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OPORTUNIDADES
PA R A A EVO LU ÇÃO D O AC E S S O PÚ B L I CO À S AÚ D E N O B R A S I L
BRASIL • 2020
IDEALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
AGRADECEMOS • Líderes Médicos das áreas de
aos experts que participaram Doenças Raras, Oncologia e
da construção das propostas Reumatologia
aqui apresentadas:
• Associações de Pacientes das
áreas de de Doenças Raras,
Oncologia e Reumatologia
PP-CPF-BRA-0002
PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES
para a evolução do Acesso
Público à Saúde no Brasil
3
CONTEXTUALIZAÇÃO
O desenvolvimento de moléculas inovadoras, que transformaram
a forma de tratar doenças de grande impacto para a sociedade,
faz parte da trajetória de
Em linha com este propósito, ao longo dos últimos 12 meses, a Pfizer promo-
veu debates e reflexões junto a diversos experts para identificar e mapear as
possíveis barreiras no processo de avaliação de tecnologias em saúde (ATS),
incorporação e acesso a novas tecnologias no SUS. Neste documento, estão
apresentados os principais resultados de tais discussões, realizadas com pro-
fissionais e especialistas da área de saúde pública, bem como representantes
de associações de pacientes.
DE TODO O DEBATE ,
PÔDE-SE CONCLUIR Estabelecer um processo integrado de
QUATRO GRANDES ÁREAS ATS, com um olhar diferenciado para a
CO M P OT E N C I A L PA R A oncologia e as doenças raras
APRIMORAMENTOS,
DEMONSTRADAS EM
Criar um Programa oficial e específico
QUATRO PROPOSTAS: para doenças raras
CENÁRIO DA SAÚDE
NO BRASIL
O Brasil vem vivenciando importantes e profundas mudanças no seu perfil
demográfico, nutricional, econômico e epidemiológico, mudanças essas que
têm colaborado para a discussão do processo de prevenção, saúde e trata-
mento no país. Essas mudanças têm propiciado uma transição epidemiológi-
ca local a partir de uma evolução progressiva de um perfil de alta mortalidade
causada por doenças infecciosas, para um outro cenário, onde predominam
os óbitos por doenças
45,7%
AS DOENÇAS reduzindo
INFECCIOSAS E para apenas
PA R A S I TÁ R I A S
eram
responsáveis por
DE TODAS AS
MORTES
%(2)
EM 2011 EM 2017
70% 56,9%
A MORTALIDADE
POR DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO
TRANSMISSÍVEIS DAS MORTES DAS MORTES
corresponderam a TOTAIS (3) PREMATURAS (4)
Foram inseridas
AÇÕ E S PA R A A M E L H O R I A
DE DETERMINADOS
CÂNCER Doença dos aparelhos DIABETES (3)
INDICADORES
CIRCULATÓRIO e
responsáveis pelos elevados
RESPIRATÓRIOS
índices de morbimortalidade por
Esses resultados estão em linha com a projeção realizada por um estudo con-
duzido pela Fundação Oswaldo Cruz, em que projeta, para 2033, uma redução
anual de 2% na taxa de mortalidade das DCNT, justamente pela implementa-
ção de políticas públicas. No entanto, esse cenário de redução não é esperado
para as neoplasias; muito pelo contrário, quando comparado com as taxas de
1980, teremos, aproximadamente, o dobro de mortalidade por todos os tipos
de câncer (de 10,5% em 1980 para 19,8% em 2033) (9). Certamente, essa situ-
ação acarretará aumento na demanda por serviços e tecnologias com maior
densidade tecnológica.
Além disso, por meio de agendas específicas, o Congresso Nacional tem discu-
tido formas de agilizar a implementação desta Política e garantir, aos usuários,
as formas adequadas de diagnóstico, tratamento e todo o cuidado integrado.
Projetos de Lei específicos, portanto, estão em análise e em discussão na Câ-
mara e Senado Federal. Contudo, apesar das iniciativas e avanços, ainda não
há no SUS um Programa específico para todo o planejamento no campo das
doenças raras.
ESTABELECER UM PROCESSO
INTEGRADO DE ATS, COM CRITÉRIOS
DIFERENCIADOS PARA DOENÇAS
RARAS E ONCOLOGIA
INTRODUÇÃO
ORIGENS
DA CONITEC
Desde a década de 80, no Brasil, instituições acadêmicas iniciaram discussões
sobre ATS. Em 2005 o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ci-
ência e Tecnologia (DECIT) da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e
Insumos Estratégicos (SCTIE), organizou-se para impulsionar a discussão de
ATS no âmbito do SUS (16). O processo de construção da Política Nacional de
Gestão de Tecnologias em Saúde (PNGTS) começou em 2007 e concretizou-se
em 2009 com a publicação da portaria 2.690 (18). Outro marco da estratégia
de desenvolvimento da capacidade de conduzir estudos de ATS no Brasil foi a
criação da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS)
em 2007, que integra pesquisadores, profissionais de saúde e gestores para
definir critérios de priorização e diretrizes metodológicas em ATS (19). Mas foi
apenas em 2011, por meio de Lei e Decreto Presidencial (17,20) que o SUS avan-
çou no uso da ATS como instrumento de incorporação de tecnologias no Bra-
sil, em instância ou comissão específica para tal atividade.
A Lei Federal nº 12.401, de 28 de abril de 2011 (17) alterou a Lei Orgânica da Saú-
de (Lei 8080/1990) ao dispor regras e conceitos no campo da assistência tera-
pêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do SUS.
EM SEU ARTIGO19-Q,
Instituiu a criação da
como órgão assessor do Ministério
COMISSÃO NACIONAL da Saúde na incorporação, exclusão
DE INCORPORAÇÃO DE
TECNOLOGIA NO SUS
ou alteração de tecnologias, além da
criação e alteração dos Protocolos Clínicos
(CONITEC) ou de Diretrizes Terapêuticas (PCDT)(17).
RESPONSABILIDADES DA CONITEC
E PROCESSO DE ATS
Como dito anteriormente, a partir de 2011, o SUS passou a ter uma instância formal
para discutir as incorporações de tecnologias em saúde, incluindo vacinas e medi-
camentos.
Para realizar as suas recomendações, a CONITEC utiliza a ATS como instrumento
norteador, caracterizado por ser um processo que reúne informações técnico-cien-
tíficas das tecnologias analisadas, além do uso de informações econômicas, sociais,
de gestão, entre outras (21). Em linhas gerais, a recomendação da CONITEC é exara-
da após a avaliação da relação entre a efetividade e os custos incrementais da tec-
nologia em análise, em relação à tecnologia ofertada pelo SUS, quando for o caso.
Todas as solicitações de incorporação de tecnologias no SUS (internas ou externas
ao SUS) devem ser submetidas à CONITEC por meio de formulários próprios, que
terá o prazo de 180 dias (prorrogáveis por mais 90 dias) para a tomada de decisão,
ou seja, para recomendar ao Ministério da Saúde a incorporação ou não daquela
tecnologia avaliada. Essa decisão é adotada após a análise das evidências disponí-
veis (de eficácia, acurácia, efetividade e a segurança da tecnologia), da análise dos
dados farmacoeconômicos em relação às tecnologias já disponíveis, quando for o
caso, e pela avaliação do impacto orçamentário para o SUS. A Lei ainda estabelece a
exigência do registro prévio do produto na ANVISA para que este possa ser avaliado
para a possível incorporação no SUS.
A CONITEC É FORMADA POR UM REPRESENTANTE DE
CADA SECRETARIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE , DO
DA CONITEC
No sentido de ampliar as informações sobre o perfil das avaliações e recomen-
dações, inclusive para corroborar com as recomendações aqui propostas, a
Pfizer realizou uma análise dos dados publicados pela CONITEC em seu site
eletrônico no período de janeiro de 2012 e agosto de 20201.
NESSE PERÍODO,
sendo
538 281
A CONITEC
realizou avaliação
completa e publicou TECNOLOGIAS RELACIONADOS A
recomendação para EM SAÚDE MEDICAMENTOS
68%
MINISTÉRIO DA SAÚDE,
de todas as
FO I O PR I N C I PA L
DEMANDANTE
demandas
COM CERCA DE submetidas
JÁ O SETOR
29%
FARMACÊUTICO,
de todas as
R E P R E S E N TA D O PE L A
solicitações
INDÚSTRIA , FOI O
R E S P O N S ÁVE L P O R
(27%). Do ponto de vista geral, esse volume de demanda no campo das do-
enças raras corrobora a importância do sistema público de saúde, visto que
o atendimento desses pacientes deve ocorrer, geralmente, em centros espe-
cializados, com estrutura técnica complexa e com a utilização, muitas vezes,
de medicamentos e outras tecnologias com maior custo agregado. Um dos
fatores que pode justificar essa demanda significativa é o processo periódico
de revisão e elaboração dos PCDT, como anteriormente comentado.
Apesar de ser uma área com menor demanda por avaliação do que, por exem-
plo, na área de doenças raras, no campo da oncologia, tem-se um cenário de
demanda e recomendação similar aos dados gerais. Ou seja, maior taxa de
incorporação das demandas oriundas setor público (75%), quando comparado
ao setor privado (28% de incorporação).
PERFIL DO
PRIMEIRO ACESSO
À TECNOLOGIA INCORPORADA
As instâncias do SUS
precisam pactuar as formas de acesso e financiamento
1
Dados coletados e sistematizados pela Pfizer a partir das informações oficiais publicadas pela CONITEC em seu portal eletrônico
(www.conitec.gov.br). Dada a necessidade de interpretação pelo observador, a análise dos dados originais podem gerar outros resultados.
PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES
12 para a evolução do Acesso
Público à Saúde no Brasil
Ocorre que, ao analisar os dados publicados pelo SUS para as tecnologias de-
mandadas à CONITEC entre janeiro de 2012 a agosto de 2020, o tempo para o
primeiro acesso após a incorporação propriamente dita é superior aos 180 dias
estabelecidos na legislação atual. Por exemplo, o primeiro acesso das tecnolo-
gias demandadas pelo SUS (demanda interna) e pela indústria farmacêutica
(demanda externa) ocorre, em média, 300 dias e 360 dias após a incorporação,
respectivamente.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
UTILIZAÇÃO Uma forma de ampliar o escopo das análises para a futura to-
DE ANÁLISE mada de decisão, é o emprego da metodologia de análise de
DE DECISÃO decisão multicritério (ADMC). Isso implica na integração simul-
M U LT I C R I T É R I O tânea de diversos critérios com importâncias distintas para
(ADMC) auxiliar na tomada de decisão, dentre as alternativas possíveis.
Para isso, sugere-se que o Ministério da Saúde adote esta me-
todologia e construa diretrizes para a sua implementação.
2
A Resolução nº 204, de 27 de dezembro de 2017 dispõe sobre o enquadramento na categoria prioritária,
de petições de registro, pós-registro e anuência prévia em pesquisa clínica de medicamentos.
PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES
18 para a evolução do Acesso
Público à Saúde no Brasil
ENTES E ÁREAS
ENVOLVIDAS
Para que seja possível desenvolver e estabelecer um processo integrado de
ATS, nos moldes acima descritos, as propostas aqui apresentadas devem ser
debatidas com as seguintes instâncias:
SECRETARIAS DO MS
Como fazem parte do plenário da CONITEC e são as responsáveis pela implemen-
tação, em nível federal, das tecnologias incorporadas, podem contribuir para o apri-
morando dos processos de incorporação e acesso das tecnologias. Essas áreas do
Ministério da Saúde, juntamente com determinados Departamentos estratégicos,
como o Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde e De-
partamento de Assistência Farmacêutica, podem implementar muitas das propo-
sições apresentadas, especialmente em assegurar maior transparência nos critérios
usados nas recomendações, instituir critérios específicos de ATS para doenças raras
e oncologia, garantir deliberação da CIT antes da decisão final de incorporação e
maior agilidade nos ajustes dos Programas e Políticas de Saúde.
CONASS E CONASEMS
Além de fazer parte do plenário da CONITEC, CONASS e CONASEMS poderão con-
tribuir com o aprimoramento dos processos de ATS e acesso, pois são instâncias que
representam os estados e municípios, respectivamente, entes federados muito im-
portantes na implementação e gestão das políticas do SUS.
ENTIDADES MÉDICAS
Assim como o Conselho Federal de Medicina, determinadas entidades sociedades
médicas podem contribuir no processo de discussão das incorporações de tecnolo-
gias no SUS.
A S S O C I AÇÃO D E PAC I E N T E S
Poderá atuar como representante direto da sociedade civil na Plenária onde aconte-
cem as discussões de incorporações de tecnologias no SUS e nas discussões prévias
sobre o tema.
PERCEPÇÃO DE
EXPERTS
Em linhas gerais, durante as discussões e entrevistas com especialistas do se-
tor público, foi possível captar uma percepção positiva da proposta de estabe-
lecer um processo integrado de ATS no SUS, uma vez que tem o potencial de
favorecer o acesso às tecnologias pelos pacientes. Os especialistas afirmaram
esperar que, com os ajustes nos processos atuais nos moldes como os que
aqui foram apresentados, os critérios de análise e decisões passem a ser mais
claros e transparentes resultando em incorporações de tecnologias inovado-
ras e menor tempo para o primeiro acesso da população.
Em relação a utilização de critérios específicos de ATS para doenças raras e
oncologia, os especialistas mostraram-se favoráveis a essa proposta, visto que
entendem que o processo deve se tornar mais ágil e mais tecnologias devem
ser incorporadas. A utilização de um modelo de priorização das análises, como
acontece no processo de registro sanitário pela ANVISA, (28) pode ser uma
estratégia para agilização dos prazos e maior taxa de incorporação no campo
das doenças raras, oncologia e terapias avançadas.
Pontuaram ainda que a maior participação de representação dos pacientes
ao longo do processo de discussão e decisão sobre as novas tecnologias têm
impacto positivo para o processo como um todo, uma vez que estes pacientes
agregam em relatos de suas experiências, levantando pontos que muitas ve-
zes não foram priorizados e avaliados no âmbito da ATS.
GANHOS DA PROPOSTA
A implementação de um processo integrado de ATS, incluindo critérios específicos e com
definição de prioridades para doenças raras e oncologia, poderá proporcionar os seguintes
ganhos para o SUS e sociedade como um todo:
AUMENTO DA
DIVULGAÇÃO DAS
e recomendações positivas na CONITEC ao setor médico,
DISCUSSÕES valorizando as tecnologias ofertadas pelo SUS
no processo de ATS com as entidades envolvidas, como
QUALIFICAÇÃO
DAS DISCUSSÕES universidades, centros de pesquisa, centros de pesquisa, agência
regulatórias, entre outros
PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES
20 para a evolução do Acesso
Público à Saúde no Brasil
ENTES E ÁREAS
ENVOLVIDAS
A possível criação de um Programa específico para doenças raras, demandará a
articulação com os seguintes entes/setores/instâncias:
GABINETE DO MINISTRO E SECRETARIAS DO MS
As instâncias máximas de gestão do Ministério da Saúde que podem implementar
as possíveis mudanças e exercer as atividades de gestão, após a implementação.
CONASS E CONASEMS
Como são as instâncias que representam os estados e municípios, respectivamente,
entes federados são importantes na discussão para motivar essas mudanças e, pos-
teriormente, executar parte das ações nesta área.
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
Poderá contribuir com a discussão sobre a necessidade da implementação da mu-
dança e contribuir com os debates para a implementação propriamente dita.
A S S O C I AÇÃO D E PAC I E N T E S
Atuarão como apoio, fiscalização e monitoramento das políticas públicas aos porta-
dores de doenças raras.
MEMBROS DO CONGRESSO NACIONAL
Especialmente senadores e deputados já atuantes na discussão sobre o tema, es-
pecialmente porque são os responsáveis pela elaboração dos arcabouços legais no
campo da Saúde Pública.
PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES
22 para a evolução do Acesso
Público à Saúde no Brasil
PERCEPÇÃO DE
EXPERTS
De forma geral, especialistas apresentaram percepção positiva em relação à
proposta de criar um programa oficial para doenças raras, uma vez que este
já é um tema em pauta nas discussões de saúde. Existem senadores e depu-
tados sensíveis à causa e que buscam discutir o tema, implementando assim
políticas públicas que apoiem as pessoas impactadas por essas doenças.
Foi pontuado que para o sucesso dessa proposta, deve-se considerar a parti-
cipação de associações de pacientes que atualmente já atuam na causa e co-
nhecem a jornada e os desafios enfrentados pelos pacientes. É imprescindível
também que o orçamento da atenção ao paciente portador de doença rara
seja bem definido para ser capaz de acomodar o programa, especialmente
quando discutido o desafio de considerar impactos na Atenção Básica.
GANHOS DA PROPOSTA
A implementação de um programa específico para a gestão das ações em saúde no campo das
doenças raras poderá proporcionar os seguintes ganhos para o SUS e sociedade como um todo:
INTEGRAÇÃO
DE DIVERSAS contribuindo para a melhoria da eficiência do SUS
POLÍTICAS
MELHORA NA
JORNADA DOS
em relação ao diagnóstico precoce e ao tratamento
PAC I E N T E S adequado da condição rara
PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES
para a evolução do Acesso
Público à Saúde no Brasil
23
PARA DIFERENTES
ACORDOS ALTERNATIVOS
INTRODUÇÃO
160.0
FIGURA 1
Evolução do
140.0 134.8
orçamento do
122.6 Ministério da
120.4 121.9
120.0 113.1 112.3 Saúde no período
106.0 de 2010 a 2020.
99.3 Fonte: Lei Orçamentária
100.0
91.8 Anual do período de 2010
a 2014 e informações do
7 7.1 portal da transparência
80.0 federal do período de
66.7 2015 a 2020
60.0
40.0
20.0
0.0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
ENTES E ÁREAS
ENVOLVIDAS
SECRETARIA DE CIÊNCIA , TECNOLOGIA , INOVAÇÃO
E INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE (SCTIE):
Como se trata da criação de uma diretriz para a implementação de acordos alter-
nativos, a SCTIE e seus Departamentos, especialmente DGTIS e DAF, devem ser os
responsáveis por coordenar tais discussões.
E S P E C I A L I S TA S E X T E R N O S E M A C O R D O S A LT E R N AT I V O S
Para o suporte na discussão, definição das normas práticas e monitoramento dos
acordos alternativos.
POSSIBILIDADE
DE AMPLIAÇÃO da incorporação de novas tecnologias
AMPLIAÇÃO
DO ACESSO pela população das tecnologias incorporadas
INTEGRAÇÃO
DE DIVERSAS contribuindo para a melhoria da eficiência do SUS
POLÍTICAS,
REDEFINIR O MODELO DE
FINANCIAMENTO
DA ONCOLOGIA
INTRODUÇÃO E ORIGENS DO MODELO ATUAL
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
ENTES E ÁREAS
ENVOLVIDAS
A redefinição de parte da PNPCC requer o diálogo e adesão das seguintes áreas:
GABINETE DO MINISTRO E SECRETARIAS DO MS
As instâncias máximas de gestão do Ministério da Saúde que deverão discutir e im-
plementar as possíveis mudanças e exercer as atividades de gestão, após a imple-
mentação. Destacam-se as Secretarias Executiva, de Atenção Especializada à Saúde
e de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos.
CONASS E CONASEMS
Como são as instâncias que representam os estados e municípios, respectivamente,
entes federados muito importantes na pactuação, implementação e gestão das po-
líticas do SUS, são entes importantes na discussão para motivar essas mudanças e,
posteriormente, executar parte das ações nesta área.
A S S O C I AÇÃO D E PAC I E N T E S
Atuarão como apoio, fiscalização e monitoramento da nova estrutura de financia-
mento da oncologia no SUS.
PERCEPÇÃO DE
EXPERTS
A redefinição do financiamento da oncologia no SUS foi bem percebida pelos
especialistas durante as discussões e entrevistas. Eles apontam que um mo-
delo que amplie a compra centralizada implicará na importante redução dos
preços dos medicamentos oncológicos adquiridos no SUS, posto que haverá
facilidade de negociação devido ao volume para atendimento da demanda
nacional.
Os especialistas mencionaram que a gestão centralizada contribuirá para agi-
lidade na tomada de decisão dos gestores do SUS. Como consequência, espe-
ra-se que o acesso aos medicamentos oncológicos seja facilitado e acelerado,
independentemente do local de assistência do paciente.
Contudo, os especialistas sinalizaram uma barreira para a implementação do
novo modelo centralizado, uma vez que o atual modelo de financiamento de
oncologia ainda é bem aceito e conseguiu, após sua implementação no pas-
sado, abranger parte da população que necessitava de tratamento oncoló-
gico. Esta barreira é relacionada ao convencimento de atores de que o atual
modelo de financiamento da oncologia dá indícios de não ser sustentável por
muito mais tempo e precisa de alterações para manter uma operação que
traga maiores benefícios aos pacientes.
MAIOR
T R A N S PA R Ê N C I A
que passarão a ter conhecimento sobre os medicamentos efetivamente
PA R A A S O C I E DA D E incorporados e a responsabilidade de cada ente no financiamento