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História
“Seres, Sóis e Sinais”
Inscrição de Pouso Alto às margens do Paraíba
Inscrição da “Pedra-lavrada na província da Paraíba”,
em Jardim do Seridó, RN
Avaliação acadêmica
Outros proponentes
Ver também
Bibliografia Inscrição da Pedra Lavrada, Jardim
do Seridó (RN), por Soares Retumba
Referências
Ligações externas
História
As hipóteses mais antigas de que o continente americano poderia ter sido povoado por fenícios foram
propostas por Robertus Comtaeus Nortmannus em 1644[1] e por Georg Horn, historiador e geógrafo
alemão, em 1652[2].[3][4] Onffroy de Thoron[5] escreveu sobre viagens das frotas do rei Hirão de Tiro, da
Fenícia, e do rei Salomão, da Judeia, no rio Amazonas, nos anos de 993 a.C. a 960 a.C..[6] Em apoio a
essas ideias, Schwennhagen apresenta letreiros e inscrições como evidências, afirmando serem em maior
parte escritos com letras do alfabeto fenício e da escrita demótica do Egito, observando encontrarem-se
também inscrições com letras da escrita sumérica, antiga escrita babilônica, e letras gregas e mesmo
latinas.[7] A obra de Silva Ramos também apresenta letreiros e inscrições do Brasil e da América, que são
comparados com inscrições semelhantes dos países do velho mundo, observando-se homogeneidade na
escrita. Schwennhagen cita Diodoro Sículo, História Universal, Livro 5, Capítulos 19 e 20[8] como
esc ta. Sc we age c ta D odo o S cu o, stó a U ve sa , v o 5, Cap tu os 9 e 0 co o
exemplo de relato da primeira viagem de uma frota de fenícios a ter atravessado o Atlântico e chegado às
Segundo Johnni Langer, em sua tese de doutorado: “Os debates e a polêmica em torno dessa inscrição
persistem até hoje, a exemplo da pedra de Kensington (EUA, descoberta ao final do séc. XIX). Desde
1872, a maioria dos estudos epigráficos apontam a inscrição da Paraíba como fraudolenta: S. Euting (1873-
74), M. Schlottmann (1874), J. Friedrich (1968), F. M. Cross Jrs. (1968), O. Eissfeldt (1970), Hartmut
Schmokel (1970). Quatro epigrafistas defenderam sua autenticidade: Cyrus Gordon (1967), L. Deleat
(1969), Lienhard Oelekat (1968), Alb van den Branden (1968). As duas maiores autoridades em
feniciologia do Oitocentos Ernest Renan e J Bargés ao que sabemos omitiram se de qualquer opinião
feniciologia do Oitocentos, Ernest Renan e J. Bargés, ao que sabemos, omitiram-se de qualquer opinião.
Outro estudioso, Jacob Prag (1874), discordou da análise de S. Euting, mas também não elaborou maiores
comentários.” Langer escreve que “O realizador do documento conhecia muito bem os membros do
Instituto, pois endereçou a carta para seu presidente, o Marquês de Sapucaí.”[15]
Avaliação acadêmica
Marshall B. McKusick [18] revisou e refutou várias teorias acerca de fenícios e cananeus no Novo Mundo;
ele observou que “na atualidade, todos desejam ser sua própria autoridade, e a busca pessoal por
alternativas culturais parece fazer toda a teoria ou ideia igual em valor.”[19] Glenn Markoe disse que
“provavelmente nunca se saberá” se fenícios realmente chegaram às Américas. Ele observa:
Ronald H. Fritze discute a história dessas teorias do século XVII ao XX concluindo que, ainda que
tecnicamente possíveis,
O autor Diógenes Silva nega completamente a existência de fenícios na sua tese, apresentada e defendida
oralmente pelo autor perante 5 doutores membros do Tribunal de tese, em Madrid, Espanha, na
Universidade Complutense de Madrid, em 15 de janeiro de 2016, tendo como diretor Carlos González
Wagner. Recebeu qualificação máxima, por unanimidade, “cum laude”, e recomendado para publicação na
Europa. O texto foi aprovado previamente pelo Departamento de História da Universidade de São Paulo
(USP) e revalidado oficialmente no Brasil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2018.
O seu texto, de 418 páginas, contendo figuras, mapas, fotos e transcrições, analisa as razões da origem e da
permanência da falsa teoria de supostos navegantes fenícios do Brasil, desde o século XV até o presente.
Explicando os verdadeiros interesses econômicos e políticos que falsa suposição foi capaz de encobrir e
perpetuar entre os intelectuais brasileiros, americanos e europeus, desde Cristóvão Colombo até a Internet,
envolvendo a Igreja católica, a disputa luso-espanhola pelo controle das colônias, as missões dos viajantes
naturalistas, as demarcações das fronteiras sul-americanas, a independência do Brasil, o reinado de Pedro II
e a escravidão, a propaganda durante a Revolução de 1930, o carnaval brasileiro, suas canções e filmes
populares, além das publicações em jornais e revistas mundiais, de fraudulentas descobertas, falsas
inscrições rupestres e cidades abandonadas imaginárias banhadas a ouro. A tese argumenta que os fenícios
jamais pisaram na América.[22]
Outros proponentes
Outros proponentes da teoria ou variações são:[23][24]
Ver também
Contatos transoceânicos pré-colombianos
Navegação na Antiguidade
Ilha Brasil
Lenda das Sete Cidades
Parque Nacional de Sete Cidades
Pedra da Gávea
Pedra do Ingá
Manuscrito 512
Viagem ao Inferno Mitológico
Atlântida (cidade antiga)
Teoria de Clóvis
História pré-cabralina do Brasil
Bibliografia
Spencer, Walner Barros. O patrimônio cultural desconsiderado: o Lajeado de Soledade. Em:
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Referências
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Ligações externas
Barros, Eneas, A tese de Ludwig Schwennhagen. (http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?I
D=339) Piaui.com.br - acessado em 11 de outubro de 2011
(em inglês) Khalaf, Salim George. Phoenicia, Phoenicians in Brazil. (http://phoenicia.org/bra
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Guilherme Dias da Silva - tese de doutorado (UFRGS 2015) A recepção da Antiguidade
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