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POR ONDE COMEÇAR MINHA HORTA EM

CASA?

Argumentos não faltam para se convencer a cultivar hortas em casa: as plantas


cultivadas em hortas são nossas grandes aliadas para a manutenção da saúde.
São pobres em calorias e ricas em água, fibras, vitaminas, minerais e
substâncias bioativas que auxiliam na redução do risco de doenças. Além
disso, você pode aproveitar os espaços, reutilizar recipientes que seriam
descartados logo após o primeiro uso, fazer um excelente exercício físico, além
dos benefícios para a saúde mental e integração familiar! Horta em casa é tudo
de bom! E ainda pode ser uma oportunidade de renda extra, com a
comercialização de plantas fresquinhas, até mesmo no seu próprio
vasinho. Além de saúde, o cultivo de plantas traz vida para qualquer ambiente
e esse curso traz também a proposta de saúde e bem estar para toda família.

Mas você deve estar se perguntando:

Onde plantar? Quais materiais posso usar?

Como devo preparar o solo?

Posso plantar qualquer hortaliça? Como devo cuidar delas?


Quando e quanto devo irrigar? E quanto tempo de luz solar por dia as plantas
precisam?

E se surgir alguma doença? O que faço?

Quais são os benefícios que cada hortaliça pode fornecer para a minha saúde?

Vamos responder a essas perguntas durante todo o curso, mas antes, no


módulo 1, vamos aprender quais são os fundamentos de uma boa produção de
hortaliças? 

Fatores que afetam o desenvolvimento das


plantas
O crescimento e o desenvolvimento das plantas estão diretamente
relacionados à combinação de três variáveis: o potencial genético, o manejo
cultural e fatores ambientais.

o Ao potencial genético podem ser atribuídas as características genéticas da


própria planta, que determinam sua capacidade de desenvolvimento.

o O manejo cultural está relacionado à maneira como se cuida das plantas,


direta ou indiretamente, como manejo do solo, irrigação e adubação
(nutrição das plantas).

o Os fatores ambientais referem-se à luz, temperatura e umidade, dentre


outros.

A seguir serão discutidos alguns dos fatores que exercem maior influência no
cultivo de hortaliças, com exceção aos fatores genéticos, que são particulares a
cada espécie.

Água
Todos os seres vivos, animais ou vegetais, necessitam de água para a
sua sobrevivência, desenvolvimento e reprodução. Nas plantas
herbáceas, como a maioria das hortaliças, a água representa cerca de
80% do seu peso; em plantas lenhosas, como as árvores, o percentual
fica próximo de 50%.

Á água é um fator essencial para o sucesso da sua horta. Deve ser


utilizada na quantidade ideal para garantirmos o bom desenvolvimento
das plantas e evitarmos o desperdício desse recurso tão precioso ao
nosso planeta.
As principais funções da água nas plantas estão relacionadas
à estrutura, ao transporte de nutrientes, ao metabolismo e
crescimento. Quanto à estrutura, é responsável pela rigidez das
raízes, caules, folhas e frutos. O transporte dos nutrientes é feito em
meio aquoso, ou seja, os nutrientes têm que estar dissolvidos na
água para serem transportados e absorvidos; a partir de
então tornam-se disponíveis para agir no metabolismo e gerar o
consequente crescimento das plantas.

A maior parte da água utilizada pelas plantas é absorvida pelas


raízes e depende, dentre outros fatores, da quantidade disponível, do
arejamento e da temperatura do solo. A disponibilidade da água vai
diminuindo à medida que é utilizada pela planta, por isso é muito
importante ter um bom controle da quantidade de água usada na
irrigação.

Mas, atenção! Cuidado para não encharcar o solo (molhar demais), uma


vez que isso traz vários problemas, como:
1. lavagem do solo tirando os nutrientes (conforme a água passa em
excesso pelo solo, vai levando embora os nutrientes que estavam
presos ali);

2. o excesso de água "expulsa" o oxigênio do solo (e a raiz da planta


que precisa respirar acaba se "afogando"); e

3. um solo muito encharcado facilita o aparecimento de doenças que


atacarão as plantas.

Em relação ao cultivo de hortaliças, por se tratar de plantas de curto


ciclo, a necessidade de irrigação é constante, variando conforme a
idade das plantas. Durante a fase de produção de mudas, a irrigação
deve ser realizada diariamente, utilizando pouca água e uma
frequência maior, de duas a três vezes por dia. À medida que as
plantas vão se desenvolvendo, a irrigação deve ser diminuída em
frequência e aumentada em volume, podendo-se irrigar as plantas jovens
uma vez ao dia, e plantas adultas de três a quatro vezes por semana.
Cabe salientar que as condições de temperatura, mencionadas
anteriormente, devem ser levadas em consideração.

Quando o clima está mais ameno (temperaturas mais baixas) a


quantidade de água absorvida pelas plantas é menor, deste modo
a frequência de irrigação deve ser menor. Quando astemperaturas
estão mais elevadas, a absorção de água é maior, devendo-se irrigar as
plantas com mais frequênciapara suprir a necessidade.

Dica importante: para plantas cultivadas em vasos (que devem ter


furos na parte de baixo para escoar a água), a quantidade de água
que se deve colocar por vez deve ser suficiente para encharcar o vaso e
começar a escorrer pelos furos. Quando começar a escorrer, deve-se
parar de irrigar, para evitar o desperdício de água.
A água utilizada para irrigação deve ser de boa qualidade, para não
contaminar as hortaliças e condimentos que muitas vezes serão
consumidos in natura. Isso quer dizer que a água deve ser sem resíduos
químicos, matéria orgânica, coliformes fecais, dentre outros
contaminantes. 

Dica!

O ideal é que sua horta esteja próxima a um ponto de água (uma


torneira com mangueira e com ponta de esguicho), para facilitar o seu
trabalho diário. Um regador também é uma ferramenta importante,
principalmente para mudas e plantas em vasos. Um regador pode ser
improvisado furando a tampa de garrafas pet ou outros vasilhames, após
higienizados. 

Use a criatividade para irrigar sua horta!

Luz
A luminosidade, juntamente com a temperatura, são os fatores que
mais controlam a adaptação das culturas (espécies), sendo a luz,
provavelmente, o fator ambiental mais importante que interfere
diretamente no crescimento, na produção e floração das plantas.

Neste contexto, temos as plantas divididas em plantas de dias


longos, plantas de dias curtos e as neutras. As plantas de dias longos
precisam de um maior tempo de exposição para seu desenvolvimento, as
de dias curtos precisam de menos horas de luz, enquanto que as neutras
desenvolvem-se bem em qualquer condição. A cebola e o alho são
exemplos de plantas de dias longos, que precisam em média, de 10 a 12
horas de luz para a produção. As hortaliças folhosas, em geral, as
pimentas e os pimentões, precisam de cerca de 5 horas de luz para a
produção, sendo consideradas plantas de dias curtos, e o tomate e o
quiabo podem ser considerados como plantas neutras.
Para hortas caseiras o ideal é que o local
escolhido tenha pelo menos 4 ou 5 horas de
incidência de luz por dia.
O fato da luz estar diretamente relacionada ao crescimento e
desenvolvimento das plantas, se dá fundamentalmente pelo processo
de fotossíntese, através do qual ocorre a obtenção de glicose (açúcar),
fonte de energia necessária para o seu desenvolvimento. Neste
processo, a planta, mediante a presença da luz solar, absorve água,
minerais e o dióxido de carbono (gás carbônico) do ar, convertendo-os
em glicose e oxigênio, sendo este último liberado para a atmosfera. Sem
a realização deste processo, as plantas não produziriam sua energia e,
consequentemente, não se desenvolveriam.

SOLO

O solo desempenha diversas funções vitais, de caráter ambiental,


ecológico, social e econômico, constituindo um importante elemento
paisagístico, patrimonial e físico, tanto para o desenvolvimento de
infraestruturas (moradias, hospitais e escolas), como para atividades
humanas, como a agricultura e, dentro dela, a produção de hortaliças.

Para a agricultura é necessário fazer o manejo do solo*, preparando-o


para receber as sementes e mudas das plantas.

*Manejo do solo é o conjunto de todas as práticas aplicadas a


determinado solo visando à produção agrícola. Inclui operações de
cultivo, práticas culturais, práticas de correção e fertilização, entre outras.
É a forma de cultivar e tratar o solo.
A agricultura depende do solo para a fixação de
raízes, fornecimento de água e nutrientes, sendo ele,
também, fonte de outras matérias-primas como a argila,
areias, minerais e turfa. 
Além disso, o solo armazena e transforma
parcialmente minerais, água, matéria orgânica e
diversas substâncias químicas, sendo ainda abrigo e
moradia para diversos animais como minhocas, formigas,
larvas e outros. 
Estes organismos, ao se movimentarem pelo solo, fazem
pequenos canais que servem para a circulação do ar e da
água, facilitando ainda a penetração das raízes e o
desenvolvimento das plantas. Esses animais, auxiliados
por bactérias e fungos, trituram e decompõem a matéria
orgânica, transformando-a em húmus, que torna os solos
mais fofos e férteis e serve de nutriente para as plantas.
Os solos podem ser de diversos tipos, sendo que cada um possui sua
importância e característica única, podendo ser classificados em:

o Arenoso: solo muito permeável, a água penetra facilmente; possui


partículas muito grandes e que não retém água e também é pobre em
nitrogênio (N). Poucas plantas conseguem se desenvolver.

o Argiloso: solo com menor permeabilidade de água, com partículas


minúsculas que retém muita água, sendo geralmente encontrado em
lugares mais úmidos.

o Humífero: possui partículas de tamanho intermediário, retém muita


água; geralmente encontrado em florestas e matas.

o Calcário: solo com partículas grandes, brancas e permeáveis, não


retém muita água e possui pouquíssimos seres vivos.

o Misto: solo com partículas de vários tamanhos, bastante


permeável, retém muita água e tem uma biologia particular, sendo
muito utilizado em plantações. O ideal para as plantas é a mistura de
um pouco de solo arenoso e uma quantidade maior do solo argiloso.

Um solo fértil deve apresentar uma quantidade razoável de matéria


orgânica, deve reter água e ser permeável, e ainda apresentar os
minerais essenciais para o cultivo. No caso do solo não ser fértil, é
recomendado acrescentar adubos (fertilizantes), que podem ser
orgânicos ou inorgânicos, ou misturá-lo a solos mais férteis e com
alto teor de matéria orgânica.

Como já mencionado, os adubos podem ser orgânicos ou


inorgânicos. Os orgânicos são provenientes de fezes de animais,
como a cama de frango e o esterco de curral ou ainda de restos de
vegetais, como cascas de frutas e legumes, hortaliças folhosas,
gramíneas ou leguminosas usadas para esse fim, chamados de adubos
verdes, dentre outros. Eles contém nutrientes essenciais para as plantas,
liberados lentamente no solo, como Nitrogênio, Fósforo e Potássio, além
de micronutrientes. Antes de utilizá-los, é necessário que eles passem
por um processo de curtimento* ou pela compostagem**.

*Curtimento é um processo de envelhecimento não controlado dos


estercos frescos (cerca de 90 dias à sombra e cobertos); 

** Compostagem é a transformação dos resíduos orgânicos em adubos


pelos microorganismos, com a presença de oxigênio.

Os adubos ou fertilizantes minerais são sais inorgânicos, podendo ser


naturais (pós de rocha, por exemplo) ou sintéticos (processados em
indústrias químicas, também chamados de adubos "químicos").
Eles também fornecem nutrientes necessários para o desenvolvimento
das plantas, podendo ter diferentes solubilidades.
Fornecem principalmente nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), que são
macronutrientes. Existem diversas formulações desses adubos recomendadas
para o plantio, sendo os mais comuns para o cultivo de hortaliças os chamados
“4-14-8” e o “4-30-16”. Esses números indicam a porcentagem de cada
nutriente, na ordem N-P-K, respectivamente, em 100 kg. Outros adubos
minerais, constituídos por outros nutrientes, como os micronutrientes, podem
ser usados como adubos de cobertura no decorrer do plantio, se for
necessário, ou de acordo com recomendação de um técnico.

NUTRIENTES
Os nutrientes são indispensáveis à vida vegetal, sendo que, em muitos
casos, a falta ou insuficiência deles causa um atraso no desenvolvimento
das plantas e, em outros, elas não conseguem completar o seu ciclo de vida.

As plantas podem obter esses nutrientes de três fontes: do ar, retiram o dióxido
de carbono (CO2); da água, o oxigênio (O2) e o hidrogênio (H) e, do
solo, retiram os nutrientes minerais. Esses nutrientes minerais, essenciais às
plantas, são divididos em dois grupos. O primeiro grupo, chamado
de macronutrientes, por serem necessários em maiores quantidades, é
composto por nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio
(Mg) e enxofre (S). No segundo grupo temos os micronutrientes, necessários
em menores quantidades, sendo constituído por boro (B), cobre (Cu), cloro
(Cl), manganês (Mn), zinco (Zn), molibdênio (Mo) e ferro (Fe).

Como visto, C, O2 e H são retirados do ar e da água, enquanto que do solo é


retirada uma enorme parcela dos nutrientes que as plantas precisam. Para que
isto aconteça de maneira eficiente, é preciso cuidar dos seguintes fatores:

o pH (índice de acidez) do solo: é o fator que mais afeta a absorção dos


nutrientes, pois se o pH do solo não estiver em uma faixa adequada, a raiz
não consegue absorvê-los. Essa faixa adequada de absorção deve estar
entre 5,5 e 6,5 e mostra a importância de se corrigir solos ácidos (abaixo de
5,5) por meio da calagem, ou seja, da adição de calcário;

o água: é o veículo que coloca os nutrientes em contato com as raízes, por


isso

o o solo deve estar sempre úmido para facilitar a solubilização;


o disponibilidade dos nutrientes no solo: necessária para a absorção dos
mesmos;

o aeração: o oxigênio é necessário para a respiração das raízes;

o temperatura do solo: a faixa favorável de absorção está entre 20ºC e


35ºC, sendo que temperaturas abaixo de 10ºC e superiores a 45ºC
reduzem a absorção.

Além dos fatores relacionados ao solo, temperatura, água e à própria


disponibilidade dos nutrientes, características intrínsecas às plantas (fatores
genéticos), como a intensidade de transpiração e a morfologia das plantas
interferem na absorção dos nutrientes.

A seguir serão discutidos a importância de cada nutriente, a função e os


sintomas de deficiência dos nutrientes mais necessários às plantas. De
maneira geral, os nutrientes N, P e K são os de maior exigência no cultivo de
hortaliças, cuja necessidade varia de acordo com a espécie e com a fase de
desenvolvimento.

Nitrogênio (N)
Além de ser responsável pela coloração verde das folhas, desempenha um
papel fundamental, pois é componente de aminoácidos e outras moléculas,
como enzimas, proteínas e hormônios vegetais, importantes para o
metabolismo das plantas. A deficiência desse nutriente é extremamente
problemática para a planta, e caracteriza-se pelo amarelecimento (clorose) das
folhas mais velhas; em condições de maior gravidade desta deficiência, a
clorose estende-se por toda a planta.

Fósforo (P)
Ajuda a formar raízes fortes e abundantes; contribui para formação, no
amadurecimento dos frutos e é indispensável na formação de sementes. Os
sintomas de deficiência se refletem num menor crescimento das plantas, desde
os primeiros estágios de desenvolvimento; visualmente, observa-se
bronzeamento das folhas.
 

Potássio (K)
Está relacionado com a formação de talos e raízes fortes e vigorosos, além
de participar da ativação de muitas enzimas, do processo de fotossíntese e do
transporte de carboidratos. De maneira semelhante à deficiência de N, a falta
de K leva a uma clorose nas folhas mais velhas, seguida por necrose (morte)
das pontas e margens das folhas, fato que não ocorre com a deficiência de N. 

Cálcio (Ca)
Ajuda no crescimento da raiz e do talo; é um importante componente
da parede celular, sendo indispensável para a maturação do pólen e
crescimento do tubo polínico. A deficiência em Ca aparece como
deformações nas folhas novas, morte das gemas apicais, das extremidades
das raízes e flacidez dos tecidos dos frutos, que evolui para uma necrose
funda, seca e negra.

Magnésio (Mg)
É o elemento principal na formação da clorofila, sem a qual as plantas não
produzem carboidratos, além de ser um importante ativador de enzimas do
metabolismo das plantas. A deficiência desse nutriente mostra uma clorose
entre as nervuras das folhas velhas da planta. Quando a deficiência é mais
severa, as áreas amarelas vão escurecendo, tornando-se posteriormente
necrosadas. A infecção causada por vírus causa sintomas parecidos, podendo
ser confundida com deficiência de magnésio; neste caso, deve se estar atento
à presença de insetos e/ou ácaros transmissores de viroses.

Enxofre (S)
É um importante componente de compostos orgânicos, presente
nos aminoácidos cisteína e metionina. Os sintomas da falta de S são
semelhantes à deficiência de nitrogênio, porém, a clorose se manifesta nas
folhas novas.

Os micronutrientes, de maneira geral, atuam na síntese de moléculas, como


enzimas, proteínas, aminoácidos, dentre outras. Desempenham também
importantes papéis em alguns processos metabólicos das plantas como a
fotossíntese e a respiração.

Boro (B): sua falta causa redução do tamanho das plantas, deformação das
folhas mais novas e morte das gemas apicais.
Cobre (Cu): a deficiência em cobre altera o tamanho, a textura e a coloração
das folhas, tornando-as extremamente grandes, com um aspecto flácido e uma
tonalidade verde-escuro.
Cloro (Cl): a deficiência leva ao murchamento, clorose, bronzeamento e
posterior deformação das folhas, podendo se manifestar tanto nas folhas novas
quanto nas velhas.
Manganês (Mn): sua falta causa clorose entre as nervuras das folhas.
Zinco (Zn): os sintomas de sua falta são caracterizados pelo encurtamento dos
entrenós, redução do tamanho, deformação e clorose das folhas.
Molibdênio (Mo): os sintomas de deficiência variam de acordo com a espécie.
Nas leguminosas, como a ervilha e a lentilha, é observada uma clorose nas
folhas velhas, semelhante à causada pela falta de N; nas brássicas, como
repolho e couve, o sintoma causado é conhecido por “rabo de chicote”, sendo
caracterizado apenas pelo crescimento da nervura principal. Mas, de maneira
geral, os sintomas mostram um amarelecimento das folhas mais velhas e
possíveis necroses marginais.
Ferro (Fe): causa clorose das folhas novas, permanecendo apenas as
nervuras verde-claras, deixando uma aparência de uma rede verde e fina sobre
um fundo amarelo. 
Principais fontes orgânicas de nutrientes
Você pode ter restos vegetais em casa, provenientes da cozinha e quer utilizar na sua horta,
mas não sabe exatamente quais nutrientes eles fornecem.  Também você pode perceber um
sintoma de deficiência nutricional nas suas plantas e quer saber qual seria a fonte ideal para
suprir essa necessidade. Abaixo estão as principais fontes de nutrientes para a produção
orgânica que são permitidas pela legislação de produção orgânica brasileira e que podem
ajudá-lo a decidir que adubos utilizar na sua horta.

Nitrogênio
Estercos puros de animais diversos, cama e urina de animais, espécies
leguminosas de adubos verdes (mucunas, crotalárias, guandu, feijão de porco,
feijão bravo do Ceará, etc.), resíduos agroindustriais como torta de oleaginosas
(mamona, algodão, soja) e de cacau, palhadas (gramíneas secas) e resíduos
de culturas leguminosas como soja e feijão, farinha de sangue, farinha de
peixe, composto orgânico, biofertilizantes, bokashis, entre outros.

Potássio
Cinzas, cascas de café, pós de rochas silicatadas com altos teores de potássio,
talos de banana, entre outros.

Fósforo
Fosfatos naturais extraídos de rocha e farinha de ossos.

Micronutrientes
Alguns pós de rocha, estercos, fontes minerais permitidas (ex.: óxido de cobre
e outros utilizados nos biofertilizantes, que são de baixa solubilidade).

Tipos de hortaliças
Em função do grande número de espécies e a particularidade de cada
cultura, foi necessário que se desenvolvesse uma metodologia capaz de
mostrar as semelhanças e as diferenças botânicas e também do ponto
de vista tecnoólogico entre as espécies e, uma metodologia antiga,
baseada nas partes utilizadas para alimentação humana e de valor
econômico, vem sendo utilizada pelo Sistema Nacional de Centrais de
Abastecimento (Ceasas), classificando as hortaliças em três grupos:

o Hortaliças tuberosas: são aquelas em que as partes comestíveis


desenvolvem-se dentro do solo, sendo divididas em: tubérculos
(batata e cará), rizomas (inhame e gengibre), bulbos (cebola e alho) e
raízes (cenoura, beterraba, batata-doce, mandioquinha-salsa).

o Hortaliças herbáceas: são aquelas cujas partes comestíveis


encontram-se acima do solo, como as folhosas (alface, taioba,
repolho, espinafre, almeirão, rúcula, dentre outras), os talos e hastes
(aspargo, funcho, aipo), as flores e inflorescências (couve-flor,
brócolis, alcachofra).
o Hortaliças-fruto: são aquelas em que a parte comestível é o
fruto, podendo este ser consumido verde ou maduro, todo ou em
parte, como a melancia, o pimentão, o quiabo, a ervilha, o tomate,
o jiló, a berinjela e a abóbora, por exemplo.
Além dessa classificação, mais usada para comercialização e uso
popular, todas as plantas possuem uma classificação botânica, isto é, um
nome científico pelo qual são conhecidas em todo o mundo. Esta
classificação agrupa as plantas em função das características que as
tornam semelhantes, em família, gênero, espécie ou nome científico, de
modo geral. Exemplos dessa classificação, para algumas hortaliças,
podem ser visualizados na tabela a seguir.

Recomendações para o cultivo de hortaliças em


pequenos espaços
Cada espécie de hortaliça exige uma determinada condição climática para o
seu melhor desenvolvimento. Assim sendo, é importante levar em
consideração a região, a época e o tipo de plantio, se por mudas ou sementes,
a adaptação das espécies ou cultivares, os materiais utilizados para o plantio, o
preparo do solo, o espaçamento das plantas, bem como os cuidados que
devem ser tomados, principalmente em relação a pragas e doenças.

Na tabela abaixo, são apresentadas algumas informações importantes, para


iniciarmos o cultivo de hortaliças em pequenos espaços, como a época de
plantio nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, norte da região Sul e sul do
Nordeste, o tempo necessário para a produção de mudas, o ciclo da cultura
desde o plantio das mudas ou semeadura direta até a colheita, o espaçamento
para plantio convencional e também o espaçamento para horta em pequenos
espaços, uma vez que diminuindo o espaço de plantio tem-se que diminuir
também o espaçamento entre as plantas, para cerca de 70% do usado no
plantio convencional.

*HPE - Horta em pequenos espaços

Abaixo serão descritas informações para o cultivo de hortaliças que


apresentam algumas especificidades, sendo importante ressaltar que em
algumas espécies o cultivo em pequenos espaços pode ser inviabilizado
justamente pela redução de área de plantio. Para informações mais precisas
sobre como plantar as diversas espécies de hortaliças, recomendamos a leitura
do material complementar disponível na seção "Leitura Complementar" do
Módulo 2, ou seção "Biblioteca".

Alho
Para o cultivo do alho, o plantio é realizado por meio de bulbilhos (dente do
alho) que são plantados inteiros, com o ápice (ponta mais fina) para cima.
 
Chuchu
Na cultura do chuchu, plantam-se também os chuchus-sementes, depois de
terem lançado as brotações. Eles são colocados superficialmente nos
canteiros, lado a lado, sendo realmente plantados em sulcos, depois que as
brotações atingirem cerca de 12 cm. Não é indicado cobrir os chuchus com
terra, para evitar o apodrecimento.

Couve
A couve, também conhecida por couve manteiga, tem sido propagada
vegetativamente, retirando-se as brotações laterais que se desenvolvem no
caule, ou mesmo as folhas mais jovens, sendo então plantadas no local
definitivo.

Rabanete
O rabanete não aguenta o transplantio deve ser plantado por meio de
semeadura direta. Deve ser semeado em sulcos com 1-1,5 cm de
profundidade, efetuando- se o desbaste assim que as plantinhas atinjam 5 cm
de altura.

Cenoura
A cenoura é totalmente intolerante a qualquer tipo de transplantio, em função
do risco de deformidades nas raízes, sendo indicada a semeadura direta na
profundidade de 1-1,5 cm.

Almeirão
O almeirão, que diferentemente da alface e da chicória, possui raízes sem
ramificação lateral e mais profundas, por essa razão não suporta o transplantio.

Salsinha e coentro
A salsinha e o coentro também são semeados diretamente numa profundidade
de 0,5-1 cm e, quando apresentarem de três a quatro folhas definitivas, deve-
se realizar o desbaste.

Pepino
O pepino pode ser semeado diretamente no canteiro ou pode ser feito o
transplantio de mudas. No caso da semeadura direta, recomenda-se colocar de
duas a três sementes no sulco, numa profundidade de 2 cm e no espaçamento
recomendado.

Abobrinha
As raízes da abobrinha quando danificadas não se recuperam; por essa razão,
deve ser semeada diretamente em sulcos ou covas, colocando-se de três a
cinco sementes espaçadas umas das outras cobertas por 2 a 3 cm de solo.
Uma alternativa à cobertura das covas/sulcos com solo é a utilização de casca
de arroz ou palhada, o que favorece a germinação e a emergência das
plântulas, além de manter a umidade no local.

Quiabo
As sementes de quiabo apresentam dormência, o que pode acarretar uma
geminação demorada e emergência irregular; por isso recomenda-se colocar
as sementes em um saquinho de pano e deixá-las imersas em água por um
período de 24 horas, um dia antes do plantio. Deve-se semear de três a cinco
por vez, numa profundidade de 2-3 cm. No caso do uso de mudas, durante o
transplantio deve-se ter cuidado para não danificar o sistema radicular.

Preparando o local da horta

A sua horta pode ser instalada em qualquer local, na sua varanda, na janela, no corredor, na área de
serviço e, se você tiver um quintal, melhor ainda. Mas, independente do local, é preciso levar em
consideração alguns fatores importantes, já discutidos nas sessões anteriores, para o bom denvovimento
das plantas e sucesso da sua horta.

 
o o local escolhido deve ser arejado, ensolarado e iluminado durante a boa parte do dia, para que as
plantas recebam pelo menos de 4 a 5 horas de luz solar;

o o solo (terra) a ser utlizado deve ser fofo, sem pedras, plásticos ou resíduos (sobras) de construção;

o não ter sido utilizado para deposito de lixo ou retirado próximo de áreas de esgoto ou fossa séptica, a
fim de evitar contaminações biológicas;

o escolher os recipientes adequados;

o escolher as hortaliças adequadas para plantio em pequenos espaços.

Onde posso plantar? 

Além do plantio convencional em canteiros, diretamente no solo, podemos adaptar muitos recipientes
para produzirmos hortaliças. No entanto, é muito importante que eles tenham uma profundidade
mínima, para permitir adequado desenvolvimento do sistema radicular das plantas e estejam perfurados
na parte inferior, permitindo que o excesso de água escoe. Sugerimos, a seguir, alguns recipientes:
o Canos de PVC cortados ao meio;
o Garrafa pet e recipientes plásticos em geral. Recipientes de materiais de limpeza devem ser muito
bem limpos para retirar todo o resíduo, antes de serem utilizados;

o Pneus, baldes e bacias, latas (desde que não estejam enferrujadas);

o Suportes prontos, como jardineiras, vasos suspensos, etc.

Todos os recipientes devem ter pelo menos 10 centímetros de


diâmetro e cerca de 15 centímetros de profundidade.Algumas
espécies precisam de mais espaço para as raízes, principalmente as que
contém frutos e, no caso de algumas raízes, como a cenoura e o
rabanete. 

Use a criatividade para utiizar os recipeintes na construção de sua


horta!!

Preparo do solo

Agora que já escolhemos os recipientes que serão utilizados, vamos preparar o solo para o plantio. Nos
plantios comerciais, é necessário saber exatamente as quantidades dos nutrientes que estão no solo,
para não comprometação e, para isso, tem que ser feita uma análise química do solo, em laboratórios. No
entanto, não precisaremos fazer isso na nossa Horta em Pequenos Espaços, porque a quantidade de
plantas é menor e, com isso conseguimos fazer uma recomendação básica para preparo e manutenção
do solo, que será colocado nos vasos, para que sua produção seja sempre satisfatória.

Precisaremos dos seguintes insumos, para preparar um volume de 50 L de solo. 


o  50 litros de terra;

o 100 gramas de calcário (para corrigir a acidez do solo);

o Adubo orgânico, 17 litros de esterco curtido de aves ou 34 litros de esterco curtido de gado;

o 200 g de termofosfato de rocha;

o 200 g de adubo mineral NPK 4-14-8 ou 100 g de NPK 4-30-16.


Preparo do solo

Misture todos os ingredientes até que fique uma mistura uniforme. Caso você não precise desta
quantidade de solo, basta fazer uma regra de três para saber a quantidade que precisará de cada insumo.
No Quadro 1, nós apresentamos as quantidades necessárias para o preparo de 05 volumes de solo.

Quadro 1. Insumos e suas respectivas medidas, para o preparo de 40, 30, 20, 10 e 5 litros de solo.
Se você não tiver acesso aos adubos minerais (NPK) e termofosfato, é possível utilizar somente os
estercos ou composto orgânico e farinha de ossos, substituindo-os respectivamente.
A liberação dos nutrientes para as plantas será um pouco mais lenta, mas não vai prejudicar em
nada a sua horta.  
Ferramentas:

Vai auxiliar muito o cultivo da sua horta se você tiver as seguintes ferramentas:
o pazinha larga – usada para o preparo da terra para o plantio, inserção e remoção de adubo e até mesmo remoção
de pedras;
 

o pazinha transplantadora ou estreita– para transplantar mudas de bandejas ou copinhos para o local definitivo;
 

o garfo de mão – para remover ervas invasoras e afofar a terra;

o rastelo ou ancinho de mão - revirar o solo e ajudar na remoção de ervas daninhas em espaços onde o garfo não
alcança. Também serve para recolher folhas secas do chão;

E ainda:
o regador ou mangueira – para irrigar sua horta;

o enxadinha de mão ou sacho coração coração - para misturar a


terra, fazer as covas de plantio e também para remoção de plantas
invasoras ou indesejáveis.

o tesoura de poda - retirar galhos e folhas indesejáveis ou doentes;

o borrifador – para aplicação de caldas de auxílio no controle de


pragas e doenças e para molhar a terraquando as sementes estão
em fase de germinação.
 Se o plantio for feito em vasos, compre dessas ferramentas, só que
menorzinhas, produdzidas para esse fim e para o cultivo de bonsai.

Se o plantio for em canteiros, providencie também uma enxada. Será útil


para levantar os canteiros e misturar adubos à terra, além
de remover plantas invasoras ou indesejáveis.

Dica para a escolha das hortaliças


 

Para escolher as espécies a serem cultivadas, comece com as hortaliças que você e sua família gostam
de se alimentar e que sejam de ciclo mais curto, como alface e temperos de folha, como cebolinha e
coentro.  Você vai se sentirmais animado em continuar a cultivar, pois já vai ver o resultado logo! Faça
também um planejamento da sua produção, ou seja, pense também em ter uma rotina de plantio, para
que sempre se tenha hortaliças para colher. Pode ser semanal, por exemplo, de acordo com a média de
consumo nesse período, para que não haja desperdício. Que tal?

Identificação e controle dos principais


sintomas de doenças
Não é o objetivo deste curso o esgotamento de todas as formas de diagnóstico e
co Uma planta sadia é capaz de conduzir todas as funções fisiológicas normalmente, seja em
seu crescimento, na fotossíntese, na respiração, na absorção de nutrientes, no florescimento,
na frutificação, etc.

Uma planta doente apresenta alguma desordem fisiológica que altera seu desenvolvimento.
Para caracterizar uma doença, essa desordem fisiológica deve apresentar mais duas
características: ser uma irritação contínua e ser provocada por um agente causal primário.
Quando o agente causal é um organismo vivo (fungo, bactéria, vírus, nematóide, viróide,
protozoário, micoplasma e outros), a doença é denominada biótica e é considerada infecciosa,
ou seja, o patógeno pode crescer e multiplicar-se na planta doente e se disseminar para outras
plantas sadias.

Principais sintomas de doenças nas Hortaliças


• Manchas foliares.
• Necrose de tecidos.
• Amarelecimento.
• Clorose.
• Deformação dos frutos
• Redução do crescimento.
• Podridões.
• Murchas.
• Tombamentos de mudas.
• Morte de ponteiros.

Como previnir doenças


• Se a cultura exigir desbrota, evitar fazê-la em dias chuvoso
ou logo após a irrigação.
• Utilizar ferramentas devidamente desinfestadas.
• Evitar ferimentos nas plantas e frutos durante os tratos
culturais.
• Manter quantidade adequada de plantas espontâneas.
• Manejar adequadamente a irrigação de modo a evitar
encharcamento ou falta de água e utilizar água de boa
qualidade.
• Avaliar com frequência a plantação para verificar eventuais
problemas com doenças e, encontrando focos, retirar o
material doente e enterrá-lo.
• Fazer o controle de pragas e doenças com os produtos
recomendados, como os extratos de plantas, agentes de
controle biológico e outros.
Como controlar doenças de maneira segura
Há algumas maneira de se controlar a infestação de doenças e pragas nas hortaliças, neste curso
sugerimos formas orgânicas de manejo, nas próximas seções você aprenderá receitas caseiras de fácil
prepraro e aplicação.

Porém, caso as técnicas citadas não surtam efeito é necessário:

1. Eliminar rapidamente as partes das plantas acometidas pela doença; ou

2. Eliminar toda a planta infestada pela doença. Eliminando também a terra que estava com a planta
infestada e fazendo a sanitização do vaso.

Identificação e controle de pragas


Considera-se ‘praga’ qualquer organismo vivo (insetos,
fungos, bactérias, vírus, nematóides, plantas
espontâneas e outros) que, em determinadas condições,
alcance população elevada e afete um determinado
cultivo, de forma direta ou indireta, causando danos a sua
horta.
Vamos identificar algumas das pragas que podem ser
encontradas na sua horta caseira. 
Principais pragas das hortaliças
Formigas cortadeiras
Controle: inseticidas, plantas repelentes (batata-doce ou gergelim) ou cinzas de madeira ao redor do
vaso.
Insetos sugadores
Controle: Catação manual, armadilhas adesivas, calda de farinha de trigo e água, calda de pimenta, alho
e sabão.
Lagartas
Controle: Catação manual, inseticidas a base de nim ou calda de farinha de trigo e água.

Principais pragas das hortaliças


Besouros desfolhadores
Controle: Plantas repelentes como coentro, hortelã e arruda, produtos à base de nim.
Ácaros
Controle: Eliminação de folhas contaminadas, plantas repelentes como o coentro, calda de farinha de
trigo e água e calda de pimenta, alho e sabão.
Lesmas e caracóis
Controle: Armadilhas distribuídas durante a noite e ao redor das plantas (estopas embebidas em cerveja ou leite,
pedaços crus de abóbora ou faixas de cal extinta de 20 cm ao redor de cada cultura)

Receitas caseiras de repelentes, inseticidas e


outras formas de controle de pragas
O controle de pragas e doenças pode ser realizado com produtos naturais. Isso
não quer dizer, necessariamente, que seu uso implicará na erradicação das
pragas, mas seguramente resultará num controle eficiênte de sua incidência,
tornando viável a produção e o consumo de alimentos mais saudáveis.

Óleo de neem (Azadirachta indica)


O óleo extraído da semente da árvore de neem (nim) pode ser encontrado no
mercado agrícola, sendo recomendado utilizá-lo na dosagem de 0,5 a 1,0 ml/
litro. Possui atividade inseticida e fungicida, controlando a maioria dos insetos e
algumas doenças.

Extrato de folha de neem (nim)


Para o preparo do extrato de neem (nim), colha as folhas, deixe-as secar e
depois faça a moagem ou triture-as. Coloque cerca de 60 g de folhas moídas
em um litro de água. Deixe em repouso por 24 horas e depois coe. A aplicação
pode ser feita na forma de pulverizações para o controle de pragas.

Calda de fumo
Picar 100 g de fumo e colocar em meio litro de álcool, acrescentando meio litro
de água. Deixar curtir por 15 dias. Depois, dissolver 100 g de sabão neutro em
10 litros de água e acrescentar à mistura. Aplicar na forma de pulverizações
para controle de vaquinhas, cochonilhas, lagartas e pulgões.

Calda de fumo com pimenta


Colocar 50 g de fumo picado e 50 g de pimenta dentro de um litro de álcool.
Deixar curtir por uma semana. Misturar em 10 litros de água + 250 g de sabão
neutro ou detergente neutro. Aplicar na forma de pulverizações para o controle
de vaquinhas, lagartas e cochonilhas.

Preparados com sabão


Os diversos preparados em que se emprega o sabão apresentam indicações
para o controle de lagartas, cochonilhas, tripes, pulgões e ácaros.

Alguns são preparados exclusivamente com sabão, enquanto que em outros


recomenda-se a associação com querosene. 

De modo geral não apresentam restrições, porém após seu emprego


aconselha-se respeitar um intervalo de aproximadamente duas semanas para
se proceder à colheita.

Dissolver 100 g de sabão neutro em meio litro de água quente. Para a


aplicação, dilua novamente o preparado em 9,5 litros de água. Pode ser
utilizado no controle de tripes, pulgões, cochonilhas e lagartas.
Podem-se utilizar também pulverizações com detergente neutro ou óleo
mineral a 1% nas horas mais frescas do dia.

Calda de cebola
Colocar 500 g de cebola picada em cinco litros de água. Curtir por 10 dias.
Coar e colocar meio litro em 1,5 litros de água para aplicar na forma de
pulverizações. Age como repelente para pulgões, lagartas e vaquinhas.

Cravo-de-defunto
Colocar 50 g de flores de camomila em um litro de água. Deixar de molho por
três dias, agitando quatro vezes por dia. Coar e aplicar três vezes por semana,
visando o controle de doenças fúngicas.

Calda sulfocálcica
Tem ação protetora contra ácaros, insetos-pragas e algumas doenças. Para o
preparo dessa calda, misture em um recipiente 0,8 kg cal hidratada em 2,5
litros de água morna. Coloque o enxofre (1,25 kg) lentamente, sempre agitando
com um bastão de madeira e completando o volume até 5 litros. Deixe ferver
até ficar com a coloração avermelhada. Ao esfriar, guarde em lugar sem
iluminação por um período de até uma semana. Na aplicação diluir 0,1 litro
(100 mL) do produto em 2 litros de água.

Calda bordalesa
Colocar 100 g de sulfato de cobre em um saco de pano e mergulhar em cinco
litros de água quente, deixando de molho durante 24 horas.

Colocar 100 g de cal virgem na solução de sulfato de cobre. Coar a mistura e


despejar no pulverizador para aplicação, visando controle de fungos.

Preparo com leite


Utilizar estopa ou saco de aniagem, água e leite. Distribuir no chão ao redor
das plantas a estopa ou saco de aniagem molhado com água e um pouco de
leite. Pela manhã, vire a estopa ou o saco e colete as lesmas que se reuniram
em baixo para serem queimadas ou enterradas longe da área de cultivo.

Leite cru e água


Uma solução de 5 a 20% de leite de vaca cru em água pode ser utilizada para
controlar o oídio, doença que ataca diversas culturas, causando a morte das
plantas e prejuízos aos agricultores.

Planta do gergelim
As folhas dessa planta contêm uma substância que contamina os fungos, que
são criados através dos vegetais levados por formigas, causando o fim dos
formigueiros. Dê preferência ao gergelim de semente preta.

Alimentos são substâncias que nós ingerimos e que fornecem todos os


componentes que o nosso corpo necessita para se manter vivo, crescer e
realizar as atividades do dia a dia. Eles podem ser de origem animal, como as
carnes, ovos, peixes, leite e derivados; vegetal, como os cereais, frutas,
hortaliças e leguminosas; ou mineral, como a água.

A classificação dos alimentos é feita em função dos seus componentes, os


nutrientes, constituintes dos alimentos responsáveis pelo fornecimento de
energia, formação dos tecidos e manutenção do nosso organismo. Os
nutrientes são os carboidratos (açúcares), proteínas, lipídeos (gorduras),
vitaminas, minerais e água.
Os alimentos podem ser classificados de várias formas. A mais simples é a que
os separa em três grandes grupos de acordo com a sua principal função no
organismo. Desse modo, os alimentos podem ser energéticos, como é o caso
do pão, arroz, macarrão, batata, mandioca, cará, inhame, mandioquinha, aveia,
fubá, óleos, gorduras e manteiga, cuja principal função é fornecer energia para
o nosso corpo realizar as atividades diárias. Os alimentos também podem ser
construtores, como as carnes, ovos, frango, peixes, laticínios, leguminosas e
cereais, sendo responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do
organismo. O terceiro grupo é o dos reguladores, importantes para o bom
funcionamento do organismo, o crescimento e a prevenção de doenças; neste
grupo são encontradas as frutas e hortaliças.

O último conteúdo deste curso e, provavelmente, um dos mais importantes, é


um site desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e que visa informar ao
cidadão sobre as melhores formas de comprar, conservar e consumir as
hortaliças, a fim promover o conhecimento de todo o potencial dos vegetais
para manter a saúde e evitar o desperdício de alimentos.

Dieta e saúde
O aumento da expectativa de vida observado nos últimos anos lançou um novo
desafio, o de melhorar a qualidade de vida durante o envelhecimento. Essa
melhoria inclui a prevenção ou controle de doenças crônicas associadas ao
envelhecimento, como doenças cardiovasculares (hipertensão, isquemia,
ataque cardíaco), diabetes, osteoporose, doenças neurodegenerativas
(demência, doença de Parkinson) e câncer. Hoje existem conhecimento
científico e novas tecnologias que ajudam as pessoas a viver melhor. Fatores
como estilo de vida saudável, diagnóstico precoce de doenças, imunização e
medicamentos são fundamentais para envelhecer com saúde.

Estudos têm mostrado que fatores ligados ao estilo de vida, como uma dieta
saudável, atividade física e não fumar influenciam mais do que fatores
genéticos na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento. A boa
alimentação é um dos fatores determinantes do envelhecimento saudável, que
inclui baixo risco de adoecer ou ter algum problema relacionado a doenças,
elevada função física e mental e uma vida ativa.
Embora remonte às origens da civilização, a relação entre alimentação e saúde
nunca foi tão estreita quanto nos dias de hoje. Muitos estudos comprovaram a
relação existente entre dieta e doença. Atualmente se sabe que uma dieta
inadequada, rica em gordura (principalmente gordura saturada e colesterol), sal
e açúcar e pobre em carboidratos complexos, vitaminas e minerais, aliada a um
estilo de vida sedentário, são responsáveis pelo aumento das doenças ligadas
à má alimentação, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares,
hipertensão,  osteoporose e  câncer.  Por  outro  lado,  uma  dieta  equilibrada,
com doses balanceadas de proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, vitaminas,
minerais e água, variada e moderada, não só aumenta a saúde e o bem estar
como reduz o risco de doenças.

O  consumo  de  alimentos variados  é  considerado  a  melhor  maneira de


garantir a ingestão recomendada de nutrientes e o aporte de quantidades
adequadas dos compostos benéficos presentes nos alimentos. Conforme as
recomendações da Associação Americana do Coração (AHA), uma dieta
saudável deve conter uma variedade de alimentos nutritivos de todos os
grupos, como hortaliças, frutas, grãos integrais, laticínios desnatados ou
semidesnatados, peixes e carnes magras. Por outro lado, ela deve ser pobre
em alimentos ricos em ácidos graxos saturados (gordura animal) e trans
(gordura hidrogenada), colesterol, sal e açúcar.

O Ministério da Saúde, na Política Nacional de Alimentação e Nutrição,


recomenda, entre outras coisas, incluir diariamente pelo menos três porções de
hortaliças e frutas, seis porções de cereais, 

Importância das hortaliças


As hortaliças são um importante componente da dieta, sendo tradicionalmente
servidas junto com um alimento protéico (carne ou peixe) e um carboidrato
(massa ou arroz). Elas fornecem não apenas variedade de cor e textura às
refeições, mas também nutrientes importantes. As hortaliças são pobres em
calorias e ricas em água, fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos, substâncias
bioativas que auxiliam na redução do risco de doenças como o câncer e
doenças do coração. A ingestão recomendada é de pelo menos três porções
diárias. Uma porção corresponde a 80 g ou a uma unidade ou fatia ou meio
copo de suco concentrado ou uma xícara de folhas cruas picadas.

Carboidratos
Os carboidratos (açúcares) fornecem a maior parte da energia que o corpo
utiliza diariamente. Eles podem ser classificados em simples, de absorção
rápida, ou complexos, de absorção lenta. Os açúcares simples, como glicose e
frutose, estão presentes principalmente nas frutas, mas também na cenoura e
batata-doce. A sacarose, o açúcar de mesa extraído da cana-de-açúcar, é
encontrado nas frutas e hortaliças, principalmente na beterraba. Os açúcares
complexos estão presentes em todos os vegetais integrais. O mais importante,
do ponto de vista nutricional, é o amido, o nutriente mais facilmente digerido e
transformado em energia pelo corpo humano, presente em hortaliças como
batata-doce, inhame e cará.

Fibras
As fibras são componentes dos alimentos que não são digeridos nem
absorvidos, mas cuja passagem pelo trato gastrointestinal traz benefícios
importantes para o organismo. O consumo adequado de fibras previne a prisão
de ventre e as hemorroidas e pode auxiliar na prevenção da obesidade,
diabete, câncer de cólon, úlceras e doenças coronarianas. As fibras dão
sensação de saciedade, têm ação anti-inflamatória, estimulam o funcionamento
do intestino e absorvem líquidos e substâncias químicas, auxiliando na redução
do colesterol e glicose no sangue.

Proteínas
As proteínas são responsáveis pela construção e manutenção dos tecidos,
defesa do organismo e transporte de substâncias. Ervilha, grão-de-bico, lentilha
e soja verde são exemplos de hortaliças ricas em proteínas.

Lipídeos
Os lipídeos ou gorduras são responsáveis pelo armazenamento de energia,
proteção dos órgãos e regulação da temperatura. As hortaliças são pobres em
lipídeos, porém algumas contêm lipídeos importantes como o ácido linoleico
(ômega-6), que atua no controle da pressão sanguínea, coagulação, quebra de
gordura e resposta imunológica. As sementes de hortaliças como a abóbora
são ricas em lipídeos.

Vitaminas
As vitaminas e os minerais são nutrientes não calóricos necessários em
pequena quantidade. As vitaminas são compostos essenciais para todas as
reações que ocorrem no organismo. Elas são facilmente degradadas na
presença de calor, ar e luz. As frutas e hortaliças são ricas em vitaminas,
principalmente pró-vitamina A (crescimento e desenvolvimento do corpo, saúde
dos olhos e da pele, proteção contra radicais livres); nas vitaminas C
(cicatrização, absorção de ferro, proteção contra radicais livres); e do complexo
B (crescimento, produção de energia). As hortaliças contêm também vitamina
E, que atua na manutenção da pele e na proteção contra radicais livres e
vitamina K. As vitaminas são substâncias extremamente lábeis (facilmente
decompostas) e devem ser consumidas de forma regular, já que a maioria não
pode ser armazenada.

A vitamina B1, ou tiamina, participa da produção de energia, metabolismo de


carboidratos, transmissão de impulsos nervosos. Está presente em todas as
hortaliças. A vitamina B2, ou riboflavina, atua no funcionamento do sistema
digestório, formação de anticorpos e do sangue, metabolismo de proteínas e
gorduras e decomposição de drogas e substâncias tóxicas. Ela também está
presente em todas as hortaliças, mas principalmente nas folhosas. A vitamina
B9, ou folato, atua na formação das células do sangue, manutenção do sistema
nervoso, memória, divisão celular, síntese e reparo de DNA, além de oferecer
proteção contra câncer de cólon e doenças coronarianas. As hortaliças ricas
nessa vitamina são as folhosas escuras e o tomate.

A vitamina C é importante para a saúde da pele, gengivas, pulmões e vasos


sanguíneos, formação de colágeno, absorção de ferro, cicatrização,
funcionamento do sistema imunológico e redução do risco de infecções, além
de ser antioxidante. Está presente nas folhosas, tomate, pimentão, morango e
melão. A vitamina K participa da coagulação sanguínea e está presente em
folhosas como brócolis, repolho e alface.

Minerais
Os minerais desempenham diversas funções no organismo, dentre elas
composição da estrutura do corpo, crescimento, regulação do metabolismo,
manutenção do equilíbrio hídrico e transmissão dos impulsos nervosos.

As hortaliças de folhas verdes escuras são fontes importantes destes


nutrientes, dentre eles o cálcio, que é o mineral mais abundante no organismo.
O cálcio atua na formação e manutenção dos ossos e dentes, transmissão
nervosa e regulação do ritmo cardíaco, além de reduzir o risco de câncer de
cólon.
Dentre outros nutrientes, o ferro é fundamental para o transporte de oxigênio e
gás carbônico, para o sistema imunológico, a função cerebral normal e a
degradação de drogas. O magnésio tem ação na atividade neuromuscular,
além de reduzir o risco de câncer de cólon e melhorar a sensibilidade à
insulina, hormônio responsável pela entrada de glicose nas células. O selênio
participa na regulação da expressão gênica, proteção do DNA, estímulo à
regulação e reparo do ciclo celular e apoptose (morte celular programada),
além de oferecer proteção contra doenças cardiovasculares, câncer de próstata
e de cólon. Este mineral está presente em hortaliças como brócolis, couve,
aipo, pepino, alho, cebola e rabanete.

As frutas e hortaliças são ricas em potássio, fundamental para o funcionamento


do sistema nervoso e produção de energia. As frutas também contêm
manganês, importante para os ossos.

Antioxidantes
Muitos de nossos problemas de saúde devem-se à ação de formas tóxicas do
oxigênio, os oxidantes, que resultam de processos metabólicos normais
(respiração) ou provêm do ambiente (poluentes do ar, pesticidas, fumo, drogas)
e que contribuem para os processos que levam a aterosclerose, câncer,
problemas nas articulações e no sistema nervoso e envelhecimento precoce.
As frutas e hortaliças são ricas em fitoquímicos, vitaminas e minerais que
atuam como antioxidantes, inibindo a ação dos oxidantes.

Carotenoides
Carotenóides são pigmentos que possuem diferentes colorações, variando
entre o amarelo, alaranjado e vermelho, que dão a cor de várias frutas,
hortaliças, temperos e ervas. Cores mais escuras estão associadas a maiores
teores desses pigmentos. Uma importante função de alguns carotenóides é o
seu papel como precursores de vitamina A, ou seja, eles podem ser
convertidos em vitamina A no organismo conforme  a necessidade. Neste
aspecto, os carotenóides podem ser agrupados em dois grupos: com e sem
atividade de pró-vitamina A.

Carotenóides como o alfa e o beta-caroteno, presentes em hortaliças cor de


laranja e folhosas verde escuras, tem atividade pró-vitamina A. Os principais
carotenóides sem atividade pró-vitamina A são o licopeno, pigmento vermelho
presente em tomate e derivados e na melancia, relacionado à redução do risco
de câncer de próstata, mama e estômago, e a luteína e a zeaxantina,
presentes em folhas verdes e no pimentão, relacionadas à redução do risco de
degeneração macular.

Polifenois
Os polifenóis são os antioxidantes mais abundantes na dieta, estando
presentes em todas as hortaliças e frutas. Uma dieta rica em polifenóis tem
impacto positivo na pressão sanguínea, reduz o risco de doenças do coração,
de alguns tipos de câncer e de processos inflamatórios, além de reduzir a
absorção de glicose, melhorando a glicemia.

Flavonóides
Existem mais de 6.000 flavonóides conhecidos, quase todos com atividade
antioxidante. Além desta, esses compostos também possuem atividade
antialérgica, anti-inflamatória, antiviral e anticarcinogênica. Hortaliças como
cebola, couve, rúcula, brócolis e tomate são ricas no flavonóide quercetina,
enquanto salsa, aipo e pimentão vermelho são ricas em apigenina.

Organossulfurados
Os organossulfurados presentes em hortaliças como cebola e alho possuem
atividade antioxidante, anticancerígena e antibacteriana. Compostos como a
alicina, liberada após esmagamento do alho, também ajudam na prevenção do
câncer de estômago e de doenças cardiovasculares, além de proteger contra
artrose.

Glicosinolatos
Os glicosinolatos presentes em brássicas como couve, brócolis, couve-flor,
mostarda, agrião e repolho são indutores de enzimas detoxificantes. O
consumo de cinco ou mais porções dessas hortaliças por semana está
associado a uma redução significativa no risco de câncer, principalmente de
bexiga, cólon e pulmão.

Hortaliça não é só salada


Conhecidas popularmente como verduras e legumes, as hortaliças
são alimentos saborosos e nutritivos que podem ser preparados de
várias formas.
Ricas em vitaminas, minerais e fibras, justamente por essas
qualidades as hortaliças são alimentos indispensáveis para uma
dieta saudável. Devido ao baixo teor energético, o seu consumo
auxilia na prevenção e controle da obesidade e, indiretamente,
ajuda na prevenção de outras doenças crônicas não transmissíveis,
que podem ser agravadas com o excesso de peso.
O Ministério da Saúde, em conformidade com a Organização
Mundial de Saúde, recomenda a ingestão diária de hortaliças. Mas
não basta apenas consumir - na busca de uma dieta saudável é
recomendável alternar diferentes hortaliças a cada refeição, já que
nenhum alimento específico é capaz de fornecer todos os
componentes necessários a uma boa nutrição e,
consequentemente, a manutenção da saúde. Nesse aspecto, o
Brasil é um país privilegiado, no qual as condições de solo e clima
permitem o cultivo de uma enorme diversidade de espécies de
hortaliças, garantindo a disponibilidade de produtos frescos durante
todo o ano.
Para ajudar você e sua família a aproveitarem toda essa
diversidade, a Embrapa Hortaliças lançou o “HORTALIÇA NÃO É
SÓ SALADA”, um programa com informações e dicas que vão
facilitar a sua vida na hora de comprar, de conservar e de preparar
esses alimentos.
Vale lembrar que o HORTALIÇA NÃO É SÓ SALADA foi idealizado
quando da conclusão de outro projeto com igual temática,
denominado HORTALIÇAS: COMO COMPRAR, COMO
CONSERVAR E COMO CONSUMIR, fruto de uma parceria da
Embrapa Hortaliças com a Emater/DF, iniciado em 1999.  Foi a
partir desse ano que três agrônomos (Milza M. Lana, Mário F. Melo
e Fausto F. Santos) e duas economistas domésticas (Selma A.
Tavares e Maria José L.F. Matos) decidiram atuar em conjunto para
escrever uma série de cartilhas para o público em geral com dois
objetivos principais:
1. Contribuir para o aumento do consumo de hortaliças pela
população brasileira, oferecendo várias opções de uso desses
alimentos no dia a dia, por meio de receitas nutritivas, de baixo
custo e fácil preparo; e
2. Colaborar para a redução das perdas pós-colheita de hortaliças,
com uma série de informações à população sobre os atributos de
qualidade a serem considerados na hora da compra, assim como a
importância de corretos manuseio e acondicionamento das
hortaliças, tanto no mercado ou feira como na residência.
Agora, com novas parcerias e novos conteúdos, a Embrapa
Hortaliças disponibiliza para a população brasileira o
site HORTALIÇA NÃO É SÓ SALADA.
Então, que tal conhecer os sabores e benefícios que as hortaliças
podem oferecer? Para isso, é só seguir os passos recomendados a
seguir:
Em HORTALIÇAS -  COMO COMPRAR, CONSERVAR E
CONSUMIR, veja como avaliar a qualidade de cada hortaliça para
que você adquira o melhor produto sem danificá-lo; saiba como
conservar o produto adequadamente para reduzir o desperdício; e,
nessa mesma seção, conheça diferentes formas de preparo de
cada hortaliça para tornar as suas refeições mais ricas
nutricionalmente, aproveitando toda a diversidade de cores e
sabores desses alimentos.
Por outro lado, se você quer melhorar sua alimentação, mas ainda
não está convencido que as hortaliças são alimentos saborosos,
comece pela seção HORTALIÇA COMBINA COM TODAS AS
REFEIÇÕES. Nela, você encontrará diversas formas de preparo
das hortaliças em pratos que fazem parte do dia a dia da população
brasileira.
Se você tem vontade de explorar novos sabores, mas tem dúvidas
na hora de comprar, é hora de consultar a seção COMO OBTER O
MELHOR DE CADA HORTALIÇA. Além de saber como escolher
produtos de boa qualidade, você também aprenderá sobre o
adequado acondicionamento e o correto manuseio para preservar o
sabor e os nutrientesdesses alimentos.
É sabido que as hortaliças são produtos muito perecíveis e que por
isso em pouco tempo tornam-se impróprias para o consumo. Para
reduzir desperdícios e, com isso, evitar prejuízos financeiros, veja
as recomendações em HORTALIÇA E DINHEIRO NÃO SE
JOGAM FORA, pois comida saudável também combina com
economia.
Por fim, se você quer saber mais sobre a importância das
hortaliças para a sua saúde e de sua família, consulte QUEM QUER
SAÚDE VAI À FEIRA. Nessa seção você apreende como adaptar
as receitas para pessoas com restrição alimentar e que não podem
consumir determinados alimentos.
E se você já tem o ingrediente, mas falta a informação de como
preparar, é só acessar o menu RECEITAS. Lá você escolhe a
receita a partir da hortaliça que quer usar ou pelo tipo de preparo.
Opções para almoço e jantar, sucos, sobremesas, sanduíches e
muito mais; o que não faltam são opções para você trazer as
hortaliças para sua cozinha e para a sua mesa.
Então, o que você está esperando? Aceite nosso convite e
descubra que HORTALIÇA NÃO É SÓ SALADA, que couve não
serve só para acompanhar feijoada, que quiabo é muito mais que
baba e que bertalha não é um ser de outro planeta - garantimos que
terá boas surpresas ao acessar o conteúdo do nosso site. 

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