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ESTADO DO CEARÁ
Eusébio
PREFEITURA MUNICIPAL DE EUSÉBIO
O prefeito municipal de Eusébio, estado do Ceará, faz saber, que a Câmara Municipal
aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Secretaria de Saúde
SEÇÃO 1
Departamento de Vigilância Sanitária
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º. Fica instituído o Código Sanitário do Município de Eusébio, fundamentado nos
princípios expressos na Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, na Constituição
do Estado do Ceará, nas Leis Orgânicas da Saúde - Leis Federais nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, e nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, no Código de Defesa do
Consumidor - Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, e na Lei Orgânica do
Município de Eusébio de 16 de junho de 2008, e outras normas que venham substituí-las
ou modificá-las 2
Art. 2º. A organização, a direção e a gestão das ações e serviços de saúde, executados
“Fica instituído o Código Sanitário do Município de Eusébio,
pelo SUS, seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa
fundamentado nos princípios expressos na Constituição Federal de 5 de
privada, serão ordenadas de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de
outubro de 1988, na Constituição do Estado do Ceará, nas Leis Orgânicas
complexidade crescente. Já as atribuições e competências dos entes federativos estão
da Saúde - Leis Federais nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e nº 8.142,
previstas na Lei Federal nº 8.080/1990, Lei nº 8.142/1990, e outras normas que venham
de 28 de dezembro de 1990, no Código de Defesa do Consumidor - Lei
substituí-las ou modificá-las.
Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, e na Lei Orgânica do
Município de Eusébio de 16 de junho de 2008.”
Art. 3º. Seguindo as diretrizes da lei orgânica da saúde, é dever dos municípios
planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde; executar
serviços de vigilância sanitária; formar consórcios administrativos intermunicipais;
controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde, podendo ainda,
suplementar a legislação federal e estadual no tocante à aplicação e execução de ações e
serviços de vigilância sanitária.
VISA EUSÉBIO
Art. 4º. Este código sanitário regulamenta as atividades relacionadas à vigilância em
saúde, 81
Rua Irmã Ambrosina, estabelecendo,
- Centro para todo território municipal, normas técnicas de ordem
pública, de interesse social e de promoção e proteção da saúde da população de
Eusébio-CE CEP:61760-405
(85) 98147 3407
Eusébio promovendo o aprimoramento do controle sanitário, bem como, regulamenta
visaeusebio@gmail,com
todos os assuntos inerentes à fiscalização sanitária municipal, respeitando-se no que
couber, a legislação federal e estadual vigente, e outras normas que venham substituí-
las ou modificá-las.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA E DA ORGANIZAÇÃO DA SAÚDE E DO ÓRGÃO SANITÁRIO
Art. 6º. Para efeito desta lei e seu regulamento, vigilância sanitária é um conjunto de
ações capazes de prevenir, diminuir ou eliminar riscos à saúde, assistindo-lhe o dever
de atuar no controle de endemias, surtos, bem como, intervir nos problemas sanitários
da poluição do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da produção de
serviços de interesse da saúde, em perfeita consonância com as normas federais e
estaduais e outras normas que venham substituí-las ou modificá-las, abrangendo,
I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem
com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao
consumo;
II- Controle da prestação de serviços que se relacionem direta ou indiretamente
com a saúde nos setores público e privado;
III- Controle e avaliação das condições ambientais que possam indicar riscos e
agravos potenciais à saúde.
IV- Normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, 3
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, produtos,
máquinas e equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
Art. 7º. Fica referenciado o LACEN-CE (laboratório central de saúde pública do Ceará),
por ser uma instituição pública estratégica para as ações de vigilância em saúde, o
laboratório de escolha para amparar o serviço de vigilância sanitária municipal.
Art. 8º. Para os efeitos deste Código, entende-se por Vigilância em Saúde as ações de
Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância em Saúde Ambiental e
Vigilância em Saúde do Trabalhador, que visam promover e proteger a saúde pública,
prevenir e controlar doenças e agravos e identificar, prevenir, eliminar, controlar ou
minimizar riscos associados à exposição a agentes e substâncias nocivas à saúde, que
compõem um campo integrado e indissociável de práticas, fundado no conhecimento
interdisciplinar e na ação intersetorial, desenvolvidos por meio de equipes
multiprofissionais, com a participação ampla e solidária da sociedade, por intermédio
de suas organizações, entidades e movimentos.
§ 1º. As ações de vigilância epidemiológica abrangem o conjunto de atividades
que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e
coletiva, com a finalidade de adotar ou recomendar medidas de prevenção e
controle das doenças e agravos à saúde.
Art. 9º. Autoridade sanitária é aquela declarada competente para o exercício das 4
atribuições de saúde pública, com a prerrogativa da aplicação da legislação sanitária no
nível do poder executivo em sua esfera de governo.
Art. 10. As ações de vigilância sanitária serão exercidas por funcionários da Secretaria
Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de Eusébio, nomeados inspetores
sanitários através de portaria.
Art. 11. A equipe de inspetores sanitários deverá estar sempre atualizada e bem
preparada para melhor exercer suas funções, devendo sempre que possível participar
de cursos, seminários ou eventos afins.
Art. 12. A autoridade fiscalizadora competente, no âmbito de suas atribuições nesta lei
constituída do quadro de inspetores sanitários, terá livre acesso a todas as
dependências de estabelecimentos comerciais, industriais e outros, com vistas à
verificação do cumprimento de normas legais, regulamentares e outras que, por
qualquer forma, se destinem à promoção, preservação e recuperação da saúde e onde
houver necessidade de exercer a ação que lhes é atribuída no Município.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO II
DA VIGILÂNCIA DOS ALIMENTOS
Art. 14. Todo alimento destinado ao consumo humano, qualquer que seja a sua
origem, estado e procedência, produzido, transportado ou exposto à venda no
município será objeto da ação fiscalizadora da Vigilância Sanitária Municipal, nos
termos desta Lei, bem como na Legislação Estadual e Federal em vigor.
§ 1º - Os produtos, substâncias, insumos ou outros, além de apresentarem
perfeitas condições para o consumo, devem ser oriundos de fontes aprovadas
ou autorizadas pela autoridade sanitária competente.
§ 2º - Os alimentos perecíveis devem ser transportados, armazenados ou
depositados sob condições de temperatura, umidade, ventilação e luminosidade
que se protejam de contaminação e deterioração.
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Art. 15. Os gêneros alimentícios devem, obrigatoriamente, ser protegidos por
invólucros próprios e adequados no armazenamento, transporte, exposição e comércio.
§ 1º - No acondicionamento de alimentos não é permitido o contato direto com
jornais, papéis tingidos, papéis ou filmes plásticos usados com a fase impressa,
de papéis ou filmes impressos, e sacos destinados ao acondicionamento de lixo.
§ 2º - Os gêneros alimentícios, que por força de sua comercialização não
poderem ser completamente protegidos por invólucros, devem ser abrigados
em dispositivos adequados e evitar contaminação e serem manuseados ou
servidos mediante o emprego de utensílios ou outros dispositivos que sirvam
para evitar o contato direto com as mãos.
§ 3º - A embalagem utilizada no acondicionamento da matéria-prima ou de
alimento, deve ser de primeiro uso, sendo proibido o emprego de embalagens
que tenham sido usadas para produtos não comestíveis ou aditivos, e devem
estar armazenadas em locais apropriados, longe de alcance de insetos e
roedores, não sendo permitidos ficar em contato direto com o chão.
§ 4º - Os utensílios e recipientes dos estabelecimentos onde se preparam e/ou
consumam alimentos deverão ser lavados e higienizados adequadamente, ou
serão usados recipientes descartáveis, sendo inutilizados após seu uso.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO III
DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS
Art. 22. Ficam adotadas nesta lei as definições constantes da legislação “federal e
estadual de alimentos de fantasias, alimento “IN NATURA”, alimento enriquecido,
alimento dietético, alimento de fantasia ou artificial, alimento irradiado, alimento
sucedâneo, aditivo incidental, produtos alimentícios, coadjuvante, padrão de
identidade e qualidade, rótulo, embalagem, análise prévia, órgão competente,
laboratório oficial, autoridade fiscalizadora competente e estabelecimento.
Art. 23. A ação da autoridade sanitária municipal será exercida sobre os alimentos, o
pessoal que lida com os mesmos, sobre os locais e instalações onde se fabrique,
produza, beneficie, manipule, acondicione, conserve, deposite, armazene, transporte,
distribua, venda ou consuma alimentos.
Parágrafo Único - A autoridade sanitária, nas enfermidades transmitidas por alimento,
poderá exigir e executar investigações, inquéritos e levantamentos epidemiológicos,
junto a indivíduos e a grupos populacionais determinados, sempre que julgar
oportuno, visando à proteção da saúde pública.
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Art. 24. Os gêneros alimentícios que sofram processo de acondicionamento ou
industrialização, antes de serem dados ao consumo, ficam sujeitos a registro em órgão
oficial e/ou exame prévio, análise fiscal e análise de controle.
Art. 31. O destino final de qualquer alimento considerado impróprio para o consumo
humano será obrigatoriamente a inutilização pela autoridade sanitária.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO IV
DOS ESTABELECIMENTOS DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS E CONGÊNERES
SEÇÃO 2
CAPÍTULO V
DA VIGILÂNCIA DOS ESTABELECIMENTOS DE ALIMENTOS
Art. 38. As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso,
impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de
rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre
outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos
Art. 39. As cozinhas e/ou salas de manipulação deverão obedecer às seguintes normas:
I -Piso de material eficiente ou cerâmico, com inclinação para escoamento de
água de lavagem;
II -Paredes revestidas com material liso, duro e lavável, até limite do teto;
III- Teto liso, de preferência, pintado de cor clara, que permita uma perfeita
limpeza e higienização;
IV- Aberturas com telas à prova de insetos;
V- Pia com água corrente;
VI- Mesas de manipulação revestidas de material impermeabilizado e mantidas
em perfeitas condições de higiene;
VII- É proibida a utilização de divisórias de madeira nas cozinhas e salões de
consumo de alimentos.
Art. 40. Os prédios, as dependências e demais instalações, quaisquer que sejam, onde
funcionem os estabelecimentos constantes deste regulamento, deverão estar em
perfeito estado de conservação e atender ao fim a que se destinam.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO VI
DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DO ESTABELECIMENTOS
Art. 42. Todas as instalações sanitárias constantes deste regulamento deverão obedecer
às seguintes normas:
I- Piso cerâmico ou de material equivalente, com inclinação suficiente para
escoamento de água de lavagem;
II- Paredes revestidas até 1,50m de altura, com material liso duro e lavável;
III- Teto liso de material adequado; 12
IV- Não ter ligação direta com a cozinha ou sala de manipulação dos alimentos;
V- Vaso sanitário com tampa e/ou mictório, sendo em ambos os casos,
obrigatória e água corrente para descarga.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO VII
DOS DEPÓSITOS E ARMAZENAGEM DE ALIMENTOS
SEÇÃO 2
CAPÍTULO VIII
TRANSPORTE DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS
Art. 50. É proibido o transporte de pães, que não estejam devidamente embalados.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO IX
DOS AÇOUGUES, FRIGORÍFICOS, PEIXARIAS E CONGÊNERES
Art. 52. Além das demais disposições constantes e aplicáveis deste regulamento, os
estabelecimentos acima citados deverão obedecer às seguintes normas:
I- Possuir no mínimo, uma porta para o logradouro público, assegurando uma
boa ventilação;
II- Utilizar embalagens plásticas transparentes para os gêneros alimentícios;
III- Possuir balcões frigoríficos ou geladeiras para a exposição e conservação
das carnes sob resfriamento, sendo proibida a sua exposição à temperatura
ambiente;
IV- Manter as paredes, o piso e teto em perfeitas condições de higiene, não
sendo permitida a utilização de soluções desinfetantes não registrados pela
ANVISA por normas técnicas específicas para limpeza desses
estabelecimentos;
V- Manter em perfeitas condições de higiene os utensílios, máquinas e
depósitos que estiverem em contato com as carnes.
Art. 53. Os armazéns frigoríficos deverão ter piso impermeável e antiderrapante, sobre
as bases adequadas e as paredes, até a altura da ocupação, impermeabilizadas com
material liso e resistente.
Art. 54. Nos estabelecimentos de que trata esta Seção, as câmaras de refrigeração serão 14
providas de antecâmaras ou cortinas de ar frio e instaladas de modo a assegurar
temperatura e umidade adequadas.
Art. 55. Os gêneros alimentícios não poderão ficar estocados por mais de seis meses,
ressalvadas as condições peculiares à tecnologia de congelamento.
Parágrafo Único - Decorrido o prazo do qual trata este artigo e não tendo sido
entregues a consumo público, os gêneros alimentícios serão apreendidos, podendo a
mercadoria ser doada a instituições de fins filantrópicos a critério da autoridade
sanitária, após análise laboratorial.
Art. 56. Nos estabelecimentos que comercializem carnes, será facultada a venda de
carne fresca moída, sendo feita esta operação, obrigatoriamente, em presença do
comprador, ficando, porém, proibido mantê-la estocada nesse estado.
Art. 57. Os tampos das mesas destinadas ao corte de carne deverão ser de material liso,
sem soluções de continuidade, resistente, impermeável, de cor clara e mantidos em
perfeito estado de higiene e conservação.
Art. 58. Os balcões deverão ser equipados com vitrines frigoríficas, com altura mínima
de um metro e temperatura nunca superior a 7°C (sete graus centígrados), onde serão
expostas, obrigatoriamente, as carnes destinadas à venda.
Art. 59. Somente será permitida a entrega de carnes e vísceras em domicílio, quando
devidamente acondicionadas em veículos providos de caixa fechada, revestido interna
e externamente de aço inoxidável ou vasilhames plásticos capazes de conservar o
produto em temperatura não superior a 7°C (sete graus centígrados), ou conforme
legislação vigente.
Parágrafo Único - Somente será permitida a entrega do pescado em domicílio, quando
devidamente acondicionado em recipiente capaz de conservar o produto à temperatura
não superior a zero grau centígrado, ou conforme legislação vigente.
Art. 60. É proibido manter o pescado fora de conservação frigorífica exceto durante a
fase de limpeza e evisceração.
§ 1º - O pescado fresco ou resfriado pode ser exposto à venda, desde que
conservado sob a ação direta do gelo ou em balcão frigorífico.
§ 2º - O pescado fracionado será exposto, obrigatoriamente, em balcão
frigorífico.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO X
DOS BARES, LANCHONETES, RESTAURANTES, PIZZARIAS E CONGÊNERES
Art. 62. Os bares e estabelecimentos que não produzam, nem sirvam refeições, poderão
ter copas e cozinhas com áreas compatíveis com os equipamentos e as suas finalidades.
Parágrafo Único - É obrigatório, nesses estabelecimentos, o uso de água corrente em
quantidade suficiente à sua atividade.
Art. 63. As despensas e adegas serão instaladas em locais específicos, obedecendo aos
requisitos de higiene.
Art. 65. As pessoas que manuseiam, confeccionam e servem os alimentos devem estar
saudáveis, com roupas limpas e apropriadas, unhas e cabelos presos e protegidos.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO X
DOS SUSHIBARES, TEMAKERIAS E CONGÊNERES
Art. 68. Os hashis devem ser embalados individualmente e descartados após o uso,
quando de material descartável.
Art. 70. As superfícies das bandejas, barcas, tinas para mistura de temperos, formas
para oniguiri, oshibako, tigelas e tábuas de corte devem ser lisas, impermeáveis,
laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam
comprometer a higienização das mesmas e serem fontes de contaminação dos
alimentos.
Parágrafo Único - Os materiais utilizados no armazenamento, mistura e exposição de
sushis e similares não devem ser isolantes térmicos, como isopor e bambu.
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Art. 71. As esteiras de preparo de sushi por serem de difícil higienização devem ser
protegidas com filme de PVC removível, trocado diariamente e sempre que necessário.
Art. 73. A área de preparação dos sushis e similares devem ser higienizadas quantas
vezes forem necessárias e imediatamente após o término do trabalho.
§ 1º Devem ser tomadas precauções para impedir a contaminação dos alimentos
causada por produtos saneantes, pela suspensão de partículas e pela formação
de aerossóis.
§ 2º Substâncias odorizantes e ou desodorantes em quaisquer das suas formas
não devem ser utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos
alimentos.
Art. 76. A recepção das matérias-primas, dos ingredientes e das embalagens deve ser
realizada em área protegida e limpa, separada fisicamente das áreas de manipulação.
Art. 82. O pescado oriundo de captura em alto mar, destinado ao consumo cru ou
cozido parcialmente, deverá ter sido submetido a processo de congelamento na
indústria, conforme legislação vigente, a fim de eliminar possíveis parasitas.
Parágrafo único - O pescado a que se refere este artigo deverá ser recebido, pelos
serviços de alimentação, na forma congelada, ou seja, em temperatura igual ou inferior
a -18°C ou conforme especificações de sua rotulagem.
Art. 83. O pescado oriundo de cativeiro, peixe de cultivo, o qual possui risco
desprezível para parasitas, destinado ao consumo cru ou cozido parcialmente, poderá
ser recebido e armazenado na forma refrigerada, com temperatura igual ou inferior a
3°C, desde que haja comprovação documental deste tipo de cultivo.
§ 1º Os documentos comprobatórios deverão estar à disposição da autoridade
sanitária, para fins de fiscalização.
§ 2º O pescado recebido resfriado não poderá ser congelado.
Art. 84. O pescado manipulado como matéria prima deve ser mantido em temperatura
máxima de 3°C por no máximo 3 dias, sendo observadas as características
organolépticas.
Art. 85. O pescado submetido ao descongelamento deve ser mantido sob refrigeração
se não for imediatamente utilizado, não devendo ser recongelado.
Art. 86. O arroz cozido quando não temperado deve ser mantido devidamente
protegido em temperatura de refrigeração inferior a 5°C, pelo prazo máximo de 3 dias.
Art. 87. O arroz temperado quando não utilizado imediatamente, deve ser mantido
adequadamente protegido, em temperatura ambiente por no máximo 8 horas, sendo
nesse caso, o seu pH registrado em planilha a cada 2 horas, de forma que seja inferior a
4,5.
§ 1º O arroz temperado não consumido no prazo máximo estabelecido deverá
ser descartado, sendo vedada a sua reutilização.
§ 2º O arroz temperado, quando refrigerado, poderá ser utilizado e consumido
em até 24 horas, mantendo o pH inferior a 4,5.
Art. 88. Os meios de transporte dos sushis e similares devem ser higienizados, sendo 19
adotadas medidas a fim de garantir a ausência de vetores e pragas urbanas.
Parágrafo Único - Os veículos devem ser dotados de caixas térmicas ou baús
refrigerados que garantam a manutenção da temperatura, não devendo transportar
outras cargas ou produtos que comprometam a qualidade higiênico-sanitária, de
acordo com legislação específica vigente.
Art. 90. Os sushis e similares preparados, armazenados e expostos ao consumo que não
forem consumidos em até 4 horas devem ser descartados, sendo proibida a reutilização
de sobras seja qual for a forma de distribuição ao consumo.
Art. 92. Deve ser realizado controle microbiológico semestral de sushis e similares,
comprovado através de laudo laboratorial.
Art. 93. Os manipuladores que desempenham preparo de sushis e similares devem ser
submetidos a exame clínico semestral, acompanhado dos exames laboratoriais,
compatíveis com a função exercida.
Art. 96. A autoridade sanitária municipal ficará responsável pelo processo de registro e 20
controle de todos os produtos alimentícios de origem caseira e/ou ambulante,
comercializado no município.
§ 1º - Todos os produtos caseiros estarão sujeitos à fiscalização da Vigilância
Sanitária e às normas técnicas específicas.
§ 2º - A venda de produtos perecíveis de consumo imediato ou mediato em
feiras ou ambulante deverá ser autorizada pela Vigilância Sanitária, desde que
sejam obedecidas as noções de higienização, as condições locais apropriadas, o
perfeito estado de conservação do produto e outras especificações conforme
normas higiênico-sanitárias vigentes.
Art. 97. O comércio ambulante de alimentos poderá ser exercido mediante o emprego
de:
I - veículos motorizados ou não, estando incluídos os “trailers”, sujeitos à
vistoria e aprovação da autoridade sanitária;
II - bancas e tabuleiros adequados à mercadoria exposta, com as dimensões
máximas de 1m x 0,60m (um metro por sessenta centímetros), salvo em casos
especiais, a critério da autoridade sanitária;
III - cestas, caixas envidraçadas, pequenos recipientes térmicos e outros meios
adequados, dependendo do tipo de alimento a ser comercializado e a critério da
autoridade sanitária.
Parágrafo Único - Os implementos a que se refere este artigo devem ser mantidos em
boas condições de higiene e conservação, propiciando completa proteção contra inseto,
poeiras, intempéries e outros.
Art. 98. A preparação, beneficiamento e confecção ambulante de alimentos, para a
venda imediata, bem como os serviços de lanches rápidos são tolerados, desde que
observados, em especial as seguintes condições:
I- O compartimento do condutor, quando for o caso, ser isolado dos
compartimentos de trabalho, sendo proibidos a utilização do veículo como
dormitório;
II- Os alimentos perecíveis deverão ser guardados em dispositivos frigoríficos
providos de aparelhagem automática de produção de frio suficiente para
mantê-los na temperatura exigida, devendo no caso de serem servidas quentes,
serem mantidos em estufas;
III- Serem os utensílios, recipientes e instrumentos de trabalho mantidos em
perfeitas condições de higiene, mediante frequentes lavagens e desinfecção com
água fervente ou solução desinfetante aprovada.
Art. 99. Os produtos alimentícios e bebidas só poderão ser dados ao consumo, quando
oriundos de estabelecimentos industriais ou comerciais registrados no órgão
competente e acondicionados em invólucro ou recipiente rotulado.
Art. 101. Somente será permitida a venda de água, sucos, refrescos e sorvetes, quando
originários de estabelecimentos registrados, em recipientes descartáveis ou
consumíveis, sendo proibidos os que não sejam próprios da embalagem original
devidamente lacrada.
Art. 108. Os recipientes destinados à fritura serão instalados em locais adequados, fora
do alcance do público.
Parágrafo Único - É obrigatória a substituição da gordura ou do óleo de fritura, assim
que apresentarem sinais de saturação, modificação na sua coloração ou presença de 22
resíduos queimados.
Art. 109. Nos estabelecimentos que vendam caldo de cana, deverá haver local
apropriado para depósito e limpeza da cana com características idênticas às do
depósito de matéria-prima, bem como local apropriado para depósito do bagaço.
Art. 110. As moendas de cana terão instalações apropriadas, devendo o caldo obtido
passar por coadores em condições higiênico-sanitárias satisfatórias.
§ 1º - Só será permitida a utilização de cana raspada e em condições satisfatórias
de consumo.
§ 2º - A estocagem e a raspagem de cana deverão ser realizadas em
dependências com piso e paredes impermeabilizados.
§ 3º - Os resíduos de cana deverão ser mantidos em depósitos fechados, até a
sua remoção.
§ 4º - O uso de gelo em contato direto com a bebida, somente será permitido,
quando obtido de água potável, e oriundo de estabelecimentos que possuam
Alvará Sanitário de Funcionamento.
§ 5º - A cana de açúcar raspada deverá ser armazenada em recipiente que não
permita o contato com insetos, poeira e outros contaminantes.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XII
DAS DISTRIBUIDORAS DE BEBIDAS, DEPÓSITOS DE BEBIDAS E SIMILARES
Art. 111. Além das demais disposições constantes e aplicáveis desta regulamentação, os
estabelecimentos acima deverão possuir paredes revestidas até a altura mínima de
2,00m (dois metros) com material liso, resistente e lavável.
Art. 112. É proibido nos estabelecimentos, acima de tudo:
I- Expor à venda, ou ter depósito de substâncias tóxicas ou corrosivas para
qualquer uso, que se prestam à confusão com bebidas;
II- Venda de bebidas fracionadas.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XIII
DOS DEPÓSITOS DE ALIMENTOS, ATACADISTAS E SIMILARES
Art. 113. Além das demais disposições contidas e aplicáveis desta regulamentação, os
estabelecimentos acima citados ao disposto neste capítulo.
Art. 114. Nos depósitos de alimentos, as paredes (até 2,00m) e o posto serão revestidos
de material liso, resistente e lavável, devendo ser mantido sempre em perfeitas
condições de higiene, inclusive o teto.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XIV
DAS PADARIAS, BOMBONIERES, CONFEITARIAS E CONGÊNERES
Art. 118. A maquinaria, de padrão adequado à sua finalidade, deve ser instalada sobre
bases apropriadas, fixas, de modo a evitar a trepidação e estar afastados das paredes
cinquenta (50) centímetros, no mínimo, com passagem livre de pelo menos um (1)
metro e vinte (20) centímetros entre partes móveis de máquinas, como também estar
em perfeitas condições higiênico-sanitárias, livres de incrustações e ferrugem.
Art. 119. Além das demais disposições constantes deste regulamento, as padarias,
bombonieres, confeitarias e estabelecimentos congêneres, deverão possuir:
I - Fogão apropriado com coifa ou exaustor, a critério da autoridade sanitária;
II - Os fornos alimentados por lenha ou carvão, deverão possuir depósito
específico para a estocagem destes e licença ambiental fornecida pelo órgão
competente.
III - Recipientes com tampa revestidos internamente com material inócuo e
inatacável, ou inox, para a guarda de farinhas, açúcares, fubá, sal e congêneres;
IV - Amassadeiras mecânicas, restringindo-se o mais possível à manipulação no
preparo da massa e demais produtos;
V - Bandejas inox, ou material similar, as quais devem ser mantidas em
perfeitas condições de higiene;
Art. 121. As massas, os pães e os alimentos, após saírem do forno, deverão ser
acondicionados em prateleiras, nunca em contato direto com o chão.
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Art. 122. O transporte e a entrega dos pães, biscoitos e similares deverão ser feitos em
recipientes adequados e protegidos e os veículos deverão ser de uso exclusivo para o
fim a que se destinam, a critério da autoridade sanitária.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XV
DOS MERCADOS E SUPERMERCADOS
Art. 125. As bancas para exposição de conservas de origem animal deverão ser de
material liso, impermeável e resistente, com inclinação suficiente para o escoamento de
líquidos.
Art. 126. Os gêneros alimentícios deverão estar separados dos produtos de perfumaria
e de limpeza.
Art. 128. Os diversos locais de venda deverão obedecer às disposições deste Código,
segundo o gênero de comércio, no que lhes for aplicável, dispensado os requisitos de
área mínima.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XVI
FÁBRICA DE GELO, FÁBRICAS DE BEBIDAS
Art. 130. Entende-se por gelo alimentar aquele destinado ao uso doméstico, seja em 25
bebidas ou alimentos que o exijam, devendo enquadrar-se nas seguintes condições:
I - Ser feito com água filtrada e potabilidade atestada em laboratório idôneo,
isenta de qualquer contaminação;
II - Ser preparado em moldes ou formas próprias para aquele fim,
impermeáveis devidamente higiênicos, conservados em abrigo de poeiras e
outras contaminações, inclusive insetos;
III - Ser retirado das respectivas formas por processo higiênico sendo proibido
para esse fim o emprego de água contaminada ou suspeitas de contaminação;
IV - O transporte do gelo deve ser feito de forma adequada, em veículo próprio
para tal fim, evitando-se qualquer tipo de contaminação no gelo.
Art. 131. Esses estabelecimentos deverão possuir pisos e paredes revestidos de material
liso, resistente, impermeável, lavável e de cor clara.
Art. 132. O gelo deverá ser embalado em invólucros de polipropileno, com as seguintes
identificações mínimas:
I - nome e endereço da empresa;
II - composição físico-química média do produto;
III - a expressão destacada GELO POTÁVEL.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XVII
DAS SORVETERIAS, AÇAITERIAS E CONGÊNERES
Art. 133. Além das demais disposições contidas neste regulamento, os estabelecimentos
deverão possuir:
I - Vasilhame de material inócuo, em perfeitas condições para o preparo, uso e
transporte de alimento, devidamente limpo devendo sofrer o processo de
desinfecção obedecendo em princípio as seguintes etapas:
a) renovação dos detritos;
b) lavagem com água morna ou sabão detergente;
c) secagem.
II - Os sorvetes fabricados de forma industrial e/ou artesanal, periodicamente,
deverão sofrer um controle de qualidade do produto pela autoridade sanitária
competente;
III - Os gelados domésticos, elaborados com produtos de laticínio deverão ser
pasteurizados;
IV - A água utilizada na confecção dos gelados comestíveis devem ser de fonte
aprovada, filtrada ou fervida e com potabilidade atestada em laboratório
idôneo;
V - No caso de preparos líquidos, a mistura deverá ser esfriada até a
temperatura máxima de 5°C (cinco graus Celsius) e mantida nessa temperatura
até o momento de ser congelada, o que deverá acontecer antes de passarem 72
(setenta e duas) horas;
VI - Durante o armazenamento, antes da distribuição aos pontos de vendas, os 26
gelados comestíveis deverão ser mantidos a uma temperatura de –18°C (dezoito
graus Celsius negativos). Nos pontos de vendas, a temperatura deverá ser de
no máximo – 5°C (cinco graus Celsius negativos).
Art. 134. É proibido nos estabelecimentos manter abertas as portas dos refrigeradores,
principalmente as portas do depósito de leite.
Art. 135. Guarnições a serem adicionados aos produtos prontos, tais como frutas,
coberturas, bombons, granulados entre outros, devem estar em recipientes fechados
com data de abertura ou exposição e validade. Produtos que necessitem de refrigeração
conforme descritos na embalagem original devem estar refrigerados.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XVIII
DAS FEIRAS LIVRES
Art. 136. Todos os alimentos destinados à venda, nas feiras livres, deverão estar
agrupados de acordo com a sua natureza e protegidos da ação dos raios solares,
chuvas e outras intempéries, sendo proibido tê-los diretamente sobre o solo.
Parágrafo Único - A exposição dos alimentos que a autoridade sanitária especificar,
somente será permitida em bancas ou tabuleiros devidamente protegidos e revestidos
de material resistente e impermeável, sem que venha servir de foco de contaminação
para o alimento.
Art. 137. Nas feiras livres, é permitido vender alimentos “in natura” e produtos
alimentícios de procedência comprovada, de indústria registrada assim especificada:
I - Frutas e hortaliças;
II - Galináceos, quando mantidos em gaiolas de fundo duplo móvel, de ferro
galvanizado, providas de comedouros e bebedouros metálicos;
III - Ovos devidamente inspecionados e classificados, oriundos de
estabelecimentos registrados;
IV - Aves e pequenos animais abatidos, eviscerados, originários de abatedouros
registrados e com Inspeção Federal, Estadual ou Municipal, desde que
acondicionados em veículos frigoríficos com sistema de frio próprio e contínuo
que conserve os produtos à temperatura não superior a 7°C (sete graus
centígrados), e que garantam a proteção contra poeira, insetos e contato direto
ou indireto do consumidor;
V - Massas alimentícias, cereais e produtos enlatados ou de acondicionamento
adequado, com rotulagem indicativa de sua procedência;
VI - Balas, doces ou biscoitos, quando acondicionados por unidade de peso ou
quantidade, em invólucro impermeável, transparente e fechado, devidamente
rotulado;
VII - Biscoitos a granel, acondicionados em recipientes apropriados, que só
serão abertos durante a venda;
VIII - Produtos salgados, defumados e embutidos, com especificações 27
indicativas de sua procedência;
IX - Laticínios regularmente embalados, rotulados e mantidos sob refrigeração.
Art. 141. Para fim deste Código e demais Normas Técnicas, consideram-se
estabelecimentos de assistência à saúde aqueles destinados principalmente a promover
e proteger a saúde da população das doenças e agravos, além de prevenir e limitar os
danos por eles causados e reabilitá-los quando sua capacidade física, psíquica ou social
for afetada.
Art. 145. Todos os estabelecimentos de que trata esse Capítulo estarão sujeitos às ações
de fiscalização, de avaliação e controle dos procedimentos, tecnologias e equipamentos
adotados.
Art. 148. A autoridade sanitária municipal competente terá livre acesso a qualquer
local onde haja fabrico, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, transporte,
distribuição, embalagem, reembalagem, ou vendas dos produtos referidos no art. 147.
Art. 152. O controle e a fiscalização de que trata esta seção, quando couber, atingirá,
inclusive, repartições públicas, entidades autárquicas, paraestatais, fundações e
associações ou instituições privadas de qualquer natureza.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XIX
DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DAS FARMÁCIAS, DROGARIAS E
ERVANÁRIAS
Art. 162. Qualquer irregularidade não prevista nos artigos a essa PARTE pertinentes,
serão utilizadas as legislações federal e estadual, conforme o caso.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XX
ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO HOSPITALAR
E CONGÊNERES
Art. 166. As instalações sanitárias, em cada pavimento, deverão ser separadas por sexo,
com acessos independentes e adaptados para pacientes com necessidades especiais.
Art. 169. Os estabelecimentos de que trata este Capítulo deverão possuir depósito
específico para resíduos de serviços de saúde, com revestimento interno de material
liso, resistente e impermeável, em dimensões mínimas proporcionais à sua produção
diária e com portas que possuam fechaduras, conforme legislação atual da ANVISA.
Art. 170. Todos os hospitais deverão possuir locais apropriados para depósito de
objetos em desuso.
Art. 171. Todo instrumental e material de uso do paciente deve estar desinfectado,
esterilizado e rotulado com validade da esterilização, sendo responsabilidade do
profissional da equipe de saúde.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXI
CONSULTÓRIOS, CLÍNICAS MÉDICAS, CLÍNICAS DE IMUNIZAÇÃO
HUMANA E UNIDADES DE SAÚDE
Art. 173. Os locais destinados à consultórios, clínicas médicas e unidades de saúde
deverão possuir:
I - Área específica para recepção/espera
II - Sanitário para o público (masculino e feminino)
III - Local próprio para refeições/lanches de funcionários
IV - Sanitários para funcionários
Art. 175. Os estabelecimentos de saúde deve estar inscrito e manter seus dados
atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES.
Art. 180. O procedimento realizado manualmente para a remoção de sujidade, deve ser
por meio de ação física.
Art. 181. Todo material de uso deve ser embalado permitindo a penetração do agente
esterilizante e proteger os artigos de modo a assegurar a esterilidade até a sua abertura
I - as embalagens devem conter a identificação dos artigos, a data da
esterilização, o prazo de validade da esterilização e o nome do responsável;
II – todas as embalagens devem conter um marcador termo físico para
comprovação do processo de esterilização;
III - todos os pacotes esterilizados devem ser manipulados o mínimo possível e
com cuidado.
Art. 182. O instrumental deve ser armazenado em local exclusivo, separado dos
demais, em armários fechados, protegido de poeira, umidade e insetos, e a uma
distância mínima de 20 cm do chão, 50 cm do teto e 5 cm da parede, respeitando-se o
prazo de validade da esterilização.
Art. 184. O processo de esterilização deve ser comprovado por meio de monitoramento
físico, químico e biológico. O monitoramento biológico deve ser registrado, juntamente
com a data da esterilização, lote, validade e equipamento utilizado.
Art. 185. Fica proibido, dentro do ambiente clínico, plantas, sofás, brinquedos,
ventiladores e outros objetos que não sejam passíveis de desinfecção.
Art. 189. O resíduo contaminado ou de risco biológico deverá ser manuseado o mínimo
possível e depositado em saco plástico branco leitoso identificado com risco biológico.
Art. 192. Resíduos comuns serão embalados em sacos plásticos para lixo domiciliar de
qualquer cor, exceto branco.
Art. 193. Deve ter abrigo de resíduos adequado para retenção temporária dos resíduos
produzidos na unidade até a coleta pública.
Art. 194. Caberá aos estabelecimentos o gerenciamento de seus resíduos sólidos desde
a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de
saúde pública.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXII
ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA
Art. 201. Os locais destinados à assistência odontológica, tais como clínicas dentárias
(oficiais ou particulares), clínicas dentárias especializadas, clínicas modulares,
unidades odontológicas transportáveis, unidades móveis, unidades de ensino
odontológico e policlínicas dentárias populares, prontos-socorros odontológicos,
institutos odontológicos e congêneres, além das exigências referentes à habitação e aos
estabelecimentos de trabalho em geral, deverão possuir:
I- recepção com área mínima;
II- consultórios dentários;
III- água corrente e esgotos próprios em cada consultório; 36
Parágrafo Único – Estes compartimentos devem ser providos de portas, separados até
o forro por paredes ou divisões ininterruptas
Art. 204. As paredes devem ser de cor clara, de material liso e laváveis, ou conforme
legislação vigente.
Art. 205. O piso da área clínica e central de esterilização deverá ser de material liso,
resistente ao uso de desinfetantes, lavável e impermeável.
Art. 210. A saída externa (ralo) para onde correm os dejetos da cuspideira e do sugador
de saliva deve localizar-se fora do ambiente de atendimento aos pacientes.
Art. 211. É recomendado, nos lavatórios, o acionamento das torneiras sem o contato
direto das mãos.
Art. 212. As instalações sanitárias deverão ser providas de vaso sanitário, lavatório em
material impermeável de fácil limpeza e coletor de lixo com tampa e pedal.
Art. 213. O estabelecimento deve ser abastecido com água potável ligada a rede
pública.
Parágrafo Único - Se providos de reservatório de água (caixa d’água), a limpeza e 37
desinfecção dos mesmos deverá ser no mínimo semestral, e este procedimento deverá
ser registrado com a assinatura de quem o realizou.
Art. 214. Iluminação natural e/ou artificial adequadas para permitir boa visibilidade,
sem zonas de sombras ou contrastes excessivos, ausentes de poeira e sujidade.
Art. 215. O local deve ser ventilado natural ou artificialmente, não devendo acumular
fungos, gases, condensação de vapor e fumaça, sendo que a eliminação destes deverá
atender a legislação de proteção ambiental vigente. Havendo aparelhos
condicionadores de ar, os filtros devem ser conservados limpos e com registro de
manutenção periódica.
Art. 218. A sala em que estiver instalado o aparelho de raios X dentário deve, não
necessariamente dentro dela, permitir ao profissional afastar-se do aparelho um metro
e oitenta centímetros, no mínimo, e em sentido contrário ao do feixe útil de raios X.
Parágrafo Único - Nas salas de raios X dos consultórios dentários, quando houver
divisão leve, deve haver biombo móvel de quarenta centímetros por quarenta
centímetros, reforçado com lâmina de chumbo de um milímetro de espessura.
Art. 219. Para os aparelhos de raios X dentários, deve haver um avental plumbífero de
setenta e cinco centímetros por sessenta centímetros, com proteção equivalente a meio
milímetro de chumbo, para proteção dos pacientes, especialmente gestantes e crianças,
desde o maxilar inferior até o terço médio das coxas.
Art. 220. É de uso obrigatório, para toda a equipe de saúde bucal, os equipamentos de
proteção individual (EPI) citados a seguir:
I - luvas, sendo que a troca é obrigatória a cada paciente, e devem ser específicas
a cada procedimento: luvas cirúrgicas (estéreis), luvas para procedimentos (não
estéreis) e luvas grossas de borracha (para limpeza);
II - máscara descartável com tripla camada;
III - óculos de proteção;
IV - jaleco de manga longa com punho e cor clara;
V - gorro em procedimentos cirúrgicos.
Parágrafo Único - É obrigatória a disponibilização de óculos de proteção para o
paciente, em procedimentos que promovam a dispersão mecânica de partículas
durante o ato operatório e avental descartável.
Art. 222. Todo instrumental e material que penetra na boca do paciente deve estar
desinfectado e esterilizado, e as pontas devem ser protegidas com barreira de proteção
de material impermeável e de uso único, sendo responsabilidade do profissional da
equipe de saúde.
I - é obrigatória a desinfecção de moldagens, devido a presença de sangue e
saliva, devendo as mesmas em caso de transporte, ser acondicionadas em
embalagens impermeáveis;
II - é obrigatório o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), máscaras,
luvas e pinça para manipular os materiais em solução;
III - o material esterilizado deve ser estocado em armário preferencialmente
fechado, limpo, seco e de acesso exclusivo da equipe de saúde bucal.
Parágrafo Único - As clínicas odontológicas, clínicas modulares e unidades de ensino
odontológico devem contar com equipamentos para esterilização, tais como autoclaves,
de acordo com a quantidade de material existente e necessidade de reprocessamento,
devendo obrigatoriamente estar fora da sala de atendimento, com ventilação direta ao
exterior.
Art. 223. A lavagem das mãos é obrigatória para toda a equipe de saúde bucal.
Art. 224. É obrigatória a utilização de sabão líquido, sendo que o dispensador deve ser
descartável ou passível de desinfecção.
Art. 226. Para secagem das mãos devem ser utilizadas toalhas de papel descartável não
reciclado.
Art. 228. A esterilização dos artigos odontológicos deverá ser somente por utilização do
processo de calor úmido, autoclaves.
Art. 229. A limpeza deve ser realizada em todo artigo de uso odontológico:
I - deve ser feita utilizando-se os EPIs próprios para uso na sala de utilidades
(luvas de borracha resistente e de cano longo, gorro, máscara, óculos de
proteção, avental impermeável e calçados fechados);
II - o manuseio dos artigos deve ser cuidadoso para evitar acidentes
ocupacionais;
III - os instrumentos que têm mais de uma parte devem ser desmontados; as
pinças e tesouras devem ser abertas, de modo a expor ao máximo suas
reentrâncias;
IV - a limpeza deve ser realizada imediatamente após o uso do artigo. Pode-se 39
fazer a imersão em solução aquosa de detergente com pH neutro ou enzimático.
Art. 230. O procedimento realizado manualmente para a remoção de sujidade, deve ser
por meio de ação física.
Art. 231. Todo material de uso deve ser embalado permitindo a penetração do agente
esterilizante e proteger os artigos de modo a assegurar a esterilidade até a sua abertura
I - as embalagens devem conter a identificação dos artigos, a data da
esterilização, o prazo de validade da esterilização e o nome do responsável;
II - todas as embalagens devem conter um marcador termo físico para
comprovação do processo de esterilização;
III - todos os pacotes esterilizados devem ser manipulados o mínimo possível e
com cuidado.
Art. 232. O instrumental deve ser armazenado em local exclusivo, separado dos
demais, em armários fechados, protegido de poeira, umidade e insetos, e a uma
distância mínima de 20 cm do chão, 50 cm do teto e 5 cm da parede, respeitando-se o
prazo de validade da esterilização.
Art. 235. Fica proibido, dentro do ambiente clínico, plantas, sofás, brinquedos,
ventiladores e outros objetos que não sejam passíveis de desinfecção.
Art. 240. O porta resíduo da mesa clínica deverá ter barreira plástica descartável a cada
paciente.
Art. 241. O resíduo contaminado ou de risco biológico deverá ser manuseado o mínimo
possível e depositado em saco plástico branco leitoso identificado com risco biológico.
Art. 244. Resíduos comuns serão embalados em sacos plásticos para lixo domiciliar de
qualquer cor, exceto branco.
Art. 245. Caberá aos estabelecimentos o gerenciamento de seus resíduos sólidos desde
a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de
saúde pública.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXIII
LABORATÓRIOS E OFICINAS DE PRÓTESE
Art. 246. Os laboratórios devem possuir uma área de recepção, onde será realizada a
desinfecção das moldagens, modelos e peças protéticas antes de chegarem a área
central.
Art. 247. A área de recepção deve possuir pia e bancada, vaporizador, recipientes
fechados e resistentes aos agentes de desinfecção.
Art. 250. Ficam todos os técnicos em prótese dentária que atuam no município de
Eusébio obrigados a afixarem em seus laboratórios, de modo visível, informação
expressa ao consumidor, quanto à proibição legal de realizarem quaisquer
procedimentos odontológicos clínicos ou cirúrgicos a pacientes, bem como ao seu
dever de prestarem, apenas, serviços inerentes a seu mister, destinados aos dentistas,
e sob a orientação profissional destes.
Parágrafo Único - O cartaz de que trata o "caput" deverá ser impresso em campo não
inferior à área de 0,60m x 0,30m (sessenta centímetros por trinta centímetros) e
conter, obrigatoriamente, os seguintes dizeres: "Aos técnicos em prótese dentária é
terminantemente proibido o exercício da odontologia clínica e cirúrgica, cujo
desempenho profissional é de competência e responsabilidade exclusivas dos
cirurgiões-dentistas.”
Art. 253. Os laboratórios de prótese dentária deverão ter no mínimo 10m² (dez metros
quadrados) incluindo as instalações sanitárias e recepção.
Art. 254. Os estabelecimentos mencionados nesta Seção devem dispor de lavatório com
água corrente e bancadas de material liso, resistente e impermeável.
Art. 255. O abastecimento deve ser com água potável ligada a rede pública.
Art. 256. Piso e paredes de material liso, resistente, impermeável, que possibilite a
execução de procedimentos de desinfecção e limpeza adequados, de cor clara, sem
descontinuidades tais como rachaduras ou fendas que possam abrigar sujidade.
Art. 257. As paredes não podem apresentar fendas, trincas, sinais de umidade ou mofo.
Art. 259. Ventilação natural ou artificial não devendo acumular fungos, odores, gases 42
da condensação de vapores ou fumaça, sendo que a eliminação dos mesmos deve ser
feita sem causar danos ou prejuízo à vizinhança.
Art. 262. Equipamentos de gases combustíveis devem ser mantidos afastados de fontes
de calor e as tubulações devem seguir a legislação específica, preconizada pela ABNT.
Art. 264. A instalação de extintores, oxigênio e botijões de gás, bem como dos pontos
de consumo deve atender a legislação vigente, normas da ABNT, municipais e/ou
Corpo de Bombeiros.
Art. 265. Quando dispuser de Forno Cromo e Cobalto deverá possuir chaminé para
área externa sem prejudicar a vizinhança.
Art. 266. Todos os materiais e líquidos inflamáveis devem ser acondicionados em
armários distantes de qualquer fonte de calor e perfeitamente ventilados.
Art. 267. Os laboratórios de prótese deverão funcionar dentro das condições de higiene
e assepsia preconizadas por este Código.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXIV
LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS OU DE
PATOLOGIA CLÍNICA E POSTO DE COLETA
Art. 268. Os estabelecimentos de que trata esta Seção somente poderão funcionar,
depois de devidamente licenciados, com suas especificações definidas, sob a
responsabilidade de profissionais legalmente habilitados para cada uma das
especializações, podendo manter profissional responsável substituto, com termo de
responsabilidade assinado perante a autoridade sanitária competente, e com pessoal
técnico legalmente habilitado.
Parágrafo Único - Os estabelecimentos a que se refere este artigo poderão funcionar
com mais de uma especialidade, desde que contem com pessoal legalmente habilitado
para cada uma delas, disponham de equipamentos apropriados e mantenham controle
e desempenho adequados.
43
Art. 269. Os estabelecimentos tratados nesta Seção, além das disposições anteriores,
deverão:
I - manter disponíveis registros de formação e qualificação de seus profissionais
compatíveis com as funções desempenhadas;
II - promover treinamento e educação permanente aos seus funcionários
mantendo disponíveis os registros dos mesmos;
III - manter o cartão de vacina dos profissionais atualizado, em conformidade
com a legislação vigente;
VI - realizar admissão de funcionários precedida de exames médicos em
conformidade com o PCMSO da NR-7 da Portaria TEM nº 3214 de 08/06/1978 e
Lei nº 6514 de 22/12/1977, suas atualizações ou outro instrumento legal que
venha substituí-la.
Art. 274. Quanto aos processos operacionais, os estabelecimentos citados nesta Seção
deverão:
I - disponibilizar ao paciente ou responsável, instruções escritas e/ou verbais,
em linguagem acessível, orientando sobre o preparo e coleta de amostras tendo
como objetivo o entendimento do paciente;
II - solicitar ao paciente documento de identificação para o cadastro;
III - Transportar e preservar as amostras biológicas, em recipiente isotérmico,
higienizável, impermeável, garantindo a sua estabilidade desde a coleta até a
realização do exame, identificado com a simbologia de risco biológico, com os
dizeres “Espécimes para Diagnóstico” e com nome do laboratório responsável
pelo envio;
IV - realizar contrato formal com empresas especializadas, para transporte das
amostras biológicas terceirizadas;
V - monitorar a fase analítica por meio de controle interno e externo da
qualidade;
VI - definir o grau de pureza da água reagente utilizada nas suas análises, a
forma de obtenção, o controle da qualidade;
VII - disponibilizar e arquivar os laudos pelo prazo de 5 (cinco) anos;
VIII - manter registros dos controles da qualidade, bem como procedimentos
para a realização dos mesmos.
Art. 275. Todo estabelecimento a que se refere esta Seção deverá implantar o Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) atendendo aos requisitos da
RDC/ANVISA 222/2018, suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha
substituí-la.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXV
INSTITUTOS OU CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA E
CONGÊNERES
Art. 276. Os institutos ou clínicas de fisioterapia são estabelecimentos nos quais são 45
utilizados agentes físicos com finalidade terapêutica, mediante prescrição médica. O
estabelecimento deverá estar sob responsabilidade do profissional legalmente
habilitado no referido Conselho Regional.
Parágrafo Único - É expressamente vedado o uso da expressão “Fisioterapia”, na
denominação de qualquer estabelecimento que não preencha as condições deste
artigo.
Art. 280. A área, a ventilação e as especificações dos pisos, forros e paredes dos locais
para fisioterapia propriamente dita, deverão obedecer às normas técnicas vigentes.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXVI
ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS E CONGÊNERES
Art. 283. Os canis dos hospitais e clínicas deverão ser individuais, localizados em
recinto fechado, providos de dispositivos destinados a evitar a exalação de odores e a
propagação de ruídos incômodos, construídos de alvenaria com revestimento 46
impermeável.
Parágrafo Único - Quando houver gaiolas, estas deverão ser de ferro pintado ou
material inoxidável, com piso removível.
Art. 285. Os canis devem ser providos de esgotos com destino adequado, dispor de
água corrente e sistema apropriado de ventilação.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXVII
ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS DE HIGIENE,
PERFUMES, COSMÉTICOS E CONGÊNERES
Art. 290. Os estabelecimentos de que trata esta Seção deverão possuir equipamentos
especiais para evitar a poluição ambiental, devidamente aprovados pelo órgão
competente.
Parágrafo Único - Fica proibido o comércio ambulante de produtos que necessitem de
responsabilidade técnica sem autorização da Vigilância Sanitária.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXVIII
DOS ESTABELECIMENTOS DE ÓPTICA
Art. 292. Está sujeito ao presente Código o comércio de óculos com lentes de grau e
proteção sem grau, com ou sem cor, bem como de lentes de contato.
Art. 293. Nenhum estabelecimento óptico poderá instalar e funcionar em qualquer
parte do município sem licença do órgão fiscalizador sanitário competente.
Parágrafo Único - A responsabilidade técnica de tais estabelecimentos caberá a óptico
devidamente habilitado no Conselho Regional competente.
Art. 298. Os técnicos em óptica e optometria não podem realizar exames, consultas e
prescrever lentes
Art. 299. As filiais ou sucursais dos estabelecimentos ópticos são considerados como
estabelecimentos autônomos, aplicando-lhes para efeito de licenciamento e fiscalização
as exigências contidas nos artigos anteriores.
Art. 304. O local para instalação dos institutos e clínicas de beleza sob responsabilidade
médica, além das disposições referentes à habitação e estabelecimentos de trabalho em
geral, deverão satisfazer mais as seguintes exigências:
I - Piso de material liso, resistente e impermeável, paredes de cor clara, 49
resistente e impermeável, de material aprovado pela autoridade sanitária;
II - Forros de cor clara;
III - compartimentos separados até o forro por paredes e divisões ininterruptas
de cor clara e destinados a:
a) recepção;
b) consultas;
c) atividades fins;
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXX
INSTITUTOS DE BELEZA SEM RESPONSABILIDADE MÉDICA,
SALÕES DE BELEZA, CABELEIREIROS,
BARBEARIAS E CONGÊNERES
Art. 308. Estes estabelecimentos deverão ter identificação externa visível, entrada com
acesso fácil.
Art. 309. O ambiente destinado à recepção/sala de espera, deverá ser de fácil acesso,
com ventilação e iluminação que garantam conforto térmico ao usuário. Neste
ambiente, deverá ser disponibilizado ao usuário água potável e copos descartáveis,
além de coletor para lixo com saco plástico.
Art. 310. As paredes e teto do estabelecimento deverão ser revestidos ou pintados com
material liso, resistente e impermeável, piso de material antiderrapante, resistente,
impermeável e de fácil higienização.
Art. 311. A iluminação e ventilação deverão ser natural e/ou artificial de forma a
proporcionar adequadas condições de segurança e conforto.
Art. 312. O ambiente destinado ao processamento de artigos deverá dispor de pia com 50
bancada para limpeza de materiais e bancada para o preparo, desinfecção ou
esterilização de materiais.
Parágrafo Único - Quando não houver sala para processamento de material, esta
atividade poderá estar localizada em uma área dentro da sala de procedimentos.
Art. 314. O estabelecimento deverá disponibilizar local adequado para refeições, e não
poderá ter comunicação direta com postos de trabalho, instalações sanitárias ou locais
insalubres, tendo no mínimo piso revestido com material resistente, liso e
impermeável; pia com bancada, armário para guarda de alimentos e utensílios,
geladeira exclusiva para guarda de alimentos e equipamento para aquecimento de
alimentos.
Art. 316. O DML (Depósito de Material de Limpeza) deverá ser dotado de tanque/pia
para higienização de materiais usados no processo de limpeza das superfícies dos
estabelecimentos e para o descarte das águas servidas.
Art. 317. Quando o estabelecimento realizar processamento de roupas, deverá
disponibilizar área exclusiva para lavanderia e dispor de máquina lavadora, sendo
vetado a lavagem manual de roupas utilizadas por clientes.
Art. 320. Os estabelecimentos de que trata esta Seção deverão ser providos de
reservatório de água potável, com capacidade suficiente à sua demanda diária,
devendo ser limpo e desinfectado a cada 06 (seis) meses. A limpeza e desinfecção
deverá ser registrada em formulário específico contendo data, método de lavagem,
produto utilizado e assinatura do responsável pelo procedimento.
Parágrafo Único - O reservatório de água potável deve ser isento de rachaduras, com
tampa, permitindo o fácil acesso para inspeção e limpeza, além de possibilitar o
esgotamento total.
Art. 321. A água de abastecimento deverá atender aos padrões de potabilidade previsto 51
na legislação pertinente, confirmados através de análises bacteriológica e físico-química
a serem realizadas anualmente.
Art. 322. O esgoto sanitário e as águas residuais deverão ter como destinação final a
rede coletora de esgotos ou sistemas individuais de esgotamento sanitário, sendo
vetado o lançamento no sistema de coleta de águas pluviais.
Art. 326. As ceras para depilação devem ser fracionadas em porções suficientes para
cada cliente, sendo vetado a reutilização de sobras de ceras ou de qualquer outro
produto químico.
Art. 327. Sobras de ceras para depilação e outros produtos químicos deverão ser
descartados de acordo com legislação específica.
Art. 329. Os resíduos sólidos deverão ser depositados, após embalados, em local
apropriado, protegidos contra acesso de roedores e outros animais, fora da área de
atendimento, enquanto aguardam o recolhimento.
Art. 330. Não será permitido o acúmulo, em locais impróprios, de detritos que
possibilitem a proliferação de vetores.
Art. 331. Os estabelecimentos de que trata esta Seção deverão instituir rotinas de
desinsetização e desratização.
Art. 333. Os estabelecimentos de que trata esta Seção deverão elaborar e tornar
disponíveis aos funcionários Manual de Procedimentos Operacionais, contendo rotinas 52
de procedimentos técnicos, biossegurança e medidas de controle de transmissão de
doenças. Este Manual deverá ser atualizado anualmente.
Art. 334. Os profissionais dos estabelecimentos de que trata esta Seção devem
comprovar conhecimento básico em controle de infecção, processamento de artigos e
superfícies, biossegurança e gerenciamento de resíduos, com carga horária mínima de
20 (vinte) horas, realizado por profissional habilitado.
Art. 335. Os profissionais que realizam procedimentos onde são utilizados materiais
perfurocortantes devem ser vacinados contra hepatite B e tétano sem prejuízo de
outras que forem necessárias.
Parágrafo Único - Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser
os responsáveis pelo seu descarte, sendo vetado o reencape de agulhas.
Art. 337. Deverão ser disponibilizados equipamentos de proteção individual (EPI) aos
funcionários (óculos, máscaras, luvas e jalecos), de acordo com as funções exercidas em
número suficiente, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
Art. 338. Fica proibido aos funcionários, o ato de fumar, o uso de adornos durante os
procedimentos, bem como a guarda e consumo de alimentos em locais não destinados
para este fim.
Art. 341. O fracionamento a que se refere o item anterior deverá ser de acordo com as
especificações contidas no rótulo do fabricante.
Art. 351. As lâminas para barbear são de uso único ficando vetado o seu
reprocessamento, devendo ser descartadas como material perfurocortante.
Art. 357. O acondicionamento de roupas sujas deverá ser feito em recipiente plástico
com tampa.
Art. 358. Os materiais que entrarem em contato com o couro cabeludo como escovas,
pentes e outros utensílios deverão ser limpos após cada cliente.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXI
ESTÚDIOS DE TATUAGEM E BODY PIERCING
Art. 360. Para efeitos desta Seção, são adotadas as seguintes definições:
I - Arte corporal: forma de adorno ou decoração permanente ou
semipermanente do corpo, realizada por profissional por meio de técnicas
distintas, como tatuagem, body piercing e assemelhados;
II - Piercer: pessoa capacitada para a prática de colocação de body piercing;
III - Piercing: adorno que decora o corpo humano, por meio da penetração de
pele, mucosa ou outros tecidos corporais;
IV - Prática de piercing: procedimento invasivo consistente na perfuração de
pele, mucosa ou outros tecidos do corpo humano, exceto o lóbulo da orelha,
com o propósito de inserir um adorno decorativo;
V - Prática de tatuagem: procedimento invasivo de decoração corporal
consistente na realização de técnica de caráter estético, com o objetivo de
pigmentar a pele por meio da introdução de substâncias corantes, com o uso de
agulhas ou dispositivos com igual finalidade;
VI - Tatuador: pessoa capacitada para a realização de tatuagem no corpo
humano;
VII - tatuagem: marca indelével, símbolo, figura ou desenho decorativo feitos
pela introdução de pigmentos na camada intradérmica da pele.
Art. 363. Os estabelecimentos deverão ser dotados de áreas de procedimento com piso
e paredes laváveis, área de esterilização e área de recepção.
Parágrafo Único - É proibido fumar, comer, beber, manter plantas, alimentos, bebidas,
animais, medicamentos de uso pessoal, bem como pessoas alheias às atividades, nas
áreas de procedimento e esterilização.
Art. 364. Fica proibida a realização de tatuagens, aposição de body piercing e similares
em locais considerados inadequados.
Parágrafo Único - Consideram-se inadequados os locais:
I - A céu aberto;
II - Onde não sejam garantidas as condições básicas de
higiene para realização do procedimento e em desacordo com as
normas de vigilância sanitária;
III - Com pouca ventilação e iluminação;
IV - Considerados insalubres;
V - Residências, sótãos e porões de edifícios.
Art. 371. O tatuador ou piercer deverá informar ao cliente, por escrito, mediante termo
de ciência, os riscos que envolvem o procedimento e os cuidados pós-aplicação, além
das dificuldades técnico-científicas que pode acarretar sua posterior remoção.
Parágrafo Único - O termo de ciência a que se refere o caput deverá ser anexado ao
prontuário do cliente.
Art. 374. Para fins do que dispõe esta Seção, o estabelecimento deverá contar com
autoclave para a esterilização de artigos e instrumentais, material de primeiros
socorros, solução antisséptica e duas pias, uma para a higienização das mãos e outra
exclusivamente para a limpeza do instrumental antes do processo de esterilização.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXII
ACADEMIAS DE GINÁSTICA
Art. 376. A área, a ventilação e as especificações dos pisos, forros e paredes dos locais
para ginástica propriamente dita, deverão obedecer às normas técnicas vigentes.
Art. 377. Na área de atividade aquática o piso deve ser antiderrapante ou de material
similar, com revestimento em perfeito estado de conservação, livre de rachaduras e
irregularidades.
57
Art. 378. O revestimento interno e externo da piscina deve estar livre de trincas,
rachaduras e outras deformações.
Art. 380. O material de apoio às atividades de uso em piscina deve estar em perfeito
estado de conservação, sem perfuração, rachaduras e bolor ou fungo.
Parágrafo Único - O material de apoio às atividades de uso em piscina será mantido,
após o uso, em local apropriado, arejado e livre de contato com umidade.
Art. 384. Os colchões e macas devem ter revestimento com plástico impermeável e
íntegro, sem estar rasgado ou furado. Estes colchões, macas e outros, que têm contato
direto com o corpo do cliente, serão limpos após cada uso. Pode ser feita limpeza com
água e sabão ou desinfecção com álcool à 70%.
Art. 385. Os banheiros possuem pias completas providas de água corrente, toalhas
descartáveis, sabonete líquido e lixeira com tampa. Possui vestiários masculinos e
femininos, dotados de chuveiros, sanitários e pias. As peças sanitárias devem estar em
perfeito estado de conservação.
Art. 388. Os campos e canchas, com piso de material sintético sobreposto a piso rígido
ou flexível e que não possuam as extremidades levantadas ou que crie condições de 58
insegurança por deslocamento.
Parágrafo Único - Os campos ou canchas, de piso de material orgânico natural, grama
ou areia e outros, devem apresentar boas condições de higiene, aparados e livres de
defeitos que possam causar danos aos clientes.
Art. 389. Nos espaços onde existem alambrados ou cerca de proteção, os mesmos
devem estar a uma distância mínima necessária, permitindo a circulação e segurança
dos clientes. As instalações estão devidamente esticadas e livres de fendas, buracos ou
saliência que possam comprometer a segurança e conforto.
Art. 390. O estabelecimento de que trata esta Seção terá entrada independente, não
podendo suas dependências serem utilizadas para outros fins, nem servir de passagem
para outro local.
Art. 391. Além de obedecer ao que diz respeito às habitações e aos estabelecimentos de
trabalho em geral, as academias de ginástica cumprirão as exigências de outras
legislações pertinentes.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXIII
NECROTÉRIOS E FUNERÁRIAS
Art. 392. Os necrotérios e funerárias deverão ser convenientemente ventilados e
iluminados.
Art. 395. Os cemitérios serão construídos em áreas elevadas, na contra vertente das
águas que possam alimentar poços e outras fontes de abastecimento.
Parágrafo Único - Em caráter excepcional, serão tolerados, a juízo da autoridade
sanitária, cemitérios em regiões planas.
Art. 396. Deverão ser isolados, em todo o seu perímetro, por logradouros públicos ou
outras áreas abertas, com largura mínima de quinze metros, em zonas abastecidas por
redes de água, e de trinta metros, em zonas não providas de redes de água.
Art. 397. O nível dos cemitérios deverá ser suficientemente elevado, de maneira a
assegurar que as sepulturas não sejam inundadas.
Art. 400. Nos cemitérios pelo menos vinte por cento de suas áreas serão destinadas à
arborização ou ajardinamento.
§ 1º - Os jardins sobre jazigos não serão computados para os efeitos deste artigo.
§ 2º - Nos cemitérios-parque poderá ser dispensada a destinação da área
mencionada neste artigo.
Art. 401. Os vasos ornamentais devem ser preparados de modo a não conservarem
água, a fim de evitar a proliferação de insetos.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXV
DAS EMPRESAS DEDETIZADORAS
Art. 405. O responsável técnico deverá ser habilitado em uma das seguintes áreas:
biologia, engenharia agrônoma, engenharia florestal, engenharia química, farmácia,
tecnologia em saneamento ambiental, medicina veterinária e química.
§ 1° - Considera-se habilitado para a atividade de responsabilidade técnica, o
profissional que possua comprovação oficial da competência para exercer tal
função, emitida pelo seu conselho profissional.
§ 2° - A empresa especializada deve possuir registro junto ao conselho
profissional do seu responsável técnico.
Art. 406. As instalações da empresa especializada são de uso exclusivo, sendo vedada a
instalação do estabelecimento operacional em prédio ou edificação de uso coletivo, seja
comercial ou residencial, atendendo às legislações relativas à saúde, segurança, ao
ambiente e ao uso e ocupação do solo urbano.
Art. 407. A empresa especializada deve ter letreiro em sua fachada indicando seu nome
de fantasia, os serviços prestados e o número do alvará sanitário.
Art. 411. O transporte dos produtos e equipamentos não poderá ser feito em veículos
coletivos.
Art. 412. Quando aplicável, as embalagens dos produtos desinfetantes, antes de serem
descartadas, devem ser submetidas à tríplice lavagem, devendo a água ser aproveitada
para o preparo de calda ou inativada conforme instruções contidas na rotulagem.
I – nome do cliente;
II – endereço do imóvel;
III – praga(s) alvo;
IV – data de execução dos serviços;
V – prazo de assistência técnica, escrito por extenso, dos serviços por praga(s)
alvo;
VI – grupo(s) químico(s) do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s);
VII – nome e concentração de uso do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s);
VIII – orientações pertinentes ao serviço executado;
IX – nome do responsável técnico com o número do seu registro no conselho
profissional correspondente;
X – número do telefone do Centro de Informação Toxicológica; e
XI – identificação da empresa especializada prestadora do serviço com: razão
social, nome fantasia, endereço, telefone e números das licenças sanitária e
ambiental com seus respectivos prazos de validade.
Art. 415. Sem prejuízo do disposto no artigo 58, §2º, da Lei nº 6.360, de 23 de setembro
de 1976, toda e qualquer forma de propaganda de empresa especializada deve conter
claramente a identificação dela nos órgãos licenciadores competentes, bem como o
número de sua licença, bem como observado as seguintes proibições:
Art. 416. As empresas que descumprirem estas normas estarão sujeitas às penalidades
62
descritas neste Código.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXVI
DOS HOTÉIS, HOSPEDARIAS, MOTÉIS, PENSÕES, PENSIONATOS
E CONGÊNERES
Art. 420. Os dormitórios deverão ter área correspondente a, no mínimo, cinco metros
quadrados por leito e não inferior, em qualquer caso, a oito metros quadrados; quando
não dispuserem de instalações sanitárias privativas, deverão ser dotados de lavatórios
com água corrente.
Art. 425. As lavanderias, quando houver, devem ter o piso revestido com material
resistente, lavável e impermeável, com inclinação suficiente para o escoamento das
águas de lavagem, nas paredes até, 1,50m de altura (no mínimo) revestidas de material
resistentes e impermeabilizantes, e dispor de:
I- Local para lavagem e secagem de roupas;
II- Depósito de roupas servidas;
III- Depósito, em local exclusivo, para roupas limpas.
Art. 426. Não poderão ser colocadas, simultaneamente, roupas sujas e lavadas no
mesmo compartimento, e sim em compartimentos apropriados, que evitem totalmente
o contato entre elas.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXVII
DOS CLUBES RECREATIVOS, CENTROS ESPORTIVOS,
PRAÇAS DE ESPORTE, CASAS DE SHOWS E SIMILARES
Art. 427. Além das demais disposições aplicáveis e contidas neste regulamento,
deverão os estabelecimentos acima dispostos, atender às deste capítulo:
I- Particulares: as de uso exclusivo de seu proprietário e pessoas de suas
relações;
II- Coletivos: as de clubes, condomínios, escolas, entidades, hotéis, associações,
motéis e similares;
III- Públicas: as utilizadas pelo público em geral e sob a administração direta ou
indireta de órgãos governamentais.
Parágrafo Único – As piscinas tidas como particulares ficam excluídas das exigências
desta regulamentação, mas poderão, entretanto, sofrer inspeção da autoridade
sanitária, caso seja necessário.
Art. 428. A desinfecção das águas de piscinas será feita com o emprego de cloro, seus
compostos ou outros agentes de desinfecção de água, desde que aprovados pela
autoridade sanitária.
Art. 429. É proibida nas piscinas de uso público e de uso coletivo, a utilização de
objetos que possam comprometer a integridade dos usuários, em especial copos e
garrafas de material vítreo.
Art. 431. As piscinas estarão sujeitas à interdição e serão comunicadas por escrito aos
responsáveis pela piscina, devendo ter validade a partir de sua emissão.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXVIII
CRECHES
Art. 434. As creches, além de obedecerem às normas deste Código, deverão possuir,
obrigatoriamente:
I - berçário, com área mínima de três metros quadrados por criança e, no
mínimo, seis metros quadrados, devendo haver entre os berços e entre estes e as
paredes a distância mínima de cinquenta centímetros;
II - sala, com área mínima de seis metros quadrados, provida de cadeiras ou
banco - encosto, para permitir às mães amamentação adequada, sendo vetada
sua utilização para outros fins;
III - cozinha para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietéticos;
IV - pisos e paredes, revestidos de material liso, resistente, impermeável e
lavável;
V - local apropriado para banho e higiene das crianças, com área de três metros
quadrados no mínimo, providos de água corrente quente e fria;
VI - instalações sanitárias exclusivas para as crianças, totalmente independentes
das destinadas aos adultos;
VII - compartimento exclusivo e provido de porta com fechadura, destinado ao
armazenamento de material de limpeza, que impeça o acesso das crianças;
VIII - sala de uso coletivo para descanso e atividades diversas;
IX - espaço para alimentação das crianças, dotado de material adequado para
tal finalidade;
X - área externa para recreação.
Parágrafo Único - fica vedado o armazenamento de qualquer tipo de medicamento
neste tipo estabelecimento.
Art. 435. As dependências das creches deverão ter ventilação e iluminação natural ou
artificial, que proporcionem ambiente compatível com as atividades realizadas. 65
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XXXIX
DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E SIMILARES
Art. 439. A área das salas de aula corresponderá, no mínimo, a um metro e vinte
centímetros quadrados em carteira individual.
Art. 440. Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas ficam sujeitos
também às seguintes exigências:
I - área útil não inferior a oitenta centímetros quadrados por pessoa;
II - ventilação natural, ou renovação mecânica de vinte metros cúbicos de ar por
pessoa, no mínimo, no período de uma hora.
Art. 441. A área de ventilação natural das salas de aula deverá ser, no mínimo, igual à
metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a um quinto da área do
piso.
Parágrafo Único - A iluminação artificial, para que possa ser adotada em substituição à
natural, deverá ser justificada e aceita pela autoridade sanitária e atender às normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Art. 442. Os corredores, assim como escadas e rampas, não poderão ter largura inferior
a um metro e oitenta centímetros.
§ 1º - É proibida a localização de armários ao longo dos corredores.
§ 2º - As escadas não poderão apresentar trechos em leque; os lances serão retos,
não ultrapassarão a dezesseis degraus, e estes não terão espelhos com mais de
dezesseis centímetros, nem piso com menos de trinta centímetros, e os patamares
terão extensão não inferior a um metro e cinquenta centímetros, ou conforme
especificações de legislações vigentes.
§ 3º - As escadas deverão ser dotadas, obrigatoriamente, de corrimão e piso
antiderrapante.
§ 4º - As rampas não poderão apresentar declividade superior a doze por cento;
quando acima de seis por cento, serão revestidas de piso antiderrapante.
Art. 444. Deverão também existir instalações para professores, devidamente separados
por sexo.
Art. 447. As áreas de recreação deverão ter comunicação com o logradouro público, de
forma que permita escoamento rápido dos alunos, em caso de emergência; para tal fim,
as passagens deverão ter largura e altura mínima de três metros.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XL
ASILOS, ORFANATOS, ALBERGUES E
ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES
Art. 449. Os dormitórios coletivos deverão ter área não inferior a cinco metros
quadrados por leito; os dormitórios do tipo quarto ou apartamento deverão ter área
não inferior a cinco metros quadrados por leito, com o mínimo de oito metros
quadrados.
67
Art. 450. As instalações sanitárias serão na proporção mínima de uma bacia sanitária,
um lavatório e um chuveiro para cada dez leitos, além do mictório, na proporção de
um para cada vinte leitos.
Art. 452. Quando tiverem cinquenta ou mais leitos, deverão ter locais apropriados para
consultórios, médico e odontológico, bem como quarto para doentes.
Art. 453. Deverão ter área para recreação e lazer, não inferior a dez por cento da área
edificada.
Parágrafo Único - A área prevista neste artigo terá espaço coberto destinado a lazer,
não inferior à sua quinta parte e o restante será arborizado ou ajardinado ou, ainda,
destinado às atividades esportivas.
Art. 454. Se houver locais para atividades escolares, esses deverão atender às normas
estabelecidas para as escolas, no que lhes for aplicável.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XLI
CINEMAS, TEATROS E LOCAIS DE REUNIÕES
Art. 457. As portas de saídas das salas de espetáculos deverão obrigatoriamente abrir
para o lado de fora, e ter na sua totalidade a largura correspondente a um centímetro
por pessoa prevista para a lotação total, sendo o mínimo de dois metros por vão,
devendo, ainda, ser indicadas com a inscrição SAÍDA, legível à distância.
Art. 458. As escadas terão largura não inferior a um metro e cinquenta centímetros e
deverão apresentar lances retos de 16 (dezesseis) degraus no máximo, entre os quais se
intercalarão patamares de um metro e vinte centímetros de extensão, no mínimo, não
podendo apresentar trechos em leque.
§ 1º - Quando o número de pessoas que por elas devem transitar for superior a
cento e cinquenta, a largura aumentará à razão de oito milímetros por pessoa
excedente.
§ 2º - Quando a sala for localizada em pavimento superior ou inferior, o número 68
de escadas será de duas, no mínimo, dirigidas para saídas autônomas.
Art. 459. As salas de espetáculos serão dotadas de dispositivos mecânicos, que darão
renovação constante de ar, com capacidade de treze metros cúbicos de área exterior,
por pessoa e por hora.
§ 1º - Quando instalado sistema de ar condicionado, serão obedecidas as normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
§ 2º - Em qualquer caso, será obrigatória a instalação de equipamentos de
reserva.
Art. 461. Os camarins deverão ter área não inferior a quatro metros quadrados e serão
dotados de ventilação natural ou por dispositivos mecânicos.
Parágrafo Único - Os camarins individuais ou coletivos deverão ser separados por sexo
e servidos por instalações com bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios, na proporção
de um conjunto, para cada cinco camarins individuais ou para cada vinte metros
quadrados de camarim coletivo.
Art. 462. As instalações sanitárias destinadas ao público, nos cinemas, teatros e
auditórios, serão separadas por sexo e independentes para cada ordem de localidade.
Parágrafo Único - Deverão conter, no mínimo, uma bacia sanitária para cada cem
pessoas, um lavatório e um mictório para cada duzentas pessoas.
Art. 463. Deverão ser instalados bebedouros, fora das instalações sanitárias, para uso
dos frequentadores, na proporção mínima de um para cada trezentas pessoas.
Art. 464. As paredes dos cinemas, teatros, auditórios e locais similares, na parte interna,
deverão receber revestimento ou pintura lisa, impermeável e resistente, até a altura de
dois metros. Outros revestimentos poderão ser aceitos, a critério da autoridade
sanitária, tendo em vista a categoria do estabelecimento.
Art. 465. Para os efeitos deste Código, equiparam-se, no que for aplicável, aos locais
referidos no artigo anterior, os templos maçônicos e congêneres.
Art. 467. Os estabelecimentos previstos nesta Seção estão sujeitos à vistoria pela
autoridade sanitária, para efeito de licenciamento pela autoridade competente.
Art. 468. Sobre as aberturas de saída das salas de espetáculo propriamente ditas, é
obrigatória a instalação de luz de emergência, de cor vermelha, e ligada a circuito
autônomo de eletricidade.
Art. 469. A declividade do piso, nos cinemas e teatros, deverá ser tal que assegure
ampla visibilidade ao espectador sentado em qualquer ponto ou ângulo da sala.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XLII
DAS LAVANDERIAS
Art. 471. As lavanderias devem atender, no que lhe for aplicável, a todas as exigências
contidas neste regulamento.
Art. 472. As lavanderias serão dotadas de reservatórios de água com capacidade
equivalente ao consumo diário, sendo permitido o uso de água de poço ou de outras
fontes, desde que não sejam poluídas ou contaminadas e o abastecimento público seja
insuficiente ou inexistente.
Parágrafo Único – As lavanderias devem possuir locais destinados a:
I- depósitos de roupas sujas;
II- Operações de lavagem;
III-Secagem e passagem de roupas, desde que disponham de equipamento
apropriado para este fim;
IV- Depósito de roupas limpas.
SEÇÃO 2
CAPÍTULO XLIII
ESTABELECIMENTOS DE TRABALHO EM GERAL E
OUTROS
Art. 473. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de cem operários deverá existir
compartimento para ambulatório, destinado aos primeiros socorros de urgência, com
área mínima de seis metros quadrados, pisos e paredes revestidos de material liso,
resistente e impermeável.
Art. 474. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de trinta operários, será
obrigatória a existência de um refeitório, ou local adequado às refeições.
§ 1º - Os refeitórios deverão obedecer às seguintes condições: 70
I - piso revestido com material resistente, liso e impermeável;
II - forro com material adequado, podendo ser dispensado, em casos de
cobertura que ofereça proteção suficiente;
III - paredes revestidas com material liso, lavável, resistente e
impermeável;
IV - ventilação e iluminação, de acordo com as normas fixadas no
presente Código;
V - água potável;
VI - lavatórios individuais ou coletivos;
VII - cozinha, no caso de refeições preparadas no estabelecimento; ou
local adequado, com fogão ou micro-ondas quando se tratar de simples
aquecimento das refeições. Refrigerador para conservação de alimentos
perecíveis.
Art. 475. Os gases, vapores, fumaças e poeiras resultantes dos processos industriais,
deverão ser removidos dos locais de trabalho por meios adequados, não sendo
permitido o seu lançamento na atmosfera, sem tratamento adequado, quando nocivo
ou incômodo à vizinhança.
SEÇÃO 3
COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES JURÍDICAS DO ÓRGÃO DE VIGILÂNCIA
SANITÁRIA
Art. 480. Entende-se por controle sanitário, as ações desenvolvidas pelas autoridades
sanitárias ao monitoramento da qualidade dos produtos para saúde e de interesse à
saúde e a verificação das condições para o licenciamento e funcionamento dos
estabelecimentos de saúde e de interesse à saúde, abrangendo a
Art. 482. Entende-se por responsável técnico (RT), o profissional que tem como função
precípua garantir ao consumidor a qualidade do produto final ou do serviço prestado.
CAPÍTULO II
DO MODELO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA
SANITÁRIA INTEGRADAS E DESCENTRALIZADAS EM SEU TERRITÓRIO,
COM O FOCO NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE E NO
GERENCIAMENTO DE RISCO
SEÇÃO 1
MAPA DA SAÚDE
Art. 488. O rito do processo de solicitação do Alvará Sanitário segue o seguinte fluxo:
I – Cadastro;
II – Requisição;
III – Taxa;
IV – Protocolo digital;
V – Inspeção Sanitária;
VI – Concessão de Alvará.
SEÇÃO 2
DO PLANEJAMENTO
74
Art. 489. O cadastro sanitário é o registro obrigatório de informações mantido pelo
órgão de Vigilância Sanitária, em que constam dados sobre estabelecimentos e ou
profissionais de interesse sanitário, tendo por finalidade registrar informações de
interesse da Vigilância Sanitária e de processos inerentes às atividades fiscalizadas
pelas autoridades sanitárias.
Art. 490. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e
com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às
liberdades e garantias individuais.
SEÇÃO 3
GERENCIAMENTO DE RISCO
§ 1°. Nível de risco I - é considerado como baixo risco. São atividades com
baixa possibilidade de que o uso ou a exposição de um produto ou serviço possa
causar consequências adversas à saúde pública e ao meio ambiente. O funcionamento
da empresa ocorrerá sem a realização de vistoria prévia e sem emissão de
alvará sanitário, ficando sujeitas à fiscalização posterior do exercício da atividade 75
econômica;
§ 2°. Nível de risco II - é considerado como médio risco. São atividades com
alta possibilidade de que o uso ou a exposição de um produto ou serviço possa
causar um evento danoso com agravo temporário ou reversível à saúde,
havendo tratamento adequado, bem como, ao meio ambiente. O funcionamento
da empresa poderá ter a emissão de alvará sanitário após análise das
atividades a serem exercidas;
§ 3°. Nível de risco III - é considerado como alto risco. São atividades com alta
possibilidade de que o uso ou a exposição de um produto ou serviço possa
causar um evento danoso com risco à saúde acarretando morte, ameaça à vida ou
danos permanentes a saúde humana, bem como, ao meio ambiente. As atividades
econômicas exercidas exigem vistoria prévia e alvará sanitário antes do início
do funcionamento da empresa;
§ 4°. O exercício de múltiplas atividades que se classifiquem em níveis de risco
distintos, no mesmo estabelecimento, seu enquadramento do nível de risco será
o mais elevado.
SEÇÃO 4
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
CAPÍTULO III
DA COMUNICAÇÃO EM SAÚDE E A GESTÃO DO CONHECIMENTO
SEÇÃO 1
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Art. 497. O órgão municipal de vigilância sanitária realizará gerenciamento dos dados
coletados através de um sistema de informação para controle, avaliação e orientação de
ações a serem executadas pelas autoridades sanitárias, tanto para regulação como para
as ações de rotina e averiguação.
Art. 498. O órgão municipal de vigilância sanitária deve manter um banco de dados
atualizado.
Art. 501. A divulgação das informações será realizada por meio de vias de
comunicações oficiais do órgão municipal de vigilância sanitária.
Art. 506. O órgão municipal de vigilância sanitária deverá informar a população sobre
os riscos e as ações de importância sanitária que influenciam a saúde pública do
município.
CAPÍTULO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANITÁRIO
SEÇÃO 1
DOS PRINCÍPIOS E FINALIDADES
Art. 509. O Processo Administrativo Sanitário, instituído por este Código Sanitário
Municipal, tem como finalidade:
SEÇÃO 2
DOS DIREITOS E DEVERES DO AUTUADO 79
Art. 511. São deveres do autuado perante o órgão de vigilância sanitária, sem prejuízo
de outros previstos em ato normativo:
I - expor os fatos conforme a verdade;
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III - não agir de modo temerário;
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.
SEÇÃO 3
DA FASE PRÉ-PROCESSUAL
Art. 512. Na hipótese de os servidores constatarem, em sede de fiscalização sanitária,
situações de pequena relevância ou reduzido risco sanitário, poderá ser emitido Termo
de Recomendação, com a finalidade de promover a regularização dentro de prazo
estipulado, dentro do qual não poderá ser lavrado Auto de Infração pelo cometimento
das infrações elencadas no mesmo.
Parágrafo único. O prazo de adequação não poderá ser superior a 15 (quinze) dias, não
cabendo prorrogação;
SEÇÃO 4 80
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 515. Para efeitos deste Código, considera-se infração sanitária a desobediência ou a
inobservância ao disposto neste Código, em Leis, Normas Técnicas Especiais e em
outras que, por qualquer forma, se destinam à promoção, proteção e recuperação da
saúde.
Art. 517. Para imposição da pena e sua graduação, a autoridade sanitária observará:
I- As circunstâncias atenuantes e agravantes;
II- A gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências para a saúde;
III- Os antecedentes do infrator quanto às normas sanitárias.
Art. 520. Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações
sanitárias serão punidas, alternativa ou cumulativamente, com as seguintes
penalidades:
I – advertência;
II – pena educativa;
III - multa;
IV – apreensão de bens e/ou produtos;
V – interdição parcial ou total de bens e/ou produtos; 81
VI – inutilização de bens e/ou produtos;
VII – suspensão de vendas e/ou uso de bens e/ou de produtos;
VIII – suspensão de fabricação de bens e/ou de produtos;
IX – interdição parcial ou total de empresas, estabelecimentos, setores de
serviços, seções, habitações, edificações, prédios, acampamentos, hotéis e
congêneres, dormitórios coletivos ou não, barracas, tendas, refeitórios, áreas de
reunião de pessoas, máquinas, equipamentos, locais, dependências e veículos;
X – interrupção de serviço;
XI – suspensão de alvará sanitário de empresas;
XII – cancelamento de autorização de obra;
XIII – cancelamento de alvará sanitário de empresas;
XIV – proibição de propaganda.
Parágrafo único. Sem prejuízo das penalidades aplicadas após o curso do Processo
Administrativo Sanitário, as penalidades dispostas nos incisos IV, V, VII, VIII, IX e XI
do presente artigo podem ser aplicadas de forma cautelar.
Art. 521. A pena educativa será arbitrada pela autoridade sanitária e consiste na
obrigatoriedade, por parte do infrator, de executar atividade em benefício da
comunidade e promover cursos de capacitação do corpo técnico e empregados do
estabelecimento infrator, para evitar infrações do mesmo tipo.
Art. 522. A pena educativa consiste, alternada ou cumulativamente, nas seguintes
modalidades:
I – divulgação pelos meios de comunicação com a finalidade de atingir o
público alvo ou clientela do estabelecimento infrator;
II – informação à clientela alvo por meio de mala postal direta;
III – capacitação de dirigentes técnicos e/ou empregados do estabelecimento
infrator;
IV – veiculações à comunidade e à clientela, de mensagens educativas
expedidas pela vigilância sanitária.
Art. 524. A pena de multa será variável segundo a gravidade da infração, conforme a
classificação estabelecida no artigo 50, a que correspondem os seguintes limites:
I - de 210 (duzentos e dez) UFIRME a 4.100 (quatro mil e cem) UFIRME para as
infrações de natureza leve;
II - de 4.100 (quatro mil e cem) UFIRME a 20.500 (vinte mil e quinhentos)
UFIRME para as infrações de natureza grave;
III - de 20.500 (vinte mil e quinhentos) UFIRME a 51.250 (cinquenta e um mil e
duzentos e cinquenta) UFIRME para as infrações de natureza gravíssima. 82
Art. 526. O processo administrativo sanitário será instaurado pela autoridade sanitária
competente através da lavratura do Auto de Infração Sanitário descrevendo as
irregularidades detectadas e apontando as devidas penalidades e sanções
administrativas que podem ser aplicadas.
§ 1°. O auto de infração será lavrado na sede da repartição competente ou no local
em que for verificada a infração pela autoridade sanitária que a houver
constatado.
§ 2°. O documento deve possuir as seguintes informações:
I - nome do autuado, seu domicílio e residência, bem como os demais
elementos necessários à sua qualificação e identificação civil; 90
II - local, data e hora da lavratura onde a infração foi verificada;
III - descrição da infração e menção do dispositivo legal ou
regulamentar transgredido;
IV - penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal
que autoriza a sua imposição;
V - ciência, pelo autuado, de que responderá pelo fato em processo
administrativo;
VI - assinatura do autuado ou, na sua ausência ou recusa, de duas
testemunhas, e do autuante;
VII - prazo para interposição de recurso, quando cabível.
§ 3°. Havendo recusa do autuado em assinar o auto, será feita, neste, a menção do
fato e, conforme o inciso VI do parágrafo 2° deste artigo, poderão ser solicitadas
as assinaturas de duas testemunhas presentes no local e que não possuam
interesses conflitantes com a ação.
Art. 528. A autoridade sanitária autuante fica responsável pelas declarações que
fizerem nos autos de infração, sendo passíveis de punição, por falta grave, em casos de
falsidade ou omissão dolosa.
Art. 529. O autuado será notificado para ciência do auto de infração por meio de
documento oficial, preferencialmente entregue pessoalmente ou via correspondência
registrada com aviso de recebimento.
§ 1°. Em casos excepcionais, poderão ser utilizados meios eletrônicos ou outros
meios adequados de comunicação.
§ 2°. Se o infrator for notificado pessoalmente e recusar-se a exarar ciência, deverá
essa circunstância ser mencionada expressamente pela autoridade que afetou a
notificação.
Art. 561. As multas impostas em auto de infração poderão sofrer redução de 20% (vinte
por cento) caso o infrator efetue o pagamento no prazo de 20 (vinte) dias, contados da
data em que for notificado, implicando na desistência tácita de defesa ou recurso.
Art. 563. As contagens dos prazos começam a correr a partir da data da cientificação
oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§ 1°. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o
vencimento se der em dia em que não houver expediente na repartição
competente ou este for encerrado antes da hora normal.
§ 2°. Na contagem de prazo em dias computar-se-ão somente os dias úteis;
§ 3°. Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data;
§ 4°. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do
prazo, tem-se como termo o último dia do mês;
§ 5°. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado ou por determinação
legal, os prazos processuais não podem sofrer suspensão.
Subseção II
Da Instrução
Art. 567 - O autuado será notificado para ciência do auto de infração e de outras
medidas cabíveis ao processo administrativo sanitário por meio das seguintes
modalidades: 92
I – pessoalmente;
II – pelo correio, por carta registrada, com aviso de recebimento – A.R;
III – por edital;
IV – por meio eletrônico que acuse o recebimento.
Art. 575. Se a interdição for imposta como resultado de laudo laboratorial, a autoridade
sanitária competente fará constar do processo o despacho respectivo e lavrará o termo
de interdição, inclusive do estabelecimento, quando for o caso.
Subseção IV
DA ANÁLISE FISCAL
Art. 580. Quando o resultado da análise implicar na condenação definitiva de bem e/ou
produto, oriundo de outra unidade da Federação, após a aplicação das penalidades
cabíveis, será o processo remetido ao órgão competente do Ministério da Saúde, para
as providências pertinentes.
Art. 581. Não sendo comprovada, através da análise fiscal ou da perícia de contraprova
a infração objeto da apuração e, sendo considerado o produto próprio para consumo, a
autoridade sanitária julgadora lavrará despacho liberando-o e determinando o 96
arquivamento do processo administrativo sanitário.
Subseção V
DA DEFESA
Art. 583. O autuado poderá oferecer defesa ou impugnação do auto de infração, por
escrito:
I - No prazo de 15 (quinze) dias, contados da sua ciência, caso se trate de
empresa privada;
II - No prazo de 30 (trinta) dias, contados da sua ciência, caso se trate de
autoridade pública integrante da administração pública direta ou indireta.
Art. 584. A defesa, sob pena de não ser conhecida, deverá ser apresentada dentro do
prazo disposto no artigo anterior e conter os seguintes elementos:
I - Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II - Identificação do administrado e de quem o represente, com nome completo,
razão social, e número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
(CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
III - Identificação do Auto de Infração impugnado ou do número do processo
vinculado;
IV - Domicílio do administrado ou local para recebimento de comunicações;
V - Data e assinatura do requerente ou de seu representante.
Subseção IV
DA MANIFESTAÇÃO DO SERVIDOR AUTUANTE
SEÇÃO 6
DO JULGAMENTO PELA AUTORIDADE SANITÁRIA
SEÇÃO 7
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 592. Mantida a decisão condenatória, caberá recurso para a autoridade sanitária
superior imediata, dentro da esfera governamental, sob cuja jurisdição se haja
instaurado o processo:
I - No prazo de 20 (vinte) dias, caso se trate de empresa privada, hipótese em
que a autoridade sanitária superior imediata decidirá no prazo de 30 (trinta)
dias;
II - No prazo de 40 (quarenta) dias, caso se trate de autoridade pública
integrante da administração pública direta ou indireta, hipótese em que a
autoridade sanitária superior imediata decidirá no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 594. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Art. 595. Os recursos interpostos das decisões não definitivas somente terão efeito
suspensivo, relativamente ao pagamento da penalidade pecuniária. 99
SEÇÃO 8
DO CUMPRIMENTO DAS PENALIDADES
Art. 596. Quando aplicada a pena de multa, o infrator será notificado para efetuar o
pagamento no prazo de 30 (trinta) dias, contados da sua ciência, recolhendo-a à conta
do Fundo Municipal de Saúde.
Art. 597. As multas impostas pela autoridade sanitária competente, poderão sofrer
redução de trinta por cento (30%), caso o infrator desista expressamente de apresentar
defesa ou recurso, caso em que será imediatamente notificado a efetuar o pagamento
no prazo previsto no artigo 100.
Art. 598. O não recolhimento da multa dentro do prazo fixado no artigo 100 implicará
no Registro em Dívida Ativa e consequente cobrança por meio de Ação de Execução.
Art. 599. Decorrido o prazo mencionado no artigo 95, sem que seja recorrida a decisão
condenatória ou requerida a perícia de contraprova, o laudo de análise condenatório
será considerado definitivo, e determinada a apreensão e inutilização do produto, bem
como outras medidas cabíveis.
Art. 600. A aplicação ou manutenção da penalidade cautelar de interdição parcial ou
total do estabelecimento será imediata e só será revertida, a juízo da autoridade
sanitária competente, mediante a comprovação, perante àquela, do saneamento das
não conformidades que justificaram a aplicação da penalidade.
§ 1°. A desinterdição parcial ou total será registrada através de termo assinado
pelo administrado, sendo este acostado ao respectivo Processo Administrativo
Sanitário;
§ 2°. A desinterdição parcial ou total somente poderá ser solicitada após decorrido
o prazo descrito no Termo de Interdição.
SEÇÃO 9
DA PRESCRIÇÃO
SEÇÃO 10
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 606. Se, durante o curso do Processo Administrativo Sanitário, vier a ocorrer fato
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito, que possa influir no julgamento do
Auto de Infração, a autoridade sanitária competente deverá tomá-lo em consideração,
de ofício ou a requerimento da parte, assegurado a esta o direito de fazer a juntada de 101
novas provas documentais até a decisão final.