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A cada dia novas descobertas históricas e arqueológicas vêm comprovar o respeitável grau de
conhecimento dos povos nativos do Brasil e da América do Sul. Ajudando a desmoronar a versão
dos invasores brancos de então, e dos ideólogos imperialistas de hoje, de que a civilização, a
ciência e o bem-estar chegaram às terras americanas com os europeus, e que os indígenas desta
parte do chamado Novo Mundo — à exceção dos incas e outras poucas tribos — eram selvagens,
pouco mais que macacos.
Um desses grandes feitos indígenas pré-colombianos, infelizmente pouco conhecido dos
brasileiros, é o Caminho de Peabiru. Com mais de três mil quilômetros, o Peabiru foi a estrada
transcontinental mais importante da América do Sul antes da chegada dos europeus. Ele ligava,
segundo estudos, os Andes ao oceano Atlântico, servindo como ligação entre os nossos guaranis e
os demais povos sul-americanos. Fascinante, misterioso, polêmico, tido como sagrado, o
Caminho unia o litoral de Santa Catarina e São Paulo ao grande império inca no Peru.
Além de ser uma obra viária de grande competência, a existência do Peabiru revela, entre outras
coisas, que os índios do sul do Brasil — ao contrário do que comumente se pensa — dominavam
um conjunto de informações astronômicas sofisticadas, bem mais além do que as fases da lua ou a
noção de dias e noites.
Buscando recuperar a memória de tão importante realização indígena e levá-la ao conhecimento
de nosso povo, a reportagem de AND conversou com a jornalista e escritora paranaense Rosana
Bond, correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP) em
Florianópolis, e autora dos livros O CAMINHO DE PEABIRU e A SAGA DE ALEIXO
GARCIA, O DESCOBRIDOR DO IMPÉRIO INCA, além de pesquisadora do assunto há oito
anos. Nesta entrevista exclusiva, ela afirma, citando o professor Samuel Guimarães que “se o
Egito foi um presente do rio Nilo, a América do Sul foi um presente do Peabiru”.
Rosana Bond: Digamos que ele foi redescoberto recentemente. Depois de vários
séculos quase esquecidos, o Caminho começou a ser motivo de novas
investigações na década de 90, quando surgiram os primeiros livros específicos
sobre o tema.
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A partir daí alguns outros pesquisadores têm igualmente se dedicado ao assunto.
Mesmo assim, o Peabiru ainda continua fora dos nossos livros escolares. A
louvável exceção foi a editora Ática, que no ano passado o incluiu num de seus
paradidáticos de História, e também numa obra de literatura infanto-juvenil, da
coleção Vaga-Lume, chamada Crescer é uma aventura, escrita por mim. Achei
que seria bom para a gurizada conhecer uma história verdadeira narrada através
das peripécias de um adolescente e uma tia meio maluca.
RB: Ele foi a mais importante via transcontinental da América do Sul pré-
colombiana, segundo definiu Reinhard Maack, da Universidade Federal do
Paraná (UFPR) em 1959. Era uma “estrada” indígena com um tronco e uma
série de ramais, formando uma rede. O professor Samuel Guimarães da Costa
escreveu nos anos 70, no jornal O Estado do Paraná, que “se o Egito é um
presente do Nilo, a terra hoje paranaense é o legado de um caminho pré-histórico
que se apagou na geografia da colônia”. Vou um pouco além, acho que a América
do Sul é que é o legado do Peabiru, não apenas o Paraná, ou Santa Catarina, ou
São Paulo.
RB: Há autores, entre eles Júlio Estrela Moreira (Caminhos das comarcas de
Curitiba e Paranaguá) que negam a existência do Peabiru. Mas há outros que não
opõem a menor dúvida. Partem de relatos feitos desde 1500.
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AND: E COMO SE SABE QUE CHEGAVA ATÉ O PERU?
RB: Exata, não. Mas pesquisei diversas fontes, analisei semelhanças e diferenças
e creio que, mesmo sem precisão, é possível traçar um roteiro entre o Brasil e o
Peru. O trecho paulista, que começava em São Vicente e Cananéia, era muito
importante. Histórico também foi o ramal paranaense de Campo Mourão, perto de
onde há até um município denominado Peabiru.
Mas, como estou um pouco mais familiarizada com o ramal sul, aquele que
começava em Santa Catarina, falarei apenas dele. Partindo talvez do atual
município de Palhoça (Massiambu) e Florianópolis, a trilha ia até Barra Velha,
penetrando continente adentro no rumo do rio Itapocu. Cruzava o nordeste
catarinense, passando possivelmente por Guaramirim e São Bento do Sul, e
chegava ao Paraná.
Já dentro daquele estado, passava em Castro e seguia pelas cabeceiras dos rios
Ivaí e Cantu. Chegava ao médio Piquiri, indo pela margem esquerda deste até
cruzar o rio Paraná, acima de Guaíra. Havia outra passagem por Foz do Iguaçu,
mas esta não era a original da linha tronco, segundo afirmaram Reinhard Maack
e Jaime Cortesão. Atravessando o rio Paraná, estava-se no Paraguai.
A entrada do Peabiru na terra paraguaia se fazia por dois ramais. O primeiro era
rio Mondaí-Assunção/rio Paraguai-Chaco. O segundo era rio Iguatemi-Alto
Chaco-Porto Casado. Os dois ramais se juntavam no Chaco. O Peabiru, então,
seguia o rio Paraguai ao norte até a serra de Santa Luzia.
RB: Porque desde o século XVI já se falava disso. Primeiro foi a expedição do
português - catarinense Aleixo Garcia, que aproximadamente em 1523 saiu da
Ilha de Santa Catarina, trilhou o Peabiru e descobriu os incas antes dos
espanhóis. Aleixo foi o primeiro homem branco que andou sobre o Peabiru, pouca
gente sabe disso. E também são poucos os que sabem que o império incaico não
foi descoberto pelo espanhol Francisco Pizarro, como dizem os livros de História.
E sim por esse desconhecido “brasileiro”, náufrago, morador de Santa Catarina,
chamado Aleixo Garcia.
Mas essa é uma outra fascinante história, que deixaremos para outra ocasião.
Mais tarde, houve o relato de Cabeza de Vaca no seu Naufrágios e Comentários.
RB: Ao contrário do que sempre se diz, ou seja, que o Caminho iniciava-se no rio
Itapocu, em Barra Velha, acredito que a atual Florianópolis, a área do
Massiambu e talvez até Laguna tenha sido atendida pelo Peabiru.
Embora haja indícios de que se fazia o trecho Florianópolis-Itapocu por mar, não
se pode descartar a presença de uma via terrestre (Peabiru) por ali. A
antropóloga e mestre em arqueologia Deise Montardo, da Univeridade Federal de
Santa Catarina (UFSC), considera possível a ocorrência de uma trilha indígena
entre Florianópolis e o Itapocu. E o geógrafo Augusto Zeferino, também da
UFSC, fala claramente dos peabirus existentes na capital em sua obra Caminhos e
trilhas de Florianópolis.
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AND: O PEABIRU ERA UMA SIMPLES TRILHA ABERTA NA MATA OU
POSSUÍA CALÇAMENTO?
RB: Tudo indica que dependendo do terreno — selva, pântano, zonas pedregosas,
etc. — o Caminho tinha características diferentes. O padre Lozano o descreveu de
forma interessante: oito palmos de largura e forrado com uma grama miúda.
Moysés Bertoni, grande estudioso da cultura guarani, disse que esses índios
semeavam suas trilhas com gramináceas de sementes glutinosas que grudavam
nos pés e pernas dos viajantes. Assim, ao caminhar, ia-se multiplicando o plantio.
Há relatos de que certos trechos eram pavimentados com pedras, do mesmo modo
que as vias incaicas. Donato menciona dois prováveis achados: um perto da
aldeia de Meruri (MT); o outro a 50 km do rio Miranda (MS).
RB: Os estudos não são conclusivos, há diversas teses. Citarei apenas três, que
considero as mais notáveis:
“Crêem que (a Terra Sem Mal) está situada na direção leste, onde nasce o sol, e
as migrações dos povos guaranis os levavam à sua busca naquele lado. Muitos
chegaram à costa atlântica...”, afirma o estudioso paraguaio Dionísio Gonzalez.
A motivação religiosa teria transformado o Peabiru em algo sagrado para os
guaranis.
(2) Caminho dos incas: A rede viária incaica no Peru, Equador, Argentina e
Bolívia, com 16 mil quilômetros, era impressionante. Victor von Hagen, da
Sociedade Geográfica dos EUA, que fez um levantamento completo daquele
sistema estradal nos anos 50, chegou a compará-lo com a dos romanos: “(...)
Conquanto não se possa negar a Roma seu lugar ao sol da civilização, os incas,
que viviam num horizonte cultural neolítico, presos a instrumentos de pedra,
conceberam um sistema de comunicação que se situa num ponto elevadíssimo em
confronto com o romano”.
Galdino acredita que as viagens dos batedores incas ocorreram em época recente,
pouco antes da vinda dos europeus, e eram realmente uma tentativa daquele
império de colocar um pé no Atlântico. “Só que aqui a imensa confederação Carió
(Guarani), no sul, e Tupinambá, de Cananéia para cima, botaram-nos para
correr” — afirma ele, bem-humorado. Mesmo sem relações duradouras, as idas e
vindas de guaranis e incas pelo Peabiru deixaram vestígios de uma certa
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influência cultural. Tenho pesquisado algumas coisas. Por exemplo:
Nas armas: a macaná guarani (clava, borduna) é muito parecida com a maqana
dos incas. Na denominação de fauna, flora: sara (espiga, em guarani; milho em
quíchua); cui (animal roedor, nos dois idiomas); jaguar, jaguara (felino, nos dois
idiomas); mandioca (guarani) e ioca ou iuca (quíchua), suri (ema, nos dois
idiomas).
(3) Caminho de São Tomé: Segundo essa versão, o caminho teria sido aberto por
São Tomé, apóstolo de Cristo. A passagem de Tomé pela América foi bastante
mencionada a partir do século XVI. Entre os depoimentos estão os dos padres
Montoya, Lozano, Manoel da Nóbrega e da Newe Zeitung Ausz Persill landt
(Nova Gazeta da Terra do Brasil, 1508).
Donato frisa que o fascínio por Tomé-Sumé-Viracocha fez com que Villa-Lobos
compusesse a sinfonia Sumé-Pater Patrium. Para Donato, é possível que esse
homem branco, identificado como o apóstolo Tomé, na verdade fossem várias
pessoas e pertencessem ao grupo do monge Brandão, que saiu da Islândia no
século XII e retornou para lá narrando sua passagem por um distante paraíso
terrestre, talvez a América.
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Araquari Itapoá
Balneário Barra do Sul Joinville
Barra-Velha São Francisco do Sul
Garuva São João do Itaperiú
Tabela 79: Calendário de Eventos - ARAQUARI
Data: Título da Festa
13 a 16 Festa em Honra a São Sebastião/Local: Corveta / Fone:
Móvel/Jan Festa da Sagrada Família /Local:Barra do Itapocú /Fone: (47)452-3014
Aniversário do Município/Local: em todo o municpio/ Fone:(47) 447-
01 à 05/04
1200
Móvel/Abr do Maracujá
16/04 Festa da Polenta/Local:Comunidade São Paulo/Fone:(47)447-1396
Maio/Móvel Romaria da Terra/ Local:Na sede do Município/Fone:(47) 447-1149
Festa de São Francisco de Assis/ Local:Comunidade São Francisco de
Maio/Móvel
Assis - Guamiranga/ Fone: (47) 9993-1259
Maio Espírito Santo
Junho São Luiz Gonzaga
Junho/Móvel Sagrado Coração de Jesus/ Local:Distrito de Itapocú/ Fone:(47)452-0043
Junho Nossa Senhora do Rosário
Festa Padroeiro São Paulo Apóstolo/ Local:Comunidade São Paulo /
3/Julho
Fone:(47)447-1396
Festa do Senhor Bom Jesus de Araquari/ Local:Na sede do Município/
Agosto/Móvel
Fone:(47)447-1149
Festa de Nossa Senhora das Dores/ Local:Comunidade Morro do Jacu/
Setembro/Móvel
Fone:(47) 492-2780
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Setembro Nossa Senhora das Graças
Festa de São Miguel/ Local:Comunidade de São Miguel de Guamirnga/
Setembro
Fone:(47)492-2725
8 a 16/Outubro Festa de Nossa Senhora Aparecida/ Local:Ponto Alto/ Fone:(47)447-1511
Outubro/Móvel Festa do Rosário/ Local: Na sede do Município/ Fone:(47) 447-1149
V Encontro Musical de Gerações/Local:Centro do Município de
Novembro/Móvel
Araquari/
Dezembro Sagrada Família
Dezembro Nosa Senhora do Rosário Catumbi
Toda a região da Costa do Encanto é marcada pela diversidade cultural. A dança, o folclore, a
música, o sotaque, o artesanato, as festas tradicionais, as lendas, enfim, todos estes importantes
componentes são peças fundamentais na construção da identidade cultural de um povo.
Para os visitantes, as características locais terão forte influência e marcarão esta passagem,
juntamente com os atrativos naturais.
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Um passeio pelas festas e tradições
Festival de Dança
Joinville/SC
Em qualquer época do ano é possível conhecer as tradições locais, representadas pelas várias festas
e eventos regionais. Um dos grandes destaques é, sem dúvida, o Festival de Dança de Joinville,
realizado em julho, e considerado, atualmente, o maior evento do gênero no mundo
(Guinness/2005). O Festival reúne mais de quatro mil bailarinos, promove diversos eventos
paralelos e movimenta toda a cidade durante 11 dias. Ainda em julho acontece o Joinville Jazz
Festival e no mês anterior, em junho, é realizado o Festival Gastronômico Arte e Sabor, que
apresenta um banquete de cultura, aromas e saboras.
Em outubro é a vez da cidade entrar no circuito das festas de Santa Catarina com a realização da
Festa das Tradições de Joinville e em novembro, apresentar um bonito cenário de cores e perfumes
com a tradicional Festa das Flores.
Para quem gosta de uma boa pescaria, uma dica é curtir a Garupesc, uma gincana embarcada
para pesca ao robalo que acontece em maio, na Baía do Palmital, o nosso “Pantanal”, em Garuva. A
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cidade oferece ainda a tradicional Festa de São João Batista, em junho, e a Festa do Colono, em
julho, uma homenagem à população rural. Bem pertinho dali, em Itapoá, o destaque fica por conta
da Festa do Pescador, em junho, e do Projeto de Verão que engloba atividades esportivas, culturais
e recreativas para o grande público que lota o balneário na temporada.
O verão também é um dos destaques de São Francisco do Sul, mas a diversidade do município
vai além dos agitos da estação. São famosos os grupos folclóricos que representam as diversas
etnias formadoras da cultura local e que resgatam tradições com a do Boi-de-Mamão, da Dança do
Vilão, do Pão-por-Deus, das Pastorinhas e da Dança do Pau-de-Fita. Estas manifestações ganham
espaço privilegiado na Festilha – Festa das Tradições da Ilha, realizada em abril e que reúne alguns
dos costumes deixados pelos portugueses. O Carnaval é outra marca registrada da cidade e um dos
mais tradicionais de toda a região Norte de Santa Catarina.
Festa do Maracujá
Araquari/SC
Passando por Araquari, o turista tem a chance de renovar sua fé com a Festa do Santuário
Senhor Bom Jesus de Araquari, realizada em julho e que culmina no dia seis de agosto (Dia do
Padroeiro). Mas o grande destaque da cidade é mesmo a Festa do Maracujá, realizada no mês de
abril, junto aos festejos de aniversário da cidade, capital da fruta. Em dezembro devoção religiosa e
tradição cultural afro-descendente marcam a festa do Catumbi, na comunidade de Itapocu, de
Araquari.
Em Balneário Barra do Sul é a Festa da Tainha que movimenta o município, em junho.
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Surfest
Balneário Barra do Sul/SC
No verão, o balneário também é palco do Surfest, campeonato de surf que reúne atletas de
vários estados brasileiros.
Em São João do Itaperiú acontece a Festa de São João Batista, em junho, uma importante
manifestação da comunidade rural. No município ao lado, o balneário de Barra Velha promove,
entre os meses de maio e junho, a Festa do Divino Espírito Santo, evento de tradição açoriana que
concentra grande número de apreciadores. Mas Barra Velha também reúne os visitante em volta da
mesa para conhecer um dos pratos típicos da região durante a Fenapir – Festa Nacional do Pirão,
realizada em setembro.
Quando de fala em pratos típicos, nada melhor que experimentar novos sabores.
A costa litorânea oferece pescados e frutos do mar, bem aproveitada na elaboração de pratos
típicos. Em Balneário Barra do Sul, o destaque é a Tainha, O camarão é outra maravilha bastante
apreciada.
Em São Francisco o cultivo de mariscos vem fortalecendo o desenvolvimento de pratos à base
do mexilhão. A cambira (tainha defumada) recheada e servida com pirão d´água com lingüiça é
outra delícia tradicional. Tem ainda a Vila da Glória, um centro gastronômico de frente para a
Babitonga.
Em Barra Velha, o delicioso pirão é prato que já ganhou uma festa em data especial. E na região
Norte da Costa do Encanto não se pode deixar de provar as trutas de Garuva em suas diversas
receitas, como a famosa truta com amêndoas, prato típico local.
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Como não poderia deixar de ser, no rico cenário rural que faz parte da Costa do Encanto, os
produtos coloniais são de dar água na boca . Queijos, cucas, geléias, licores, conservas, doces
caseiros, marreco defumado e todas as outras delícias do campo são um forte convite para uma
visita a Garuva e São João do Itaperiú, que tem ainda a fabricação de derivados de farinha de
mandioca (biju, cuscuz, tapioca e rosca) como atrativo.
Joinville não fica de fora e oferece quitutes caseiros da Estrada Bonita, região voltada ao
turismo rural, além de um gostoso café colonial com suas tortas de requeijão e apfelstrudel (torta de
maçã). A cidade é marcada pela combinação de receitas trazidas pelos imigrantes de várias
nacionalidades. Conta comdiversas opções de restaurantes de comidas típicas alemãs, como o
marreco recheado e o Eisbein (joelho de porco), italianas (massas) orientais, além dos rodízios de
carnes e frutos do mar.
Eisbein
INGREDIENTES:
1 joelho de porco
1 colher de chá de sal
1 colher de sopa de colorau
1 folha de louro
1/4 de colher de chá de pimenta-do-reino
2 colheres de sopa de salsinha picada
1 colher de sopa de cebolinha verde picada
1 cebola média cortada em 4
2 dentes de alho cortado em 2 pedaços
MODO DE PREPARO:
Coloque todos os ingredientes numa panela e cubra com água. Tampe a panela e leve ao fogo forte
até ferver. Abaixe o fogo e cozinhe até que a carne esteja macia. A carne deve ser mantida no caldo
até a hora de servir, quando deve ser requentado. Sirva com chucrute e batatas pequenas cozidas
com casca.
Marreco Recheado
INGREDIENTES:
1 marreco limpo com os miúdos
Sal
Limão
Pimenta-do-reino a gosto
3 pãezinhos franceses
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1/3 de xícara de chá de água
1 colher de sopa de salsinha picada
1 colher de sopa de cebolinha picada
1/3 de xícara de chá de banha
MODO DE PREPARO:
Tempere o marreco com sal, limão e pimenta-do-reino a gosto. Moa os miúdos do marreco
juntamente com os pãezinhos amolecidos na água. Tempere com sal, salsinha e cebola. Misture
bem e recheie o marreco. Cubra-o com a banha e leve para assar em forno moderado preaquecido
(180º) por umas 2 horas.
Dica :
Sirva acompanhado com repolho roxo e purê de maçã
Marisco ao Vinagrete
INGREDIENTES:
400g de Marisco Pioneira;
02 tomates picados;
01 pimentão verde picado;
01 cebola média picada;
03 dentes de alho picados;
Suco de 01 limão;
Azeite de oliva;
01 colher (chá) de orégano;
Sal;
Cebolinha picada;
Salsinha picada.
MODO DE PREPARO:
Tempere os Mariscos Pioneira já cozidos com sal e limão. Misture bem com os outros ingredientes.
Sirva como entrada ou com acompanhamento de sua preferência.
Tainha Recheada
INGREDIENTES:
1 tainha inteira, aberta pelo dorso (é só pedir na peixaria)
1 limão
1/2 kg de camarão sete-barbas limpo
1/2 pimentão vermelho cortado em pedacinhos
1 cebola picadinha
2 colheres (sopa) bem cheias de manteiga
1 xícara (chá) de farinha de mandioca branca fina
2 ovos cozidos
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50 g de azeitonas pretas sem caroço
sal a gosto
agulha e linha para costurar a tainha
MODO DE PREPARO:
Esfregue toda a tainha com limão, passe sal e reserve. Coloque o camarão só com um pouco de sal
em uma panela de pressão, tampe quando começar a apitar, abaixe o fogo e conte 10 minutos. Em
uma panela, derreta a manteiga, coloque o camarão, o pimentão e a cebola. Deixe refogarem fogo
baixo. Quando estiver bem refogado, corrija o sal e coloque a farinha de mandioca. Deixe dourar a
farinha a ponto de obter uma farofa bem molhada. Apague o fogo e misture os ovos cozidos
amassados e as azeitonas picadas. Encha toda a tainha e reserve a farofa que sobrar. Costure o dorso
da tainha de modo que a farofa não transborde para fora. Embrulhe a tainha em papel alumínio e
ponha em uma assadeira. Coloque no forno alto pré aquecido, por 30 minutos com o papel
alumínio. Retire o papel alumínio, reduza para forno médio, e deixe na assadeira por mais 20
minutos ou até ver que a tainha está dourada. Corte a tainha em fatias de 2 a 3 cm da cabeça até a
calda e espalhe o restante da farofa ao redor. Sirva quente.
Você sabia? Já ouviu falar? Pois é, por aqui também tem muita história para contar. E
histórias das mais variadas, desde as que já mereceram registros pelos antepassados, até aquelas
que correm de boca-em-boca, de geração em geração, mas que nem por isso têm menos
importância. Elas são coadjuvantes da cultura local e atraem pessoas que se identificam com o
tema.
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Praia das Pedras Brancas e Negras
A praia das Pedras Brancas e Negras, em Barra Velha, também é muito visitada por se acreditar
que as pedras de coloração antagônica guardam algo místico. Nos finais de tarde é comum ver
pessoas caminhando descalças pelas pedras, numa espécie de rito de energização positiva. Mas
Barra Velha guarda outros lugares que merecem visitação pelas histórias que os rodeiam.
É o caso do Costão dos Náufragos, onde uma cruz fincada sobre a praça marca um naufrágio,
envolvendo alguns combatentes da Guerra do Paraguai, que teria acontecido no local em 1865.
Conta-se que os náufragos se salvaram graças à fogueira montada na areia da praia e, em
agradecimento, construíram a Igreja de Pedra para o povoado.
A Escultura da Sereia é outro monumento encravado nas pedras do costão e que, segundo a
lenda, representa a filha de Iemanjá, Janaína, que recebe flores e oferendas depositadas por
devotos que vão fazer seus.
Lenda e devoção também se misturam em São Francisco do Sul. O credo popular atribui
intervenções milagrosas a Nossa Senhora da Graça, cuja imagem chegou à cidade em 1.553. Sua
permanência na vila, aliás, está associada ao cumprimento de uma promessa feita pela tripulação
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e passageiros do La Concepcion durante ameaçadora tempestade. Os ardorosos devotos contam
ainda que nos idos do Brasil Colônia um temível pirata teve sua fragata à deriva, no oceano, por
intervenção de Nossa Senhora. A Igreja Matriz guarda segredos que povoam o imaginário local,
como a existência de um misterioso túnel, onde estariam enterrados os fidalgos e as autoridades
da igreja, e que estaria ligado a cavernas naturais, e destas para um monastério e um convento.
Ainda em São Francisco, mas já na localidade da Vila da Glória, abundas lendas e histórias
especialmente em torno da ocupação francesa no Falanstério do Saí.
Araquari é outra cidade que reserva muita religiosidade e misticismo. A Igreja Matriz do
Senhor Bom Jesus de Araquari é famosa pela "sala dos milagres" em seu interior, recebendo
milhares de romeiros e turistas, principalmente no período da festa ao Santo Padroeiro. Na
comunidade do Itapocu a igreja de Nossa Senhora do Rosário é testemunho de um tempo em que
brancos e negros não eram impedidos de freqüentar a mesma igreja. As tradições africanas, aliás,
ainda são mantidas com a presença do catumbi.
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tem influência alemã, com impressionante estrutura de madeira, e está implantada à beira da Baía
da Babitonga.
Pelo acervo atual, pelo trabalho que vem sendo desenvolvido e pelo seu potencial, o Museu
do Mar já é o mais importante da América Latina e será o de maior variedade do mundo.
Orgulho de Santa Catarina e do Brasil, um lugar para visitantes de todas as idades.
Convite do Governo do Estado e da Associação dos Amigos do Museu Nacional do Mar -
Embarcações Brasileiras.
Coleção de modelos
Destacam-se as coleções de embarcações do Maranhão e traineiras da região Sul e Sudeste. São
modelos de construção artesanal que retratam as características das embarcações reais. O museu
também tem oficina de modelismo.
Trapiche
O museu conta com um trapiche para atracação de Barcos de Recreio dotados de ponto de água e
luz. Inúmeros barcos visitam o Museu notadamente durante o verão.
Jangadas
Embarcações de pesca da região Nordeste. São apresentadas as jangadas de Piúba e de Tábuas.
Pesca da baleia
Diorama que produz cena do momento que os pescadores arpoam uma baleia.
Estaleiro
O Museu desenvolve pesquisa e procura restaurar suas embarcações dentro das características
artesanais da carpintaria. As embarcações recebem tratamento especial que visam a manutenção de
suas linhas originais de construção.
Biblioteca
Livros sobre construções de embarcações, aventuras marítimas, personagens famosos, tipos de
embarcações.
263
8.9.17. Notícias II
264
Uma das metas do projeto é a busca da integração entre o poder
público e a iniciativa privada. De acordo com o presidente do Convention, Ely Diniz, uma das
medidas principais é a realização de um plano de marketing conjunto de divulgação dos atrativos
turísticos da região. "Uma cidade isolada nunca vai conseguir ser um destino turístico forte, mas
com a união dos oito municípios isso se tornará uma realidade", destacou.
As ações também incluem a qualificação da mão-de-obra e o envolvimento da comunidade para
o bom atendimento ao turista. Para o vice-prefeito de São Francisco do Sul, Valmor Berreta Júnior,
a iniciativa será fundamental para o desenvolvimento das cidades. A Santur, segundo o presidente
da entidade, Jorge Nicolau Meira, também é parceiro do empreendimento. "É uma iniciativa de
visão e de futuro", afirmou.
O presidente da SDR/Joinville, José Manoel Mendonça-que representou o governador Luiz
Henrique da Silveira-, destacou a importância da participação de todos os envolvidos para alavancar
o projeto. "Temos que pegar juntos e puxar a corda para o mesmo lado", disse.
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8.9.18. Potenciais Turísticos da Mesorregião de Joinville
. Dunas
266
. Lagoas e Rios
Araquari
. Paisagens
Joinville
267
. Praias
Barra do Sul
Barra Velha
Itapoá
. Festas e Eventos
268
Araquari
. Igrejas
Araquari
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8.10. Diagnóstico
AMBIENTE INTERNO
POTENCIALIDADES PROBLEMAS
. Centreventos Cau Hansen . Identidade cultural enfraquecida
. Escola do Teatro Bolshoi . Atuações individualistas, isoladas, e sem integração
dos agentes culturais
. Cidadela Cultural Antarctica . . Descontinuidade na gestão da cultura
. Museu do Mar . Ausência de massa crítica
. Museu de Sambaqui e sítios arqueológicos . Carência de fontes referenciais nas diversas áreas
. Museu Nacional da imigração e Colonização . Universidades enfatizam a formação mais de mão-de-
obra que a geração de conhecimento
. Centro Histórico de São Francisco do Sul, Araquari e Joinville . Ausência de circuitos para circulação de eventos e
produtos culturais
. Multiplicidade étnica . Insuficiência de espaços para atividades culturais
. Festivais de Dança e de Jazz . Conservação precária de equipamentos e acervos
culturais
. Carnaval de São Francisco do Sul . Evasão de talentos
. Programas de cidades irmãs de Joinville e São Francisco do Sul . Corporativismo e ausência de senso crítico
. Acervo Luiz Henrique Schwanke . Oportunidades insuficientes para o desenvolvimento de
talentos
. Produção cultural intensa com destaque para artes plásticas, . Carência de equipamentos e instalações em diversas
literatura e dança modalidades
. Associações culturais comunitárias . Escassez de recursos públicos
. Sociedades culturais de tradição européia . Falta de integração entre promotores e praticantes do
setor
. Manifestações culturais populares (terno de reis, boi-de-mamão, . Amadorismo dos empreendedores
dança do vilão, catumbi, pau-de-fita etc.)
. Tradição, saberes e ofícios ligados à pesca e navegação . Desarticulação setorial
. Programa Monumenta de São Francisco do Sul . Sazonalidade
. Conselhos municipais de patrimônio e cultura . Atrativos concentrados em sol e praia
. Lei e Edital de incentivo à cultura . Vias de acesso com congestionamento sazonais
. Importante patrimônio imaterial . Infra-estrutura de acesso insuficientes
. Trajetória histórica rica . Deficiência do sistema de informações turísticas
. Patrimônio paisagístico natural . Ausência de um, conceito regional suficientemente
forte
. Comitê temático setorial, articulado e atuante, integrado por todos . Gestão inadequada
os municípios
. Arena Joinville
. Mini Centreventos
. Ambientes propícios para esportes aquáticos
. Programa de iniciação esportiva (Jovem Cidadão)
. Centro Preparatório de Ginástica Rítmica
. Cursos superior em educação física, fisioterapia, terapia
ocupacional
. Oferta de espaços para práticas esportivas
. Aeroclube
. Clubes esportivos: Golfe, Tênis, aeroclube, iate clube
. Sociedades de tiro ao alvo
. Sociedades de bolão
. centro de ensino e prática de artes marciais
. Centro de atletismo
. Práxis de patrocínio empresarial ao esporte
. Programa Costa do Encanto
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. Instalação do Terminal Turístico Naval
. Multiplicidade de atrativos naturais, culturais, gastronômico e
sociais
. Acessibilidade por rodovias, aeroportos, portos e ferrovias
. Descentralização gerando a integração através do comitê temático
. Convention & Visitors Bureau regionalizado
. Hidrovia Costa do Encanto
. Centro turístico de eventos e negócios
. Equipamentos para realização de eventos do turismo de negócios
(Megacentro, Cau Hansen)
. Estrutura hoteleira de padrão internacional
. Artesanato
. Diversidade étnica
. Elevado grau de preservação ambiental
AMBIENTE EXTERNO
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
. Proximidade com centros culturais pujantes (Curitiba, São Paulo, . LDB não enfatiza a arte e a cultura
Buenos Aires)
. Descentralização administrativa com regionalização do poder de . Baixa adesão do empresariado às leis de incentivo
decisão gerando massa crítica local
. Novas mídias . Custos elevados de produção de eventos e produtos
culturais
. Leis e programas de incentivo . Uniformização de um padrão cultural imposto pela
massa média
. Locações cinematográficas . Migração (gaúchos)
. Programas Monumenta ( e outros) do patrimônio material e . Enfraquecimento das culturas regionais/locais
imaterial
. Interesse externo no artesanato e arte do Brasil . Evasão de atletas
. Jogos Abertos Catarinenses . Amadorismo da gestão
. Cobertura midiática . Dificuldades de obter recursos federais
. Fundesporte . Atletas de renome internacional nas áreas de tênis,
surf, jet ski
. Descentralização que promove integração dos agentes através do . Excesso de chuvas
comitê temático setorial e a descentralização de recursos.
. Prodetur-Sul . Rigor da legislação ambiental
. Integração com o litoral do Paraná formando um único destino . Consolidação da imagem de um país inseguro
turístico
. Aumento do fluxo de cruzeiros pela costa brasileira . Ausência de política de financiamento e capacitação
do setor
. Internacionalização do aeroporto . Recrudescimento do terrorismo internacional
. Proximidade de mercados emissores nacionais e internacionais . Diminuição da oferta de vôos e opção de transporte
rodoviário
. Valorização internacional do artesanato . Instabilidade econômica no Mercosul
. Novas mídias
. Aumento da população em terceira idade
. Ampliação do tempo ocioso e a valorização das atividades de lazer
Quadro 18: Diagnóstico do Comitê de Turismo, Cultura e Esporte
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