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1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos.......................................................................................................................1
1.2. Metodologia....................................................................................................................1
2. Instituto jurídico......................................................................................................................2
2.3.2. Da posse................................................................................................................5
2.3.3. Da propriedade......................................................................................................6
2.3.4. Da falência............................................................................................................7
2.3.5. Do casamento........................................................................................................8
2.3.6. Do divórcio...........................................................................................................8
3. Conclusão..............................................................................................................................10
4. Referências bibliográficas.....................................................................................................11
1. Introdução
O presente trabalho visa abordar conteúdos sobre o Instituto Jurídico. Porém, o Instituto
Jurídico é o termo utilizado pelo Direito para denotar que determinada situação, medida,
condição ou fato é algo tão especial para a vida em sociedade, que deve ser tratado como um
“instituto jurídico” que merece um tratamento diferenciado. Casamento, posse, falência e
divórcio, por exemplo, são institutos jurídicos, pontos sobre os quais tanto a lei como a
doutrina e a jurisprudência têm algo a dizer, considerando-os isoladamente e determinando
algumas regras para a sua exacta definição e localização no mundo jurídico. Nas páginas a
seguir, estão presentes os aspectos mais importantes que versam sobre o tema que tem por
finalidade facilitar a compreensão do mesmo.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender o Instituto Jurídico.
1.2. Metodologia
Para fazer face a realização do trabalho foi necessário a consulta de fontes de modo a adquirir
informações que versam sobre o conteúdo em estudo. As tais fontes incluem manuais físicos
que se referem a livros e trabalhos realizados anteriormente e manuais electrónicos adquiridos
por via da internet e os seus respectivos indicadores estão presentes na última página do
trabalho, onde estão pontuados como referências.
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2. Instituto jurídico
2.1. Conceitos gerais do termo instituição
No dizer de Goffredo Telles Júnior (2002), toda ordem, evidentemente, é uma disposição.
Uma disposição conveniente, certa disposição, tal como os livros numa biblioteca.
A desordem também é uma ordem, ainda que seja uma ordem que não apreciamos que não
desejamos. Desse modo, a existência e a convivência do Homem gravitam em torno de
instituições, materiais e imateriais, que estabelecem certa ordem, as quais concedem
estabilidade e tornam possível a existência. Trata-se das estruturas jurídicas que são mais ou
menos duradouras. As instituições e os institutos fazem parte dessas estruturas.
O termo instituição possui várias acepções. No sentido etimológico pode definir-se como o
que está presente ou permanece em evolução na sociedade. Aquilo que está ou foi instituído.
Entende-se como o estabelecimento ou a fundação de alguma coisa: instituição de uma
monarquia; de uma presidência. Na corrente linguagem, em geral, faz-se referência à
instituição em vários sentidos, como um complexo de leis, de costumes, de normas, como
uma obra material ou imaterial.
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Ainda, ora um conjunto mais ou menos extenso de normas que, subordinadas a princípios
comuns, disciplinam determinado tipo de relações sociais, ora a realidade social que lhe está
na base (Justo, 2001).
O termo instituição nos dá a ideia de um conjunto de normas estáveis que obedece a regras
específicas e se organiza como um corpo social, para certas finalidades. A instituição, em
geral, pode ter carácter político, religioso, económico etc.
As instituições são o conjunto de pilares estabelecidos pelo costume, pela razão e pelos
sentimentos que alicerçam a sociedade, sustentando-a (Secco, 2001).
Suas funções são vitais para a compreensão do Direito porque auxiliam a resolver os
problemas da sociedade e dos homens que a integram. A instituição torna possível a
estabilidade normativa que é essencial para o sentido de adequação social que busca o
Direito.
Decorrentes da mesma raiz etimológica, com frequência os textos se referem aos institutos
jurídicos. Tendo a mesma compreensão da instituição, o instituto apresenta menor grau de
extensão, mas a mesma compreensão. Trata-se de um complexo normativo menor (Justo,
2001).
Cuida-se de uma entidade autónoma de Direito, com suas próprias normas reguladoras, que a
colocam como uma entidade autónoma para fins de estudo e disciplina jurídica, dentro do
direito privado ou do direito público. Assim, por exemplo, se a propriedade é uma instituição,
a posse é um instituto; se o Congresso é uma instituição, o impeachment do Presidente da
República, que se inclui entre as atribuições do Congresso, é um instituto. Sob esse prisma,
portanto, a falência, o usufruto, a tutela e curatela, a prescrição e decadência, por exemplo,
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são institutos de direito material; a intervenção de terceiros, o recurso de apelação e de agravo
de instrumento, a execução são institutos de direito processual.
Para a vida em sociedade o ser humano tem necessidade de estabelecer ordens, sob o pálio
dos institutos e das instituições. Por essa razão, o Homem situa-se em ordens religiosas,
éticas, morais e jurídicas. A ordem jurídica, que ora se estuda, recebe, sem dúvida,
informação e interferências de ordens de outra natureza, pois a conduta social deve ser vista
permanentemente como um todo. A ordem jurídica identifica-se com o conjunto de normas
em vigor num Estado. Sob esse prisma, a ordem jurídica confunde-se com o sistema jurídico.
O sistema é mais amplo do que o ordenamento positivo de um país, pois incluem também as
normas consuetudinárias, a jurisprudência, os princípios gerais.
A História, em seus grandes ciclos e nos fenómenos sociais de carácter geral, se reproduz em
ondas de contornos idênticos, como afirmam conceituados estudiosos do Direito Comparado.
Desta forma, apesar de as estruturas sociais romanas não se terem transportado até os nossos
dias de forma inalterável, é necessário observar que muitos dos valores sociais romanos e a
própria noção do Direito se reproduziram nas civilizações vindouras, se propagaram na área
mediterrânea, infiltraram-se no Reino Franco, na Península Ibérica, popularizando-se a partir
do século XII, vindo a se alastrar, mais tarde, ao Novo Mundo, através das grandes
navegações, pouco perdendo sua força inicial e a nitidez de inúmeros princípios consagrados,
sobretudo no campo do Direito de Obrigações, em cláusulas contratuais, no Direito de Família
regulando a sucessão hereditária e também em outros institutos da ciência jurídica, sobretudo
na área do direito privado, uma vez que no direito público esta influência teve dimensões bem
mais reduzidas.
Segundo a concepção de Moreira Alves (1983), há duas possíveis acepções para o termo
“coisa”: a vulgar, onde seria tudo o que existe na natureza, ou que a inteligência do homem é
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capaz de conceber e a jurídica, na qual coisa é aquilo que pode ser objecto de direito
subjectivo patrimonial.
Esta divisão já era usada em Roma, embora não houvesse exacta definição, representando
basicamente a ideia acima ensejada. Havia ainda a divisão entre bens singulares, quando
mesmo reunidos consideram-se apenas um e universais, quando vários singulares reunidos de
uma mesma pessoa para destinação específica.
2.3.2. Da posse
O desenvolvimento da ideia de posse no direito romano constitui-se em uma das mais árduas
e difíceis investigações históricas dos pesquisadores do Direito ao longo da humanidade.
Tudo isso em virtude da deficiência dos arquivos jurídicos dos primeiros tempos de Roma,
sendo certo que todos os institutos e, principalmente, a posse experimentaram notáveis
alterações ao entrar na compilação justiniana.
Várias são as teorias imaginadas para explicar a diferenciação entre posse e propriedade do
direito romano. A principal corrente acerca do assunto defende que a posse desenvolveu-se
em Roma, como uma consequência do Direito de Clientela. Os patrícios faziam concessões de
terras aos seus clientes, conferindo-lhes a posse e reservando a propriedade. Os clientes, não
podendo defender a terra como proprietário, defendiam-na como possuidores.
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Muito se discute acerca do conceito mais adequado a ser dado para a posse, variando de
acordo com a exigência ou dispensa de certos elementos caracterizadores. Na apresentação do
conceito de posse, define-se posse como sendo o poder físico, material, de fato, sobre uma
coisa corpórea, distinto e separado do poder jurídico, propriedade, sobre ela, evidenciando a
vinculação da posse ao fato e da propriedade ao direito. Neste prisma, duas são as principais
teorias: a subjectiva e a objectiva.
Assim, é necessário que o possuidor tenha a vontade de ser proprietário da coisa, onde, sem a
qual estaria configurada uma mera detenção. Essa teoria exige, pois, para que o estado de fato
da pessoa em relação à coisa se constitua em posse, que ao elemento físico, corpus, venha
juntar-se a vontade de proceder à coisa como procede ao proprietário, affectio tenendi, mais a
intenção de tê-la como dono, animus domini.
A teoria objectiva sustenta que é necessário para a posse apenas o corpus e o animus tenendi,
ou seja, a vontade de possuir. Assim, para ser possuidor, prescindível é a caracterização
do animus domini. Nessa concepção, a distinção entre corpus e animus é irrelevante, pois a
noção de animus já se encontra na de corpus, sendo a maneira como o proprietário age em
face da coisa que é possuído.
A posse pode ser mantida ou restituída através de acção própria, mas outrora se usavam para
tanto os interditos possessórios, institutos que deram origem as actuais acções possessórias.
2.3.3. Da propriedade
Sucintamente, propriedade pode ser conceituada como sendo o pleno poder sobre a
coisa, plena in re potestas. Tal conceito decorre de somente a propriedade poder apresentar
todos os direitos sobre a coisa, ou seja, o de ser possuidor, jus possidendi, usar, jus utendi,
fruir, jus fruendi, e, exclusivamente, modificá-la, reformá-la, vendê-la, jus abutendi.
Hoje, nossa carta magna consagra a função social da propriedade como um de seus preceitos
básicos, o que legitima, dentre outras possibilidades, a desapropriação de áreas rurais
improdutivas para fins de reforma agrária, etc.
2.3.4. Da falência
A partir da Lei das XII Tábuas se delinearam a execução singular e a execução colectiva,
sendo essa fase de grande contribuição do direito romano a este instituto. No ano de 428 ou
441 a.c surgiu a Lex Poetelia Papiria, onde os bens do devedor e não mais o seu corpo passa
a constituir garantia dos credores.
Depois, no ano de 149 a.c, surgiu a Lex Aebutia, que fez substituir o processo das legis
actiones, pelo processo formular, atribuindo ao pretor a possibilidade de redigir uma
“formula”, espécie de programa de averiguação dos fatos e de sua valorização, a fim de serem
julgados pelo juiz. Á vista da bonorum sectio, instituiu a missio in
bona ou missio possessionem, que consistia no desapossamento dos bens do devedor, a
pedido do credor e por ordem do magistrado. Perdia, então o devedor a administração de seus
bens, que passavam ao curador, nomeado pelo magistrado. O credor dava, então, publicidade
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a missio, bonorum proscriptio, para que os outros credores pudessem vir a concorrer, dentro
de trinta dias.
2.3.5. Do casamento
“As núpcias são a união do homem e da mulher, o consórcio de toda a vida, a comunicação do
direito divino e humano”. Nessa concepção, de carácter muito mais social do que jurídico, há
três termos que se completam: união, consórcio e comunicação. Dessa forma, estão presentes
alguns princípios importantes: o casamento monogâmico, indissolúvel e uma implicação entre
as exigências do direito humano e do direito divino.
Com o passar do tempo, em consequência de uma nova visão da vida, que gerou uma nova
concepção do instituto do casamento, a autoridade forte do marido passou a ser cada vez
menos aceita e o casamento Cum Manu cedeu lugar ao casamento Sine Manu. Nesse novo
tipo de casamento, a autonomia da mulher passou a ser preservada tanto no aspecto
patrimonial, como no de suas crenças e costumes.
2.3.6. Do divórcio
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casamento Cum Manu, só o marido podia repudiar, a mulher não tinha igual direito; no
casamento Sine Manu, o repúdio podia ser exercido tanto pelo homem como pela mulher.
Durante toda a história de Roma, cerca de XIII séculos, sempre o divórcio foi plenamente
permitido e praticado, como já o tinha sido pelos outros povos da antiguidade. Foi só na Idade
Média, com o advento do Cristianismo e o domínio total da Igreja, que o casamento foi
estabelecido como sacramento e as acções de divórcio passaram a ser dificultadas.
No Direito Romano, segundo nos ensina Cretella Jr (1988), para que surgisse o casamento,
bastava á vontade inicial dos membros sem quaisquer formalidades jurídicas, somente a partir
do período pós-clássico passou a existir certo formalismo e o matrimónio só durava até que
um dos cônjuges decidisse rompê-lo, a qualquer tempo, sem formalidades e independente da
existência de motivos previstos em lei.
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3. Conclusão
Com base na realização do presente trabalho, conclui-se que o termo instituição possui várias
acepções, no sentido etimológico pode definir-se como o que está presente ou permanece em
evolução na sociedade. Na corrente linguagem, em geral, faz-se referência à instituição em
vários sentidos, como um complexo de leis, de costumes, de normas, como uma obra material
ou imaterial. No campo jurídico, deve ser entendida a instituição como um conjunto de
princípios, um entrelaçamento de costumes, usos e sentimentos, pelos quais se exercem
controles sociais e se satisfazem necessidades e desejos das pessoas em sociedade. Pois o
termo instituição nos dá a ideia de um conjunto de normas estáveis que obedece a regras
específicas e se organiza como um corpo social, para certas finalidades. A instituição, em
geral, pode ter carácter político, religioso, económico etc. Percebeu-se também a magna
importância do Direito Romano, o qual deu origem a institutos que influenciaram as normas
jurídicas da grande parte dos países ocidentais e que deixa um legado profundo para toda a
humanidade.
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4. Referências bibliográficas
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