saúde para todos. Dessas três políticas, somente a previdência é contributiva.
ANOTAÇÕES

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Obs.: é importante saber que o Welfare State é um modelo inglês no qual se

busca estado social de bem-estar, qualidade de vida para as pessoas. É
importante se atentar às críticas e doutrinas referentes a esse modelo.

Quem avalia a necessidade do indivíduo é o profissional que trabalha como

agente público no campo da assistência social.

4. Houve o início do conhecido controle social da população sobre a ação

do Estado, pois, no art. 204 surge a DIRETRIZ da participação da população
na assistência social;

Atenção!
O modelo de caridade e assistencialismo foi superado pela Constituição de
1988, o modelo agora é de política pública; a assistência social não é para
todos, e sim para os que dela necessitarem; dentro dos direitos sociais existe
o desamparado. A própria CF trouxe uma diretriz da prestação de assistência
social, que prevê a participação da população.

Obs.:

para a doutrina dos constitucionalistas, as ordens emandas da CF são cha-
madas de mandados constitucionais, que são ordens ao legislador futuro.

Quando o cidadão comum está participando do poder decisório do estado,

chama-se controle social, que está disposto no art. 1º, parágrafo único, CF. O
controle social está vinculado ao princípio da democracia participativa, ou da
representação direta.

5. Em 1993 surge a LEI 8742 – LOAS – Regulamentação da Assistência

Social;
6. Em 2004 – a Res. 145 do CNAS, regulamentação da PNAS;
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Atenção!
A política pública é, em tese, a maneira que o Poder Executivo materializa os
anseios da população.

7. Em 2005 – a Res. 130 do CNAS, operacionalização da Assistência Social

– NOBSUAS
8. Em 2009 – a Res. 109 do CNAS, tipificação dos serviços socioassis-
tenciais;
9. Já em 2011 – Reforma na LOAS pela lei 12.435 conhecida como LEI DO
SUAS;

Atenção!
A partir de 2011, a LOAS ganha várias alterações que melhoram a prestação
da assistência social em território nacional.

10. Em 2018 – Mudança na LOAS sobre não exigências de documentação de

atendidos pelos SUAS para que seja atendidos no SUS no que tange a dispen-
sação de medicação.
Jurisprudência e Doutrina Correlata
1.Princípio da Reserva do Possível;

Atenção!
Para o STF, o estado não poderá não prestar a assistência social. A reserva
do possível é quando o estado admite que não consegue fazer tudo por toda
a população, porém essa reserva não pode ser instada para que o estado não
faça o cumprimento dos direitos sociais.
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2. Vedação do Retrocesso Social;

Atenção!
Para o STF e a doutrina constitucionalista, após a conquista de um direito
social, é vedada sua retirada.
Ex.: determinada comunidade ganha uma grande praça no centro para prestar
direito de lazer para as pessoas, de modo geral. Não é possível retirar essa
praça para construir um empreendimento econômico, por exemplo.

3. Direito a felicidade (STF)

Atenção!
Existe um estudo que trabalha com nomeclatura de família, e conclui que uma
família que é feliz é chamada família eudemonista. Esse direito a felicidade foi
discutido no STF e foi determinado que as pessoas têm direito a felicidade no
âmbito profissional, pessoal etc.

4. Questionável o quantum de 1I4 do salário mínimo para o BPC ( STF)

Atenção!
O BPC é prestado ao idoso e à pessoa com deficiência, que têm garantia de
um salário-mínimo. Considera-se necessidade quando a renda per capta é de
¼ do salário-mínimo.

Obs.:

para o STF, o quantum de ¼ é considerado de constitucionalidade duvidosa.
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LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. (LEI FEDERAL)

Lei orgânica da Assistência Social

Das Definições e dos Objetivos (cap. I)
Assistência Social ( Art. 1º)
1. Direito do cidadão e dever do Estado;
2. Política de Seguridade Social (art.194, CF – SPA) não contributiva;

Atenção!
O SPA – Saúde, Previdência e Assistência Social.

3. Provê os mínimos sociais;

Atenção!
Mínimos sociais são questões mínimas ligadas à existência urbana, como
moradia, saúde, educação, lazer. É o mínimo que o ser humano precisa para
sobreviver.

4. Realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública

e da sociedade;

Atenção!
A sociedde participa da assistência social como usuário do serviço público,
como membro do CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social –, e podem
participar dentro de uma entidade ou Organização de Assistência Social – ONG.
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Obs.: os órgãos de iniciativa do estado trazidos pelo estado para a assistência

social são o CRAS e o CREAS. Em segundo momento, a lei dispõe do
MDS – Ministério da Cidadania; e ainda aparece a figura do INSS para a
concessão do BPC.

5. para garantir o atendimento às necessidades básicas.

Objetivos (art. 2º, incisos I,II e III): Será trabalhado o mnemônico PRO-VI-DE:
1. Proteção Social
2. Vigilância socioassistencial
3. Defesa de direitos

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à

prevenção da incidência de riscos, especialmente:
a) proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à
velhice;
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção
de sua integração à vida comunitária; e

Atenção!
O termo portador de deficiência está superado, atualmente é pessoa com
deficiência.

e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com

deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família;

Atenção!
A questão da idade do idoso ser de 65 anos está no art. 20 da LOAS.
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2. A vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capa-

cidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameças,
de vitimizações e danos; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

Atenção!
Território é toda a área de atendimento no campo da assistência social.

3. A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no con-
junto das provisões sociassistenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
Para o enfrentamento da pobreza (p.u, art. 2º)

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Ravan Leão de Judá.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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