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AULA
PEDAGOGIA
O papel da motivação e a importância do reconhecimento das habilidades dos alunos para o
alcance de uma aprendizagem significativa.
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ÍNDICE
1. 1. RESUMO
2. 2. INTRODUÇÃO
3. 3. O FRACASSO ESCOLAR E AS DIFERENÇAS
1. 3.1 O Currículo
2. 3.2 O Professor
3. 3.3 A avaliação
4. 4. IDENTIFICANDO AS DIFERENÇAS
1. 4.1 A contextualização da inteligência
2. 4.2 Gardner e sua contribuição
3. 4.3 Reconhecendo a diversidade
5. 5. TRABALHANDO AS DIFERENÇAS NA SALA DE AULA
1. 5.1 A escola centrada no aluno
2. 5.2 Avaliação mais adequada
3. 5.3 A adequação do currículo
4. 5.4 O uso de metodologia diversificada
6. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. RESUMO
Este trabalho objetiva observar as diferenças individuais encontradas em nossas salas
de aula e a sua influência no processo de ensino-aprendizagem. Sabemos que o
processo da aprendizagem acontece de forma diferente para cada indivíduo, pois é
necessário um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo que
muitas vezes é singular. Existem diferentes perfis intelectuais, que são formados da
inter-relação dos diferentes tipos de inteligências existentes no homem. Para tanto, o
professor em seu trabalho precisa reconhecer as multifaces de inteligência do universo
de sua sala de aula e construir o ambiente adequado para que as inteligências sejam
desenvolvidas. Cada aluno possui o seu próprio estilo de aprendizagem e apresenta
conhecimentos prévios oriundos de situações ambientais diversas. Uma nova visão do
trabalho escolar é necessária para a criação de contextos educacionais onde todos
possam aprender. A aprendizagem não depende somente dos alunos, mas sim de um
trabalho continuo de análise, monitoramento e intervenções do professor durante a
realização das atividades, que contribuirão para um desenvolvimento das
potencialidades de cada um. O ajuste entre o professor e o estilo de aprendizagem do
aluno pode ser uma das respostas para vencermos o fracasso escolar que tanto
angustia alunos e professores.
ABSTRACT
This study aims to observe the individual differences in our classrooms and their
influence in the teaching-learning process. We know that the learning process occurs
differently for each individual, for a set of cognitive strategies that mobilize the
process is often singular is necessary. There are different intellectual profiles, which
formed in the inter-relationship of different types of intelligences in man. Therefore,
the teacher in his work needs to recognize the intelligence of the multifaceted universe
of your classroom and build the right environment for that intelligences are developed.
Each student has their own learning style and features prior knowledge from different
environmental situations. A new vision of schoolwork is necessary to create
educational environments where everyone can learn. Learning is not only the students,
but also a continuous work analysis, monitoring and intervention by the teacher during
the course of the activities, which will contribute to developing the potential of each.
The fit between the teacher and the student's learning style can be one of the answers
to overcome school failure that both distresses students and teachers.
2. INTRODUÇÃO
Existe uma grande preocupação dos que atuam na educação, quanto ao elevado
número de alunos que não conseguem acompanhar o desenvolvimento e rendimento
da classe (como se ela pudesse ser homogênea) e que em consequência disto se
desestimulam ou até mesmo desistem da escola.
Precisamos reconhecer que os alunos são diferentes, que nem todas as pessoas têm os
mesmos interesses e habilidades, que nem todos aprendem da mesma maneira, pois
cada um tem o seu ritmo para aprender; sendo assim, enfrentamos um grande desafio:
como trabalhar o conteúdo para que possamos estimular os diferentes níveis e tipos de
inteligências existentes em nossos alunos?
3.1. O Currículo
O currículo, como o caminho que desejamos que os alunos percorram, em sua maioria
muito tem contribuído para que este quadro permaneça. Ele em sua maioria apresenta
conteúdos que vão requerer dos alunos um conhecimento prévio, e isto serve de
divisor entre os alunos na sala de aula, pois nem todos os alunos partem de um mesmo
ponto, ou seja, lidamos com níveis de conhecimentos prévios diferentes. O que
normalmente acontece, é um programa, que privilegia os mais preparados e aumenta a
distância entre estes e os demais. O aluno, ao deparar com as dificuldades em sua
aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse. O desinteresse gera a
indisciplina e as faltas às aulas.
Os programas aplicados nas escolas são elitistas em sua maioria, pois ignoram a
diversidade social e cultural dos alunos. Uma criança criada em meio a pessoas
instruídas, livros e computadores certamente não estranhará os trabalhos escolares e a
relação com as exigências do processo de ensino. No entanto, encontraremos aqueles
que viveram com pessoas quase analfabetas, passavam o tempo na rua ou diante de
uma TV. Não há como desconsiderar a distância que estes terão de percorrer para
alcançar os outros alunos.
3.2. O Professor
Segundo Freire (1999, p. 35), “os alunos não se evadem da escola, a escola é que os
expulsa”. A cada ano, um número expressivo de alunos, deixa as salas de aula muitas
vezes por presumir que a escola não foi feita para ele.
3.3. A avaliação
4. IDENTIFICANDO AS DIFERENÇAS
Antunes (1998, p.11), conceitua inteligência como “a capacidade cerebral pela qual
conseguimos penetrar na compreensão das coisas escolhendo o melhor caminho”.
O conceito de que a inteligência existe de uma forma geral e que cada pessoa a possui
em níveis diferentes é algo ultrapassado. Sabemos hoje, através de estudos que a
inteligência possui muitas faces e todos nós a possuímos de maneira integral (Gardner,
1995). No entanto o percurso para a compreensão de um mesmo conteúdo atravessa
caminhos diferentes nos indivíduos.
Até certo tempo, acreditava-se que a inteligência estava no interior do indivíduo e sua
avaliação era realizada através de estruturas que tinha sua ênfase no isolamento do
indivíduo e a mensuração de suas respostas dentro de um contexto específico.
Segundo Gardner (1995, p. 189) “na melhor das hipótese, as inteligências, são
potenciais ou inclinações, que são realizadas ou não, dependendo do contexto cultural
em que são encontradas”.
Ter competência é ser capaz de mobilizar conhecimentos, valores e decisões para agir
de modo pertinente numa determinada situação. É o conjunto de competências e
habilidades que garantirá sucesso do indivíduo, quer nos pequenos detalhes da vida ou
na convivência em sociedade.
Gardner foi uns dos precursores do estudo das multiformas de inteligência existente.
Inconformado com os resultados obtidos, pelos testes de QI e outros testes do gênero
que avaliavam apenas as capacidades lógicas e lingüísticas e negligenciariam todas as
outras aptidões humanas, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas. Este
trabalho trouxe uma nova visão sobre a definição de inteligência e seu funcionamento.
Segundo ele “a mente é instrumento multifacetado, de múltiplos componentes, que
não pode, de qualquer maneira legítima, ser capturada num simples instrumento estilo
lápis e papel” (GARDNER, 1995, p. 65).
Apesar de não ter tido a intenção de criar uma teoria sobre a aprendizagem escolar, ele
trouxe a visão de como podemos caracterizar a inteligência humana e seu
desenvolvimento. A Teoria das Inteligências Múltiplas (TIM) deixa claro a
necessidade de uma educação mais individualizada, aquela que leve em conta todas as
diferentes inteligências dos alunos e as diferentes formas de aprender, já que existem
“caminhos” alternativos para promover o aprendizado e o desenvolvimento dos
alunos. Cada aluno tem um potencial para ser desenvolvido, é preciso que as escolas
reconheçam a diversidade de competências existentes no ambiente escolar. A
implantação de ações que facilitem o desenvolvimento e a valorização das diversas
competências existentes em uma sala de aula tornam-se indispensável para que a
escola possa tratar o fracasso escolar.
Necessário se faz levar em conta o aluno, seu ritmo biológico, o seu contexto na
elaboração das atividades didáticas, extracurriculares e na escolha da linguagem a ser
usada em sala de aula.
Precisamos de uma escola mais centrada no aluno. Para que este trabalho possa ser
desenvolvido, precisamos rever as partes que compõem o planejamento do processo
de ensino-aprendizagem. Precisamos estar conscientes de que os estilos de
aprendizagem e as inteligências individuais precisam orientar o nosso estilo de ensino.
Sobre este aspecto, Perrenoud (2002, p. 148) afirma:
O professor que conhece sua realidade deverá na medida do possível ajudar seus
alunos a realizar seus objetivos, valorizando seus interesses, inclinações.
Desta forma, tanto a motivação com a percepção dos alunos devem ser consideradas
no planejamento didático. De uma forma poética, Rubens Alves em Cenas da Vida
ressaltou a importância da motivação afirmando que “as inteligências dormem. Inúteis
são todas as tentativas de acordá-las por meio da força e das ameaças. As inteligências
só entendem os argumentos do desejo: elas são ferramentas e brinquedos do desejo”.
Começando com a avaliação, que desde início deverá oferecer uma visão das
potencialidades e dificuldades dos alunos, portanto deve ser realizada através de
instrumentos apropriados ao nível do desenvolvimento da criança e diferenciada para
cada domínio a ser avaliado.
Deveria servir como ajuste de conduta, ou seja, como forma da professora avaliar o
seu trabalho, refletir sobre o mesmo e modificá-lo.
- Os alunos precisam ter consciência que serão avaliados, o aluno consciente de suas
dificuldades, poderá enxergar as possibilidades de melhorar (auto - avaliativa).
- A avaliação tem ainda a função de definir quais atividades deverão ser aplicadas,
levando em consideração o perfil intelectual dos alunos.
Portanto, um trabalho continuo de análise e intervenções do professor durante a
realização das atividades, contribuirão para um desenvolvimento das potencialidades
de cada um.
A educação que praticamos, tem sido orientada para que os alunos a absorvam
conteúdos informais (fatos, conceitos e procedimentos), no entanto, deveria estar
voltada para o desenvolvimento de competências e das habilidades.
O currículo precisa ser trabalhado de forma que seu conteúdo seja apresentado de
formas diferentes, ou seja, através do uso de uma metodologia diversificada.
Nossos objetivos e métodos educacionais precisam ser repensados à luz de uma visão
de educação como instrumento para a maximização dos potenciais existentes na sala
de aula. Não existe um ser humano perfeito em tudo, mas todos, possuem capacidades
de níveis diversos e forças pessoais. As inteligências se apresentam em tipos e níveis
diferentes, precisamos desenvolvê-las através de metodologias diversas.
O autor sugere a prática do ensino adaptador, onde algumas ações educativas na sala
de aula tornarão minimizadas as diferenças.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola sofre uma série de interferências no seu dia-a-dia que influenciam o processo
de ensino e aprendizagem, ou seja, sua estrutura física, os métodos de ensino
utilizados, o grau de dificuldade dos conteúdos e o nível de conhecimento prévio dos
alunos são componentes do sucesso ou fracasso escolar. O fracasso não é só do aluno,
mas é também da escola e do sistema educacional nacional.
Uma reorganização do sistema educacional é necessária. Uma revisão das partes que
compõem o planejamento do processo de ensino-aprendizagem. As inteligências e os
potenciais de nossos alunos dependendo do contexto em que são trabalhados serão ou
não desenvolvidos.
Através deste trabalho foi possível observar as diferenças individuais existentes nas
salas de aula e a influência destas para o processo de ensino-aprendizagem, também
apontando a necessidade de implantação de ações que facilitem o desenvolvimento e a
valorização das diversas competências existentes em uma sala de aula, tornam-se
indispensáveis para que a escola possa combater o fracasso escolar.
Entendo que a reflexão resultante das análises apresentadas neste estudo, permite
sugerir que a escola proporcione formas diversificadas de educação, pois a
inteligência é estimulável. O uso de esquemas mais eficientes de aprendizagem
superará em sua maioria as limitações dos alunos.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS